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Experimentandum
Fazer uma salina em casa…
Mais vale saber… O que é o moliço?
ciclo de conversas
quintas da ria
Grupo ‘uariadeaveiro’
“Quintas da Ria” é um ciclo de conversas, numa quinta-feira do
A Ria de Aveiro tem mobilizado a atenção da Universidade de Aveiro (UA), sendo considerada como um verdadeiro laboratório de investigação sob múltiplas perspetivas.
A Ria de Aveiro tem mobilizado a atenção da Universidade de Aveiro (UA), sendo considerada como um verdadeiro laboratório de investigação sob múltiplas perspetivas. Nesta zona estuarina, com cerca de 31.000 ha, 128 km de frente lagunar e 60 km de frente costeira, e resultado de um processo de evolução geomorfológico recente, coexistem inúmeros recursos hídricos, geológicos e ecológicos, bem como uma grande diversidade de atividades humanas. É abrangida por diversos estatutos de proteção ambiental, incluindo Reserva Natural, Reserva Ecológica Nacional e Rede Natura 2000 ao abrigo da Diretiva Aves. A vulnerabilidade da Ria de Aveiro aos efeitos das alterações climáticas e a complexidade dos valores ambientais, económicos e sociais, dos efeitos das atividades sobre o seu equilíbrio e do enquadramento institucional envolvente, tornam a gestão desta zona lagunar um desafio conceptual e processual que requer aprendizagem, integração do conhecimento e aproximação entre entidades, utilizadores e investigadores. Na história da UA existe um conjunto diversificado de iniciativas relevantes no domínio da transferência de conhecimento, especificamente dedicado à proteção e à valorização da Ria de
Aveiro (como por exemplo, o Gabinete da Ria de Aveiro (GRIA) ou o Polis Litoral da Ria de Aveiro (PLRA)). As áreas de conhecimento da UA abrangem hoje aspetos tão diversos como - hidrologia e hidrodinâmica, geologia e hidrogeologia, flora e fauna, qualidade do ambiente, infraestruturas e atividades, riscos e vulnerabilidades, recursos e produtos, história e cultura, ordenamento do território, gestão e governação. O grupo ‘uariadeaveiro’, dinamizado pela Reitoria, e integrando já mais de 50 docentes e investigadores, tem por objetivo fundamental retribuir à região envolvente o conhecimento científico produzido sobre a Ria de Aveiro, através da sua disseminação de uma forma mais proativa. O conjunto de atividades centram-se em quatro perspetivas i) sistematizar e divulgar conhecimento, ii) criar sinergias internas e potenciar contributos para a inovação na Ria, iii) contribuir para a construção de valores e comunicação com a região, iv) contribuir para o desenho do modelo de governação da Ria. Para a sua prossecução destacam-se a disponibilização do acervo científico sobre a Ria (www.ua.pt/riadeaveiro), a promoção de reuniões internas sobre a gestão da Ria, de workshops de natureza técnico-científica
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reunindo investigadores, entidades e utilizadores para partilhar conhecimento e contribuir para melhores formas de utilização da Ria, de momentos de tertúlia abertos ao público através do Ciclo de Conversas “Quintas da Ria” na Fábrica da Ciência, do Ciclo de Cinema “Fitas na Ria”, da divulgação anual de teses de mestrado e doutoramento sobre a Ria de Aveiro, entre muitas outras atividades previstas. Constituíram especial motivação para este grupo as comemorações dos 40 anos da Universidade de Aveiro, o protocolo de colaboração com a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro e a convicção que a divulgação do conhecimento científico produzido na UA pode ser útil para reforçar a atenção da sociedade sobre esta tão rica zona estuarina e para robustecer os processos de tomada de decisão com impacto sobre a Ria de Aveiro. Teresa Fidélis Departamento de Ambiente e Ordenamento Universidade de Aveiro
O que precisas? - Água do mar - Garrafão de plástico - Filtro de café - Panela - Fogão - Tabuleiro - Colher Como fazer? 1. Recolher água do mar num recipiente (por exemplo, num garrafão de plástico). 2. Filtrar a água, com o auxílio de um filtro de café, para uma panela grande. 3. Ferver até evaporar cerca de 90% da água. 4. Guardar o restante conteúdo num tabuleiro largo e pouco fundo, durante 3 a 5 dias. Mexer ocasionalmente. 5. Retirar o sal marinho do tabuleiro e colocar num recipiente. Está pronto a usar. 6. Pode adicionar aditivos, tais como cálcio ou magnésio. O que acontece? O objetivo da filtração é remover impurezas, detritos ou qualquer areia presente na água. O sal marinho obtém-se pela evaporação da água do mar. Neste caso, a fervura serve somente para acelerar o processo. Dependendo do local onde a água do mar é recolhida, o sal pode apresentar-se de forma bastante distinta, tanto em aspeto como cor. A quantidade de sal produzida vai ser influenciada pela salinidade da água do mar. O cálcio e o magnésio, para além de conferirem um sabor distinto ao sal, aumentam as propriedades nutricionais do mesmo.
Ao contrário do que se pensa, o moliço não é formado unicamente por uma espécie, mas sim por um conjunto de diferentes algas e plantas aquáticas. A constituição do moliço varia conforme o gradiente de salinidade e as características do sedimento. É possível encontrarem-se espécies dos géneros Enteromorpha, Ulva, Ceramium, etc., no grupo das algas, e Zostera, Ruppia, entre outros, no caso das plantas aquáticas. As zonas de sapal, quando cobertas pelo moliço, adquirem elevada importância ecológica. Tal deve-se ao facto deste proporcionar abrigo e alimento para formas juvenis da ictiofauna, servir como acumulador de energia e matéria orgânica e ser capaz de estabilizar os sedimentos, diminuindo assim, a turgidez da água. Em tempos, o moliço era recolhido regularmente na Ria de Aveiro, pelos marnotos a bordo dos barcos moliceiros, para ser utilizado como adubo e corretor de solos improdutivos, regulando a sua acidez e fertilizando os terrenos arenosos da região. Nos dias de hoje esta recolha tornou-se cada vez mais escassa, o que acarreta alguns inconvenientes, como a diminuição do oxigénio disponível na água (consumido pela flora aquática) e o assoreamento da laguna, levando à perda de navegabilidade em alguns canais, para citar apenas alguns exemplos.
mês, organizado pelo grupo ‘uariadeaveiro’ e pela Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Tem como objetivo principal contribuir para a construção de valores, comunicar com a sociedade e aproximar aos atores associados à Ria de Aveiro. A primeira conversa será sobre “A Ria de Aveiro, as Pessoas e a História”, com Delfim Bismarck, historiador e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Albergaria, e Paulo Morgado, engenheiro geólogo, investigador no grupo GEOBIOTEC da Universidade de Aveiro, moderada pelo Prof. Doutor Jorge Arroteia. Os convidados irão proporcionar-nos uma viagem no tempo em torno da Ria de Aveiro, com a sua evolução geomorfológica e o modo como as populações se foram ajustando ao território em contínua mutação. A sessão acontece já no próximo dia 7 de novembro na Fábrica Centro Ciência Viva, pelas 21h.
NOVO L OCAL
Ciência na Agenda 1 nov (11h00) - A Fábrica vai... à Pampilhosa da Serra, dinamizar o workshop de Astronomia, no âmbito do projeto Cientistas na Serra. 3 nov (11h00) – Domingo de manhã na barriga do caracol - “Um gole de sabedoria, sr. Rodrigo!”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
No dia 5 de novembro, pelas 18h00, o CICECO e a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro organizam mais uma
4>27 nov - A Fábrica vai… a escolas do 1º CEB dos municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, com a oficina Criar Dunas, no âmbito do projeto Ciência em Movimento.
conversa do ciclo “Havíamos de falar disso”. O músico e poeta Sérgio Godinho e o professor universitário Paulo Ribeiro Claro (Dep. Química da Universidade de Aveiro) vão falar sobre o
5 nov (10h30) - A Fábrica vai... à pediatria do Hospital Infante D.
Amor numa conversa aberta à intervenção do público.
Pedro, com a oficina Criar Dunas.
“O amor não é mais do que uma sensação geral de bem-estar acompanhada pela ideia de uma causa externa”, dizia
6 nov (11h30) – Estreia do programa Era uma vez… Ciência assim, com a história “Tacinha das Natas”, na Rádio Terra Nova. AVISO: A Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro terá novo
Espinoza, que viveu sempre em celibato. Será mesmo assim?!... A entrada é livre e acontecerá no Teatro Aveirense.
horário de funcionamento a partir de 1 novembro 2013: 3ª a domingo | 10h00 às 18h00
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2013