Laboração continua

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Experimentandum Vinho caseiro

O que precisas? - 1 Recipiente de vidro ou cerâmica - 1 Garrafão - 1 Coador - 1 Funil - 1 Rolha furada - 1 Pedaço de tubo fino - Uvas Como fazer? 1. Lavar as uvas e deixar secar naturalmente. 2. Inserir o pedaço de tubo na rolha perfurada. 3. Colocá-las dentro do recipiente aberto e esmagar. 4. Deixar a repousar a mistura (sumo de uva, sementes e cascas) entre 24 a 36 horas, num local fresco. 5. Passar a mistura pelo coador e, com o auxílio do funil, transferir o líquido para o garrafão aberto. 6. Passados 3 a 4 dias colocar a rolha com o tubo no garrafão. 7. Deixar fermentar durante aproximadamente um mês.

ROLHA INTELIGENTE O custo associado a esta rolha não se deverá refletir para o consumidor final, nem deverá ser um grande constrangimento para os diversos produtores de vinho.

A rolha tem inserida uma antena acoplada a um chip RFID (identificação por radiofrequência), a mesma tecnologia que é utilizada, por exemplo, nos acessos a transportes públicos, gestão de acesso a edifícios ou nos sistemas de portagens das autoestradas, mas a funcionar em frequências diferentes das utilizadas nestes sistemas. Esta tecnologia permite identificar as garrafas através da rolha sem depender de rótulos que podem ser removidos e adulterados. Pelo contrário, se o RFID for modificado isso é detetável. Para obter o número de identificação da rolha e as restantes informações sobre o líquido em causa é preciso um leitor RFID compatível, ou seja, que cumpra as especificações de comunicação definidas pelo protocolo europeu. Existem diversos leitores à venda no mercado. Para o consumidor comum as soluções mais interessantes são leitores pequenos que conseguem interagir com os RFIDs e enviar a informação por bluetooth para um computador ou smartphone/tablet. Mas a ideia é que, brevemente, os dados possam também ser acedidos através de um vulgar smartphone ou tablet sem necessidade de outro equipamento externo, tirando partido das tecnologias de NFC (comunicação de curta distância) que vêm sendo integradas nestes dispositivos. Neste momento estamos a trabalhar na integração de sensores, nomeadamente um sensor de temperatura, com este sistema. Este irá permitir catalogar as variações de temperatura a que a bebida for sendo sujeita ao longo do tempo e assim criar um histórico das

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condições de armazenamento do vinho. Isto pode ser muito proveitoso para os armazenistas e para as grandes cadeias de supermercados no sentido de providenciar aos seus clientes um produto que é mantido sobre condições de vigilância apertadas e que assim melhora os seus padrões de qualidade. O custo associado a esta rolha não se deverá refletir para o consumidor final, nem deverá ser um grande constrangimento para os diversos produtores de vinho. As rolhas com o sistema de identificação não deverão encarecer mais do que uma dezena de cêntimos relativamente ao custo da rolha normal. As rolhas com capacidade sensorial poderão ser mais caras, mas o alvo aqui serão vinhos e champanhes de custo claramente mais elevado e nos quais, obviamente, este custo acaba por ser diluído de forma quase impercetível. Ricardo Gonçalves 1,2, Nuno Borges Carvalho 1,2, Pedro Pinho 2,3 1 Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática

da Universidade de Aveiro 2 Instituto de Telecomunicações 3 Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

O projeto da rolha inteligente foi desenvolvido no âmbito do doutoramento do aluno Ricardo Gonçalves e do mestrado do aluno Roberto Magueta, no Departamento de Eletrónica Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro e no Instituto de Telecomunicações.

O que acontece? O vinho é um produto natural obtido pela fermentação alcoólica total ou parcial de uvas frescas. Este é um processo microbiológico através do qual as leveduras (seres vivos unicelulares presentes na superfície da uva) transformam os açúcares simples em etanol (álcool). Esta transformação faz-se através de uma série complexa de mais de 30 reações químicas sucessivas, obtendo-se também como produto final o dióxido de carbono que é um gás à temperatura ambiente, sendo esta a razão pela qual não podemos fechar os recipientes durante a fermentação do vinho.

Mais vale saber…

Controle de pragas – as rosas nas vinhas Cada vez mais as pessoas estão cientes dos perigos dos pesticidas e querem ser mais conscientes em relação ao meio-ambiente e à saúde. Ao fazer algo simples como usar plantas, pode-se reduzir bastantes pragas. Isto é possível porque muitas plantas produzem compostos naturais que repelem alguns insetos e algumas pragas. Enquanto umas funcionam como companheiras para plantas específicas, outras repelem pestes em geral. Por exemplo, a plantação de malmequeres, de menta e de manjericão ajudam a manter longe moscas brancas, besouros, formigas e vermes de tomate, enquanto a plantação de calêndula, crisântemo, citronela e alho, são ótimas para manter os insetos longe. No caso das vinhas é comum os viticultores não dispensarem a plantação de roseiras nas suas extremidades. A maioria das pessoas acredita que a sua presença faz com que as pragas sejam atraídas para elas e não para as vinhas, no entanto, as roseiras são plantadas para avisar que o perigo se aproxima. Vermelhas, brancas ou amarelas, o que importa é que são suscetíveis às mesmas doenças que afetam as vinhas. Como são mais delicadas, evidenciam primeiro os sintomas, o que permite antecipar medidas para a proteção da vinha. Se, pela manhã, os botões não abrem, soa o alarme de praga.

Workshop “Hológrafo por um dia” Sessão laboratorial de holografia

A Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e o Departamento de Física da Universidade de Aveiro convidam os mais curiosos e destemidos a conhecerem o mundo dos hologramas. Os participantes irão trabalhar no Laboratório de Holografia HOLOLAB, da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, tornando-se “Hológrafos por um dia”. Durante a sessão laboratorial será introduzida a teoria da holografia e dada a conhecer a técnica de registo holográfico de gravação a 3D, pretendendo-se que os participantes colaborem na construção de um holograma. A atividade decorrerá no sábado, 15 de março, das 16h00 às 17h30. Destinada a jovens a partir dos 10 anos e a público adulto, a atividade está limitada ao máximo de 10 participantes. O bilhete é 2€ (crianças e estudantes), 3€ (adultos), sendo o acesso gratuito para quem tenha adquirido o bilhete geral de entrada na Fábrica nesse dia. As inscrições deverão ser feitas através dos seguintes contactos: 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt.

Ciência na Agenda 6 março (18h00) – Palestra Lixo marinho: um problema global, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

Palestra

Lixo marinho: um problema global Hoje, pelas 18h, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, acontecerá uma palestra com Paula Sobral, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, coordenadora do projeto MARLISCO em Portugal. Trata-se de um projeto europeu cujo lema é “Juntos por um mar sem lixo”. O lixo marinho é um problema que nos envolve a todos. Mas será que temos consciência do seu impacte? Que soluções para este problema? Para responder a estas e outras questões, contamos com a nossa convidada que nos poderá inspirar mudanças de atitude e comportamento.

12 março (18h00) – Havíamos de falar disso... de tempo, com Afonso Cruz e Carlos Herdeiro, no Teatro Aveirense. 13 março (21h00) - Café de ciência Quintas da Ria – “As Rias na Ria – entidades”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 15 março (16h00) - Workshop Hológrafo por um dia, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 23 março (11h00) - Ciência… ao pequeno almoço, no Hotel As Américas. 29 março (16h00) - Peça de teatro Claro como Água, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 30 março (11h00) - Pai, vou ao espaço e já volto! – “Os planetas”,

*Errata Na edição anterior (27 de fevereiro), na rubrica “Lixo marinho: um problema global” onde se lê “Mais de 260 espécies foram já afetadas, ou por ingestão de lixo marinho ou por terem ficado presas em redes, impedidas de nadar e de se alimentar, facto do qual resulta muitas vezes a sua morte.” deve ler-se “Mais de 660 espécies foram já afetadas, ou por ingestão de lixo marinho ou por terem ficado presas em redes, impedidas de nadar e de se alimentar, facto do qual resulta muitas vezes a sua morte.”

com o astrónomo José Matos, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

MATEMÁTICA EM FLASH CONCURSO DE FOTOGRAFIA CIENTÍFICA GLICÍNIAS PLAZA

Prazo entrega fotografias: 31 março 2014 Público-alvo: a partir de 6 anos Mais informações: http://www.ua.pt/fabrica/

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2013


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