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Mais vale saber…
Como surgem os nomes dos furacões?
(fonte: http://weekendtravelshow.com/)
Furacões são turbilhões enormes que se formam na atmosfera e que geram ventos fortes e chuva intensa. O seu diâmetro pode atingir aproximadamente 1000 km, contrariamente aos tornados que também são turbilhões mas de muito menor dimensão (poucas dezenas de metros), que também produzem ventos fortes mas, geralmente, pouca chuva. De acordo com as regiões onde se formam a sua designação varia. No Índico chamam-se Ciclones Tropicais, no Pacífico Tufões e no Atlântico Furacões mas trata-se do mesmo fenómeno. Os furacões formam-se sobre as águas quentes do oceano (com temperatura acima dos 27 ºC) de onde retiram grandes quantidades de energia. Esta energia provém da evaporação intensa a partir da superfície do oceano que depois condensa na atmosfera, libertando energia quando a água passa do estado de vapor para o estado líquido. É por isso que ao entrarem em terra os furacões perdem intensidade e se dissipam provocando, no entanto, grandes estragos sobretudo nas regiões costeiras. Também contribui para estes estragos o facto de grande parte das zonas costeiras atingidas pelos furacões serem ocupadas por população com poucos recursos e construções precárias. Outra condição necessária para a formação de furacões é o movimento de rotação na atmosfera que não é favorecido na região equatorial. A conjunção destas duas condições, nomeadamente, água do oceano quente e afastamento do Equador determina que os furacões formam-se nas regiões oceânicas tropicais, entre os 10 e os 30 graus de latitude, com exceção do Atlântico Sul e Pacífico oriental sul onde as águas são menos quentes. A figura 1 mostra a trajetória dos furacões registados entre 1985 e 2005.
Por vezes formam-se furacões no Atlântico tropical norte que se deslocam para norte chegando a atingir os Açores, como foi o caso dos furacões Gordon em meados de agosto de 2012 e Nadine um mês mais tarde. No entanto, quando atingiram os Açores, estes dois furacões encontravam-se já enfraquecidos por se terem deslocado demais para norte onde as águas são mais frias.
Figura 1 - Trajetória dos furacões registados entre 1985 e 2005 (fonte: http://commons.wikimedia.org/)
Os furacões são classificados de acordo com a intensidade dos ventos que geram. Há várias escalas de classificação dos furacões mas a mais universal é a de Saffir–Simpson. De acordo com esta escala, os furacões têm intensidade 1 para ventos de 119–153 km/h, 2 de 154–177 km/h, 3 de 178–208 km/h, 4 de 209–251 km/h e 5 superiores a 252 km/h. Antes de atingirem a intensidade de furacões, estes fenómenos designam-se Depressões Tropicais, quando os ventos são inferiores a 62 km/h e Tempestades Tropicais quando os ventos são de 63–118 km/h. Por se terem verificado recentemente furacões muito intensos, alguns cientistas
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sugerem uma categoria 6 para furacões com ventos superiores a 280 ou 290 km/h. De acordo com esta classificação, os furacões Gordon e Nadine são de categoria 1 ou 2. No Atlântico os furacões recentes mais intensos foram o Dean e o Felix, em 2007, com ventos de 280 km/h e o mais intenso desde que há registo foi o Camile, em 1969, com ventos de 305 km/h. No entanto, os furacões (tufões) mais intensos ocorrem no Pacífico norte sendo o Nancy, em 1961, o mais intenso registado com ventos de 346 km/h. O tufão Haiyan que atingiu recentemente as Filipinas gerou ventos de 315 km/h. Estes são considerados supertufões.
Os furacões formam-se sobre as águas quentes do oceano (com temperatura acima dos 27 ºC) de onde retiram grandes quantidades de energia. Montagem a partir do retrato de Alexander Fleming (fonte: http://www.gstatic.com/)
O QUE SÃO FURACÕES?
Os furacões têm nomes que são, atualmente, atribuídos pela Organização Meteorológica Mundial ou por comités regionais dos institutos de meteorologia. Até recentemente os nomes eram atribuídos regionalmente e eram nomes femininos. Esta prática deixou de existir devido aos protestos de organizações para os direitos da mulher. Os nomes são atribuídos quando a depressão tropical passa a tempestade tropical, mantendo-se o nome se esta evolui para furacão. Já existe uma lista definida de nomes para os furacões que venham a ocorrer nos próximos anos. De acordo com o ultimo relatório do Painel Inter-Governamental para as Alterações Climáticas (IPCC), é provável que a frequência de ocorrência global dos ciclones tropicais ou diminua ou se mantenha inalterada. No entanto, estima-se que seja provável que a intensidade dos ventos e chuva gerados por estes fenómenos aumente no futuro. Regionalmente estes possíveis cenários futuros são de baixa confiança.
Alfredo Rocha Departamento de Física e Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) Universidade de Aveiro
2013
2014
2015
Andrea Barry Chantal Dorian Erin Fernand Gabrielle Humberto Ingrid Jerry Karen Lorenzo Melissa Nestor Olga Pablo Rebekah Sebastien Tanya Van Wendy
Arthur Bertha Cristobal Dolly Edouard Fay Gonzalo Hanna Isaias Josephine Kyle Laura Marco Nana Omar Paulette Rene Sally Teddy Vicky Wilfred
Ana Bill Claudette Danny Erika Fred Grace Henri Ida Joaquin Kate Larry Mindy Nicholas Odette Peter Rose Sam Teresa Victor Wanda
2016
2017
2018
Alex Bonnie Colin Danielle Earl Fiona Gaston Hermine Ian Julia Karl Lisa Matthew Nicole Otto Paula Richard Shary Tobias Virginie Walter
Arlene Bret Cindy Don Emily Franklin Gert Harvey Irma Jose Katia Lee Maria Nate Ophelia Philippe Rina Sean Tammy Vince Whitney
Alberto Beryl Chris Debby Ernesto Florence Gordon Helene Isaac Joyce Kirk Leslie Michael Nadine Oscar Patty Rafael Sara Tony Valerie William
Nomes para ciclones em: Mar do Caribe, Golfo do México e Atlântico Norte
Nomear os furacões é uma prática de há vários anos. A regularidade com que acontecem levou à necessidade de os identificar o que ajuda nos avisos às populações e preparativos para a sua chegada. São atribuídos nomes, pois presume-se que sejam mais facilmente lembrados do que números ou termos técnicos.
A experiência tem mostrado que o uso de nomes próprios curtos distintos, tanto na comunicação escrita como oral, é rápida e menos sujeita a erros que os antigos métodos de identificação pelas coordenadas geográficas (longitude e latitude). No início os nomes eram escolhidos de forma arbitrária. Por exemplo uma tempestade atlântica que arrancou o mastro de um barco chamado Antje, ficou conhecido como furacão Antje. Outro exemplo era a atribuição do nome do santo, em função do dia em que ocorria. Desde 1953, os furacões, começaram a ser nomeados a partir de listas organizadas. As listas originais apenas continham nomes de mulheres e a partir de 1979 começaram a ser incluídos nomes de homens. Atualmente essas listas são mantidas e atualizadas pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM), com sede em Genebra. Existem seis listas de nomes (femininos e masculinos) que são usadas rotativamente. Assim, a lista de 2008 será usada novamente em 2014. A lista apenas é alterada quando uma tempestade causa danos excessivos, o seu nome é retirado da lista, como Katrina (2005) ou Mitch (1998).
Experimentandum Barómetro
O que precisas? - Água - 1 tigela - 1 garrafa de plástico - 1 cartão graduado - Cola - Caneta de feltro Como fazer? 1. Encher até meio a tigela com água. 2. Deitar água na garrafa até ¾ da sua capacidade. 3. Colar o cartão graduado no exterior da garrafa. 4. Virar a garrafa ao contrário, mantendo o polegar no bocal da garrafa. 5. Retirar o dedo e colocar rapidamente o bocal da garrafa na tigela de água. 6. Marcar no cartão graduado o ponto onde estabiliza. O que acontece? O barómetro é um instrumento que serve para medir a pressão atmosférica. Inicialmente, o nível da água desce ligeiramente até atingir o estado de repouso. O seu movimento de descida para quando a sua pressão é equilibrada pela pressão atmosférica. O ar exterior pressiona a água da tigela evitando que a água corra para fora da garrafa. Um aumento na pressão do ar faz com que a água suba, quando a pressão desce, a água desce também. A subida gradual da pressão atmosférica permite prever tempo bom e seco. Uma descida nos valores da pressão atmosférica anuncia tempo húmido e chuva.
A Fabrica vai…
à Pediatria do Hospital Infante D. Pedro
A Fábrica Centro Ciência Viva dinamiza atividades, uma vez por mês, no Hospital Infante D. Pedro, desde janeiro de 2010. Divulgar e comunicar ciência é o mote para animar, de forma lúdica e educativa, o Serviço de Pediatria. Um programa solidário que pretende contribuir, também, para a melhoria da qualidade de vida das crianças e pais. No próximo dia 3 de dezembro, às 11h, é a vez da oficina “Faz o teu creme de mãos”.
Ciência na Agenda 1 dez (10h00) – Programa Era uma vez… Ciência assim, com o conto “Com a Banda às Costas”, na Rádio Terra Nova. 3 dez (11h00) – A Fábrica vai… à pediatria do Hospital Infante D. Pedro, com a atividade Faz o teu creme de mãos. 4 dez (11h30) – Programa Era uma vez… Ciência assim, com o conto “História de um lançamento”, na Rádio Terra Nova. 7 dez (11h00 e 15h00) – A Fábrica vai… ao Centro de Arte de Ovar, com a atividade Pai, vou ao espaço e já volto! – A conquista do espaço. 12 dez (21h00) - Café de ciência "Quintas da Ria" – “A Água e a Dinâmica na Ria de Aveiro”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 18>20 dez (9h00>17h45) – Férias de Natal com Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. 19 dez (11h00) – A Fábrica vai… à Pampilhosa da Serra, com a atividade O meu bolo de chocolate está cheio de moléculas, no âmbito do projeto “Cientistas na Serra”.
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2013