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pesquisas, entrevistas, reportagens; vi e aprendi muito, principalmente sobre assuntos científicos; conheci bicharada de todas as espécies. Pois, meus amigos, juro: nunca
APARELHO AUDITIV
O meu nome é Vicência Vivíssima. Sou uma aranha jornalista. Já corri mundo a fazer
B.I. DOS OBJETOS
FIO PUXADO CONTO CONTADO
O
E AS PALAVRAS GUARDADAS NA TEIA DA FÁBRICA
TESTADO E APROVADO!
REFLETIR O SOM!
data: Século XVII Inventor: desconhecido Local: desconhecido
pensei escrever uma crónica a começar por palavras tão duras. Assim: Abaixo os arrogantes! Abaixo os presunçosos! Está a começar o ano letivo?! Pois, que as escolas apregoem e os alunos ouçam com máxima atenção: Cada espécie tem as suas qualidades, todos somos preciosos. Eu explico. Fui com vários jornalistas à América do Sul entrevistar um Copiphora gorgonensis, um grilo, porque a extraordinária capacidade de ouvir, que a sua espécie tem, está a ser estudada e imitada por altos técnicos em aparelhos auditivos e de ultrassons. Esperámos, esperámos… e o vaidoso do grilo, com três horas de atraso, veio à porta de uma folha verde bem alta e anunciou, empertigado: “Voltem daqui a dois meses!
eiros s foram os prim ho an m ta Historial e os at ifres de diversos form , conchas ou ch ra ei ad m a, Trombetas de at pr s finos tivos (de ferro, ) e depois tubo di m au so s o r ho ta el te ar ap para de ouvido. abertura larga para dentro do m so animais, com o ar liz aptação das ssaram a cana XIX, com a ad c. sé e menores pa do s ai bateria) lução foi em fin de carbono e ne fo ro ic (m l A grande revo el mB nais). Desde os ricas de Graha m por fios e si so inovações elét do e rt po ns usavam-se em Edison (tra co práticos: po ou (p e de Thomas s co ri ét oluiu tanto ificadores el tecnologia ev a ), as al primeiros ampl m em -se nos transportados bolso, fixavam no am bi ca mesas e eram já 40, dade auditiva década de 19 ha, com capaci el or que, a partir da da s rá at locam-se óculos. Hoje co nte. sempre cresce
O que preciso: - 2 Tubos ocos de cartã o com cerca de 50cm de comprimen to - 1 Placa refletora lisa - 1 Amigo Como fazer: 1 - Pousa na mesa a pla ca lisa e os tubos de ac ordo com o esquema. Deixa um espaço de ce rca de 6 cm entre o ca rtão e as extremidade dos tubos s 2 - Coloca um amigo a sussurrar na extremida de livre de um dos tub e coloca-te a ti na extre os midade do outro tubo, a ouvir O que acontece? O som é uma vibração que se desloca em me ios materiais. Neste caso, propaga-se no ar ao longo de um tubo, ba te na placa de cartão, e volta para trás, refle tido para dentro do ou tro tub o. Se substituíres a placa refletora por um a camisola de malha ve rificarás que deixas de ouvir o teu amigo, pois a superfície é irregula r e a reflexão das onda sonoras é imperfeita. s
Como sabem a minha espécie, com as patas dianteiras, recebe, converte, analisa e distingue diversas frequências de som (e a longas distâncias), e fiquei cheio de dores de cabeça, ao ouvir o vosso burburinho misturado com uma discussão entre formigas em França! Não posso dar a entrevista.” Que exagero disparatado! Tivemos que ir procurar informação de outra maneira. E conseguimos. Os ouvidos destes grilos, com menos do que um milímetro, funcionam de um modo muito parecido com o ouvido dos mamíferos, mas têm um pequeníssimo órgão lá dentro diferente. Têm uma cavidadezinha, chamada vesícula auditiva, preenchida com um líquido especial, que cumpre incrivelmente bem a sua função de transmitir o som ao cérebro. Ora, se o “Sr. Dom Bicho” é capaz de distinguir perfeitamente o som de outros grilos do ultrassom de morcegos que os caçam, também deve ter ouvido claramente os nomes feios que lhe chamámos baixinho! Ótimo!
NÃO DIGAS POR AÍ, MAS… Eu acho que a minha professora tem ouvido de jaguar! Senão, estando de costas para a turma, lá tão longe, como é que me apanhava a sussurrar com a Júlia?! As orelhas dela devem ter rodado a 180 graus, como fazem as do jaguar! Por isso eles captam os sons de qualquer bichinho à distância e são tão bons caçadores!
QUE ESCAGANIFOBÉTICO! BIGORNA?! É um dos três ossos mais pequeninos do nosso corpo (bigorna, martelo e estribo – os nomes vêm do seu formato parecido com esses objetos). Localizada numa zona intermédia entre a parte mais exterior e outra mais interna do ouvido, a bigorna, em conjunto com os outros ossículos, transmite o som que chega ao nosso tímpano à cóclea e daí para o cérebro.
SABER EM RECORTE DECIBEL A unidade usada para medir a intensidade de um som corresponde a uma décima parte de 1 bel, decibel, e tem a abreviatura dB. O nome bel foi atribuído em homenagem ao cientista, inventor e fundador da companhia telefónica Bell, Alexander Graham Bell. A partir de 0dB conseguimos ouvir um som e a partir de 120dB deixamos de conseguir ouvir e até sentimos dor. O nível sonoro pode influenciar o estado de espírito e, no caso de ser demasiado elevado, provocar lesões auditivas permanentes. Por essa razão devemos evitar, por exemplo, estar expostos a ambientes ruidosos durante muito tempo.