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Mais vale saber…
O que é a cratera de Wallace?
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PAI, VOU AO ESPAÇO E JÁ VOLTO! É domingo. É de manhã. Estás cheio de energia e não há escola?! Então, pega no teu passaporte e vem explorar o espaço, voar como os astronautas, lançar robôs em Marte, dar um passeio na lua, conhecer o dia-a-dia na Estação Espacial Internacional, cumprimentar Plutão… e ainda aterrar a tempo de fazer mil perguntas: há um perito mesmo à mão da tua curiosidade!
Credito: Nasa
Alfred Wallace Alfred Russel Wallace foi um naturalista britânico, nascido em 1823 e falecido em 1913. Tornou-se célebre pela formulação de uma teoria da origem das espécies pela seleção natural, em estudos realizados independentemente de Charles Darwin. É também considerado um dos fundadores da zoogeografia e da geografia geológica. Trabalhou inicialmente como topógrafo e arquiteto, mas cedo apaixonou-se pelas Ciências Naturais. Em 1848 iniciou uma expedição científica pela Amazónia, ali permanecendo até 1850. Nessa viagem coletou inúmeros espécimes e fez importantes registos acerca da geografia, da flora e da fauna locais, bem como dos povos e línguas que encontrou. Embora a valiosa coleção tenha sido destruída pelo fogo na viagem de regresso, Wallace conseguiu salvar algumas anotações que lhe permitiram escrever o livro Narrative of Travels on the Amazon and Rio Negro (1853). De 1854 a 1862, fez uma extensa expedição científica ao Arquipélago Malaio, onde coletou mais de 125 000 espécimes, sendo que muitos deles representavam espécies novas para a ciência. Os seus estudos foram publicados em 1869, em The Malay Archipelago, que se tornou um dos mais populares diários de exploração científica do século XIX. Na sua obra publicada em 1876, denominada The Geographical Distribuition of Animals, procurou demarcar
Rã-voadora-de-Wallace
Trata-se de uma cratera de impacto na superfície da Lua. Estas formações são produzidas pela queda de um asteroide, cometa ou meteorito na superfície de um corpo celeste. Ao contrário da Terra, a Lua não possui uma atmosfera para travar ou desintegrar os corpos que se dirigem à sua superfície. Além disso, pela mesma razão, não há erosão e as crateras permanecem inalteradas durante muito tempo, ocupando cerca de 80% da superfície da Lua. Pensa-se que a maioria das grandes crateras da Lua foi formada por uma tremenda chuva de meteoritos ocorrida há cerca de quatro mil milhões de anos, que atingiu todo o Sistema Solar. Existem vários tipos de crateras na Lua, sendo a de Wallace (em homenagem a Alfred Russel Wallace) denominada “cratera fantasma” pois, por ter sido soterrada provavelmente por atividade vulcânica, apresenta apenas a parte de cima das paredes, com uma altitude de 400 m acima da superfície no mare (palavra latina que significa grande planície) lunar. Com um diâmetro de 26 km, encontra-se na parte sudeste do Mare Imbrium e a nordeste da cratera Eratóstenes.
ABC dos Cientistas
De 1854 a 1862, fez uma extensa expedição científica ao Arquipélago Malaio, onde coletou mais de 125 000 espécimes, sendo que muitos deles representavam espécies novas para a ciência.
Biodiversus
uma linha imaginária que permitia separar os animais de origem australiana dos de origem asiática. Concluiu que "Cada espécie surgiu coincidindo tanto em espaço quanto em tempo com uma espécie aproximadamente a ela aliada". Por ser o primeiro a propor a distribuição geográfica das espécies animais, é considerado um dos percursores da ecologia e da zoogeografia. Ao mesmo tempo e independentemente dos estudos de Darwin, Alfred Wallace apresentou a teoria da seleção natural, que publicou em 1858 sobre a forma de ensaio no Jornal of Linnean Society com o título On the Tendency of Varieties to Depart Indefinitely from the Original Type. Este ensaio levou a que Darwin antecipasse a publicação do seu famoso trabalho On the Origin of Species by Means of Natural Selection, base da teoria da evolução das espécies por seleção natural. Ao longo da sua vida Wallace escreveu mais de 500 artigos científicos e publicou 22 livros sobre diversos assuntos. Recebeu muitas condecorações pelas suas contribuições científicas, entre elas a Ordem de Mérito da monarquia britânica, a honra mais elevada concedida a um civil. Recebeu também a Medalha de Ouro da Sociedade Lineana, pelo importante contributo do seu trabalho para o avanço da ciência.
Programa
Nome vulgar: Rã-voadora-de-Wallace Nome científico: Rhacophorus nigropalmatus Apesar de ser localmente comum no sudeste da Ásia, de onde é nativa, pode ser de difícil observação, uma vez que tende a habitar florestas e matos passando a maior parte do seu ciclo de vida nos ramos de árvores altas, descendo até ao solo apenas para acasalar ou colocar ovos. O Racóforo-de-Wallace, como também é designado, atinge entre 7 a 10 cm de comprimento, tem uma coloração verde-viva no dorso e patas e amarela nas laterais, a cabeça é achatada, os olhos grandes e protuberantes com a pupila horizontal e os tímpanos são visíveis. Apresenta uma maior atividade no período noturno, alimentando-se maioritariamente de insetos. Entre as cerca de 50 espécies do género Rhacophorus, esta é relativamente fácil de distinguir pelas membranas entre os dedos, que são de cor preta. É graças a estas membranas que estes indivíduos têm a capacidade de planar nos seus saltos entre ramos ou mesmo para o solo, deslocações estas que podem atingir até 15 metros. Para se conseguir agarrar aos ramos possui, ainda, na ponta dos dedos uma espécie de almofadas adesivas, auxiliando também os machos durante a cópula, para segurar a fêmea, uma vez que o macho é de menores dimensões. É durante a estação das chuvas que a fêmea desce até ao solo, procurando zonas adjacentes a lagos, charcos ou ribeiros, onde coloca cerca de 800 ovos num ninho de espuma que fixa a ramos sobranceiros à água, para que, quando os ovos eclodam, os girinos possam cair imediatamente na água. A principal ameaça para as populações desta espécie é a desflorestação e a consequente degradação do habitat que ocupa.
18 JAN ’15 A exploração do espaço
19 ABR ’15 Na estação espacial
15 FEV ’15 O Homem na Lua
24 MAI ’15 Os planetas-anões
22 MAR ’15 Máquinas Marcianas Horário: 11h00 › 12h00 Local: Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro Público-alvo: 7 aos 12 anos Inscrição obrigatória 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt Entrada 5€ por sessão
Ciência na Agenda 11 janeiro (11h00) – Domingo de manhã na barriga do caracol – “Onde eu moro não neva”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 18 janeiro (11h00) – Pai, vou ao espaço e já volto! – “A exploração do espaço”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 25 janeiro (11h00) - Clube do Cientista – “Saber em gel”, no Aveiro Shopping Center.
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2013