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Experimentandum Cristais azuis
Índigo
O que precisas? - Água - Sulfato de cobre - Luvas - Tacho - Fogão - Colher de sopa (descartável) - Copo medidor - Prato de sopa (descartável) - Copo (descartável)
ABC dos Cientistas
Johann Friedrich Wilhelm Adolf von Baeyer Desde cedo desenvolveu gosto pela ciência, mais concretamente por experiências químicas, e com apenas 12 anos descobriu um novo sal de cobre.
Biodiversus
Nasceu a 31 de outubro de 1835, em Berlim, Alemanha, filho de Johann Jakob Baeyer e Eugenie Hitzig. Faleceu a 20 de agosto de 1917, com 81 anos, em Starnberg, Alemanha. Desde cedo desenvolveu gosto pela ciência, mais concretamente por experiências químicas, e com apenas 12 anos descobriu um novo sal de cobre. Baeyer dedicou os seus dois primeiros anos de estudante, na Universidade de Berlim (1853-1855), principalmente à física e à matemática. Em 1856, no entanto, o seu antigo amor pela química voltou e isso levou-o a trabalhar no laboratório de Bunsen, em Heidelberg. Foi nesse laboratório que, em 1857, os seus estudos sobre cloreto de metilo resultaram no seu primeiro trabalho publicado. Em 1860, obteve o ácido barbitúrico a partir do ácido úrico e, nesse mesmo ano, tornou-se professor de química orgânica da Academia do Comércio, em Berlim, onde, apesar de receber um salário baixo, tinha um laboratório bastante espaçoso. Foi durante o período que passou em Berlim que Baeyer iniciou a maior parte do trabalho que lhe trouxe fama mais tarde. Em 1873, mudou-se para a Universidade de Munique onde foi
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responsável pela construção de um excelente laboratório de química. Entre os seus trabalhos científicos mais importantes destacam-se: a descoberta da fenolftaleína, da fluoresceína, dos derivados do ácido úrico (em colaboração com o químico Emil Hermann Fisher) como o ácido barbitúrico e as resinas de fenol-formaldeído. Realizou também estudos sobre compostos orgânicos de arsénio, compostos hidroaromáticos e fez experiências sobre a condensação da acetona e dos aldeídos com os fenóis e hidratos de carbono. Baeyer também é conhecido por ter conseguido obter nos primeiros meses de 1880, após dezassete anos de investigação, a síntese do índigo, juntamente com Heinrich Caro. Por este trabalho recebeu a Medalha Davy, em 1881. Em 1905, foi galardoado com o Prémio Nobel da Química em “reconhecimento dos seus serviços no avanço da química orgânica e da indústria química, através de seu trabalho sobre corantes orgânicos e compostos hidroaromáticos”, estando ainda afiliado à Universidade de Munique.
Como fazer? 1. Colocar 500 ml de água no tacho e aquecer. 2. Quando a água estiver a ferver, retirar 100 ml para um copo. 3. Adicionar 2 colheres de sopa de sulfato de cobre e mexer até dissolver. 4. Adicionar pequenas quantidades de sulfato de cobre e mexer até dissolver. 5. Quando já não for possível dissolver mais sulfato de cobre, deitar a solução num prato de sopa. 6. Colocar o prato num local quente e bem iluminado, como por exemplo, junto a uma janela. 7. Deixar em repouso durante algumas horas e observar. 8. Passados 2 ou 3 dias, retirar os cristais, colocá-los sobre um papel e deixá-los secar. O que acontece? À medida que o tempo passa vão-se formando cristais azuis. O sulfato de cobre dissolve-se mais facilmente em água quente do que em água fria. Como se dissolveu o máximo de sulfato de cobre possível diz-se que a solução está “saturada”. Ao longo do tempo, a água vai evaporar, e assim ficam apenas os cristais de sulfato de cobre.
Nome vulgar: Índigo Nome científico: Indigofera tinctoria Apesar de a origem desta espécie ser ainda dúbia, julga-se que seja nativa do arquipélago da Malásia, crescendo espontaneamente em África. Cultivada desde há muito, encontra-se hoje em dia amplamente distribuída por África, Java, Índia, China e América tropical. I. tinctoria é anual, perene e apresenta-se sob a forma de um arbusto direito, muito ramificado desde a base, com cerca de 1,5 metros de altura. As suas folhas são oblongas e as flores com cálice em forma de sino e corola em tons de rosa. Os seus requisitos ecológicos mostram preferência por regiões tropicais, geralmente entre os 0 e 300 m de altitude (podendo surgir acima desta cota), não tolera chuva contínua ou inundações em excesso, ventos fortes e granizo, sofrendo também com calor excessivo e ventos quentes. Tanto no passado como nos dias de hoje, I. tinctoria possui várias aplicações: as suas folhas esmagadas e pulverizadas são utilizadas como corante para aguarelas, para tingir tecidos e na coloração natural do cabelo; em termos ambientais é empregue no combate contra a erosão dunar, como adubo em terrenos de cultivo, pela sua capacidade de fixação de nitrogénio (em associação com Rhizobium indigofera), auxiliando no melhoramento de solos para as culturas de café, arroz, algodão, cana-de-açúcar e milho; na medicina popular as suas folhas trituradas eram utilizadas como compressas ou em infusões para tratamento de várias maleitas. Existe, no entanto, uma preocupação crescente que diz respeito à fácil dispersão por semente e ao rápido crescimento deste arbusto, com a agravante de ser facilmente transportada por humanos e animais, constituindo assim uma ameaça para a flora nativa.
Fábrica Centro Ciência Viva – Serviço Educativo 2014/2015
A Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro tem como grande objetivo promover a cultura científica e tecnológica. Para o ano letivo 2014/15, a programação inclui um conjunto diversificado de atividades, em formatos diferentes, permitindo variados níveis de interação. A Fábrica disponibiliza apoio na organização da visita, em função dos grupos, nomeadamente que integrem alunos com necessidades especiais. São refletidos aspetos como seleção da(s) atividades(s) / valência(s) que melhor se adequa(m) aos objetivos que se pretendem atingir e às características do grupo. Os professores têm entrada gratuita para a preparação da visita. O conjunto das atividades disponíveis, para diferentes níveis de ensino e faixas etárias, entre outras informações para marcação de visitas, podem ser consultados em www.fabrica.cienciaviva.ua.pt.
Ciência na Agenda 20 outubro (21h15) – Conversas Paralelas – “À conversa com Vera L. M. Silva”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 24 outubro (18h00) – Mesa Redonda – “Construção e reparação naval”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 26 outubro (11h00) – Clube do Cientista – “Enigmas matemáticos”, no Aveiro Shopping Center.
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2013