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Experimentandum Faz o teu termómetro!
O que preciso? - 1 frasco pequeno - 1 rolha (que vede bem o frasco) - 1 palhinha de refresco (transparente) - corante alimentar - água - prego - caneta de feltro Como fazer? 1. Com o prego fazer um buraco na rolha. Colocar a palhinha no buraco de forma a ficar justo. 2. Colocar água até cerca de ¾ da capacidade do frasco, adicionar algumas gotas de corante alimentar e tapar o frasco com a rolha. 3. Com a caneta de feltro marcar uma linha no frasco ao nível da água. 4. Marcar a altura da água na palhinha à temperatura ambiente e em diferentes locais e horas: ao sol, à sombra, no frigorífico, etc.
ABC dos Cientistas
O que acontece? Neste termómetro, a temperatura é medida através das alterações observadas ao nível da água. A temperatura é medida para se verificar se um objeto absorve ou perde calor para outro objeto. Os líquidos expandem-se quando aquecidos e contraem-se quando são arrefecidos. O líquido do termómetro absorve calor e expande-se quando contacta com algum objeto mais quente do que ele e contrai-se quando entra em contacto com alguma coisa mais fria.
Anders Celsius Já quase no seu final de vida, Celsius teve ainda tempo para alargar a sua atividade a áreas não exclusivamente ligadas à astronomia e assim ficar famoso.
Anders Celsius faz hoje 313 anos. Neto de um matemático e filho de um astrónomo, nasceu a 27 de novembro de 1701, em Uppsala-Suécia, e faleceu em 1744, na mesma cidade. Desde cedo mostrou interesse pelos temas de ciência, principalmente pela matemática. Aos 24 anos tornou-se secretário da Sociedade Científica de Uppsala, e depois de lecionar, durante vários anos, a disciplina de matemática, na universidade local, foi em 1730 nomeado professor de astronomia da mesma universidade. Os seus estudos sobre as auroras boreais (que levaram a que fosse o primeiro a sugerir uma ligação entre estas “luzes” e mudanças no campo magnético da terra); os estudos sobre a comparação de luminosidade das estrelas; a confirmação das ideias de Newton acerca do achatamento dos polos terrestres e o trabalho que realizou na maior parte dos observatórios astronómicos europeus, durante 4 anos, foram suficientes para conseguir os recursos necessários à construção de um moderno observatório astronómico, em Uppsala, de que foi supervisor e primeiro diretor, em 1740. Já quase no seu final de vida, Celsius teve ainda tempo para alargar a sua atividade a áreas não exclusivamente ligadas à astronomia e assim ficar famoso. Depois de verificar, durante dois anos, que o ponto, no termómetro, a que a água congelava e o ponto a que a água entrava em ebulição eram sempre os mesmos, independentemente da localização e da pressão atmosférica
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do local da medição, escreveu o artigo “Observações sobre dois graus persistentes num termómetro”, e em 1742 propôs à Academia de Ciências Sueca que a temperatura fosse medida com base em duas constantes que ocorressem naturalmente. Sugeriu o valor 0 (zero) para a temperatura de ebulição da água e o valor de 100 para a temperatura a que ela congela. Três anos após a sua morte, esta escala foi invertida para o modo como atualmente é conhecida. Passados mais de 200 anos (durante os quais esta escala de temperatura foi referida como “escala centígrada”, por começar em zero e acabar em cem, ou seja, por estar divida em 100 partes), constatou-se que: em países como França, Espanha e Portugal o termo “centígrado” correspondia a uma outra medida (a centésima parte do grado, medida de ângulo, ou de arco) e que outras escalas de temperatura eram referidas pelo nome dos seus criadores (Fahrenheit, Kelvin, etc.). Assim, em 1948 por Convenção Internacional, foi formalmente adotado o “grau Celsius” (símbolo ºC) em substituição do “grau centígrado”. Ficava assim uniformizado o modo de exprimir uma determinada temperatura por “graus Celsius”, “graus Fahrenheit” ou “graus Kelvin” (no entanto, esta última escala seria sujeita a uma exceção, passando a ser referida apenas por “Kelvin”). Anders Celsius, o astrónomo que inventou a escala de temperatura mais utilizada no mundo de hoje, morreu de tuberculose com apenas 43 anos.
Mais vale saber… Existem várias escalas de temperatura!
Para medir a temperatura de um corpo recorre-se frequentemente a um termómetro, o qual tem uma propriedade que varia regularmente com a temperatura. Além disso, foi necessário estabelecer escalas termométricas, sendo as mais conhecidas hoje as escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin. Na escala Celsius, que usamos em Portugal, o intervalo entre os dois pontos fixos (as temperaturas de fusão do gelo, 0 ºC, e de ebulição da água, 100 ºC, à pressão de 1atm) foi dividido em cem partes iguais, correspondendo a cada uma um grau Celsius, 1 ºC. Por esta razão se diz que a escala Celsius é uma escala centígrada, dando por vezes origem a incorreções como “Hoje estão 30 graus centígrados!”, em vez de “30 graus Celsius”. Para converter um valor de temperatura (Tc) em graus Celsius, numa temperatura absoluta T em Kelvin, utiliza-se a seguinte relação:
Nos Estados Unidos da América é mais usual a escala Fahrenheit cujas unidades têm o símbolo ºF. Esta escala teve origem em 1714, quando Gabriel Fahrenheit inventou o termómetro de mercúrio. Para converter uma temperatura Tc em graus Celsius, numa temperatura TF em graus Fahrenheit, pode usar-se a seguinte igualdade:
PAI, VOU AO ESPAÇO E JÁ VOLTO! Com o objetivo de divulgar vários temas relacionados com as Ciências do Espaço, a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro retoma, pelo quinto ano consecutivo, a atividade “Pai, vou ao espaço e já volto!”, destinada a crianças dos 7 aos 12 anos. O programa é constituído por seis sessões diferentes, que decorrerão de novembro de 2014 a maio de 2015. A primeira sessão tem como título “O sonho de voar”, e acontece já no próximo domingo, dia 30 de novembro, às 11h00, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. As inscrições estão abertas. Programa: O sonho de voar | 30 novembro’14 | 11h00 A exploração do espaço | 18 janeiro’15 | 11h00 O Homem na Lua | 15 fevereiro’15 | 11h00 Máquinas Marcianas | 22 março’15 | 11h00 Na estação espacial | 19 abril’15 | 11h00 Os planetas-anões | 24 maio’15 | 11h00 O bilhete é de 5€ por sessão (entrada gratuita para os adultos acompanhantes), mediante inscrição prévia para o 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt.
Ciência na Agenda 30 novembro (11h00) - Pai, vou ao espaço e já volto! – “O sonho de voar”, com o astrónomo José Matos, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 30 novembro (11h00) – Clube do Cientista – “Brinquedos, ótica e visão”, no Aveiro Shopping Center.
Zero . . . . Absoluto
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-273,15 ºC . . . . . . .
-459,67 ºF
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2013