Laboração continua

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Biodiversus Kombu atlântico

Nome comum: Kombu atlântico Nome científico: Laminaria ochroleuca

ABC dos Cientistas

Antoine Lavoisier Pertence a ele a constatação de que a água é uma substância composta, formada por hidrogénio e oxigénio.

Antoine Laurent de Lavoisier, químico francês e fundador da química moderna, nasceu em Paris, a 26 de agosto de 1743 e morreu a 8 de maio de 1794, também em Paris. Lavoisier publicou, em 1789, o "Tratado Elementar da Química", obra que permitiu colocar a Química a par da Física, como ciência quantitativa, distanciando-a definitivamente da alquimia. Também publicou, juntamente com outros autores, o "Método de Nomenclatura Química" que originou uma reforma na nomenclatura química e que permaneceu praticamente intacta até aos dias de hoje. Antoine Lavoisier identificou o oxigénio, refutando a teoria flogística, e observou que este, em contacto com uma substância inflamável, produz a combustão. Pertence a ele a constatação de que a água é uma substância composta, formada por hidrogénio e oxigénio. Foi um facto surpreendente para uma época em que a água era tida e aceite como substância simples, ou seja, impossível de se decompor. Grande parte do seu trabalho científico resultou da extensão e coordenação de pesquisas feitas por outros,

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no entanto, as suas ideias eram claramente mais evoluídas, resultado da sua elevada capacidade de organização e interpretação e eram consubstanciadas pela experimentação que desenvolvia, muito baseada na utilização da balança, o que lhe permitiu introduzir métodos quantitativos efetivos no estudo de reações químicas, levando ao estabelecimento da Lei de Conservação da Massa. Membro da Academia de Ciências francesa, Lavoisier também era deputado, representante da nobreza de Blois, na região de Orléans. Em 1768, associou-se à Ferme Générale, organização de financistas que possuía um convénio com o rei francês para recolher impostos sobre um grande número de produtos comerciais. A ligação de Lavoisier com a Ferme Générale e o seu envolvimento com os nobres e a Monarquia não eram apreciados pela população, o que lhe trouxe fama de corrupto. Foi preso, acusado de desvio de dinheiro público, julgado culpado e guilhotinado, durante o Reino do Terror da Revolução Francesa.

Pertencente ao grupo das algas castanhas (Divisão Phaeophyta), o kombu atlântico cresce em fundos rochosos abrigados ou com hidrodinamismo moderado. Em Portugal, distribui-se dos 3 aos 18 metros de profundidade, desde Caminha ao Porto, reaparecendo a sul, entre Cascais e Sesimbra, e na Costa Vicentina. Esta alga forma também densas florestas em zonas não costeiras de grande profundidade (mais de 30 metros), como por exemplo no arquipélago dos Açores. As florestas de laminárias têm forte contributo para a biodiversidade, por serem zonas de proteção, reprodução e alimentação de inúmeros organismos marinhos. Embora todas as algas tenham sido consideradas como plantas durante muito tempo, as algas castanhas são evolutivamente muito distantes das plantas: não possuem verdadeiras raízes, caules, folhas nem flores. As algas da espécie Laminaria ochroleuca são constituídas por uma lâmina plana recortada que pode atingir 2 a 3 metros de comprimento (responsável pela absorção de nutrientes e pela realização da fotossíntese); pelo estipe cilíndrico (estrutura flexível que suporta a lâmina); e pela base (função de fixação da alga aos fundos rochosos). Por ter elevado teor em minerais (cálcio, magnésio e iodo), o kombu atlântico é das algas mais consumidas em todo o mundo. Entre as suas propriedades destacam-se as antirreumáticas, anti-inflamatórias, reguladoras do peso corporal e da tensão arterial.

A Tabela Periódica no Corpo Humano O equilíbrio do sódio! 11

Na sódio

O sódio (Na) é um importante constituinte do organismo humano. Representa cerca de 2% dos minerais contidos no corpo. A maior parte do sódio do organismo encontra-se no sangue, ossos e no líquido extracelular (30 – 45%). Este mineral é importante para a transmissão nervosa, contração muscular e equilíbrio de fluídos, mantendo o volume do sangue em circulação no organismo. É

essencial para o crescimento normal, para o equilíbrio ácido-base e para regular a tensão arterial. As deficiências em sódio são raras, mas podem levar a baixas concentrações de sódio no sangue, diminuir a pressão arterial, elevar a frequência cardíaca e produzir leves enjoos e até choque em algumas ocasiões. Pode ainda ocorrer fadiga, perda do apetite, hipotonia, hipo-tensão. O excesso por seu lado, é muito frequente. Muito sódio na dieta pode levar à hipertensão em pessoas com predisposição genética. O sódio é ingerido através dos alimentos e das bebidas e elimina-se através do suor e da urina. Os rins podem modificar a quantidade de sódio que se excreta na urina, para que a quantidade total de sódio no corpo varie pouco de um dia para o outro. Este mineral encontra-se largamente distribuído nos alimentos, principalmente os de origem animal. Grande parte do sódio que consumimos provém do sal de cozinha adicionado aos alimentos. Verifica-se elevado teor de sódio em: produtos curados, salgados, enchidos, e fumados; enlatados e conservas; fiambre e queijos; pickles e azeitonas; batatas fritas industriais e aperitivos salgados; molhos e condimentos (ketchup, mostarda, molho de soja, molho inglês); e em muitos alimentos pré-confecionados.

Experimentandum Velas em combustão

O que precisas? - 1 frasco de vidro transparente com abertura de 15 cm ou superior - 1 taça com cerca de 8 cm de altura - 1 base para apoiar velas de lampadário com diâmetro inferior à abertura do frasco - velas de lampadário ou de aroma pequenas (altura e diâmetro iguais) - fósforos ou isqueiro - água Como fazer? 1. Numa taça colocar uma base para apoiar ou prender uma vela. 2. Juntar água de modo a que atinja uma altura de cerca de 4 cm e permita acender a vela na base de apoio respetiva. 3. Colocar a vela sobre o apoio. 4. Acender a vela. 5. Por cima da vela colocar o frasco de vidro invertido mergulhando na água da taça. 6. Aguardar e observar com atenção. 7. Repetir o procedimento mas com duas velas. O que acontece? O facto do volume de gás oxigénio consumido ser superior ao volume de gás produzido não justifica por si só a subida de nível da água, no interior do frasco de vidro. O fenómeno observado prende-se ainda com o aquecimento que a vela promove no gás, que se encontra no interior do frasco de vidro invertido, e consequente expansão. Quando a vela se apaga, o ar inicia o arrefecimento, contrai-se e proporciona o efeito de sucção da água para o interior do frasco: a proporção da contração é proporcional à temperatura média inicial do volume de ar por baixo do copo. Se usar maior número de velas, o aquecimento obtido será maior e, por isso, um maior nível de água será atingido, após o arrefecimento.

FÉRIAS DE VERÃO COM CIÊNCIA Para estas férias de verão, a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro programou vários dias de atividades com ciência, destinadas a crianças dos 6 aos 12 anos. Aventuras na cozinha com nitrogénio, algas e pipocas; utilizar lupas e microscópios eletrónicos para analisar células, micro-organismos ou até o teu cabelo; cozinhar com o sol enquanto se explora a ciência dos jogos tradicionais; descobrir os segredos da ria e dos seus habitantes são apenas algumas das atividades propostas. As atividades decorrem de 23 a 27 de junho e de 30 de junho a 4 de julho, das 9h00 às 17h45, sendo o valor da inscrição de 20€ por dia, com almoço e lanches incluídos. As inscrições são diárias e podem ser feitas por telefone (234 427 053) ou e-mail (fabrica.cienciaviva@ua.pt).

Ciência na Agenda 19 junho (18h00) – Café, Livros e Ciência - “Experiência Antártica. Relatos de um cientista polar português”, com José Xavier, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 21 junho – Workshop “Cometas e o Sistema Solar”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 23 junho>27 junho | 30 junho>4 julho (9h00>17h45) – Férias de verão com ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 27 junho – Escola de verão “ria de aveiro” – “A “saúde” da Ria de Aveiro”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 29 junho (11h00) – Clube do Cientista – A física à nossa volta, no Aveiro Shopping Center.

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2013


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