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Especial
from Revista Fecomércio-BA Edição 35
by Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia
Fecomércio-BA e entidades assinam acordo de cooperação com a Prefeitura de Salvador
Objetivo é impulsionar a economia baiana e garantir a geração de emprego e renda
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por Lívia Montenegro
A pandemia da Covid-19 atingiu diversos setores, que buscam se reerguer após um período conturbado economicamente. E para promover a retomada econômica na capital baiana, a Prefeitura de Salvador lançou no final do mês de outubro, um pacote de ações e investimentos no valor de R$ 3,3 bilhões, com o objetivo de aquecer o setor e garantir a geração de emprego e renda.
O evento, realizado no Wish Hotel, contou com a participação de entidades representativas do comércio, que na ocasião firmaram acordo de cooperação técnica com a Prefeitura, propondo ações de incentivo à vacinação, entre elas iniciativas promocionais no varejo, como descontos aos consumidores soteropolitanos que comprovem estar vacinados. Representando o setor terciário, Kelsor Fernandes, presidente em exercício da Fecomércio-BA, foi responsável pela assinatura do termo. O grupo contou com a adesão da FCDL Bahia, CDL Salvador, e a maioria dos shoppings centers da capital. A parceria visa contribuir com a saúde pública, garantindo que o comércio continue aberto, minimizando os riscos de retorno de medidas restritivas.
"Muita gente terá a oportunidade de conseguir um emprego. O empresário quer que as pessoas possam consumir. O plano da prefeitura vem numa hora boa. A pandemia gerou desemprego altíssimo, as projeções não são boas para o Brasil no próximo ano e ninguém pode ser contra projetos arrojados como esse. Vejo muito com bons olhos", disse Fernandes na ocasião. Durante o evento, o prefeito Bruno Reis anunciou ainda uma série de investimentos e medidas de incentivo econômico às empresas. Também foi assinado um decreto que suspende a obrigatoriedade de aferição de temperatura em estabelecimentos comerciais.
Em solenidade no Wish Hotel, o presidente em exercício, Kelsor Fernandes, assinou o acordo representando as entidades do comércio
Campanha estimula vacinação promovendo descontos em produtos e serviços
A campanha “Vacina no braço, desconto na compra”, iniciativa da Prefeitura de Salvador com as entidades do comércio, FCDL Bahia, CDL Salvador, Fecomércio-BA, Abrasel e Abrasce, busca incentivar a população para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 e acelerar o retorno à normalização das atividades comerciais. Diversos estabelecimentos estão oferecendo descontos em produtos e serviços para estimular os clientes a concluírem sua vacinação.
Para comprar mais pagando menos nos estabelecimentos identificados com o selo da campanha, basta apresentar o cartão de vacinação comprovando as duas doses da vacina, além de um documento de identificação com foto.
Essa mobilização da gestão municipal e do comércio de Salvador, deve aumentar ainda mais o número de pessoas retornando aos pontos de imunização para completarem a proteção, o que contribui para a diminuição do índice de contágio da doença, redução dos riscos de novas medidas restritivas e viabilização da realização de grandes eventos em Salvador e do pleno funcionamento do comércio.
Turismo como ferramenta de transformação
Estamos vivendo uma vigorosa retomada do turismo e embora possa parecer que pouca coisa mudou na experiência do turista convencional até agora, profundas mudanças ainda vão emergir no setor ao longo dos próximos anos. Grandes empresas estão passando por reestruturações, a exemplo da CVC, ou vendas e fusões, como a Flytour. Ambas apontam para mais investimento em tecnologia, mas também para um reposicionamento estratégico de olho na sobrevivência.
A pandemia evidenciou mudanças de comportamento e consumo que, aos olhos de alguns executivos, seriam nuvem passageira. A conta do alto custo ambiental da indústria começa a aparecer para as grandes empresas, mas há várias outras pressões - e oportunidades.
Autenticidade, experiências culturais e contato com o local são tendências já confirmadas no turismo pós-pandemia. Em paralelo, cresce o movimento de releitura histórica e revisão de monumentos públicos para cobrar, com razão, espaço e visibilidade para fatos e personagens que a memória oficial apagou. Mas isso é ruim?
Para os destinos, é cada vez mais importante a capacidade de reinventar e criar novas versões de sua história para apresentar a novos e fiéis visitantes. Essa é a estratégia por trás dos novos equipamentos de Salvador, como a Cidade da Música, mas também do investimento de mais de R$15 milhões em Turismo Étnico, financiados pelo Prodetur/ Bid. Salvador quer se projetar como o principal destino Afro, atraindo especialmente turistas afro-americanos que gastam anualmente mais de US$ 109 bilhões em viagens internacionais. Quem não quer uma fatia desse mercado? Reconhecer e valorizar o legado cultural afrobrasileiro como diferencial e atrativo turístico é uma visão estratégica para o segmento, abraçando elementos como a gastronomia, musicalidade, moda e criatividade. Com isso, toda uma cadeia econômica de serviços poderia se beneficiar, gerando riqueza para comunidades negras.
Além disso, o turismo tem grande responsabilidade na construção de memórias sociais e de uma identidade cultural nacional. Poderia ser uma poderosa ferramenta de transformação social, apresentando histórias não contadas da nossa cultura, valorizando a diversidade.
Há cinco anos a Diaspora.Black atua com esse propósito, fomentando um turismo que cumpra sua vocação transformadora. Reunimos na plataforma os mais qualificados roteiros de valorização da memória negra, além de hospedagens e eventos online. Também aplicamos tecnologia social para sensibilizar o olhar e qualificar a atuação das empresas.
Mas somos um país que sofre com a cegueira do racismo. O turismo ainda apresenta um Brasil que não reflete a nossa realidade. Pesquisa da USP em 2018 indicou que 46% dos viajantes negros brasileiros já sofreram discriminação em suas viagens.
À medida que cresce o acesso a esses serviços, as situações de discriminação ficam mais evidentes - um problema estrutural que gera prejuízos econômicos, jurídicos e de reputação. O racismo se reproduz nas sutilezas, como um mecanismo cognitivo enraizado. Para combatê-lo, é preciso treinamento contínuo para construir novos padrões de pensamento e ação.
As empresas têm responsabilidade com a sociedade, e serão cada vez mais cobradas. Aquelas que não se transformarem, podem não sobreviver. As pessoas estão cada vez mais dispostas a denunciar e boicotar marcas, produtos e serviços que reproduzem tais violências e discriminações, mas também aquelas que se omitem da responsabilidade de se posicionar e agir diferente.
Antonio Pita
Co-fundador da Diaspora.Black - Top 10 Travel Techs do Brasil pela 100 Open Startups
Cosméticos Sustentáveis
Marcas registram crescimento nas vendas mesmo durante a pandemia
por Jaciana Bianck
Nos últimos anos, o mercado voltado para os cosméticos sustentáveis vem demostrando considerável crescimento no Brasil. Segundo a Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), em 2019, esse setor apresentou um crescimento entre 10% e 15% no país, atingindo um faturamento de 4,5 bilhões de reais.
A popularidade desse segmento é inegável, principalmente analisando o contexto pandêmico. Segundo Tarsila Guimarães, fundadora da loja colaborativa Guapa, que comercializa
Tarsila Guimarães, é proprietária da Guapa, a loja é colaborativa com foco em produtos locais, artesanais e sustentáveis.
Ainda conforme Bárbara, essa ascensão do setor ocorre devido ao surgimento de um novo tipo de consumidor, mais consistente e preocupado com os impactos ambientas e com o que estão consumindo. Ela diz “estes clientes são muito atentos, cosméticos naturais, foi através das vendas on-line desses itens que ela conseguiu manter o seu negócio.
Experiência essa que Bárbara Pedroso, uma das proprietárias da e-commerce de produtos de beleza artesanais Bosque dos Aromas, também relata. “No começo foi complicado, pois, participávamos de várias feiras, mas quando quase tudo fechou precisamos nos reinventar e através das nossas redes socais as vendas cresceram bastante nesse período”.
Todos os cosméticos comercializados na Guapa são produzidos por pequenas produtoras soteropolitanas, colaborando dirimente com o comércio local.
querem saber sobre os ingredientes utilizados, procuram por produtos naturais, que não possuem insumos de origem animal ou que testam em animais, e principalmente estão atentos as embalagens”.
A esquerda Cristina Pedroso acompanhada da filha Bárbara Pedroso, juntas elas produzem e comercializam os produtos da marca Bosque dos Aromas.
Para a fundadora da Guapa, além das questões ambientais existem outros dois fatores que atraem esse público, a economia e a saúde, visto que esses itens duram mais que os convencionais e não possuem insumos tóxicos ao organismo.
Apesar de o nicho ainda ser composto em sua maioria por comércios locais, tanto Bárbara quanto Tarsila, destacam a tendência de expansão para grandes marcas convencionais. No mercado atual, algumas empresas como o grupo O’Boticário, Avon e Natura já apostam em um viés mais ecológico.
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@bosquedosaromas