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Foto da semana
A não perder!
O “Encontro com o Cientista” da Escola Ciência Viva da semana passada teve como convidado Pedro Pombo, diretor da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e docente no Departamento de Física da UA. Foi com grande entusiasmo que os alunos do 4ºD e do 4ºH da EB da Quintã do Loureiro participaram nesta conversa sobre Luz e tecnologias baseadas na Luz.
No âmbito das celebrações do “One Health Day”, o CESAM e a Fábrica organizam o ciclo de cafés de ciência “O nosso Planeta, a nossa Saúde”. Esta quinta-feira, 3 de novembro, pelas 21h00, decorrerá a primeira sessão intitulada “Microbiota humano e saúde” e conta com Isabel Miranda, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e com Maria José Correia, da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa. Destina-se a público jovem e adulto têm participação gratuita. mais informações em www.ua.pt/fabrica
Mais vale saber…
Porque é que os flamingos ficam cor-de-rosa?
As cores do Outono Com o outono, chegam os dias de frio e de pouca luz. Mas a paisagem veste-se com matizes de cores vivas, quentes e intensas provenientes da vegetação que muda de cor. Mas porquê estas cores no outono? De facto, no outono, as folhas de algumas árvores abandonam o verde e brindam-nos com uma bela paleta de amarelos e castanhos, a que se juntam tons laranja, vermelho e roxo. A que é que se deve esta mudança? A cor verde das folhas deve-se ao pigmento clorofila. As moléculas de clorofila absorvem a luz do sol na região do vermelho e do azul e as folhas refletem uma luz plena de verde. Contudo, a clorofila não é uma molécula estável e tem de ser continuamente sintetizada pelas plantas, o que exige grande luminosidade solar e calor. A maioria das plantas tem um ciclo de crescimento anual que se completa, no hemisfério Norte, no final de junho. Com as folhas completamente desenvolvidas, começa a produção de hidratos de carbono (açúcares) através da fotossíntese, sendo para isso necessário a clorofila que é o princi-
pal pigmento fotossintético. Os hidratos de carbono produzidos nas folhas são armazenados noutras partes das plantas, como ramos ou raízes, e a água e os sais minerais absorvidos pelas raízes são transportados para as folhas, para a produção de mais clorofila. No final do verão, com os dias mais curtos e frescos, começa a formar-se uma barreira fina na base das folhas que impede a chegada destes ingredientes às folhas. Forma-se um tecido cicatricial (uma cicatriz) que interrompe gradualmente a passagem de água e nutrientes minerais do caule para a folha, e o pecíolo (“pé da folha”) começa a secar. Pela ação do vento, ou apenas pela força da gravidade, a bainha (base do pecíolo) solta-se do ramo e a folha cai. Mas antes de cair, as folhas assim “isoladas” do resto da planta, deixam de conseguir repor a clorofila que se vai degradando e a cor verde das folhas, conferida por este pigmento, vai diminuindo gradualmente, acabando por desaparecer. Isto é muito acentuado com a chegada do Outono, com os dias de maior frio e de pouca luz, o que obriga a uma resposta ade-
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quada por parte da vida. Principalmente nas plantas de folha caduca (como o carvalho, o plátano, a macieira, a videira, etc.) a produção de clorofila para e, consequentemente, o tom verde desaparece, permitindo assim que sobressaia a cor conferida por outros pigmentos também presentes nas folhas. Um destes pigmentos é o caroteno, que absorve luz na região do azul e azul-verde, refletindo radiações de tons alaranjados. Os pigmentos de caroteno são bastante mais estáveis que a clorofila, e quando esta começa a desaparecer das folhas, são os carotenos que conferem às folhas a coloração amarela dourada. Por seu lado, as xantófilas, outro grupo de pigmentos foliares, são responsáveis pelas tonalidades amarelas de muitas folhas. Um outro grupo de pigmentos presentes nas folhas é o constituído pelas antocianinas, que absorvem a luz desde o azul até ao verde. Assim, a luz refletida pelas folhas que contém antocianinas é na região do vermelho do espectro visível. As antocianinas são produzidas pelas plantas como o
resultado de uma reação com os açúcares das células vegetais. A acumulação progressiva de açúcar leva à síntese de antocianinas no final do verão, criando assim os tons avermelhados das folhas de outono, quando a concentração de clorofila diminui. Contudo estes pigmentos também se vão degradando, embora em muitos casos as folhas acabem por cair antes de isso acontecer, cobrindo o chão de múltiplos tapetes coloridos. As folhas que se mantêm nas árvores acabam por adquirir uma cor acastanhada. Esta deve-se aos taninos, pigmentos mais estáveis do que os outros referidos e que acabam sozinhos na tela foliar. Todo este processo depende da temperatura e da luz do Sol, o que faz com que em cada região do planeta as cores do outono se manifestem de forma diferente.■ António Piedade Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva
Ciência na Agenda
3ª
dom
EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA “MAR EM FLASH” Foi no final da década de 80 que a presença de flamingos passou a ser habitual nas zonas húmidas de Portugal, como por exemplo a Ria de Aveiro, podendo ser possível avistar concentrações de centenas de indivíduos. Os flamingos (Phoenicopterus roseus) são aves grandes caracterizadas por possuírem patas altas, bico comprido e largo com ponta preta e plumagem rosa. No entanto, a cor das penas dos flamingos adultos é branca-acinzentado, sendo que não são capazes de sintetizar o pigmento de cor rosa. A boa notícia é que esse pigmento existe na Natureza! Já observaram no verão os tanques das salinas avermelhados rosados? Isso acontece devido à presença de uma microalga, Dunaliella salina, que pro-
duz carotenóides, pigmento natural responsável por atribuir a cor laranja à cenoura e o vermelho ao tomate. Quando esta alga se desenvolve rapidamente ficando em elevadas concentrações, os designados blooms de algas, a água das salinas adquire uma cor avermelhada. Neste meio aquático habita ainda um crustáceo, Artemia salina, que possui cor rosa avermelhada, porque se alimenta desta microalga. Mas como é que estes seres vivos se relacionam com flamingos? É simples, estas aves alimentam-se destes crustáceos e microalgas, retendo essa coloração nas suas penas. Desta forma, a cor rosa observa-se em flamingos adultos, e essa coloração é mais intensa quanto mais rica a alimentação for em carotenóides.■
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21h00
Halloween na Fábrica, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
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21h00
Ciclo de cafés de ciência “O nosso Planeta, a nossa Saúde” - Microbiota humano e saúde, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
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nov
> 24h00
06 e 20 nov
13 nov
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11h00 > 12h00
Domingo de manhã na barriga do caracol, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
Pai, vou ao espaço e já volto, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
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Exposição de Fotografia “Abrindo as Asas de Novo”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
3ª
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Exposição de Fotografia “Mar em Flash”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2022