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Mais vale saber...
Depois de dois dias de comemoração mundial, o da Água (22 de março) e o do Teatro (27 de março), no próximo dia 29, pelas 16h, a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro apresenta uma peça de teatro onde o tema central é a Água. “Claro como água”, peça dirigida ao público em geral, maior de 10 anos, nasceu a propósito do “Ano Internacional da Cooperação pela Água ” (2013). À vontade de fazer foram-se juntando boas ideias, resultando uma peça de teatro que reflete, verdadeiramente, um trabalho de equipa. Num registo que se pretende cativante, a peça aborda a Água de diversos pontos de vista do conhecimento, incluindo a realização, em palco, de experiências simples. No meio de um conflito de gerações, assunto familiar a todos os públicos, a fluidez dos acontecimentos transporta-nos nesse recurso natural único, escasso e indispensável, que é fonte de Vida e símbolo de “possibilidade nova”. A peça é um convite à reflexão sobre questões fundamentais como são as nossas relações com os outros e com a água, de que dependemos para viver. A peça conta com a participação de Dulce Ferreira e Joaquim Almeida, que interpretam duas personagens e encenaram a peça, sob a direção artística de Leandro Alves. A terceira personagem é interpretada por Joana Reis que também teve a seu cargo a coreografia e imagem. A dramaturgia é de Marta Condesso, com os contributos científicos de Teresa Melo, Dulce Ferreira, Joaquim Almeida, Pedro Pombo, Regina Sousa, revistos por Teresa Melo e Pedro Pombo.
A água é um recurso renovável mas não infinito. Por isso mesmo, foi criado o conceito de pegada hídrica, um indicador que ajuda a entender como os hábitos de consumo são responsáveis pela crise hídrica no mundo e que a preservação da água pode ir muito além de apenas fechar a torneira em casa. Não associamos que para além da água utilizada para beber, cozinhar ou lavar, muito mais é consumida na produção dos alimentos que ingerimos, da roupa que vestimos ou do papel que compramos. A pegada hídrica é então um indicador que determina o volume total de água doce usado para produzir os bens e serviços consumidos pelo indivíduo, comunidade ou empresa. Este cálculo permite compreender o papel da água no fabrico de produtos ao longo de toda a cadeia produtiva (desde a matéria-prima até ao produto final). Por exemplo, para produzir umas calças de ganga são gastos cerca de 5000 litros de água; para um quilograma de açúcar são necessários 1500 litros de água; e um quilo de carne vermelha gasta 15000 litros de água para ser produzido. Portugal tem uma das pegadas hídricas mais elevadas por habitante, ocupando a sexta posição entre 152 países, com 2260 m3/pessoa/ano, o equivalente ao conteúdo de uma piscina olímpica. Por isso a importância deste indicador, que alerta para o gasto “oculto” de água e procura conscientizar as pessoas que a preservação da água é muito relevante nas opções de consumo de cada um.
Claro como Água!
O Teatro, a Ciência e o Conhecimento Para Peter Brook, uma das figuras de referência do teatro deste tempo, o teatro é a vida, só que mais concentrada e intensa. Uma vida que só é real e intensa se assumir a diversidade das perspetivas e dos pontos de vista de que o real é feito, se trouxer para a cena a dimensão holográfica que a própria vida tem e que nós temos muitas vezes tendência a reduzir à dualidade entre o bem e o mal, o quente e o frio, o preto e o branco, esquecendo que a realidade tem todas as matizes do arco-íris. O teatro é hoje, como o foi em momentos determinantes da sociedade, um espaço privilegiado de debate, de construção de pontes e de lançamento de projetos conjuntos entre criadores de diferentes áreas disciplinares e/ou de diferentes países e formas de pensar e ver o mundo. É um lugar privilegiado para aprender a falar, a escutar-se, a duvidar, a sonhar, a pensar, para se ser livre em conjunto. É esta dimensão do teatro enquanto espaço do humano, onde a globalidade e os cruzamentos, onde a ideia do conhecimento como um todo é mais importante que as abordagens disciplinares, que nos deve interessar e que podemos encontrar no texto de Steve Martin Picasso at The Lapin Agile:
Teatro na Fábrica
Esta peça, apresentada em 2004 no Teatro da Trindade, conta-nos a história de um encontro imaginário entre Albert Einstein e Pablo Picasso num dia qualquer de 1904. Tanto Picasso como Einstein são portadores do impulso e da energia que hão de transformar os séculos vindouros, tendo Einstein publicado a Teoria da Relatividade, um ano depois do encontro que é ficcionado nesta peça, e Picasso pintado, em 1907, Les Demoiselles D´Avignon. "Nunca pensei que o século XX me chegasse de uma forma tão casual", diz Einstein quando vê pela primeira vez um desenho de Picasso. O Desafio da Inteligência Hoje começa a haver uma tomada de consciência de que o déficit principal com que nos confrontamos a nível social é o do pensamento, um déficit da capacidade de invenção de outros modos de vida, de um mundo onde valha a pena viver. Um défice que para ser combatido nos obriga a olhar para a criação artística a partir de uma outra perspetiva, como um espaço capaz de produzir acontecimentos que agitem os neurónios, o que, na nossa perspetiva, passa pela articulação entre o Teatro e a Ciência e por trabalhar sobre três das dimensões do conhecimento que atualmente mais fascinam e desafiam o homem: uma no seu interior, o cérebro e os mecanismos de produção de pensamento; uma outra, exterior ao homem, ao seu mundo, que é o universo que tanto nos fascina e nos inquieta; finalmente, o nosso quotidiano e o mundo em que vivemos, num processo de defesa e manutenção de um mundo ou da nossa Terra Pátria, como refere Morin, onde a felicidade seja possível.
Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt
Para o conseguirmos parece-nos importante trabalhar em quatro eixos de investigação e produção de espetáculos: As linguagens que suportam o pensamento, como são a matemática que dá a rapidez ao pensamento, a língua que o concretiza e que, ao mesmo tempo, cria condições para a emergência de novos pensamentos, e a música que traz ao pensamento a dimensão do sensível. Os instrumentos de navegação e a cartografia, pois é fundamental saber quais os instrumentos e os mapas que poderemos utilizar para cartografar os nossos trajetos, para nos orientarmos no nosso processo de descoberta. A vida e a obra dos cientistas enquanto paradigmas do inventor e as descobertas como momentos essenciais no percurso de alguém que assume o conhecimento como uma aventura, uma aventura que nos inquieta e que nos desafia a ir cada vez mais longe, a abrir cada vez mais os nossos horizontes. Os novos mundos, os mundos possíveis, capaz de refletir sobre esta Terra Pátria e de simular soluções múltiplas para os futuros possíveis, mostrando os problemas e abrindo caminhos que ajudem a questionar o mundo de hoje e a entender o futuro como algo que se constrói no presente e que está extremamente dependente da memória, da nossa história. Aceitam o desafio?
Carlos Fragateiro Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro
Pegada hídrica
Férias da Páscoa com Ciência
Café, Livros e Ciência
na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro
Hoje, pelas 18h00, acontecerá mais uma sessão de Café, Livros e Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, onde será apresentado o livro História da Ciência em Portugal, pelo seu autor Carlos Fiolhais. Esta obra, ilustrada, constitui uma síntese da história da ciência em Portugal, de forma descritiva mas também interpretativa. É dada uma panorâmica de sete séculos de ciência e as razões para as oscilações que se verificaram. Incluiu episódios curiosos que o nosso convidado terá oportunidade de partilhar connosco!Está lançado o convite para conversar e tomar um café connosco!
Ciência na Agenda 27 março (18h00) – Café, Livros e Ciência - “História da Ciência em Portugal”, com Carlos Fiolhais, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 29 março (16h00) - Peça de teatro Claro como Água, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 30 março (11h00) - Pai, vou ao espaço e já volto! – “Os planetas”, com o astrónomo José Matos, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 2 abril (18h00) - Havíamos de falar disso... de Deus, com Helena Vilaça e Tiago Cavaco, no Teatro Aveirense. 3 abril (11h50) - Palestra Linkinmat – “Biomateriais”, com Paula Vilarinho, na Escola Secundária José Estêvão. 6 abril (11h00) – Domingo de manhã na barriga do caracol – “O Avô e os passarinhos”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 8 abril (10h00) - A Fábrica vai... à Pampilhosa da Serra, com a oficina Aprender ciência a brincar, no âmbito do projeto Cientistas na Serra.
Para estas férias da Páscoa, a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro programou vários dias de atividades com ciência, destinadas a crianças dos 6 aos 12 anos. Descobrir o som das aves que nos rodeiam; moldar arestas e vértices que depois se provam em saborosos biscoitos; dar vida a personagens num teatro de sombras; construir e programar robôs que se transformam em animais ferozes são apenas algumas das atividades propostas. As atividades decorrem de 7 a 11 de abril e de 14 a 17 de abril, das 9h00 às 17h45, sendo o valor da inscrição de 20€ por dia, com almoço e lanches incluídos. As inscrições são diárias e podem ser feitas por telefone (234 427 053) ou e-mail (fabrica.cienciaviva@ua.pt).
7>11 abril | 14>17 abril (9h00>17h45) – Férias da Páscoa com Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
MATEMÁTICA EM FLASH CONCURSO DE FOTOGRAFIA CIENTÍFICA GLICÍNIAS PLAZA
Prazo entrega fotografias: 31 março 2014 Público-alvo: a partir de 6 anos Mais informações: http://www.ua.pt/fabrica/
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2013