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ENTREVISTA Alexandre Peixoto

por Jaciana Bianck

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Alexandre Peixoto é superintendente do Sindilojas Porto Alegre, entidade considerada referência no associativismo e representatividade sindical. Em 2021, o Sindilojas conquistou o Prêmio Top Ser Humano ABRH-RS, que premia as empresas que se destacam por práticas de gestão de pessoas, desenvolvimento humano e responsabilidade social. Além disso, em 2020, a associação classificou-se em 5º lugar no Programa de Certificação Great Place to Work (GPTW), que reconhece as melhores empresas para se trabalhar, destacando-se como o único sindicato do país a fazer parte do ranking setorial daquele ano. Venha entender um pouco mais desse case de sucesso!

Sistema Fecomércio-BA - Quais estratégias o Sindilojas Porto Alegre adotou para manter sua sustentabilidade após a extinção da obrigatoriedade sindical?

Alexandre Peixoto- Com a extinção, o número de contribuições caiu consideravelmente. Porém, crescemos em relação à prestação de serviços, e mantivemos o foco com a equipe comercial muita ativa e em contato com nossos associados.

Mas, outro fator importante é que antes disso o Sindilojas Porto Alegre já realizava um trabalho de desenvolvimento do setor oferendo plano de saúde, software, cursos, plano de telefonia, programa de vagas, tudo voltado para o associado. SF - Os sindicatos do Rio Grande do Sul são considerados referências no associativismo, quais práticas possibilitaram esse cenário?

AP- Possuímos uma diretoria super ativa e uma equipe muito qualificada no acompanhamento e trato com os associados. Mas, não se muda uma coisa do dia para a noite, trabalhamos muito por um planejamento estratégico estruturado, que nos possibilitasse aumentar nosso número de associados e o faturamento através dos produtos que ofertamos. Também temos uma representatividade muito grande e nossos associados percebem isso.

SF - Em 2020, o Sindilojas Porto Alegre classificou-se em 5º lugar no Programa de Certificação Great Place to Work (GPTW). Quais fatores possibilitaram essa conquista?

Mas, não se muda uma coisa do dia para a noite, trabalhamos muito por um planejamento estratégico estruturado, que nos possibilitasse aumentar nosso número de associados e o faturamento através dos produtos que ofertamos.”

AP - A partir do desenvolvimento do projeto “Jornada da Transformação” criamos vários pilares ligados a inovação, cooperação, comunicação e gestão. Foram desenvolvidos muitos trabalhos com a nossa equipe. Ela se tornou cada vez mais forte e com um clima muito melhor. Dessa forma, passaram a atender melhor o associado, pois a pessoa que está feliz entregará um trabalho ainda melhor para os lojistas, afinal ela se sente parte do negócio. SF - Mesmo com as dificuldades ocasionadas pela pandemia, o Sindilojas destacou-se desenvolvendo um portal voltado para o lojista. Como ele contribuiu para a consolidação da representatividade do sindicato?

AP - O portal foi um divisor de águas para o Sindilojas, quando a pandemia começou nós não dávamos conta das ligações que chegavam na nossa central telefônica. Mas, notamos que as informações solicitadas eram iguais. A partir disso, entendemos que precisávamos de um portal, que nomeamos de InspiraAção e nele disponibilizamos todas as informações trabalhistas, tributárias, econômicas, protocolos de saúde, entre outras coisas. Com isso, nós chegamos a ter 1 milhão de usuários, evidenciando nossa representatividade e importância para a cidade de Porto Alegre e até para o país.

O sindicato tem que manter uma proximidade com o lojista, fazer pesquisa de imagem para entender o que ele precisa e quais dores ele sente. Pois, se você está muito longe do seu associado, dificilmente você será referência para ele."

SF - Como um sindicato pode se tornar relevante para seu associado?

AP - Quando ele oferece a informação na hora que o lojista precisa. Quando ele busca sempre produtos necessários para o associado tocar seu negócio, como softwares e consultorias. Então, hoje, quando o lojista precisa de algo, ele sabe que pode encontrar no Sindilojas. É muito mais fácil ele acreditar e confiar no sindicato quando encontra os produtos que precisa para pronta entrega, digamos assim.

SF - Quais aspectos são necessários para que uma associação possa alcançar o status de referência associativista?

AP - O sindicato tem que manter uma proximidade com o lojista, fazer pesquisa de imagem para entender o que ele precisa e quais dores ele sente. Pois, se você está muito longe do seu associado, dificilmente você será referência para ele. Por isso o Sindilojas Porto Alegre visa sempre estar moderno para o lojista, com uma boa gestão de pessoas e financeira, trabalhando com inovação e com uma diretoria atuante. O sindicato precisa fazer seu trabalho de representatividade, e para isso ele necessita de um histórico e precisa ser lembrado para estar nos lugares e reuniões importantes. Afinal, ele representa a categoria e precisa trabalhar por isso.

SF - O Sindilojas Porto Alegre inaugurou o Co.nectar Hub, o primeiro ambiente de inovação com foco no varejo criado por um sindicato no Brasil. Qual o objetivo desse projeto e como ele contribuirá para o desenvolvimento dos lojistas?

AP- O Hub surgiu com o intuito de trazer o pequeno lojista para dentro do ecossistema de inovação, pois, sabemos que esses comerciantes não têm uma estrutura para isso. Mas, agora, através da rede que o Sindilojas está disponibilizando dentro do HUB, ele terá o suporte que precisa. Além disso, o lojista poderá se conectar com as startups e participar dos projetos, assim não será somente o comprador de uma tecnologia, mas fará parte da sua construção.

Incentivos fiscais garantidos até 2032

Com a aprovação da Lei Complementar 186/2021, o Comércio garantiu a prorrogação de incentivos fiscais que ratificam a importância estratégica do segmento para a recuperação da economia brasileira pós-pandemia. Para explicar um pouco mais sobre o projeto e sua relevância, conversamos com Bruno Branco, coordenador da Câmara de Assuntos Tributários (CAT) da Fecomércio-BA. Confira!

SF: Como se deu a tramitação do projeto no Congresso Nacional?

Bruno Branco: O Projeto de Lei 5/2021 foi proposto pelo deputado Efraim Filho (PB) atendendo a recorrente demanda do setor do comércio e distribuição. O texto iniciou sua tramitação pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara e depois seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça, onde foi aprovado em poucas semanas. A votação no Plenário da Câmara foi muito importante, pois o projeto foi aprovado por uma ampla maioria, conquistada a partir de um convencimento amplo liderado pela CNC. O projeto foi enviado para o Senado, onde houve muitas discussões, e tentativas de inclusão de emendas, porém o texto foi aprovado na forma que foi recebido, seguindo para a sanção presidencial. Foi um caminho longo, porém demonstra a força do setor e sua capacidade de organização para propor e aprovar melhorias no nosso sistema tributário.

SF: Qual a importância da LC 186/2021 para o comércio?

BB: A lei prorroga os incentivos fiscais estaduais para o comércio (seja atacadista, distribuidor ou comércio eletrônico) até 2032, nos equiparando à indústria, ratificando a importância do nosso setor no Brasil e reconhecendo que o comércio e a indústria são atividades econômicas indissociáveis e complementares. Nesse sentido, a publicação da LC 186/21, em prazo correlato à extensão dos benefícios concedidos ao segmento industrial possibilita remanescer o equilíbrio econômico e tributário entre o segmento industrial e comercial.

Bruno Branco comemora prorrogação de incentivos

O comércio e a indústria são atividades econômicas indissociáveis e complementares",

Bruno Branco

SF: Quais as consequências caso não fosse aprovada a nova legislação?

BB: A resiliência do setor foi posta a prova durante a pandemia de Covid-19, sendo exposto às maiores restrições de funcionamento, fragilizando as finanças das empresas e aumentando os seus custos. Considerando que os benefícios fiscais atualmente concedidos ao setor comercial não são absorvidos através de margens de lucros, mas sim são alocados diretamente no preço dos produtos, reduzindo e trazendo competitividade ao custo médio de venda ao segmento varejista e, por consequência ao consumidor final. A não aprovação do PLP 5 (texto original da LC 186/21) teria como resultado a elevação da carga tributária e, por conseguinte, o aumento no valor de venda dos produtos comercializados.

SF: Quais as vantagens que as empresas do setor terciário podem usufruir daqui para a frente?

BB: Mantendo as condições tributárias diferenciadas para o setor até 2032, os incentivos fiscais permitem a comercialização dos produtos com preços competitivos e reduzidos, uma vez que a carga tributária compõe diretamente o preço da mercadoria revendida pelo atacadista e distribuidor para todo setor terciário.

Sessão especial na Câmara de Vereadores debate o comércio em Salvador

A convite do vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), a Fecomércio-BA integrou Sessão Especial sobre ‘A Importância do Comércio e dos Comerciários e Comerciárias em Salvador’. Também participaram do evento a FEC – Federação Intermunicipal dos Sindicatos de Empregados no Comércio de Bens e de Serviços no Estado da Bahia, o Sintrasuper – Sindicato dos Empregados em Supermercados, Hipermercados e Mercadinhos do Ramo Atacadista e Varejista de Salvador, a SPM – Secretaria Estadual de Políticas Públicas para Mulheres, o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Sindi-

O presidente da Fecomércio-BA e do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae, Carlos de Souza Andrade, participou, em Lisboa (Portugal), da Web Summit, conferência internacional focada em inovação tecnológica.

A missão empresarial do Sebrae-BA reuniu ainda conselheiros da entidade, Antoine Tawil, vice-presidente da Federação das Câmaras de Dirigencato dos Empregados no Comércio, o SINE Bahia e o Sebrae-BA.

“Nosso objetivo foi ouvir trabalhadores, empresários e representantes do setor para que possamos elaborar políticas públicas consistentes que revitalizem o comércio de Salvador e que criem condições para a expansão de negócios e geração de empregos”, disse o vereador que também preside a Comissão do Trabalho, Emprego e Renda.

Salvador tem mais de 80% de sua economia vinculada ao setor terciário, ou seja: é uma cidade com grande vocação para o setor comercial. Por

Kelsor Fernandes participa de sessão especial da Câmara de Vereadores

isso mesmo que pautar o comércio é pautar a economia de Salvador. Nessa perspectiva, a Sessão reuniu representações empresariais, órgãos de apoio, entidades de pesquisa e, também, a representação da classe trabalhadora.

Missão empresarial em Portugal

Além do presidente Carlos Andrade, conselheiros do Sebrae Bahia, Antoine Tawil e Cloves Cedraz, integraram a missão internacional com foco em inovação

tes Lojistas – FCDL, e Cloves Cedraz, presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais da Bahia, startups baianas e donos de pequenos negócios da área de TI. As empresas baianas participantes do evento foram selecionadas por meio de um edital do Sebrae Bahia, que viabilizou a missão internacional no país europeu. A agenda incluiu encontros de negócios com investidores-anjo e potenciais compradores de outros países. Além de acompanhar o evento, que reuniu 42 mil pessoas de 128 países, os conselheiros tiveram encontros específicos com órgãos e associações da sociedade civil e representantes do comércio local, a exemplo da Câmara de Comércio e Indústria de Portugal e da UACS – União das Associações de Comércio e Serviços do país lusitano.

Coordenador de Mercado e Internacionalização do Sebrae Bahia, Leonardo Teles também acompanhou a missão e explica que as empresas participantes passaram por uma trilha preparatória para acessar o mercado internacional. “Eles tiveram a oportunidade de fazer networking e interagir com o ecossistema português de inovação, colocando em prática tudo o que foi passado durante o período de preparação”.

O mercado é Tech

por Alice Santiago

Ademanda interna do mercado brasileiro por profissionais capacitados na área da Tecnologia da Informação já é um dos assuntos que preocupa empresas e instituições. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), entre 2019 e 2024, serão necessários, pelo menos, 420 mil profissionais para suprir as vagas que surgem diariamente.

Java, .net, phyton, PHP, react, Javascript, HTML, Kotlin, Flutter e Swift – esses nomes te dizem algo? Se sim você está por dentro do mercado de programação, mas caso não esteja entendendo nada, o Senac vai explicar o porquê conhecer essas linguagens pode mudar ou alavancar sua carreira.

Todos os nomes citados acima são linguagens de programação – elas servem para desenvolver aplicativos, criar sites, sistemas operacionais, entre outros tipos de dispositivos que utilizamos no dia a dia. O colapso ou “apagão tecnológico” que os especialistas pontuam como grande entrave do mercado atual é fruto da escassez de profissionais que entendam e saibam operar essas linguagens. Aprender uma linguagem de programação assemelha-se com aprender uma nova língua, como o inglês ou espanhol, só que por algoritmos e programas. O conhecimento pode ser adquirido aos poucos, de acordo com a necessidade e interesse de cada profissional. A realidade é que na hora de escolher uma área, para atuar ou se especializar, vale a pena conferir as oportunidades e interseções com mercado de tecnologia – para garantir aquele tempero a mais na hora de aplicar para uma vaga de emprego.

Cursos de tecnologia no Senac

O Senac preparou para esse momento o lançamento, em todo o Brasil, da Nova Trilha T.I – uma oferta atualizada de cursos na área de tecnologia para atender as exigências do mercado. Em Salvador, o Senac oferece aulas presenciais para os cursos de Programador Full Stack, programação em java, HTML e CSS, além de UX e UI. De acordo com a gerente do Senac, Maibi Teixeira Marques, o Senac elaborou um plano de atendimento para suprir a lacuna de profissionais no mercado, através de laboratórios completos e programação atualizada. "Estamos com uma ampla oferta para cursos de marketing digital, programação web, desenvolvimento e games. Essas são formações promissoras e de boa empregabilidade”, contou.

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