Revista Combustíveis & Conveniência Ed.222

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ESPECIAL EXPOPOSTOS

ExpoPostos mostra revenda disposta a superar os desafios

n FEIRA | EQUIPAMENTOS

24 • ExpoPostos 2024: edição histórica

n FEIRA | CONVENIÊNCIA

34 • Feira de exposições traz variedade de atrações

n FÓRUM | TECNOLOGIA

40 • Tecnologia para aumentar a eficiência

n FÓRUM | ECONOMIA

44 • Fatores que influenciam na economia real

74 • Evolução dos Preços do Etanol

75 • Formação de Preços

76 • Formação de Custos do S10

77 • Ajustes nos preços da Petrobras

78 • Preços de Revenda e Distribuição

n FÓRUM |

CONVENIÊNCIA

50 • Conveniência em constante reinvenção

n FÓRUM | AMÉRICA LATINA

56 • Revenda em discussão: temas comuns na América Latina e Brasil

n FÓRUM | TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

60 • Transição energética no Brasil terá soluções múltiplas

n CASES

70 • Cases de sucesso: herdeiros trazem novo olhar à gestão

n OPINIÃO

10 • James Thorp Neto

A Fecombustíveis representa nacionalmente 33 sindicatos, defendendo os interesses legítimos de mais de 44 mil postos de serviços, 453 TRRs e cerca de 61 mil revendedores de GLP, além da revenda de lubrificantes.

Nossa missão é acompanhar o mercado de revenda de combustíveis, com a meta de fomentar o desenvolvimento econômico e social do setor, contribuindo assim para melhorar a qualidade de vida da nação.

Presidente: James Thorp Neto

1o Vice-Presidente: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Jr.

2o Vice-Presidente: Alfredo Pinheiro Ramos

3o Vice-Presidente: João Carlos Dal’Aqua

4º Vice-Presidente: Mário Luiz P. Melo

5o Vice-Presidente: Manuel Fonseca da Costa

6o Vice-Presidente: Paulo Roberto Correa Tavares

1o Secretário: José Camargo Hernandes

2o Secretário: Wilber Silvano de Souza Filho

3o Secretário: Julio Cezar Zimmermann

1o Tesoureiro: Antônio Cardoso Sales

2o Tesoureiro: João Batista Porto Cursino de Moura

3o Tesoureiro: José de Faro Rollemberg Nascimento

Conselheiro Fiscal Efetivo: Walter Tannus Freitas

Conselheiro Fiscal Efetivo: Adriano Costa Nogueira

Conselheiro Fiscal Efetivo: Márcio Martins de Castro Andrade

Diretoria:

Aldo Locatelli, Rui Cichella, Luiz Antônio Amin, José Carlos da Silva, Maxwel Nunes Paula, Rafael Milagres Macedo Pereira, Álvaro Rodrigues

Antunes de Faria, Omar Hamad FIlho, Vicente de Sant’Anna Neto, Arildo Persegono Filho, Jefferson Davi de Espindula, Vilson Luiz Pioner, Waldemar Locatelli, José Victor Capelo, Maxwell Flor de Oliveira, Leopoldo Correa

Conselho Editorial:

Marciano Francisco Franco, José Alberto Miranda Cravo Roxo, Mario Melo, Ricardo Hashimoto, José Carmargo Hernandes e Walter Tannus Freitas

Edição: Mônica Serrano (monicaserrano@fecombustiveis.org.br)

Redação: Rosemeire Guidoni (roseguidoni@uol.com.br)

Capa: Alexandre Bersot (Com imagem de Eliane Cunha)

Publicidade: Fernando Polastro comercial.revista@fecombustiveis.org.br

Telefone: (11) 5081-6681 | 99525-6665

Programação visual: Girasoli

Fecombustíveis

Av. Rio Branco 103/13° andar - Centro-RJCep.: 20.040-004

Telefone: (21) 2221-6695

Site: https://www.fecombustiveis.org.br/edicoes-revista

E-mail: revista@fecombustiveis.org.br

Para ficar na história

Há mais de 11 anos, desde que comecei a trabalhar no setor de combustíveis, acompanho a ExpoPostos & Conveniência e, desde então, pude ter uma base de comparação desse ano com os eventos anteriores.

Posso dizer, sem sombra de dúvidas, que essa edição foi a maior de todos os tempos. Tive a impressão de que havia uma animação entre os revendedores que estavam percorrendo os diversos estandes, apesar de não termos, ainda (até a data de fechamento desta edição), a divulgação do volume de negócios.

Por conta do tamanho expressivo do evento e da quantidade de palestras, a revista Combustíveis & Conveniência traz uma edição especial, com ampla cobertura dos momentos mais importantes da ExpoPostos. Na área de exposições, separamos as reportagens entre a área de equipamentos e a das lojas de conveniência.

Já sobre o Fórum Internacional, também fizemos cobertura dos principais painéis apresentados, desde a cerimônia de abertura, passando por palestras voltadas para a tecnologia e transição energética. Um dos painéis mostrou como sucessores de negócios familiares elevaram ainda mais o patamar dos postos, que já eram bem-sucedidos, mas que com a visão empreendedora da nova geração, ficou ainda melhor.

Os revendedores também puderam conferir temas comuns entre América Latina e Brasil. No entanto, o nosso país está atrás de seus vizinhos em dois assuntos: correção de temperatura dos combustíveis e as taxas cobradas por administradoras de cartões de crédito. Este painel também abordou o self-service

Outro destaque desta edição foi o cenário econômico atual e quais são as preocupações com a macroeconomia. A palestra ministrada pelo economista Eduardo Giannetti abordou os temas que deverão estar no foco da revenda, como a reforma tributária. Quem não conseguiu ir à ExpoPostos neste ano, poderá ter uma ideia, com as reportagens da revista, do que aconteceu nos três dias de evento. Além disso, essa edição é como se fosse uma pequena degustação para a revenda se programar para os próximos dois anos e fazer parte da história do maior evento do setor.

Boa leitura!

Mônica Serrano

Editora

4ª maior distribuidora de combustível do Brasil,

Larco fez sua estreia na Expopostos 2024

Referência como uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, a Larco Petróleo, empresa genuinamente baiana, é também a que mais cresce. A empresa, que possui 24 anos de mercado, é detentora do 3º lugar como a maior distribuidora de combustíveis do Nordeste e a 4ª maior do Brasil, segundo os dados divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Reforçando a sua importância nacional, a Larco marcou presença pela primeira vez na

Expopostos 2024, o maior evento sobre Postos e Conveniência da América Latina, que aconteceu em São Paulo, e reuniu os principais líderes do setor de combustíveis e conveniência. Foi uma oportunidade única de se conectar com a cadeia produtiva de todo o Brasil, estreitar relacionamento, ingressar em novos mercados e investir na ampliação dos negócios.

Além de ter preparado um espaço exclusivo cheio de interatividade, a Larco levou especialistas em diversas áreas da distribuidora,

que apresentaram as inovações e novidades da empresa, bem como as mais recentes soluções para o mercado. No primeiro dia da Expopostos, o estande da Larco contou com a participação do renomado economista Pablo Spyer, conhecido por suas análises perspicazes e comentários certeiros sobre o mercado financeiro. Ele reuniu empresários, investidores e profissionais do setor para ouvir suas perspectivas sobre o futuro da economia e, em particular, do mercado de combustíveis.

De acordo com a diretora de marketing da Larco, Ana Paula Evangelista, essa participação na Expopostos 2024 reafirma o compromisso da distribuidora com a inovação e o desenvolvimento do setor de combustíveis no Brasil. “Estar presente nesse espaço nos permitiu não apenas difundir os nossos serviços, mas também dialogar diretamente com o mercado sobre as tendências e desafios. Tivemos a oportunidade de apresentar soluções que não apenas atendem às necessidades atuais do setor, mas também antecipam as demandas futuras, demonstrando porque a Larco é a quarta maior distribuidora de combustíveis do país. E é nes-

se tipo de ambiente que nascem as parcerias e ideias que irão moldar o futuro da distribuição de combustíveis”, declara.

Sinônimo de solidez e credibilidade, a companhia, genuinamente baiana, que se tornou referência nacional, conta com 36 operações localizadas estrategicamente em 16 estados brasileiros e no Distrito Federal, possui uma frota própria com mais de 600 veículos (incluindo super bitrens, bitrens, trucks e carretas), e tem a sua história de sucesso baseada na sua equipe qualificada, infraestrutura robusta, logística inteligente, rigoroso controle de qualidade, oferta de combustíveis de alto padrão, excelência do serviço, segurança ao levar o produto final, equipe qualificada, alto investimento e inovação nos seus processos e uma rede de postos em constante expansão, somando atualmente mais de 200 embandeirados espalhados pelo Brasil. Por outro lado, também está engajada com as iniciativas sociais, visando à contribuição para o desenvolvimento das comunidades onde se encontra inserida por meio do incentivo à educação, à cultura, ao lazer e ao esporte. Afinal, quem vai com a Larco, vai mais longe!

ACRE

SINDICATOS

Sindepac

Delano Lima e Silva Rua Pernambuco nº 599 - Sala 4 Bairro: Bosque Rio Branco-AC Fone: (68) 3226-1500 sindepac@hotmail.com www.sindepac.com.br

ALAGOAS

Sindicombustíveis - AL

James Thorp Neto

Av. Jucá Sampaio, 2247, Barro Duro Salas 93/94 Shopping Miramar Maceió-AL Fone: (82) 3320-2902/1761 gerencia@sindicombustiveis-al.com.br www.sindicombustiveis-al.com.br

AMAZONAS

Sindicombustíveis - AM Eraldo de Souza Teles Filho Rua Rio Içá, 26 - quadra 35 Conj. Vieiralves Manaus-AM Fone: (92) 3584-3707/3728/99446-2261 sindicombustiveisam@gmail.com

BAHIA

Sindicombustíveis - BA Walter Tannus Freitas

Rua Arthur de Azevedo Machado, 1459. Sala 712

Ed. International Trade Center – ITC Bairro Stiep Salvador - Bahia Fone: (71) 3342-9557 Cel. (WatsApp): (71) 99905-9017 sindicombustiveis@sindicombustiveis.com.br www.sindicombustiveis.com.br

CEARÁ

Sindipostos - CE Manuel Novais Neto Av. Engenheiro Santana Júnior, 3000/ 6º andar – sala 506 Parque Cocó Fortaleza-CE Fone: (85) 3244-1147 sindipostos@sindipostos-ce.com.br www.sindipostos-ce.com.br

DISTRITO FEDERAL

Sindicombustíveis - DF Paulo Roberto Correa Tavares

SHCGN-CR 704/705, Bloco E Entrada 41, 3º andar, sala 301 Brasília-DF Fone: (61) 3274-2849 sindicato@sindicombustiveis-df.com.br www.sindicombustiveis-df.com.br

ESPÍRITO SANTO

Sindipostos - ES Maxwel Nunes Paula Av. Nossa Senhora dos Navegantes, 955 / 21º - salas 2101 e 2102 Ed. Global Tower - Enseada do Suá Vitória - ES Fone: (27) 3322-0104 sindipostos@sindipostos-es.com.br www.sindipostos-es.com.br

GOIÁS

Sindiposto

Marcio Martins de Castro Andrade 12ª Avenida, 302 Setor Leste Universitário Goiânia-GO Fone: (62) 3218-1100 sindiposto@sindiposto.com.br www.sindiposto.com.br

MARANHÃO

Sindicombustíveis - MA

Magnolia Rolim Av. dos Holandeses - Ed. Tech Office - sala 226 - 2o andar Ponta D’Areia - São Luís-MA Fone: (98) 98740-1700 / 98453-7975 gerencia@sindcombustiveis-ma.com.br

MATO GROSSO

Sindipetróleo

Claudyson Martins Alves R. Manoel Leopoldino, 414, Araés Cuiabá-MT Fone: (65) 3621-6623 contato@sindipetroleo.com.br www.sindipetroleo.com.br

MATO GROSSO DO SUL

Sinpetro

Waldemar Locatelli Rua Bariri, 133 Campo Grande-MS Fone: (67) 3325-9988 / 9989 sinpetro@sinpetro.com.br www.sinpetro.com.br

MINAS GERAIS

Minaspetro

Rafael Milagres Macedo Pereira Rua Amoroso Costa, 144 Bairro Santa Lúcia

Belo Horizonte-MG Fone: (31) 2108- 6500/ 2108-6530 minaspetro@minaspetro.com.br www.minaspetro.com.br

PARÁ

Sindicombustíveis - PA

José Carlos da Silva Av. Duque de Caxias, 1337 Bairro Marco

Perímetro: Trav. Mariz e Barros/Trav. Timbó Belém-PA Fone: (91) 3224-5742/ 3241-4473 secretaria@sindicombustiveis-pa.com.br www.sindicombustiveis-pa.com.br

PARAÍBA

Sindipetro - PB

Omar Aristides Hamad Filho Av. Minas Gerais, 104 Bairro dos Estados João Pessoa-PB Fone: (83) 3221-0762 contato@sindipetropb.com.br www.sindipetropb.com.br

PARANÁ

Paranapetro - PR

Paulo Fernando da Silva

Rua Vinte e Quatro de Maio, 2.522

Curitiba-PR Fone: (41) 3021-7600 E-mail: paranapetro@paranapetro.org.br

PERNAMBUCO

Sindicombustíveis - PE

Alfredo Pinheiro Ramos

Rua Desembargador Adolfo Ciriaco,15 Prado - Recife-PE Fone: (81) 3227-1035 recepcao@sindicombustiveis-pe.org.br www.sindicombustiveis-pe.org.br

PIAUÍ

Sindipostos-PI

Alexandre Cavalcanti Valença Av. Jóquei Clube, 299 - Jóquei Teresina-PI

Fone: (86) 98179-4524 / (86) 98151-0103 sindipostospi@gmail.com www.sindipostos-pi.com.br/

RIO DE JANEIRO

Sindestado

Adriano Costa Nogueira

Av. Presidente Franklin Roosevelt, 296 São Francisco Niterói–RJ Fone: (21) 2704-9400 sindestado@sindestado.com.br www.sindestado.com.br

RIO DE JANEIRO - MUNICÍPIO

Sindcomb

Manuel Fonseca da Costa Rua Alfredo Pinto, 76 - Tijuca Rio de Janeiro-RJ Fone: (21) 3544-6444 secretaria@sindcomb.org.br www.sindcomb.org.br

RIO GRANDE DO NORTE Sindipostos - RN Maxwell Flor

Rua Raposo Câmara, 3588 Bairro Candelária Natal-RN Fone: (84) 3217-6076 sindipostosrn@sindipostosrn.com.br www.sindipostosrn.com.br

RIO GRANDE DO SUL Sulpetro

João Carlos Dal’Aqua Rua Cel. Genuíno, 210 - Centro Porto Alegre-RS Fone: (51) 3930-3800 presidencia@sulpetro.org.br www.sulpetro.org.br

RIO GRANDE DO SUL – SERRA GAÚCHA

Sindipetro Serra Gaúcha Vilson Pioner

Rua Ítalo Victor Berssani, 1.134 Caxias do Sul-RS Fone: (54) 3222-0888 sindipetro@sindipetroserra.com.br www.sindipetroserra.com.br

RONDÔNIA

Sindipetro - RO Arildo Persegono Filho Travessa Guaporé, Ed. Rio Madeira, 3º andar, salas 307/308 Porto Velho-RO Fone: (69) 3229-6987 sindipetrorondonia@gmail.com www.sindipetro-ro.com.br

RORAIMA

Sindipostos - RR José Pereira Barbosa Neto Av. Major Williams, 436 - sala 01- São Pedro Boa Vista-RR Fone: (95) 3623-9368/ 99132-2776 sindipostosrr@hotmail.com

SANTA CATARINA

Sindipetro - SC Luiz Antonio Amin Rua Porto União, 606 Bairro Anita Garibaldi

Joinville-SC Fone: (47) 3433-0932 /0875 sindipetro@sindipetro.com.br www.sindipetro.com.br

SANTA CATARINA - BLUMENAU Sinpeb

Julio César Zimmermann

Rua Quinze de Novembro, 550/4º andar Blumenau-SC Fone: (47) 3326-4249 sinpeb@gmail.com www.sinpeb.com.br

SANTA CATARINA - FLORIANÓPOLIS

Sindópolis

Vicente Sant’Anna Neto

Av. Presidente Kennedy, 222 - 2º andar Campinas São José Florianópolis-SC Fone: (48) 3241-3908 sindopolis@sindopolis.com.br

SANTA CATARINA – LITORAL CATARINENSE E REGIÃO

Sincombustíveis

Jefferson Davi de Espindula

Rua José Ferreira da Silva, 43 1º andar – sala 7

Itajaí-SC Fone: (47) 3241-0321 sincombustiveis@sincombustiveis.com.br www.sincombustiveis.com.br

SÃO PAULO – CAMPINAS

Recap

Emílio Roberto Chierighini Martins

Rua José Augusto César, 233

Jardim Chapadão Campinas-SP Fone: (19) 3284-2450 recap@financeiro.com.br www.recap.com.br

SÃO PAULO - SANTOS

Sindicombustíveis Resan

José Camargo Hernandes

Rua Dr. Manoel Tourinho, 269 Bairro Macuco

Santos-SP

Fone: (13) 3229-3535 secretaria@resan.com.br www.resan.com.br

SERGIPE

Sindpese

Jose de Faro Rollemberg Nascimento

Rua Dep. Euclides Paes Mendonça, 871 Bairro Salgado Filho Aracaju-SE

Fone: (79) 3214-4708 secretaria@sindpese.com.br www.sindpese.com.br

SINDILUB

José Victor Cordeiro Capelo

Rua Trípoli, 92, conj. 82 Vila Leopoldina

São Paulo-SP Fone: (11) 3644-3439/ 3645-2640 sindilub@sindilub.org.br www.sindilub.org.br

TOCANTINS

Sindiposto - TO Wilber Silvano de Sousa Filho Quadra 303 Sul Av. LO 09 lote 21 salas 4 e 5 Palmas-Tocantins Fone: (63) 3215-5737 sindiposto-to@sindiposto-to.com.br www.sindiposto-to.com.br

TRR

Álvaro Rodrigues Antunes de Faria

Rua Lord Cockrane, 616 8º andar, salas 801/804 e 810 Ipiranga-SP Fone: (11) 2914-2441 info@sindtrr.com.br www.sindtrr.com.br

Entidade associada

ABRAGÁS (GLP)

José Luiz Rocha Fone: (41) 98897-9797 abragas.presidente@gmail.com

ExpoPostos 2024: a melhor de todas

A 21ª edição da ExpoPostos & Conveniência ficou marcada como a melhor da história, superando todas as expectativas dos organizadores e realizadores. Não somente pela área de exposições, que aumentou 60%, mas pelo número de pessoas que circularam pelos corredores da feira e Fórum nos três dias de evento.

O setor de combustíveis é um segmento pujante, que mostra como conseguiu se reerguer passada a crise da Covid-19, e se consolida como um dos mais dinâmicos da economia do país. Em 2022, quando foi realizada a penúltima edição da ExpoPostos, também fomos surpreendidos pelo volume de negócios e o sucesso de público, que, naquela ocasião, estava sedento para impulsionar o seu negócio e conhecer as tendências de mercado.

Andando pela feira, pude perceber o entusiasmo de muitos revendedores, encontrei parceiros, amigos e companheiros de jornada, que estavam aproveitando ao máximo o evento.

Nesse sentido, acredito que parte da revenda busca por transformação, querem se atualizar e fazer uma gestão de sucesso. Para isso, hoje em dia, é preciso estar antenado com as novas tecnologias, que trazem um panorama do negócio, indicam as falhas de gestão, apontam as preferências do consumidor e sinalizam compras mais assertivas, conforme o seu público.

Ser empresário, hoje, requer o uso da inteligência artificial, mas também é essencial saber dosar o lado humano. Nada vai substi-

tuir uma conversa com o seu cliente ou mesmo estar presente junto de seus funcionários, mostrando o caminho da profissionalização.

Gostaria de destacar que a nossa luta é contínua no combate às irregularidades do setor. Inclusive, a Fecombustíveis, em parceria com o Instituto Combustível Legal (ICL), lançou o Movimento Unidos pelo Combustível Legal, em 28 de agosto, que contou com apoio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Federação Brasilcom e o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom).

O objetivo deste movimento é buscar a aprovação do projeto de lei do Devedor Contumaz e também conscientizar os parlamentares sobre a urgência da implementação da monofasia tributária do etanol hidratado. Ambas as medidas constituem combate eficaz com relação às fraudes tributárias, que contribuem para manter a competitividade desleal.

Não poderia deixar de agradecer todo apoio que a CNC tem oferecido à Fecombustíveis. Inclusive, para demonstrar o nosso agradecimento, homenageamos José Roberto Tadros, presidente da Confederação, que recebeu a Medalha Monteiro Lobato do Mérito do Comércio Brasileiro de Combustíveis, durante a cerimônia de abertura do evento.

Para encerrar, esta última edição da Expopostos me deixou com sentimento de missão cumprida e plenamente satisfeito!

OPINIÃO James Thorp Neto | Presidente da Fecombustíveis

VIROU NOTÍCIA

CLAEC no Brasil

Após 11 anos, o Brasil sediou a 63a reunião da Comissão Latino-Americana de Empresários de Combustíveis (CLAEC), de 10 a 12 de setembro, em evento paralelo à ExpoPostos & Conveniência 2024, que recebeu 12 países.

Alguns dos temas discutidos foram os desafios para combater as irregularidades do setor, o self-service, as taxas dos cartões de crédito, entre outros. Apesar de alguns países terem obtido a redução dessas taxas, outros locais, como o Brasil, ainda buscam diminuir as taxas e o prazo de recebimento das compras.

Daniel Léon, secretário-geral da CLAEC, acompanha de perto o andamento dos temas da Comissão, desde a sua criação, em 1991. Naquela época, muitos países tinham os preços tabelados pelo governo, inclusive o Brasil. “Os preços dos combustíveis eram controlados em quase toda América, exceto o Chile, desde 1978, quando o Estado deixou o setor”, disse. Quando alguns países saíram do mercado regulado para a liberdade de preços, os problemas aumentaram, de acordo com Léon, em função da ganância das distribuidoras. “Tudo piorou, lamentavel-

mente, porque as distribuidoras passaram a entrar nas margens dos postos de serviços”, contou. “Alguns países tiveram a possibilidade, como Equador, Peru e Venezuela, de criar companhias próprias para se defenderem. O Brasil teve um resultado enorme, com a proibição da verticalização do setor, que impede as distribuidoras de atuarem no mercado de revenda”, ressaltou.

Léon comentou também que o Brasil conseguiu proibir o sistema self-service, o que considerou um fator positivo. “Sabemos dos altos custos com a mão de obra, mas em um mundo em que estamos necessitando de trabalho, eu acho que foi bom”, disse.

Daniel Léon, secretário-geral da CLAEC
Eliane Cunha

Movimento “Conexão Rodovias”

A ExpoPostos & Conveniência 2024 marcou o início de uma empreitada ambiciosa: a “Conexão Rodovias”. A iniciativa tem como objetivo unir esforços para enfrentar os desafios estruturais e operacionais da revenda de rodovias, como os problemas relacionados ao biodiesel, e busca melhorias significativas nos serviços oferecidos nas estradas.

O grupo é formado por empresários de grandes redes de postos, como Giancarlo Pasa, diretor comercial do Grupo Túlio, Francielli Locatelli, conselheira do Grupo Aldo, Victor Mahle, diretor de operações e novos negócios da Rede Mahle, e Sergio Seefeld, diretor de operações do Grupo Platinão.

“Precisamos nos unir para que nossas ações tenham significado. Ao invés de nos vermos como concorrentes, devemos entender que a verdadeira concorrência está em outros setores. A união é o caminho para defendermos nossos direitos e fortalecer-

mos nossa posição no mercado”, destacou Giancarlo Pasa.

Além disso, o grupo se consolida como um espaço aberto para debater e implementar melhorias nos pontos de parada, garantindo conforto aos motoristas e assegurando que serviços essenciais, como banho e estacionamento, sejam mantidos com qualidade e viabilidade financeira para os postos.

Francielli, do Grupo Aldo, acrescenta: “Percebemos o interesse das pessoas, e temos um caminho aberto para buscar mais voz e representatividade, o que pode evoluir para a formação de uma associação. Esse é o começo do nosso caminho”, destacou, reforçando o papel fundamental da comissão na defesa dos interesses de quem vive e trabalha nas estradas.

A Conexão Rodovias também conta com o apoio da Fecombustíveis. (Assessoria de Imprensa do Sindipetróleo)

Da esq. para dir.: Giancarlo Pasa, Francielli Locatelli, Sergio Seefeld e Victor Mahle

ExpoPostos mostra revenda disposta a superar os desafios

Maior evento da história do segmento contou com público recorde, mais de 250 empresas expositoras, equipamentos com tecnologia de ponta e agentes do setor unidos para combater as irregularidades do mercado, visando ampliar a competitividade justa e saudável

POR ROSEMEIRE GUIDONI

Osetor de combustíveis vem sendo atingido por reflexos de crises econômicas e também políticas, inclusive pelas mudanças climáticas, que causaram tanto as enchentes no Rio Grande do Sul quanto a seca no Norte do país.

Além disso, questões internas, relativas às mudanças na Petrobras e também em adaptações em seus modelos de precificação, têm afetado o mercado de revenda. Isso sem contar o surgimento de novos hábitos de consumo, especialmente aqueles

Abertura oficial da ExpoPostos & Conveniência contou com o corte tradicional da fita com os principais integrantes do setor
Eliane Cunha

surgidos durante e no pós-pandemia, que alteraram a maneira como os brasileiros compram. Desde a Covid-19, muitas empresas alteraram seu modelo de trabalho, optando pelas modalidades híbridas ou remotas, o que traz mudanças no consumo de combustíveis e na alimentação.

Estes foram alguns temas discutidos durante o 16º Fórum Internacional de Postos de Serviços, Equipamentos, Lojas de Conveniência e Food Service, que aconteceu paralelamente à 21a ExpoPostos & Conveniência, entre os dias 10 e 12 de setembro. Novas regras de mercado, estraté-

gias para melhor atender ao cliente, além de serviços e opções para incrementar os negócios da revenda, estiveram na pauta dos principais debates do setor.

Esta foi a maior edição do evento, desde sua criação, em 30 anos. Com 250 expositores, em uma área de mais de 10 mil m², ao longo de três dias, a ExpoPostos reuniu mais de 24 mil pessoas interessadas em conhecer as novidades do mercado.

“Nossa área de exposições cresceu 60%, desde a última edição, em 2022, o que demonstra o aquecimento do mercado”, disse Tatiana Zaccaro, diretora de

James Thorp Neto, da Fecombustíveis, reforçou a luta da entidade contra as irregularidades do mercado
Eliane Cunha

ESPECIAL EXPOPOSTOS | ABERTURA

unidade da GL Events, responsável pela promoção e organização da ExpoPostos.

A área de conteúdo também foi destaque. O Fórum Internacional apresentou 40 palestras e a Arena do Conhecimento ampliou o número de apresentações, com total de 50 painéis.

Tatiana também destacou, no início do evento, que em um momento crítico, no qual mais da metade dos estados brasileiros enfrenta a pior seca em 44 anos, a GL Events reafirma seu compromisso na luta contra as mudanças climáticas, mapeando e neutralizando 100% das emissões diretas de CO2 da ExpoPostos 2024, reforçando sua agenda ESG e toda responsabi-

lidade ambiental. “Por meio da aquisição de créditos de carbono, a iniciativa apoia projetos de preservação florestal e reflorestamento na Amazônia (MT), Cerrado (GO) e Mata Atlântica (SP), além de promover a geração de energia renovável. Essa ação neutraliza aproximadamente 200 toneladas de carbono, o que corresponde à preservação de mais de 2,6 mil árvores por ano”, destacou.

“O evento cresceu não apenas em tamanho, mas em qualidade”, disse Christian Bazaga, da Abieps

Na seção de início do Fórum, além de Tatiana, representando a GL Events, estiveram presentes James Thorp Neto, presidente da Fecombustíveis, Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Cristian Bazaga, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços (Abieps), Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal (ICL), Daniel Maia, diretor da ANP, Fulvius Tomelin, presidente da Ale, Leonardo Linden, presidente da Ipiranga, Marcelo Besteiro, vice-presidente Comercial de Mobilidade da Raízen, Ernesto Pousada, presidente da Vibra Energia, José Roberto Tadros, presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), além de Armando Júnior, secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, representando o prefeito Ricardo Nunes.

Eliane Cunha

MERCADO DEFENDE EQUILÍBRIO

DA CONCORRÊNCIA

“O evento cresceu não apenas em tamanho, mas em qualidade”, destacou Bazaga, ressaltando a participação de empresas de ponta, que trouxeram novidades para o mercado, tanto em equipamentos quanto em serviços. Thorp, da Fecombustíveis, agradeceu a presença da CNC e reforçou o propósito da entidade na luta contra as irregularidades do mercado. “Este é um dos grandes desafios do nosso setor, para garantir a concorrência justa”, reforçou. Ele também destacou a presença de representantes de dez países latinoamericanos, presentes ao evento, que compartilharam suas experiências e, com isso, puderam contribuir para elevar o conhecimento do revendedor (veja mais na página 56).

“O ‘combustível que me move’ é estar em um evento como este, quando o mercado se reúne para discutir estratégias justas, resolver problemas éticos e crescer com bases genuínas, que possam agregar benefícios tanto aos consumidores quanto ao país”, disse Thorp, ressaltando que a maioria do setor é composta por empresários sérios e éticos.

COMBATE ÀS IRREGULARIDADES

Kapaz, do ICL, mencionou o combate permanente que o instituto tem feito contra agentes irregulares e ações voltadas ao enfrentamento das fraudes, destacando a importância do setor na defesa de boas práticas. “É primordial combater as frentes de irregularidade. Estamos avançando em prol da concorrência leal, mas precisamos do apoio do setor no combate à ilegalidade”, frisou.

Armando Júnior, representante do prefeito de São Paulo, garantiu que o município está engajado nesta causa. “As ilegalidades prejudicam demais o segmento, afetando tanto a concorrência (e, por consequência, prejudicando os empresários), quanto os consumidores”, disse.

Kapaz destacou a importância da união dos empresários que atuam em forma ética para combater problemas como ilegalidade, sonegação de tributos, contrabando e adulteração, tanto de combustíveis, quanto de marcas (quando os fraudadores ‘copiam’ marcas conhecidas e consideradas confiáveis, sem autorização para isso, como forma de induzir o consumidor a erro). Ele citou, ainda, questões graves como o uso de metanol para adulteração de produtos, que recentemente levou algumas pessoas à óbito por consumo inadequado. “Nossa união,

ESPECIAL EXPOPOSTOS | ABERTURA

em nome do ICL, é combater a ilegalidade, seja ela qual for: contrabando, adulteração ou sonegação”, frisou.

Roberto Ardenghy, do IBP, que representa as distribuidoras nacionais de combustíveis, destacou que, apesar das dificuldades, é importante que a seriedade prevaleça, contra as incertezas e desonestidades. “O segmento está cada vez mais sofisticado, no sentido de oferecer ao consumidor um produto de melhor qualidade e mais descarbonizado, e essa é uma das responsabilidades do IBP”, ressaltou. “Temos que avançar em boas práticas e combater as irregularidades de forma concreta”, completou.

OBSERVATÓRIO NACIONAL

As ações de combate às irregularidades do setor levou à criação de um ‘observatório nacional de combustíveis’, cujo escopo é avaliar os problemas do setor, com a participação da Fecombustíveis, CNC e Brasilcom. “O objetivo deste observatório é que as entidades identifiquem, mais rapidamente, os pontos de atenção do mercado, para que medidas sejam adotadas de forma imediata, de modo a conter possíveis problemas”, ressaltou Kapaz. “Nossa missão, com o mercado, é manter um alerta permanente para os riscos”, alertou. Ele também citou a preocupação com a tributação do etanol hidratado, juntamen-

te com os parâmetros atualmente estabelecidos pelo RenovaBio. “Precisamos adequar a tributação do biocombustível, para que não exista diferença em relação a outros combustíveis, e ajustar, de forma equilibrada, os critérios dos CBios”, disse. De forma contundente, ele reforçou que o setor que atua de maneira ética não pode competir com a ilegalidade. “Quem recolhe o tributo não pode ser entendido como um ‘bonzinho bobo’ por fazer isso. Infelizmente, criou-se no país uma cultura de que quem age de maneira ética é inocente e perde supostas vantagens, mas isso é uma distorção que só acarreta problemas para toda a sociedade”, afirmou. Segundo ele, com a resolução deste problema, o mercado tende a mudar. “Pelo menos 60% do crescimento será sustentável”, garantiu, destacando que o ICL defende uma aliança estratégica com a Fecombustíveis, para promover a concorrência saudável (Movimento Unidos Pelo Combustível Legal, lançado em 28 de agosto).

“SERIEDADE

DEVE PREVALECER”

Essa foi a principal orientação de José Roberto Tadros, presidente da CNC, durante seu pronunciamento na abertura do evento. “Temos trabalhado, de forma muito próxima, com a Fecombustíveis e seus

Tatiana Zaccaro, da GL Events, destaca compromisso com a sustentabilidade, a partir do mapeando e neutralização de 100% das emissões do evento

sindicatos filiados, tratando de pautas que impactam o setor. Precisamos seguir no enfrentamento dos desafios da concorrência, sempre prezando pela regularidade do mercado. O petróleo sempre impulsionou o desenvolvimento econômico e, neste momento de transição, é fundamental entender o seu papel no mundo e aliar as mudanças necessárias para garantir a transição energética justa”, ressaltou.

Em sua avaliação, o petróleo e seus derivados ainda têm papel importante na matriz energética e o processo de transição para novas fontes de geração de energia deve ocorrer de forma equilibrada, prezando sempre pela garantia da segurança energética e o acesso à energia,

especialmente por parte de populações mais vulneráveis.

“Este segmento é pujante e essencial ao país, e é essencial combater as ilegalidades. Queremos ter um setor que gere empregos e renda, mas precisamos trabalhar com legalidade, para garantir o desenvolvimento e geração de renda, de forma positiva e legal”, destacou Armando Júnior.

“O mercado precisa ser justo”, completou Daniel Maia, da ANP, reforçando que o interesse da agência reguladora é garantir um mercado justo e regular. “Precisamos do apoio necessário para garantir essa regularidade, ou seja, que todos os agentes apoiem as atividades regulatórias e de fiscalização”, concluiu.

Eliane Cunha

ESPECIAL EXPOPOSTOS | ABERTURA

Presidente da CNC recebe o

Prêmio Monteiro Lobato

Nesta edição do evento, a Fecombustíveis contemplou, pela primeira vez, um nome de peso do setor, com a Medalha Monteiro Lobato do Mérito do Comércio Brasileiro de Combustíveis. O homenageado foi José Roberto Tadros, presidente da CNC, que recebeu o prêmio por sua parceria e apoio às causas das entidades representativas da revenda de combustíveis.

O prêmio, criado pela Fecombustíveis, teve o apoio dos 34 sindicatos filiados, que reconheceram o trabalho da CNC, na figura de seu presidente, o

qual, na definição de James Thorp Neto, “representou uma bandeira conjunta”.

Segundo o presidente da Fecombustíveis, a CNC sempre prezou pelo trabalho leal e justo em todo o setor de comércio, e o apoio do de Tadros, tem sido de grande relevância.

“Quando a CNC apoia os sindicatos filiados à Fecombustíveis, indiretamente está apoiando, também, todos os consumidores, porque nossa bandeira conjunta, Fecombustíveis e CNC, é a defesa de um mercado leal e justo”, ressaltou Thorp.

Tadros agradeceu a homenagem e destacou o pioneirismo de Monteiro Lobato na história do setor. “Tal iniciativa não poderia ter um patrono melhor do que Monteiro Lobato, por tudo o que ele representou na busca de um Brasil autônomo e independente, lutando para que o nosso país pudesse criar e desenvolver seu setor de petróleo de forma pujante e próspera”, comentou.

Por que Monteiro Lobato?

Muita gente pode estranhar essa premiação, por desconhecimento sobre a real história de Monteiro Lobato. Muito além do escritor que idealizou a história e os personagens do Sítio do Picapau Amarelo, obra que o tornou referência na literatura, ele foi, também, uma figura emblemática na defesa da exploração do pe-

tróleo do Brasil, como meio de estimular a riqueza e o desenvolvimento econômico do país, combatendo a pobreza.

Lobato alertou o governo para a busca de petróleo no solo nacional, foi pioneiro e grande ativista político em prol do combustível fóssil. Nomeado adido comercial do Brasil nos Estados Unidos em 1927,

Cleo Monteiro Lobato, bisneta de Monteiro Lobato, recebeu uma placa de James Thorp Neto, em agradecimento por ter cedido os direitos autorais para a criação da Medalha

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percebeu que a independência energética poderia ser a força motriz da economia — desde aquela época.

Com tal pensamento, Lobato defendeu a nacionalização do petróleo e o investimento da iniciativa privada em sua extração, defendendo a autossuficiência do país na produção de combustíveis.

No início dos anos 30, ele criou a Companhia Petróleos do Brasil, uma empresa privada de capital aberto que vendeu 50% das suas ações em apenas quatro dias, e depois a Companhia Nacional de Petróleo, e mais tarde, a Cia Matogrossense de Petróleo.

De olho nas potencialidades nacionais, Lobato publicou, em 1936, o documento “O Escândalo do Petróleo”, no qual acusava o governo de Getúlio Vargas de não perfurar campos petrolíferos. Com essa iniciativa, Lobato encampou uma campanha contra o Estado. Em uma carta ao presidente Getúlio Vargas, fez severas críticas à política brasileira. O texto foi considerado subversivo e desrespeitoso, ocasionando sua detenção pelo Estado Novo. Lobato foi condenado a seis meses de prisão e permaneceu encarcerado de março a junho de 1941. Ele foi solto graças à pressão popular, mas viveu sob a sombra da censura, sendo proibido de dar entrevis-

Lobato publicou, em 1936, o documento “O Escândalo do

Petróleo”, no qual acusava o governo Vargas de não perfurar campos petrolíferos. Com essa

iniciativa,

Lobato encampou uma campanha contra

o Estado

tas ou escrever sobre sua prisão. Doente, retirou-se do ativismo. Dois dias antes de seu falecimento, concedeu uma entrevista na qual abordou sua experiência na exploração de petróleo, proclamando a célebre frase: “o petróleo é nosso!”.

Anos mais tarde, ironicamente, a frase famosa inspirou o próprio Getúlio Vargas a criar uma grande campanha pela nacionalização do petróleo, em 1948, que culminou com a criação da Petrobras, em 1953. n

ExpoPostos 2024: edição histórica

Com área de exposições 60% maior do que o evento anterior e participação de 250 marcas, a área de exposições recebeu mais de 24 mil visitantes e foi considerada, pelos organizadores, uma “edição histórica”

POR ROSEMEIRE GUIDONI

Com área maior, a feira de exposições foi um sucesso de público e apresentou as tendências e novidades para postos de combustíveis

Eliane Cunha

Em 2022, a ExpoPostos & Conveniência aconteceu em um momento inicial pós-pandemia, com muitas incertezas ainda no mercado, mas com a expectativa de retorno à normalidade. “Naquele momento, fomos surpreendidos por um evento de bastante sucesso, com grande número de visitantes e muito interesse na modernização dos negócios. Mas, para nossa grata surpresa, esta edição está ainda melhor, com sucesso absoluto de vendas e uma área de exposições de quase 10 mil m2”, disse James Thorp Neto, presidente da Fecombustíveis, na abertura oficial do evento.

Tatiana Zaccaro, diretora de unidade da GL Events, responsável pela promoção e organização do evento, também destacou o crescimento da feira, a participação internacional, além de uma iniciativa inédita no segmento, que foi a neutralização das emissões de carbono, por meio da parceria com a WeCarbon.

Outra novidade, segundo Tatiana, foi a criação de um aplicativo específico para a ExpoPostos, por meio do qual os visitantes puderam interagir com outros participantes, conferir a lo -

calização dos expositores e a grade de apresentações do Fórum Internacional e da Arena do Conhecimento.

REVESTIMENTO DE TANQUE FOI

UMA DAS NOVIDADES DO EVENTO

Dentre as inovações na área de exposições, vários equipamentos se destacaram, desde bombas mais modernas, com painéis que permitem que o cliente faça o pagamento de forma autônoma, que podem ser integradas a sistemas de recuperação de vapores e atualizadas com as novas regras de criptografia, até um sistema inédito de revestimento interno de tanques subterrâneos, apresentado pela Wolftank.

A tecnologia, recém-aprovada pela norma NBR 16.619, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), possibilita que um tanque jaquetado que tenha um eventual dano em sua camada externa não precise ser substituído.

O revestimento, segundo André Mutafi, gerente de operações da empresa, é composto por várias camadas. “Primeiro, é aplicado um vácuo, que garante o monitoramento do espaço intersticial. Depois, em cima do alumínio

é feita uma laminação, com a aplicação de um tecido de vidro com uma resina. A próxima camada é uma resina epóxi, que tem uma resistência química para todos os tipos de combustíveis. Uma vez feito isso, é possível garantir que o tanque esteja estanque. Mas, se por algum motivo ele perder o vácuo, quer dizer que houve problemas”, explicou.

Segundo o representante da Wolftank, a solução pode ser utilizada em qualquer tanque subterrâneo que tenha uma boca de visita. No caso de tanques novos, o benefício é o aumento de sua resistência e

durabilidade. Em tanques antigos, a aplicação é recomendada nos casos em que o equipamento está íntegro, mas houve rompimento ou rachadura na jaqueta externa. A empresa oferece garantia de dez anos, embora destaque que o histórico de durabilidade do revestimento, já utilizado na Europa desde 1987, é de 25 anos.

Segundo a Wolftank, no entanto, nem sempre a solução é interessante financeiramente. “Dependendo do tanque, pode ser mais vantajoso trocar. Mas existem tanques que demandam obras maiores, por exemplo, aqueles que estão embaixo

Wolftank apresentou solução de revestimento de tanques em caso de avaria na camada externa, sem a necessidade de troca
Eliane Cunha

de uma construção. Neste caso específico, o revestimento é a melhor alternativa”, garantiu Mutafi. A agilidade do processo também é um diferencial. A Wolftank informou que consegue fazer o revestimento de dois tanques em uma semana, enquanto a troca de um único tanque, com toda a obra envolvida, pode demorar um mês.

Ainda sobre bombas, uma das inovações apresentadas na ExpoPostos, pela Wayne, foi um dispositivo que permite o abastecimento mais rápido. “Eu gostaria de levar as bombas óctuplas apresentadas pela empresa”, destacou a revende-

dora Jamilly Pink, da Rede Conterrâneo, de Feira de Santana (BA). “Minhas bombas, hoje, são duplas. Então, eu só posso atender dois carros direcionados para aquele combustível ao mesmo tempo. Com essa bomba óctupla, posso atender os quatro combustíveis, melhorando a logística da operação”, ressaltou.

A Gilbarco Veeder-Root, por sua vez, trouxe para o evento a bomba Prime S, cujo protótipo apresentado foi lançado em 2022, na última ExpoPostos. Além dela, outro destaque foi o TLS Express, uma solução de medição e monitoramento de estoques de combustíveis.

Estande da Fecombustíveis foi um ponto de encontro da revenda nacional, com reuniões e bate-papo entre amigos
Eliane
Cunha

AUTOMAÇÃO EM ALTA

Sistemas de automação, integrados com inteligência artificial e data analytics, estiveram presentes em diversos estandes, mostrando que, cada vez mais, os empresários do setor conseguem fazer a gestão do negócio à distância e de forma mais efetiva. Hoje, a análise de dados permite conhecer melhor o perfil dos clientes, antecipando decisões como compra de produtos, enquanto a IA facilita o controle de estoques, integra as operações de posto e

loja, incluindo meios de pagamento e outras operações contábeis.

A Linx, por exemplo, trouxe uma solução para postos de combustíveis e lojas de conveniência, o PDV Fácil, que oferece terminal de self-checkout , autoatendimento, painel de senhas e comunicação direto à cozinha, proporcionando mais velocidade e agilidade na operação. “Por meio de soluções que otimizam tempo, atraem mais clientes, e ainda auxiliam em investimentos seguros

Gilbarco Veeder-Root apresentou as versões atuais de equipamentos e trouxe para o evento a bomba Prime S, cujo protótipo havia sido divulgado na ExpoPostos de 2022
Eliane Cunha

para expandir os negócios e obter crédito adequado às suas necessidades, os postos de combustíveis conseguem melhorar suas operações de modo geral e alcançar o sucesso mesmo em um setor de alta concorrência”, afirmou Rogério Vieira, diretor-executivo da empresa.

A Edenred, por sua vez, apresentou plataformas (destinadas a estabelecimentos credenciados à Edenred Ticket Log), que simplificam a consulta e gestão de preços; fazem a gestão de notas fiscais; antecipação de recebíveis; trazem novidades no suporte dedicado para resolução de dúvidas; e habilitação e gestão do POS da Punto, que é parte da Edenred Brasil.

Participando pela primeira vez da ExpoPostos, a King Posto trouxe um sistema indicado para redes de postos (tanto urbanos quanto rodoviários), que contribui com todos os processos de gestão do posto. O diferencial, segundo a empresa, é o uso da plataforma TOTVS, que garante a robustez da solução e acompanha todas as necessidades de crescimento.

Confira na página 40 uma discussão sobre as tendências na área de tecnologia, que aconteceu durante o Fórum Internacional.

ELETROPOSTOS E POSSÍVEIS USOS

Embora a eletrificação veicular seja um tema que ainda esteja se desenhando no mercado, o revendedor brasileiro não deve fechar os olhos para as tendências. O assunto foi debatido em alguns painéis do Fórum Internacional, detalhados na seção

Transição Energética, na página 60. De acordo com os especialistas, o Brasil deverá ter uma pluralidade de fontes de energia neste momento de transição energética, e cada empresário precisa entender o perfil de seu cliente para prestar os melhores serviços, de acordo com cada necessidade específica. “Os postos de serviços vendem energia, qualquer que seja ela”, frisou Thorp, da Fecombustíveis.

A ExpoPostos trouxe várias soluções de carregadores elétricos, tanto para recarga rápida e ultrarrápida, quanto os que demandam maior tempo para que a bateria seja recarregada. Como consenso, o mercado acredita que nos postos a única alternativa de recarga seria a ultrarrápida, que carrega 80% da bateria em cerca de 30 minutos. Neste período, claro, o ideal é que o estabelecimento ofereça serviços, como restaurante ou conveniência, de forma que o consumidor aguarde e, enquanto isso, consuma outros itens do posto.

Entretanto, existem outras possibilidades de atender aos clientes de veículos elétricos, conforme detalhou Evando Mendes, CEO da Eletricus, que além de equipamentos de recarga oferece um aplicativo para que os clientes possam pagar por ela. Segundo ele, nem todo posto precisa investir em um carregador ultrarrápido. “Hoje, existem muitas frotas urbanas com veículos elétricos. Eles precisam ser recarregados e isso pode ser feito durante o perío -

do noturno, enquanto estão estacionados”, disse.

Mendes, que apresentou o tema em um debate na Arena do Conhecimento, destacou que um caminhão elétrico pode ser carregado em 1,5 hora, e um automóvel em até duas horas, a depender da tecnologia, em um sistema de recarga rápida. Mas, existem carregadores mais econômicos (de 7 Kw), cuja recarga demora de 10 a 12 horas.

“Não existe modelo mais adequado para os postos de combustíveis,

Painel Eletrônico de Medição
Painel Eletrônico de Medição
Sonda eletrônica Sensor de vazamento

mas sim o tipo de cliente que o estabelecimento quer atender. Por exemplo, se a revenda tem um cliente frotista na região, que deseja deixar os veículos carregando durante a noite, não é necessário um carregador ultrarrápido”, explicou. “É uma realidade diferente da de um carro de passeio, que exige um investimento muito maior”, completou.

“O foco principal do posto, hoje, não é instalar um carregador rápido (70 Kw) ou ultrarrápido (180 Kw), pois a maioria dos proprietários de carros elétricos fazem a recarga em suas residências ou outros locais onde os veículos estão estacionados. Ele precisa entender o perfil e a necessidade dos consumidores, para maximizar o aproveitamento dos espaços já existentes, oferecendo uma solução prática e vantajosa tanto para os proprietários dos postos quanto para os usuários de veículos elétricos”, explicou. n

Sanvitron marca presença na

Expo Postos parcerias e amplia com grandes nomes do setor

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Concorrência regular é saudável, diz CEO da Vibra

POR MÔNICA SERRANO

Durante a 21ª ExpoPostos & Conveniência, Ernesto Pousada, CEO da Vibra Energia, conversou com exclusividade com a Combustíveis & Conveniência, abordando a importância do evento para o setor e para a rede de postos da marca.

Eliane Cunha

C&C: Qual é a importância da participação da Vibra nesta ExpoPostos?

EP: É um momento único. Essa é a maior ExpoPostos da história. Isso mostra a pujança do nosso setor, para onde a gente está indo e a importância desse segmento para o Brasil. Temos mais de 44 mil postos no país, sendo 8 mil com a bandeira Petrobras. Tudo é feito e desenhado para os nossos parceiros revendedores. São eles que trabalham todos os dias para entregar valor para o consumidor. Então, esse é um momento muito importante para mostrarmos tudo o que a Vibra faz para que tenham sucesso

C&C: Qual é a proposta da Vibra para a revenda?

EP: A proposta da Vibra é crescer e estar cada vez mais presente em todo o país e com mais revenda.

C&C: Como a Vibra pretende atrair mais revendedores para a rede?

EP: Primeiro, pela nossa marca Petrobras. Eu acho que é uma marca que o consumidor reconhece, por todos os indicadores, somos lembrados como uma empresa de confiança. Além disso, a nossa proposta de valor. Hoje, temos um trabalho focado junto da nossa revenda para oferecer treinamento para os frentistas, temos a nossa loja BR

Venho

de outros

negócios, concorrência é um negócio super saudável. A única coisa que queremos é todo mundo
jogando dentro das quatro linhas

Mania, a nossa franquia do Lubrax Mais, de lubrificantes, que está há cinco anos como top of mind no Brasil. Então, eu acho que o valor que a Vibra agrega como a maior distribuidora de combustíveis do país é muito difícil calcular e é isso tudo que a gente quer colocar a serviço deles. Essa é a mensagem principal para a nossa revenda.

C&C: O aumento da concorrência não intimida?

EP: De maneira nenhuma. Venho de outros negócios, concorrência é um negócio super saudável. A única coisa que queremos é todo mundo jogando dentro das quatro linhas. O que incomoda é a concorrência com práticas irregulares, ilegais. O maior beneficiário de uma competição saudável é o consumidor e estamos aqui para servi-lo. n

Ernesto Pousada, CEO da Vibra Energia

Feira de exposições traz variedade de atrações

Lavanderias, franquias de alimentação, geladeira inteligente, cervejas artesanais e lançamentos das grandes distribuidoras foram os destaques da feira

POR MÔNICA SERRANO

Para quem foi buscar novas ideias para o setor de conveniência, a feira da ExpoPostos tinha menos opções em comparação com a área de equipamentos. No entanto, quem procurou alternativas de diversificação do negócio se deparou com as franquias de alimentação, como Bob’s, KFC, Pizza Hut, entre outras.

O segmento de lavanderias automatizadas também estava presente com

a Laundromat e a Lavateria. De acordo com a Laundromat, a cada dez clientes de postos, sete aproveitam a conveniência para utilizar um serviço local. Os modelos oferecidos pela marca podem ser adaptáveis. O Express, por exemplo, ocupa menos espaço no local e inclui três conjuntos de máquinas lavadoras e secadoras, com valor mínimo de R$ 78 mil. Atualmente, a Laundromat tem 400 unidades em todo o país.

BR

ofereceu ao

A Lavateria também possui em torno de 400 unidades no Brasil e conta com 10 unidades na Europa. Entre as vantagens para o franqueado, a principal é não ter que contratar funcionários, uma vez que a lavanderia é automatizada, a gestão é feita a distância, há suporte técnico e consultoria de estratégia comercial para ter uma operação bem-sucedida. Segundo a franquia, o faturamento por mês pode variar entre R$ 12.000 e R$ 36.000

e o investimento inicial seria a partir de R$ 170 mil, incluindo a taxa de franquia, projeto arquitetônico, maquinários, equipamentos e móveis, adequação do ponto comercial etc.

Uma das novidades que chamou a atenção na feira foi a geladeira inteligente, apresentada pelo Webposto. Ela funciona de forma autônoma para bebidas, por meio de um aplicativo, em que o próprio consumidor destrava a

Eliane Cunha
Mania
público opções regionalizadas de food service
Geladeira Inteligente foi uma das atrações da área de conveniência

geladeira, pega a bebida e paga automaticamente pelo cartão cadastrado no app . A geladeira pode ser instalada tanto numa loja de conveniência convencional quanto numa loja autônoma, disse Anderson Henrique do Nascimento, presidente da Webposto. “Não tem a necessidade de ter um funcionário, ela pode ser instalada também do lado de fora da loja. Se a conveniência estiver fechada, ela continua gerando vendas. Hoje, isso é uma tendência, com a IA (Inteligência Artificial) o cliente que tem a experiência de venda”, afirmou. Conforme Nascimento, no segundo dia de ExpoPostos, a geladeira inteligente já tinha 50 encomendas. O custo

do equipamento é em torno de R$ 8 mil/ 10 mil.

O webposto também mostrou outros recursos para lojas de conveniência, como totem de autoatendimento e aplicativo de contagem de estoque, entre outros.

Na área de bebidas, os curiosos encontraram uma opção diferente, a Sadhu Beer, cerveja artesanal com aroma de cannabis, sem o componente psicoativo da planta, oferecida em quatro sabores: Amnesia Haze, Lime Kush, Mango e Pineapple, com 5% de teor alcoólico.

As três distribuidoras nacionais marcaram presença na feira com estandes lotados e as marcas das lojas de conveniência BR Mania (Vibra Energia), AmPm (Ipiranga) e Shell Select (Raízen).

Vanessa Gordilho, vice-presidente de Negócios, Produtos e Marketing da Vibra Energia, contou o que a companhia

A Ipiranga levou a réplica da loja AmPm e a Raízen apresentou o Shell Café

está investindo em logística. “Primeiro, a gente está avançando com o supply próprio. Então, fizemos a primeira entrega em Recife. Nossas lojas todas já estão fazendo parte dessa estratégia, que é montar, de fato, toda infraestrutura para o nosso revendedor, fazendo com que ele fique mais forte e tenha mais competitividade na ponta junto ao cliente final”, relatou.

Outro destaque é o investimento em food service regionalizado, com produção própria. Por exemplo, as lojas BR Mania já oferecem o sanduíche bauru de São Paulo, a empada goiana, a coxi -

Franquias, como a Bob’s, também estavam presentes como opção de negócios
Sadhu Beer apresentou a linha de cervejas artesanais em quatro sabores

nha de mandioca recheada com carne seca do Nordeste, entre outras. “Cada uma das regiões pedia muito isso, e agora a gente consegue entregar um food diferente, ajudando o nosso revendedor a ter um mix composto, para aumentar a rentabilidade, mas também

para ele conquistar o consumidor na ponta de forma mais próxima”, disse.

A BR Mania também passou a investir em diferentes modelos de loja para atender a revendedores com necessidades distintas. A loja premium conta com mais espaço, oferece mix diferen -

Laundromat atraiu público interessado em lavanderias automáticas

A Convém, loja de conveniência da Dislub, recebeu vários visitantes

ciados com bebidas destiladas e churrasco, food service mais composto, ideal para locais de grande fluxo. Na outra ponta, a BR Mania também oferece lojas menores, com 15 m 2 para entregar uma solução compacta, conforme demanda do posto e da região.

Já Ricardo Berni, diretor- executivo de Marketing da Raízen, destacou a instalação do Shell Café, dentro do estande da bandeira, um espaço diferenciado da loja de conveniência Shell Select, que trouxe uma linha de cafés especiais e sortimento de 15 itens do food service modificados das lojas. O espaço também segue na linha da sustentabilidade, com elementos da decoração feitos do bagaço da cana-de-açúcar.

A Ipiranga levou a réplica do posto, com a loja AmPm, e também aproveitou o espaço para divulgar a sua troca de óleo da marca Jet Oil.

A Ale apresentou a loja A Esquina, que iniciou no modelo de franquia em 2021 e deve encerrar o ano com 35 lojas.

Já a Dislub, distribuidora com representação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, divulgou a loja de conveniência da marca Convém. n

em que os o único programa de fidelidade, do dono do posto, em conformidade com a LGPD dados do cliente são a segurança é por nossa conta!

Os dados são seus,

Antonio Bragança conduziu debate sobre os diferentes tipos de tecnologia, de forma a obter resultados favoráveis ao negócio

Tecnologia para aumentar a eficiência

Painel abordou o avanço tecnológico em diferentes espaços, desde iluminação por LEDs até o monitoramento do abastecimento na pista, cujos dados podem indicar novas estratégias, possibilitando uma gestão mais eficiente

Eliane Cunha

Acada ano, as empresas fornecedoras de produtos do setor apresentam inovações tecnológicas, novos lançamentos de equipamentos, ampliação de marcas de softwares de gestão, entre uma infinidade de possibilidades que visam tornar o empreendimento cada vez mais automatizado e eficiente. Para abordar as novas tecnologias que impactam os postos de combustíveis, foi realizado um painel que teve a mediação de Antonio Bragança, consultor da ABRC Consultoria, com a participação de Carlo Andrey, vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pagamento para Mobilidade (Abepam), Edgard de Castro, presidente da Associação Brasileira de Automação para o Comércio (Afrac), Richard Albanesi, CEO da The Led, e Thiago Piccinini, gerente de produtos e ofertas da Linx.

Como representante da Abepam, instituição que congrega cinco empresas de meios de pagamento de pedágios (Conectcar, Greenpass, Move Mais, Sem Parar e Veloe), Carlo Andrey destacou que, hoje, o abastecimento faz parte de um contexto maior da mobilidade, similar a uma jornada que produz uma série de informações sobre o usuário. “Você tem acesso a vários dados, desde a hora que a pessoa

sai de casa, quanto tempo permanece no posto de combustível, tipo de local que frequenta. Isso tudo contribui para a criação de perfis de clientes, o que favorece a tomada de decisões sobre produtos e serviços”, disse.

Andrey contou que uma tecnologia que tem sido bastante utilizada é uma modalidade de cobrança pelo free flow (passagem automática), que utiliza várias câmeras, laterais, traseiras, tem uma visão 3D do veículo, a qual consegue identificar dados que visam proporcionar uma melhor experiência para o cliente.

A iluminação do posto por meio de painéis de LED também é um atributo importante dentro do conceito de tecnologia, que vai muito além do design mais atraente e moderno, segundo Albanesi. Este tipo de tecnologia envolve desde a troca de informações no painel de preços, automaticamente, até a divulgação de promoções, sem a necessidade de colocar faixa, atraindo o cliente da pista para dentro da loja de conveniência, entre outras possibilidades. Além disso, também representa economia e pode aumentar a rentabilidade do posto, conforme destacou Albanesi. “Está comprovado que o uso desta tecnologia traz aumento nas vendas”, disse.

ESPECIAL EXPOPOSTOS | FÓRUM | TECNOLOGIA

A inteligência artificial também passou a ser incorporada no dia a dia da revenda, desde resolver uma dúvida de um atendente, gerar um e-mail de retorno para os clientes, até situações como modificar letras e informações de placas. “Difícil é responder onde não tem se utilizado a inteligência artificial”, disse Andrey.

Piccinini apontou aspectos que a inteligência artificial ajuda na gestão. “Uma é no controle de estoque. Então, ela é muito importante para ajudar o revendedor a ter uma melhor eficiência nas compras, ter menor valor acumulado em estoque, junto com o machine learning (extrair conhecimento dos dados) nos ajuda nesse aspecto”, disse.

Ele também abordou o monitoramento do fluxo da pista. “Para entender as oportunidades de eficiência. Então, a inteligência artificial nos ajuda com a jornada do consumidor dentro daquele estabelecimento e consegue traçar estratégias para melhorar essa ação. Por exemplo, agilizar o processo de pagamentos móveis, identificação do cliente, quando ele vai para a pista de diesel, onde o abastecimento demora mais, então a inteligência artificial pode nos dar opções e sugestões de melhorias nesse processo”, comentou Piccinini. Além disso, colocar câmeras no

fluxo de entrada e saída do posto nos ajuda a entender se é um cliente, por que ele não parou no meu posto ou por que escolheu ir para a concorrência? A inteligência artificial nos ajuda a traçar estratégias para fidelizar os clientes”, destacou.

REFORMA TRIBUTÁRIA

A tecnologia também terá um papel importante para auxiliar a revenda durante a implementação da reforma tributária, principalmente no período de transição, que deverá durar cerca de dez anos. Quem faz o alerta é Castro,

Richard Albanesi, CEO da The Led, destacou que a tecnologia de LED pode gerar aumento de vendas tanto na pista quanto na loja
Eliane Cunha

da Afrac, sobre a necessidade de ter os controles de contabilidade durante o período em que deverão conviver os dois novos impostos (CBS e IBS), que começarão a ser inseridos juntamente o sistema atual de tributação (ICMS, ISS, PIS e Cofins), até a completa substituição para o novo modelo.

“Vamos ter um tempo de transição diferentes entre eles (CBS e IBS), mas em resumo será necessário ter tecnologia para o devido controle nesses dois momentos. A tendência é de que a partir de 2026 os sistemas já tenham que estar preparados”, advertiu Castro.

MEIOS DE PAGAMENTO POR TOTENS

Também está presente hoje a disponibilização de totens, para o cliente que se sente mais seguro em fazer o próprio pagamento do abastecimento. Em outros países, os totens fazem parte da integração com os sistemas de autosserviço, mas no Brasil o autoatendimento de bombas é proibido pela legislação. Além disso, os totens também inserem todos os recursos tecnológicos integrados ao software de gestão do posto, dos quais se podem obter dados sobre o comportamento de compra do cliente. n

Edgard de Castro, da Afrac, alertou a revenda sobre importância de atualização dos softwares de automação, que passarão a agregar dois sistemas tributários durante o período de transição da reforma tributária
Eliane Cunha

Fatores que influenciam na economia real

Renomado economista, Eduardo Giannetti conduziu painel sobre os cenários econômicos, tanto no mercado interno quanto externo

Aeconomia é como a meteorologia que prevê cenários. Ou seja, se os agentes econômicos olham o horizonte e veem raios e tempestades, todos passam a seguir o direcionamento pessimista, com isso o impacto se reflete na economia. Não há investimentos, empresas tomam menos crédito, vendem papéis em reais e compram em dólar e, consequentemente, há desvalorização

cambial, que por sua vez impacta nos juros e no crescimento da economia. O contrário também é real, se as expectativas são favoráveis. “A roda gira na direção virtuosa e será esta batalha das expectativas que o país deverá seguir nos próximos dois anos”, afirmou o economista e cientista social Eduardo Giannetti, durante a apresentação da palestra “Onde estamos e para onde vamos: desafios e oportuni-

POR MÔNICA SERRANO

dades do cenário político-econômico do Brasil”, no dia 10 de setembro, durante o Fórum Internacional da Expopostos & Conveniência 2024

Giannetti dividiu o painel sobre economia em três aspectos: 1) panorama da economia mundial, especialmente dos eventos que impactaram o Brasil; 2) a economia brasileira (panorama positivo e negativo) e 3) o setor de combustíveis.

No contexto internacional, uma das primeiras abordagens foi a pandemia do coronavírus, que foi “uma parada súbita, completa, de toda a atividade econômica planetária, e nós sobrevivemos a isso”, disse. Outros fatores do contexto atual foram as duas guerras internacionais ainda em andamento. “A Guerra da Ucrânia e a do Oriente Médio afetaram diretamente o setor de petróleo, causando turbulên-

Economistas erraram nas previsões de crescimento do PIB, que deve terminar entre 2,5% e 3%, segundo Giannetti
Eliane Cunha

ESPECIAL EXPOPOSTOS | FÓRUM | ECONOMIA

cia, incerteza, tensão geopolítica que ainda não está inteiramente desfeita, especialmente olhando para o horizonte médio”, destacou.

No aspecto político, Giannetti explanou os efeitos da polarização política em diversos países. “Tivemos guinadas muito súbitas de orientação em relação à política nos países, e quase todos vivem esse fenômeno da polarização, o que causou um impacto econômico relevante”, observou.

A China também entrou no foco de análise de Giannetti, principalmente pela desaceleração do crescimento e aumento da demanda de outros países. “O que estamos assistindo, em contrapartida, é um outro fenômeno, o crescimento extremamente positivo, forte da Índia e da Indonésia. Países extremamente populosos e que vão gerar demanda, talvez numa escala equivalente à gerada pela China nos anos do milagre chinês. Populações miseráveis, que passam a ganhar melhor, ter mais renda, priorizam a melhora da alimentação, com aumento da demanda por qualidade e proteína animal. E o Brasil está unicamente posicionado no mundo para se tornar um ator ainda mais relevante no fornecimento alimentar”, disse.

Além disso, o Brasil também continua sendo um dos principais fornecedores de alimentos para a China. “A importação alimentar da China é enorme e metade vem do Brasil. Nós temos um poder de barganha extraordinário, com essa potência que se tornou a China, um país de renda média alta como o Brasil, que vai continuar crescendo, sem muito exagero, já que o próprio regime político chinês depende do Brasil”.

Do ponto de vista do crescimento da economia brasileira, no início de 2024, as previsões estavam entre as piores dos últimos quatro anos, mas os economistas erraram. Da projeção de 1,5%, no início do ano, o PIB deverá terminar entre 2,5%, talvez até 3%, segundo Giannetti.

“Mesmo com a tragédia do Rio Grande do Sul, que num primeiro momento deu a entender que poderia prejudicar o desempenho da economia. No entanto, a recuperação do estado está sendo espetacular”.

Entre os fatores que influenciam nas previsões de crescimento pode-se relacionar a dinâmica do emprego e o nível de atividade no Brasil. “Neste ano de 2024, nos últimos 12 meses, criamos no Brasil 3 milhões de novos empregos. Não é pouco. Desse total, metade vem da economia formal e 400 mil são do

setor público, especialmente de estados e municípios”, explicou.

Giannetti também destacou que 40% da população brasileira vive na informalidade, o que é um problema para muitos setores da economia.

Ainda na ponta positiva, também contribui para favorecer a economia do país o superávit da balança comercial, que deve ficar ao redor de US$ 85 bilhões até o final deste ano. “Há um pequeno

déficit de conta corrente, da ordem de US$ 40 bilhões, que inclui o agregado de tudo o que o Brasil gasta no mundo, versus tudo o que o mundo gasta no Brasil, mas que vai ser integralmente coberto pela entrada de investimento direto estrangeiro”, contou.

Um dos pontos mais preocupantes, em sua visão, é a taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, que parou de cair em um nível muito alto, o que representa

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um freio para a atividade econômica, pois tomar crédito fica caro. O problema fiscal do país também preocupa, já que o Brasil gasta 7,5% do PIB no pagamento de juros sobre a dívida pública, mais 14,5% do PIB são destinados ao pagamento de previdência e INSS do setor público, o que representa 22% do PIB com gastos de apenas dois itens do orçamento.

“Se não for feito um esforço de contenção e de credibilidade na dinâmica das contas públicas, essa dívida pública pode se tornar uma ameaça extremamente preocupante para a estabilidade da macroeconomia brasileira”, alertou. “A nossa dívida

não é das maiores do mundo, olhada estatisticamente. Há países com dívida muito maior do que a nossa, mas poucas nações do mundo têm uma dinâmica de dívida tão perigosa quanto a nossa, por causa dos juros. Com juros tão altos, a dívida se retroalimenta e vira uma bola de neve”.

Em relação ao setor de combustíveis, o economista falou para os revendedores que, apesar de os combustíveis fósseis ainda perdurarem por décadas, o tempo é de mudança e a transição energética já está acontecendo. “Observamos um maior protagonismo do etanol. Temos novas tecnologias que vão permitir

Entre os fatores preocupantes, o economista citou a dívida do país e a taxa de juros básica da economia
Eliane Cunha

aumentar a produtividade na ordem de 40% de etanol por tonelada de carga. Isso vai dar ao biocombustível um papel extremamente relevante na transição energética, com menos ruptura, menos riscos de paradas súbitas que fogem do nosso controle”. Por outro lado, em relação ao carro elétrico, ainda há dúvidas sobre o descarte das baterias, apesar de a China manter os investimentos nesta modalidade, inclusive no Brasil. Para Giannetti, mesmo com alguns obstáculos que a eletrificação enfrenta no país, as novas tecnologias sempre em curso poderão dar um novo rumo mais promissor ao carro elétrico.

A reforma tributária foi outro tema abordado pelo economista, que destacou o quanto essa mudança beneficiará o setor de combustíveis e o país como um todo, por meio da maior transparência, facilidade de fiscalização e simplificação dos tributos. “Ela também coibirá a presença inaceitável de competidores que operam fora das regras normais de uma economia de mercado”, afirmou. Esta, inclusive, é a grande bandeira dos agentes do setor com a reforma, no sentido de ampliar a implementação da monofasia tributária do ICMS, com a inclusão do etanol hidratado, como forma de combater as irre-

O economista falou para os revendedores que, apesar de os combustíveis fósseis ainda perdurarem por décadas, o tempo é de mudança e a transição energética já está acontecendo

gularidades do setor, que têm no produto uma grande brecha.

Em relação ao valor das alíquotas dos dois novos impostos que deverão substituir todo sistema tributário atual, o IBS e o CBS, Giannetti não acredita que terá impacto maior sobre os preços dos combustíveis. “Preço de gasolina e diesel é muito sensível para qualquer político. Eles não vão permitir que aconteça algum aumento politicamente desastroso em relação à prática de preços na bomba”, disse. n

Representantes das quatro principais distribuidoras nacionais participaram do painel e destacaram as tendências e novidades do segmento

Conveniência em constante reinvenção

Companhias analisaram as mudanças do setor nos últimos anos, que passou por revolução tecnológica e adaptação às tendências de consumo

POR MÔNICA SERRANO

Eliane Cunha

Omercado de lojas de conveniência passou por diversas mudanças ao longo do tempo, e tem evoluído cada vez mais, principalmente após a pandemia, com o aumento de novas tecnologias, tanto pela experiência da compra, quanto pelos meios de pagamento sem atrito. Porém, o que permanece como atributo essencial, que caracteriza a compra em lojas de conveniência ou mesmo no mercado de proximidade, é a economia de tempo.

“Nosso propósito é criar um mundo que seja conveniente, simples, rápido e fácil, que devolva tempo às pessoas. Podemos entregar uma oferta que seja de qualidade, mas também rápida. Da mesma forma, eu também crio facilidade para o meu franqueado, que hoje é a nossa principal veia de crescimento e expansão do negócio”, disse Nathalia Cid, CEO da BR Mania, durante o painel “Lojas de Conveniência e Mercados de Proximidade: o que pensam os executivos de grandes redes brasileiras do setor”.

Com mediação de Giselle Valdevez, sócia-diretora da Valsa Consultoria, o painel contou com a participação de re -

presentantes das quatro principais distribuidoras do setor de combustíveis, com as respectivas marcas de lojas: BR Mania (Vibra Energia), AmPm (Ipiranga), Shell Select (Raízen) e A Esquina (Ale Combustíveis).

Frederico Amorim, gerente de Operações da Ale Combustíveis, destacou que, segundo pesquisas, além do tem -

Nathalia Cid, CEO da BR Mania, apresentou novos formatos de lojas de conveniência que podem ser adaptadas às necessidades da revenda
Eliane Cunha

po, o negócio que proporcionar ao consumidor economia de dinheiro e aumento do prazer tem grandes chances de alcançar o sucesso. Amorim também citou uma pesquisa norte-americana do mercado de conveniência, traçando um paralelo com o mercado nacional. O que mais motiva a visita a uma conveniência é a facilidade de entrar e sair da loja, “sem filas quilométricas ou perda de tempo para estacionar, não transitar em grandes lojas e processo de pagamento simples. Então, é muito rápido entrar, pegar o que precisa, pagar e sair”, disse, complementando que outro aspecto importante é a localização. Ou seja, “a conveniência tem que estar no caminho do consumidor”.

Já Renato Stefanoni, presidente da AmPm, destacou que o cliente é o centro de tudo, necessidades da conveniência foram mudando com o tempo e as grandes redes acompanharam. “O nosso negócio começou a ter uma necessidade de conjugar, se adaptar e trazer uma experiência melhor, um ambiente mais adequado, confiança, credibilidade, e as redes fazem isso muito bem. Então, estar sob uma bandeira traz um efeito de credibilidade”, disse.

O painel também contou com um representante de mercado de proximidade, João Edson Gravata, executivo de Varejo do Carrefour Express, que abordou a complementaridade dos formatos, desde atacarejo, hipermercado, lojas de proximidade e conveniência em postos de combustíveis. “Esses negócios não são necessariamente concorrentes entre si, mas complementares. O que a gente busca é justamente poder oferecer uma prestação de serviços que seja cada vez mais completa para o cliente em seus diferentes momentos, em suas diferentes necessidades. Então, é estar disponível para o cliente quando e onde ele precisa”, observou. Além de todos os aspectos já bastante conhecidos do mercado de conveniência, Alex Teixeira, diretor de Negócios da Shell Select, enfatizou que o nível de complexidade de entrega da conveniência está maior. Segundo ele, o consumidor busca um atendimento especial e espera encontrar produtos diferenciados, o que faz com que o mercado tenha que se reinventar o tempo todo, trazendo novos conceitos e novas opções de lojas.

“A boa notícia é que temos uma oportunidade imensa no Brasil”, comentou, ressaltando que o mercado de lojas de conveniência abrange somente 20% do

total de postos, enquanto na Argentina ele atinge 75% do total de revendas.

Giselle ressaltou o formato de conveniência em postos como modelo de complementaridade de negócios, com oferta de serviços, tanto para o aumento de renda do empreendimento, quanto para atender à necessidade do consumidor, que sai da pista e vai até a loja para comprar algo que necessite.

TENDÊNCIAS

Algumas vezes, as transformações de um setor não são planejadas e surgem como uma avalanche, em meio à adaptação a eventos emergenciais. Foi o que aconteceu com a pandemia, que acelerou o uso de tecnologia e inovação no cotidiano das conveniências. Como resultado desse período, houve crescimento vertiginoso das lojas

Renato Stefanoni, presidente da AmPm, destacou que o cliente é quem determina as tendências do segmento
Eliane Cunha

ESPECIAL EXPOPOSTOS | FÓRUM | CONVENIÊNCIA

em condomínios. “No Brasil existem aproximadamente 11 mil lojas de conveniência em ambientes fechados, em condomínios residenciais e ambientes corporativos. Essa aceleração foi brutal a partir da pandemia. As pessoas tiveram que se adaptar, ter lojas mais próximas. Hoje, os aplicativos delivery estão aí e fazem entregas em menos de 10 minutos, o que não existia antes”, destacou Gravata, enfatizando o aumento da competitividade dos aplicativos com as lojas de condomínio. Para ele, a questão da inovação, hoje, é muito mais um olhar atento sobre as possibilidades para melhor atender ao cliente. Uma das formas de monitorar as preferências do consumidor e tentar suprir as suas demandas é entender os hábitos de consumo, por meio das plataformas de CRM, segundo Gravata. “Atualmente, existem tecnologias disponíveis e acessíveis que ajudam a entender e identificar o que o cliente deseja. Esta conexão não se limita ao digital, é também fundamental ouvir o consumidor em lojas físicas”, destacou.

Por outro lado, não adianta ter os recursos tecnológicos, se a base de dados gerada não é monitorada sob o olhar da gestão. “Os revendedores, hoje, não extraem todo o potencial dos sistemas de

gestão que a sua loja proporciona. Os dados são oportunidade de informação para retroalimentar a sua operação para que produzam resultados cada vez melhores”, disse Amorim, da Ale.

Giselle destacou que os relatórios para análise mostram o caminho de gerenciamento por categorias, e deixou uma pergunta para a plateia: “será que estou olhando os relatórios, será que conheço o que eles têm a oferecer?”

Do ponto de vista de tendências, Stefanoni destacou que quem determina as tendências é o próprio consumidor. Nesse aspecto, a empresa precisa ser ágil para se adaptar às mudanças. “A nossa organização está leve e rápida, se adaptando, de forma permanente, às necessidades do cliente”, disse.

Nathalia, da BR Mania, destacou que a empresa busca inovação no sentido de entender que em todo posto cabe algum modelo de loja de conveniência, estudando novos formatos para atender a cada necessidade, desde espaços menores aos premiums . Nesse sentido, a Vibra está investindo no lançamento de lojas autônomas super compactas, com a inauguração de três lojas no Rio de Janeiro no final de setembro. n

Case de sucesso: 7-Eleven

Entre as atrações internacionais do setor de conveniência, o destaque ficou para o segundo dia de evento (11/09), com a palestra “A conveniência que ganhou o mundo”, que contou com apresentação de Tadashi Suzuki, diretor de Entrada em Novos Mercados da 7-Eleven Internacional.

Tadashi apresentou o case de sucesso da 7-Eleven, que abriu a primeira loja em 1927, em Dallas (Texas - EUA), e que se tornou uma franquia global, com aproximadamente 185 mil unidades em 20 países.

O processo de expansão foi bemsucedido, segundo o executivo, pela adaptação aos mercados regionais, com mix de produtos que atendam às demandas do consumidor local, além de implementar as tendências mundiais, seguindo os parâmetros de gestão da empresa.

As lojas 7-Eleven possuem cerca de 3 mil produtos, com área entre 100 m2 e 300 m2, funcionam 24 horas, sete dias na semana, e têm fácil acesso.

Um dos pontos fortes, destacado pelo executivo, é o amplo uso da tec-

nologia, por exemplo em soluções de pagamento via escaneamento do rosto, celular e caixa de autoatendimento. Outra preocupação da rede é com a escolha de fornecedores com DNA de sustentabilidade, visando menor impacto ao meio ambiente, inclusive em relação às embalagens.

Tadashi Suzuki foi atração internacional, que contou o case global da 7- Eleven
Eliane Cunha

Revenda em discussão: temas comuns na América Latina e Brasil

Correção de temperatura, taxas e prazos de pagamento de cartões de crédito para os varejistas e self-service foram os principais assuntos em pauta no Fórum Internacional

POR MÔNICA SERRANO

Assim como em eventos anteriores, o Fórum Internacional discutiu as principais diferenças entre os mercados latino-americano

de combustíveis e o brasileiro. Neste ano, três assuntos polêmicos foram alvos de debate: as taxas praticadas pelas administradoras de cartões de crédito, a correção

Carlos Guimarães, da Fecombustíveis, mediou o painel que contou com a participação de representantes da revenda da Argentina, Costa Rica, Honduras e México
Eliane Cunha

de temperatura dos combustíveis e o sistema self-service nos postos.

Com mediação de Carlos Guimarães, vice-presidente da Fecombustíveis, participaram do painel Antonio Galvas, gerente-geral da Estação de Serviço Cristo Rei Tonopo S.A (Costa Rica); Carlos Gold, secretário de Relações Institucionais e presidente honorário em atos internacionais da Cecha (Confederación de Entidades del Comercio de Hidrocarburos y Afines de la República Argentina); Juan Carlos Segovia, empresário do setor de combustíveis e representante da Associação

Hondurenha de Distribuidores de Produtos de Petróleo (Honduras); e Victor Hugo Arellano, diretor-técnico e normativo da Organização Nacional de Revendedores de Petróleo (Onexpo), como representante do México.

Guimarães iniciou o painel agradecendo à delegação de 50 participantes, de 12 países da América Latina, que veio ao Brasil para debater alguns dos temas comuns do setor de combustíveis na reunião da CLAEC (Comissão Latino-Americana de Empresários de Combustíveis), evento que aconteceu simultaneamente à ExpoPostos.

“Para quem não conhece, a CLAEC é uma entidade que existe há 32 anos e se reúne a cada seis meses, em um dos países participantes. Estamos realizando a 63ª edição da CLAEC no Brasil. Procuramos

entender o que tem de bom nos países vizinhos e também vemos como eles enfrentam problemas parecidos com os nossos. Procuramos trazer as coisas boas que eles têm, mas também buscamos impedir que as ruins cheguem ao Brasil”, esclareceu.

O painel abordou um tema antigo do setor, mas no qual no Brasil nunca avançou, a correção da diferença de temperatura.

O representante de Honduras, Juan Carlos Segovia, contou como o seu país foi o único da América Central a adotar a legislação para correção de temperatura dos combustíveis. “Após uma luta de cerca de 50 anos, conseguimos aprovar uma lei em Honduras, há 12 anos, que implementou a correção de temperatura a 15,5oC”, disse.

A correção de temperatura dos combustíveis é um tema global, que se refere ao ajuste no volume do combustível devido à variação de temperatura, uma vez que os combustíveis se expandem ou contraem conforme a as mudanças de clima. Em temperaturas mais altas, o volume aumenta, e em temperaturas mais baixas, ele diminui. Segundo Segovia, a correção de temperatura a 15,5oC é um padrão global.

“Há uma lei global, que se estabeleceu há 100 anos, porque a indústria tinha problemas com a expansão ou redução do combustível, conforme a variação climá-

tica”, disse. “As normas importantes que conhecemos na América Latina são a API 2540 e a ASTM 1250, que indicam que o que estamos afirmando aqui é correto”.

Segovia também exemplificou o cálculo da correção. Na gasolina, para cada 8,3 o C é 1% do volume do combustível. Já no diesel cada 12º C representa 1%. “Se quem importou pagou 15,5oC, mas o combustível chegou a 23oC, há uma diferença de 8oC, que é 1% do volume que ele recebeu”, disse, demonstrando as perdas que o posto pode ter.

Guimarães, da Fecombustíveis, destacou que a Federação tem tratado deste tema com a ANP. Há, inclusive, uma norma regulamentando o assunto, mas ninguém respeita. “No mundo inteiro se corrige a temperatura para o posto de combustíveis e no Brasil estamos tendo essa perda. Logo depois do descarregamento, o que acontece? Normal-

mente, quando a gente recebe o combustível mais quente, ele vai para uma temperatura mais baixa no tanque. Então, imagina no posto perder 1% das vendas”, reforçou.

O México também faz correção de temperatura dos combustíveis, porém a 20oC. Já a Argentina, atualmente, não tem correção. Houve um decreto, segundo Gold, que durou três anos, entre 1986 e 1989. “O forte poder do lobby das companhias petroleiras fez o decreto cair em desuso”, afirmou.

Já na Costa Rica não há correção de temperatura, mas o mercado é regulado pelo governo, que não permite que o posto tenha prejuízo, e insere a conta na margem do revendedor. A preocupação dos representantes do setor é com a possibilidade de abertura do mercado. Eles buscam que seja implementada a regulamentação, a fim de evitarem perdas.

CARTÕES DE CRÉDITO

Outro tema abordado pelos participantes foram as taxas e prazos de pagamento de cartões de crédito — assunto em que o Brasil também está atrás dos vizinhos da América Latina. Além das taxas cobradas serem menores nos demais países, o prazo de recebimento das compras pagas com cartões de crédito é de um dia, na maioria deles. Somente na Argentina o prazo é de cinco dias, enquanto, no Brasil, o empresário demora 30 dias para receber.

Carlos Gold, da Argentina, contou que o país não tem correção de temperatura
Eliane Cunha

“Acho que isso vem lá de trás, da época em que o Brasil tinha uma inflação de 80%/ 90% ao mês, mas, hoje, isso não faz o menor sentido. Então, esse é um tema também que a Fecombustíveis está encampando e levando para a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), que é uma briga muito maior (varejo do país). Inicialmente, queremos diminuir esse prazo para 15 dias, ou, por que não, para 5 dias ou um dia?”, sugeriu Guimarães.

AUTOSSERVIÇO

Em relação ao sistema self-service dos combustíveis, alguns países da América Latina adotaram o autosserviço, mas no Brasil esse modelo é proibido por lei desde 2000. Apesar de ser um tema polêmico na revenda, o posicionamento atual da Fecombustíveis é contra, porém a dificuldade de contratação de mão de obra tem trazido a questão de volta à discussão. Inclusive, há uma pressão do Congresso Nacional, com projetos de lei que pretendem aprovar o sistema no país.

No México também existe uma legislação que proíbe o self-service em postos de combustíveis, porém na fronteira com os Estados Unidos as revendas aderiram, parcialmente, ao sistema de autoatendimento.

“O governo mexicano tem uma legislação trabalhista que protege o trabalhador

nas normas que regulam os postos de serviços. No entanto, uma empresa começou a operar com o sistema com preços muito mais baixos. No Norte do país, na fronteira com os Estados Unidos, algumas revendas aderiram também ao autosserviço. No México, menos de 5% dos postos operam com o self-service”, disse Arellano.

Uma das dúvidas é se a automação dos postos, com a redução da folha de pagamento, seria revertida em aumento das margens. Esta foi uma questão avaliada no painel, pois, no caso do México, uma rede de postos reduziu muito os preços dos combustíveis e, consequentemente, das margens, para atrair o consumidor.

Em Honduras, a revenda de combustíveis é regulada pelo governo e também não permite o self-service. Da mesma forma, os demais países participantes do painel, como Argentina e Costa Rica, não adotaram o sistema. n

Victor Hugo Arellano contou que no México, apesar de não ser autorizado o self-service, algumas revendas na fronteira com os Estados Unidos adotaram o sistema
Eliane Cunha

Transição energética no Brasil terá soluções múltiplas

Enquanto diversos países caminham para a eletrificação da mobilidade, o Brasil tem outras soluções para a descarbonização, como os biocombustíveis, e em especial o etanol, além do biometano, que tem as mesmas características do GNV

POR ROSEMEIRE GUIDONI

“Não importa a energia que o cliente busca, o posto deve se adequar às tendências”, disse James Thorp Neto, mediador do debate
Eliane Cunha

Eventos climáticos extremos têm ocorrido com frequência cada vez maior, em todo o mundo, alertando as nações para a urgência da descarbonização. Por isso, muitos países estão escolhendo o caminho da eletrificação da mobilidade — tendência que já existe no Brasil, mas, na visão de especialistas, está ainda distante de ser uma solução única. Isso porque o Brasil tem uma matriz elétrica prioritariamente renovável, além da participação de biocombustíveis na matriz veicular. Atualmente, segundo dados do mercado, o setor de transportes, no país, é responsável por 13% das emissões de carbono, totalizando 240 milhões de toneladas CO2 por ano.

O tema foi discutido por especialistas em alguns painéis realizados durante o Fórum Internacional de Postos de Serviços, Equipamentos, Lojas de Conveniência e Food Service, que aconteceu paralelamente à última edição da ExpoPostos, entre os dias 10 e 12 de setembro. Na visão dos participantes, o Brasil tem uma posição única em termos de fontes de energia renováveis, e não faz sentido escolher uma delas como alternativa principal.

“O petróleo deve fazer parte de nossa matriz ainda por algum tempo, seguindo ao lado de outros combustíveis, como eta-

nol, biodiesel, diesel renovável e biometano, por exemplo”, disse Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), durante o painel “Energia do Futuro: perspectivas sobre a matriz energética brasileira nos próximos anos”.

James Thorp Neto, presidente da Fecombustíveis, mediou o debate, que contou também com a participação de representantes da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços (Abieps) e ANP. Segundo Thorp, essa discussão é bastante importante para os postos revendedores, que precisam se preparar para atender qualquer tipo de consumidor. “Não importa qual a energia que o cliente busca, o posto deve se adequar às tendências para poder oferecer o produ-

Roberto Ardenghy, presidente do IBP, destacou que se o Brasil parar de produzir petróleo, o mundo passaria a emitir mais CO2

to ao cliente. A discussão de tendências é muito importante para que os empresários do setor possam tomar decisões baseadas em conhecimento”, disse ele, referindo-se ao crescimento da eletromobilidade e de outras fontes energéticas.

AVANÇO DE ELÉTRICOS DEVE CAMINHAR AO LADO DE OUTROS COMBUSTÍVEIS

Entretanto, apesar do crescimento da participação de veículos elétricos na matriz nacional, o percentual ainda é tímido diante do total da frota. De acordo com

Gilberto Martins, diretor de Assuntos Regulatórios da Anfavea, outras frentes (incluindo a eletrificação veicular, mas não somente) podem ajudar o país a descarbonizar a mobilidade.

“A mescla de combustíveis é o que devemos aproveitar de nossa matriz energética. Hoje, o Brasil tem uma matriz (de mobilidade) 49% renovável, enquanto o restante do mundo está em 14%”, ressaltou. Ele também citou o programa Mover, que estabelece metas e requisitos para incentivar a indústria automotiva nacional, e tem como um dos eixos principais o investimento em eficiência energética. “Ou seja, veículos mais eficientes consomem menos combustível e, portanto, emitem menos gases e materiais particulados”, explicou Martins.

Segundo o representante da Anfavea, o programa Mover também traz uma inovação, que é a avaliação do ciclo de vida de cada veículo. “Ou seja, não é suficiente saber o quanto ele emite ao consumir o combustível, precisamos entender o quanto de emissões de carbono a sua fabricação representa, e isso passará a ser mensurado a partir de 2027. Chamamos isso ‘do poço à roda’. Uma segunda etapa do Mover deverá avaliar ‘do berço ao

Abel Leitão, vice-presidente da Brasilcom, observou que o etanol se tornou um produto relevante do ponto de vista ambiental, mas, ao mesmo tempo, vem sendo alvo de inúmeras irregularidades
Eliane Cunha

túmulo’, o que significa que serão mensuradas todas as emissões, desde os componentes para a fabricação de peças — o que inclui os minérios para a produção de baterias de veículos elétricos — até o descarte final”, esclareceu. De acordo com ele, somente a reciclagem de veículos, juntamente com inspeção veicular e renovação de frota, poderá reduzir, dentro de 15 anos, as emissões de carbono, em 400 milhões de CO2.

PETRÓLEO NACIONAL TEM BAIXA PEGADA DE CARBONO

Na avaliação de Daniel Maia, diretor da ANP, o Brasil tem diversas oportunidades para reduzir sua pegada de carbono. “Temos as discussões sobre o Combustível do Futuro, que propõe incentivos a fontes renováveis, como o etanol e o biodiesel. Teremos, também, o aumento do percentual de mistura de etanol anidro na gasolina A, o crescimento do etanol de segunda geração e do etanol de milho, além da inserção do diesel verde e de projetos para transformação de etanol em hidrogênio. Tudo isso já torna nossa matriz veicular mais limpa do que a dos demais países”, pontuou. Além disso, Maia observou que o petróleo brasileiro, especialmente do pré-sal,

tem menor pegada de carbono, o que o torna mais valorizado globalmente. “Em todos os cenários, elaborados por diversas entidades e agências, o petróleo ainda estará presente em 2050”, afirmou. O diretor da ANP ainda comentou que um dos grandes desafios dos biocombustíveis, do ponto de vista da agência reguladora, diz respeito à regularidade do mercado, seja tributária, seja de qualidade. “Não vejo competição entre fósseis, biocombustíveis ou eletrificação. Mais de 30% dos recursos investidos em pesquisa, desenvolvimento e inovação vêm do setor fóssil. São empresas que exploram petróleo e estão investindo em novas fontes”.

Ardenghy, do IBP, lembrou que apenas uma parcela do petróleo está presente na mobilidade. “O petróleo faz parte de nossa indústria. A mobilidade é apenas um dos usos. Esta cadeira em que estamos sentados, por exemplo, vem do petróleo”, ilustrou. “O Brasil, hoje, emite um terço da média mundial para produzir um barril, o que realmente faz com que o produto nacional tenha baixa pegada de carbono. No mundo, em média, cada barril gera a emissão de 25 quilos de CO2; no Brasil, no pré-sal, emitimos 11 quilos”, complementou. Segundo o presidente do

IBP, se o Brasil parar de produzir petróleo, o mundo passaria a emitir mais CO2

Em sua avaliação, o processo de descarbonização é bastante complexo, com o risco de aumento da chamada “pobreza energética”. “Novas tecnologias são bem-vindas, mas é preciso olhar para a realidade do país. Hoje, o consumidor não pode pagar mais por litro de combustível. Além disso, ainda há localidades que precisam de produtos fósseis para a geração de energia elétrica e até o uso de carvão para cozinhar alimentos”, disse.

MELHORES ESQUINAS DO BRASIL

Para Thiago Castilha, diretor de Comunicação da Abieps, o Brasil é diverso na inovação a respeito de formas de geração de energia. “Não podemos nos fechar para o novo, os postos precisam ser ecléticos e entender quais as novas fontes de energia que os consumidores irão buscar — inclusive a fonte elétrica. Ou seja, o mercado precisa estar sempre atento às tendências, para poder ‘surfar’ a onda de inovação”. Castilha reforçou que os postos revendedores têm as melhores esquinas do Brasil, e quanto mais essas empresas ampliarem seu leque de serviços, melhor irão atender aos clientes. Para Thorp, de fa-

to, os empresários do setor precisam conhecer as tendências e também ficarem atentos às oportunidades. “Quanto melhor atendermos às necessidades de nosso cliente, maior será a perenidade de nosso negócio no mercado”.

DISTRIBUIDORAS

Em outro painel, também realizado durante a ExpoPostos, representantes das principais distribuidoras (Vibra, Ipiranga, Shell e Ale), além da Brasilcom, que representa as companhias regionais, discutiram as estratégias para a transição energética no Brasil.

Clarissa Sadock, vice-presidente-executiva da Vibra, destacou que os combustíveis tradicionais, inclusive os fósseis, seguem crescendo, com relevância “muito grande”. “O que percebemos é que existe espaço para tudo, para o tradicional e, também, para a inovação. O ‘novo’ vai continuar crescendo e o país também, com espaço para todos”, destacou.

Em sua opinião, ao olhar para os principais produtos, o mercado também consegue identificar oportunidades. “Além disso, existem outras possibilidades de descarbonização. Na Vibra, por exemplo, a gasolina Podium é carbono neutro”, disse, mencio-

Daniel Maia, diretor da ANP, destacou a multiplicidade de combustíveis renováveis que fazem a matriz veicular nacional mais limpa

nando que esse é um produto que os consumidores começam a solicitar. “Acredito que essa transição, com o consumidor, será feita de forma gradual”, completou, destacando que o propósito da empresa é ter uma “gama completa de produtos”.

Thorp, da Fecombustíveis, destacou a importância de os revendedores saberem a diferença da pegada de carbono de cada produto comercializado, de forma a informarem corretamente os clientes.

Abel Leitão, vice-presidente da Federação Brasilcom, comentou que, apesar do momento importante, a transição energética é, ainda, enxergada pela entidade com certa preocupação. “Existem avanços e medidas que, não necessariamente, se conversam”, afirmou. Em sua avaliação, existe uma certa “euforia” relaciona-

da à criação de diversos programas, que, muitas vezes, são menos técnicas e mais emocionais.

“Vivemos um momento histórico, a era do petróleo não vai acabar, e vamos viver com ele por mais uma ou duas décadas. Então, vemos com muita preocupação algumas iniciativas. A evolução consciente é aquilo que vai se tornar perene, precisamos eliminar os elementos emocionais, para evitar que ‘oportunistas se aproveitem’”, frisou. Leitão citou como exemplo o caso do etanol, que se tornou um produto relevante do ponto de vista ambiental, mas, ao mesmo tempo, vem sendo alvo de inúmeras irregularidades. Ele também citou a importância de garantir a segurança energética no país. “Isso precisa ser discutido de forma consciente, sem que o país perca oportunidades por embarcar em uma suposta transição energética. Os problemas relacionados a cada alternativa precisam ser revistos e endereçados”.

BRASILCOM ALERTA PARA ENDEREÇAMENTO ADEQUADO DO CBIOS

Leitão também criticou os métodos atuais do Programa Renovabio, que não cumpre a principal regra do mercado de créditos de carbono — quem mais polui,

Eliane Cunha

mais paga. “No Brasil, isso está encarecendo o produto final. No mundo todo, esse mercado funciona de forma distinta. Temos que fazer ajustes para que os agentes mais poluidores arquem com a maior parcela dos CBIOs (créditos de descarbonização)”, ressaltou.

Para entendimento, os CBIOs funcionam da mesma forma que o mercado de crédito de carbono — ou seja, empresas que investem em boas práticas e energia renovável emitem os créditos, que devem ser comprados por organizações potencialmente poluidoras, as quais, com isso, descarbonizam suas atividades. A questão levantada pela Brasilcom, no entanto, diz respeito às regras dos CBIOs no Brasil — no caso, as refinarias, que seriam as maiores emissoras, não têm as mesmas obrigações que as distribuidoras. Além disso, o valor dos CBIOs gera um impacto ao preço final dos combustíveis. “Todos os consumidores de diesel e de gasolina estão pagando isso, valor que já superou os R$ 24 milhões em cinco anos”, disse Leitão.

FUTURO DIVERSO

Eduardo Tardin, representante do Grupo Ultra, comentou que o futuro da transição energética é diverso. “Entendemos que

existem várias alternativas que vão se estabelecer, e uma delas é o biocombustível”, afirmou. “Temos uma projeção otimista de dobrar a capacidade do etanol nos próximos dez anos. Em uma projeção conservadora, isso pode demorar um pouco mais, mas existe tecnologia para melhoramento genético de grãos. Então, acreditamos ter uma grande oportunidade para o Brasil crescer com biocombustíveis. Em nossa visão, ainda é um produto subutilizado, tanto no Brasil quanto no mundo”.

Na avaliação do executivo, as cidades devem se transformar no futuro, e as empresas do setor precisam estar preparadas para atender aos novos consumidores. “Hoje, 76% da população reside em centros urbanos, mas as projeções indicam que até 2030 esse índice aumentará para 90%. E essas pessoas irão precisar de mobilidade, mas também de serviços e opções para as novas demandas, inclusive do ponto de vista ambiental”, reforçou. “A visão da companhia é ser um ponto de atendimento para as novas necessidades do consumidor”.

MUDANÇAS URBANAS TAMBÉM IMPACTAM EMISSÕES

Fulvius Tomelin, diretor-presidente da Ale, ressaltou a importância da energia

para o desenvolvimento econômico e para a redução da pobreza. “Precisamos ter uma matriz energética segura, barata e acessível”, destacou.

O executivo criticou os subsídios, especialmente em relação à geração elétrica, ressaltando que “estamos vivendo distorções”. “É importante pensarmos em soluções, mas não em problemas. Precisamos criar soluções múltiplas, para que o mercado escolha a melhor delas”, disse. Tomelin trouxe como exemplo o trânsito das grandes cidades. “O maior consumo de combustível é quando o veículo fica no congestionamento, na situação de ‘anda-e-pára’. Políticas urbanas para melhorar o trânsito e a mobilidade nas cidades são tão necessárias quanto a introdução de fontes de energia renovável ou com menor potencial de emissões”, exemplificou, mencionando tecnologias como inteligência artificial, sensores e internet das coisas (IoT) como soluções para melhoria de tais problemas.

“As cidades devem se transformar”, disse, citando a nova linha de produtos da empresa, denominada Energy, que pretende reduzir o impacto de emissões decorrentes da queima de com -

bustíveis, com menor emissão de carbono e material particulado.

ETANOL É VANTAGEM NACIONAL

Marcelo Besteiro, vice-presidente comercial da Raízen, comentou que a empresa sempre investiu em produtos sustentáveis, com compromisso com a sustentabilidade. “Acreditamos que o etanol tem esse papel. A cana-de-açúcar representa 1% do território nacional, mas já responde por 20% da energia do país”, disse ele, citando os planos da Raízen para etanol de segunda geração e também para produção de biogás, a partir de resíduos sucroalcooleiros.

“O Brasil já fez a transição há muitos anos. Um carro flex, abastecido 100% a etanol, emite 50% a menos do que um carro elétrico na Europa. Então, essa transição já aconteceu no Brasil”, reforçou. “Precisamos entender o que faz sentido para o Brasil e para a nossa economia, temos uma matriz mais limpa do que a maioria dos países, e precisamos de energia limpa e competitiva”.

O executivo destacou, ainda, que o etanol emite 80% menos que gasolina, e o etanol de segunda geração emite 30% menos que o etanol de primeira geração.

Gás natural é destaque do Brasil na transição, mas demanda incentivos

Com acréscimo do biometano, a oferta de gás veicular no país poderá aumentar significativamente, porém a exploração depende de investimentos e infraestrutura

POR ROSEMEIRE GUIDONI

O gás natural vem sendo considerado um combustível importante para a transição energética. Embora de origem fóssil, o produto pode reduzir em até 85% as emissões de materiais particulados em comparação com o diesel, além de diminuir significativamente a emissão de gases de efeito estufa. Além disso, o biometano, gás produzido a partir de resíduos diversos (resíduos urbanos, de saneamento e da agropecuária, principalmente), tem

as mesmas características (especificação) do gás natural veicular (GNV), podendo tanto aproveitar a infraestrutura existente de abastecimento, quanto se tornar uma opção para casos específicos.

O tema foi alvo de discussão do painel “O Gás Natural e o Futuro do mercado veicular no Brasil”, moderado por Adriano Nogueira, presidente do Sindestado (sindicato que representa os postos revendedores do estado do Rio de Janeiro). De acordo com

Painel mostrou que o GNV pode reduzir as emissões de CO2 em até 20%, sendo uma alternativa importante para contribuir com a matriz veicular mais limpa
Eliane Cunha

os participantes, o gás, para uso veicular, tem sido subutilizado, principalmente, por falta de conhecimento do consumidor.

“Quem opta pelo GNV precisa converter seu veículo e isso exige investimento. Mas, o produto é mais econômico e há incentivos para o seu uso em vários estados, como a redução do IPVA ou a permissão para rodar em dias de rodízio municipal (quando os demais, movidos a combustíveis fósseis, têm restrições de circulação)”, explicou Nogueira.

O presidente do Sindestado reforçou que o GNV pode reduzir as emissões de CO2 em até 20%, sendo uma alternativa importante para a transição energética. No entanto, um dos desafios do produto é chegar a todas as regiões do país.

Segundo os participantes do painel, um dos destaques do gás natural, atualmente, é o fato de o produto ter exatamente a mesma molécula do biometano. “O mercado de GNV no Brasil oscila entre 5,5 e 6,5 milhões de m3 por dia. Com os novos campos, devemos ter mais 15 milhões de m3/dia, além de outros projetos e da introdução do biometano. O mercado brasileiro poderá ter uma virada de 180 graus, passando a ser autossuficiente na produção”, disse Gabriel Kropsch, diretor-executivo do Comitê Nacional do GNV.

“Sabemos que o GNV está muito concentrado no Rio de Janeiro, mas com o biometano, que se soma a todos estes esforços, podemos chegar a 30 milhões de m³ diários”, acrescentou.

Bruno Ambrush, especialista em gás natural, citou que a expansão do GNV foi fundamental para a economia do Rio de Janeiro, mas existem oportunidades no Nordeste. “O GNV é fundamental para a expansão e massificação do mercado”, disse. Ele destacou a adesão ao mercado livre de energia, para os revendedores, que reduz custos com energia elétrica, sendo fundamental para a competitividade do negócio.

Atualmente, no Brasil, a frota a GNV é composta, principalmente, por veículos leves. De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Gás Canalizado (Abegás), existem cerca de 2,5 milhões de veículos leves adaptados ao gás natural no país. Esse número inclui carros de passeio, frotas comerciais, táxis e aplicativos de transporte.

Com o desenvolvimento do mercado de biometano — o qual, aliás, resolve outro grave problema, que é o acúmulo de resíduos — a perspectiva é de que o gás aumente sua participação no mercado, com maior segurança em relação ao fornecimento e redução de emissões. n

Cases de sucesso: herdeiros trazem novo olhar à gestão

Em uma das palestras do Fórum Internacional, algumas histórias de sucesso de empresas familiares de revenda foram apresentadas ao público, mostrando a importância da modernização do mercado e diversificação dos negócios

POR ROSEMEIRE GUIDONI

Modernização, inovação na gestão e também o investimento em outros negócios: para alguns revendedores, essa foi a fórmula de sucesso, fazendo com que os clientes passassem a enxergar o empreendimento de modo diferente. “Inovação e governança foram determinantes para o bom desempenho destas empresas”, destacou Cesar Urnhani, piloto do Programa Auto Esporte da TV Globo, que moderou o painel realizado em 11 de setembro, durante a ExpoPostos & Conveniência.

Da esq. para dir.: Cesar Urnhani, Francielli Locatelli, Ana Clara Franzner Chiodini e Fabiano Gouveia
Eliane Cunha

Urnhani reuniu, em um formato de talkshow, alguns cases da revenda, para ouvir os sucessores do negócio que tiveram destaque na gestão de postos e lojas de conveniência. Uma das participantes foi Francielli Locatelli, filha de Aldo Locatelli, atualmente conselheira administrativa do Grupo Aldo. A rede, que tem, hoje, 18 postos de rodovia, todos com galonagem elevada, é administrada pela empresária, que destacou, em sua apresentação, que “não existe sucessão sem dor”.

Segundo Francielle, o negócio do Grupo Aldo — antes Locatelli, marca que mudou em 2007 — já está na terceira geração. No entanto, o momento de transição para sua gestão ocorreu justamente durante a pandemia da Covid-19. “Trabalhei na empresa de meu pai desde adolescente, mas, somente na época da pandemia, assumi a operação integral dos negócios no final de fevereiro. Em março começou o lockdown”, contou.

De acordo com a empresária, todo o planejamento que havia sido feito para a sucessão do negócio mudou em função das regras sanitárias, e o posto precisou se reinventar, para atender especialmente aos caminhoneiros, que não pararam durante a pandemia.

“Embora tenha sido um período bastante triste, foi também de grande aprendizado”, destacou Francielli. “Meu pai fez o melhor no momento dele. Eu agora vivo uma ou-

tra fase, vou tentar entregar o meu melhor e trazer o oxigênio necessário para esse novo período do negócio”, completou.

CONVENIÊNCIA VEIO DA “INQUIETUDE DE PRESTAR MELHORES SERVIÇOS”

Participando do mesmo painel, Ana Clara Franzner Chiodini, CEO da Agricopel (dona da rede de Postos Mime), também sucessora de negócios familiares, destacou o quanto a conveniência é importante para o desempenho da rede.

“Nossa empresa foi fundada em 1977, em Jaraguá do Sul (SC), apenas com um posto revendedor. Porém, nossa história com as lojas de conveniência é antiga, e nasceu dessa inquietude que nos move, pois sempre queremos prestar o melhor serviço ao cliente”, disse Ana Clara. Segundo ela, em 1993, a família olhou a conveniência como uma “oportunidade”.

“Inauguramos a primeira loja 24 horas da cidade, a qual fomentou a criação da cultura de conveniência na região. Em nosso segundo posto, tivemos a segunda franquia de conveniência da época, no Brasil”, ressaltou a empresária, mencionando que o setor vem passando por transformações constantes e, quanto mais os empresários estiverem atentos ao comportamento e demandas do consumidor, é maior a chance de sucesso. “Precisamos sempre olhar a necessidade do cliente, pois as

ofertas complementares são geradoras de tráfego. Hoje, 46% dos cupons que emitimos na rede vêm destes outros serviços complementares ao abastecimento, oriundos da conveniência”, pontuou.

Tanto ela quanto Francielli reforçaram a importância da consistência do trabalho, o que inclui não apenas a oferta de serviços e produtos, mas também o cuidado com as instalações (incluindo sanitários em perfeito estado de uso) e o bom atendimento pela equipe de vendas. “Nosso intuito é gerar boas experiências e segurança para todos os clientes”, destacou. Essa questão, segundo o moderador, Cesar Urnhani, é relevante para todos os

clientes, mas, especialmente, para as mulheres. “E, hoje, 65% do poder de compra de automóveis estão nas mãos das mulheres, que representam grande parte das motoristas do país”, destacou.

IDENTIFICAR OPORTUNIDADES É FUNDAMENTAL

Fabiano Gouveia, que também sucedeu seu pai nos negócios, considera que o mercado hoje está mais competitivo do que no passado, e que as empresas que tiverem negócios complementares têm maior perspectiva de rentabilidade. “Conveniência, troca de óleo, franquias, entre outros ramos, foram o diferencial para manter o nosso empreendimento na revenda”, garantiu.

“Precisamos olhar para dentro de nosso setor, que é bastante competitivo, e avaliar o que pode ser mais atrativo ao consumidor, para rentabilizar nosso metro quadrado”, disse Gouveia. Em sua visão, não há motivo para considerar que o negócio de revenda está muito complexo, mas é preciso pensar em novas ideias e achar oportunidades, para atender melhor o seu cliente, em suas diferentes necessidades.

“Pensamos nisso todos os dias, sempre procurando o melhor atendimento e também a solução para as ‘dores’ do cliente, por meio de serviços que fazem com que ele retorne ao posto com frequência”, finalizou. n

Eliane Cunha
“Trabalhei na empresa de meu pai desde adolescente, mas, somente na época da pandemia, assumi a operação integral”, disse Francielli Locatelli

TABELAS

TABELAS

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DO ETANOL (Centro-Sul)

Período São Paulo Goiás ANIDRO 26/08/2024 - 30/08/2024 2,917 2,695

- 06/09/2024 2,936 2,649

Variação setembro de 2024 x setembro de 2023

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DO ETANOL ANIDRO (em R$/L)

Período São Paulo Goiás HIDRATADO

- 13/09/2024

Variação 26/08/202427/09/2024 -3,2% -1,4%

Variação setembro de 2024 x setembro de 2023

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DO ETANOL HIDRATADO (em R$/L)

Fonte: CEPEA/Esalq

Nota 1: Sem Pis/Cofins produtor (R$ 0,1309)

Nota 2: Preço para vendas interestaduais.

FORMAÇÃO

DE PREÇOS

Convênio ICMS 173/2023 (Gasolina) e 172/2023 (Diesel) - Referência 01/10/2024

TABELAS

FORMAÇÃO DE PREÇOS

Nota (1): Corresponde ao preço da usina/produtor sem acréscimo do PIS/COFINS, incluso frete

Nota (2): Decreto 8395, de 28/01/2015, para Gasolina e o Decreto 9391/2018 para o Diesel - Alíquota reduzida a zero

Nota (3): Decreto 9101, de 20/07/2017, para Gasolina e a Lei 10.865/2004 para o Diesel

Nota (4): Base de cálculo do ICMS = Ad rem (Gasolina - Convênio ICMS 173/2023 - e Diesel - Convênio ICMS 172/2023)

Nota (5): Média ponderada considerando o volume comercializado no ano de 2022

Nota (6): Lei 11.116/2005

Obs: preços com base nas Tabelas Petrobras (refinarias) de 27/12/2023 para Óleo Diesel E 09/07/2024 para Gasolina - ICMS Base -Convênio ICMS 173/2023 (Gasolina) e Convênio ICMS 172/2023 (Diesel)

Preços para o Estado da Bahia (S.Fco do Conde, Candeias, Jequié e Itabuna - Refinaria Acelen) - ref. 26/09/2024 e para Região Norte (Refinaria REAM)ref. 27/09/2024 e Rio Grande do Norte (Guamaré - 3 R Petroleum) - ref. 26/09/2024

Esta planilha é elaborada com os dados públicos e oficiais previamente divulgados ao mercado pela Petrobras, Governo Federal e Governos Estaduais e pelo CEPEA/ESALQ.

Utilizamos as tabelas públicas fornecidas pela Petrobras (Refinarias), a composição de tributos divulgada pelo Governo Federal e pelo CONFAZ (Ato Cotepe), além dos custos dos biocombustíveis (Fonte: Biodiesel = Leilões ANP e Etanol Anidro = Cepea/Esalq).

A Fecombustíveis se isenta de quaisquer erros nos dados fornecidos pelas fontes acima citadas e ressalta que esta planilha se destina exclusivamente a colaborar com a transparência do mercado e com a efetivação da competitividade do setor.

AJUSTES NOS PREÇOS DA PETROBRAS

Fonte: Petrobras

Nota: As tabelas e informações sobre a composição de preços estão disponíveis no site da empresa, seção Nossas Atividades/ Preços de Vendas de Combustíveis (https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/precos-de-venda-de-combustiveis/)

TABELAS

PREÇOS DE REVENDA E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS

Período: 01/01/2021 à 22/09/2024 - (Preço Médio Brasil)

Gasolina comum:

Óleo Diesel S10:

Etanol Hidratado comum:

Obs:

1 - A partir de 17/08/2020 os dados de distribuição de etanol hidratado NÃO contemplam a parcela de ICMS/Substituição

2 - Desde a semana iniciada em 23/08/2020 os preços de distribuição são informados pelas distribuidoras à ANP através do SIMP

(*) Fonte: ANP – Painel Dinâmico de Preços de Combustíveis e Derivados do Petróleo, em 30/09/2024

AGENDA

Outubro

14º Ciclo de Congressos Regionais Minaspetro

Data: 04

Local: Juiz de Fora (MG)

Realização: Minaspetro

Informações: (31) 2108- 6500

NACS Show

Data: 8 a 10

Local: Las Vegas (EUA)

Realização: NACS

Informações: https://www.nacsshow.com/

Workshop Revenda de Pernambuco

Data: 16 e 17

Local: Caruaru (PE)

Realização: Sindicombustíveis-PE

Informações: (81) 3227-1035

Novembro

Encontro de Revendedores do Nordeste

Data: 07 a 10

Local: Costa do Sauípe - Mata de São João (BA)

Realização: Sindicombustíveis – BA e demais sindicatos da região Nordeste

Informações: (71) 3342-9557

Encontro de Revendedores do Sudeste

Data: 28 e 29

Local: Petrópolis (RJ)

Realização: Sindestado – RJ e demais sindicatos da região Sudeste

Informações: (21) 2704-9400

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