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Experimentandum
Regularidade e simetria em… azulejo!
Mais vale saber…
Pigmentos e cores dos azulejos
O que preciso? - Lápis de cor Como fazer? 1. Na cidade - Fazer um percurso pela cidade de Aveiro. - Observar os azulejos que revestem as casas. - Escolher o azulejo preferido. 2. De volta a casa - Reproduzir o desenho do azulejo escolhido. - Criar um modelo de azulejo, recorrendo a formas geométricas. - Completar a imagem simétrica da figura 1. - Colocar um espelho sobre o eixo de simetria (com a parte espelhada voltada para a figura fornecida) e observar a imagem refletida. - Completar a figura 2, mantendo a regularidade de formas geométricas e padrões. O que acontece? A cidade está repleta de formas geométricas nos azulejos que revestem as paredes de muitas casas da região de Aveiro. A regularidade é a repetição de um determinado padrão, combinação de cores e figuras repetidas numa determinada ordem. A simetria é uma característica que pode ser observada em algumas figuras geométricas. Considera-se que existe simetria geométrica quando, depois de dobrar uma imagem, em metades iguais, todos os seus pontos se sobrepõem. A linha (pode ser imaginária) que divide uma figura em duas partes simétricas tem o nome de eixo de simetria. Quando colocamos o espelho, a imagem refletida deverá ser igual à que foi desenhada.
SOS Azulejo Evento “SOS Azulejo” sensibiliza população para a preservação do Património Azulejar da Região de Aveiro O Projeto “SOS Azulejo”, criado em 2007, é de iniciativa e coordenação do Museu de Polícia Judiciária, e tem como base a preservação do Património Azulejar Português face aos casos preocupantes de furto, vandalismo e incúria. O projeto conta com várias entidades parceiras cuja junção permite uma otimização de recursos e a cobertura do leque de vertentes necessárias à efetiva proteção e valorização deste património especial. Este projeto foi galardoado em 2013 com o Grande Prémio Europa Nostra atribuído pela Federação Pan-Europeia para o Património Cultural Europa Nostra sob a égide da Comissão Europeia. A Universidade de Aveiro (UA) como parceira do Projeto SOS Azulejo, tem desenvolvido ações de investigação no domínio
da conservação e restauro de fachadas azulejares, com enfoque nos séculos XIX e XX, resultando em teses de mestrado e doutoramento aplicadas, permitindo estabelecer bases ao nível de técnicas e materiais a utilizar nas ações de conservação. Tendo sido por duas vezes galardoada com o Prémio SOS Azulejo, de atribuição anual, a UA tem promovido a divulgação nesta área, resultando no VI Seminário SOS Azulejo, que decorreu em 5 de dezembro de 2014, com ampla participação. Face à importância do Património Azulejar Português, com características ímpares a nível internacional, é de destacar a manifestação particular deste património na Região de Aveiro, cujos centros urbanos exibem ampla diversidade de cores e padrões. Nesta região, sendo Ovar, com a sua riqueza decorativa profusamente espalhada pelas ruas, denominada Cidade Museu do Azulejo, também Aveiro tem um património muito especial, quer pelo facto de se distinguir como centro produtor de azulejo, quer pela quantidade de fachadas decoradas com azulejos do início do século XX traduzindo a adoção duma nova expressão decorativa inserida em novos estilos arquitetónicos. Interligando os diversos centros urbanos da região, o elemento azulejar aparece tanto em contexto de casas rurais como nas extravagantes casas “de brasileiro” que pautam a paisagem,
Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.fabrica.cienciaviva.ua.pt · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt
criando uma continuidade nos percursos entre as cidades. No dia 6 de maio decorrerão por todo o país várias iniciativas para sensibilizar a população para a preservação e conservação do Património Azulejar Português. Em Aveiro, numa junção da Universidade de Aveiro, Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e Câmara Municipal de Aveiro com as escolas locais, será celebrada uma festa do azulejo no contexto desta “Ação Escola” promovida pelo “Projeto SOS Azulejo”. Este dia terá início com uma Feira de Ciência, Artes e Ofícios sobre o tema azulejo, com apresentação dos trabalhos dos alunos das escolas envolvidas no projeto, seguida da inauguração da Exposição “O azulejo de Aveiro – memórias, fábricas e padrões” e terminará com o Café de Ciência “Aveiro&Azulejo”. Desta forma, pretende-se caminhar no sentido de salientar a relevância do Património Azulejar da Região de Aveiro, sensibilizando para a sua preservação e para o seu lugar especial como elemento diferenciador da nossa cultura. Ana Velosa Coordenadora do Projeto SOS Azulejo na Universidade de Aveiro Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro e RISCO
Figura 1
Eixo de simetria Pinta os azulejos segundo o esquema de cores: 1 - Vermelho 2- Azul 3- Amarelo
Figura 2
SOS AZULEJO 06 MAIO’15 | 09H30>23H00 ENTRADA LIVRE No âmbito do Projeto SOS Azulejo, a Universidade de Aveiro, a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e a Câmara Municipal de Aveiro organizam, em Aveiro, o evento SOS Azulejo com um programa conjunto. Este evento decorre a 6 maio e destina-se ao público geral e escolar (todos os níveis de ensino). A entrada é livre. PROGRAMA
As cores na azulejaria são obtidas através de óxidos metálicos refratários, naturais ou artificiais, que podem ser utilizados isoladamente ou em misturas. Os pigmentos naturais resultam de um processo extrativo e estão geralmente associados a outros compostos que indiciam a sua origem geográfica. A cor dos pigmentos também varia consoante o vidrado onde são aplicados e, na maioria dos casos, mudam de cor após cozedura do vidrado e respetiva pintura. O azul característico da azulejaria portuguesa resulta da utilização do cobalto. O tom do azul depende da mistura com outros óxidos colorantes. Por exemplo, juntando cobalto e óxidos de níquel obtém-se azul acinzentado. O amarelo de Nápoles é constituído por antimoniato de chumbo. O urânio também origina pigmentos amarelo vivo. Porém, devido à elevada toxicidade, só é utilizado em restauros. Os pigmentos verdes podem ser obtidos a partir de óxidos de níquel, ou do cobre, ou pela mistura do óxido de cobalto com o titânio ou do óxido crómico, entre outros. Da mistura do ácido estânico com ouro coloidal resultam pigmentos púrpura, avermelhados e rosa. Do cromato de chumbo podem obter-se pigmentos avermelhados e amarelos, dependendo do vidrado base e da temperatura final da queima. Do óxido férrico obtêm-se pigmentos dourados. O óxido férrico é também utilizado para alterar as cores dos outros óxidos. Por exemplo, com cobalto e manganês dá vários tons de negro, consoante a sua percentagem na mistura.
LUZ EM FLASH CONCURSO DE FOTOGRAFIA GLICÍNIAS PLAZA Prazo entrega fotografias: 10 maio’15 Público-alvo: a partir de 6 anos Mais informações: www.fabrica.cienciaviva.ua.pt | www.ail2015.org
9h30>12h30 | Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro Feira de Ciência, Artes e Ofícios sobre o tema azulejo. Apresentações de trabalhos de alunos das escolas envolvidas. 14h30>16h00 | Reitoria da Universidade de Aveiro Inauguração da Exposição “O azulejo de Aveiro – memórias, fábricas e padrões”. Mostra de painéis e trabalhos desenvolvidos pelas escolas. 21h30>23h00 | Edifício da antiga Capitania do Porto de Aveiro Café de Ciência – Aveiro&Azulejo Conversa informal com: Álvaro Domingues, Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto; João Carqueijiero, ceramista; Paula Seabra, Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica da Universidade de Aveiro; e Vasco Peixoto de Freitas, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Ciência na Agenda
03 mai
11h00 Domingo de manhã na barriga do caracol Olha para o céu, Mãe!, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
03 mai
11h00 Clube do cientista – Faz o teu creme de mãos,
10 mai
11h00 Ciência… ao pequeno-almoço, no Hotel As
no Aveiro Shopping Center.
Américas.
até
10 mai
Luz em Flash - Concurso de Fotografia Glicínias Plaza, no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Luz.
até
Perspetivas Arte&Ciência - Exposição Coletiva de Imagens Científicas “Nanos”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
30 mai
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2015