Paraíba Jul / Ago / Set - 2013. Ano 1 - Nº 2
VÃO LIVRE S/A:
EMPRESA CAMPINENSE DE DESTAQUE NACIONAL
Entrevista Geraldo de Magela Barros fala sobre as perspectivas do CREA Campina Grande
Grafite Uma alternativa para solucionar os problemas com a pichação
Campina A solução para os problemas com o crescimento pode estar no passado
ÍNDICE Curiosidades
USE COLA E NÃO CIMENTO
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Entrevista
GERALDO DE MAGELA BARROS
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Dicas
VIAJOU? COMPRE DECORAÇÃO
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Dicas
UM LUGAR COMO VOCÊ
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Economia
O PROBLEMA DO SALITRE
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Dicas
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ACERTE NA PINTURA Economia
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QUARTO PEQUENO E PERFEITO Morar bem
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PENSANDO NO VERÃO Realidade
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O RISCO DOS PRÉDIOS ABANDONADOS Fique sabendo
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CÓDIGO DE OBRAS DA CONSTRUÇÃO Realidade
DESPERDÍCIO DE ÁGUA
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Realidade
PICHAÇÃO X GRAFITE
50
Economia
ESCOLHENDO A TELHA CERTA
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Especial
VÃO LIVRE S/A
62
Opinião
CONSTRUINDO COM PVC
06
66 JUL - AGO - SET 2013
Opinião
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UM CEMITÉRIO NO CENTRO Ecoeficiente
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CONSTRUÇÃO ECOLÓGICA Dicas
81
COZINHA TIPO AMERICANA Fique sabendo
86
ILUMINAÇÃO É TUDO Dicas
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APROVEITANDO PEQUENOS ESPAÇOS Mercado
CONTRATE UMA EMPRESA
93
Curiosidades
OS IPÊS DE CAMPINA GRANDE
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Morar bem
BELEZA VERDE
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Realidade
DESTRUIR PARA CRESCER
104
Dicas
PORTAS E JANELAS
108
Agenda
111
DE OLHO NOS EVENTOS Onde encontrar
115
EMPRESAS E PROFISSIONAIS
JUL - AGO - SET 2013
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EDITORIAL
Caro leitor,
À
s vésperas de completar 149 anos, Campina Grande, que outrora já ostentou o título de capital do trabalho e foi conhecida como a Liverpool brasileira, graças à pujança da economia algodoeira, vive um momento de grande euforia, por conta do setor de construção civil. Nunca se construiu tanto na cidade. Nunca se viu tantos espigões e condomínios horizontais despontando de canto a canto. Hoje, mais do que nunca, os versos da música “Alô Campina Grande”, de Jackson do Pandeiro, traduzem a realidade da cidade que não para de crescer. Quem deixou Campina Grande antes da década de 90 e só agora retorna, não a reconhece. A cidade que até a década de 80 só possuía três prédios, hoje perdeu a conta de quantos tem. Mas, como toda cidade grande, Campina também tem problemas. Um deles, comum principalmente aos grandes centros urbanos, é a pichação. A revista Construir & Cia abriu suas páginas para abordar essa questão, que não é só estética, é um crime que causa grandes prejuízos à população e ao poder público. E mostrou também que, em contraste à desordem da pichação, o grafite surge para colorir e embelezar o que, algumas vezes, havia perdido a beleza. Em sua segunda edição, a Construir & Cia mostra ainda o poder empreendedor de Campina Grande, com uma reportagem sobre a empresa Vão Livre, que fabrica estruturas metálicas e foi uma das escolhidas para fabricar as estruturas da nova fábrica da Fiat, no vizinho estado de Pernambuco. Veja ainda uma entrevista com o Inspetor Chefe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), em Campina Grande, Geraldo de Magela Barros, falando sobre as perspectivas da construção civil na cidade, o aumento dos cursos técnicos e de nível superior na área de construção civil na região e outro grande problema de Campina Grande: o crescimento desenfreado das construções sem supervisão de profissionais qualificados. Dicas de decoração para pequenos espaços, o novo Código de Obras de Campina Grande que está em fase de conclusão e uma série de outros assuntos interessantes para quem pensa ou está construindo ou reformando. Fique à vontade para folhear nossas páginas e conhecer mais sobre esse maravilhoso mundo da construção.
EXPEDIENTE PUBLISHER
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
Cícero Cezar A. Campos
Faz Ideia
Gratuita e Dirigida
EDITORA CHEFE
Dilvani Alves - DRT/PB: 0550/00 REPORTAGEM
George Pacífico Danielle Flor
FOTOGRAFIA
Cesar di Cesario
TIRAGEM
6.000 exemplares
ANÚNCIOS
Dabliu A
REVISÃO
PRÉ-PRODUÇÃO
IMPRESSÃO
Isabelle Monteiro
Claudioney Silva
Gráfica Moura Ramos
É uma publicação dirigida da Agência de Publicidade Script A revista Construir & Cia não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo este último de inteira responsabilidade dos anunciantes.
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www.fazideia.com
ANUNCIE
(83) 9928.7734 (83)
8884.8831
Contato: Cícero Cezar agenciascript@yahoo.com.br
JUL - AGO - SET 2013
OPINIÃO
Emmanuel Sousa
Renata Suassuna
“Diante do ‘boom’ da construção civil que ora se evidencia em todo o Brasil, como também na cidade de Campina Grande, faz-se necessário a boa informação através dos meios impressos, que busquem a divulgação das novas tecnologias aplicadas à área, bem como apresente as novidades do setor, além do ponto de vista dos profissionais a cerca das aplicabilidades técnicas em seus empreendimentos. A revista Construir & Cia é o compêndio de todos esses requisitos”.
Me surpreendi quando vi a revista. Achei muito bacana. A qualidade gráfica é excelente e o conteúdo muito bom. Os assuntos são interessantes até mesmo para quem não é da área. A equipe está de parabéns por colocar no mercado um material tão bom”.
Professor Universitário
Professora
Larissa Monique Barros Advogada
Síria Souto Empresária
Parabéns a todos da revista Construir & Cia pelo excelente material. Assuntos interessantes, anunciantes de peso, material gráfico de excelente qualidade. Realmente um produto muito bom, que vale a pena ler e no qual, certamente, vale a pena investir. A cidade merecia uma revista desse nível”.
Campina Grande estava carente de uma publicação voltada para as áreas de construção civil, arquitetura e afins. E a revista Construir & Cia veio para preencher essa lacuna com muita qualidade. Os assuntos são bem abordados e prendem a atenção do leitor do início ao fim. Gostei muito também do material usado”. Larissa Monique Barros Marinho - advogada.
Andreza Gomes Rangel Comerciária
Mesley Barros Velêz Gerente de mídia
Campina Grande agora tem uma publicação de alto nível para quem busca informações nas áreas de construção civil, arquitetura e afins. Parabéns à equipe pela excelente qualidade do produto”.
Embora seja uma revista para um público direcionado, a Construir & Cia consegue atrair a atenção de públicos variados, graças ao seu conteúdo. Muitas das matérias são sobre assuntos do nosso dia a dia. Não é uma revista daquelas que exibem projetos maravilhosos para casas e apartamentos e que, na realidade, a maioria das pessoas não tem condições de pagar por aquilo. É uma revista cujo conteúdo desperta o interesse do leitor”.
Sua opinião é importante
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Envie sua mensagem por e-mail para contato@construirecia.com.br
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CURIOSIDADES
Agilidade COLANDO OS BLOCOS E TIJOLOS DE SUA OBRA COM PRATICIDADE E RAPIDEZ
A
necessidade de ganhar tempo fez surgir no mercado brasileiro uma nova tecnologia, baseada numa argamassa desenvolvida com características colantes e de grande flexibilidade, que possibilita, também, o assentamento rápido e organizado de tijolos e blocos de cimento. Após atingir o estado de cura (24 horas), o produto cria uma ligação forte entre os elementos, dando resistência muito superior à da argamassa comum. O benefício é ter um material que já chega pronto ao canteiro de obras, porque é produzido diretamente na fábrica, e que ainda por cima elimina as diferenças de traços feitos com a argamassa comum.
Vantagens A argamassa colante possibilita uma série
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de vantagens na hora de construir, tais como: maior agilidade no assentamento de tijolos ou blocos, redução na quantidade de mão de obra, e uma resistência três vezes superior à argamassa comum. A cola blocos e tijolos reduz ainda o tempo gasto com a execução da obra e tem uma série de outros benefícios que prometem fazer com que o produto ganhe mais espaço no mercado da construção civil. Algumas das características dessa argamassa contribuem para isso. Seu rendimento é de 1,6 kg por metro quadrado de tijolo comum e não há desperdício, pois basta uma camada fina de cerca de 2 milímetros para o resultado ficar perfeito. O produto tem alta aderência, o que evita o aparecimento de trincas no reboco, e alto grau de flexibilidade. Além disso, o uso da massa cola blocos garante uma considerável diminuição do peso total da obra.
Curiosidades UM PACOTE DE 15 KG É SUFICIENTE PARA ASSENTAR 10 M² DE PAREDE; NÃO GERA DESPERDÍCIO; PERMITE UM REBOCO MAIS FINO, ANCORAGEM SEM USAR TELAS, PINOS OU GRAMPOS; CONCLUSÃO DA OBRA TRÊS VEZES MAIS RÁPIDA QUE COM A ARGAMASSA COMUM; VEM PRONTA PARA USAR; NÃO REQUER ÁGUA, AREIA, CAL OU MASSA 200; DIMINUI ENTULHO, LIMPEZA DA OBRA;
MANTENDO
A
NÃO REQUER USO DE BETONEIRA; SEGURANÇA COMPROVADA, CONFORME NORMAS NBR/ABNT.
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ENTREVISTA
Magela
Geraldo de
HÁ 22 ANOS À FRENTE DO CREA CAMPINA GRANDE, O ENGENHEIRO FALA SOBRE AS PERSPECTIVAS E AVANÇOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA REGIÃO
C
Por Isabelle Monteiro
ampina Grande, conhecida pelo seu pioneirismo e inovação, também foi a primeira cidade da Paraíba a implantar o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), no ano de 1965, para atender o desenvolvimento que a cidade previa. Há 22 anos a inspetoria local do Conselho é presidida pelo Engenheiro Geraldo de Magela Barros e muito se foi conquistado. Hoje, o Crea Campina Grande é responsável por fiscalizar todo o compartimento da Borborema, sendo 56 municípios, em um total de 108 cidades. Em entrevista concedida à Construir & Cia, Geraldo de Magela fala sobre as perspectivas dos novos engenheiros, o trabalho de fiscalização realizado pelo Crea Campina Grande ao longo desse tempo, o novo código de obras da cidade e as construções sustentáveis, um dos temas de destaque da 70º Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, que acontece de 09 a 12 de setembro de 2013 em Gramado (RS).
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O CREA é responsável pelo registro profissional e fiscalização do trabalho de engenheiros de diversas áreas, e dos tecnólogos do setor de construção. Quais são os pré-requisitos e procedimentos para se filiar ao Conselho? Os pré-requisitos para que o profissional se registre é que ele tenha um diploma de nível superior, ou de tecnólogo, em um curso legalizado e reconhecido pelo Ministério de Educação (MEC) e aprovado pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA). Comprovado isso, ele recebe o seu registro e o CREA acolhe o profissional como filiado. Segundo dados do Ministério da Educação, pela primeira vez na história do ensino superior brasileiro, o número de calouros em engenharia superou o de direito. Em Campina Grande o número de cursos no setor da construção tem crescido significativamente. O que o estudante deve observar na hora de escolher uma Universidade ou uma Escola Técnica na área de Construção? O estudante deve escolher uma instituição que seja reconhecida pelo MEC e pelo Confea. Há dez anos atrás ninguém procurava cursos de engenharia. Por quê? Porque não havia desenvolvimento. Uma cidade como Campina Grande, uma das maiores do interior do nordeste, tinha um crescimento em edificações muito insignificante. Foi necessário que o desenvolvimento fosse chegando e que o Governo Federal começasse a financiar algumas obras para que houvesse o boom da construção civil. Assim o mercado de trabalho se expandiu e atraiu a atenção dos estudantes para a área. Esse aumento no número de cursos na área de construção tem sido positivo? Há realmente uma demanda para todos esses futuros profissionais? O Crea se sente muito bem em estabelecer as normas que regem a nossa profissão e vem dando apoio total a todas as escolas técnicas do setor de construção, assim como às Universidades públicas e particulares, procurando estimular para que haja mais técnicos e engenheiros em nossa região e em todo o Brasil. Mas eu não gosto de falar sobre o futuro. Hoje a realidade é que em todo o país
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está faltando engenheiros, na área civil, elétrica, mecânica. Todas as áreas em que um engenheiro pode atuar estão necessitando de profissionais qualificados. Isso vai permanecer ainda por alguns anos. Uma das obrigações do Conselho é fiscalizar o exercício da profissão, valorizando o profissional e assegurando serviços de qualidade à sociedade. Como essa fiscalização é realizada? A fiscalização é realizada dentro dos padrões técnicos. Nós temos fiscais concursados que, quando entram no CREA, passam por treinamentos e uma reciclagem para ficar aptos ao trabalho. Aqui em Campina, os fiscais andam de rua em rua, bairro a bairro, dividos por setores semanais, fazendo um rodízio de fiscalização. Nas demais cidades do comportamento da Borborema, nós dividimos os setores por cidades e mandamos a equipe para cada setor periodicamente. Quando isso não está sendo suficiente, fazemos a fiscalização itinerante, da qual participam fiscais de outras inspetorias do estado e fazemos um verdadeiro pente-fino em cada setor de nossa jurisdição. Como vocês tem conhecimento de todas as obras que estão em andamento nas cidades de jurisdição do CREA Campina Grande? Nossa fiscalização é bem planejada, mas a maior parte das obras fiscalizadas é indicada por meio de denúncias. Vizinhos e cidadãos ligam para o CREA e denunciam obras que parecem estar irregulares. Se recebemos uma denúncia temos que acatá-la e fiscalizamos para o bem da população. O número de fiscais é suficiente para atender a demanda da região? Não. Nós já levamos isso ao conhecimento da Presidente do CREA PB e ela nos prometeu que até novembro fará um concurso para fiscais na Paraíba, quando Campina Grande será contemplada com mais 5 fiscais. Até janeiro de 2014 esperamos contar com 8 fiscais na nossa jurisdição, para assim realizarmos um trabalho perfeito e que atenda a demanda da nossa sociedade satisfatoriamente. Ao longo dos anos, o Brasil presenciou diferentes tipos de tragédia envolvendo a construção civil. Aqui em Campina Grande as quedas de
Todo mundo tem 50 mil, 200 mil, 1 milhão de reais para investir em uma construção, mas para pagar um profissional da engenharia existe toda uma artimanha de desvalorização.
marquises assustam a população. Que medida os proprietários desses imóveis de risco devem tomar para diminuir o número de acidentes? Nessa questão dos acidentes na construção civil, o maior responsável é sem dúvida o proprietário da obra, que muitas vezes não contrata um engenheiro para desenvolver um projeto adequado. Mas no caso de Campina Grande, a maioria das marquises que estão autuadas ou que já caíram, têm 30, 40 anos e muitas vezes o engenheiro já é falecido. O Crea, juntamente com o corpo de bombeiros e a prefeitura municipal de Campina Grande, tem feito um trabalho em cima disso. Já explicamos as consequências aos proprietários e os notificamos inúmeras vezes. O que nos tem restado é, em parceria com a Prefeitura e o Ministérios público, partirmos para a multa aos donos desses imóveis. Qual a responsabilidade do proprietário quanto à segurança da obra em construção? Durante a construção o proprietário não tem muitas responsabilidades. Ele deve se preocupar em contratar profissionais e um engenheiro qualificado para se resguardar de futuros problemas estruturais. Qual a responsabilidade do engenheiro sobre o projeto que ele assina? A responsabilidade maior é do engenheiro.
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A partir do momento que ele assina a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) ele sabe, por exemplo, que uma obra tem 20 anos de vícios de construção. Quer dizer, se cair, ele será punido. Em Agosto caiu um edifício em São Paulo e 10 operários morreram. Estão procurando saber quem eram os engenheiros responsáveis e eles serão punidos dentro da forma da lei. A primeira coisa que o Crea faz quando isso acontece é afastar o engenheiro, de acordo com o nosso Código de Ética, até que seja apurado os vínculos de responsabilidades. Se for realmente constatado, o engenheiro pode até perder a sua carteira por 1 ano, 10, 12, de acordo com o grau das consequências do sinistro. Ainda falta conscientização quanto à importância de se contratar um profissional registrado para assinar e se responsabilizar pela obra? Isso é o que ainda falta, não só em Campina Grande, mas em todo o Brasil. Todo mundo tem 50 mil, 200 mil, 1 milhão de reais para investir em uma construção, mas para pagar um profissional da engenharia existe toda uma artimanha de desvalorização. Aqui em Campina Grande, falando de forma regional, já que é onde resido, muita gente constrói contratando apenas um mestre de obras, dois ou três pedreiros e a maioria das obras é clandestina. Quando o Crea encontra essas obras irregulares, eles justificam que não sabiam que era necessário um engenheiro ou que não têm condição de pagar. Mas todo mundo sabe que existe o Crea e que é necessário a fiscalização e monitoramento de todas as obras, e que a obra só pode prosseguir com a autorização do Crea.
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só se preocupam em fazer. E isso tem que acabar. O que o senhor, como representante do CREA no município de Campina Grande, vê como um ponto prioritário para que o novo Código de Obras seja eficaz? Primeiramente o Código de Obras precisaria consultar o Crea, Corpo de Bombeiros, Energisa, Cagepa, para assim atender todas as necessidades da área de construção. Mas acima de tudo, um dos pontos que esse Código de Obras deveria cobrar da população é que todas as obras tenham um profissional de engenharia. O que está sendo construído hoje em Campina Grande de obras irregulares não está sob controle. Amanhã isso poderá trazer graves prejuízos a quem comprar esse tipo de imóvel.
O conceito de construção sustentável está amadurecendo e se consolidando na construção civil. Hoje o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking do Green Building Council, sobre construções com selo verde. Aqui em Campina Grande já há essa preocupação em construir imóveis ambientalmente corretos? Existe essa preocupação, mas até hoje ela ainda não chegou “à luz do dia”. Ainda não houve uma divulgação melhor, uma conscientização maior. As empresas de construção de Campina Grande já tem esse perfil de sustentabilidade, mas ainda não é empregado suficientemente. O Crea não tem recebido muitos projetos adequados à sustentabilidade, mas eu acho a ideia muito louvável e espero que isso realmente se torne realidade em breve. Quais as perspectivas do CREA sobre essa nova forma de construir, pensando no meio ambiente? Já existe uma preocupação por parte dos profissionais para se adequar aos novos tempos? O Crea vem fazendo a vários anos a Semana Oficial da Engenharia e Agronomia. Este ano será em Gramado (RS), de 09 a 12 de setembro, juntamente com o Congresso Nacional de Profissionais (CNP). Um dos temas principais a serem debatidos no evento serão justamente as construções sustentáveis. Daí pra frente acredito que o Brasil vai despertar para essa nova realidade e todos os Creas do país vão convocar seus engenheiros para que tomem conhecimento e coloquem em prática as construções ambientalmente corretas.
Está em tramitação na Câmara de Vereadores de Campina o novo Código de Obras da cidade. O CREA teve participação na sua elaboração?
Ao longo desses 22 anos à frente do Crea Campina Grande, como o Senhor vê o trabalho que desenvolveu na região e quais foram as conquistas da Inspetoria em busca de melhor atender a sociedade?
O Crea infelizmente não teve participação, o que é inviável para a elaboração de um Código de Obras eficaz. Mas eu acho muito bom que a Prefeitura Municipal tenha essa preocupação em renovar essas diretrizes. Hoje estão invadindo o bairro de Bodocongó e outros vários bairros da cidade, com conjuntos e mais conjuntos habitacionais, sem haver um levantamento se há capacidade para escoamento de água e esgoto, se tem projetos de energia para aquela área. As pessoas
O nosso trabalho durante esse tempo foi muito satisfatório. Quando eu assumi o Crea Campina Grande nós tínhamos apenas dois fiscais, um carro para todo o conselho da inspetoria e uma sede sem a mínima condição de trabalho. Hoje nós estamos bem instalados, temos 3 fiscais, cinco veículos para inspeção e em breve vamos inaugurar, na gestão da nossa atual presidente, Giucélia Figueiredo, a maior e melhor sede de todo o Nordeste. É um orgulho para Campina Grande.
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DICAS
Renove VAI VIAJAR? APROVEITE PARA RENOVAR A DECORAÇÃO
F
im de ano chegando, verão, férias e você começa a programar sua viagem dos sonhos. Inicialmente, a ideia é descansar e se divertir muito. Mas viagens podem se transformar em uma excelente oportunidade para renovar a decoração de sua casa ou apartamento. Já pensou na quantidade de coisas novas que você vai ver nos locais por onde passar? Para não sair comprando tudo o que vê pela frente, é bom ter cuidado e seguir algumas dicas. Sabendo como comprar, você pode aproveitar sua viagem de férias para trazer na bagagem não só aquelas peças de artesanato super bacanas, como também acessórios, utensílios, itens de decoração e até móveis. Com criatividade, até as fotos tiradas durante a viagem podem se transformar em quadros ou enfeitar porta-retratos para você espalhar pela casa. Então, se ligue nessas dicas:
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De olho no peso
Comprar móveis?
Não, você não vai precisar passar a viagem inteira se preocupando com dietas para não engordar. Mas se vai aproveitar a viagem para renovar a decoração de sua casa, é bom não comprar tudo logo no primeiro dia. Deixe as compras para a última cidade a ser visitada ou os últimos dias de férias. Isso evitará que você carregue peso sem necessidade.
A menos que você esteja em uma viagem de carro, seria pouco prático tentar trazer esse tipo de produto das férias. Artigos de mobiliário podem ser desmontados e embalados em caixas ou transportados já prontos para o uso. Nesse caso, verifique se é possível pagar um frete para que a entrega seja feita na sua casa. O frete, aliás, pode sair mais barato do que se imagina.
Peças frágeis
Papelaria
Materiais como vidros, espelhos e louças necessitam de maior atenção, principalmente se precisarem ser despachados. Peça ao vendedor um reforço na hora de embrulhar suas compras, de preferência com bastante jornal e plástico bolha. Caso a loja não forneça o plástico bolha e você precise despachar o pacote, descubra onde vende e faça uma embalagem segura você mesmo.
Embora fáceis de carregar, livros e outros objetos de papelaria podem tornar a bagagem excessivamente pesada. Nesse caso, a dica é levar um ou dois livros na bagagem de mão. Além de ganhar espaço nas malas, você ainda garante uma boa leitura no retorno para casa. Quadros emoldurados com vidro também deve ser protegidos com plástico bolha antes de serem despachados.
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DICAS
Único USE A CRIATIVIDADE NA HORA DE DECORAR E MONTE UM AMBIENTE EXCLUSIVO E COM A SUA CARA
U
sar a criatividade, botar a imaginação pra funcionar, sair do convencional, do óbvio. Quem disse que quadros têm que ficar na parede? E que todas as cadeiras da mesa de jantar precisam ser iguais? Em se tratando de decoração, a ousadia pode fazer toda a diferença, criando ambientes diferentes e originais. Confira algumas dicas de como usar a criatividade para criar ambientes únicos e descontraídos.
Colorir A decoração e ambientação modernas abre espaço para ousar de todas as formas. E uma das opções mais simples para se conseguir um ambiente criativo e único é a aplicação de cores diferentes nas paredes. Se até bem pouco tempo a decoração exigia que os ambientes fossem pintados de uma cor só, hoje se pode usar dois
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ou mais tons diferentes em um mesmo espaço, desde que exista harmonia entre as cores. A variação de cores também pode ser usada para diferenciar ambientes em imóveis muito pequenos. Na falta de uma parede para separar as salas de estar e de jantar, uma parede pintada com uma cor mais forte cria uma area separada para a mesa e as cadeiras.
Adeus furos Usar bancos, estantes ou mesmo o chão para amparar quadros já foi sinônimo de desleixo. Hoje é uma tendência bastante original que facilita a decoração e evita furar paredes, principalmente para quem mora em imóveis alugados. E a dica vale para quadros de todos os tamanhos e estilos. Se quiser criar um espaço ainda mais original, vale intercalar desenhos com fotografias ou imagens em preto e branco com outras coloridas.
Improviso Lugar de livro é na estante, certo? Errado. Nem sempre as estantes são os melhores lugares para se guardar aquela coleção de livros da qual você não abre mão. Experimente empilhar os livros e usá-los como mesa de canto para apoiar o abajur do lado da poltrona. Outra opção é a estante invisível.
Tudo à mostra Armários fechados ocupam muito espaço e oneram muito os projetos dos móveis planejados. Por isso, potes de mantimentos e temperos saem das despensas e armários e aparecem sem cerimônia em prateleiras, bem à mostra e ao alcance de todos. Os utensillios, louças e galheteiros também aparecem expostos em prateleiras ou pendurados nas paredes.
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ECONOMIA
Umidade UM INIMIGO DIFÍCIL DE COMBATER
Q
uem mora em cidades litorâneas convive com um problema sem solução e que causa muitos transtornos e prejuizos: a maresia. Mas quem pensa que morar longe do litoral não tem suas desvantagens, está enganado. A umidade pode ser um transtorno tão incômodo quanto a maresia e igualmente causa problemas e prejuízos para quem mora longe da brisa do mar. Um dos piores inimigos da construção civil, a umidade é a principal causa da origem do temível salitre, um dos piores pesadelos na vida de quem mora
JAN - FEV - MAR 2013
em casas, principalmente. A umidade excessiva tanto pode provocar diversos estragos a uma habitação, como pode reduzir o isolamento e o conforto do cômodo afetado. E como se isso já não fosse suficiente, desencadeia o desenvolvimento das bactérias do mofo, tão prejudicial à saúde, por ser o principal vetor de alergias respiratórias. Quando decidiu comprar sua casa, o empresário do setor de eventos, Elder Raniery, pensou no tamanho do imóvel, se ia acomodar com conforto sua família; no preço, se o valor das parcelas do financiamento caberia no seu orçamento;
na localização, se era próximo a supermercados, famácias e outros serviços e numa série de outros fatores. Porém, não lembrou de se informar se o local onde o imóvel foi construído era suscetível à umidade. “No primeiro inverno que passamos na casa já sofremos com o problema”, conta, acrescentando que já perdeu a conta de quanto já gastou tentando se livrar do temível salitre. Em um dos quartos, Elder chegou a colocar cerâmica na metade das paredes, mandou cobrir com massa e mesmo assim não conseguiu vencer a queda de braço com a umidade.
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Segundo os especialistas, é preciso, antes de adotar qualquer procedimento de combate ao problema, descobrir sua origem. São várias as causas do aparecimento da umidade, que também pode apresentar aspectos diferentes ou afetar diferentes zonas. Saiba como identificar o tipo de umidade e qual a solução para cada uma delas: UMIDADE ASCENDENTE Este tipo de umidade apresenta-se sob a forma de manchas interiores ou exteriores, normalmente da largura da parede, com uma altura entre 50 a 120 centímetros. No interior poderá se formar salitre, o papel de parede descolar-se ou ainda aparecerem bolores. No exterior pode apresentar-se sob a forma de musgo. Pode acontecer durante todo o ano, mas em diferentes proporções, mediante o aparecimento das chuvas. Como solucionar: As técnicas mais eficazes contra a umidade ascendente são: instalação de uma barreira de impermeabilização, revestimento com rebocos de drenagem ou a injeção de um produto hidrófugo. UMIDADE PELA CHUVA Esse tipo de umidade é mais intenso durante ou depois de chuvas fortes ou contínuas. Apresenta-se claramente delimitado nas paredes interiores e nas paredes exteriores apresenta-se por eflorescências brancas, tijolos com
rachas, fissuras, juntas estragadas, etc. Tome cuidado também com os telhados; algerozes defeituosos fazem com que as águas das chuvas infiltrem pela alvenaria. Como solucionar: Comece pelo telhado, verificando se todas as telhas estão em bom estado, se existem buracos pelo algeroz e se não existem juntas partidas. Proteja as paredes pintando-as e isolando-as com argamassa especial com propriedades hidrófugas. UMIDADE ORIGINADA POR FUGAS NA CANALIZAÇÃO A umidade causada por fugas e defeitos na canalização, apresenta-se geralmente próximo a canos ou aparelhos sanitários em formato de círculos úmidos, tipo auréola, ou bolores. É facilmente detectada quando as canalizações estão visíveis. O problema maior é quando estas se encontram por dentro das paredes, como na maioria das habitações. É o tipo de umidade mais difícil de resolver. Como solucionar: Depois de localizar a fuga, terá que ser realizado um trabalho na canalização. Recomendamos que contrate um técnico especializado para resolver o problema da forma mais adequada. UMIDADE POR CONDENSAÇÃO A umidade por condensação pode aparecer na parte de dentro ou na parte de
fora de paredes ou tetos, principalmente nos cantos. Os cômodos mais afetados são o banheiro, a cozinha e também os quartos. As manchas de umidade têm aspecto irregular, podendo apresentar-se sob a forma de bolor. Outra característica desse tipo de umidade é que pode verificar-se os vidros regularmente embaçados e durante bastante tempo. Como solucionar: Tente produzir menos vapor e melhorar o arejamento e ventilação das divisões. Numa casa com quatro pessoas, a quantidade aproximada de vapor de água produzido por dia é de aproximadamente dez litros e isso provoca a umidade. UMIDADE NA CONSTRUÇÃO Em casas recém-construídas, alguns dos materiais usados contêm umidade e às vezes é necessário aguardar no mínimo 1 ano para realizar novas obras na mesma. Aconselhamos que deixe o estuque descoberto durante esse tempo, evitando pintá-lo ou cobri-lo com papel de parede. Controlando a umidade do interior Quando existe bastante umidade em uma casa, onde se formem bolores, aconselha-se o uso de aparelhos desumidificadores, muito eficazes neste tipo de situação. Em locais pequenos, como armários, roupeiros, ou pequenas divisões, pode-se usar absorventes de umidade (reservatórios com cristais de cloreto de cálcio, que absorvem a umidade).
Entendendo o Salitre O salitre é resultado de uma reacção química entre três elementos: sais ou cloretos, água ou umidade e o ar. Isto acontece, normalmente, devido aos sais que vêem misturados na areia que é utilizada nas obras sem ser lavada previamente. Também pode acontecer devido ao uso de água não tratada (de poços etc) durante a construção. O salitre também pode ser causado por umidade. As paredes, algumas vezes, ficam expostas à umidade, graças à falta de uma drenagem eficaz das águas fluviais. Isso acontece quando falta um pavimento exterior em volta da casa, ou quando ele é contruído sem a inclinação correta e passa a acumular água. A umidade também pode ser consequência da falta de algerozes para acolher a água da chuva, o que provoca acúmulo de água junto às paredes. Deve-se também evitar construir o piso diretamente sobre a terra (sem drenagem e sem isolamento), pois a umidade presente no solo sobe pelas paredes e aumenta o problema.
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Parede com salitre causado pela umidade
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DICAS
Pintar TRANSFORMANDO UM AMBIENTE COM O USO DAS CORES
C
om tantas novidades e opções de cores no mercado, escolher a tinta para pintar a casa ou apartamento tem se tornado uma tarefa cada vez mais difícil. Nessa hora, é bom ter em mente alguns detalhes, para que o resultado não fique muito diferente daquilo que você planejou, o que vai resultar em prejuízo. O correto é sempre pintar primeiro o teto, em seguida as paredes, depois as portas, janelas e, por fim, os rodapés. E o ideal é que o ambiente esteja vazio, o que nem sempre é possível. Nesse caso, se não for possível tirar todos os móveis, arraste-os para o centro e forre-os muito bem com panos, para que nenhum pingo de tinta caia sobre os objetos. O chão deve ser coberto com jornal e, mesmo assim, é conveniente ter à mão um produto para tirar manchas de tinta e espátulas para raspar. Quanto antes os pingos forem removidos, melhor. Nos vidros, uma dica para tirar respingos é
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utilizar cebola. Isso mesmo: corte-a ao meio e esfregue em cima da mancha. É importante saber que o ambiente a ser pintado deve estar limpo e as paredes devidamente preparadas, sem nenhum acessório ou marca na superfície. Se for possível, a eletricidade deve permanecer desligada durante todo o processo. É bom ter cuidado também com as tomadas e interruptores. Antes de começar a pintura, remova-os ou forre-os com fita crepe. Os lustres devem ser retirados e as aberturas devidamente forradas.
Tendências Misturas de cores muito intensas em um mesmo ambiente não são aconselháveis. Cores vibrantes costumam enjoar. Sendo assim, o aconselhável é optar pelos tons mais claros, que, além de enjoar menos, são mais chiques. Os tons café com leite (que vai do bege ao marrom claro), são os mais aconselháveis, porque geram conforto e
ficam bem em quase todos os ambientes. Os tons de cinza são sofisticados e, portanto, muito recomendados. Além disso, são mais ousados e combinam muito bem com peças de design e obras de arte. As cores básicas também são fáceis de combinar com o resto da decoração. Para as pessoas que querem cor, o mais indicado é investir em tapetes, cortinas e outros acessórios que podem ser trocados facilmente se enjoarem. Para o teto, principalmente dos ambientes pequenos, o mais indicado ainda é o tradicional branco. Mas quem quiser ousar um pouco mais, a tendência é levar a cor da parede para o teto e usar o gesso para delimitar onde começa um e termina o outro. Sobre as texturas, vale um alerta: ambientes pequenos costumam ficar ainda menores com texturas nas paredes. Este tipo de técnica é indicada para áreas mais amplas ou para a parte externa da casa, pois evita que a tinta desbote com facilidade e ajuda a disfarça imperfeições.
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ECONOMIA
Quarto DECORANDO COM BOM GOSTO, QUARTOS PEQUENOS PODEM SE TORNAR OS MAIS FUNCIONAIS E MODERNOS
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er uma casa ou apartamento para chamar de seu ainda continua sendo o sonho da maioria dos brasileiros. Mas nem sempre a realidade é igual ao sonho e aquele imóvel espaçoso projetado na imaginação, pode acabar não se concretizando. Ao contrário de 20, 30 anos atrás, quando os imóveis eram construídos para abrigar famílias grandes, atualmente eles são bem menores. Isso se deve também ao próprio perfil das famílias brasileiras, e vem diminuindo de tamanho ao longo dos anos. Se antes as famílias eram compostas
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pelo casal e vários filhos, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012 as famílias brasileiras eram compostas, em média, por três integrantes – contra 3,1 registrados no último levantamento, em 2009. Também tem crescido muito o número de pessoas que moram sozinhas. Para atender a esse conceito, os imóveis estão mais compactos e otimizados. E quase sempre os cômodos mais sacrificados na hora de buscar espaço são os quartos. Cada vez menores, eles são um desafio para as famílias e para os próprios
arquitetos. Mas quem disse que só por que o espaço é pequeno, ele precisa ser desconfortável? Para àquelas pessoas que buscam aliar praticidade, conforto e espaços pequenos, a decoração pode ser uma excelente aliada. Na hora de decorar os quartos, o primeiro passo é escolher bem a cor. Invista nas mais claras. Cores escuras podem dar a aparência de que o quarto é ainda menor. Já os tons claros, dão a sensação de amplitude. Apostar nos detalhes também pode ser uma excelente alternativa. As paredes de quartos pequenos são grandes aliadas. Abuse delas com
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detalhes suspensos, como prateleiras e nichos, pois eles ajudam a organizar objetos. Uma das paredes, por exemplo, pode ser coberta com painéis, papel de parede ou até mesmo adesivos. Também nesse caso, é importante optar por tons mais claros. Se quiser um papel de parede com listras rosa, por exemplo, escolha um fundo bege. Um papel todo colorido diminui o quarto.
ganhou de vez a preferência da população. E é uma excelente opção para ocupar menos espaço nos móveis. No entanto, há que se ter cuidado com os aparelhos que vai ligar nela. É importante que se pense onde colocar o DVD, o videogame, o aparelho da TV a cabo, etc. Nesse caso, uma prateleira ou nicho pode funcionar bem, sem ocupar muito espaço.
Os espelhos não servem apenas para conferir a aparência. Na decoração, têm a função de proporcionar aspecto maior aos ambientes. Colocar espelhos nas portas de correr do guarda-roupas, além de deixar o quarto mais bonito e moderno, ainda faz você ganhar espaço nas paredes. Outra opção é integrar o dormitório ao banheiro, usando portas com espelho.
Porta-retratos podem incrementar a decoração e reavivar memórias. É permitido investir em molduras de modelos e tamanhos diferentes, dependendo do estilo do dono do quarto. Pequenas prateleiras podem servir de apoio para as fotos do casal, por exemplo.
Um quarto claro não significa que não pode ter nenhuma cor mais vibrante. O ambiente pode ganhar cores e detalhes nos tapetes, roupa de cama, almofadas e quadros. Mas não pode exagerar. Os tons também precisam ser harmônicos, as tonalidades têm que se complementar e não brigarem entre si. Se enjoar do visual, basta trocar os objetos e tecidos. O aspecto muda sem que se gaste muito. Colocar a televisão na parede tem sido a aposta da maioria dos arquitetos e
Se o quarto é pequeno, enche-lo de móveis pode atrapalhar a circulação. A ideia é deixar corredores de pelo menos 60 cm nas laterais das camas e em frente aos armários. Já em quartos de solteiro, vale encostar a cama na parede para ganhar espaço de circulação. Fazer isso com cama de casal não fica bom, já que quem dorme ao lado da parede tem dificuldade para se levantar. Ainda para garantir uma boa circulação, evite ao máximo colocar no quarto cadeiras, pufes e outros objetos que ocupem espaços. A cabeceira da cama box é um importante
item de decoração, que deve harmonizar com o estilo do restante do projeto. Pode ser almofadada, de madeira, de ferro, ou até mesmo revestida em palha de seda. Gavetas na cama são excelentes para ambientes pequenos. Alguns modelos box já vêm com elas. Se não os encontrar, vale até apostar em um colchão box para uma cama convencional. Quanto menor o ambiente, mais organizado ele deve ser. Objetos jogados, sem espaço para serem guardados, poluem o quarto. Por isso, os móveis precisam de um bom planejamento. No quarto das crianças, um local específico para os brinquedos é de grande ajuda. Portas de correr otimizam o espaço, assim como uma bancada de estudo ao lado da cama, que também tem a função de criado-mudo. Os móveis do quarto podem ser de materiais variados, como madeira e laca. Mas a fórmica vem conquistando o gosto de arquitetos e clientes, pela facilidade de limpeza. Apostar em um mobiliário revestido com fórmica branca, mas com algumas gavetas de cor diferenciada, garante um charme à mais ao espaço, com muito estilo e exclusividade. Agora que você tem as dicas, que tal começar a transformação do seu quarto e deixá-lo com a sua cara? Mãos à obra.
Espelhos nas portas criam a ilusão de um ambiente mais amplo Quarto projetado por Lins & Meira Arquitetura
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MORAR BEM
Refrigerar VEM CHEGANDO O VERÃO. SAIBA COMO ADEQUAR O CLIMA DE SUA CASA OU ESCRITÓRIO PARA RECEBER A ESTAÇÃO MAIS QUENTE DO ANO 32
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ntes classificados como artigos de luxo, encontrados apenas em bancos, grandes empresas ou nas casas das pessoas com maior poder aquisitivo, os aparelhos de ar-condicionado atualmente são quase um gênero de primeira necessidade. O aumento cada vez mais acentuado da temperatura, tem feito aumentar consideravelmente a procura por este tipo de equipamento. Hoje, na maioria das casas e apartamentos existe praticamente um aparelho
de ar-condicionado por cômodo. E não muito raro, há quem encomende o projeto de climatização da casa inteira.
A escolha errada pode fazer com que o ambiente continue quente, ou fique frio demais.
Os condicionadores de ar estão entre os aparelhos mais procurados nas estações mais quentes. Quando o verão se aproxima, tem início a corrida às lojas e em alguns estados a procura é tanta que os estoques se esgotam.
Então, o que fazer na hora de comprar um aparelho de ar-condicionado? Quem pensa que basta escolher o aparelho com a maior potência do mercado e instalar em um cômodo qualquer, está enganado. A Construir e Cia pesquisou e trouxe as melhores dicas para você acertar na compra e se refrescar tranquilamente nesse verão.
Mas engana-se quem pensa que basta comprar um condicionador de ar para ficar livre de problemas de temperatura.
Tipos de ar-condicionado Aparelhos de janela
Piso/Teto
Sistemas centrais
Fácil e prático de instalar, esse é o modelo mais tradicional de ar-condicionado. Muitas construções já possuem o nicho na parede onde ele deve ser instalado. Constitui um sistema completo de condicionamento de ar para locais pequenos. Estas unidades são fabricadas para que se encaixem em uma janela padrão.
Esse modelo, como o nome já deixa claro, pode ser instalado no chão ou na parede, quase no teto, o que inclui o canto do cômodo. A diferença entre os dois modelos está no alcance. O piso/ teto tem um metro a mais de serpentina e consegue enviar o ar frio a um metro a mais do que o hi wall. Por isso é indicado para ambientes compridos.
São recomendáveis para ambientes comerciais para que a climatização de muitos ambientes seja feita simultaneamente. Eles têm um custo maior de aquisição, operação e manutenção. São muitos silenciosos e não ficam nas fachadas de prédios. Esses sistemas podem ser encontrados em shoppings, grandes empresas, supermercados etc.
Split
Modelo Cassete
Portáteis
Os aparelhos podem ser fixos ou móveis. Os splits mantém a temperatura do ambiente controlada e reduzem o ruído da operação, pois seu condensador é externo ao ambiente. O tipo móvel pode ser utilizado em mais de um ambiente da residência ou escritório. Seu design é moderno e seu ar mais puro, graças ao sistema de múltipla filtragem.
Modelo instalado no teto, na região central do ambiente e que tem quatro saídas de vento. Além disso, tem a vantagem de ter uma bomba antidreno, que impede pinga-pinga do aparelho que estiver com o filtro sujo. Apesar dos benefícios, o cassete só pode ser instalado onde houver, ao menos, 35 centímetros de rebaixo de gesso.
Podem ser transferidos de um cômodo a outro e não requerem instalação, já que a troca de ar é feita por um tubo, conectado do aparelho à janela. Apesar da praticidade, o modelo é mais barulhento e ocupa espaço no ambiente, como se fosse um móvel. As potências são 9 mil e 12 mil BTUs, com opção de quente/frio.
Torres de refrigeração
Torres de resfriamento
Quando você encontrar um aparelho que tem água correndo através de uma malha de plástico, saberá que isto é uma torre de resfriamento. Em muitos conjuntos de prédios de escritório e campus universitários, as torres de resfriamento e os equipamentos de ar condicionado são centralizados em uma torre de refrigeração.
Em sistemas maiores, a eficiência pode ser melhorada de forma significativa se usarmos uma torre de resfriamento. Apesar de mais cara, a economia de energia pode ser significativa a longo prazo, especialmente em áreas de baixa umidade, onde o sistema se paga rapidamente.
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Selo PROCEL O Selo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) é uma forma de orientar o consumidor na hora da compra, indicando os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria, por exemplo, ar-condicionado janela, split hi-wall, split piso-teto, entre outros. A etiqueta exibida no ar condicionado e em vários outros eletrodomésticos, classifica o consumo de eletricidade daquele aparelho e seu grau de eficiência energética, que varia de A (mais eficiente) a G (menos eficiente). Conforme os aparelhos vão se modernizando, os produtos podem ter uma mudança de Selo. Mas isto não significa que seu aparelho irá consumir mais ou menos (caso seu Selo seja alterado após a compra), o que acontece é apenas uma recolocação em sua classificação.
Escolhendo produtos com o Selo Procel, a economia gerada por essa escolha pode resultar, ao longo da vida útil do aparelho, o equivalente ao preço de um aparelho novo.
O que é BTU BTU é a sigla de “British Thermal Unit”, expressão inglesa que significa “Unidade Térmica Britânica”. É uma unidade de potência que mede a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura. Para calcular o BTU de um aparelho, é necessário saber o número de pessoas que ficarão no ambiente, a área em m², outros aparelhos que possam irradiar calor, como computador, refrigerador, as paredes e vidros, para então saber qual deve ser a potência, em BTU do aparelho. O cálculo é feito da seguinte forma: Para cada metro quadrado, multiplica-se por 600 BTUs. Cada pessoa adicional soma 600 BTUs (a primeira pessoa não é contabilizada). Cada equipamento eletrônico soma 600 BTUs. Ex.: Uma sala com 30m² para três pessoas com dois computadores 30m² x 600 BTU + 1200 BTU (duas pessoas, pois a primeira não conta) + 1200 BTUs (dois computadores) = 20400 BTUs
Ciclo quente e frio Nos dias quentes de verão, nada melhor que poder contar com o clima agradável proporcionado por um ar-condicionado. Nos dias frios, o ideal para aquecer o ambiente também é um ar-condicionado. Atentos às necessidades dos usuários, é possível programar o clima no seu ambiente de trabalho ou em sua casa. A princípio pode parecer complicado que um único aparelho realize funções tão distintas como aquecer e refrigerar. Mas, o sistema de funcionamento dos condicionadores de ar é o mesmo para as duas programações, o que muda é a temperatura ambiente. Nos dias mais quentes, o ar-condicionado programado no ciclo frio capta o ar aquecido do recinto e o libera para o exterior, devolvendo ao cômodo o ar resfriado. Quando habilitado para o ciclo quente, o funcionamento é similar, muda apenas a temperatura do ar: o aparelho apreende o ar frio presente no local e o dispersa fora, recolocando no ambiente apenas o ar aquecido. Por isso, é tão importante que não haja nada obstruindo a saída de ar da parte de trás do condicionador de ar, pois é por esta área que o ar na temperatura indesejada será eliminado. Também é preciso lembrar que o ar deve ser eliminado em um local bem arejado, de preferência fora da casa.
Qual o aparelho mais adequado? Os condicionadores de ar com até 6.000 BTUs são geralmente indicados para ambientes menores. Apartamentos pequenos, para solteiros ou casais sem filhos. Refrigeram bem o ambiente, geralmente trazendo um resultado satisfatório. O mercado oferece vários modelos de diversas marcas e preços bem acessíveis. Residências maiores com mais cômodos necessitam de aparelhos com potências maiores, de 9.000 BTUs ou até mesmo 12.000 BTUs. São adequados para famílias com filhos e ambientes onde há uma relativa circulação de pessoas, como escritórios e consultórios médicos. Costumam manter a temperatura bem agradável, proporcionando conforto e sensação de bem-estar entre os presentes no local. Existem aparelhos de todos os tamanhos, potências e estilos. A tabela ao lado indica os modelos ideais de acordo com o tamanho do ambiente e variações do clima.
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REALIDADE
Inacabado PRÉDIOS INACABADOS OU ABANDONADOS “SUJAM” A PAISAGEM E TRAZEM RISCOS PARA A POPULAÇÃO
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ouve uma época em que Campina Grande era conhecida como “a cidade dos três prédios”. Isso porque, até meados da década de 90, os edifícios João Rique, Lucas e Roberto Palomo eram os únicos da cidade com mais de seis andares. De lá para cá, muita coisa mudou. A construção civil passou a experimentar um crescimento como nunca se viu na região e atualmente é mais difícil contar, com precisão, quantos prédios existem na cidade. Mas, no meio às torres que a todo momento despontam, algumas obras, de grande ou médio porte, que estão abandonadas, chamam atenção e enfeiam a paisagem urbana da cidade. Além disso, com as construções paralisadas devido a problemas técnicos ou até mesmo falta de
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recursos, essas obras se tornaram um sério problema para a cidade e uma ameaça à segurança da população. A Prefeitura começou a notificar os proprietários e exigir soluções rápidas, tanto dos prédios abandonados como dos proprietários de imóveis com marquises que apresentam risco de desabamento. A Secretaria de Obras informou que foram feitas vistorias, através da Defesa Civil, tanto nos prédios como nas marquises. Nos locais que foram constados falhas nas estruturas e riscos de acidentes, foram procedidas as devidas notificações, solicitando a regularização e buscas de soluções urgentes. No caso das marquises, que há tempos geram preocupações e já possuem um histórico de acidentes, foram dados prazos mínimos para reforma e adequação legal. O não cumprimento pode gerar
multa. De acordo com um levantamento do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Campina Grande (Crea), feito no início do ano, existem cerca de 60 edificações comprometidas na cidade, que apresentam riscos de desabamento e representam um problema de segurança para a população. “Notificamos todos os proprietários dos imóveis que apresentam problemas nas marquises, tanto no Centro da cidade como na Feira Central”, garante o secretário de obras, André Agra. “Inclusive já estamos recebendo os laudos e multas para aqueles que foram notificados e não procederam com a recuperação. A maioria delas corrigiu as falhas, as demais vamos notificar para proceder com o embargo e aplicação de multa”.
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As ações iniciaram em janeiro deste ano. A Câmara Municipal de Campina Grande também tem acompanhado essas questões de perto e inclusive já realizou sessões especiais para discutir soluções, principalmente para as marquises do Centro. Na região da Feira Central a preocupação mais latente é com o prédio do antigo Cassino Eldorado, localizado na rua Manoel Pereira de Araújo. O prédio também está com sua estrutura totalmente comprometida e ameaça desabar. Por fazer parte do patrimônio histórico do município, haverá um tratamento diferenciado. A reforma e completa restauração daquele prédio estão previstas no projeto de revitalização da Feira Central. Entretanto ainda não há previsão concreta para o início das obras.
Risco Existem dois grandes edifícios que se constituíram em verdadeiros entraves paisagísticos e de segurança bem no Centro de Campina Grande. Um está localizado na rua João Suassuna, com mais de 16 andares. E o outro, com cerca de dez andares, fica em frente à Praça Coronel Antônio Pessoa, a conhecida “Praça da Morgação”. No caso deste último já houve um contato
entre os proprietários e a Prefeitura e a obra de reestruturação e conclusão deverá ser retomada em breve, conforme foi garantido ao Poder Público. O prédio da João Suassuna é o grande problema. Abandonado há mais de 20 anos, sua estrutura está totalmente comprometida e o Crea já alertou para o risco de desabamento. As consequências de um desastre dessa natureza naquela área seriam incalculáveis. “Eu sou engenheiro e vistoriei pessoalmente, de forma rápida, todas as lajes daquele edifício. Ao meu ver, entende-se que até o sexto andar tudo está relativamente bem. Do sexto andar em diante está deteriorado e podemos confirmar que aquela edificação representa um grande risco para a população campinense”, relata André Agra. De acordo com o secretário, os proprietários desses prédios já foram notificados. “Inclusive fizemos duas ou três reuniões com eles aqui na Secretaria e exigimos um cronograma de recuperação da estrutura”, lembra Agra, informando que a PMCG está dando toda uma atenção para esse problema. A demolição é uma possibilidade de solução para aquele prédio da João Suassuna. De acordo com Agra, trata-se de uma demolição de desmonte que é altamente
dispendiosa. Uma implosão também solucionaria o problema, mas essa técnica de demolição tem custos altamente elevados e com grandes riscos de segurança para os prédios vizinhos.
Punição Para o “gigante” da João Suassuna, o tempo está se esgotando. “Estamos esperando que nossas exigências sejam respeitadas, ou seja, que esse cronograma de recuperação das estruturas será seguido, senão vamos proceder com um embargo atingindo inclusive as lojas que são localizadas na base do edifício”, alerta André Agra. O secretário lembra que esse prédio é a maior preocupação atual da administração pública, uma vez que já houve uma negociação, e consequente entendimento, no sentido de solucionar os problemas relacionados com a edificação da Praça Coronel Antônio Pessoa. “Nossa maior preocupação é com a segurança, que vem em primeiro lugar. Por isso temos que ter toda uma atenção e buscar soluções, tanto com os proprietários dos prédios inacabados, como com os dos prédios onde as marquises estão deterioradas e apresentando riscos de desabamento”, enfatiza.
João Suassuna Casino Eldorado Praça Coronel Antônio Pessoa
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FIQUE SABENDO
Regras O NOVO CÓDIGO DE OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ESTÁ EM VOTAÇÃO NA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE
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s regras para quem pretende construir em Campina Grande deverão ser alteradas ainda este ano. O Projeto de Lei que define o novo Código de Obras do município, elaborado pelo Poder Executivo, será votado em breve na Câmara Municipal de Campina Grande. Entre as novidades, está a obrigatoriedade de adequar as novas construções ao meio ambiente e o plantio de árvores em consonância com a área construída. O novo Código de Obras foi elaborado por uma equipe técnica da Secretaria de Obras. De acordo com o secretário André Agra, o antigo Código estava totalmente defasado e não se adequava às necessidades atuais. “Era um Código precário, com muitas inconsistências”, explica Agra, ao defender a necessidade da
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aprovação de um novo Código. “Do ponto de vista da legalidade, tinha também algumas situações que nos deixa em situação desfavoráveis e por isso precisamos de um novo, amplo e moderno”, salienta. Para elaborar o novo Código, a Secretaria de Obras iniciou um processo de consulta às instituições regulamentadoras do setor, como o Creci e outras, para em seguida encaminhar para o Poder Legislativo. “Acredito que até o final de setembro a matéria já tenha sido aprovada e poderá entrar em vigor”, diz o secretário André Agra. Uma das inovações diz respeito à impermeabilidade nas obras, algo que o antigo Código não exigia. A impermeabilidade trata justamente do escoamento da água nas construções. Muitas edificações hoje em dia apresentam problemas de
alagamento quando chove. Isso também se traduz em problemas de alagamentos das ruas, uma vez que não foram previstas ou exigidas regras de adequação para soluções de impermeabilidade durante a obra de construção. Para tanto, será definido um determinado espaço para áreas verdes e também soluções no tipo de construção do piso para que haja sempre um escoamento da água e evite acúmulo. “Vamos exigir em torno de 20% de área para a impermeabilidade”, garantiu André Agra. “Esses 20% podem ser preenchidos com área verde, ou seja, com área vegetal, mas pode ser preenchido também com o tipo de piso que o construtor vai ser obrigado a colocar. A ideia é facilitar o escoamento da água”. Outra novidade prevista no novo Código é a alteração nas medidas de recuo e altura.
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“É uma melhor adequação do ponto de vista do que a gente quer que seja construído em Campina Grande, para poder ordenar melhor esteticamente a cidade, pois em cada rua se vê padrões diferentes de construção, com distorções, com problema sérios nas calçadas”, explica o secretário. Todas essas medidas visam alterar de maneira positiva os moldes de construção na cidade, estabelecendo padrões e evitando, sobretudo, irregularidades que possam acarretar em problemas futuros.
Árvores O novo Código prevê a criação de cotas de plantio de árvores para os construtores. A nova regra definirá que, para cada 60 metros de área de construída, será obrigatório ao construtor o plantio de uma árvore. Essa medida visa justamente adequar o urbano ao ambiental, favorecendo o processo de arborização do município. No geral, para as pequenas construções, a árvore deverá ser plantada em um determinado espaço junto à nova edificação. Mas há regras também para as grandes obras. Em caso de edificações de grande porte, que por exemplo demande o plantio de 100 árvores, será definido pela Secretaria de Obras os locais que as árvores deverão ser plantadas pelo construtor. Pode ser em parques, praças, avenidas ou em outras áreas. “A ideia é fazer a arborização urbana de Campina Grande, inclusive de forma não onerosa para o município”, destacou André Agra, informando que essa regra vai surtir mais efeitos nos médios e grandes construtores, sendo que a medida não é algo que proporcione uma alta nas despesas das obras, mas que em contrapartida tem uma função ambiental de impacto positivo em compensação ao surgimento de novas edificações. De acordo com a Prefeitura de Campina Grande, o nível de arborização da cidade é de apenas 0,08 árvore para cada habitante. Este índice está em total desacordo com a média estipulada pela Organização das Nações Unidas através da Unesco, que é de duas árvores por habitante. Atualmente, segundo pesquisas, a cidade apresenta um déficit de 671 mil árvores. Existem 29 mil árvores, quando deveriam
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Vamos exigir em torno de 20% de área para impermeabilidade. André Agra SECRETARIO DE OBRAS
ser 700 mil, considerando que a cobertura vegetal ideal para uma cidade prevê 12 metros de área verde por habitante, seja por árvores ou arbustos.
Ocupação Dentro do novo Código de Obras está previsto a mudança nos valores para taxas de ocupação, de forma a gerar um crescimento mais uniforme do município. Isso significa que bairros que possuem pouca construção receberão taxas mínimas de custo para se construir lá, enquanto que as taxas para aqueles bairros que apresentam uma especulação imobiliária mais alta serão mais elevadas. Com isso a Prefeitura pretende promover uma distribuição de ocupação mais regular no município. Atualmente poucos bairros possuem tendência para abrigar novas obras, como Catolé, Mirante e Itararé, enquanto que outros bairros, que possuem condições semelhantes de infraestrutura, recebem novas construções e investimentos em escala muito inferior àqueles vistos com bons olhos pelos especuladores imobiliários. Serão definidas taxas de ocupação que variam de 30% a 60%. “Então vamos citar como exemplo o bairro da Palmeira, que é um lugar excelente para construir, mas que tem poucas construções ou investimentos imobiliários, em comparação ao bairro do Mirante. A gente vai permitir que se construa nesses dois bairros, mas vamos exigir uma taxa de ocupação que varia de 30% a 60%”, salienta o secretário de Obras. “Se você quiser construir na Palmeira, vai construir com o teto de 60%, mas no Mirante vai construir, a princípio, com 30%. Para chegar aos 60% terá que pagar uma taxa”. Essa taxa de ocupação se refere à área do
terreno que o construtor pode utilizar na obra. É a porcentagem de área construída. Nesses bairros de grande especulação imobiliária o construtor terá que arcar com alguma compensação financeira para poder ter direito de aumentar a área construída. “Não é uma forma de cortar o estímulo nessas áreas, mas é uma forma de pedir uma compensação para uma área que já tem um investimento imobiliário alto. Com isso a gente vai estimular o crescimento de outras áreas que são consideradas menos favorecidas”. O princípio básico dessa regra é estimular o crescimento urbano mais uniforme, valorizando áreas menos favorecidas e adequando inclusive a cidade à mobilidade urbana. Se a concentração de prédios de luxo ficar restrito a um determinado local, os problemas de fluxo de veículos naquela área e congestionamento de vias subsequentes serão inevitáveis.
Antecipação Outra mudança importante do novo Código de Obras é a provação prévia, pelo Corpo de Bombeiros, do projeto da obra. Isso tem gerado um pouco de polêmica e algumas reclamações. Anteriormente, de acordo com o antigo Código, construía-se primeiro para depois o Corpo de Bombeiros vistoriar a obra e expedir a licença. Se houvesse qualquer falha no projeto arquitetônico, a obra deveria ser alterada ou até mesmo paralisada. “Era uma coisa até estranha. Vamos supor que você construiu um prédio e nele existe uma escada de segurança incompatível, como vai solucionar isso? Vai derrubar o prédio? Por isso torna-se necessário uma aprovação do projeto antes de começar a obra”, explica Agra. Para os novos shoppings que estão sendo construídos em Campina Grande essa nova regra já foi aplicada em comum acordo com os construtores. “Mesmo sem a aprovação do novo Código, nós fizemos um termo de ajustamento de conduta com os investidores e eles se comprometeram a seguir essa regra, que de certa forma até beneficia os empreendimentos”, lembra o secretário. Os proprietários desses novos empreendimentos se comprometeram a apresentar, dentro de um prazo de seis meses, uma licença do Corpo de Bombeiros já aprovada.
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REALIDADE
Escassez A CONSTRUÇÃO CIVIL TAMBÉM É UMA DAS VILÃS QUANDO O ASSUNTO É O DESPERDÍCIO DE ÁGUA
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grande quantidade de obras espalhadas pela cidade de Campina Grande, principalmente os grandes edifícios e condomínios horizontais, é sinônimo de desenvolvimento e geração de empregos. Mas também se tornou sinônimo de alguns problemas. Entre eles, o aumento drástico no consumo da água. O modelo de construção e a forma como a água utilizada nas obras desses grandes empreendimentos está afetando o abastecimento hídrico do município. Isso porque existe um grande desperdício de água, que contribui diretamente para aumentar o risco de racionamento. De acordo com o engenheiro civil Ronaldo Meneses, subgerente de Controle Operacional da Cagepa em Campina Grande, o consumo desses empreendimentos
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imobiliários é alto e há ainda um grande desperdício que poderia ser evitado. “Isto porque os processos construtivos aplicados ainda precisam avançar bastante e por conta disso há um grande desperdício de água”, lamenta o técnico. Segundo ele, o consumo da água depende do porte de cada obra, da fase e do tipo de edificação, mas também “do tipo de processo construtivo aplicado e o planejamento global da mesma”, comenta Meneses. “Nas edificações onde o concreto utilizado nos elementos estruturais, como fundações, lajes, vigas e pilares, é dosado no local, há um maior consumo de água”, explica. Em média, uma grande obra, como os edifícios familiares com vários pavimentos, consome facilmente 120 metros cúbicos de água por mês. Mas há formas de evitar o desperdício e não comprometer
o abastecimento. “Nas obras onde há um programa de gestão da qualidade, a diminuição dos gastos com água é um dos pontos principais”, lembra Ronaldo. “A maneira mais eficiente que a concessionária tem de evitar o desperdício é uma medição eficiente desde o início da obra e um acompanhamento contínuo dessa medição ao longo dos meses”, sugere. O desperdício tem preocupado a Cagepa. Para evitar que haja um descontrole ainda maior, o órgão estatal instala micromedidores, conhecidos como hidrômetros, e intensifica a fiscalização nas novas construções. Mesmo assim, conforme alerta o subgerente de Controle Operacional, a redução do desperdício nas obras depende muito da existência de um planejamento de execução bem detalhado, que seja constantemente reavaliado e modificado
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e de processos construtivos adequados. “Por exemplo, utilizar o concreto usinado (fornecido por empresas específicas e dosado numa central) reduz consideravelmente o uso da água. Em outras fases da construção é preciso controlar a aplicação das argamassas, utilizando a dosagem adequada”, explica o engenheiro Ronaldo Meneses. “Outro ponto refere-se à criação e implantação de um programa de sensibilização do uso racional da água para os trabalhadores. Além disso, dotar os banheiros e cantinas de equipamentos economizadores e manter operários para uma manutenção contínua das tubulações. E num processo mais avançado, buscar sistemas de reutilização da água”. Outro problema também encontrado pela Cagepa diz respeito às irregularidades existentes em muitas obras, como ligações de água clandestina, onde o consumo é feito totalmente de forma desordenada e sem qualquer tipo de preocupação ambiental, uma vez que não há prejuízo financeiro com o consumo. “Mas para evitar este problema, são realizadas fiscalizações rotineiras”, lembra Meneses, explicando que essas fiscalizações se estendem até mesmo naquelas obras onde existem hidrômetros instalados e que mesmo assim podem haver ligações clandestinas.
Nas edificações onde o concreto utilizado nos elementos estruturais é dosado no local, há um maior consumo de água. Ronaldo Meneses ENGENHEIRO CIVIL
Boqueirão Mesmo com um volume satisfatório das chuvas que iniciaram desde o mês de junho, o Açude Epitácio Pessoa, o Boqueirão, ainda se encontra com o volume baixo e a cada dia está mais reduzido. Atualmente o manancial se encontra com 47,5% de sua capacidade e o risco de racionamento ainda é grande. “As chuvas recentes não estão resultando em acúmulo de água no Açude Boqueirão.
Infelizmente, tem ocorrido o contrário, a cada dia o volume do manancial tem reduzido. Há o risco de racionamento da distribuição de água, e isso afetará consideravelmente a indústria da construção na cidade. Mas a Cagepa ainda não definiu a data de início”, alerta Ronaldo Meneses, explicando toda a preocupação que o órgão possui nesse sentido. Segundo dados da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), o Epitácio Pessoa possui a capacidade máxima de 411.686.287 metros cúbicos, mas encontra-se com menos da metade desse volume total e o nível continua baixando a cada dia. Dessa maneira, a possibilidade de entrar em colapso ainda é grande, pois o volume de água recebido com as chuvas não tem compensado o volume perdido diariamente. Desde o mês de maio que essa situação do manancial tem preocupado as autoridades de Campina Grande e região. Algumas reuniões entre os órgãos competentes e técnicos do setor de recursos hídricos foram realizadas para discutir a questão. Uma nova análise sobre possível racionamento será feita e a previsão, caso seja constatada a necessidade, é que a cidade passe por um regime de racionamento já no mês de agosto.
Açude Velho Principal cartão postal campinense, o Açude Velho já foi fonte de abastecimento hídrico de Campina Grande. Foi o primeiro açude da cidade. Conforme dados históricos, ele foi construído por causa da seca que a região Nordeste enfrentou nos anos de 1824 a 1828. Sua construção teve início no ano de 1828 e passaram dois anos até a conclusão.
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Pode parecer estranho, mas durante quase um século o Açude Velho foi o maior manancial de toda a região. Ele recebia água que vinha do Riacho das Piabas, e durante muito tempo supriu as necessidades hídricas de toda a população campinense e de várias cidades e povoados da região. Com o desenvolvimento urbano e o consequente crescimento populacional, o velho açude ficou pequeno para cumprir com a atividade. Nesse período houve ainda a construção do Açude Novo e do Açude de Bodocongó, que deram suporte de abastecimento ao município e à região. Hoje, o Açude Velho é um cartão postal, o Novo é um Parque, e o Açude de Bodocóngó clama por sobrevivência.
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Açude Velho na época que abastecia Campina Grande
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REALIDADE
Diferença PICHAÇÃO X GRAFITE: VANDALISMO, ARTE OU UM PROBLEMA DAS GRANDES CIDADES? Por Jorge Barbosa
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A
professora Valéria Fernandes mora no bairro de Santa Cruz, em Campina Grande. Sua casa tem um muro alto e perfeitamente pintado de verde claro. Mas essa pintura foi retocada há poucas semanas. Foi a segunda vez que ela pintou o muro somente este ano. Alvo dos pichadores, a professora já nem contabiliza mais os prejuízos acumulados na tentativa de manter a parede limpa. Ela é apenas mais uma que sente na pele os efeitos de uma contravenção urbana que cresce demasiadamente em cidades de médio porte, e que altera significativamente a paisagem delas.
seja, pichar sobre a pichação. Quando isso acontece, geralmente a coisa é resolvida através de um confronto direto.
Os pichadores estão em todos os lugares e não escolhem suas vítimas na busca por demarcações de territórios. Mas algumas características dos imóveis reforçam a escolha. Se o muro ou a parede tiver visibilidade, estiver localizado em pontos de grande movimentação ou por onde passam linhas de ônibus, inevitavelmente será visto com “bons olhos” pelos amantes dessa prática.
“E” explica que em Campina Grande a disputa é feita entre zonas. Cada zona tem seu grupo e a “competição” se desenvolve com grupos invadindo a zona alheia. “Tipo a Zona Oeste picha a Zona Leste e isso gera revolta entre os pichadores daquele zona que foi pichada”, comenta “E”. Como represália, a zona pichada passa a pichar a zona inimiga e assim está declarada a guerra. “Isso gera uma disputa, na qual fica um pichador querendo pichar mais alto que o seu adversário”.
“Na maioria das vezes os pichadores saem sem destino. Compram as tintas, marcam de se encontrar e saem pichando”, explica “E”, pichador da Zona Oeste, com mais de 13 anos de atuação, e que prefere não ter seu nome divulgado. Segundo ele, os prédios públicos estão entre os locais preferidos, como escolas, postos de saúde, creches, mas eles também gostam de “visitar” casas e prédios abandonados, além de terrenos baldios. “Também há os locais que apresentam dificuldade para serem pintados. Escolhemos um lugar onde a pichação possa ficar na parede por muito tempo. Também procuramos pichar locais onde os transportes coletivos trafegam, pois dessa forma muitas pessoas vão observar nossas pichações, nossas marcas”, relata “E”.
Muitas são as brigas e atos de violência entre grupos rivais. “Em toda disputa existem regras. Nossas regras básicas são para jamais atropelar a pichação feita por outro, evitando fazer assim uma pichação por cima de uma pichação já existente. Isso pode causar uma grande guerra entre os grupos”, explica “E”, que nunca foi preso por pichar, mas já se envolveu em brigas, arranjou problemas e há algum tempo teve que abandonar a Paraíba em consequência da pichação.
As batalhas travadas entre os grupos mostram uma disputa de tribos que lutam pelos seus ideais. “Mas é um disputa suja, no sentido literal da palavra, porque no meio disso tudo está o meu muro, está meu prejuízo. Está também o prejuízo da cidade através das depredações dos patrimônios públicos. Sei que é o tipo de coisa que não vai parar nunca e que quanto mais a cidade cresce, mais esse problema aumenta. Já está na hora de se pensar em uma forma de coibir essa prática”,
Monumento poluído pela pichação
lamenta a professora Valéria, que se sente em meio a um fogo cruzado de tintas e sprays.
Revolta social Mas a pichação não pode ser vista apenas através dos seus ângulos negativos. Para muitos pichadores o ato de pichar vai além da atividade de “sujar” uma parede com assinaturas ou marcas: é uma forma
Em Campina Grande não se sabe ao certo quantos grupos de pichadores existem na atualidade. Mas são muitos. Os principais são “Insanos”, “OSP*I”, “PMO”, “PCN”, “OPZ”. Cada sigla tem sua representação, como essa última da lista, que significa “Organização dos Pichadores do Zepa”. Entre eles existe uma disputa para ver quem consegue as pichações mais difíceis, para ver quem coloca sua marca num patamar de destaque. A grande regra é ninguém invadir o espaço do outro, ou
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A pichação como ferramenta de protesto
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de se revoltar contra o sistema político, econômico e a exclusão social. Inserida na base das camadas mais populares, a pichação também é um protesto, uma forma de se fazer ouvir, onde os muros e as edificações urbanas surgem como espécies de veículos de comunicação. Essa ideia é defendida por “E”. Ele afirma que a pichação transformou sua vida. Foi através dela que passou a conhecer os problemas da cidade. Através dela que ele pôde expor sua revolta. “Para nossa visão, a pichação é uma arte ‘vandalística’. A pichação em si foi feita para protestar e falar o que a sociedade excluída tem medo de dizer”, argumenta. Mesmo reconhecendo que nem todas as pessoas que picham possuem essa consciência sobre sua função social, “E” acredita que a maioria dos pichadores ainda tem consciência do ato como algo que vai além de uma ação de vandalismo. É por esse motivo, crê ele, que a prática vai ainda perdurar e marcar história de forma particular em cada época. “Existem dois tipo de pichação: aquela que agride a sociedade e aquela que luta pelos direitos da população. Mas muitas pessoas ignorantes não enxergam esse tipo de manifesto”, reclama. “A pichação é um ideograma feito na rua, então não é só uma pichação aleatória, existe todo um trabalho por trás de cada pichação. Você não pode fazer uma pichação que já existe. Você tem que criar sua própria letra ou marca e assim passar a se manifestar, mostrando sua voz e fazendo com que seja conhecido, identificado, através daquela marca, no meio dessa multidão de anônimos da sociedade moderna”. “E” reconhece que o ato de pichar é um crime e que, como todo e qualquer crime, há implicações legais nisso. Reconhece que todos os pichadores, sem exceção, sabem disso. É nesse misto de contravenção e revolta social, que a pichação se torna excitante e seduz novos adeptos de tempos e tempos.
Crime e castigo O ato de pichar um patrimônio público ou privado é crime e está previsto no Código Penal Brasileiro, com punições que podem
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Desafio: Os pichadores rivalizam em busca dos lugares mais difíceis de pichar
variar de prisão a multa. Não existe uma fiscalização rigorosa ou específica em cima dessa prática e geralmente a polícia chega aos pichadores através de denúncias.
Existem dois tipos de pichação: aquela que agride a sociedade e aquela que luta pelos direitos da população. “E” PICHADOR
Foi o que aconteceu em Campina Grande, na noite do dia 1º de maio deste ano, no bairro da Liberdade. Quatros jovens, sendo três com idades entre 18 e 20 anos, e um menor de idade, foram presos em flagrante quando pichavam o prédio do antigo Hospital João Ribeiro. A Polícia Militar prendeu o grupo depois de uma denúncia anônima. Os jovens portavam tintas, spray e rolinhos. Foi encontrado também uma pequena quantidade de maconha. Na delegacia, alegaram que achavam que o prédio estava abandonado e não teria problema em pichar. Eles confirmaram que não tinham autorização, mas alegaram que não sabiam que precisavam
disso. Cada um pagou uma fiança de um salário mínimo. Os quatro foram autuados de acordo com o artigo 163, do Código Penal, que trata de “destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia” e define uma pena de um ano a seis meses ou multa. Também foram enquadrados no artigo 65 da Lei 9.505/98, a conhecida “Lei da Natureza”. Esse artigo define o crime de “pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano”, com detenção de três meses a um ano e multa. Esse foi o último caso de prisão em flagrante por pichação e depredação de bens na cidade. A polícia alega que não há muitas investigações sobre grupos de pichadores na cidade, uma vez que raramente os proprietários dos imóveis pichados prestam queixam. Geralmente eles procuram apenas reparar o dano por conta própria.
Arte nas ruas Com o grafite a história é diferente. Gênero nascido da pichação, o grafite tem evoluído nos últimos anos, ganhando status de arte. O reconhecimento vem da população, de instituições públicas ou privadas. O grafite invadiu casas, escolas e continua nas ruas, embelezando muros, paredes e ajudando, inclusive, a combater a pichação. A mesma regra que existe entre os pichadores, de nenhum pichar sobre a pichação do outro, se aplica ao grafite também. Dessa forma, nenhum grafiteiro invade um espaço onde existe uma pichação,
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enquanto nenhum pichador vai rabiscar sobre um grafite. Por conta disso, muitas pessoas, para evitar que seu muro seja pichado, contratam um grafiteiro para embelezar determinado espaço com suas cores e, assim, garantir não só a proteção, mas uma autêntica e exclusiva obra de arte na sua parede. Raoni Oliveira começou no grafite há 11 anos. Assina seus trabalhos com o nome de “Zeca”, que também é uma espécie de personagem principal das suas obras. É considerado um dos mais experientes e talentosos de Campina Grande. Desenvolveu um estilo próprio e hoje em dia tanto grafita por prazer, quanto profissionalmente. Muitas vezes é contratado para pintar paredes e evitar, assim, que aquele espaço seja depredado futuramente.
“Não existe um código de ética definido, mas todos nós sabemos que não é legal pintar sobre outros grafites ou pichações. Isso é considerado um desrespeito, pode dar briga. No geral procuramos evitar”, explica Raoni, mostrando uma foto de uma pichação feita sobre um grafite que pedia respeito à pichação, pois aquele determinado grafite havia sido feito sobre uma pichação que ali existia anteriormente. O fato é que para a população em geral, a pichação é vista quase sempre com maus olhos, uma vez que agride patrimônios e causa certa poluição visual. Já o grafite está caindo cada vez mais no gosto popular, pelo seu valor estético e por contribuir inclusive para a restauração visual de algumas vias públicas.
Trabalho e arte “O grafite é mais uma ideologia do que uma técnica de pintura. É oferecer à população algo que ela não tem acesso: a arte”, afirma Raoni numa definição precisa sobre o que o grafite representa hoje para a sociedade. Mesmo assim ele pondera. “A definição de arte é muito complexa, gera muita discussão, mas eu considero grafite como arte e acho que as pessoas de modo geral também. Na minha visão é uma arte acessível”, diz, lembrando que certo dia, quando fazia um grafite, foi abordado por um trabalhador que voltava pra casa de bicicleta. O homem reconheceu seu trabalho e o parabenizou, afirmando que sempre observava seus grafites distribuídos na cidade. “Então ele observou não apenas um grafite, mas o conjunto da minha obra espalhada pela cidade e se identificou com aquele personagem”. Com a experiência de quem já promoveu oficinas de grafite para instituições e escolas em várias cidades da Paraíba e em outros Estados, Raoni hoje em dia também faz muitos trabalhos sob encomenda, pintando interiores de residências, prédios comerciais, escritórios e muitos outros. O grafite se tornou também uma profissão, mesmo que haja algumas ponderações sobre esse tipo de grafite.
Grafite ilustrando fachada comercial Oficina de Grafite ministrada para crianças Raoni Oliveira e sua arte em toda a extensão da lateral de uma residência
“Grafiteiros mais radicais dizem que o grafite só é grafite se ele não for autorizado, pois existe a questão da livre expressão. Então, a partir do momento em que você tem uma autorização, onde a pessoa que o contratou ou liberou o espaço pede para que seja pintado determinado tema, você já começa a se podar e limitar sua arte. Mesmo você impondo seu estilo, sua forma de ver o mundo, não deixa de ser uma espécie de liberdade vigiada”, refletiu Raoni. Mas em muitos outros casos, as pessoas convidam grafiteiros para pintar suas paredes e os deixam à vontade para expressar ali o que quiser, uma vez que grafite em geral fala sobre temas sociais, como discriminação racial, preconceito, miséria, corrupção, política, educação. São tantos os temas e geralmente carregados de tanta criatividade, que por si só explicam essa crescente sedução que a prática vem causando em todas as camadas sociais.
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História do Grafite Existem relatos e vestígios dessa arte desde o Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de 1970, em Nova York, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos. O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, refletindo a realidade das ruas. No Brasil, foi introduzido no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.
Martha Cooper
Registro feito pela fotográfa americana Martha Cooper entre as décadas de 70 e 80
Fabrício Pimenta, 37 anos Historiador
Janildo Silva, 38 anos Jornalista
“Considero o grafite magnífico como expressão, sendo capaz de mudar a cara sisuda de áreas muitas vezes esquecidas pelos gestores públicos. A função social do grafite também merece destaque, já que em muitos casos tem o perfil de debater problemas políticos e sociais. A pichação é feita, em alguns casos, por gangues, que desejam demarcar seu território, mas também pode ser feita por adolescentes buscando atenção. Não deixam de ser manifestações sociais, mas geralmente não expressam qualquer tipo de arte, são gritos das comunidades que vivem longe do Poder Público. Há também a pichação ideológica, que tem papel semelhante aos protestos que tomaram as ruas do Brasil”
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“Grafite pode ser entendido como uma manifestação artística, ao passo que a pichação poderia ser compreendida como uma demarcação geográfica de poder, seja de gangues ou de indivíduo. A primeira respeita o patrimônio, enquanto a segunda o desafia”.
José Vitor, 16 anos Estudante
“Vejo o grafite como uma arte e aprecio muito alguns estilos. Já a pichação, apesar de ter um tom de vandalismo, tem seu valor social e representa uma camada da população que é marginalizada”.
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ECONOMIA
Telhas A TELHA PASSOU A TER IMPORTÂNCIA CADA VEZ MAIOR NAS CONSTRUÇÕES E PODE ALTERAR DEFINITIVAMENTE O RESULTADO DA SUA OBRA
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rimeiro faz-se a seleção dos materiais para começar a construir: tijolos, cimento, cerâmicas, mármores e madeira da melhor qualidade. Vem ainda os itens relacionados com as instalações elétrica e hidráulica, iluminação, pintura e acabamento, entre outros detalhes. Tudo que há de necessário para ter um produto final de alta qualidade. Mas o resultado final da obra pode estar em risco se não houver uma atenção especial na hora de escolher a telha. Ela é peça fundamental em qualquer obra, pois é a grande responsável pela proteção de tudo que está abaixo dela. Além disso, a telha passou a ter função decorativa também, graças aos inúmeros estilos existentes hoje no mercado. “Ao meu ver, a telha é o item mais importante da obra. Eu costumo dizer que é a mesma coisa de vestir uma roupa de linho e usar um chapéu furado. Então você investe em tudo o que há de melhor para sua casa, mas porque não investir na melhor telha, que vai ser justamente o item da obra que vai proteger tudo que tem embaixo? Sem uma boa cobertura tudo o que está na obra corre risco”, analisa o empresário Márcio Almeida Gomes, que há 23 anos atua no ramo de telhas. Para cada tipo de habitação existe uma telha específica. Cada estilo se encaixa não apenas com o formato do telhado ou a inclinação, mas também com o projeto arquitetônico e até com o bolso do construtor. “Existem vários tipos de telhas no mercado. Mas hoje em dia a procura maior é pelas telhas que possuem um sistema de travas, que são antideslizantes”, informa Márcio, ao lembrar que as telhas tradicionais ainda estão disponíveis no mercado, mas a procura por elas é cada vez menor. A grande novidade dos últimos tempos são as telhas esmaltadas. Elas possuem o mesmo esmalte e material da cerâmica do piso. Possuem grande durabilidade e a maioria das marcas fornecem garantia de até 30 anos. “O preço é diferenciado porque essa telha tem absorção zero, longa garantia, não retém sujeira e ainda tem o diferencial da coloração e modelos diferenciados, dependendo de cada fabricante”, explica Márcio. Esse tipo de telha, prensada e esmaltada, com acabamento mais elaborado e que possuem cores diferentes, estão cada vez mais ganhando adeptos. O preço é
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diferenciado, pela qualidade e também devido a origem, uma vez que, em sua maioria, são fabricadas no estado de Santa Catarina. Já essas telhas mais simples, mesmo as que possuem um design mais elaborado e com sistemas de travas, são fabricadas na própria Paraíba e nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão. Conforto térmico e acústica A telha também pode ser escolhida levando em consideração questões como aquecimento ou acústica do ambiente. Existem vários modelos no mercado e tudo depende do tipo de edificação e sua funcionalidade, como também das disponibilidade financeira do cliente.
Ao meu ver, a telha é o item mais importante da obra. Eu costumo dizer que é a mesma coisa de vestir uma roupa de linho e usar um chapéu furado. Márcio Almeida EMPRESÁRIO
“A telha de barro, de cerâmica normal, pela própria natureza do material já uma telha fria e garante um conforto término”, detalha Márcio Almeida, salientando que ainda existem outras mais eficazes nesse quesito. “A telha esmaltada na cor branca ainda é mais fria. Ela reflete em 100% os raios solares e não apresenta absorção de calor, o que promove uma diminuição da temperatura. A sensação térmica é que não existe calor dentro da casa”. Segundo Almeida, aquelas telhas de fibrocimento, conhecidas como telhas “Brasilit” devido à marca, são conhecidamente as que mais absorvem o calor. Elas são muito usadas na cobertura de grandes galpões e fábricas, mas pouco recomendadas para residências devido a essa característica natural de aquecimento. “A dissipação do calor é menor e assim ela eleva a temperatura do ambiente”, observa o empresário.
Já quem busca ter uma acústica mais elevada na edificação, isolando o som interno e evitando a interferência elevada de ruídos externos, a telha de chapa, com isolante térmico é a mais indicada. “Essa telha tem uma espécie de manta interna que faz diminuir tanto a questão da acústica, como a do calor”, garante Márcio. Para uso residencial, as telhas de argila ou cerâmica ainda são as mais indicadas e também possuem essas características de isolante térmico e acústico, o que depende do formato, altura e inclinação da cobertura. Escolha que gera economia A escolha correta da telha também pode gerar economia para a obra. Mas vale destacar que nem sempre o produto mais barato é o mais econômico. Questões como instalação e manutenção, além de garantia, podem fazer a diferença e apontar um produto mais caro como o ideal no momento de se fazer economia. “O tipo de telha pode baratear a obra. Vamos supor a aplicação da telha americana, por exemplo, que tem um rendimento maior por metro quadrado, ou seja, com um maior consumo, e dependendo do fabricante, é possível conseguir um preço diferenciado”, garante Márcio, proprietário da loja Telha Forte. Segundo ele, algumas telhas possuem o mesmo rendimento por metro quadrado, mas um preço diferenciado, devido à qualidade mais elevada do produto. Os valores variam de acordo com o tipo e o modelo de telha. Algumas são mais baratas e rendem bem menos, ou sejam, tem uma cobertura menor por metro quadrado. Outras são o inverso: possuem um preço mais elevado, mas em contrapartida ocupam um espaço maior. O custo com a aplicação, que para muitas é mais elevada do que para outras, também entra na conta. E por fim deve-se levar em consideração a garantia e a qualidade. Investir um pouco mais em um produto que pode dar maior durabilidade e menor custo de manutenção pode gerar uma economia futura. “Às vezes a economia inicial de um determinado produto pode refletir no desempenho do custo-benefício final”, é o que sugere Márcio. “Você pode ter uma economia maior no início, por comprar um produto mais barato, mas em contrapartida, ao longo do tempo, pode ter mais despesas com manutenção e reposição de peças”.
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Tipos de telha
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Cerâmica
Fibrocimento
PVC
As telhas cerâmicas são boas opções para construções menores, como casas e sobrados. São encontradas nos modelos colonial, paulista, plan, francesa, romana, portuguesa e duplana, que variam em relação ao peso, às dimensões e ao consumo por metro quadrado. Alguns produtos são esmaltados e outros banhados com resinas que evitam a formação de fungos e bactérias e aumentam a durabilidade das peças.
São a versão moderna das antigas telhas de amianto. Bastante versáteis, têm modelos indicados tanto para construções mais simples quanto para grandes obras. As telhas onduladas são bastante populares, com peso variando de 11,5 kg a 65 kg, dependendo das dimensões e da espessura (5 mm, 6 mm ou 8 mm).
Matéria-prima tradicional de tubos e conexões para água fria, o PVC também é usado na fabricação de telhas. As peças são encontradas em placas com perfis que imitam as telhas coloniais, além de modelos ondulados e trapezoidais. Destacam-se pela leveza - uma placa de 2,30 m de comprimento e 0,88 m de largura pesa cerca de 10 kg. As peças são fixadas com parafusos a estruturas metálicas ou de madeira.
Madeira
Policarbonato
Polipropileno
Dão um tom mais rústico às construções. Uma telha de 40 cm de comprimento por 20 cm de largura pesa apenas 0,5 kg. O consumo é semelhante ao das peças cerâmicas e de concreto - cerca de 10 unidades/m², mas sua instalação é mais complexa, pois todas as telhas devem ser pregadas. Para garantir sua durabilidade, as peças passam por tratamento antifungo.
Propiciam passagem de luz em coberturas com telhas de fibra ou fibrocimento. Também podem ser utilizadas em toda a cobertura, como no caso de garagens e jardins de inverno. As telhas apresentam transparência de até 90%, resistência a impactos (200 vezes maior do que o vidro) e à ação dos raios solares.
Os modelos ondulado e trapezoidal são os mais comuns, aplicados em obras residenciais, comerciais e industriais. São resistentes aos raios solares e apresentam 70% de transparência. Encontradas em peças com 1 m e 1,2 m de largura e comprimento variável de 1,1 m a 6 m.
Concreto
Vidro
Fibras
Comparadas às telhas cerâmicas, são resistentes às condições climáticas do litoral e ao granizo. Produzidas em diversas cores, também podem servir como elemento de decoração do projeto. São um pouco mais pesadas do que as peças cerâmicas, mas podem apresentar maior resistência mecânica, o que minimiza as chances de quebra durante o transporte e a instalação.
Criam passagens de luz em coberturas com telhas de cerâmica ou de concreto. No mercado há peças compatíveis com diversos modelos. Em telhados sobre forros, podem ser usadas para evitar que animais de hábitos noturnos (morcegos, ratos, baratas etc.) utilizem o local.
As telhas ecológicas são feitas de fibras vegetais a partir de material reciclado. Há no mercado modelos para a cobertura residencial ou comercial e para construções sem forro, como varandas e beirais. Vêm coloridas de fábrica, mas aceitam pintura. Por serem leves - uma peça de 2 m x 1,05 m pesa cerca de 7 kg - essas telhas exigem uma estrutura menos robusta para sua sustentação, resultando em economia de madeira.
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ESPECIAL
Aço REVOLUCIONANDO A CONSTRUÇÃO, AS ESTRUTURAS METÁLICAS POSSIBILITAM PROJETOS OUSADOS. CONHEÇA A EMPRESA CAMPINENSE QUE SE DESTACA NO SETOR COMO UMA DAS MAIORES DO PAÍS
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O projeto de uma construção, seja ela de madeira, concreto armado, aço ou qualquer outro material, independentemente de sua complexidade arquitetônica ou estrutural, deve exigir que a mesma desempenhe as funções para as quais foi concebida com eficiência, aliando economia, durabilidade e total segurança estrutural. Para isso, a escolha do material a ser utilizado deve ser minuciosa, analisando cada detalhe e características do produto final da obra, para fazer de sua estrutura um ambiente seguro, capaz de resistir ileso a tudo o que o cercar, desde o seu período de construção, até o final de sua vida útil. Com o avanço da indústria e do estudo de novos materiais, descobriu-se que o aço apresentava uma grande vantagem em relação a outras ligas, quando aplicado na construção civil. Ao contrário do concreto, que é moldado em função das formas, o aço estrutural já é solicitado sob medida para a obra, podendo ser moldado e cortado previamente, de acordo com os contornos e necessidades do projeto. Além disso, a velocidade da construção é bem maior do que quando realizada com concreto, tendo em vista a organização e a agilidade do manuseio desse material. A utilização da estrutura metálica nas construções tem garantido, além da redução do tempo de construção,
racionalização no uso de materiais, mão de obra e o aumento de produtividade. Ao utilizar o aço, o construtor permite maior liberdade no projeto arquitetônico, maior flexibilidade para reformas, como também a compatibilidade com outros materiais, adaptações, ampliações e menor carga nas fundações. “Por tais fatores, podemos afirmar que o mercado tem crescido muito para esta área, tornando as empresas de estruturas metálicas grandes parceiras das Construtoras, que podem contar com um produto industrializado, com alto padrão de qualidade, custo e prazos definidos”, afirma Alexandre Lira, Diretor-Presidente da Vão Livre S/A, empresa paraibana que tem se destacado no setor.
Vão Livre S/A Tecnologia de ponta, profissionais qualificados e um moderno parque fabril para atender qualquer tipo de empreendimento na construção civil. Essas são apenas algumas das características que fazem da Vão Livre, uma das maiores empresas de estruturas metálicas de todo o Nordeste e um orgulho para toda a Paraíba. Fundada em 1994, a Vão Livre entrou no mercado com uma proposta diferenciada, oferecendo soluções para seus
clientes através da inovação tecnológica e investindo constantemente na qualificação dos seus colaboradores e na modernização do seu parque fabril. Em 2011 a Vao Livre, fez uma parceria com um grupo de investidores que, observando o seu know-how e portfólio, entrou com investimento para ampliação e modernização do parque fabril, momento em que nasce a Industria e Construções Vao Livre S/A, uma marca forte que se renova para o mercado nacional com a experiência de 19 anos em obras executadas nas áreas industrial, comercial, edifícios de múltiplos pavimentos, termoelétricas, refinaria, passarelas, viadutos etc. Hoje, a empresa conta com aproximadamente 230 funcionários. A equipe é formada por engenheiros mecânicos, civis, de produção, de projetos, soldadores, armadores, operadores de máquina, jatistas, pintores, encarregado de expedição, engenheiro e técnico de segurança, topógrafo, além de todo um corpo administrativo. A Vão Livre S/A atualmente ocupa lugar de destaque em todo o Território Nacional e compete em igualdade com as demais empresas brasileiras do ramo. Na Paraíba encontramos obras com as estruturas metálicas da Vão Livre espalhadas por todo o Estado, como no prédio da EPASA/CPFL em João Pessoa;
Estruturas metálicas pelo mundo
Brasília 50 anos em 5
Empire State Building 102 andares, 448 metros de altura construída em 14 meses totalmente em aço com 60.000 tn, inaugurado em 01 de maio de 1931.
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Nascida de um plano de metas, a cidade de Brasília foi construída em 3 anos e 5 meses e inaugurada com 500 mil m2. Para sua construção foram importados 15.000tn de aço. Esse material combinado ao concreto permitiu a construção de grandes vãos com vigamentos e pilares, também utilizados nos prédios de múltiplos pavimentos dos Ministérios de Brasília, e do Palace Hotel, que utilizou na época 905 tn de aço.
Hotel Burj Al Arab A maravilha de Aço de Dubai: Um dos Hotéis mais altos do mundo edificado em Dubai, com área de 115.000m2 construído totalmente em aço, consumindo 9.000 tn.
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nas edificações da Faculdade Maurício de Nassau, em Campina Grande e João Pessoa; nas coberturas da Feira da Prata, do Terminal de Integração e na Clínica Dr. Wanderley, todos em Campina Grande.
Localização Instalada em um local privilegiado, com uma área de mais de 85.000 m2, no Distrito Industrial de Queimadas (PB), a Vão Livre está próxima aos grandes centros comerciais e industriais, e conta com um fácil escoamento de sua produção para todo o pais, tanto por rodovias federais, quanto pelo porto de Suape.
Fábrica da Fiat Uma das maiores vitórias da Vão Livre foi obtida recentemente, ao ser selecionada entre as empresas que estão trabalhando
na construção do parque industrial da Fiat, que está sendo instalada numa área de 14 milhões de m2 contínuos no município de Goiana, em Pernambuco. Destaca-se que a Vão Livre é a única empresa de Estruturas Metálicas do Norte e Nordeste selecionada e classificada junto com mais 04 empresas do Sul e Sudeste do país. “A obra da fábrica da Fiat é um empreendimento de enorme significado histórico, uma vez que leva ao Estado de Pernambuco a implantação de um polo automobilístico que implicará, necessariamente, em inúmeros ganhos não só para o Estado, como para o Nordeste”, avalia Alexandre Lira, Diretor-Presidente da Vao Livre S/A. Pode-se mencionar como estando entre os fatores decisivos da escolha e classificação da Vão Livre, pelas empresas Walbridge, dos Estados Unidos e Construcap, de São Paulo, responsáveis pela
construção da fabrica da Fiat, os procedimentos técnicos utilizados na fabricação das estruturas, parque fabril com equipamentos de última geração, equipe técnica, localização estratégica, além de toda experiência, comprovada através de obras executadas em todo território Nacional. Completa-se ainda o fato da Vão Livre possuir o CRCC (Certificado de Registro e Classificação Cadastral) da Petrobrás, o qual a qualifica tecnicamente a fornecer seus produtos para a Petrobras em qualquer região do País e fora dele. “Nosso departamento comercial tem desenvolvido inúmeras ações de prospecção de novos clientes em todo o território nacional, e também fora do Brasil, já tendo ofertado propostas que estão em fase de negociação para construções de edifícios metálicos, e Shoppings Centers no Chile e no Peru”, esclarece Lira.
DNA Vão Livre: por dentro de grandes obras
Caixa Econômica Federal - Olinda (PE) Faculdade Maurício de Nassau - João Pessoa (PB)
Construção do Shopping Boa Vista - Recife (PE) Shopping Boa Vista
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Tecnologia aplicada a sua obra
Estruturas metálicas Maquinas de corte a Plasma Centro automatizado de Corte e Furação
Robô de Corte e Furação, perfis e tubos Controle e Inspeção de Solda e Pintura
Rua Júlia Eulália, s/n - Distrito Industrial de Queimadas - PB
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(83) 3331.3000
www.vaolivre.com.br contato@vaolivre.com.br
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OPINIÃO
CASAS DE PVC Construindo de forma rápida e prática
Magela Barros gmagelabarros@gmail.com É ambientalista, concluinte do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental (UEPB), Bacharelando em Engenharia Civil (UFCG) e colaborador na Cooperativa CATAMAIS.
O sistema construtivo de concreto fluido e painéis autoencaixáveis de PVC, possuem vantagens bastante satisfatórias, para entrar de vez na forte concorrência do mercado da construção civil
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massificação da construção civil vem acarretando alguns problemas ao nosso sagrado habitat, pondo em risco recursos tão estimados ao nosso meio ambiente. Podemos tomar como simples exemplo às jazidas de calcário e argila, tão importantes no preparo do cimento e do tijolo tanto nos fornos de clinquer, quanto nos fornos contínuos de cerâmica de barro cozido, e que consequentemente possuem um tempo de vida útil finito, tendo assim uma necessária migração da indústria ao termino da respectiva jazida.
paredes, por serem ocas, são preenchidas com concreto fluido, que apresenta como principal característica a alta plasticidade ou fluidez e inúmeras vantagens.
À medida que os riscos começam a se tornar irreversíveis, soluções para o reaproveitamento de materiais e tecnologias inovadoras surgem no setor, no intuito de amenizar os impactos gerados e devolver um pouco do equilíbrio que a natureza vem perdendo ao longo dos anos.
Entre as inúmeras vantagens desse tipo de construção, podemos citar: baixo custo, tanto na construção como na manutenção; isolamento térmico e acústico; rapidez na montagem, levando na maioria dos casos apenas uma semana de montagem; conforto e tecnologia; alta resistência e durabilidade, visto que vários estudos comprovam que a resistência da construção de PVC é igual à de uma com tijolos de argila; alta resistência à umidade, cupins, fungos, corrosão e a propagação de fogo; possibilita ampliações; fácil para limpar e adaptável a qualquer terreno, clima e projeto de arquitetura.
Aliando a necessidade humana de conforto e espaço com projetos sustentáveis, surge no mercado como boa alternativa as casas feitas com um sistema construtivo de concreto fluido e painéis autoencaixáveis de cloreto de polivinila, o PVC, que deixa de ser apenas um componente em itens específicos de uma casa, como tubos e conexões, janelas, portas, forros, pisos, fios e cabos, para fazer parte da estrutura de toda uma casa. A primeira etapa no processo de montagem da casa consiste na preparação do terreno através da colocação de uma laje de concreto, estrutura que servirá como base e se diferencia um pouco da sapata, por não precisar de escavações. Após a colocação da laje, vem o encaixe das placas de resina de PVC especial ocas, a uma armadura de aço e um posterior autoencaixe das placas subsequentes. Ao término dos encaixes, as
A última etapa da montagem consiste na construção do telhado que leva armação de madeira e um forro de PVC, comuns em qualquer tipo de construção residencial. Apenas o telhado, o piso e as estrutura metálicas não levam PVC. O preço de uma casa assim pode variar entre R$ 350,00 a R$ 730,00 o metro quadrado, dependendo da região e do acabamento, que pode ser ao natural, pintadas ou até texturizadas.
Assim sendo, o sistema construtivo de concreto fluido e painéis autoencaixáveis de PVC, possuem vantagens bastante satisfatórias, para entrar de vez na forte concorrência do mercado da contrução civil. Outras alternativas tecnologicamente viáveis a sustenbilidade já são realidade nesse complexo ramo, mas não podemos nos esquecer que a menos impactante possível deve ser prioridade na escolha, ainda mais quando essa opção alia tão bem o desenvolvimento ao custo, e principalmente ao conforto.
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OPINIÃO
CEMITÉRIO DAS BONINAS Desconhecido por muitos, um cemitério bem no centro da cidade foi engolido pelo crescimento
Emmanuel Sousa sousa.emmanuel@hotmail.com É Bacharel em Administração e em Ciências Contábeis (UEPB), com especialidade em Contabilidade Pública e LRF (UNINTER/ FURNe) e CRC 10.070/PB; É também professor universitário na UNIP/CG e co-Criador e co-Editor do Blog “Retalhos Históricos de Campina Grande”.
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ampina Grande evidencia o ‘boom’ da expansão do mercado imobiliário, em vistas às inúmeras construções de condomínios verticais e horizontais, que modificam a antiga paisagem estática de alguns bairros da cidade. “Todo dia” um novo condomínio surge na cidade, sendo construídos em locais que outrora abrigara descampados, terrenos baldios ou campos de futebol amador – inclusive, alguns ‘times de pelada’ têm ficado sem seus campos tradicionais para realização da prática desportiva dominical. Em meio à atual substituição de cenários na cidade, calha buscarmos dados históricos que remetem a um caso curioso de ocupação de área existente para exploração comercial imobiliária, que fez sumir do mapa e da existência o antigo cemitério das Boninas, o chamado “Cemitério Velho”, primeiro Cemitério Público de
Campina Grande. Instalado no ano de 1857, que sob orientação do pároco local o Pe. José Ambrósio da Costa Ramos ocupou a área existente no antigo Sítio Boninas, à 200 metros ao noroeste da antiga Igreja do Rosário, o Cemitério das Boninas se localizava onde hoje é a Rua Félix Araújo, no Centro da Cidade. Não era tão grande; possuía trinta metros de frente e uma extensão que previa comportar 2.000 vagas. Sua implantação foi necessária após a dizimação de grande parte dos moradores da Vila Nova da Rainha após uma epidemia de cólera-morbus no ano de 1856, como também pela proibição de que pessoas continuassem a ser sepultadas nas Igrejas. Em Campina Grande também havia esse costume: vários notáveis foram enterrados na Igreja Matriz que possuía, inclusive, uma divisão de castas, onde os ricos eram
Sua implantação foi necessária após a dizimação de grande parte dos moradores da Vila Nova da Rainha após uma epidemia de cóleramorbus no ano de 1856
Entrada do Cemitério das Boninas
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Lafayete Cavalcanti
Hortênsio de Sousa Ribeiro
Político brasileiro, membro da Aliança Liberal e da Loja Maçônica Regeneração Campinense, Lafayete Cavalcanti assumiu a prefeitura de Campina Grande (PB) em 1929, permanecendo no poder até 1932. Foi o responsável por implantar a estrada que interliga Campina Grande à capital do estado, João Pessoa, e iniciou o processo de calçamento das ruas da cidade.
Escritor, advogado e jornalista, Hortênsio de Sousa Ribeiro colaborou com diversos jornais paraibanos, publicando crônicas e ensaios. Lecionou História Geral e do Brasil em diversos educandários do estado da Paraíba. Um campinense exemplar, ele fundou, ao lado de Matias Freire e Coriolando de Medeiros, a Academia Paraibana de Letras, ingressando em seus quadros em 14 de setembro de 1941.
Boninas - Aspecto Atual
sepultados na Capela-Mor, diante do pagamento de taxas mais altas para este privilégio. A partir da aprovação da Lei nº 09 de 12 de Setembro de 1857, a Câmara Municipal estipulava, no art. 12: “É proibido nesta vila e suas povoações o enterramento nas igrejas, devendo ser em cemitério, ou campo para esse fim destinado, que seja fora dos povoados, e em sepulturas bastante fundas.”, dessa forma, ficavam impedidas as igrejas de receberem sepultamentos.
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No ano de 1899 o Vigário local, o Monsenhor Sales, comunicava ao então prefeito João Lourenço Porto que aquele campo santo não comportava mais nenhum sepultamento, estava lacrado o Cemitério Velho por falta de espaço para acomodar uma cova sequer.
sítio afastado, no alto que ficaria conhecido como Monte Santo, que contou apenas com o aplainamento do terreno e com uma cerca de arames para ser considerado apto e inaugurado como cemitério novo, o Cemitério Nossa Senhora do Carmo.
Diante da urgência, busca-se nos arredores da cidade uma área que fosse destinada a abrigar o novo cemitério local. Dessa forma, fora escolhido um
Dessa forma, o Cemitério Velho fora abandonado. Seus muros foram caindo, era profanado, maculado, virou ruínas em pouco tempo. Esse descaso provocou
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o surgimento de um movimento junto à sociedade em prol da recuperação do local, encabeçado por Hortêncio de Sousa Ribeiro e pelo Monsenhor Sales. Foram realizadas campanhas, quermesses, leilões, festivais. Tudo para arrecadar fundos para a reforma do Cemitério das Boninas que, enfim, foi realizada e foi considerada por um dos jornais locais como a maior obra estética religiosa até então concretizada em nossa terra. Recebeu muros largos e altos e um monumento central, com a função de ossuário em sua base. Ainda contaria com outro monumento voltado ao portão de entrada em homenagem aos fundadores de Campina Grande, ali sepultados ao longo da sua História, contendo um dístico em latim escrito por João Suassuna que dizia: “CAMPINENSES GENS URBIS CONDITORIBUS DICAT” Traduzindo, com o auxílio do Pe. Evanilson Sousa, atual pároco da cidade de Queimadas: “Os campinenses dedicam este monumento aos fundadores da cidade”. Assim sendo, a antiga necrópole pôde
receber as visitas por invocações e preces dos familiares de milhares de campinenses, entre pobres e mais abastados, jovens e velhos, senhores e escravos, que
Enquanto na Palestina, a tumba de Raquel, a predileta de Jacó, pode ainda ser vista, em Campina Grande não há vestígios dos túmulos que guardavam os restos mortais dos fundadores da cidade Dr. Elpídio de Almeida EX-PREFEITO
ali jaziam desde a segunda metade do Século XIX. Porém, em 1º de Abril de 1931, o decreto nº 04 assinado pelo prefeito Lafayete Cavalcante (abusando do poder discricionário) colocou todo o terreno onde se localizava o Cemitério das Boninas em hasta pública (leilão), tendo o mesmo sido arremato pela firma Oliveira Ferreira & Cia. Assim, o terreno seria destinado a exploração comercial com a construção de garagens e oficinas e o Cemitério de Nossa Senhora do Carmo, no Monte Santo, recebeu em uma vala comum, indistintamente, os restos mortais que estavam depositados no Cemitério Velho, transportados em barris, todos misturados sem qualquer cuidado ou respeito, tendo sido chamado tal fato de “execrável profanação à memória dos seus mortos”, por Hortêncio Ribeiro. Na obra “História de Campina Grande”, o ex-prefeito Dr. Elpídio de Almeida, em seu desfecho sobre esse ocorrido escreveu que; “Enquanto na Palestina, a tumba de Raquel, a predileta de Jacó, pode ainda ser vista, em Campina Grande não há vestígios dos túmulos que guardavam os restos mortais dos fundadores da cidade.”
Túmulo no cemitério do Monte Santo onde foram depositados todos os restos mortais do cemitério das Boninas
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ECOEFICIENTE
Eco O QUE TORNA UMA CONSTRUÇÃO ECOLOGICAMENTE CORRETA?
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parentemente, não há diferenças entre um projeto tradicional e um ecológico. Os projetos são definidos pelo arquiteto e seguem as mesmas regras estruturais e arquitetônicas para a execução de uma obra. Mas o que faz com que uma construção seja considerada ecologicamente correta? Uma das diferenças básicas está no material utilizado, a exemplo do tijolo ecológico. Por serem feitos à base de argila com pó de pedra e cimento, prensados e curados, eles não agridem e nem desgastam os elementos básicos da natureza. A manutenção de uma casa ecológica tem custos semelhantes aos de uma casa convencional, mas a grande vantagem está na contribuição para a preservação do meio ambiente. Outra dica importante é a escolha da madeira. Mas o Pinus Autoclave é apontado como uma solução ecológica, por se tratar de madeira de reflorestamento. A madeira passa por um processo de
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tratamento para que o tempo de vida seja maior e evite cupins e desgaste. Além disso, com um projeto executado por um arquiteto, os cortes são feitos na medida, e dessa forma não há desperdício. Uma solução apontada pela maioria dos arquitetos quando o cliente encomenda um projeto ecologicamente correto é usar mais vidros e lâmpadas econômicas. As lâmpadas de LED custam mais, porém possuem um tempo de vida útil bem maior e são mais econômicas. E quando o assunto é economia de energia, vale a pena investir em materiais que facilitem a entrada de luz natural, como tijolos translúcidos, telhas específicas e janelas maiores. A utilização de portas e janelas de vidro também é outra alternativa para garantir luminosidade aos ambientes, pois elas facilitam a entrada de luz natural, evitando assim o acendimento de lâmpadas durante o dia. Para economizar água, nada melhor do que aproveitar os recursos naturais. Ou seja, a água da chuva pode ser reaproveitada para
utilização interna. Ela pode ser responsável pela limpeza do jardim e pelo uso no sistema hidráulico de esgoto e privadas. Um engenheiro hidráulico pode desenvolver um projeto específico para cada caso e a conta de água pode ser menor no final do mês. Outra alternativa é a perfuração de um poço. Essa, entretanto, é uma saída bem mais cara e por isso é mais usada por condomínios, clubes e equipamentos comerciais e industriais. Em uma casa ecologicamente correta, o lixo também merece atenção. E não apenas nela. A melhor saída para o problema do lixo nas grandes cidades é a coleta seletiva. Separar o resíduo orgânico do lixo reciclável é fácil e não é caro. Para isso, basta apenas utilizar latas específicas para cada elemento. Saber reciclar em casa o lixo que você produz também é uma excelente saída. Garrafas pets, por exemplo, podem ser úteis para plantar mudas ou, devidamente pintadas, podem virar um divertido jogo de boliche para a criançada e toda a família.
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DICAS
Cozinha CONHEÇA AS VANTAGENS, DESVANTAGENS E ALGUNS CUIDADOS QUE DEVE TOMAR ANTES DE OPTAR POR UMA COZINHA AMERICANA
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harme, requinte, modernidade e valorização de pequenos espaços. Esses têm sido alguns dos motivos que fazem as pessoas optarem por ter uma cozinha no estilo americana: aberta e integrada com a sala. Nos últimos anos a busca por reformas e projetos de cozinhas americanas têm aumentado nos escritórios de arquitetura. O principal público é a classe média. E os arquitetos alertam: antes de iniciar um projeto para esse tipo de cômodo, é necessário conhecer todos os pontos favoráveis e os contrários, mas acima de tudo, é necessário planejamento. “A cozinha americana, como o próprio nome sugere, tem origem na América do Norte, nos Estados Unidos. Remete à cultura que eles têm de cozinhar e se integrar os amigos ao mesmo tempo”, explica a arquiteta Danilla Alves, do escritório Alves e Maior, especialista em projetos desse tipo de cozinha. “Esse conceito foi assimilado pelos brasileiros há algum tempo, mas chega aqui com um outro sentido, o de aproveitar melhor os espaços”. É justamente a busca por mais espaços em casas e apartamentos que faz com que as pessoas optem cada vez mais por uma cozinha americana. Esse é o principal motivo: a sensação de amplidão do ambiente com a abertura da parede que divide a sala da cozinha. Mas ultimamente a opção por esse tipo de cozinha remete também a uma forma de estilo de vida. “Apesar de aqui no Brasil existir essa cultura de aproveitamento dos espaços, percebemos que há também pessoas que buscam um projeto de cozinha americana justamente para adequar sua casa ao seu estilo de vida”, lembra Danilla, ao explicar a relação que esse molde de cozinha tem com pessoas que geralmente gostam de cozinhar para amigos ou familiares e estender essa convivência ao espaço da cozinha. Em suma, existem três tipos de cozinha americana. A totalmente integrada, ou seja, sem divisas com as salas, onde apenas a ambientação e os móveis fazem a divisão; a parcialmente integrada com balcão de marcenaria; e a parcialmente integrada com balcão de alvenaria. Todas possuem o mesmo conceito de convivência e promovem uma visão maior do ambiente, mas cada uma tem sua funcionalidade. A arquiteta Danilla Alves lembra que esse aumento na procura por
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cozinhas americanas parte diretamente do morador. No geral, os construtores de casas e apartamentos não buscam projetos com essas características, no sentido de produzir algo que tenha uma aceitação mais ampla. “Os construtores ainda não absorveram essa ideia de lançar a cozinha americana como parte de uma coisa padrão ou convencional”.
Prós e contras Antes de decidir por uma cozinha americana, é necessário conhecer os prós e os contras desse modelo. A valorização do espaço ainda é o principal ponto positivo, conforme explica a arquiteta Danilla Alves. “Os apartamentos, geralmente, estão condicionados a uma área menor. Então a cozinha americana cai muito bem para esses apartamentos ou até mesmo aqueles maiores”, destaca.
Os construtores ainda não absorveram essa ideia de lançar a cozinha americana como parte de uma coisa padrão ou convencional Danilla Alves ARQUITETA
Outro ponto positivo também é a beleza que ela pode proporcionar ao ambiente, assim como o charme e o requinte. Ainda dentro do leque de positividades, está o ar de modernidade que esse tipo de cozinha dá ao ambiente, fazendo com que haja até uma valorização do imóvel. Entre os pontos negativos está a redução de espaços para a disposição dos móveis, uma vez que se perde uma ou até mais paredes. A exposição da cozinha e necessidade de mantê-la sempre limpa e como parte integrada da decoração, é outra coisa que faz com que muita gente deixe de optar por uma cozinha americana. Um outro ponto negativo é o cheiro de gordura, que
pode impregnar nos outros ambientes. “Esse modelo deixa a cozinha muita exposta. Assim, geralmente quem tem uma cozinha americana tem também um segundo ambiente que é a ‘cozinha suja’. Isso acontece muito em casas de alto padrão: onde existe aquela parte elegante e charmosa para receber amigos e preparar alguns alimentos, mas também um outro ambiente, usado para cozinhar produtos que apresentem mais cheiros e gorduras”, comenta Danilla. O professor doutor da Universidade Federal da Paraíba, Lincoln Eloi, sempre abominou as cozinhas americanas. E, embora sua casa, no bairro da Bela Vista, seja pequena, jamais cogitou a possibilidade de aderir a esse estilo de cozinha. No entanto, se viu obrigado a optar pela cozinha americana quando comprou um apartamento em João Pessoa, onde fica metade da semana quando está cumprindo suas atividades na UFPB. “Gostar mesmo, eu não gosto. Mas foi a única forma que encontrei de ganhar mais espaço. E como eu não cozinho nada mesmo, ela vai ficar mais de enfeite. A não ser quando minha família ou amigos vierem me visitar. Aí não tem jeito. Vou ter que conviver com o cheiro de comida em toda a sala”, diz ele.
Ajuda profissional Para se ter uma cozinha americana basta apenas contratar um pedreiro e mandar derrubar a parede e fazer um balcão, correto? Errado. Profissionais do ramo alertam que essa forma de agir é responsável pelos maiores arrependimentos em pessoas que optaram por esse modelo de cozinha. A única recomendação é contratar um arquiteto. Esse profissional vai conhecer o ambiente, elaborar um projeto adequado tanto para a casa ou o apartamento, como para o estilo de vida do morador. O projeto de uma cozinha americana envolve, além de algum tipo de balcão, a disposição de móveis, de eletrodomésticos, instalação de um exaustor ou coifa para redução dos odores e transporte do ar para fora do ambiente, enfim: toda uma ambientação para que aquele espaço se torne funcional, além de requintado e decorativo. “A cozinha americana é um espaço aberto e precisa ser projetada. O risco de errar é
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muito grande, pois ela vai estar ali exposta para todo mundo ver. É necessário contratar um arquiteto, que é o profissional qualificado que vai dar o respaldo para esse projeto, de forma que o proprietário do imóvel não venha perceber o erro somente após o projeto ser executado”, salienta a arquiteta Danilla Alves.
arquiteto, de forma a pensar não apenas na utilização adequada da cozinha, mas também na ambientação dela. A iluminação, os móveis e eletrodomésticos, a funcionalidade de cada espaço, são detalhes de extrema importância nesse tipo de projeto e que devem ser pensados de forma profissional.
Dessa forma, a única recomendação é fazer um amplo planejamento junto a um
Outro ponto importante é que o profissional de arquitetura busca conhecer
completamente o perfil do cliente antes de iniciar o projeto de uma cozinha americana. “O projeto tem que ter uma relação direta com o perfil do cliente. Cada projeto é criado pensando exclusivamente no indivíduo ou na família que usará o ambiente. O arquiteto tem a sensibilidade de pensar nisso tudo, para entender o que o cliente gosta, mas também o que ele precisa”, fala Alves.
Os três tipos de cozinha americana
TOTALMENTE INTEGRADA Neste caso, são eliminadas todas as paredes da cozinha que fazem divisa com a sala. Uma mesa separa os dois ambientes e passa a ser usada em todas as refeições.
VANTAGENS
PARCIALMENTE INTEGRADA COM MARCENARIA Semelhante ao modelo anterior, tem uma divisão feita com um balcão de madeira. Sob o móvel ficam banquetas, usadas para refeições rápidas.
PARCIALMENTE INTEGRADA COM ALVENARIA Modelo mais comum de cozinha americana, a separação se dá por um balcão construído em alvenaria, com um tampo em granito.
DESVANTAGENS
• Dá a impressão de casa maior
• Deixa a sala cheirando a gordura
• Promove a integração, uma vez que a pessoa que estiver preparando a refeição consegue conversar com os amigos ou assistir à TV.
• Diminui consideravelmente o espaço para armários na cozinha. Em muitos casos, você ficará apenas com o gabinete sob a pia.
• Torna o ambiente mais claro • A casa fica com o aspecto mais moderno
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• Muitas casas antigas foram construídas em etapas. Por isso, é difícil conhecer o local exato de vigas e pilares, responsáveis pela sustentação das paredes e laje, o que também inviabiliza a construção desse tipo de cozinha. • No caso de apartamentos construídos nos últimos 15 anos, vale observar o manual do proprietário, recebido na hora da entrega das chaves. A possibilidade de abertura da parede da cozinha estará descrita nesse documento.
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FIQUE SABENDO
Ilumine UMA ILUMINAÇÃO BEM ELABORADA PODE TRANSFORMAR UM AMBIENTE, VALORIZANDO ESPAÇOS E GARANTINDO ELEGÂNCIA, CONFORTO, SEGURANÇA E ECONOMIA
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uso correto da luz em um ambiente pode fazer toda a diferença. O tipo de lâmpadas, a disposição delas, a harmonia com o cômodo e a decoração podem surtir efeitos inesperados. Para falar um pouco mais sobre isso, a revista Construir & Cia conversou com a arquiteta Anabel Alvarez, especialista em design de interiores, que forneceu dicas importantes sobre como iluminar corretamente um cômodo e valorizar mais ainda o imóvel.
realizadas, objetos a serem destacados e o clima desejado”. Com um projeto de iluminação, pode-se deixar os quartos mais aconchegantes, dar um ‘clima’ para a sala de jantar, aumentar a funcionalidade de escritórios, tornar estimulante áreas como academias, relaxantes áreas de piscinas, aumentar a segurança em garagens e áreas de passagem, proteger e destacar fachadas.
Um bom projeto de iluminação pode garantir não apenas mais conforto ou funcionalidade aos ambientes, mas uma importante redução nos gastos com energia. De acordo com a arquiteta, são poucas as pessoas que sabem usar a iluminação de forma efetiva, dando amplitude aos espaços, destacando detalhes e proporcionando segurança. “Um projeto bem sucedido não possui apenas uma solução técnica, mas uma ideia chave que cria uma unidade. A elaboração eficiente de um projeto residencial requer a integração dos projetos de arquitetura, design de interiores, engenharia elétrica, civil e paisagismo”, explica Anabel.
Para se obter um resultado satisfatório em um projeto de iluminação de um ambiente, a escolha das lâmpadas é outro ponto importante e que deve ser feito, assim como o todo, por um profissional capacitado. “Como sabemos, há no mercado diversos modelos de lâmpadas, e cada modelo emite uma determinada quantidade de energia. Por isso que cada modelo de lâmpada ilumina o ambiente de uma forma”, ressalta Anabel.
Segundo a arquiteta, para se realizar um eficiente projeto de iluminação, o primeiro passo é identificar a quem o projeto de iluminação deve servir. “A diversidade de iluminâncias nos ambientes varia conforme a idade dos moradores, as atividades a serem realizadas, as dimensões do espaço e as ilusões que se pretende criar”, enfatiza. “O primeiro passo é fazer uma análise de sua função, estilo, atividades que serão
Escolha correta
A escolha correta da lâmpada pode também garantir uma importante economia no consumo de energia. “Atualmente podemos obter variados tipos de iluminação com a lâmpada LED, diferentemente da encontrada nas lâmpadas convencionais. Nas LEDs, a transformação de energia elétrica em luz é feita na matéria, sendo, por isso, chamada de Luz em Estado Sólido, que vem a proporcionar uma economia de 70% a 90% de energia”, destaca Anabel Alvarez. Outro ponto positivo é que esse tipo de lâmpada possui ainda uma maior durabilidade, que supera 50 mil horas, reduzindo significativamente os custos de manutenção.
A iluminação, tanto natural quanto artificial, é um dos principais parâmetros da qualidade ambiental de um espaço. Anabel Alvarez DESIGNER DE INTERIORES
Existem algumas soluções para diminuir os gastos de energia na própria residência e ainda manter uma boa iluminação. “Uma boa dica para economizar em até 75% o consumo de energia é substituir as lâmpadas incandescentes por fluorescentes eletrônicas, que possuem versões de luz amarelada idêntica às incandescentes leitosas, mais indicadas para salas e quartos, e versões de luz mais branca, ideais para cozinhas e áreas de serviço”, lembra Anabel, que há seis anos desenvolve sua atividade em Campina Grande, se destacando com um trabalho competente, criativo e inovador.
Sensibilidade De acordo com Anabel Alvarez, todo ambiente deve ser pensando levando em consideração sua funcionalidade e o estilo de vida do morador. Para isso, entretanto, não basta apenas ter a técnica e conhecer o
A diversidade de iluminâncias define diferentes áreas de um imóvel A iluminação projetada torna o ambiente mais sofisticado
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assunto, é necessário também muita sensibilidade. “Na sala de estar, por exemplo, o ideal é ter uma luz principal feita por lustre, plafon ou pendente, e versatilizar com luz indireta. O jogo de luz e sombra amplia o espaço e forma cenas distintas no mesmo ambiente”, visualiza a arquiteta. No quarto, por exemplo, é bom evitar luminárias que deixem as lâmpadas aparentes, já que estas podem incomodar alguém que esteja deitado. A dica é utilizar luz de leitura próxima à cama. Na sala de jantar, de acordo com a experiência de Anabel Alvarez, convém a colocação de uma luminária pendente no centro da mesa, destacando o que esteja sobre ela. “A luz geral pode ser controlada por dimmers (moduladores de intensidades), de acordo com a ocasião, todavia somente em lâmpadas incandescentes”, lembra. “No banheiro, cuidado com a iluminação do espelho: a luz deve ser de cor quente e envolver todo o ambiente para iluminar o rosto igualmente e não produzir sombras, sendo aplicada nas laterais do espelho e não no topo como é comum se encontrar”. “Já as cozinhas e áreas de serviço necessitam de iluminação mais uniforme, em geral luz fria, de forma que não haja sombras nos locais onde se realizam as atividades. As fluorescentes cumprem bem o papel neste ambiente”, destaca a arquiteta, lembrando que em escritórios com computador, assim como em salas de TV, é importante não permitir que focos de luz causem interferência na tela. “Por isso, o mais indicado é que a luminária esteja atrás ou ao lado do aparelho, ou no fundo do ambiente, em posição oposta a tela”. Para ambientes externos o mais importante, quando se trata de iluminação, é pensar antes de tudo na segurança. “A iluminação deve estar presente em todas as entradas e acompanhar os muros. Uma opção é instalar arandelas que façam a luz refletir nas paredes (wall washing). Outro ponto importante são as passagens que podem estar sinalizadas por balizadores que facilitam o tráfego de pedestres e veículos”, diz.
Pontos comerciais Em pontos comerciais a iluminação também é de suma importância. Um comércio bem iluminado, pode valorizar os produtos e garantir assim um
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Studio da Campina FM com iluminação projetada
aumento nas vendas. Para a arquiteta Anabel Alvarez, a luz pode atrair ou afastar as pessoas. “O excesso de fontes de luz ocasiona calor excessivo, causando inquietação e incômodo ao usuário. Os ambientes de pouca luz passam a impressão de decadência, morbidez, falta de cuidado com o ambiente e principalmente, põe em dúvida a qualidade dos produtos e dos serviços oferecidos por uma loja, por exemplo”. De acordo com Alvarez, a luz pode ser manipulada constantemente para provocar diferentes sensações nas pessoas. A iluminação técnica e a decorativa tem a função de guiar, enquanto a cênica e a temática tem a função de indução e contemplação. “A junção delas traz dramaticidade ao ambiente, ou seja, a combinação entre luz e sombra, cor e movimento. Iluminação ideal é aquela que ressalta cores e formas, sem provocar desconforto visual e térmico. Deve ser capaz de reproduzir bem as cores e texturas, com qualidade e quantidade correta de luz e com focos capazes de dar um destaque apropriado aos diferentes nichos do comércio”.
Luz natural Mesmo com os múltiplos e variados recursos de iluminação, a luz natural ainda deve ser a mais valorizada em todos os tipos de ambientes. Mas até mesmo o uso dela tem que ser bem elaborado, de modo a evitar um possível desconforto térmico. “Isso significa que é importante privilegiar o uso de clarabóias, janelas e portas em quantidade e posição que
possam maximizar a ação do sol como fonte de iluminação”, explica Anabel, lembrando que é importante também calcular a quantidade de luz correta e a tonalidade desejada para cada ambiente. Dessa forma, o fundamental é procurar um equilíbrio entre a luz natural e a artificial. “A iluminação, tanto natural quanto artificial, é um dos principais parâmetros da qualidade ambiental de um espaço. Qualquer atividade humana, seja ela relacionada às ações laborativas e produtivas, sejam as de lazer, estar, recreação e religiosas, precisa de excelentes condições de iluminação para ser bem realizada e gerar boa produtividade e conforto ao seu usuário”, destaca. Mas acima dessa harmonia entre a luz artificial e a natural, há um atenuante: a questão ambiental. Elaborar projetos que busquem cada vez mais esse equilíbrio do homem com o meio ambiente, de forma a reduzir o consumo de energia elétrica, é a regra principal para qualquer projeto de iluminação, ambientação ou arquitetura. “O uso da luz natural envolve a elaboração de projetos voltados para o máximo aproveitamento dos recursos naturais. Já no que se refere à luz artificial, emprega-se a luminotécnica, que é o estudo das técnicas de iluminação artificial aplicadas à ambientes internos e externos. Este estudo objetiva alcançar a otimização da iluminação, produzindo um sistema correto, sem defeitos e que estimule os sentidos através da exata distribuição da luz, integrando a artificial à natural”, lembra Alvarez.
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DICAS
Pequeno USE A CRIATIVIDADE NA HORA DE DECORAR E MONTE UM AMBIENTE EXCLUSIVO E COM A SUA CARA
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palavra espaço está cada vez mais rara em se tratando de construção nos dias de hoje. Mas um ambiente confortável continua sendo precioso e não é interessante que a falta de espaço comprometa ou até prejudique a funcionalidade ou decoração de uma residência. Ainda bem que os profissionais
existentes no mercado encontraram soluções criativas para decorar os pequeno espaços. Esse novo estilo conquistou o mercado de design de interiores. A verdade é que a tendência imobiliária é para pequenos espaços, mas que sejam totalmente funcionais e agradáveis. A vida moderna,
o corre-corre do dia a dia, a necessidade de descanso e aconchego quando se está em casa, estão transformando o gosto por casas exageradamente espaçosas e cada vez mais a procura por planejamento e identidade está crescendo. Confira abaixo algumas dicas de como aproveitar pequenos espaços.
Dicas de como aproveitar pequenos espaços
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Elimine os objetos que não combinam com a divisão e decoração planejada e/ou que não tenham qualquer utilidade. A ideia é não dar espaço para supérfluos. O que escolher manter deve ter um lugar certo, porque ao manter tudo organizado e em seus devidos lugares, o espaço vai automaticamente parecer mais amplo e arejado.
Os tons mais suaves e claros aumentam, de forma natural, um espaço reduzido. Dê preferência a uma decoração monocromática, ou seja, escolha uma só cor e utilize-a em tons de intensidade variada. A pintura de paredes e tetos de um só tom amplia visualmente a divisão. Melhor ainda se a tinta tiver um acabamento com brilho, porque ao refletir mais luz, engrandece o espaço. Se a mobília for escolhida em tons idênticos aos das paredes, o espaço ficará ainda mais harmonioso e amplo – as cores contrastantes fazem o contrário, ou seja, “cortam” o espaço, encurtando-o.
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A luz natural é o melhor amigo de um espaço pequeno, porque o inunda com um efeito surpreendente que parece aumentar o recanto mais minúsculo. Se não interferir com a sua privacidade, evite pendurar cortinas; se fizer questão de cobrir as janelas, opte por um simples estore de rolo ou cortinado leve e semitransparente, sempre em tons claros. Se existirem paredes com funções puramente decorativas, ganhará ao eliminar ou recortá-las para deixar entrar mais luminosidade. O mesmo aplica-se a portas que não são utilizadas. É melhor retirá-las e ganhar espaço. Como alternativa, escolha portas de correr. Se a luz natural não for muito abundante, invista na iluminação artificial com focos de teto, candeeiros de pé e de mesa.
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Juntamente com a luz natural, os espelhos são um dos melhores recursos para fazer qualquer espaço crescer a olhos vistos. Pendurado ou simplemente apoiado no chão, um espelho XL é um dos elementos que não pode faltar nas divisões mais pequenas da casa.
Um quarto para crianças com dimensões reduzidas, continua a ser fácil decorar com diversão. Opte por beliches ou então as camas 2 em 1, onde uma delas está camuflada como uma espécie de gaveta encaixada sob a cama de cima, podendo ser aberta de noite e ocultada de dia. Ainda no que diz respeito ao espaço das crianças, recorra aos arrumadores de parede não só para decorar, mas também para organizar.
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Evite colocar mobiliário junto às portas das divisões e nas áreas de passagem. Além de não ser nada prático, ainda ajuda a apertar cada vez mais um espaço que já é pequeno. Aposte em mobília “curta”, tais como ottomans, pufs, cadeiras sem braços, mesas baixas, para não roubar centímetros preciosos e “abrir” mais o ambiente. Em termos de objetos decorativos, principalmente os que são mais altos, é melhor colocá-los, junto às paredes, em vez de no espaço aberto.
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Um chão visível faz qualquer ambiente parecer maior, ao contrário de um coberto por tapetes. Se não abre mão de um bom tapete, opte por colocá-lo apenas numa parte do espaço, deixando sempre alguma parte do chão à vista.
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Substitua a mesa de centro na sala por um console comprido e estreito atrás do sofá ou então uma mesa de apoio (os conjuntos de duas ou três que encaixam umas debaixo das outras são perfeitas para espaços reduzidos), estacionada ao lado do sofá e que pode ser colocada no centro sempre que necessário. Escoha um sofá seccionado que dá um ar mais fluído e menos fechado à sala; e se este tiver pés, ganhará espaço debaixo para guardar, objetos, revistas, livros, mantas e jogos de tabuleiro.
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Ainda em termos de mobiliário, escolha peças grandes, em menor quantidade, ao invés de comprar muitas peças pequenas. Muita mobília em um ambiente pequeno, dará um aspecto desarrumado ao espaço. Já meia dúzia de elementos de grande porte garanem um ambiente calmo e estruturado ao espaço. Os móveis com bases abertas são indicados para ambientes mais apertados porque deixam o espaço “respirar”. Se vai ter mobília estofada, prefira padrões lisos em tons neutros, optando antes por variar em termos de texturas, que podem conferir um interesse acrescido à divisão.
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Mesmo as casas mais pequenas possuem corredores e, embora sejam espaços de passagem, podem ser decorados com elegância e eficiência. É o local ideal para colocar armários estreitos (ganhando espaço de arrumação diverso) ou então para exibir a sua biblioteca. Se preferir deixá-lo vazio, pintar as suas paredes com riscos horizontais irá alongar o corredor.
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MERCADO
Construir TENDÊNCIA DE CONTRATAR EMPRESAS PROFISSIONAIS AUMENTA EM TODA A PARAÍBA
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uase sempre foi assim: na hora de construir as pessoas elaboram um projeto, contratam um pedreiro conhecido ou com referências, alguns auxiliares, pede um orçamento e começa a construção. Meses depois a obra parece não ter fim e os gastos triplicam o orçamento inicial. Para evitar essas dores de cabeça e ter um serviço com alta qualidade, pontualidade na entrega e garantias, muita gente está evitando esse hábito de fazer tudo no improviso e passando a contratar empresas especializadas em construção civil. Na intenção de economizar dinheiro, muitas vezes as pessoas planejam uma construção dessa forma simples. Para os leigos no assunto, o fato de comprar
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todo o material, contratar um pedreiro e combinar o valor da mão de obra sai mais barato do que contratar um serviço profissional. Para os especialistas é exatamente o contrário. Na maioria das vezes os prazos não são respeitados e a tão sonhada economia de dinheiro acaba se tornando um pesadelo. Essa realidade, segundo Ivan Neves, diretor da empresa Plano Verde Construções, está mudando gradativamente. “As pessoas estão despertando para o fato de que quando se trata de construção de um imóvel, tudo deve ser feito da forma mais profissional possível, respeitando principalmente a qualidade do serviço, a pontualidade na entrega, garantia e economia”, comentou, acrescentando que esses fatores estão fazendo com que a procura por empresas, e não por
profissionais autônomos, aumente a cada dia. Com cerca de dois anos e meio atuando em Campina Grande e em várias outras cidades da Paraíba, a Plano Verde Construções é um exemplo disso. A empresa atua no segmento de construções de médio e alto nível. Conta com cerca de 70 funcionários em seu quadro efetivo, entre engenheiros, pedreiros, gerentes de obras e outros. A qualidade e garantia do serviço são apenas alguns dos diferenciais da empresa, que promove tanto a execução quanto o gerenciamento de obras residenciais, comerciais e industriais. “Quando se contrata uma empresa para executar sua obra, além de garantir um serviço profissional, economizando dinheiro e tempo, o cliente garante
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também uma comodidade. O cliente não se preocupa mais com nada, uma vez que garantimos a entrega do serviço da forma que foi contratada e dentro do prazo firmado”, destacou Ivan Neves, enfatizando que sua empresa fornece garantia para todos os serviços prestados, o que é outro diferencial que faz contraponto ao serviço oferecido por autônomos.
Planejamento Contratar uma empresa especializada em construção é sinônimo, antes de tudo, de planejamento. Esse planejamento é o responsável pela entrega de um produto final de alta qualidade e que respeita todos os compromissos firmados no contrato, principalmente no tocante ao valor acordado e ao prazo. Esses dois itens são os responsáveis pelas maiores reclamações das pessoas que buscam executar uma obra por conta própria, apenas contratando pedreiros e auxiliares. “Esse planejamento é a certeza de que sua obra será executada dentro do tempo determinado. É a certeza de receber um serviço qualificado, sem mencionar a garantia de que, se acontecer qualquer coisa na obra depois de pronta, nós nos responsabilizamos pela correção de qualquer coisa”, destacou Ivan.
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Quando se contrata uma empresa para executar sua obra, além de garantir um serviço profissional, economizando dinheiro e tempo, o cliente garante também uma comodidade. Ivan Neves PLANO VERDE CONSTRUÇÕES
Segundo ele, essa garantia assegura que todos os profissionais da empresa Plano Verde se dediquem para desenvolver os projetos de forma rigorosa, fazendo com que tudo saia dentro do planejado e garantindo toda a tranquilidade possível para a parte contratante. Todos os profissionais da empresa são altamente qualificados e a Plano Verde
ainda trabalha com um variado leque de fornecedores e arquitetos renomados. “Temos uma equipe composta por pessoas jovens, dinâmicas, comprometidas e focadas em oferecer o melhor serviço. Isso também é um dos nossos diferenciais do setor de construção”, lembrou o diretor Ivan.
Meio ambiente Outro ponto positivo da Plano Verde Construções é o compromisso com o meio ambiente. Em todas suas edificações, a empresa tem se preocupado em implementar ações importantes que promovam uma melhor harmonia com o planeta, tais como uso de energia solar e sistema de economia de água. “Trabalhamos na execução de construção de casas de alto padrão. Procuramos dar um acabamento diferenciado, além de promover uma agilidade na execução da obra e cumprimento dos prazos, mas um dos principais diferenciais da empresa é na questão ambiental”, enfatizou o diretor, ao lembrar que sustentabilidade é a palavra que define as ações da sua empresa. “Temos toda uma preocupação com o reaproveitamento dos resíduos sólidos da construção civil, para promover não só casas bonitas, mas também um mundo melhor”, enfatizou Ivan Neves.
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Para tanto, a Plano Verde prioriza em suas obras o uso de estruturas metálicas 100% recicláveis, sem requerer madeira ou cimento, de forma que não contribui com o desmatamento florestal ou mesmo com a exploração de minério. “Além das estruturas metálicas, a gente trabalha com reaproveitamento de água e com a energia solar. Todas as casas que fazemos
são equipadas com energia solar, nem que seja apenas para aquecimento”, destacou. Por outro lado, ainda não existe uma grande conscientização da sociedade sobre o valor desse respeito ambiental na construção civil. As pessoas ainda não elegeram essa característica como
prioridade no momento de contratar uma empresa para executar uma determinada obra. “Não há, na verdade, essa conscientização, mas procuramos focar isso de forma a despertar nas pessoas a importância de promover construções sem que haja agressão ao meio ambiente”, salientou o diretor da Plano Verde.
ATUALMENTE O BRASIL É O 4° PAÍS COM MAIS EMPREENDIMENTOS SUSTENTÁVEIS CONSTRUÍDOS ENTRE 2007 E 2012, DE ACORDO COM O GREEN BUILDING COUNCIL. OS ESTADOS UNIDOS LIDERAM O RANKING MUNDIAL. CONTUDO, O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRO É RECENTE, O PAÍS PREVÊ UM VASTO CRESCIMENTO NO SETOR DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL NOS PRÓXIMOS ANOS.
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Vantagens em contratar uma empresa PLANEJAMENTO
TRANQUILIDADE
Execução de toda a obra dentro do prazo estabelecido e total comodidade para o cliente;
Ao contratar uma empresa especializada em construção, o cliente assegura-se que não terá surpresas;
ECONOMIA
ECONOMIA
Orçamento definitivo apresentado durante o contrato, sem alterações de valores no decorrer da obra;
Comprometimento com todas as etapas da obra, do início ao fim, com empenho e rigoroso controle de qualidade.
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CURIOSIDADES
Ipês CAMPINA GRANDE FLORESCE COM SUAS CORES
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e acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em cidades do porte de Campina Grande, deve haver uma média de 2,5 árvores para cada habitante. Para que a Rainha da Borborema atinja essa marca, seus habitantes terão que plantar cerca de 800 mil árvores. Mas, apesar do déficit verde, Campina pode ser chamada de cidade dos Ipês, devido ao grande número de árvores da espécie plantadas em suas ruas e avenidas. Nome popular de várias espécies de árvores brasileiras do gênero Tabebuia, o Ipê é uma planta conhecida pela beleza de suas flores. Durante a maior parte do ano, as árvores não se diferem das demais, embora suas folhas verdes e lustrosas já chamem a atenção. É no
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período de setembro a dezembro que elas mostram toda sua beleza. As folhas caem e dos galhos brotam vistosos cachos de flores, dando um colorido especial à ruas da cidade. Os Ipês foram plantados em Campina Grande na década de 90, integrando um projeto idealizado e coordenado pela então primeira dama do município, Sílvia Cunha Lima, e executado sob a supervisão da paisagista Mavinieux Vieira. As plantas foram espalhadas nos canteiros das avenidas Floriano Peixoto, Severino Bezerra Cabral (Avenida Brasília) e Manoel Tavares, três dos principais corredores de tráfego da cidade, sendo que as duas primeiras são as avenidas de entrada da cidade. Posteriormente, o horto florestal mantido pela Prefeitura Municipal,
passou a produzir e distribuir mudas de Ipês à população, de forma que atualmente eles estão espalhados em praticamente todas as áreas da cidade. Mas é na avenida Brasília, onde se concentra o maior número de árvores do gênero, que o espetáculo de flores e cores desperta maior atenção aos moradores e visitantes da Rainha da Borborema. As espécies rosa e amarela são vistas em maior quantidade. Mas há também exemplares nas cores roxa e branca.
Adote uma árvore A preocupação com o déficit de árvores em Campina Grande tem mobilizado alguns setores do município, a exemplo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que criou o programa “Adote
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Uma Árvore”, cujo objetivo é distribuir mudas de árvores para a população. Desde que foi criado, o programa já distribuiu mudas de plantas nativas e frutíferas. A distribuição se deu em escolas, na Embrapa, granjas e em empresas. Dentro da proposta de arborizar a Rainha da Borborema, foram distribuídas mudas de plantas como Ipê craibeira, jasmim, oiti, sabonete, papoula, hibisco, manga, acerola, aroeira, entre outras. Em cinco anos de existência, o programa “Adote uma Árvore” já distribuiu mais de 40 mil mudas das mais variadas espécies, principalmente as frutíferas. Espaços públicos, praças, jardins e outras áreas têm sido beneficiadas com a ação. A UEPB pretende expandir o projeto para outras regiões do estado, alcançando cidades como Boqueirão, Ingá, Remígio, Lagoa Seca e outros municípios que sofrem com a depredação ambiental. Para manter o programa funcionando, a Universidade dispõe de dois viveiros de mudas arbóreas em espaços distintos, sendo um no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, no Campus II da Instituição, em Lagoa Seca, e outro no Centro Arthur Freire, que funciona às margens do Açude de Bodocongó, em Campina Grande. Um outro espaço está sendo construído, no município de Catolé do Rocha (PB).
Benefícios da arborização urbana
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Valorização imobiliária: um aspecto muito importante é a valorização dos imóveis situados em ruas bem arborizadas, pois queira ou não, os compradores preferem as ruas com árvores;
• Redução do sol direto: o sol forte é tomado como um dos grandes problemas da maioria das ruas brasileiras, tornando pouco cômodo o passeio em ruas, que chegam a temperaturas e desconfortos insuportáveis na ausência de árvores;
• Maior conforto térmico: pode parecer que é uma afirmação precipitada, mas não é. Há uma regulação térmica das altas temperaturas. Isso se deve ao calor latente necessário para a evaporação da água da superfície das folhas. É um efeito semelhante ao do nebulizador ou do climatizador;
• Aumento da umidade relativa do ar: o ar seco favorece a permanência da poeira no ar, além de secar as vias respiratórias, sendo péssimo para pessoas com alergias. A evaporação da água da superfície das folhas das árvores, aumenta a umidade relativa do ar;
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MORAR BEM
Equilíbrio O PAISAGISMO COMO UMA OPÇÃO PARA TER A NATUREZA AO SEU ALCANCE
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á quem goste do estilo clássico. Há quem prefira o moderno. Tem pessoas que pedem uma decoração mais clean. Outras querem paredes com cores vibrantes. Na arquitetura e na decoração, a máxima “gosto não se discute” sempre vale. Mas em uma coisa todos os pensamentos convergem: um ambiente sem plantas é um ambiente morto. E há quem deixe de comprar um imóvel se nele não tiver contemplado um bom projeto de paisagismo. Hoje, a procura por profissionais que trabalham com paisagismo vem crescendo no Brasil, acompanhando o boom imobiliário observado nos últimos anos. A arte de tornar o verde ainda mais belo cada vez torna-se mais exigida nos empreendimentos da construção e já tornou-se
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sinônimo de sofisticação. Se antes os jardins eram pensados separadamente - quando eram pensados -, hoje o projeto paisagístico está diretamente ligado ao projeto arquitetônico, assim como os projetos de estrutura, hidráulico e elétrico. E graças a essa crescente demanda, a tendência é que fiquem cada vez mais definidas as atuações do arquiteto construtor e do arquiteto paisagista. Mas as grandes construtoras ainda estão optando, em grande parte, por terceirizar o serviço e não manter um departamento específico para a área na empresa. Até a algum tempo, o paisagismo era exclusivo da classe A. Agora esse complemento especial está se tornando cada vez mais popular. Nos projetos com maior impacto, como conjuntos habitacionais, clubes e shoppings, os espaços verdes estão cada
vez mais requisitados. Caminhos, área de lazer e integração do ambiente externo com o conjunto arquitetônico devem estar no projeto geral. O projeto paisagístico vai muito além da escolha de espécies, desenhos de canteiros ou de um simples jardim. O crescimento do setor também pode ser atribuído ao processo de conscientização ambiental, associada ao crescimento da renda da população. O acesso das classes C e D a ambientes projetados e milimetricamente agradáveis provoca o desejo de associar tais benefícios à sua residência ou ao espaço de trabalho e lazer. A princípio, o próprio dono do imóvel constrói, de forma amadora, suas áreas verdes. Mas o profissionalismo ganha cada vez mais espaço, em busca de tornar o projeto mais sofisticado, afinal não se trata apenas de beleza, mas principalmente de técnica.
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O projeto paisagístico pode estar incluído no início da obra, mas pode também ir sendo adaptado durante a construção, com acréscimos ou supressão. Levam-se em conta o gramado, a altura da planta e o local de plantio, entre outros aspectos. Em alguns casos, o projeto paisagístico é elaborado depois da construção, e muitas
vezes, depois da ocupação do imóvel. Geralmente o construtor disponibiliza um serviço básico, que posteriormente é modificado e expandido pelo condomínio ou proprietário do imóvel. Mas o ideal é que exista integração entre os projetos arquitetônico e paisagístico. A opção pelo paisagismo pode alterar
muito o custo final. Assim como o projeto arquitetônico, o paisagístico pode ser feito a partir de uma base de contenção de custos. O construtor ou o dono do imóvel pode optar por comprar mudas que oferecerão um resultado a médio prazo (mais barato) ou por um conjunto já consolidado (mais caro).
ALÉM DO PERFIL DOS MORADORES, É PRECISO VERIFICAR AS CONDIÇÕES DO TERRENO COM RELAÇÃO AOS OBJETIVOS E PROPÓSITOS DO TRABALHO. É PRECISO ANALISAR QUAL A ORIENTAÇÃO CARDIAL DO LOCAL, OS FLUXOS DE ENERGIA, A POSIÇÃO APARENTE DO SOL. TAMBÉM É BOM TER A RESPOSTA PARA A SEGUINTE PERGUNTA: QUAIS OS EFEITOS QUE VOCÊ ESPERA ALCANÇAR COM O PROJETO?
Profissão: paisagista Embora não exista regulamentação para a profissão de paisagista, há o reconhecimento de cursos técnicos em paisagismo por órgãos de regulamentação. Atualmente, arquitetos, engenheiros florestais e agrônomos têm suas atividades relacionadas ao paisagismo determinadas em normas específicas. Ao contratar um profissional, o ideal é saber sobre sua formação, experiência profissional e referências de serviços já prestados.
ATRIBUIÇÕES DO PAISAGISTA: •Realizar projetos para espaços livres de edificações em suas variadas escalas, desde um jardim, até um parque; •Projetar com responsabilidade social, ambiental, urbanística, cultural e profissional; •Dominar um amplo conhecimento em geografia, geologia, ecologia e as artes. Fonte: Associação Nacional de Paisagismo (ANP)
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REALIDADE
Expandir HISTÓRIA DA TRANSFORMAÇÃO URBANÍSTICA DE CAMPINA GRANDE MOSTRA QUE NÃO EXISTE POSSIBILIDADE DE MELHORAR A MOBILIDADE SEM ABRIR NOVAS RUAS E SEM DESAPROPRIAÇÕES 104
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romover uma perfeita mobilidade urbana, adequada às necessidades particulares da cidade e seus cidadãos, requer obras ousadas e muita vontade pública. Essas medidas transformam definitivamente o espaço físico da cidade e, acima de tudo, exigem continuidade e adequação nos anos seguintes. Por incrível que pareça, foi na metade da década de 1930 até 1960 que Campina Grande passou por suas maiores transformações, aumentando sua importância e garantindo, assim, lugar de destaque em todo o Nordeste. Essa constatação foi feita por Eduardo Lucas, arquiteto, urbanista e professor universitário. Segundo ele, as primeiras grandes mudanças que a cidade passou nesse sentido foi na gestão do prefeito Vergniaud Wanderley, com a abertura da Floriano Peixoto entre os anos de 1935 e 1945, estendendo aquela via até o Colégio das Damas. “Ele modificou a estrutura urbana e a linguagem estética da cidade, que anteriormente era uma cidade colonial e inovou inclusive na arquitetura, trazendo o Art Déco com a construção do Grande Hotel, onde hoje é a Secretaria de Finanças”, lembra o professor, que leciona as disciplinas de Teoria de Arquitetura e História da Arquitetura e Urbanismo. Lucas conta que nessa época também foi implementado o Art Déco na rua Maciel Pinheiro, que ainda preserva o maior acervo dessa arquitetura na cidade. O Art Déco já chegou na Rainha da Borborema influenciado pela cidade de Miami, que importou da Europa, mas inovou, colorindo os prédios. “O Art Déco original que nasce na Europa é aquele estilo com uma única cor neutra. Miami inventa de colorir e já chega assim aqui. Como Campina Grande estava expandindo com a cultura do algodão, precisava de ares mais modernos, inclusive investindo em higienização e em infraestrutura”, salienta. Para alcançar essa urbanização, foi necessário coragem, principalmente para fazer grandes desapropriações e garantir assim o alargamento e expansão das vias. “Até a Igreja do Rosário, que era ali em frente ao Capitólio, é retirada, demolida e reconstruída já na década de 1950 no bairro da Prata”, lembra Eduardo Lucas, ao explicar a ousadia da gestão pública campinense naquela época. Essas medidas, culminadas com a chegada
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da água nos anos seguintes, após a construção do sistema de abastecimento de Boqueirão em (1958), transformou Campina Grande em uma cidade polo. A cidade passou a ter uma grande importância não apenas para o Estado da Paraíba, mas para todo o Nordeste, principalmente pela sua localização geográfica que a beneficiava no escoamento de produtos para a capital e os estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. “Essa foi a época de maior transformação urbanística da cidade. Porque foi depois de 1946 a 1960 que a cidade deu um salto no seu crescimento. Tudo isso devido a essas ações de infraestrutura, implemento do esgotamento sanitário e a estruturação da malha urbana, sendo essas as primeiras ações voltadas para a mobilidade urbana”, enfatiza o professor, lembrando que nos anos seguintes, principalmente com o governo de Severino Cabral, houve um importante prosseguimento desse planejamento. Assim, a Floriano Peixoto foi expandida até onde seria construído naquela época o Teatro Municipal (1963), já facilitando o crescimento urbano para aquela área. Com o prefeito Evaldo Cruz veio a construção do Açude Novo, que teve o projeto urbanístico desenvolvido pelo arquiteto Renato Azevedo, sendo inaugurado em 1976. Iniciada a urbanização daquele setor, a cidade começou a se projetar para outras áreas, distribuindo melhor a ocupação urbana.
Década de 60 Os principais projetos que culminaram com a expansão urbanística de Campina Grande foram elaborados na década de 1960. Mas apenas uma pequena parte deles foi executada. Ainda hoje, caso sejam revistos e adaptados, ainda podem ser implementados e garantir a solução de grande parte dos problemas de mobilidade enfrentados na atualidade. “O projeto do alongamento da avenida Floriano Peixoto até a Alça Sudoeste foi pensado na década de 1960 por Geraldino Pereira Duda, que era o arquiteto responsável pelos projetos urbanísticos da época, e Austro de França Costa, que era o secretário”, lembra o professor Eduardo Lucas, com pontuações de memória feita sob o auxílio do também arquiteto Glauro Duda, sócios na empresa de arquitetura Projeto 4.
Segundo os dois arquitetos, o próprio projeto da Alça Sudoeste foi elaborado também nessa época (1960). Somente com a participação do Governo Militar, com o Programa de Desenvolvimento Local Integrado, foi feita a ampliação da Floriano Peixoto até a Alça Sudoeste. Mas a pavimentação somente veio na década de 1990.
Até a Igreja do Rosário, que era em frente ao Capitólio, é retirada, demolida e reconstruída já na década de 1950 no bairro da Prata. Eduardo Lucas Arquiteto
Já o processo de verticalização se deu justamente na década de 90, quando houve uma verdadeira “revolução” no setor da construção civil, com o surgimento dos edifícios residenciais, promovendo, assim, grande concentração de famílias e automóveis em pequenos espaços. Com isso vieram os problemas de mobilidade e infraestrutura, uma vez que a cidade não vinha se adequando para essas mudanças inevitáveis que o tempo já anunciava. Os arquitetos Eduardo Lucas e Glauro Duda lembram que vários projetos da década de 60 já previam essa necessidade de adequar a cidade ao futuro. “Para se ter uma ideia, essa nova avenida que foi aberta recentemente em Campina Grande, a Almeida Barreto, já havia sido planejada desde a década de 1960”, lembra Lucas. “Ou seja, uma coisa que foi planejada naquela época e para ser implementada nos anos seguintes, foi executada somente hoje, quando os problemas já estão visíveis e maiores”, salienta Duda. “Todas as soluções possíveis para hoje foram concebidas nas décadas de 1960 e 1970. Existem importantes projetos de viadutos que se fossem executados hoje já solucionariam muitos problemas”, destaca Glauro Duda. “Mas essas medidas eram para serem aplicadas antes, numa forma de se antecipar às mudanças que
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já eram previstas para o futuro. Naquela época se pensava de 50 anos para a frente, mas por falta de verba e muitas vezes falta de planejamento, tudo foi sendo deixado de lado”.
Mudanças Paralelo à transformação urbanística, a arquitetura campinense também foi alterada a cada década, acompanhando a história. O grande marco foi o Art Déco, para em seguida a cidade passar a conviver cada vez mais com projetos arquitetônicos mais modernos. As casas passaram por aqueles modelos de grandes fachadas quadradas, com janelas e portas altas, típicos de casarões rústicos, para o Art Déco. Anos depois os telhados em forma de castelinhos tomaram a cena. Atualmente vê-se uma tendência a traços em linhas retas, com muitas estruturas em vidro e metal.
O arquiteto Sérgio Sá foi o primeiro a elaborar algumas casas com tetos diferenciados, desde o final da década de 1980 para início de 1990, principalmente com o crescimento da cidade na área onde hoje é o bairro do Mirante, com telhados em estilo “castelinho”. Essa arquitetura é inspirada nas edificações europeias, onde os tetos possuem uma inclinação bem mais elevada para suportar o peso e o escoamento de neve. E aqui houve uma adaptação, mais por valorização da estética do que da funcionalidade. Atualmente a arquitetura campinense vive uma nova fase, onde se elabora projetos pensando não apenas no conforto e funcionalidade, mas também valorizando a estética e a relação com o meio ambiente, conforme destaca Eduardo Lucas. “Mas falar da década atual estando inserido nela é um tiro no escuro. Lógico que tem gente pesquisando arquitetura
contemporânea, mas a gente precisa de um distanciamento melhor para poder entender determinado momento”, pondera o professor de Arquitetura. “O que a gente vê hoje tem uma carga das arquiteturas anteriores, que foram moldadas durante suas épocas. É uma série de processos que vão sintetizar o que temos na arquitetura de hoje”. De acordo com Lucas, o que se pode dizer é que esses novos moldes possuem três pilares: estrutura, função e estética. “E tudo isso tem que está ligado com o tempo presente”, pontua. Mas acima de tudo, como lembra o professor, a Arquitetura é o patrimônio sólido, palpável que se tem para contar a história da humanidade. E um passeio pelas estruturas arquitetônicas existentes em Campina Grande é uma verdadeira viagem no tempo e uma forma prazerosa de conhecer um pouco mais do passado da cidade.
www.cgretalhos.blogspot.com.br
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Antiga Igreja do Rosário, demolida no final da Década de 40 Av. Floriano Peixoto no final dos anos 50
O centro da cidade não comporta a quantidade de carros e pessoas Cruzamento da Av. Floriano Peixoto com a rua Maciel Pinheiro
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MORAR BEM DICAS
Esquadrias A ESCOLHA DE PORTAS E JANELAS PODE FAZER A DIFERENÇA NO SEU PROJETO E DAR O TOQUE DE IDENTIDADE QUE VOCÊ PRECISA
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ão tem jeito. A única forma de entrar em um ambiente, seja ele residencial ou comercial, é pela porta. Então, não dá para relaxar na ora de escolher esse item tão importante. E as janelas também devem estar inclusas nessa escolha. Também conhecidas como esquadrias, as portas e janelas podem fazer toda a diferença em um imóvel, pois, além de acesso, garantem privacidade e segurança, permitem a ventilação e ainda facilitam a entrada da iluminação natural nos ambientes. Por tudo isso, hoje as esquadrias se tornaram importantes elementos no projeto arquitetônico de um imóvel. Indispensáveis em todas as edificações, elas também ajudam a compor a decoração dos espaços, graças à variedade de modelos e materiais empregados em sua fabricação, e podem valorizar o imóvel. No passado, a madeira era o material mais
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utilizado. Hoje, o vidro vem ganhando cada vez mais destaque. E o que não falta no mercado são opções para se escolher. Além de madeira ou vidro, as portas e janelas podem ser feitas de alumínio, PVC, com folhas duplas, de correr, mescladas com diversos materiais, podem ter revestimento acústico e, dependendo do gosto e do bolso do cliente, é possível criar portas e janelas exclusivas, o que garante bom gosto e identidade ao projeto geral. Mas, antes de escolher as esquadrias pelo material – madeira, alumínio, aço, ferro, PVC –, é preciso ter em mente a estética que se quer dar ao imóvel. Se o cliente quer um estilo mais rústico, não seria bom encher a casa de portas e janelas de vidro, por exemplo. Sendo assim, antes de comprar é bom conversar bastante com o arquiteto e pedir que ele faça uma análise criteriosa para obter a melhor escolha. Até porque, cada elemento tem características
específicas que determinam em que local do projeto poderá ser utilizado. No caso das portas, os modelos de correr vêm conquistando cada vez mais a preferência de arquitetos, engenheiros e proprietários de imóveis, principalmente quando os ambientes são pequenos. A economia de espaço é sua principal vantagem. Até mesmo em armários de quarto e cozinha as portas de correr são as mais pedidas. Já em se tratando de entrada, a porta pivotante tem sido a mais requisitada ultimamente. Nesse caso, a porta precisa ser mais larga, já que a folha é presa ao batente com pivôs. A principal desvantagem é que, como são feitas sob medida, essas portas são bem mais caras. As mais tradicionais são as portas e janelas fixadas no batente por uma das laterais e que se abrem em ângulo de 90 graus. Mas há outras opções existentes no mercado que
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podem fazer com que o consumidor busque alternativas que otimizem seu projeto. Em se tratando de economia de espaço, as portas do tipo camarão ou dobrável poupam alguns centímetros que podem fazer a diferença no resultado final. Esses modelos são divididos por uma dobradiça encaixada na própria folha. Na mesma linha está a sanfonada, com diversas pregas. As portas-balcão, por sua vez, têm duas ou mais folhas e podem ter abertura comum ou de correr.
Material Escolhido o modelo e o posicionamento de cada porta e janela, é hora de pensar no material que melhor se adequará ao seu projeto. Esquadrias de ferro e aço, por exemplo, são vantajosas por causa da resistência. Porém, exigem manutenção periódica, para evitar ferrugem. Também é importante a utilização de isolamento elétrico, já que o ferro é condutor de eletricidade. Também é preciso investir em pinturas periódicas ou tratamentos específicos para evitar a corrosão. Se a opção for pela madeira, um tratamento contra pragas seria bem vindo. A manutenção constante também é necessária, nesse caso para combater a umidade e os cupins. Também é necessário investir em pinturas periódicas ou tratamentos específicos para prolongar a vida útil do produto. As esquadrias em alumínio destacam-se em função da fácil manutenção e resistência ao tempo. Não oxidam, não perdem o brilho, são mais leves, mais econômicas, fáceis de projetar e executar, e a limpeza é feita com água morna e detergente neutro, utilizando um pano macio. Quando se fala em manutenção, os cuidados com a sua porta ou janela de alumínio dependem muito do ambiente. Mas uma dica é válida para qualquer lugar: aplique cera automotiva com silicone depois da limpeza e tenha uma porta brilhante e limpa por muito mais tempo.
Pensar bem Quando se está construindo ou reformando, é natural que o proprietário do imóvel se encante com as inúmeras opções de projetos existentes. Buscar inspiração em revistas especializadas também pode ajudar, mas no momento da escolha de portas e janelas é importante aliar o útil ao agradável. Conciliar beleza, desempenho, economia, praticidade e conforto, é
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sempre a melhor opção. Além disso, é bom pensar na composição de todo o resto do ambiente para que, após a instalação, não haja problemas na disposição dos móveis. Escolher um modelo de porta pensando apenas na beleza e depois ter problemas para a passagem dos móveis, estraga qualquer projeto. Quando decidiu reformar seu apartamento, a empresária Ana Alves Correia já tinha em mente tudo o que queria. Mas não atentou para o tamanho das portas. Resultado: “depois de tudo pronto tive que mandar quebrar. A porta que eu escolhi era linda, mas muito estreita e meus móveis não passavam”, disse. Investir na escolha adequada das esquadrias reflete nos ambientes, tornando-os modernos, coloniais, aconchegantes ou limpos, dependendo da proposta de cada projeto.
Depois de tudo pronto tive que mandar quebrar. A porta que eu escolhi era linda, mas muito estreita e meus móveis não passavam. Ana Alves Correia EMPRESÁRIA
Para optar pelo modelo certo, é preciso avaliar onde ele será colocado e as medidas do lugar. As portas e janelas externas mais usadas são aquelas que são de material resistente à chuva e ao sol. Já as internas não têm esse problema, por isso, a manutenção ocorre a cada três anos em média, porque os esbarrões do dia a dia descascam tanto a tinta quanto o verniz.
para o conceito de portas e janelas. Outros aspectos a serem considerados são a região e o clima do local onde a obra será edificada. As portas e janelas de uma casa são os locais por onde ocorre a maior perda de climatização. Assim, é necessário fazer a escolha correta, conforme o local e condições do imóvel a ser construído ou reformado. Enfim, é preciso pensar na arquitetura como um todo.
Estilo Na hora de construir ou reformar, todos os detalhes precisam ser minuciosamente observados. Portas e janelas bem escolhidas são fundamentais para cada tipo de ambiente. É preciso estar atento às dimensões, tipos de vidros, pressões do vento e à localidade onde serão instaladas e ficarão expostas (sol, chuva e vento), pois esses fatores influenciam diretamente no peso da esquadria e no seu funcionamento. Também é essencial considerar as características do imóvel e do local onde ele está, antes de escolher as esquadrias. Saber qual estilo que pretende utilizar na arquitetura e decoração de uma residência ou escritório, e quais as necessidades em relação à iluminação e isolamentos térmicos, acústicos, ventos e até insetos, também é outro ponto importante na hora de escolher as esquadrias. Para conjugar beleza e funcionalidade, quando o assunto são as portas e janelas, a importância de investir em um projeto arquitetônico é fundamental. Com ele é possível saber se há possibilidade de utilizar medidas padrão ou se será necessário confeccionar peças personalizadas. Apesar de as peças feitas sob medida terem uma grande variação de preço, pode ser que o custo-benefício compense no final se essa peça ampliar o ambiente ou aumentar a luminosidade, garantindo economia de energia.
Fazer um estudo da fachada da edificação, para definir o modelo ideal da porta de entrada do imóvel, também é outro ponto que vale a pena levar em consideração antes da obra. É bom sempre analisar aspectos como estética e estilo da arquitetura, performance térmica, acústica, bem como a velocidade e praticidade de construção para determinada tecnologia. O desempenho técnico e o respeito às normas técnicas vigentes também são essenciais
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AGENDA
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09/09 a 14/09
70º SOEA
LOCAL
Gramado (RS)
INFORMAÇÕES
www.soea.org.br
SEMANA OFICIAL DE ENGENHARIA E DA AGRONOMIA A Semana Oficial de Engenharia e da Agronomia, realizada pelo CONFEA, este ano tem como tema “Legislação aperfeiçoada: valorização profissional e proteção à saúde” e reunirá engenheiros, agrônomos, meteorologistas, geólogos, geógrafos, técnicos e tecnólogos de todo o país.
2013
11/09 a 14/09
8º CNP
LOCAL
Gramado (RS)
INFORMAÇÕES
www.cnp.org.br
CONGRESSO NACIONAL DE PROFISSIONAIS O Congresso Nacional de Profissionais é um evento trienal e acontece simultaneamente a Semana Oficial de Engenharia e da Agronomia (SOEA). Este ano o tema principal do CNP será “Marco legal: Competência profissional para o desenvolvimento nacional”.
2013
16/09 a 19/09
EQUIPOTEL DESIGN
LOCAL
Anhembi (SP)
INFORMAÇÕES
www.equipotel.com.br
HOTELARIA. GASTRONOMIA. DESIGN. SPA.
A Equipotel Design apresenta as novidades em produtos e soluções em arquitetura e design aos proprietários e administradores de hotéis, resorts, motéis e pousadas. Entre as atrações do evento estão os espaços conceituais, dirigidos a apresentar e demonstrar as ideias e conceitos neste campo.
2013
17/09 a 20/09
FEBRAVA
18ª FEIRA INTERNACIONAL DE REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DE AR
LOCAL
São Paulo (SP)
INFORMAÇÕES
www.febrava.com.br
A FEBRAVA é a principal feira do setor, com grande reconhecimento internacional. É um grande espaço para a troca de experiências, análise de tendências e acima de tudo para a realização de grandes negócios.
JUL - AGO - SET 2013
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2013
23/09 a 26/09
COBENGE
LOCAL
Gramado (RS)
INFORMAÇÕES www.abenge.org.br/cobenge-2013
CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA O COBENGE reúne, praticamente, todos os órgãos oficiais e instituições de ensino ligadas ao setor, além de empresas e profissionais interessados na melhoria e no desenvolvimento da Engenharia nacional.
2013
02/10 a 04/10
85º ENIC
LOCAL
Local: Fortaleza (CE)
INFORMAÇÕES
www.enic.org.br
ENCONTRO NACIONAL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Está é a terceira vez que Fortaleza sedia o evento, único que une toda a cadeia do segmento para discutir e interagir os caminhos do setor. Com o lema “O futuro que vamos construir juntos”, a iniciativa deve reunir os principais players da Construção Civil: autoridades, empresários, técnicos, agentes financeiros e políticos, somando mais de 1.500 participantes.
2013
02/10 a 05/10
INTERCON
LOCAL
Belo Horizonte-MG / Expominas
INFORMAÇÕES
www.feiraintercon.com.br
FEIRA E CONGRESSO DA CONSTRUÇÃO CIVIL A Feira e Congresso da Construção Civil acontece anualmente em Joinville. O evento reúne as últimas novidades de toda a cadeia produtiva da construção civil, favorecendo as sinergias entre empresas do setor e os debates sobre as últimas tendências neste campo.
2013
24/10 a 25/10
I CMM
LOCAL
Leça da Palmeira (Porto) - Portugal
INFORMAÇÕES
www.cmm.pt/congresso
I CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE CONSTRUÇÃO METÁLICA SUSTENTÁVEL E IX CONGRESSO DE CONSTRUÇÃO METÁLICA E MISTA Este ano o IX Congresso de Construção Metálica e Mista será realizado conjuntamente com o I Congresso Luso-Brasileiro de Construção Metálica Sustentável. A realização conjunta destes dois Congressos deve proporcionar um acréscimo do interesse sobre as soluções arquitetônicas que o aço possibilita.
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JUL - AGO - SET 2013
ONDE ENCONTRAR Arquitetura
ANABEL ALVAREZ
LOCAL
R. Vigário Calixto, 1395 /Catolé - Campina Grande (PB)
INFORMAÇÕES (83) 3055.3139
anabel@anabelalvarez.com.br
Fotografia
CÉSAR DI CESÁRIO
LOCAL
João Pessoa (PB)
INFORMAÇÕES (83) 8896.9889
cesardicesario@hotmail.com
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba
CREA PB (Inspetoria Campina Grande)
LOCAL
R. Telegrafista José Távora, 462 /Centenário - Campina Grande (PB)
INFORMAÇÕES (83) 3341.1684
campinag-icg@creapb.org.br
Arquitetura
DANILLA ALVES
LOCAL
Campina Grande (PB)
INFORMAÇÕES (83) 3331.4639
alvesemaior@hotmail.com
Engenharia Civil
GERALDO DE MAGELA BARROS
LOCAL
Campina Grande (PB)
INFORMAÇÕES (83) 8811.6828
JUL - AGO - SET 2013
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ONDE ENCONTRAR Construção
PLANO VERDE
LOCAL
Rua Sebastião Donato, 64/Centro - Campina Grande (PB)
INFORMAÇÕES (83) 3066.9793
Arquitetura
PROJETO 4 (Arquitetos Associados)
LOCAL
Rua da Independência, 412 /Prata - Campina Grande (PB)
INFORMAÇÕES (83) 3063.6222
contato@projeto4arquitetos.com
Graffiti, Ilustração e Design
RAONI OLIVEIRA
LOCAL
Campina Grande (PB)
INFORMAÇÕES (83) 8883.4123
www.raonioliveira.com
Materiais para construção
TELHA FORTE
LOCAL
R.Padre Aristides Ferreira da Cruz, 85 /Catolé - Campina Grande (PB)
INFORMAÇÕES (83) 3337.2829
Estruturas Metálicas
VÃO LIVRE S/A
LOCAL
Rua Júlia Eulália, s/n – Distrito Industrial - Queimadas (PB)
INFORMAÇÕES (83) 3331.3000
JUL - AGO - SET 2013
contato@vaolivre.com.br
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