Laboração continua

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Mais vale saber…

Montagem a partir do retrato de Melvin Calvin (fonte: http://farm4.staticflickr.com/)

Faz mal dormir com plantas no quarto?

ABC dos Cientistas

Melvin Calvin As investigações de Calvin sobre a fotossíntese lançaram luz sobre um campo da bioquímica, que era, até à altura, desconhecido.

Fotossíntese

grupo uariadeaveiro ciclo de conversas

quintas da ria

Algumas pessoas consideram que faz mal dormir com plantas no quarto e que a explicação é simples! As plantas respiram e, no processo de respiração, consomem glicose e oxigénio e produzem água e dióxido de carbono. Na presença de luz, as plantas também realizam fotossíntese: convertem água e dióxido de carbono em glicose e oxigénio. No entanto, como durante a noite as plantas diminuem o processo de fotossíntese e aumentam a taxa de respiração, pode-se pensar que competem com o ser humano pelo oxigénio ou que o vão intoxicar com dióxido de carbono. Existem até algumas pessoas que fundamentam esta explicação com o facto de sentirem falta de ar ao dormirem com plantas dentro do quarto. Mas será que o consumo de oxigénio e libertação de dióxido de carbono, no processo de respiração da planta, são assim tão elevados que nos façam mal? Se pensarmos que uma pessoa normal ao respirar consome cerca de vinte vezes mais oxigénio que uma planta e, consequentemente, liberta cerca de vinte vezes mais dióxido de carbono que essa mesma planta, concluímos que se a explicação acima fosse verdadeira seria mais prejudicial dormir com outro ser humano do que com uma planta dentro do quarto! Portanto, já sabe, pode deitar a cabeça na almofada sabendo que as plantas não são uma má companhia durante a noite!

Hoje, pelas 21h00 na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, acontecerá mais uma conversa do ciclo “Quintas da Ria”, organizada com o grupo ‘uariadeaveiro’, desta vez sobre “A água e a dinâmica na Ria de Aveiro”! O efeito protetor natural da barreira arenosa na Ria de Aveiro, a dinâmica dos níveis de maré e a sua relação com as comunidades microbianas da água são temas a abordar nesta conversa. Para tal contaremos com investigadores do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, Cristina Bernardes (Departamento de Geociências), João Miguel Dias (Departamento de Física) e Ângela Cunha (Departamento de Biologia). A sessão será moderada pelo Eng. Rui Paiva, Administrador do Porto de Aveiro. * Inscrição obrigatória: rt-riadeaveiro@ua.pt

Melvin Calvin nasceu a 8 abril de 1911, em Saint Paul Minnesota e faleceu a 8 de janeiro de 1997, em Berkeley – Califórnia. Este bioquímico ganhou o Prémio Nobel da Química em 1961 pela pesquisa sobre a assimilação de dióxido de carbono em plantas, mas a sua vida científica começou com a tese de doutoramento, concluída em 1935, sobre a afinidade eletrónica de halogéneos, na Universidade de Minnesota. O trabalho realizado no período de pós-doutoramento, de dois anos, na Universidade de Manchester, resultou em aplicações teóricas e práticas: a química dos quelatos e síntese destes compostos para transporte de oxigénio. Quando se mudou para Berkeley, o seu interesse virou-se para os aspetos gerais teóricos da estrutura e comportamento de compostos orgânicos. Este interesse combinado com o anterior, sobre o comportamento catalítico de compostos de coordenação, eram os pais naturais do seu estudo da fotossíntese.

Melvin Calvin dedicou muitos anos à investigação e compreensão das duas fases da fotossíntese e a maioria das experiências foi realizada utilizando uma alga verde microscópica, a Chlorella pyrerloidosa, resultando na descoberta do conhecido Ciclo de Calvin, representado na figura a seguir.

Todos os animais e alguns outros organismos são denominados heterotróficos, ou seja, requerem um fornecimento de material orgânico rico em energia (hidratos de carbono, gorduras, etc.), conseguido pela ingestão de alimentos. Os seres autotróficos (plantas e algas verdes e certas bactérias) não necessitam de material orgânico proveniente do exterior pois sintetizam compostos orgânicos a partir de dióxido de carbono e água, substâncias simples que não contêm, em si mesmas, nenhuma caloria. A energia necessária para a síntese é fornecida pela luz e esta sequência de reações é chamada de fotossíntese.

Glicose 6C

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

Experimentandum

O que precisas? - Água - Bicarbonato de sódio - Frasco de vidro transparente - Planta aquática Elodea sp (muito utilizada em aquariofilia) - Fonte de luz

6 moléculas de CO2

6 moléculas de ribulose difosfato 6 ADP

6

Fixação de CO2

12 moléculas de ácido fosfoglicérico

+ 6P

12

ATP

Regeneração de RuDP

Ciclo de CALVIN

ATP

12 ADP

Produção de açúcares

12

NADPH

12 NADP+

12 moléculas de aldeido fosfoglicérico

As investigações de Calvin sobre a fotossíntese lançaram luz sobre um campo da bioquímica, que era, até à altura, desconhecido. Acompanhou as várias etapas do ciclo do carbono na fotossíntese e criou uma imagem clara desta complicada sequência de reações, com imensa importância para a vida no nosso planeta.

+ 12 P

Ciência na Agenda

Como fazer? 1- No frasco de vidro, dissolver 15 g de bicarbonato de sódio em 1,5 L de água. 2- Mergulhar um ramo de Elodea sp na solução. 3- Expor a Elodea sp a uma fonte de luz. 4- Observar as bolhas de oxigénio libertadas pela planta.

12 dez (21h00) - Café de ciência "Quintas da Ria" – “A Água

O que acontece? A fotossíntese é o processo realizado pelas plantas para produção do seu próprio alimento. A energia solar é absorvida pelos cloroplastos, devido ao seu pigmento verde (clorofila), ocorrendo assim uma série de reações químicas. As plantas utilizam o dióxido de carbono da atmosfera, a água e a energia da luz solar para produzir glicose. Esta é utilizada pela planta para realização das suas funções metabólicas, ou seja, como o seu principal “combustível”. Para além da glicose, nesta reação resulta também a produção de oxigénio, que é libertado para a atmosfera. Por garantir a produção do oxigénio necessário para a existência de vida, a fotossíntese é fundamental para a manutenção de todas as formas de vida no planeta.

18>20 dez (9h00>17h45) – Férias de Natal com Ciência, na Fábrica

e a Dinâmica na Ria de Aveiro”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 15 dez (10h00) - Programa Era uma vez… Ciência assim, com o conto “História de um lançamento”, na Rádio Terra Nova.

Centro Ciência Viva de Aveiro. 19 dez (18h00) – Café, Livros e Ciência – “52 ideias para o professor de matemática”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 20 dez (10h00) – A Fábrica vai… à Pampilhosa da Serra, com a atividade O meu bolo de chocolate está cheio de moléculas, no âmbito do projeto “Cientistas na Serra”. 15 jan (18h00) – Havíamos de falar disso… da morte, com o médico legista José Pinto da Costa e com o músico Fernando Ribeiro, no Teatro Aveirense.

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2013


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