Retrato de Dmitri Mendeleev em 1897 (fonte: http://en.wikipedia.org/ )
Magnésio: o mineral anti-stress
Dmitri Mendeleev nasceu a 7 de fevereiro de 1834, em Tobolsk, e faleceu a 2 de fevereiro de 1907, em São Petersburgo. Era o filho mais novo de uma família numerosa. No ano em que nasceu, o seu pai perdeu a visão e acabou por também perder o emprego. A partir daí a sua mãe passou a gerir uma fábrica de cristais, fundada pelo seu avô, assegurando o sustento da casa. Após a morte do seu pai deflagrou um incêndio na fábrica de cristais destruindo-a. Nessa altura, a sua mãe optou por investir as suas economias na edução do filho, em vez de reabilitar a fábrica. Por esta razão decidiu mudar-se para Moscovo para Mendeleev frequentar a universidade. Não o conseguindo foi para a Universidade de São Petersburgo onde se formou em Química, em 1856. Em 1862, casou-se, por pressão familiar, com Feozva Nikítichna Lescheva com quem teve três filhos. Em 1871 separaram-se e Mendeleev voltou a casar, em 1882, com Ana Ivánovna Popova com quem teve quatro filhos. Foi em 1863 que Mendeleev iniciou a sua carreira como professor de Química na Universidade de São Petersburgo e começou também a sua pesquisa sobre a periodicidade dos elementos. A necessidade de organizar os dados da Química Inorgânica, levou-o a reunir todas as informações sobre os elementos conhecidos na época. Essas informações eram
registadas em cartões que fixava na parede de seu laboratório e, à medida que observava alguma correspondência entre as propriedades dos elementos, mudava a posição dos cartões. Com este método descobriu uma importante relação entre o peso atómico dos elementos e as suas propriedades físicas e químicas. Este trabalho resultou na construção de um quadro apresentado à comunidade científica em 1869. Neste, os elementos foram dispostos em filas horizontais, por ordem crescente do peso atómico, e colunas verticais com propriedades semelhantes. Respeitando as regularidades encontradas Mendeleev assumiu que o peso atómico de alguns elementos estava mal determinado, pois a sua posição não correspondia à que lhes competia. Também deixou posições vazias na sua tabela, destinadas a elementos que eram desconhecidos. Com base nas propriedades dos elementos vizinhos, identificou com uma precisão surpreendente as propriedades desses elementos em falta. O trabalho desenvolvido por este químico foi notável, pois, a sua investigação foi desenvolvida numa altura em que muitos elementos naturais eram desconhecidos. Para homenagear este cientista, em 1955, o elemento de número atómico 101 da Tabela Periódica recebeu o seu nome Mendelévio.
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A necessidade de organizar os dados da Química Inorgânica, levou-o a reunir todas as informações sobre os elementos conhecidos na época.
Biodiversus
Nogueira-comum Nome vulgar: Nogueira-comum Nome científico: Juglans regia L. Árvore de copa densa, ampla e muito ramificada. Aprecia solos profundos e com alguma humidade, tolerando apenas moderadamente a secura, como tal tem tendência a surgir associada à vegetação próxima de cursos de água. As suas folhas são caducas, com ambas as faces verdes, alternas e constituídas por 3-9 folíolos de forma mais ou menos oval. Em relação às estruturas reprodutoras, que surgem entre abril e maio, as flores masculinas reúnem-se em amentos nos ramos do ano anterior enquanto as femininas formam grupos de 1 a 5, nos ápices dos ramos mais recentes. Os frutos atingem a maturação algures entre agosto, setembro e outubro. Consegue atingir os 30 metros de altura, tendo grande importância comercial, não só pelo seu fruto comestível - a noz - mas pela qualidade da sua madeira. Uma das particularidades da espécie é a capacidade de libertar certos químicos que, ao serem arrastados para o solo subjacente, pelas chuvas, inibem o crescimento de outras plantas debaixo da sua copa. A sua origem geográfica é tida como sendo do sudeste da Europa e oeste da Ásia. Apesar de em Portugal ser desde há muito conhecida e plantada, a sua distribuição ocupa maioritariamente as zonas do interior centro e norte.
na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro No próximo sábado, dia 26 de outubro, pelas 16 horas, decorrerá na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro uma sessão do espetáculo “Química por Tabela 2.0”. Esta atividade, destinada a maiores de 6 anos, tem um bilhete de entrada de 2€ (crianças e estudantes), 3€ (adultos) ou gratuito na aquisição do bilhete geral, com inscrição prévia para 234 427 053 ou fabrica.cienciavia@ua.pt.
Este espetáculo de ciência procura fazer a ligação constante com a química que nos rodeia no quotidiano. Consiste numa sequência de transformações químicas curiosas e surpreendentes, onde são explorados diversos conceitos de química. As alterações de cor e de estado físico proporcionam efeitos visuais apelativos estimulando a participação do público. “Química por Tabela 2.0” mostra que “por tabela” é possível aprender química fora da sala de aula.
O magnésio no organismo humano localiza-se nos ossos (cerca de 50 a 60%) e nas células (estando mais concentrado nos músculos e glóbulos vermelhos). Desempenha um papel importante na ativação de enzimas envolvidas na produção de energia, tendo também uma função reguladora do metabolismo intracelular do cálcio, fósforo e sódio. O magnésio interfere na transmissão e atividade neuromuscular, atuando como relaxante na contração muscular. Promove a saúde do sistema cardiovascular ajudando na prevenção de enfartes. Mantém os dentes saudáveis e evita a formação de pedra nos rins e vesícula. A absorção de magnésio é feita essencialmente no intestino delgado. A eliminação é quase totalmente renal. Atribui-se à deficiência de magnésio a causa principal de: doenças circulatórias, doenças cardíacas, osteoporose, diabetes, gastrite, prisão de ventre, artrose e artrite, doenças renais, depressão, entre outras. A carência de magnésio pode apresentar sintomas como: tremores, espasmos musculares, apatia, fraqueza, cãibras, náuseas e vómitos. Elevadas concentrações de magnésio no sangue podem originar hipotensão arterial, insuficiência respiratória, ritmos cardíacos anormais. Algumas das principais fontes de magnésio são: nozes, cereais integrais, leguminosas, hortícolas de folha verde-escura.
Ilustração de uma nogueira-comum
Ciência na Agenda 26 out (16h00) – Espetáculo Química por Tabela 2.0, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 27 out (11h00) – Pai, vou ao espaço e já volto! – A conquista do ar, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 1 nov (11h00) - A Fábrica vai... à Pampilhosa da Serra, dinamizar o workshop de Astronomia, no âmbito do projeto Cientistas na Serra. 3 nov (11h00) – Domingo de manhã na barriga do caracol - “Um fonte: http://www.liqueurs-mellioret.ch
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Tabela Periódica no corpo humano
gole de sabedoria, sr. Rodrigo!”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 5 nov (10h30) - A Fábrica vai... à pediatria do Hospital Infante D. Pedro, com a oficina Criar Dunas. 5 nov (18h00) - Havíamos de falar do amor, com Sérgio Godinho e Paulo Ribeiro Claro, no Teatro Aveirense. 6 nov (11h30) – Estreia do programa Era uma vez… Ciência assim, com a história “Tacinha das Natas”, na Rádio Terra Nova.
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2013