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Holograma
Bioluminescência
Piscam as fêmeas com um padrão próprio da sua espécie para atrair os machos corretos. Piscam os machos como mensagem de aproximação “já estou a ir”. quer outros chamam pouco a atenção com o seu corpo preto ou castanho escuro (os anéis posteriores do abdómen são ligeiramente esverdeados) até que “resolvem” começar a piscar. Aí sim! É a bioluminescência no seu esplendor, ou seja, a emissão de luz visível aos nossos olhos, por parte de um organismo vivo. Esta característica deve-se a um processo biológico complexo em que participam: uma substância chamada luciferina, uma proteína denominada luciferase e o oxigénio. Depois, por “artes mágicas” que a química explica, resulta energia sob a forma de luz (90%) e calor (10%). A luz dos pirilampos é pois uma luz fria, altamente eficiente, que atira para um canto qualquer lâmpada de incandescência (nesta só 10% da energia emitida é luz) ou mesmo de halogéneo (cerca de 50% mais eficientes do que as anteriores). Mas por que é que os pirilampos se dão a este nível de ostentação e exibicionismo? Fazem-no por várias razões que vão desde a defesa em relação a predadores a, e sobretudo, comportamentos associados a rituais de acasalamento. Piscam as fêmeas com um padrão próprio da sua espécie para atrair os machos corretos. Piscam os machos como mensagem de aproximação “já estou a ir”. Como após o acasalamento as fêmeas deixam de piscar, aparentemente as que mais piscam são aquelas para
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quem a noite “não está a correr bem”. Os pirilampos estão a desaparecer devido à poluição luminosa que baralha os indivíduos dificultando a sua comunicação/reprodução, e também à poluição química que mata as presas de que eles se alimentam. Esta última é, aliás, uma particularidade que os torna bioindicadores. Ou seja, a sua presença num dado habitat (ambiente) dá-nos informação sobre o estado desse mesmo habitat, nomeadamente no que respeita à sua qualidade quanto aos níveis de poluição química. Mas não são só os motivos anteriores que ameaçam os pirilampos. A aura mágica que os envolve torna-os ímanes de mãos curiosas e pouco cuidadosas (ou mesmo maldosas) que os fecham em frascos para gozo próprio e assim os mandam “desta para melhor”. Podemos passear pelo campo. Podemos ver os pirilampos. Podemos tentar perceber os seus padrões de cintilação. Mas que o nosso nível de interferência termine aí! Em 2015, Ano Internacional da Luz decretado pela Organização das Nações Unidas, vamos dar luz a esta ideia e deixar os pirilampos brilhar. Ups! Piscar. Alexandra Nobre (Bióloga – Comunicadora de Ciência) Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva
Bioluminescência (do grego "bios" (vida) e do latim "lumen" (luz)) é a capacidade que alguns seres vivos possuem de emitir luz, sem recurso a fontes externas de energia. Este processo ocorre pela oxidação de um composto químico, genericamente chamado luciferina, por ação de uma enzima genericamente chamada luciferase. Nesta reação, a luciferina passa de um estado energético mais elevado para um de menor energia, libertando fotões visíveis ao olho humano. A bioluminescência ocorre em diversos grupos de organismos, como por exemplo vertebrados a invertebrados marinhos, microrganismos e animais terrestres, sendo um processo característico em peixes das regiões profundas dos oceanos, onde há a rarefação ou mesmo a ausência total de luz natural. A forma de bioluminescência terrestre mais conhecida é o pirilampo. A função biológica da bioluminescência é variável e ainda incompletamente conhecida, mas sabe-se que está associada à iluminação do campo de visão, à atração de presas, ao reconhecimento de diferentes espécies, ao reconhecimento de parceiros sexuais, e a mecanismos de defesa contra predadores. por E. Widder/Orca
Eles piscam, piscam… O que são? A primavera vai gradualmente dando lugar ao verão, os dias são mais longos e a temperatura convida a um passeio pelo campo. Um passeio longe de casas e de luzes, evitando terrenos cultivados com zelo, pesticidas e outros que tais. Um passeio por matas de erva húmida povoada de caracóis e... Sem aviso, de repente, parece que o céu cintilante cai aos nossos pés. Serão estrelas? Serão faróis? Serão indícios de uma festa psicadélica no meio do nada? Não! São pirilampos, de seu nome científico “Lampyris” que é quase como quem diz lanterna em latim. Mas os pirilampos também são conhecidos por muitos outros nomes: luzecus, lumieiros, vaga-lumes e outras palavras terminadas em lume como “defeca”-lume, mas dito de modo mais prosaico. Vamos conhecê-los melhor? Como qualquer inseto, o pirilampo adulto possui o corpo segmentado em cabeça, tórax e abdómen, tem 3 pares de patas e um par de antenas. Adicionalmente, tal como as joaninhas, os escaravelhos, os besouros e os gorgulhos com quem partilham a ordem “Coleoptera” (são coleópteros portanto) ostentam dois pares de asas. Um par exterior, rígido, de proteção, e outro interior muito mais frágil que lhes permite efetivamente voar. Os pirilampos possuem ainda um par de olhos bem grandes. As fêmeas são geralmente maiores do que os machos, e quer uns
BI dos Objetos
Mais vale saber…
JANELAS DE LUZ | EXPOSIÇÃO ITINERANTE DE HOLOGRAMAS 1 A 25 OUTUBRO’15 REITORIA DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO
Nome: Holograma Data de nascimento: 1947 Inventor: Dennis Gabor Nacionalidade: Húngaro Historial Holograma (do grego holo – todo, grama – registo) é o registo da informação proveniente da luz refletida por um objeto. A técnica utilizada para tal chama-se holografia. Esta técnica consegue registar não só a amplitude da luz refletida pelo objeto como também a fase dessa radiação (registo do todo). A fotografia é uma técnica mais limitada, pois apenas regista amplitude de luz. Deste modo o holograma ao registar toda a informação da luz refletida por um objeto, quando iluminado convenientemente reconstrói uma imagem 3D desse objeto.
25 set >
15
out
Exposição resultante do “Luz em Flash” – Concurso de Fotografia Glicínias Plaza, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
12 out
21h15 Conversas Paralelas “À conversa com
16 out
21h30 Cafés de Ciência | Conversas com Luz -
até
09h00 Exposição Itinerante de Hologramas -
25 out Atolla wyvillei.
Ciência na Agenda
Armando Silvestre”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
No âmbito do Ano Internacional da Luz, a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e o Departamento de Física da Universidade de Aveiro desenvolveram e produziram a Exposição Itinerante de Hologramas – Janelas de Luz, que se encontra patente ao público de forma gratuita, de 1 a 25 de outubro, na Reitoria da Universidade de Aveiro. A exposição explora o mundo dos hologramas e está organizada nas seguintes cinco áreas: “observa”, “faz”, “explora”, “saber mais” e “HoloKids”. Nos próximos dez meses, esta exposição irá percorrer Portugal de Norte a Sul, apresentando-se de forma gratuita em dez cidades. As visitas possuem os seguintes dois formatos opcionais: Formato 1: Vem descobrir o que são hologramas! (duração: 45 minutos) Visita guiada a todos os conteúdos. Formato 2: Vem fazer o teu holograma! (duração: 90 minutos) Visita guiada a todos os conteúdos e produção de um holograma no HoloLab da exposição. Data 1 a 25 outubro ‘15 Local Reitoria da Universidade de Aveiro Horário 9h30 > 18h00 Público-alvo público em geral, famílias e público escolar Marcação de visitas 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt Entrada gratuita
Nanopirilampos, com Tito Trindade, no Hotel Moliceiro.
>18h00 Janelas de Luz, na Reitoria da Universidade de
Aveiro.
Perspetivas Arte&Ciência - Exposição Coletiva de Imagens Científicas “Nanos”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2015