fecomércio
tiragem
150.000 exemplares
informativo
comprovada pela Soltz, Mattoso & Mendes Auditores Independentes
belo Horizonte - abril 2012 - edição 374
www.fecomerciomg.org.br
Publicação mensal do comércio de Bens, serviços e turismo de minas gerais - sistema fecomércio minas, sesc, senac e sindicatos
1 Vitrine turismo Fecomércio marca presença no Fórum Panrotas. Página 16
2 comércio
e-commerce Empresas aderem cada vez mais ao mercado digital. Página 4
3 mercado
exportação Conheça as oportunidades de negócios com a Índia. Página 22
emprego: caminho para o desenvolvimento Sistema Fecomércio Minas lança ferramenta que deve encurtar a distância entre as empresas e os profissionais disponíveis no mercado Paolo Xavier
A iniciativa tem por objetivo gerar o desenvolvimento econômico e social de Minas Gerais, por meio da promoção do emprego. Os empresários do comércio de bens, serviços e turismo terão acesso ao Banco de Empregos em um ambiente online seguro e dinâmico, onde poderá buscar os profissionais conforme a necessidade da empresa. PÁGINA 3
comércio em alta com o dia das mães Empresários da capital e do interior de Minas demonstram expectativa positiva para a segunda melhor data para vendas e planejam estratégias para aumentar os lucros nesse período. A previsão é de que o faturamento supere o que foi registrado no ano anterior. PÁGINA 17
SEnac Alunos se destacam na etapa estadual da Olimpíada do Conhecimento
SEsC Mesa Brasil quer distribuir 40 mil toneladas de alimentos em 2012
SEBRAE Projeto Remessas: empresas buscam recursos no exterior
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opinião do presidente burocracia e seus malefícios
expediente
Prezadas e prezados empresários do comércio de bens, serviços e turismo de Minas Gerais. Na edição anterior do Jornal Comércio Informativo, a mensagem do presidente foi substituída por fotos do futuro Centro Administrativo da Fecomércio, Sesc e Senac. O prédio terá em torno de 15 mil m² e se encontra em fase de aprovação junto à prefeitura de Belo Horizonte. Com o mesmo propósito, nesta edição estamos publicando fotos do futuro prédio de expansão do Centro Administrativo do SebraeMG, com área total em torno de 16 mil m², cuja construção está prestes a ser iniciada. Faremos um breve relato sobre seu histórico e sugerimos uma reflexão sobre a burocracia e seus malefícios para a economia, bem como em relação às nossas atitudes, para que possamos amenizá-la. O controle excessivo, presente em quase todas as atividades produtivas, é um redutor do ritmo do desenvolvimento e um desestimulador, por retardá-las e onerá-las. O Sebrae-MG cresceu muito e há tempos suas instalações originais se tornaram insuficientes para abrigar todas as suas atividades. Apesar de onerar e dificultar a gestão, a alternativa foi alugar imóveis para abrigar os departa-
mentos, até que fosse construído novo prédio. O ex-presidente do Conselho Deliberativo, presidente da Faemg e atual presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Nacional, Roberto Simões, a quem tive a honra de suceder no Sebrae-MG, tão logo foi empossado iniciou procedimentos para construção do prédio anexo, com o objetivo de centralizar novamente a administração. Resumindo, entre a aquisição do terreno, elaboração dos projetos e licenciamentos, apesar de todos os esforços, decorreram os quatro anos de sua gestão e não foi possível iniciar as obras. Tomamos posse e demos continuidade ao projeto, incluindo as ações licitatórias. Somente após 14 meses, completados em março, foi possível a assinatura do contrato com a construtora vencedora, que iniciará as obras em abril, com a previsão de dois anos para a conclusão. Peço uma profunda reflexão aos gestores das entidades que estão sob a nossa responsabilidade, para que façamos nossos processos mais simplificados e ágeis, sem infringir as normas legais. Positividade Divina sempre! Até breve!
Lázaro Luiz Gonzaga
presidente do sistema fecomércio minas, sesc, senac e sindicatos e do sebrae-MG
novo anexo do centro administrativo do sebrae-mg Fotos: Divulgação
Presidente Lázaro Luiz Gonzaga Vice-presidentes Emerson Beloti de Souza, Sebastião da Silva Andrade, Amâncio Borges de Medeiros, Osvaldo Fernandes Pereira Júnior, Lúcio Emílio de Faria Júnior, José Maria Facundes, Hercílio Araújo Diniz Filho, Iesser Anis Lauar Secretários Anelton Alves da Cunha, Afonso Mauro Pinho Ribeiro, Bento José Oliveira, Vera Lúcia Freitas Luzia, Idolindo José de Oliveira, Caio Márcio Goulart Tesoureiros Marcelo Carneiro Árabe, Wainer Pastorini Haddad, Maria Luiza Maia Oliveira, José Donaldo Bittencourt Júnior, José Porfiro do Carmo, Alfeu Freitas Abreu Conselho fiscal Carlos Alberto Salvato, Carlos Wagner do Couto, Glenn Andrade Fecomércio Informativo Publicação mensal do Sistema Fecomércio, Sesc, Senac e Sindicatos e do Sebrae-MG Produção – Fecomércio Minas Gerência de Comunicação e Marketing Ana Laura Guimarães Edição: Etiene Egg Priscilla Ázara Produção Editorial: Marketing Fecomércio Minas Projeto Gráfico: Prefácio Comunicação Impressão: Sempre Editora Tiragem: 150.000 exemplares Comprovada por: Soltz, Mattoso & Mendes Auditores Independentes Caderno Sesc: Camila Lôbo – Cordenadora de Comunicação Caderno Senac: Welington Vitarelli – Assessor de Comunicação e Marketing Caderno Sebrae: Teresa Goulart – Gerente de Comunicação Fecomércio Minas: Rua Curitiba, 561 Centro – Belo Horizonte – CEP: 30 170 – 120 Contato: (31) 3279.3300 Sesc Minas: Rua Tupinambás, 956 Centro – Belo Horizonte – CEP: 30 120 – 070 Senac Minas: Rua Tupinambás, 1086 Centro – Belo Horizonte – CEP: 30 120 – 070 Sebrae Minas: Av. Barão Homem de Melo, 329 Nova Suiça – Belo Horizonte – CEP: 30 431 – 285
As obras devem ter início ainda este mês, com prazo estimado de dois anos para a conclusão
Novo prédio
Projeto do Novo Centro Administrativo teve início na gestão anterior
Novo prédio
FEcomércio informativo • Edição 374 • 3
em foco
diminuir distâncias para
o desenvolvimento
Banco de Empregos do Sistema Fecomércio Minas vai ajudar as empresas a encontrar os profissionais de que precisam de forma mais dinâmica e segura O Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos acaba de criar uma ferramenta para promover o encontro entre quem busca e quem oferece trabalho, partindo de uma lógica simples: sem emprego não há consumo regular; se não há consumo, o setor de comércio de bens, serviços e turismo não apresenta bons resultados, não cresce satisfatoriamente. Assim, forma-se um círculo vicioso que freia a economia. Por acreditar na importância do estimulo à geração de empregos, a entidade está colocando no ar o Banco de Empregos Sistema Fecomércio Minas e Sindicatos, que irá funcionar como ambiente de ligação direta entre o trabalhador e as empresas do comércio de bens, serviços e turismo. O Banco de Empregos do Sistema será um serviço via internet, totalmente gratuito, dinâmico e ágil, tanto para os profissionais que buscam uma oportunidade, quanto para os empresários. Os candidatos cadastram seus currículos e optam por uma ou mais ocupações de seu interesse. As informações dos candidatos são disponibilizadas para consulta pelas empresas que, assim, poderão pré-selecionar candidatos e convidá-los a participarem de seus processos seletivos. Para privilegiar nossos representados, somente empresas ativas do segmento do comércio de bens, serviços e turismo poderão visualizar os currículos, de acordo com a área de interesse. Todos os dados das empresas serão provenientes do cadastro mantido junto à Fecomércio Minas. O Banco de Empregos foi criado pelo Senac e já está no ar, no endereço www.bancodeempregos.org. br. Acesse e conheça o ambiente que será o elo entre empresas e trabalhadores. O lançamento do serviço está previsto para meados deste mês de abril, em uma solenidade na Fecomércio Minas, que deverá contar com a presença do governador do Estado, Antonio Anastasia, entre outros convidados de honra. O presidente do Sistema Fecomércio Minas, Lázaro Luiz Gonzaga, se orgulha desse projeto criado em prol do desenvolvimento e geração de empregos do comércio de bens, serviços e turismo no Estado. “Nada mais indigno para uma família que o desemprego. Com esse projeto, vamos atuar em duas frentes. A primeira será em benefício da população, ao promover empregabilidade. Com isso, estaremos cumprindo nossa função social. Na segunda frente, vamos apoiar os empresários na busca por profissionais que irão manter e desenvolver seus negócios. A sociedade como um todo tem muito a ganhar com o Banco de Empregos do Sistema”, comemora.
Empresários do comércio de bens, serviços e turismo poderão encontrar os profissionais certos para as vagas de sua empresa
Os profissionais poderão cadastrar seus currículos, colocando-se à disposição para vagas no comércio
4 • FECOMércio informativo • edição 374
institucional
sistema fecomércio dá início
à internacionalização gestores participam de treinamento no exterior Divulgação/Milta Rocha Consultoria
Os gestores tiveram a oportunidade participar de cursos, apreciar boas práticas gerenciais e de qualidade no atendimento
meyre ribeiro Estudar e conhecer empresas bem-sucedidas, espelhando-se nos bons exemplos, pode projetar uma organização rumo à excelência em seu nicho de atuação. Falta de capacitação gerencial prejudica qualquer movimento da empresa. Seguindo uma das diretrizes da atual gestão, o Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos propiciou um processo de internacionalização a 32 gestores em mais uma etapa da Capacitação de Lideranças, realizada desde o ano passado. O Programa Internacional de Gestão e Qualidade para Executivos foi desempenhado entre os dias 2 e 11 de março, em Atlanta e Orlando, nos Estados Unidos. Diretores, gerentes, assessores e coordenadores tiveram a oportunidade de apreciar boas práticas gerenciais e de qualidade no atendimento, além de se impressionar com os bastidores da magia da Disney. “Foi um marco na modernização do Sistema Fecomércio Minas. É a sétima etapa de um treinamento contínuo que estamos realizando junto aos gestores. Já trabalhamos temas como autoconhecimento, liderança, trabalho em equipe e coach, entre outros assuntos pertinentes ao gerenciamento de entidades”, explica a consultora de
recursos humanos Milta Rocha, diretora da Milta Rocha Consultoria, que participa dos processos de reestruturação do Sistema Fecomércio Minas. Para o assessor técnico da Diretoria Regional do Sesc, Marcelo Simão, a capacitação gerencial no momento de transculturação das entidades é extremamente necessária para colaborar com os processos de mudança. “Nesses quase oito dias do Programa Internacional, participamos de uma atividade intensa com cursos e visitas técnicas. O curso foi bem elaborado e estruturado de acordo com a realidade vivenciada pelas entidades do Sistema. O resultado será a aplicação de diversos aprendizados no dia a dia do nosso trabalho”, conta Simão. Foi a primeira vez que brasileiros participaram de um curso com a duração de um dia na Universidade do Estado da Georgia (Kennesaw State University). As aulas, que abordaram marketing, inovação e criatividade, foram ministradas por profissionais com título de doutorado. “Nessa oportunidade única e especial, lembramos os pontos essenciais que sustentam uma empresa, como trabalhar a valorização do corpo funcional, buscar processos efetivos do ponto de vista mercadológico e adotar práticas sustentáveis. Tudo isso para obtermos processos mais consolidados e de sucesso”, ressalta o assessor de
Informamos que a partir desta edição, de abril de 2012, esta publicação passa a se chamar FECOMÉRCIO INFORMATIVO. O objetivo é esclarecer para os leitores e o público em geral que trata-se de um canal de comunicação voltado para o setor do comércio de bens, serviços e turismo, representado oficialmente pelo Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos.
Turismo do Senac, Luiz Neves de Souza. Quem concorda com a afirmativa de Souza é o coordenador de Arrecadações e Convênios Operacionais da Fecomércio Minas, Hildebrando Vasconcelos. “Acredito que uma de nossas maiores lições é que mais do que vender nosso produto, devemos trabalhar a marca e o conceito da empresa com todos os nossos públicos”, pontua o coordenador. Vasconcelos ainda completa que “teoria e prática se mostraram aplicadas em todos os locais visitados, em especial no museu do líder americano Martin Luther King, exemplo de liderança e trabalho em equipe”. Além da Disney e do museu, os gestores contemplados com o módulo internacional de Capacitação de Lideranças tiveram a oportunidade de realizar visitas técnicas em empresas de sucesso mundial, como a Coca-Cola, BMW e CNN. O empresário do comércio de bens, serviços e turismo interessado em se manter ativo no mercado, diferenciar-se da concorrência e buscar qualificação intensiva para seus gestores pode consultar empresas especializadas em treinamento de lideranças. Além de programas para executivos como o de Atlanta e Orlando, existem cursos especiais em períodos de férias no Brasil e no exterior.
FEcomércio informativo • Edição 374 • 5
representatividade
operação impacto visa
proteção de áreas comerciais Sistema Fecomércio Minas apoia o programa da PMMG com doação dos equipamentos de som Priscilla Ázara
A Praça da Estação foi sede, no dia 29 de março, do lançamento da segunda fase da Operação Impacto, programa idealizado pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) com o objetivo de intensificar abordagens policiais a veículos que estejam em situação suspeita. Nesta nova fase do Programa de Proteção a Condutores de Veículos, outras operações serão executadas, como a importante mobilização e articulação da polícia com os moradores e comerciantes de todas as regiões de Belo Horizonte. Para potencializar a efetividade da ação, o Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos promoveu a doação dos equipamentos sonoros instalados nas Patrulhas de Prevenção Ativa. Trata-se de caixas de som que contribuirão para ampliar a divulgação de informações sobre operações policiais e dicas de segurança a toda a comunidade. Durante o lançamento da nova etapa da Operação Impacto, o vice-presidente da Fecomércio Lúcio Faria representando o presidente, Lázaro Luiz Gonzaga, assinou o termo de doação dos equipamentos juntamente com o Coronel Rogério Andrade, Comandante do Policiamento da Capital.
Vice-presidente da Fecomércio Lúcio Faria assina termo de posse dos equipamentos sonoros doados à Polícia Militar
sistema fecomércio minas
presente na escola
entidade é sócia-fundadora de projeto para diversificar atividades para alunos Durante o lançamento do projeto Minas Presente na Escola, feito em 21 de março pelo governador Antonio Anastasia, no Palácio Tiradentes, a secretária de Estado da Educação, Ana Lúcia Gazzola, declarou: “Estamos inovando na educação básica, pois vamos criar as condições para que cada jovem seja uma correspondência que enviaremos ao futuro, que nos dará respostas positivas”. Compartilhando desta visão, o presidente do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, assinou o protocolo de intenções do projeto. Com este ato, o Sistema Fecomércio Minas passa a
Paolo Xavier
Lázaro Gonzaga assina protocolo de intenções para o projeto Minas Presente na Escola, estruturado pela Secretaria de Estado da Educação
ser sócio-fundador do programa. O programa Minas Presente na Escola faz parte das ações do governo para melhorar a eficiência e o desempenho da rede estadual de ensino, com o objetivo de ampliar o leque de atividades extraclasse. Com a participação das entidades fundadoras (11 no total), haverá diversificação e maior qualificação dessas atividades, que inclui cessão de espaços, cursos etc. O governador Antonio Anastasia afirmou que a estrutura e o knowhow do Sistema Fecomércio Minas na educação serão muito bem aproveitados.
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artigo Priscila Abreu
pessoa melhor, empresa melhor Milta Rocha Consultora Organizacional e Coach
Banco de imagens
Em tempos difíceis, profissionais de todas as áreas tendem a pensar sobre os rumos de sua carreira. Alguns pouco refletem sobre sua atuação e postura. Focam seus pensamentos no problema e tendem a responsabilizar os outros por sua situação. Desafios são vistos como ameaças e a insegurança se espalha. Cometem mais erros por desatenção, ficam impacientes e, por agirem sem foco, perdem tempo, energia e não atingem seus objetivos. Outros agem de forma diferente: são motivados para o trabalho e acreditam que retornos são consequência. Unem esforços com foco na solução e encaram situações adversas como oportunidade, não como ameaça. Quando desistem, o fazem após todas as tentativas possíveis, mas de maneira cuidadosa para não causar prejuízos à empresa. Trata-se de pessoas saudáveis e equilibradas, que se antecipam às situações, pois cuidam de sua empregabilidade. Antes de delegar à empresa os rumos de sua carreira, assumem o seu papel. Se os melhores unem esforços, espalham otimismo, medíocres agem de maneira imatura, numa postura de defesa, e acabam por provocar conflitos desnecessários, comprometendo o clima organizacional. Há duas maneiras de encarar a vida: focar no problema ou na solução. Essa diferença está relacionada ao equilíbrio emocional. Empresas são feitas por pessoas, não por máquinas. Pessoas equilibradas fazem empresas saudáveis e bem-sucedidas. Com uma equipe desequilibrada emocionalmente, problemas e crises permearão grande parte das relações – internas e externas – nela estabelecidas. Quando a situação muda rapidamente, não basta se contentar com o possível. É preciso fazer o melhor. Crises podem causar inseguranças inicialmente, mas não é momento para ficar fraco, mas para ser forte e otimista. Se você quer trabalhar
em uma empresa melhor, seja um profissional melhor, seja uma pessoa melhor. Mais que a formação técnica, a postura é fundamental, pois as empresas contratam os funcionários por habilidades técnicas, mas demitem por deficiências comportamentais. Assim como profissionais refletem sobre sua carreira, as empresas também fazem suas escolhas, cortes, ajustes. Escolher quem fica é tarefa difícil, mas essencial, já que o “joio deve ser separado do trigo” para que os talentos sejam mantidos. Atitudes valorizadas pelas empresas: • Motivação – motivo vem do latim motivus (que faz mover). Não pode ser dado pela empresa. Motivadas, as pessoas produzem melhor, pois
fazem por vontade e com menos esforço. • Honestidade – cuide da empresa como se fosse sua. • Humildade – vem da palavra latina humilis, de humus, que significa solo. Pessoas humildes não se sentem melhores que os outros. Pedem e oferecem ajuda. • Vontade de aprender e compartilhar conhecimentos – reconhecer o desconhecimento sobre certas coisas é sinal de inteligência e um passo decisivo para a mudança. • Resiliência – capacidade de suportar pressões e se recobrar com maior facilidade, aprendendo e se superando diante de obstáculos. • Investimento na saúde – Ser saudável significa encontrar equilíbrio entre o corpo, a mente e as relações sociais.
• Alinhamento de objetivos – sonhar o sonho da empresa, compartilhar de seus ideais, de sua missão. • Foco em resultado – não basta ter boas intenções, é preciso agregar resultados. Empresas melhores querem contratar melhores profissionais. Para isto, devem agir de maneira respeitosa, ética, transparente, incentivando o diálogo. Investir em seus talentos oferecendo treinamento, capacitação e oportunidade de desenvolvimento. Reconhecimento é fator decisivo para a permanência de um profissional na empresa. Uma empresa que não valoriza as pessoas e que não pensa na formação continuada perde a condição de seguir adiante com perenidade.
FEcomércio informativo • Edição 374 • 7
institucional
minas trend preview:
o portal da moda Sistema Fecomércio participa da 10ª edição de um dos maiores eventos de moda do Brasil Fotos: divulgação / Sistema Fiemg
Evento busca difundir conhecimento, estimular o crescimento do setor, gerar empregos e, claro, incrementar os negócios
thais oliveira
movidas pelo Sistema Fecomércio, lojistas do interior mineiro do segmento de vestuário, calçados e bolsas, joias e bijuterias participam novamente do MTP. “É um evento muito importante também para o comércio do interior de Minas. É a chance que temos de acessar a tantas marcas, trocar experiências e obter informações sobre o setor”, ressalta a presidente do Sindicato do Comércio de Ituiutaba, Vera Lúcia Freitas. Além da inclusão da moda infantil, os visitantes podem esperar por outras novidades. “A cada edição vamos apresentar ao lojista algo novo. Percebemos a necessidade de ampliar os segmentos da moda mineira, por isso reservamos espaço para expositores do setor infantil. Preparamos, também, uma apresen-
tação cenográfica que vai surpreender os visitantes”, garante o superintendente de Desenvolvimento Empresarial da Fiemg, Sérgio Lourenço. Durante o Minas Trend serão realizados desfiles, palestras e salão de negócios, entre outras atrações. A expectativa é que nesta temporada a feira tenha um aumento de 18% no número de visitantes em comparação ao último evento, que recebeu 13 mil compradores de todo o Brasil e do exterior. Além disso, espera-se um acréscimo de 12% nas vendas e 20% na geração de negócios em relação aos números da edição passada.
O outono mal começou e o Minas Trend Preview (MTP) já estampa em seu calendário as tendências para a primavera/verão 2012/2013. Um dos principais eventos de pré-lançamento de coleções da moda brasileira, que acontece entre os dias 25 e 28 de abril, traz como novidade para a 10ª edição um espaço para expositores do segmento infantil. Parceiro do evento, que é realizado pela Fiemg, o Sistema Fecomércio Minas se programa para trazer lojistas do interior do Estado. Inovação, cultura e empreendedorismo. Não é somente a moda que ganha destaque no Minas sustentabilidade é tendência Trend, a feira também abre as portas para a criatiA proposta é evitar o desperdício, mesmo quanvidade, é ambiente para difundir do o assunto é moda. Os loconhecimento, estimular o cresjistas que participam da 10ª cimento do setor, gerar empreedição do Minas Trend vão gos e, claro, incrementar os neconferir, como tema principal gócios. “O Minas Trend Preview da estação, a leveza, tendo é a vitrine da moda do Brasil, a sustentabilidade associada por isso, é um instrumento que ao conceito. Quem sugeriu o só vem acrescentar ao setor. Os tema foi a diretora de criação empreendedores não só do estado MTP, Mary Arantes. “Acredo, mas do mundo inteiro, têm dito em disseminar a leveza a oportunidade de se adiantar não somente como filosofia de quanto às novidades e expandir vida, nos gestos e atitudes, mas seus negócios. O evento é a protambém nas empresas. Sustenva de que a moda brasileira está tabilidade nunca vai deixar de se firmando também internacioser um assunto atual e se insere nalmente”, destaca o presidente neste conceito por meio de atido Sistema Fecomércio, Lázaro tudes para reduzir o consumo e Luiz Gonzaga. o desperdício nos processos”, Em 2011, 13 mil visitantes participaram do Minas Trend, um dos principais eventos de préPor meio das comitivas, pro- lançamento de coleções da moda do país explica Mary Arantes.
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institucional
atuação na feira do
empreendedor sebrae 2012 Sistema Fecomércio Minas se fez presente em um dos maiores eventos de empreendedorismo do país Paolo Xavier
O Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos esteve presente na Feira do Empreendedor 2012, realizada pelo Sebrae-MG entre os dias 20 e 24 de março e considerada um dos maiores eventos de empreendedorismo do país. A presença do Sistema, que atua em prol do setor de comércio de bens, serviços e turismo, reforça o compromisso da entidade pelo desenvolvimento, oferecendo apoio aos empreendedores e à sociedade como um todo. O presidente do Sistema Fecomércio Minas e também do Sebrae-MG, Lázaro Luiz Gonzaga, fez a abertura do evento, que aconteceu no Minascentro, em Belo Horizonte. Diretores do Sesc, do Senac e dos Sindicatos também prestigiaram a solenidade. Os empresários puderam obter orientações sobre a representação do Sistema Fecomércio Minas e sindicatos para o comércio mineiro e sua atuação em todo o estado, no estande localizado no 2º andar do Minascentro. O Sesc Minas apresentou os serviços prestados nas áreas da cultura, lazer, saúde, esporte, educação, meio ambiente e, principalmente, turismo social. O Senac Minas mostrou aos visitantes seus cursos de capacitação, técnicos,
Estande do Sistema Fecomércio Minas ofereceu orientação sobre os serviços e cursos oferecidos aos visitantes da Feira do Empreendedor Sebrae 2012
graduação e pós-graduação, presenciais e à distância, voltados para a educação profissional. O programa Mesa Brasil Sesc Minas – Alimentação e Cidadania – teve uma participação especial. Todos os alimentos arrecadados durante a Feira foram distribuídos pelo programa a entida-
des cadastradas. O Mesa Brasil é um programa de segurança alimentar e nutricional que tem como pilares o combate ao desperdício de alimentos e à fome. A iniciativa de ação social permanente integra empresas cidadãs doadoras, instituições sociais receptoras e voluntários.
sindcomércio poços de caldas
tem novo presidente
Divulgação/Sindcomércio
Victor Marchesi foi eleito, no dia 15 de março, presidente do Sindcomércio Poços de Caldas, com 76% dos votos. Segundo Marchesi, seu principal objetivo é a reestruturação do sindicato, a profissionalização para melhor atender os filiados e continuar o dinâmico trabalho que até hoje foi executado pelas diretorias anteriores. “Agradeço a todos os componentes da chapa, que trabalharam incansavelmente para que este resultado fosse alcançado, aos que compareceram e votaram em nossa equipe”, disse Marchesi. Composição da nova diretoria do Sindcomércio Poços de Caldas: Presidente – Victor Marchesi Filho; Diretor Secretário – Marcio Roberto Oliveira; Tesoureiro – Salecesar Sodré Miguel; Suplentes: Albert Cagnani, Benedito Coutinho Almeikda, Rodrigo Franco; Conselheiros – Leonardo Severini, Fabíola Arida, Andrea Campos, Elizabeth Batista Almeida, Clóvis de Moraes; Delegados – Flávio Camilo, Santo Pagliusso Filho e Maria Regina Marchesi.
O novo presidente do Sindcomércio, Victor Marchesi Filho (esq.), ao lado do presidente do Sistema Fecomércio Minas, Lázaro Luiz Gonzaga, do diretor do Sindcomércio Albert Cagnani e do ex-presidente do Sindcomércio, Paulo Roberto Monteiro
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A Unimed-BH tem um espaço exclusivo para a sua empresa na Fecomércio-MG.
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www.unimedbh.com.br
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Notícias sindicais
aviso prévio proporcional é tema de evento em uberlândia
Divulgação/Sindicomércio UDI
Com o objetivo de ampliar o conhecimento e esclarecer pontos da legislação que impactam diretamente nas atividades do comércio de bens e serviços, o Sindicato do Comércio de Uberlândia, em parceria com o Sistema Fecomércio Minas, Sesc e Senac, promoveu a palestra sobre o tema: “Reflexões sobre o Aviso Prévio Proporcional”. O evento, realizado em 19 de março, no Centro de Formação Profissional do Senac Minas, contou com a presença de aproximadamente 150 pessoas, entre contabilistas, empresários, gerentes e encarregados de departamento de RH. A palestra foi ministrada pelo consultor jurídico da Fecomércio Minas Conrado Di Mambro Oliveira, que também é membro da Comissão de Direito Sindical da OAB/MG. O público teve a oportunidade de tirar as dúvidas sobre os detalhes da Lei 12.506, sua aplicabilidade, consequências e principais discussões, com perguntas respondidas pelo palestrante. O presidente do Sindicomércio UDI, Alves da Cunha, falou da importância em disseminar o conhecimento, bem como da parceria de suces-
Público esteve atento aos detalhes que podem impactar diretamente nas empresas
so com o Sistema Fecomércio Minas. “Graças ao apoio, parceria e participação desta importante entidade, temos realizado eficientes ações voltadas para o crescimento profissional dos
empreendedores do comércio em geral e seus colaboradores, levando novas oportunidades de atualização e conhecimento para o bom desenvolvimento de suas atividades”, ressaltou.
capacitação para vender mais Palestra do Sindicomércio GV e do Senac capacita vendedores sobre a comunicação ideal com os clientes comercial. Durante o evento, realizado no auditório do Sindicomércio, as entidades aproveitaram o momento para informar suas principais atividades para este ano na cidade, entre elas a chegada de uma carreta do Sesc, com ações na área odon-
Divulgação/Sindicomércio
O Sindicato do Comércio de Governador Valadares (Sindicomércio), em parceria com o Senac, promoveu uma palestra com o tema “Fale melhor com seus Clientes”, com o objetivo de divulgar os processos de comunicação em uma negociação
A consultora Tânia Chambela falou sobre os entraves que podem ser criados por causa de falhas na comunicação
tológica e a oferta de cursos gratuitos por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG). A palestra foi ministrada pela Gestora em Recursos Humanos e Consultora Empresarial Tânia Chambela, que chamou a atenção de todos para diversos pontos que acabam se tornando barreiras por falhas na comunicação. Para o presidente do Sindicomércio, Hercílio Araújo Diniz Filho, uma comunicação bem feita faz a diferença em qualquer ambiente de trabalho. “No comércio varejista, de uma forma especial representa, sem dúvida, o ponto-chave da venda”, reforça. O evento contou, ainda, com a participação do diretor do Sindicato e conselheiro do Senac, José Bosco dos Santos Costa; gerente de Operações da Regional Leste do Senac Minas, Renato Ouverney; diretor da unidade do Senac de Governador Valadares, Luiz Argolo; gerente do Sesc local, Nério Junior; além da gerente executiva do Sindicomércio, Janaína Barra, reafirmando a integração do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos no município.
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notícias sindicais
unaí comemora criação de sindicato do comércio Presidente do Sistema Fecomércio faz a entrega da carta sindical Paolo Xavier
A trajetória da representação sindical do comércio em Unaí, no noroeste de Minas, começou em 2008. Empresários do comércio da cidade trabalharam ao longo desse tempo e, com o apoio do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, criaram o Sindicato do Comércio Varejista de Unaí (Sindicomércio). O presidente do Sistema Fecomércio Minas, Lázaro Luiz Gonzaga, e a gerente sindical da Fecomércio, Tacianny Mayara Machado, foram à cidade no dia 29 de março para fazer a entrega oficial da Carta Sindical, documento lavrado pelo Ministério do Trabalho que valida as atividades das instituições sindicais. Empresários, contabilistas, autoridades municipais e colaboradores do Sistema Fecomércio e do Sebrae-MG acompanharam o ato solene. Com a criação do Sindicomércio, empresários do comércio de bens e serviços de Unaí, além de estarem respaldados pela defesa de um sindicato próprio, contam com assessoria jurídica, contábil e muitos outros benefícios, com a contribuição efetiva do Sistema Fecomércio Minas. A presidente do Sindicomércio, Alexandra Matayoshi,
José Dílson, Anael Gregório, o presidente do Sistema Fecomércio, Lázaro Luiz Gonzaga, a presidente do Sindicomércio, Alexandra Matayoshi, Leandro Miranda, Roney Menezes, Romero da Silva e a gerente sindical da Fecomércio, Tacianny Mayara Machado. Diretores e presidentes com a visão comum de desenvolver o comércio
comemorou a presença de Lázaro Gonzaga. “Particularmente, é uma vitória esse momento. Vou fazer um trabalho firme para os empresários, junto com o Sistema”, comemora. Lázaro Gonzaga, em seu pronunciamento, ressaltou a importância do município e a necessidade de o Sistema estar cada vez mais presente
na região. “Aqui é uma ilha de desenvolvimento e estamos acompanhando essa movimentação. Essa região é de suma importância para a nossa política de interiorização”, enfatizou. Após a entrega, o presidente do Sistema Fecomércio (e também do Sebrae-MG) visitou a unidade do Senac e o escritório do Sebrae na cidade.
atacado e serviços agora contam
com o sindcomércio congonhas
documento entregue pelo Presidente do Sistema Fecomércio Minas amplia a representação de sindicato A entrega da Carta Sindical que amplia a representação do Sindcomércio Congonhas foi entregue, na manhã do dia 23 de março, nas mãos do presidente da entidade, José Geraldo Oliveira Motta, pelo presidente do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga. Com isso, a entidade passou a se chamar oficialmente Sindicato do Comércio de Congonhas. Mais do que a mudança de nome, a Carta Sindical significa mais força e representatividade para o comércio da cidade. A mudança estatutária, pleiteada no ano passado e assinada pelo então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, fez com que o Sindcomércio Congonhas passasse a representar, além do comércio varejista,
Wanessa Viegas
José Geraldo Motta recebe a Carta Sindical das mãos do presidente Lázaro Luiz Gonzaga
os segmentos de atacado e comércio de serviços. Ficam excluídas dessa representação apenas as empresas concessionárias e distribuidoras de veículos da cidade. Todo o processo de mudança estatutária, tramitado em Brasília, foi acompanhado pela consultoria jurídica e sindical da Fecomércio Minas. O presidente do Sistema frisou a importância do sindicalismo e, ainda, sua política de interiorização, internacionalização e integração. O presidente do Sindcomércio, José Geraldo Motta, garante que a ação da Fecomércio foi muito importante para a cidade de Congonhas. No evento, estiveram presentes também o prefeito de Congonhas, Anderson Costa Cabido, e diretores do Sindcomércio.
12 • FECOMércio informativo • edição 374
fecon
diretoria da fecon
se reúne com o deputado
federal paulo piau
Arquivo/Fecon-MG
A Federação dos Contabilistas do Estado de Minas Gerais, representada pelo seu vice-presidente, Baltasar Mendes, e diretores Rômulo Larcher Filgueiras e Orias Batista, promoveu reunião no mês de fevereiro, em sua sede, com o deputado federal Paulo Piau e seu assessor José Antônio, além da vereadora de Viçosa Cristina Fontes. Os membros da diretoria da Fecon apresentaram ao deputado, que compõe a base aliada do Governo, reivindicações de melhorias na Receita Federal do Brasil. Entre as principais solicitações está a reabertura de prazo para consolidação do Refis da Crise e que os procedimentos das pessoas jurídicas, elencados para os períodos de 7 a 30 de junho de 2011 e 6 a 29 de julho de 2011, também sejam reabertos. Desse modo, será equacionado o prazo necessário para toda classe a contábil efetuar sua melhor avaliação e aconselhamento aos clientes sobre o parcelamento, concluindo, assim, a etapa final de todo o processo. O deputado federal Paulo Piau prometeu apoio à classe e, segundo suas palavras, irá “convidar a Fecon para reunião com a bancada mineira a fim
Diretoria da Fecon-MG reivindica melhorias importantes para o setor contábil
de expor suas reivindicações”. O deputado informa também que a secretária-adjunta da Secretaria da Receita Federal do Brasil, Zayda Bastos Manatta, atenderá a audiência solicitada em nome do
secretário da Receita Federal do Brasil, Carlos Alberto Freitas Barreto. Mais uma vez a Fecon se mostra atenta aos interesses da classe contábil na busca pela melhoria do trabalho.
crcmg
mais prazo para repassar impostos devidos ao fia A partir deste ano, os repasses feitos por pessoas físicas poderão ser deduzidos em 3% sobre o imposto devido na Declaração de Ajuste Anual do IR, quando escolhido o modelo completo, observando o limite global de 6%, conforme artigo 22 da Lei 9.532/1997. Já para as pessoas jurídicas a doação é limitada a 1% do valor do Imposto de Renda apurado com base no lucro real. O pagamento pode ser feito até a data de vencimento da primeira parcela ou do pagamento único, em 30 de abril de 2012. Para Coutinho, a participação dos empresários tornase muito importante, pois podem destinar 1% do Imposto de Renda devido e ainda atuar como multiplicadores desta ação. “A doação é simples e o contador é o mais indicado para auxiliar os empresários nesse processo. Essa é uma decisão individual e que refletirá na vida de muitas crianças e adolescentes”, destaca.
Divulgação/CRC-MG
Foi prorrogado para 30/04 o prazo para que pessoas físicas e jurídicas repassem parte do Imposto de Renda (IR) 2011 ao Fundo para a Infância e Adolescência – FIA. Trata-se de um recurso especial para o atendimento de crianças e adolescentes, gerido pelos Conselhos dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes. Antes, o repasse poderia acontecer até o dia 31/12, o que gerava dificuldades para conseguir a arrecadação. Para Walter Roosevelt Coutinho, presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG), essa mudança foi muito importante. “Sai ganhando a classe contábil, pois a data abrange um momento do ano em que as pessoas e empresas já estão tratando do Imposto de Renda, e também os Fundos da Infância e Adolescência, que terão assegurados recursos para os seus objetivos”, comenta.
Walter Roosevelt Coutinho Presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG)
FEcomércio informativo • Edição 374 • 13
comércio
e-commerce
em constante crescimento no país Comércio e serviços aliados à tecnologia a fim de satisfazer o consumidor moderno co
n Ba
A troca de produtos, na antiguidade, deu origem ao que é chamado de comércio. O mercado como espaço físico surgiu antes mesmo da invenção do dinheiro, afinal, a simples oferta e a procura por produtos ou serviços possibilita a existência do comércio. A evolução humana fomentou o seu crescimento e, hoje, é o principal responsável pela economia mundial. Em pleno século XXI, acumulando essa bagagem histórica, o comércio conta com uma grande aliada: a tecnologia. O uso da internet está cada vez mais disseminado no cotidiano da sociedade. Assim, para atender ao consumidor moderno, que busca, além de qualidade, a praticidade, variedade, preço justo e parcelamento, surgiu o comércio eletrônico. Só no ano passado, o e-commerce brasileiro faturou R$ 18,7 bilhões, valor 26% maior do que o alcançado em 2010, segundo a 25ª edição do relatório WebShoppers, elaborado pela e-bit, empresa especializada em informações do e-commerce, com o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico e da Federação do Comércio de São Paulo. As empresas encontram na tecnologia ins-
m ei
s
en
ag
priscilla ázara
d
trumentos eficientes para fomentar os negócios. Site, e-mail ou mesmo páginas nas redes sociais, como Twitter, Facebook, Orkut e Youtube, são alguns exemplos de ferramentas que alcançam o vasto público internauta. De acordo com o consultor especialista em e-commerce e editor do eCommerce Org, Dailton Felipini, o consumidor, definitivamente, adotou a compra on-line e devido, principalmente, à conveniência e economia, compra-se cada vez mais pela internet. “Isso significa uma excelente oportunidade para quem deseja montar um empreendimento neste novo canal de comercialização e tem conhecimento e competência para fazê-lo”, ressalta.
Como ingressar no comércio eletrônico? Colocar seu produto na internet também é uma maneira de alcançar clientes fora de sua cidade, estado ou até mesmo país. Isso pode ser realizado por meio de um site bem elaborado, que mostre o diferencial, os principais produtos e serviços, o histórico da empresa, notícias do setor, contatos, entre outras informações. Na internet há diversificadas ferramentas que auxiliam na montagem de sites, caso a empresa não disponha de recursos para contratar os serviços de um profissional. Site significa divulgação 24 horas por dia. A eCommerce Org aconselha que a empresa ofereça o máximo de opções de pagamento para o consumidor. No entanto, deve-se analisar se o produto pode mesmo ser vendido on-line e ser transportado para outras cidades. Além disso, é fundamental deixar claro para o cliente o valor da taxa de entrega (quando houver) da mercadoria e a segurança de compra pelo cartão de crédito. Outras opções interessantes são: tornar-se parceiro do shopping de um portal, pois o preço costuma ser menor para a hospedagem, e anunciar em sites de classificados on-line, nos quais todos os anúncios têm fotos do produto a ser vendido, além de permitir acompanhar o número de pessoas que clicaram no anúncio.
Dicas valiosas para o sucesso do empreendimento na internet 1. Conhecer muito bem o novo canal de comercialização: leia sobre o assunto, faça cursos para aproveitar ao máximo essa grande oportunidade comercial. 2. Escolher muito bem o nicho de mercado – responda às perguntas: “O que eu vou vender?” e “Para quem eu vou vender?” Se você tem um bom produto, para o qual existe uma boa demanda, o crescimento será natural. 3. Planejar o empreendimento: pensar de forma organizada, se antecipando aos possíveis problemas e se preparando para eles.
4. Montar um website eficaz: fazer com que boa parte dos visitantes realize as ações desejadas de forma fácil e segura. 5. Utilizar estratégias eficazes de web-marketing: de nada adianta ter bons produtos expostos numa boa loja virtual, se não houver visitantes para adquiri-los. 6. Avaliar o desempenho e evoluir: correção de erros, melhorias, implantação de novos recursos e mudanças de rumo em decorrência de alterações no mercado são uma constante na vida do empreendedor.
14 • FECOMércio informativo • edição 374
FEcomércio informativo • Edição 374 • 15
16 • FECOMércio informativo • edição 374
turismo
oportunidade para o turismo de negócios Entendidos como uma estratégia para o aumento da competitividade territorial, os APLs (Arranjos Produtivos Locais) proporcionam o aproveitamento eficiente de recursos locais, tendo em vista a vocação natural de cada região. Essa estratégia, além de ampliar a capacidade competitiva da região por meio da sua especialização ao agregar valor, potencializar e posicionar seu negócio frente ao mercado, pode se transformar em uma grande oportunidade para a atividade turística. Segundo dados do Núcleo Gestor de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais de Minas Gerais (NGAPL-MG), o estado possui atualmente 37 arranjos que se distinguem em termos de localização, especialização e nível de desenvolvimento. Estes absorvem os mais diferentes segmentos de negócio, entre eles: bebidas artesanais, biotecnologia,
calçados, eletroeletrônicos, gemas e joias, móveis, vestuário, entre outros. Nesse contexto, o turismo surge como uma estratégia de viabilização e maximização dos negócios provenientes da formação dos Arranjos Produtivos, uma vez que os turistas enxergam no arranjo a oportunidade de fazer um negócio diferenciado e lucrativo. Dessa experiência surge o que o mercado chama turismo de negócios. O turista acredita que a especialização de determinadas regiões em atividades econômicas específicas traz alguns diferenciais que podem favorecê-lo no momento da compra e em sua experiência local, como a gama de opções ofertadas de determinado produto em um mesmo local, o nível de conhecimento (informação) sobre o mesmo, as características que garantem a originalidade de cada produto, o
tipo de negociação a ser feita (atacado ou varejo) e, até mesmo, o preço a ser praticado. O turismo pode não apenas se valer da força que determinada atividade impõe para atrair turistas como também se aproveitar de um fluxo já existente para reter e estender a permanência destes na região. Aliás, a criação de circuitos turísticos nada mais é do que a implantação de um modelo de gestão voltado ao aproveitamento máximo dos recursos naturais, culturais e econômicos disponíveis, com vistas ao fortalecimento e posicionamento da atividade. Dessa maneira, pode-se pensar como atrativo turístico de uma região não apenas suas belezas naturais ou seus traços culturais, mas qualquer potencialidade econômica na qual seja referência e com a qual possa se tornar destino para o turismo de negócios. Então, qual a potencialidade da sua região?
panrotas enfatiza o crescimento do turismo no brasil A 10ª edição do Fórum Panrotas, que aconteceu no Centro de Eventos da Fecomércio SP nos dias 13 e 14 de março, reuniu empresários, autoridades governamentais e agentes de turismo com o objetivo de marcar o início das discussões estratégicas para o setor no ano de 2012. Convidado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio), que possui aliança institucional com o fórum, o Sistema Fecomércio-MG esteve presente no evento por meio do seu Departamento de Turismo, que acompanhou todas as tendências apresentadas a fim de embasar seu plano de atuação regional. Iniciativa da Editora Panrotas, o fórum é realizado anualmente e nessa edição palestrantes e painelistas foram unânimes em afirmar o expressivo crescimento do setor de turismo para 2012. Grande parte dos expositores ainda desvinculou esse crescimento ao fator Copa 2014 e afirmou que o Brasil precisa se valer dos investimentos feitos na realização do megaevento esportivo para potencializar de maneira definitiva a atividade turística no país. Pela primeira vez, a abertura oficial do evento contou com a presença de ministros de destinos turísticos da América Latina, que apresentaram planos e projetos de cada país para o desenvolvimento da atividade. O ministro de Turismo da Argentina, Enrique Meyer, destacou que o país está renovando sua infraestrutura para atender à demanda cada vez maior de visitantes. Pablo Nogueira, ministro do Turismo do Chile, lançou como
Divulgação/Panrotas
da que a classe C ganha cada vez mais importância para o turismo, ao afirmar que “viajar pelo Brasil está no plano de uma em cada três famílias brasileiras”. Além da leitura macro apresentada pelas autoridades do turismo na América Latina, o fórum trouxe as perspectivas do setor em seus vários segmentos sob o olhar crítico de profissionais da área. Temas como segmentação, inoGlaucia Souza, Vanessa Pagarelli (CNC), Lorraine Thomaz (Fecomércio MG), Alexandre Sampaio (Presidente do Conselho de Turismo da CNC), vação, modelos de negócios, Leonardo Fonseca (Assessoria de Turismo e Hospitalidade da CNC), Silvio desburocratização, mercados Borelli e Fabiana Fonseca (Fecomércio MG) emergentes, grandes tendêndesafio a criação de ações e estratégias comuns cias de mercado, novas tecnologias, perfil do tuaos países da América Latina para o desenvol- rista, criação de valor, entre tantos outros, foram vimento da atividade turística em cadeia. Entre apresentados com propriedade por empresários outras medidas, sugeriu a eliminação dos trâmi- e consultores ligados direta ou indiretamente ao tes burocráticos governamentais para aumentar setor de turismo. o trânsito de turistas entre os países. Já a miO resultado: mais de 1.500 profissionais do nistra de Turismo do México, Gloria Guevara, setor – público 70% caracterizado por diretores, destacou que o país é o 10º destino turístico do sócios, presidentes, vice-presidentes e gestores mundo e a atividade representa 9% do seu PIB, de empresas de turismo – lotaram o evento até o que gera 2,5 milhões de empregos diretos e 5 o término do último painel no dia 14, com partimilhões indiretos. cipação ativa por meio de questionamentos que O ministro do Turismo brasileiro, Gastão agregavam valor e solucionavam as dúvidas reVieira, salientou que em 2011 o segmento – res- correntes na área. ponsável por 3,6% do PIB brasileiro – gerou reSucesso garantido, o Fórum Panrotas encerceita cambial de USS 6,7 milhões, valor 14,4% rou esta edição anunciando a data para a realizamaior que o de 2010. O ministro enfatizou ain- ção do evento em 2013 – 19 e 20 de março.
FEcomércio informativo • Edição 374 • 17
ECONOMIA
mães ganham o presente,
Mas o comércio é que lucra empresários apostam no crescimento das vendas com a chegada do Dia das Mães Wanessa Viegas
Aproxima-se a segunda maior data festiva do ano para os lojistas de todo o Estado. No segundo domingo do mês, dia 13 de maio, é o dia de todas as mamães do Brasil. Mas, ao contrário do que muitos podem pensar, não são apenas elas que saem ganhando. Afinal, para a felicidade dos empresários do comércio, as expectativas para vendas nesta data são as melhores, perdendo somente para o Natal. É a época em que a disputa pela preferência do consumidor fica acirrada, cabendo ao empresário focar em ações de estímulos às compras, com a oferta de atributos de motivação, de maneira a garantir a satisfação do cliente. Nesta data, o presente é a maneira de expressar a afeição e o respeito, portanto, “o apelo emocional e comercial é bastante grande, gerando oportunidades de negócios para as atividades comerciais direcionadas ao público feminino, tais como vestuário, calçados, perfumaria, decoração, dentre outros”, destaca a gerente do Departamento de Economia da Fecomércio Minas, Silvânia Araújo. De acordo com o presidente do Sindicato dos Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas BH), Nadim Elias Donato, a expectativa é de crescimento em relação ao ano passado, embora os lojistas estejam trabalhando com mais cautela. “Esperamos um bom dia das Mães, com crescimento de 3% em relação ao último ano”, destaca. Entretanto, o proprietário das lojas Hering Store, Carlos Mendes, está mais confiante na superação do desempenho, em relação a 2011. “É esperado um aumento de 12% nas vendas”, garante o empresário. Nos dias anteriores à data comemorativa, as lojas Hering investem em uma vitrine totalmente voltada para o Dia das Mães. “A loja toda dedica atenção total a esse dia, reforçando o clima festivo que domina o segundo domingo de maio”, acrescenta. Nas cinco lojas L’aqua di Fiori não é diferente. A dona das lojas, Valéria Debien, está muito otimista. “Embora a crise não tenha passado, nós estamos sobrevivendo a ela. O primeiro trimestre deste ano já foi melhor em relação a 2011 e esperamos que esse otimismo continue para o Dia das Mães. A expectativa é um crescimento de 10% em relação ao ano anterior”, conta. No interior, a confiança também prevalece. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Município de Lavras, Caio Márcio Goulart, o Dia das Mães é uma data especial. “Como aqui é uma cidade-polo, a meta é superar o último ano, entre 10% e 12%”, afirma. O objetivo do sindicato é investir em divulgação para fomentar as vendas, afinal, em torno de Lavras, existem outras 18 cidades menores, das quais as pessoas saem para comprar no município.
quer chamar a atenção do cliente?
Invista em ações promocionais, visibilidade da loja, crédito facilitado e, claro, bom atendimento: esse é o pilar para criar um ambiente de compras saudável e que garanta os resultados superiores aos alcançados em 2011. “Afinal, um ano é sempre melhor do que o outro, com novas estratégias”, endossa Silvânia Araújo. Essa também é a aposta de Valéria Debien. “Em nossas lojas, comprando acima de um determinado valor, o consumidor ganha um bom brinde”, evidencia. Além disso, é preciso enxergar a data como uma oportunidade. “Estamos contratando profissionais temporários pensando no Dia das Mães”, conclui a proprietária.
Foto: Será encaminhada uma versão do cartaz do Dia das Mães (AD)que ocupará o espaço de ¼ da página (vertical)
Quem sempre nos deu tudo merece muito mais do que um presente. Nossa homenagem a todas as mães neste dia que é tão importante também para os empresários do comércio de bens, serviços e turismo. www.fecomerciomg.org.br
18 • FECOMércio informativo • edição 374
ÍNDICES ECONÔMICOS
COMO ATUALIZAR SUA DÍVIDA PELO INPC: feverEIRO / 2012 Mês/Ano
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
JANEIRO
1,43479694
1,36585726
1,32848157
1,26334705
1,18644804
1,12962791
1,06039948
1,00901989
FEVEREIRO
1,42666495
1,36068665
1,32200375
1,25468969
1,17890306
1,12523947
1,05627998
1,00390000
MARÇO
1,42041512
1,35756426
1,31647456
1,24869595
1,17525975
1,12177548
1,05470407
1,00000000
ABRIL
1,41012124
1,35390870
1,31070744
1,24235991
1,17291392
1,11386702
1,04778867
-
MAIO
1,39740485
1,35228596
1,30730844
1,23445937
1,16649818
1,10579472
1,04029852
-
JUNHO
1,38769102
1,35053027
1,30391825
1,22272125
1,15954094
1,10106016
1,03440243
-
JULHO
1,38921916
1,35147630
1,29988860
1,21169483
1,15469123
1,10227266
1,03213174
-
AGOSTO
1,38880252
1,34999131
1,29574222
1,20470752
1,15204154
1,10304479
1,03213174
-
SETEMBRO
1,38880252
1,35026137
1,28814218
1,20218294
1,15112064
1,10381747
1,02781491
-
OUTUBRO
1,38672243
1,34810440
1,28492986
1,20038236
1,14928179
1,09788887
1,02321047
-
NOVEMBRO
1,37872582
1,34233237
1,28108660
1,19441031
1,14653012
1,08788037
1,01994664
-
DEZEMBRO
1,37132069
1,33671815
1,27560151
1,18988874
1,14230360
1,07678943
1,01416589
-
NOTAS empresariais automax Fiat, concessionária com 32 anos no mercado, expandiu seu negócio inaugurando uma filial em dezembro/11 no bairro Coração Eucarístico, região Noroeste de Belo Horizonte. Foram realizados investimentos na ordem de R$ 5 milhões. A nova unidade criou 25 novos empregos. dma distribuidora s/a, empresa de Belo Horizonte que controla as bandeiras EPA, Mart Plus e Via Brasil, tem planos de expansão no número de lojas ao longo de 2012. O grupo atualmente ocupa o 8° lugar no ranking dos maiores supermercadistas, com 94 lojas, sendo 84 da bandeira Epa, 7 da Mart Plus e 3 do Via Brasil.
Fonte: IBGE - Elaboração: Sistema Fecomércio Minas/Departamento de Economia Como atualizar: 1) Por exemplo, uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em Janeiro de 2005. 2) Na tabela o fator de atualização referente a Janeiro/05 é 1,4347969. 3) R$ 200,00 vezes 1,4347969 = R$ 286,96 que é o valor em 01/03/2012.
POUPANÇA / TR / SALÁRIO / SELIC 2011
2012
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
JAN
FEV
MAR
POUPANÇA (*)
0,6218
0,5371
0,6578
0,6120
0,6235
0,7086
0,6008
0,5623
0,5648
0,5942
0,5868
0,5000
TR
0,0369
0,1570
0,1114
0,1229
0,2076
0,1003
0,0620
0,0645
0,0937
0,0864
0,0000
0,068
SALÁRIO MÍNIMO (R$)
545,00
545,00
545,00
545,00
545,00
545,00
545,00
545,00
545,00
622,00
622,00
622,00
SELIC (%)
0,8402
0,9880
0,9563
0,9679
1,0741
0,9417
0,8820
0,8605
0,9073
0,8910
0,7488
0,8210
* Primeiro dia do mês. Fonte: Fecomércio Minas | Departamento de Economia
ÍNDICES DE INFLAÇÃO % 2011 ÍNDICES%
2012
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
JAN
FEV
Acumulado 12 meses (1)
IGP-DI (FGV)
0,61
0,50
0,01
-0,13
-0,05
0,61
0,75
0,40
0,43
-0,16
0,30
0,07
3,38
INCC-DI (FGV)
0,43
1,06
2,94
0,37
0,45
0,13
0,14
0,23
0,72
0,11
0,89
0,30
8,02
IGP-M (FGV)
0,62
0,45
0,43
-0,18
-0,12
0,44
0,65
0,53
0,50
-0,12
0,25
-0,06
3,43
INPC (IBGE)
0,66
0,72
0,57
0,22
0,00
0,42
0,45
0,32
0,57
0,51
0,51
0,39
5,47
IPCA (IBGE)
0,79
0,77
0,47
0,15
0,16
0,37
0,53
0,43
0,52
0,50
0,56
0,45
5,84
IPCA-BH (IPEAD)
0,63
0,84
0,58
-0,03
0,10
0,31
0,33
0,29
0,43
0,59
2,60
-0,08
6,77
Fonte: FGV, IBGE, IPEAD Elaboração: Fecomércio Minas | Departamento de Economia (1) Fev/11 – Jan/12
eletro zema, rede de eletrodomésticos e eletrônicos, com sede em Araxá, no Alto Paranaíba, vai investir R$ 32,4 milhões ao longo de 2012. As inversões serão destinadas à abertura de novas lojas e à construção de um centro de distribuição. São previstas 58 novas unidades, sendo 40 em Minas Gerais. mart minas distribuição ltda., rede atacadista com sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), inaugurou em Sete Lagoas, na região Central do Estado, mais uma unidade. O investimento na nova unidade foi de R$ 13 milhões, com 8,5 mil metros quadrados de área construída e 6,5 mil metros quadrados de estacionamento, gerando cerca de 400 empregos, sendo 150 diretos e 250 indiretos. O grupo pretende abrir neste ano mais quatro lojas no Estado, mediante aportes que superam a casa dos R$ 60 milhões. Calçados Bibi, que está presente em mais de 65 países, em fevereiro/12 inaugurou duas lojas em Belo Horizonte, a primeira no Boulevard Shopping, no bairro Santa Efigênia, na região Leste, e a segunda no BH Shopping, na região Centro-Sul. As novas franquias tiveram investimentos entre R$ 2,5 mil e R$ 3,5 mil, gerando 12 novos empregos.
FEcomércio informativo • Edição 374 • 19
economia
inclusão com fortalecimento das cadeias produtivas Silvânia de Araújo
Gerente do departamento de EconOMIA, Comércio Exterior e Microempresas da fecomércio minas
Banco de imagens
O Brasil vem passando por mudanças estruturais significativas, decorrentes dos avanços sociais e econômicos, fruto da estabilidade monetária. O que mais se destaca são os processos de inclusão produtiva, social, financeira e digital, que fazem hoje o país ser classificado como uma economia de classe média, de renda maior e melhor distribuída. Isso representa cerca de 101 milhões de pessoas na classe C (53% da população), que giram o mercado de consumo. De forma agregada participam com 60,3% do PIB, permitindo vencer crises internacionais, gerar bônus políticos e abrir oportunidades para um novo e amplo mercado de bens, serviços e turismo. Mas, será que efetivamente estamos provocando uma externalidade positiva para um mercado sustentável? Como aceitar, dentro dessa realidade ativa, patamares tão modestos de crescimento da indústria de transformação brasileira, de apenas 0,1% em 2011, contribuindo para que o PIB expandisse módicos 2,7%? Como avaliar a atual oferta do mercado interno com predominância de importados, com vantagem competitiva de preço para os produtos nacionais? Estamos efetivamente internalizando os benefícios inclusivos para os nossos setores produtivos? Na atual realidade econômica, a combinação de movimentos de inclusão, via emprego e crédito, aliada à confiança na economia, está consolidando em nossa pauta exportadora um novo componente: “clientes”. Hoje, o consumidor brasileiro busca destinos internacionais, não apenas pela experiência da cultura e lazer, mas para atender seus desejos de consumo através da combinação de preço e qualidade. O destino está materializado em outlets. Esses, por sua vez, enxergam a oportunidade do bem acolher, com ambiente de compras formatado em relacionamento, atendentes que falam ou tentam falar o português, descontos que estimulam a compra por volume e facilidade de acesso etc. Pelos corredores circulam felizes os novos consumidores brasileiros com suas muitas sacolas, previamente munidos por informações colhidas no comércio eletrônico do que comprar e onde comprar, com vistas a otimizar o tão valioso tempo. O que se vê são pessoas transferindo a renda gerada no país através do consumo de roupas, brinquedos, eletroeletrônicos e outros. O que se sabe é que as compras emocionais potencializam desequilíbrios orçamentários, alimentam riscos de inadimplência, que por sua vez im-
pedem a redução dos juros praticados no mercado brasileiro, afetando principalmente os investimentos. Outra questão é que as viagens internacionais, onde são contabilizados os gastos com cartão de crédito, estão alimentando o déficit da conta de serviço das transações correntes, exigindo maior força exportadora de bens tangíveis, tais como o minério de ferro. Além de que os setores industriais, comércio de bens, serviços e turismo estão à margem, ou aproveitando parcialmente esse processo de avanços econômicos e sociais vivenciado pelo país. Economia dinâmica gera emprego de qualidade, conhecimento, vantagem competitiva e permite uma distribuição mais equitativa dos avanços para um país de dimensão continental. O Brasil é considerado a bola da vez aos olhos do mundo. Todavia, o modelo econômico está sendo perverso quando se pensa em nossas cadeias produtivas, em um processo interligado de gera-
ção de emprego e renda sustentável. Hoje, o país oferece aos estrangeiros o nosso mercado interno com cultura de consumo, renda e crédito. Garantimos soluções de crises para o resto do mundo. Os esforços do empresariado e do governo têm de ser orientados para criar diferenciais com vistas a atrair os consumidores incluídos. Isso significa um ambiente de negócios pautado em menor custo de transação e mais investimento. É pensar em tributação menos pesada, logística de pessoas e cargas, juros indutores de investimento, estímulos às entidades responsáveis pela capacitação e treinamento, acesso ao crédito para investimentos etc. É essencial manter os êxitos obtidos pelas políticas inclusivas. Contudo, é fundamental refletir e agir de forma indutora para o fortalecimento de nossas cadeias produtivas, pilares dos avanços sociais e econômicos do país.
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economia
páscoa com expectativa
Giro Econômico brasileiros compraram mais produtos sofisticados em 2011
positiva
Pesquisa da Fecomércio revela otimismo para a páscoa
mulheres movimentarão r$ 717 bilhões em 2012 nia Araújo, em 2012 as expectativas otimistas em relação à conjuntura econômica favorável ao consumo deverão fazer com que os lojistas contabilizem vendas altas no fechamento do mês. Entre as ações que os lojistas fizeram para aumentar as vendas, os entrevistados citaram: diversificação do mix de produtos (25%), visibilidade da loja – vitrines (20,8%), promoção dos itens temáticos (16,4%), melhorar o atendimento (12%) e contratação de temporários (11,5%). Por outro lado, fatores como o alto endividamento e os preços elevados, (48% e 43%, respectivamente), foram mencionados como as principais ameaças.
Decempe/Fecomércio Minas
77,0%
Banco de imagens
Este ano, a Páscoa tem tudo para ser uma data doce para os segmentos que estão diretamente envolvidos com comemoração religiosa. Motivados pela venda do chocolate, dos pescados, dos artigos religiosos e de decoração, 77% dos lojistas entrevistados esperam vendas melhores que 2011. Otimismo notável, já que no ano passado, os empresários esperavam um aumento de 53,6% em relação a 2010. Esses números são registros da Sondagem de Opinião do Lojista – Expectativas para a Páscoa 2012, realizada pelo departamento de economia da Fecomércio Minas. De acordo com os empresários, o ticket médio de consumo para esta data deverá ficar entre R$ 30,00 e R$ 50,00. Isso é o que estimavam 40% dos entrevistados. Metade disso, 20%, acredita que os consumidores irão gastar entre R$50,00 e R$70,00. O mesmo percentual aposta que as pessoas podem ser mais generosas, gastando entre R$ 70,00 e R$100,00. O cartão de crédito parcelado será o meio de pagamento mais utilizado pelo consumidor, principalmente nas compras de maior volume, na opinião de 44% dos empresários entrevistados. Estima-se que o pagamento a vista/dinheiro ficará em 12% e no cartão de débito ficará em 8%. Conforme explica a gerente do Departamento de Economia da Fecomércio Minas, Silvâ-
As vendas para a Páscoa deste ano em relação ao ano passado serão?
17,6% 5,4%
Melhores que o ano passado
O brasileiro comprou mais produtos sofisticados em 2011, ao analisar uma cesta de 131 produtos, que inclui alimentos, bebidas, beleza e higiene, segundo levantamento divulgado pela Nielsen. A consultoria constatou que o consumo no varejo cresceu 1,2% em volume, mas os gastos aumentaram 8,3%, em comparação com 2010. Dos 131 produtos da cesta, 46 fazem parte do grupo “de acesso”, ou seja, itens sofisticados, que não fazem parte da cesta básica e que passaram a ser acessíveis para o consumidor de média e baixa renda. Fazem parte deste grupo itens tais como: antisséptico bucal, cereal matinal e em barra, lenços umedecidos, leite de soja, pratos prontos e cremes para a pele, entre outros. Os produtos sofisticados tiveram maior representatividade e responderam por 54% da expansão da cesta.
iguais ao ano passado
Piores que o ano passado
A pesquisa “Expectativas 2012” do Instituto Data Popular apontou que as mulheres ganham cada vez mais importância no mercado e que, só neste ano, elas devem movimentar R$ 717 bilhões na economia do país. Segundo o levantamento, no Brasil há 98,6 milhões de mulheres, e mais da metade pertencem à classe C. O estudo foi realizado entre dezembro/11 e janeiro/12, com 1.019 entrevistados em todo o país. Em 2001, o número de mulheres na classe média era de 38,6%, enquanto que, em 2011, esse número subiu para 54,6%. Cresceu também o número de mulheres na elite brasileira: de 8,6%, em 2001, para 10,9%, em 2011. A pesquisa também aponta a conquista de novos espaços no mercado de trabalho: a renda das mulheres cresceu 67% nos últimos 10 anos enquanto a dos homens registrou 40% de crescimento.
FEcomércio informativo • Edição 374 • 21
comércio exterior
quando a oportunidade
bate à porta
Fecomércio Minas promove palestras sobre exportações de serviços Wanessa Viegas
Os palestrantes Maurício Do Val e Maurício Manfrê debatem com o público sobre as exportações de serviços
Wanessa Viegas
Levar o melhor do Brasil para o mundo. Essa foi a proposta do seminário “Exportação de Serviços”, promovido pelo Departamento de Economia e Comércio Exterior, Micro e Pequena Empresa (Decempe) da Fecomércio Minas, no dia 29 de março. Antigamente, exportar significava apenas o ato de transportar bens tangíveis. Agora, em um universo competitivo e com novos desafios, o cenário é outro: a exportação vai além dos artigos produzidos no país. Hoje, os bens intangíveis ganharam espaço, como é o caso do serviço. Exportar serviços como oportunidade de expandir mercado e colocar as empresas brasileiras no âmbito internacional foi o foco do evento. O vice-presidente da Fecomércio Minas Emerson Beloti frisou uma das prioridades do Sistema: a internacionalização. “Temos que trabalhar para criar um ambiente de negócios propício para o desenvolvimento de ações que dinamizem as exportações”, afirmou. Um dos temas do seminário, que tratou sobre estatísticas, nomenclaturas e mecanismos de apoio, foi apresentado pelo diretor de políticas de comércio e serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Maurício Do Val. “Devemos exportar não porque é importante. Exportação é uma maneira de reverter o que é preo-
cupante em nosso país, como o déficit”, evidenciou o palestrante. Para mudar esse quadro, de acordo com Val, é preciso um fortalecimento da ação governamental nas políticas de estímulo às exportações brasileiras de serviços, além da identificação e superação dos gargalos no comércio exterior de serviços do país. “Além disso, são necessários instrumentos de apoio às exportações”, endossou. Entre eles, o palestrante citou o Programa de Financiamento às Exportações (Proex), Adiantamento sobre Contratos de Câmbio (ACC), Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE) e o BNDES Exim. Já o coordenador da Unidade de Projetos Espe-
ciais da Apex-Brasil, Maurício Manfrê, que ministrou a segunda palestra, abordou o assunto com um viés diferente. O enfoque da vez foram as ações de promoção de exportação de serviços brasileiros. Para Manfrê, o país precisa de marketing para se destacar no exterior. “É preciso, também, inteligência de mercado”, destacou. Somando-se a isso investimento em design, divulgação da imagem do Brasil e vários outros serviços, como tecnologia da informação, engenharia e arquitetura, além de franquia. “Temos que trabalhar com divulgação, afinal nosso país é uma indústria competitiva e dinâmica que hoje ocupa as principais posições nos rankings mundiais”, disse o palestrante.
principais setores exportadores de serviços - MG RANK 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
setor de atividade econômica obras de infra-estrutura metalurgia serviços de arquitetura e engenharia; testes e análises técnicas comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas atividades esportivas e de recreação e lazer atividades dos serviços de tecnologia da informação fabricação de máquinas e equipamentos serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços prestados às empresas fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores
part. 19,98% 13,77% 10,41% 7,63% 6,18% 4,55% 4,33% 2,74% 2,67% 2,49%
Fonte: Banco Central do Brasil
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comércio exterior
conhecendo o mundo
com o sistema fecomércio e sebrae:
2ª edição: Índia COMO NEGOCIAR COM OS INDIANOS • Os empresários indianos são hospitaleiros e fiéis às suas tradições. São receptivos, entretanto não deixam de demonstrar desconfiança. • A língua inglesa é a mais importante nas relações comerciais com indianos. Apesar de uma parcela significativa da população falar apenas as línguas e dialetos locais, os empresários mais jovens comunicam-se facilmente em inglês. • O período mais indicado para visitas à Índia é durante o inverno, entre os meses de outubro e março, quando a temperatura está mais agradável. • Os “tapinhas calorosos” são sinais de cordialidade e amizade. O sinal de positivo com a cabeça é horizontal e não vertical. • Recomenda-se sobriedade no vestir e pontualidade nos horários das reuniões agendadas. • O cartão de visitas deve sempre ser entregue com a mão direita, com o logotipo e o nome voltado para quem o recebe. Nunca coloque o cartão de visitas sobre a mesa. • À mesa, quando não houver talher, use a mão direita para pegar alimentos e louças. • Lembre-se de que as mulheres são relegadas a segundo plano e, mesmo em situações informais, não as toque. Quando apresentado a uma mulher nunca estenda sua mão. Aguarde que ela o cumprimente, na maioria das vezes ela o fará com um aceno de cabeça. CURIOSIDADES • O sistema de castas é uma divisão social presente na sociedade hindu e definido como grupo social hereditário, no qual a condição do indivíduo passa de pai para filho e o indivíduo só pode casar-se com pessoas do seu próprio grupo (casta). Visto que o hinduísmo é a religião de 80% da população indiana, o conceito de uma sociedade dividida em castas ainda é muito difundido, principalmente no interior do país. A Constituição Indiana rejeita a discriminação com base na casta, em consonância com os princípios democráticos e seculares que fundaram o país. • Namaskar ou Namastê é a forma de cumprimento mais comum. A saudação é usada para dar boas-vindas às pessoas e as duas mãos juntas representam uma única mente. • É costume indiano o não uso de calçados em templos e dentro de casa. A rua é considerada impura e em locais sagrados, como templos e o próprio lar, o uso deles é extremamente depreciado. Varrer é uma atividade legada somente às castas mais baixas, pois tudo que envolve contato com sujeira é impuro e passível de contaminação. • As roupas masculinas são geralmente calças, camisas, sandálias ou sapatos; e das mulheres o sari (vestimenta tradicional feita de um único pano enrolado ao corpo) e blusa, ou, o mais comum entre as jovens, o salwar kameez (punjabi dress), que é uma calça larga, uma bata e um dupatta (lenço) levado ao pescoço. • Como a vaca é sagrada para os hindus e o porco é evitado pelos mulçumanos não se encontra facilmente a carne desses
animais para o consumo. • A mão direita é usada para cumprimentar, dar e receber dinheiro. Cumprimentar com a mão esquerda pode ser considerado ofensivo. Manusear dinheiro com a mão esquerda traz a má sorte. A mão esquerda é usada para todas as tarefas menos apreciadas, como higiene pessoal.
dados básicos NOME OFICIAL LOCALIZAÇÃO SUPERFÍCIE POPULAÇÃO MAIORES CIDADES IDIOMAS OFICIAIS PIB PIB PER CAPITA MOEDA OFICIAL SISTEMA POLÍTICO PRESIDENTE RELAÇÃO COMERCIAL COM MINAS GERAIS
República da Índia Ásia Meridional 3.287.590 km² (7º) 1,2 bilhão de habitantes (2º) Mumbai (12,4 milhões) Nova Délhi (11,2 milhões) Bangalore (6,1 milhões) Calcutá (4,4 milhões) Inglês, Hindi US$ 1,8 trilhão (10º) US$ 1.527 (133º) Rúpia indiana (cotação: 1 R$ = 27,54 Rs) República Federalista com sistema de governo parlamentarista Pratibha Patil Exportação: (US$ FOB 107,8 milhões); Importação: (US$ FOB 120,1 milhões)
FEcomércio informativo • Edição 374 • 23
você sabia?
questões pontuais
que podem auxiliar na hora de fazer
negócios com o mundo Banco de imagens
notas Meta de exportações brasileiras para 2012 é de US$ 264 bilhões
Micro e Pequenas Empresas podem importar e exportar normalmente? A microempresa pode atuar com comércio exterior normalmente e, como requisito, deverá apenas cumprir com os procedimentos de habilitação no sistema de comércio exterior brasileiro na modalidade adequada às características da sua empresa. A empresa que tem a intenção de atuar no mercado internacional somente deve acrescentar em seu objeto social a atividade de importação/ exportação e regularizar seu registro no Radar Comercial (Sistema de Comércio Exterior Brasileiro) junto à Receita Federal. Vale ressaltar que tanto no caso de importações/exportações diretas, bem como indiretas (por intermédio de comercial exportadora), é necessário obter habilitação no sistema Radar. A exceção ocorre no caso das importações e exportações com despacho simplificado via Correios (Importa Fácil e Exporta Fácil) e outros courriers. Nessas situações, o Radar é dispensado no caso das exportações até o valor de US$ 50 mil por remessa e nas importações até US$ 3 mil. Como é feita a habilitação para operar no Comércio Exterior? A empresa exportadora e/ou importadora regularmente constituída, bem como seus representantes, deverá providenciar a habilitação e credenciamento (registro no Radar) junto à Receita Federal para operar o Novoex (sistema de controle do comércio exterior), conforme Instrução Normativa SRF n°. 650, de 12 de maio de 2006, e Ato Declaratório Executivo Coana n°. 3, de 1º de junho de 2006.
Depois de habilitada a operar no Sistema de Comércio Exterior Brasileiro, qual é o próximo passo a ser seguido? O passo seguinte é a definição do produto a ser exportado ou importado. Há de se conhecer a mercadoria (nome técnico, comercial, sua utilização, o material constitutivo etc.), para ser identificada sua classificação fiscal ou Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). De posse da NCM é que se poderá verificar o tratamento administrativo deferido ao produto para a exportação e/ ou importação. Quais são os impostos incidentes na importação? Basicamente incidem o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além do recolhimento de determinadas taxas portuárias e alfandegárias. Para identificar as alíquotas destes impostos, que variam em função da mercadoria, deve-se proceder à classificação tarifária das mesmas. Quais são os impostos incidentes na exportação? A regra geral diz que os governos não oneram com encargos tributários os produtos exportados, para manter a competitividade das mercadorias brasileiras nos mercados externos. Por essa razão, os produtos exportados são isentos dos impostos indiretos (IPI, PIS, Cofins) e não têm incidência do ICMS, inclusive os incidentes nos insumos (matérias-primas, embalagem, partes e peças) que são incorporados aos produtos finais. Segundo as normas da Organização Mundial de Comércio (OMC), este procedimento não caracteriza subsídio à exportação.
Prevendo a recuperação dos países da zona do euro e também da economia norte-americana, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciou que a meta das exportações brasileiras para 2012 será de US$ 264 bilhões, podendo ser revisada ao longo do ano. Este valor é 3,1% maior que o total das exportações em 2011. Segundo o secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, analisando a recuperação dos principais mercados internacionais, a tendência é de crescimento das exportações brasileiras, principalmente de produtos manufaturados, uma vez que estas economias compõem os principais compradores de produtos manufaturados do Brasil.
medidas para aumentar competitividade das empresas exportadoras O governo federal, através do Plano Brasil Maior, adotou várias medidas que visam impulsionar as exportações para aumentar a competitividade do setor no país. Dentre as medidas destacam-se: • Empresas poderão adquirir todos os insumos de sua produção com suspensão de IPI, PIS e Cofins, desde que exportem 50% da sua produção; • Adiantamento Contrato de Câmbio, que servirá como mais uma opção de crédito de financiamento de exportações; • Fundo de Financiamento à Exportação, que visa ampliar a participação de micro e pequenas empresas na área. Outra ação do governo é a desoneração tributária da folha de pagamentos. Neste caso, a contribuição patronal, cuja alíquota hoje é de 20%, passa para 1% sobre o faturamento. E ainda a contribuição para o INSS, que também será zerada para alguns setores com a instituição de uma alíquota de 2% sobre o faturamento.
24 • FECOMércio informativo • edição 374
micro e pequenas empresas
mpes geraram 85,9% dos empregos formais
em janeiro
Banco de imagens
Dados divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) constataram que 85,9% dos 118.895 empregos formais criados em todo o país em janeiro de 2012 foram realizados por micro e pequenas empresas (MPEs) de até quatro funcionários. O levantamento foi feito com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O total de 102.111 empregos gerados com carteira assinada pelas MPEs é superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em janeiro de 2011 essas empresas foram responsáveis por 69% do total de contratações. Há uma tendência de ocorrer aumento da atividade de micro e pequenas empresas no país em
função do crescimento de renda e crédito verificado em 2011. As empresas que possuem entre cinco e 99 funcionários mais demitiram do que contrataram no primeiro mês do ano. Aquelas que contam com equipe entre 100 e 499 empregados foram responsáveis por 6,3% do total de contratações, enquanto as que têm mais de 500 funcionários contribuíram com 13,4%.
gastos maiores e lucros menores em 2011 infraestrutura, que passou de R$ 1.165,40 no terceiro trimestre para R$ 1.500,50 nos três meses seguintes. Em contrapartida, os recursos destinados a cursos de qualificação dos funcionários recuaram 99,2% entre outubro e dezembro. Consequentemente, o lucro reduziu. No último trimestre de 2011, as micro e pequenas empresas lucraram R$ 17.403,60 contra R$ 18.826,10 do intervalo anterior, o que corresponde a um recuo de 7,56%. Porém, o faturamento foi maior e totalizou, em média, R$ 62.884,30, uma alta de 9,8% sobre o terceiro trimestre de 2011. Entre os segmentos, somente a construção civil registrou queda (7,6%) no faturamento nos últimos três meses do ano passado, na comparação com julho, agosto e setembro. O levantamento leva em consideração, ainda, indústria, comércio e serviços.
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As despesas com funcionários e com pagamento de tributos foram os gastos que reduziram os ganhos das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) em Minas Gerais. O segmento gastou mais e lucrou menos no quarto trimestre de 2011, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG). As MPEs pagaram, em média, R$ 4.651,70 em impostos entre outubro e dezembro de 2011, 16,8% a mais do que no trimestre anterior, o que corresponde a 6% do faturamento e a 9% dos custos totais. Já as despesas com pessoal, que respondem por 50% dos gastos gerais, subiram 17,1% e somaram R$ 17.077,50. Com mais impostos e pessoas para pagar, os gastos totais aumentaram 16,2%, chegando a R$ 41.475,90, o que pode ser explicado pelo maior investimento em equipamentos e
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jurídico
Receita Estadual disciplina
crédito de ICMS nas operações
interestaduais
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O Decreto nº 45.931, publicado em 21 de março deste ano, tendo em vista o disposto nos artigos 11 e 12 da Lei 19.978 de 28/12/2011, que dispõem sobre as condições a serem observadas para o aproveitamento dos créditos de ICMS, destacados em documentos fiscais decorrentes de operações interestaduais com mercadorias provenientes de Unidades da Federação que tenham concedido incentivos fiscais aos seus contribuintes em desacordo com o que prevê a Constituição Federal, ou seja, sem a devida previsão destes em Lei Complementar, regulamentou a matéria. Desta feita, o Decreto autoriza o destinatário mineiro a apropriar-se integralmente do crédito de ICMS destacado no documento fiscal decorrente do recebimento de mercadorias ou serviços em operações ou prestações interestaduais, realizadas a partir de 1º de janeiro de 2012, até o dia imediatamente anterior à data em que o incentivo ou benefício for divulgado em Resolução da Secretaria de Estado de Fazenda – (Resolução 3.166/2001). A autorização aplica-se também aos casos: de dedução do imposto a ser recolhido a título de substituição tributária, na hipótese em que o substituto tributário for o contribuinte mineiro nas operações interestaduais, exceto na entrada decorrente de operação de transferência; na entrada decorrente de operação ou prestação promovida por estabelecimento de empresa interdependente e como dedução do imposto devido pela operação própria no cálculo do ICMS/ST realizado pelo contribuinte substituto de outro estado; nas operações interestaduais com destinatário mineiro, por ter o remetente substituto ciência do incentivo ou benefício fiscal concedido pelo estado em que está situado seu estabelecimento. Permitiu também o Decreto a quitação do estorno de crédito de ICMS decorrente do recebimento de mercadorias ou serviços em operações interestaduais realizadas até 29 de dezembro de 2011, formalizado ou não, inscrito ou não em dívida ativa, ajuizada ou não a sua cobrança, abrigadas por incentivo ou benefício fiscal concedi-
do como na forma acima, com redução de 95% das multas e dos juros, desde que pagos à vista até o dia 31 de março de 2012. Para tanto, o contribuinte precisa ter formalizado seu requerimento até o dia 30 e ter recolhido o respectivo DAE, apresentando-o à Administração Fazendária a que estiver sujeito ou na Advocacia Regional responsável pela cobrança do crédito tributário. A medida representa um grande avanço no tratamento da questão da guerra fiscal, de vez que, na forma anterior, ficava o contribuinte mineiro obrigado a estornar os créditos de ICMS destacado em documento fiscal, mesmo que do benefício fiscal não tivesse conhecimento.
Com a adoção das novas normas, sempre que o Estado de Minas Gerais tiver conhecimento da concessão de incentivo ou benefício fiscal ao contribuinte localizado em outro estado, editará Resolução, dando ciência do ato ao contribuinte mineiro, que, no entanto, poderá se creditar do imposto destacado no documento fiscal, até o dia anterior ao da publicação da referida Resolução, promovendo assim a aplicação da justiça fiscal. No entanto, a partir da edição da citada Resolução, o contribuinte mineiro somente poderá se creditar do equivalente ao percentual efetivamente recolhido pelo remetente, tal como venha constar da Resolução em questão.
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jurídico
OBRIGAÇÕES SOCIAIS E FISCAIS | maio 2012 ÂMBITO FEDERAL No mês de admissão
IR FONTE - Salários, Autônomos, Aluguéis
Até o último dia do 2º decêndio
Carnê Leão
Até o último dia útil do mês
PIS/Faturamento
Até o 25º dia do mês
COFINS
Até o 25º dia do mês
FGTS / GEFIP
Até o dia 7 (sete)
INSS - Salário SALÁRIOS
Até o dia 20 (vinte)
CAGED
Até o dia 7 (sete)
IRPJ ESTIMATIVA Contribuição Social ESTIMATIVA
Até o último dia útil do mês
Simples nacional - recolhimento DCtf - mensal
Até o dia 20 (vinte)
Dacon - Mensal
Até o 5º dia útil do mês
Retenção pis / cofins csll Artigo 30 - lei 10.833/03
Até o último dia útil da quinzena seguinte ao da retenção
sped / pis / confins
Até o 10º dia útil do mês
Contribuição confederativa
Até o último dia do mês
n Ba
PIS - DCT
Receita antecipa malha fina nas retificações do IR de Pessoa Jurídica
ns ge
ma ei
d co
Até o 5º dia útil
Até o último dia útil do mês
Até o 15º dia útil do mês
ÂMBITO estaduAL
DAPI • Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes.
Até o dia 09
• Indústrias e atacadistas de bebidas, comb. e lubrif; cigarros e fumos.
Até o dia 04
• Demais indústrias
Até o dia 15
• Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. - Gia - ST
Até o dia 10
• Demais contribuintes
Ver Calendário Fiscal
Nota: Lembramos que o prazo do Sped Fiscal vence impreterivelmente em 25/07/2012 e 25/12/2012
ÂMBITO municipAL ISS Imposto S/ Serviços Belo Horizonte Outros Municípios
Até o dia 05 (cinco) Ver legislação local
IPTU Belo Horizonte Outros Municípios
Até o dia 15 (quinze) Ver legislação local
Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios
Fixado pelo município Ver legislação local
DES Declaração Eletrônica de Serviços - Mensal Belo Horizonte
Até o dia 20 (vinte)
A Receita Federal antecipa a “malha fiscal” nos pedidos de retificação feitos na Declaração de Débitos e Créditos de Tributos Federais (DCTF). Um milhão de empresas e entes públicos, dos três níveis de governo, são obrigados a apresentar ao Fisco todos os meses, de acordo com a Instrução Normativa 1.258 publicada no Diário Oficial da União (14). A medida entrará em vigor no mês que vem. O cruzamento para checar as retificações já é feito, como ocorre com relação à pessoa física. Só que a “malha fina”, como é mais conhecida, tem sido feita a posteriori, com algum atraso. Mas, com a instantaneidade de cruzamentos que a informática permite atualmente, com todos os órgãos de fiscalização interligados em tempo real, a Receita fará investigação imediata quando houver indício de fraude. A DCTF é obrigatória a todas as empresas com lucro real e presumido. Ficam de fora só as micro e pequenas empresas inscritas no Simples Nacional. Mesmo as empresas imunes ou isentas têm de fazer a declaração mensal, juntamente com autarquias, fundações e órgãos públicos do Executivo, Legislativo e Judiciário, seja federal, estadual, distrital ou municipal. Fonte: Agência Brasil
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jurídico
Câmara Federal analisa proposta do novo Código
Comercial A Câmara dos Deputados, por meio de Comissão Especial, analisará e discutirá o Projeto de Lei 1.572/11, de autoria do deputado Vicente Candido, do PT/SP, que institui um novo Código Comercial. O objetivo é sistematizar e atualizar a legislação sobre as relações entre pessoas jurídicas, uma vez que o nosso atual Código Comercial é de 1850 e já foi quase que totalmente revogado pelo Novo Código Civil. A proposta dispõe sobre a denominação empresarial, títulos e comércio eletrônico e destaca-se a permissão para que toda documentação empresarial seja mantida em meio eletrônico, contemplando assim a era digital e dispensando o uso de papel. O texto, dividido em cinco livros, contém 670 artigos, dispondo o primeiro livro sobre a empresa; o segundo sobre as sociedades empresariais; o terceiro sobre as obrigações dos empresários; o quarto sobre a crise da empresa; e o
quinto sobre as disposições transitórias. Quanto às obrigações dos empresários, o projeto prevê prazos prescricionais mais curtos, de forma a transmitir maior segurança jurídica aos negócios, dispondo sobre normas próprias para a constituição das obrigações das empresas. O projeto dispõe também sobre os principais contratos empresariais, como a compra e venda mercantil, o fornecimento, a distribuição, o fretamento de embarcações e outros. O nosso atual Código Comercial foi instituído pela Lei nº. 556, de 25/06/1850, e, bastante defasado, teve toda a sua primeira parte revogada pelo atual Código Civil, que o incorporou. Restou a segunda parte que dispõe do Comércio Marítimo, vez que a terceira parte já havia sido revogada pelo Decreto-Lei 1.608 de 1939. O projeto preserva outras legislações que dispõem sobre as empresas, sociedades e negócios. O exemplo da Lei 6.404/76, que dispõe sobre as So-
ciedades Anônimas, a Lei 11.101/05, que dispõe sobre a Recuperação Judicial, extrajudicial e de falência do empresário e da sociedade empresária, mas revoga a Lei 5.474/68, que estabelece normas sobre as Faturas e as Duplicatas – Lei de Duplicatas, por também se encontrar totalmente defasada. Entende o autor que a proposta contempla um instrumento legal mais atualizado e compatível com a atual Constituição e com o momento econômico, retirando do âmbito do Código Civil matérias de natureza comercial, assim como se adota no restante do mundo. Desta feita, uma iniciativa do Ministério da Justiça encontra-se aberta até dois de abril deste ano, Consulta Pública ao PL 1.572/2011, no endereço http://participacao.mj.gov.br/codcom, onde também é possível comparar o texto do projeto de lei com a atual legislação. Depois de ser analisado pela comissão especial, o projeto será votado pelo Plenário.
stj delimita cobrança de PIS/Cofins em juros sobre
capital próprio Os juros sobre capital próprio (JCP) não integram a base de incidência das contribuições PIS/ Cofins no período compreendido entre a vigência da Lei 9.718/98 e a entrada em vigor das Leis 10.637/02 e 10.833/03. A decisão, da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi proferida em julgamento de recurso repetitivo, o que deve reduzir a chegada de novos recursos sobre o tema ao Tribunal. Segundo o relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, a Lei 9.718 estabeleceu em seus artigos 2º e 3º que a base de cálculo do PIS/Cofins é o faturamento, correspondente à receita bruta da pessoa jurídica. O parágrafo 1º do artigo 3º conceituava receita bruta como a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente do tipo de atividade e da classificação contábil dessas receitas. Com isso, o fisco incluía os JCP na base de incidência do PIS/Cofins. Porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade do alargamento do conceito de faturamento estabelecido por esse parágrafo. Posteriormente, a Emenda Constitu-
cional 20/98 permitiu a inclusão do JCP na base de cálculo do PIS/Cofins, mas isso não afastou a inconstitucionalidade reconhecida no parágrafo 1º do artigo 3º da Lei 9.718. No caso analisado, a fazenda nacional ingressou com recurso no STJ para reformar decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). No recurso, a fazenda sustentou que os juros sobre os JCP são receitas financeiras, pelo que devem ser compreendidos na base de cálculo do PIS/Cofins. A empresa recorrida, por sua vez, afirmou que, quando da edição da Lei 9.718, não existia ainda autorização constitucional para o legislador, no exercício de sua competência tributária, instituir contribuição para o custeio da seguridade social sobre receita em geral, aí compreendida a receita financeira, mas apenas sobre a receita de faturamento. Ao analisar a controvérsia, Napoleão Nunes Maia Filho afirmou que, antes da Emenda 20, “a definição constitucional do conceito de faturamento envolvia somente a venda de mercadorias e serviços, não abrangendo a totalidade das
receitas auferidas pela pessoa jurídica. Somente após a edição da emenda constitucional é que se possibilitou a inclusão da totalidade das receitas, incluindo o JCP, como base de cálculo do PIS/Cofins, circunstância materializada com a edição das Leis 10.637/02 e 10.833/03”. O relator observou que o caso discutido no processo dizia respeito a período compreendido entre março de 1999 e setembro de 2002, posterior, portanto, à entrada em vigor da Lei 9.718 e anterior às Leis 10.637 e 10.833. Por essa razão, decidiu que os JCP do período não devem sofrer tributação pelo PIS/Cofins. O julgamento se deu pelo rito do artigo 543-C do Código de Processo Civil (CPC). Assim, todos os demais processos sobre o mesmo tema podem ser resolvidos com a aplicação do entendimento firmado pelo STJ. A sistemática do artigo 543-C impede que sejam remetidos ao STJ, pelos Tribunais de Justiça dos estados e Tribunais Regionais Federais, os recursos cujas teses já tenham sido rechaçadas. Fonte: Imprensa – STJ
28 • FECOMércio informativo • edição 374
jurídico
Fim do Regime Tributário
de Transição
ns age e im co d
Um dos fatores cruciais que contribuíram para a implementação do padrão internacional de contabilidade (IFRS) no Brasil foi a garantia da neutralidade tributária. A solução original, dada pela Lei nº 11.638 de 2007 (a mesma que alterou a legislação contábil), não foi aceita pela Receita Federal, que preferiu instituir o Regime Tributário de Transição (RTT). O mesmo que passou a ser controlado por meio do Controle Fiscal Contábil da Transição (FCONT) – algo como uma contabilidade tributária – teve seu fim anunciado. O binômio RTT/FCONT daria lugar ao novo Livro de Ajuste da Convergência (LAC), cujos custos de implementação, dadas sua complexidade e sua burocracia, poderiam ser tema de um texto próprio, e que não caberia neste espaço. Confirmadas essas informações extraoficiais, a vigência do RTT terá sido marcada pelos remendos em razão de não haver uma discussão estrutural sobre as repercussões tributárias dos IFRS. Além disso, a apuração do imposto sobre a renda no contexto do LAC será inconstitucional. Não se pode considerar, nem por mera hipótese, o tributo como sendo um fim em si mesmo: ele decorre das relações sociais de caráter econômico. O termo “renda”, utilizado pelo artigo 153, III da Constituição Federal não é um conceito tributário por essência, mas um conceito socioeconômico apropriado pela Lei Fundamental para instituir competência tributária. A pretensão de apurar uma “renda” exclusivamente para fins tributários afronta o texto constitucional - e é isso que a substituição do RTT, tal como está sendo formulada, propõe. Buscando-se regulamentar a apuração do IRPJ e da CSLL, no momento pós-RTT, está proposto o seguinte: as empresas escriturariam uma
“contabilidade” verdadeira e oficialmente tributária, reconhecendo ou não as operações e os eventos econômicos de acordo com as normas tributárias, apurando-se uma “renda” com fim exclusivamente tributário; depois, seriam calculados os tributos sobre o lucro (IRPJ/CSLL); finalmente, por meio do LAC (cuidado: não se perca nas siglas!), ajustariam essa “contabilidade” para o padrão contábil societário (baseado nos IFRS/CPC). Não é difícil perceber que seria o início de uma nova era,
Ban
*edison c. fernandes
desconsiderando-se toda a experiência passada e os controles exaustivamente desenvolvidos para o cumprimento da legislação tributária brasileira. Note-se que o ponto desejado é, novamente, colocado à frente e propõe-se mais um desvio (remendo legislativo) para corrigir a trajetória do tiro; não se olha para os lados (relação do tributo com as outras situações econômicas cotidianas) e tampouco para trás (experiências acumuladas). Muitas das incertezas do período do RTT permanecerão, como o montante dos dividendos que são isentos, além de se somar
um questionamento jurídico fundamental, hoje inexistente: a constitucionalidade da “renda” apurada unicamente para efeito de incidência de tributos. Isso sem mencionar o excessivo aumento dos controles internos, que pode gerar preocupação quanto à conveniência de adoção dos IFRS como padrão contábil societário. A solução para o fim do RTT pode ser mais simples, até porque a sua instituição não era algo necessário. O Brasil passou por situação bastante semelhante em 1976, com a publicação da Lei nº 6.404 e a solução apresentada um ano depois se aproximou da perfeição: o Decreto-lei nº 1.598, de 1977, criou o Livro de Apuração do Lucro Real Lalur, com suas adições e exclusões ao lucro comercial (contábil-societário). Agora, pode-se resgatar a ideia original do Lalur. A primeira concepção do Lalur foi sendo desnaturada pela própria legislação tributária, ao passar a prever regras contábeis que davam conta dos ajustes tributários que deveriam ser feitos para a apuração dos tributos sobre o lucro (como exemplos: ágio de investimento e dedução da provisão para devedores duvidosos). Resgatar a sua origem significa que a legislação tributária (solução estrutural) deveria ser alterada para incorporar os novos conceitos trazidos pelo padrão internacional de contabilidade (ajuste a valor presente, ajuste a valor recuperável, avaliação de ativo biológico etc.) e disciplinar a sua dedutibilidade ou não (adição), sua tributação ou não (exclusão). Portanto, a solução seria o bom, velho e conhecido Lalur (inclusive e principalmente na sua versão eletrônica). * Advogado, doutor em direito pela PUC-SP, professor da Universidade Mackenzie e da FGV Fonte: Valor Econômico
Fisco autoriza inclusão de débitos no Refis Os débitos de tributos federais provenientes de pedidos de compensação negados ou de decisões administrativas definitivas, ocorridos até o término do prazo para a consolidação dos débitos no Refis da Crise, serão incluídos no programa de parcelamento. A novidade consta da Instrução Normativa (IN) da Receita Federal nº. 1.259, publicada ontem [19.03.2012] no Diário Oficial da União (DOU).
Os respectivos prazos de consolidação estão listados na Portaria Conjunta nº. 2 da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e Receita Federal, de fevereiro de 2011. A IN nº. 1.259 deixa claro, porém, que serão incluídos apenas valores de tributos vencidos até 30 de novembro de 2008, como prevê a Lei do Refis da Crise – nº. 11.941, de 27 de maio de 2009. A norma é uma orientação aos servidores
dos postos fiscais no país. Vários contribuintes não conseguiram incluir débitos dessa natureza durante o período de consolidação. Os valores não foram computados pelo sistema informatizado da Receita, o que obrigou as empresas a ingressar com pedidos administrativos de revisão em postos fiscais. Fonte: Valor Econômico
SESC
FECOMÉRCIO INFORMATIVO
PUBLICAÇÃO MENSAL DO SISTEMA FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - FECOMÉRCIO MINAS - SESC - SENAC / www.fecomerciomg.org.br Erwin Oliveira/Sesc Minas
MESA BRASIL SESC PROGRAMA QUE ATUA CONTRA FOME E DESPERDÍCIO QUER DISTRIBUIR, EM 2012, 41 MIL TONELADAS DE ALIMENTOS PÁGINA 5 Arquivo Sesc Minas
AÇÕES DE SAÚDE DO SESC ATENDERAM MAIS DE 300 MUNICÍPIOS EM MINAS PÁGINA - 4
SESC POUSADA MONTES CLAROS TEM QUALIDADE E CONFORTO, ALÉM DE PREÇOS ACESSÍVEIS PÁGINA - 6
COPA SESC 25 ANOS AGITA UNIDADES DA CAPITAL E RMBH PÁGINA - 3
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ARTIGO Aldine Mara / Sesc Minas
A MÚSICA NO SESC MINAS CÉLIO BALONA MÚSICO, TECLADISTA, COMPOSITOR E ASSESSOR DE EVENTOS E CULTURA DO SESC MINAS
“Sem a música, a vida seria um erro.” (Nietzsche) Desde os primórdios, a música faz parte da história da humanidade. Das manifestações mais primitivas às grandes orquestras nos teatros e salões sofisticados, a presença da música sempre foi uma constante no nosso dia a dia. O Sesc Minas, dentro de sua filosofia de atuação, tem um olhar especial relativo a esta arte, por meio de variados projetos dedicados às manifestações musicais de Minas Gerais, Estado dono de um patrimônio cultural admirado e preservado por diversas gerações. Um exemplo desta riqueza e uma das manifestações mais presentes em nosso coração é, sem dúvida, a seresta. Contemplando este estilo musical, o Projeto Minas ao Luar leva às cidades mineiras a oportunidade do encontro do público com a mais pura tradição seresteira, proporcionando ternura e emoção para todas as idades. O Sesc Minas tem muito orgulho desse projeto. Outro exemplo de sucesso é o SESC MPB. Este projeto oferece shows de música popular brasileira de qualidade, a céu aberto, sempre nas manhãs do segundo domingo de cada mês – de março a setembro – no Parque Municipal. Desde que existe, há quatro anos, o projeto já apresentou os melhores artistas brasileiros, em parceria com músicos mineiros. A música de raiz tem presença garantida em nossa programação, através do Projeto Causos e Violas das Gerais. Música, feita por violeiros e cantadores, trazendo a pureza e o encanto das coisas do sertão para a cidade grande. Como incentivo à formação musical de jovens, em 2012 foi criada a Orquestra de Câmara do Sesc Minas, que funcionará no Sesc Laces JK, no Centro de Belo Horizonte. Baseada na ideia que o ambiente de ensino/aprendizagem musical também contribui para a construção de valores básicos, como a autoconfiança , disciplina, respeito ao outro e a si mesmo , a iniciativa contemplará crianças, adolescentes e jovens da rede pública municipal e estadual, além de filhos de trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo. Tudo gratuitamente. Será desenvolvido um grupo orquestral de cordas com violinos, violas, violoncelos e contrabaixos. Os instrumentos já foram adquiridos pelo Sesc Mi-
nas. Para realização inicial do cronograma de atividades, músicos atuantes no cenário de Belo Horizonte serão colaboradores, atuando como professores e maestros do grupo orquestral. Outra participação necessária será a de alunos de graduação em música, que atuarão como facilitadores do desenvolvimento musical e didático da orquestra. A direção artístico-musical inicial estará a cargo do professor e músico Eliseu de Barros (proponente do projeto e atual spalla da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais). No segundo semestre de 2011, logo após a inauguração do Grande Teatro do Sesc Palladium, uma das parcerias culturais mais relevantes estabelecidas pelo Sesc Minas foi realizada com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais: Concertos para a Juventude, no Grande Teatro do Sesc Palladium, com apresentações de peças
consagradas com o intuito de viabilizar o acesso à musica erudita para todas as plateias. Assim também ocorrem os Concertos Didáticos, que buscam a formação e aproximação dos trabalhos orquestrais frente ao grande público. Quem não se lembra com saudades - principalmente aqueles que nasceram no interior - da Banda de Música de sua cidade? As retretas no coreto da Praça, o desfile de Sete de Setembro, as solenidades da Semana Santa, a alegria de ver “a banda passar”...Tudo isso volta como num passe de mágica com o Encontro de Bandas organizado pelo Sesc Minas, sempre no mês de outubro na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Encontro de Bandas é emoção à flor da pele!!! Por tudo isso o Sesc Minas é música pura! Nietzsche tinha toda razão.
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ESPORTE
COPA SESC MINAS
COMEMORA 25 ANOS 3.500 ATLETAS PARTICIPAM DA COMPETIÇÃO
Nos próximos meses, as quadras da capital mineira e Região Metropolitana de Belo Horizonte estarão movimentadas. De 14 de abril a 1º de julho, acontece a Copa Sesc Minas. Ao todo, três modalidades e 14 categorias serão disputadas: futsal feminino (sub-15 e sub-18) e masculino (sub-12, sub-14, sub-16 e sub-18); handebol masculino e feminino (sub-15 e sub-18) e voleibol masculino e feminino (sub-15 e sub-18). Além de promover o intercâmbio sociodesportivo entre os atletas, o evento tem como objetivo incentivar a prática do esporte, fortalecer entidades esportivas, além de contribuir para a formação do homem democrático e participante, estimulando o exercício da cidadania. “A Copa Sesc busca democratizar o esporte, pois é uma competição aberta. Por meio dela é possível trabalhar valores como respeito, espírito de equipe, limites e, assim, ajudar na formação global do cidadão”, explica o analista de esportes do Sesc Minas e um dos organizadores do evento, Dilson Tadeu Rossi Prado. Os jogos acontecem nas Unidades Sesc Laces Contagem-Betim, Sesc Venda Nova, Sesc Santa Quitéria, Sesc Floresta, além de outros espaços cedidos por agremiações parceiras. As partidas são gratuitas e abertas ao público. Além do título, os vencedores serão premiados com troféus e medalhas. O regulamento completo da Copa Sesc Minas está disponível no site www.sescmg.com.br.
Dila Puccini / Sesc Minas
ALDINE MARA
Jogos da Copa Sesc Minas 25 anos 2012 foram abertos oficialmente no Sesc Laces Contagem-Betim
25 ANOS Tradicional entre os atletas mineiros, a competição tem um sabor especial em 2012. Afinal, este ano, a disputa completa 25 anos. Ao todo, o campeonato já reuniu cerca de 40 mil inscritos, entre atletas, dirigentes e técnicos. Para esta edição, 3.500 atletas e 206 equipes participam do campeonato, em mais de 300 jogos. Mas o campeonato vai além. Enquanto os
atletas suam a camisa para defender suas equipes dentro da quadra, fora dela o clima é outro. Palavra de quem já passou por essa experiência: “hoje eu trabalho na organização da Copa Sesc, mas já estive do outro lado, participando da competição como técnico. E muitos atletas que eram meus adversários, se transformaram em amigos após a partida. Isso é legal. A rivalidade fica apenas dentro das quatro linhas”, afirma Dilson Tadeu Rossi Prado.
MAIS ESPORTE Por todo o estado, o Sesc Minas incentiva a prática do esporte. Fonte de saúde, as atividades esportivas proporcionam qualidade de vida à comunidade. Tudo isso vai ao encontro da missão da entidade em desenvolver ações
que contribuam para o bem-estar social do trabalhador do comércio de bens, serviços, turismo e seus dependentes, por meio da prestação de serviços de excelência nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e meio ambiente.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO ESPORTIVA EM OUTRAS UNIDADES: SESC GOVERNADOR VALADARES
SESC MONTES CLAROS
SESC LACES JANUÁRIA
Copa Sesc de Futsal – Aniversário da Cidade Data: até 27/04
4ª Copa de Futsal dos Comerciários Data: até 1º/05
2ª Copa Sesc de Futebol 7 Society Data: até 27/05
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SAÚDE
SESC MINAS PROMOVE
SAÚDE NO ESTADO
EM SETE ANOS, AS AÇÕES JÁ ATENDERAM MAIS DE 300 MUNICÍPIOS ALINE TEODORO
OS ATENDIMENTOS Ao firmar parceria com o Sesc Minas, o mu-
Fotos: Arquivo Sesc Minas
As Ações de Saúde do Sesc contribuem para o bem-estar e qualidade de vida das comunidades beneficiadas. Atualmente, três Unidades Móveis de Saúde visitam cerca de 50 municípios por ano. Todas são equipadas com ultrassom, laboratório e maca ginecológica. Além disso, duas das Unidades Volantes possuem mamógrafos e um consultório para exames oftalmológicos. O programa é gratuito e direcionado à população de baixa renda. Em sete anos, mais de 300 municípios já foram atendidos. Neste ano, o Projeto Ações de Saúde, realizado desde 2004 pelo Sesc Minas, pretende ampliar, cada vez mais os atendimentos para dar continuidade ao trabalho de promoção dos cuidados com a saúde nos municípios mineiros. “Para oferecer esses serviços com qualidade, a equipe do Sesc possui profissionais altamente qualificados para realizar os atendimentos em Minas Gerais”, ressalta o gerente de Programas de Saúde do Sesc, Jairo Brant. Os serviços oferecidos pelas Ações de Saúde respondem às demandas dos municípios que procuram o Sesc Minas. Para definir quais os locais e serviços que serão ofertados na ação, a Superintendência de Saúde faz uma visita técnica à cidade e avalia, dentre outros requisitos, a estrutura do local que receberá o projeto.
O exame oftalmológico é um dos mais procurados nas cidades visitadas
nicípio fica responsável por distribuir senhas de atendimento aos pacientes. Em média, as Ações de Saúde ficam por três dias nas cidades programadas. Com o projeto, a comunidade também se beneficia com a realização de hemogramas e testes de glicose, colesterol, ácido úrico, triglicérides, próstata, tireoide, Papanicolau e eletrocardiograma. A mamografia, por exemplo, exige um procedimento mais amplo. Os técnicos de saúde efetivam o exame na cidade que o projeto visitou e encaminham os materiais para um médi-
co do Sesc, em Belo Horizonte. Na capital, os profissionais elaboram os laudos e os devolvem para o município – com as devidas indicações para procurar ou não um especialista. FEIRA DE SAÚDE Além dos exames realizados em pacientes previamente agendados, o Sesc Minas oferece à população da cidade visitada a Feira de Saúde. O evento é realizado no mesmo período em que as Unidades Volantes atendem pacientes com senhas. Durante a programação, a comunidade participa, gratuitamente e sem agendamentos, de alguns procedimentos, dentre eles as oficinas de medição da pressão arterial, glicemia capilar, avaliação de peso e medida, fator RH e técnica correta de escovação dental. Ao todo, são realizados quase 70 mil exames por ano.
ATENDIMENTOS EM ABRIL ITAÚNA: 11/04 a 13/04 MONSENHOR PAULO: 16/04 a 20/04 CONTAGEM: 23/04 a 27/04 Ultrassonografia é um dos exames realizados gratuitamente e por meio de agendamento
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MESA BRASIL / AÇÃO SOLIDÁRIA
MESA BRASIL, CIDADANIA E
QUALIDADE DE VIDA PROJETO QUE COMEÇOU EM 1994 VISA ATENDER 1,7 MI PESSOAS EM 2012
Com o objetivo de combater a fome e o desperdício de alimentos, o Sesc realiza, desde 2001, em âmbito nacional, o Programa Mesa Brasil. A ideia nasceu em São Paulo, em 1994, e, desde então, contribui para a promoção da cidadania e a melhoria da qualidade de vida das pessoas em situação de pobreza. Em Minas Gerais, o Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, por meio do Mesa Brasil regional, coordenou, no início deste ano, a campanha “Ação Solidária”, em prol das vítimas da chuva no estado. Com grande ajuda do Departamento Nacional do Sesc, a ação arrecadou e distribuiu cerca de 400 mil quilos de alimentos e quase 50 mil itens de higiene pessoal, beneficiando 62 cidades no estado mineiro. Os responsáveis pela realização do Mesa Brasil têm consciência da importância deste trabalho para o país. Dados da Organização das Nações Unidas
(ONU) revelam que 925 milhões de pessoas passam fome no mundo hoje. “O programa Mesa Brasil busca o alimento onde sobra e entrega onde está faltando”, resume Claudilene Bering, coordenadora do Mesa Brasil do Sesc Minas, ao explicar o funcionamento do projeto. De acordo com Claudilene, existe uma agenda anual. O Mesa Brasil também oferece apoio gratuito a gestores e funcionários de instituições sociais e voluntários do projeto com o intuito de qualificar o trabalho e atender os beneficiados com qualidade. As ações são permanentes e abordam o combate à fome, a cultura contra o desperdício, a inclusão social e a autossustentabilidade das instituições atendidas. DOAÇÕES E DISTRIBUIÇÕES O Projeto Mesa Brasil possui uma equipe técnica e operacional qualificada para executar com eficácia a retirada e a distribuição da doação. Com a ajuda de cem voluntários, em Minas,
Erwin Oliveira / Sesc Minas
JULIANA SODRÉ
Voluntários do Mesa Brasil entregam alimentos em Itabirito / MG
a equipe acompanha e monitora as ações. Qualquer pessoa pode ajudar o Mesa Brasil. Para empresas, é fácil e vantajoso. Durante o ano de 2011, o programa Mesa Brasil do Departamento Nacional, por meio de suas 81 unidades regionais, atendeu 389 cidades; assistiu 5.594 entida-
O QUE O MESA BRASIL RECEBE
des; realizou 3.593 ações educativas; capacitou 196.305 pessoas e contou com a ajuda de 637 voluntários. O esforço deste trabalho permitiu que o programa ultrapassasse a meta do ano e beneficiasse quase 1,5 mi de pessoas, arrecadando e distribuindo mais de 38 mil toneladas de alimentos.
INFORMAÇÕES
• Alimentos próprios para o consumo (dentro da data de validade, sem sinais de apodrecimento); • Serviços de transporte para apoiar na distribuição das doações; • Combustível; • Vales-transporte para ajuda de custo dos voluntários; • Serviços de impressão de materiais educativos e de divulgação; • Trabalho voluntário em atividades educativas, seleção e manipulação de alimentos e captação de recursos.
VANTAGENS PARA QUEM DOA • Ampliação das ações de responsabilidade social e cidadania corporativa; • Diminuição de custos com descartes de produtos fora dos padrões de comercialização, porém, próprios para o consumo; • Acompanhamento da destinação do alimento doado por meio de relatórios mensais e informativos; • Divulgação da empresa como parceira do programa; • Isenção de ICMS e IPI para produtos e serviços doados ao programa. Mesa Brasil - (31) 3279-1489
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TURISMO
PRÓXIMA PARADA:
MONTES CLAROS
UNIDADE DE HOSPEDAGEM DO SESC MINAS ESTÁ NA CIDADE HÁ DEZ ANOS MEYRE RIBEIRO
Fotos: Dione Afonso / Sesc Minas
Para os interessados em viajar e conhecer mais sobre Minas Gerais, um destino é certo: Montes Claros, na bacia São Francisco, norte do estado. Reconhecida por suas iguarias, como a carne de sol com mandioca e o arroz com pequi, a antiga Vila Montes Claros de Formigas abriga, atualmente, quase 400 mil habitantes. Para se hospedar por lá, com qualidade, segurança e conforto, os viajantes podem aproveitar os serviços de hotelaria por um preço acessível no Sesc Pousada Montes Claros, uma das 13 Unidades de Hospedagem do Sesc Minas. Bem localizada, a pousada está situada no centro da cidade, próximo O Sesc Pousada Montes Claros está localizado no “coração” da cidade e oferece conforto e comodidade a shoppings, bares, restaurantes, lojas de conveniência, farmácias e com acesso facili- na acessibilidade, ainda dispõe de três quartos es- e Serviços (Fenics), que atrai, aproximadamente, tado a rodovias que ligam o município a diver- peciais para portadores de necessidades especiais, 250 expositores e movimenta mais de 100 misas localidades do Brasil. Segundo a superviso- com banheiros adaptados (corrimão e cadeira de lhões em negócios; o Festival Nacional do Pequi ra da Unidade de Hospedagem, Ludmila Valle, banho), espaço adequado para circulação e todos e o Carnamontes. O carnaval fora de época conta com a participação de artistas de renome nacional anualmente, o local recebe cerca de 20 mil pes- os benefícios dos outros quartos. e recebe 150 mil foliões em setembro. soas. “Mensalmente, recebemos cerca de 1.600 pessoas que desfrutam de todo lazer e bem-estar INFORMAÇÕES TURÍSTICAS Quem visita Montes Claros, terra natal de que a Unidade oferece”, explica. Beto Guedes e Tião Carreiro, não pode deixar A pousada possui estacionamento próprio, salão de jogos, quadra esportiva e piscina. So- de conhecer a Catedral Nossa Senhora Aparecimente o espaço pertinente à pousada possui uma da, a Casa do Artesão, a Lapa D’água e o MerTelefone: (38) 3221-1018 área total de mais de 12 mil m2, sendo 9 mil m2 cado Municipal, local onde são comercializadas E-mail: pousadamc@sescmg.com.br de área construída. “É um ambiente especial- as principais especialidades do município. Endereço: Av. Deputado Esteves Entre as festas e eventos, dá-se destaque para a mente familiar”, completa a gerente. Rodrigues, 1124 – Centro exposição agropecuária regional, uma das maiores CEP: 39.400-215 – Montes Claros – MG do estado; a Feira Nacional da Indústria, Comércio INFRAESTRUTURA Todos os aposentos são executivos. Do total, 58 apartamentos possuem cama de casal e beliche, ar-condicionado ou ventilador, frigobar, banheiro, televisão e internet wireless. Existem três conjugados que possuem três beliches ou uma cama de casal e banheiro. Por ser um local para todos os públicos, o Sesc Pousada Montes Claros, pensando A Unidade de Hospedagem de Montes Claros recebe quase 20 mil pessoas por ano
INFORMAÇÕES E RESERVAS
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SOCIAL
PRAÇAS QUE GERAM RENDA PROJETO GIRAPRAÇA INVESTE NA COMUNIDADE E PROMOVE GERAÇÃO DE RENDA Milenne Rios / Sesc Minas
ALDINE MARA
Muitas praças mineiras já se transformaram em cartão postal do estado. Nelas, a tradição, a hospitalidade e os “causos” se misturam e passam por várias gerações. Pensando nisso e na importância de manter este espaço como um local de interação e integração de crianças, jovens, adultos e idosos, o Sesc Minas promove o Girapraça. Realizado em comunidades em situação de vulnerabilidade social, o projeto tem o intuito de orientar e qualificar pessoas por meio de oficinas de vaProjeto Girapraça reuniu mais de 3,5 mil pessoas, em 2011 lorização social, geração de renda e palestras educativas. Na culminância do projeto, o Girapraça tam- elas somem esforços para o alcance dos objebém oferece lazer e cultura por meio de tardes tivos”, afirma a coordenadora de projetos das recreativas e shows com artistas da própria re- Unidades Móveis de Orientação Social (Unigião, realizados nas praças. Toda a programação mos), Milenne Delaine Rios Silva. Durante a semana em que o Girapraça é reé feita em parceria com associações comunitárias, escolas, igrejas, prefeituras, instituições alizado, oficinas de valorização social e geração de renda, bem como palestras educativas públicas e privadas. “Acreditamos que o processo de correspon- são oferecidas à comunidade gratuitamente. De sabilização do projeto, no âmbito comunitário, acordo com Milenne, as palestras trazem temas favorece as lideranças locais, fazendo com que atuais relacionados ao bem-estar físico e social
do público, como sexualidade na adolescência e na terceira idade, saúde e higiene pessoal para crianças, diabetes e hipertensão, qualidade de vida e autoestima. As oficinas também são diversificadas: higiene e beleza (produção de sabonetes glicerinados, cosméticos artesanais, produtos de limpeza), artesanato (customização em camisetas, bordados em pedraria, bijuterias, pátina e macramê) e culinária (bombons, tortas doces e salgadas, ovos de páscoa, culinária natalina, bem-casado, pão-de-mel, cupcake). Artistas da região têm a oportunidade de se apresentar e mostrar o seu trabalho. Já as crianças podem aproveitar as brincadeiras e curtir uma tarde de lazer. O Sesc disponibiliza barracas para que a comunidade divulgue seus trabalhos, possibilitando a venda de artesanato e alimentação. Os materiais confeccionados durante as oficinas também são expostos na Unidade Móvel que, neste dia, se transforma em Galeria de Exposição. “Damos aos alunos a oportunidade de começar criar relações comerciais e de vender seus produtos”, explica a analista de projetos socioeducativos da Unimos, Damiane Lopes.
NOVA VIAGEM À VIA LÁCTEA Daniel Santos / Sesc Minas
Unidade de Santa Luzia foi a primeira a receber o Planetário em Minas, em 2011
De 9 a 28 de abril, o Sesc Venda Nova recebe o Planetário, uma cúpula inflável de projeção do sistema solar, dos planetas e das estrelas. A novidade é que o equipamento foi adquirido pelo Sesc Minas e irá atender todas as Unidades. Voltado para alunos de escolas públicas e comunidade, o objetivo do projeto é mostrar de forma lúdica e interativa que a ciência está presente no dia a dia, além de fomentar a curiosidade e uma reflexão sobre os fenômenos da natureza. O primeiro itinerário do Pla-
netário Sesc Minas atenderá escolas públicas da região de Venda Nova. Para participar, a instituição de ensino deve se inscrever na Unidade ou pelos telefones: (31) 3279-1478 e (31) 3279-1548. A visita é gratuita. O Planetário é uma iniciativa do Departamento Nacional do Sesc que chegou em Minas, pela primeira vez, em 2011. Mais de seis mil alunos da cidade de Santa Luzia visitaram a cúpula. Ao todo, mais de 24 mil pessoas participaram da mostra, uma média de 400 visitantes por dia.
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DIA DA MULHER
DIA DAS MULHERES
COM GLAMOUR NO MINEIRÃO HOMENAGEM ÀS TRABALHADORAS TEVE DIA DE BELEZA EM CANTEIRO DE OBRAS JULIANA SODRÉ
Fotos: Jair Amaral
A quinta-feira, 8 de março, Dia da Mulher, não passou em branco para 60 trabalhadoras das obras do Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão. Empregadas do consórcio Minas Arena – responsável pela reforma do estádio –, as mulheres foram homenageadas com um dia de beleza, estética e relaxamento, oferecido pelo Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos. A comemoração teve direito a brindes e flores. “Esta ação foi nossa maneira de homenagear todas as mulheres, aqui representadas por estas guerreiras que trabalham na construção civil e participam ativamente da preparação do nosso estado para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014”, destacou o presidente do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, que foi representado, na abertura Daniela Caroline dos Santos no spa das mãos na carreta móvel do Senac do evento, pela diretora regional adjunta do Sesemos isso todos os dias”, suspirou a auxiliar aliviada”, disse Bárbara depois de receber uma nac Minas, Marilene Siqueira. Na oportunidade, Marilene acrescentou que de cozinha Daniela Caroline dos Santos. “Vou massagem corporal. A ação contou com a parceria da Secretaria Ex“é com alegria que o Sistema Fecomércio, Sesc, em todos os serviços que estão sendo ofereciSenac e Sindicatos participa deste momento. dos aqui”, esbaldou Daniela enquanto aguarda- traordinária da Copa, a Secopa, e o Consórcio MiNão somente porque valoriza os talentos fe- va por outro atendimento. A apontadora Bárbara nas Arena. “O Sistema está trabalhando em parcemininos, mas, principalmente, porque estamos Fidelis trabalha na obra há menos de um ano ria com o Governo de Minas em vários projetos. diante de mulheres fortes, guerreiras e que se e aprovou a iniciativa. “É bom para dar uma Hoje trouxemos um pouco de beleza e relaxamento para as mulheres que contribuem com as obras impõem em um cenário tipido Mineirão”, ressaltou o diretor regional adjunto camente masculino.” do Sesc Minas, Luciano de Assis Fagundes, enO canteiro de obras se quanto distribuía rosas paras as trabalhadoras. transformou em um verdadeiro salão de beleza. Uma SISTEMA NA COPA megaestrutura organizada O Sistema Fecomércio Minas vem realizando, pelo Sistema disponibilizou desde janeiro deste ano, um trabalho de mobilizacerca de 50 profissionais do ção e sensibilização da sociedade para a Copa do Sesc, Senac e empresas parMundo da FIFA Brasil 2014. Por meio do Sesc, a ceiras para oferecer serviços interiorização das atividades culturais, como o Mide corte e escova de cabelo, nas ao Luar, é um exemplo das ações. Com uma maquiagem, spa das mãos e média de dois eventos por semana, deve atingir massagem corporal. um público de 500 mil pessoas em todo o estado Na carreta do Senac apenas em 2012, sobretudo nas cidades candidatas Móvel de Imagem Pessoal, a Centro de Treinamento de Seleção (CTS). Por que se tornou uma atração meio do Senac, o Sistema oferece cursos gratuitos à parte, os alunos puderam para pessoas com renda familiar per capita de até mostrar o que já aprendedois salários mínimos. São 30 mil vagas em todo o ram e cuidaram das mãos estado, proporcionadas pelo Programa Senac Gradelicadas daquelas mulheres tuidade (PSG). Inscrições e informações podem acostumadas a “pegar no peMassagem foi um dos serviços oferecidos ser feitas pelo www.mg.senac.br. sado”. “Quem dera se tivés-
SENAC
FECOMÉRCIO INFORMATIVO
PUBLICAÇÃO MENSAL DO SISTEMA FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - FECOMÉRCIO MINAS - SESC - SENAC / www.mg.senac.br Estúdio 53
SABERES QUE ULTRAPASSAM FRONTEIRAS OLIMPÍADA DO CONHECIMENTO REÚNE DEZENAS DE ESTUDANTES NO SENAC BH PARA COMPETIÇÕES EM VÁRIAS ÁREAS PÁGINA 5 Rodrigo Lima/Nitro
FOTO EM PAUTA: GASTRONOMIA EM FOCO
EXTENSÃO: INTERAÇÃO ENTRE FACULDADE E COMUNIDADE
APRENDIZAGEM COMERCIAL: NOVAS PERSPECTIVAS PARA OS JOVENS
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Evandro Maia
OPINIÃO
TALENTO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL JOSÉ CARLOS CIRILO DA SILVA DIRETOR REGIONAL DO SENAC MINAS
Um dos compromissos do Senac Minas é com a realização de projetos focados em resultados. Até o ano de 2015, estaremos envolvidos em diversos desses projetos, que fazem parte do Planejamento Estratégico da instituição, elaborado em consonância com o documento produzido pelo Departamento Nacional. Um desses trabalhos já está em pleno vapor e, no mês de março, demonstrou sua força: a Olimpíada do Conhecimento. Por ser um instrumento de avaliação de resultados da educação profissional em todo o território nacional, o Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos não poderia ficar de fora desse evento, criado pelo Senai em 1980. Este ano, nossa parceria com o Senai cresceu e estamos atuando em conjunto nesta que é considerada a maior competição de educação profissional das Américas. Enquanto nossos alunos disputaram a etapa estadual do evento, o Senai-MG realizou a fase classificatória. Estamos confiantes que o potencial de nossos alunos, comprovado na competição estadual, aliado à qualidade de nossos cursos e à competência de nossos instrutores, nos proporcionará bons resultados também nas etapas nacional e internacional. Em 2011, uma equipe do Senac Minas visitou a WorldSkills, etapa internacional, que foi realizada na Inglaterra, para conhecer a metodologia aplicada nesse evento e as exigências profissionais do mercado internacional. Em seguida, elaboramos um projeto para potencializar nossa participação, que será possível por meio dos resultados que nossos alunos vão ad-
“NOSSAS EXPECTATIVAS SÃO GRANDES, ASSIM COMO NOSSA DEDICAÇÃO AO PREPARO DE ALUNOS E INSTRUTORES, E ASSIM COMO NOSSO COMPROMISSO COM ESSE PROJETO.”
quirir na etapa nacional, a se realizada no mês de novembro, em São Paulo. Nesses dias em que vivenciamos a competição em nível estadual, foi uma alegria notar o envolvimento dos estudantes, dos instrutores, dos avaliadores e, é claro, dos organizadores, que não mediram esforços para que a Olimpíada do Conhecimento acontecesse de maneira eficiente. Vimos alunos persistentes, proativos e dinâmicos. Pudemos observar ainda o reflexo da qualidade dos cursos que oferecemos. Para nós, a Olimpíada do Conhecimento representa muito mais do que uma competição de formação profissional. É uma vitrine para nossos alunos, que terão agora a oportunidade de ter seu potencial visto pelas principais empresas do país na etapa nacional, e do mundo, no WordSkills, que será realizado em julho de 2013, na Alemanha. É também uma oportunidade para que o Senac Minas possa melhorar
ainda mais seus cursos, adequando-os às exigências do mercado internacional. Tudo isso significa que a Olimpíada do Conhecimento representa para nós e nossos alunos inúmeras oportunidades. Estamos certos de que temos condições de crescer ainda mais nesse evento que, na etapa estadual, contou com as ocupações: Cabeleireiro, Cozinheiro, Esteticista, Maquiador, Massagista, Serviço de Restaurante (Garçom) e Técnico em Enfermagem. Acreditamos que a qualidade do trabalho que desenvolvemos será ainda mais reconhecida e o Senac Minas terá sua marca projetada internacionalmente, confirmando a referência que já somos em formação profissional em Minas Gerais. Nossas expectativas são grandes, assim como nossa dedicação ao preparo de alunos e instrutores, e assim como nosso compromisso com esse projeto. Estamos confiantes de que, em 2013, estaremos na Alemanha celebrando mais conquistas dos nossos estudantes.
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ACONTECE
DE OLHO NAS OPORTUNIDADES por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG). A iniciativa pretende capacitar profissionais para preparar produtos que compõem as diversas variações da panificação e confeitaria (pães, pizzas, sanduíches, bolos, tortas, biscoitos, entre outros). O curso também abordará temas como o perfil do profissional padeiro confeiteiro, as boas práticas na manipulação de alimentos; métodos de estruturar e organizar uma padaria; características das matérias-primas e produtos; acondicionamento, armazenamento e congelamento; técnicas de preparo de padaria e confeitaria; entre outros. PADARIA ESCOLA O curso de Padeiro Confeiteiro está com inscrições abertas, com previsão de início em abril. As aulas serão ministradas na Padaria Escola, espaço recéminaugurado, em parceria com o Sincovaga e o governo do Estado,
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Sinônimo de praticidade nos moldes atuais, as padarias são consideradas cada vez mais um dos locais preferidos pelos brasileiros na hora das compras de conveniência. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip), divulgado no portal Infomoney, mostrou um crescimento de 11,9% do setor de panificação do país em 2011, em comparação a 2010. Com isso, o faturamento passou de R$ 56,3 bilhões para R$ 62,99 bilhões. Para atender à demanda, os dados do levantamento também indicaram que as padarias criaram 21 mil postos de trabalho em 2011, o que mostra um crescimento de 2,8% em relação ao ano anterior. Em 2012, as expectativas são ainda maiores. Por isso, a partir de uma parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sincovaga), o Senac Minas desenvolveu o curso de Padeiro Confeiteiro, ofertado
Padaria escola recém-inaugurada ofertará cursos voltados para a panificação
por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego (Sete). O local está situado no Centro Público de Promoção do Trabalho da Gameleira, em Belo Horizonte, e tem como objetivo sediar cursos voltados para a panificação. Para se candidatar a uma vaga, o interessado deve ter no mínimo
18 anos, estar perto de concluir o ensino fundamental (8ª série) e possuir renda per capita familiar de até dois salários mínimos federais. Inscrições e outras informações sobre o curso estão disponíveis em www.mg.senac.br/programasenacdegratuidade ou pelo 0800 724 4440.
COM FOCO NO MERCADO Cerca de 250 profissionais da educação, alunos de cursos de graduação e demais pessoas interessadas participaram de um workshop promovido pelo Núcleo de PósGraduação e Educação a Distância da Faculdade Senac Minas entre os dias 5 e 9 de março. Com o tema “Gestão Inteligente, resultados extraordinários”, o evento teve como objetivo promover a discussão de assuntos relacionados ao tema central e divulgar os cursos de pós-graduação da Faculdade Senac Minas. O evento é realizado semestralmente pelo Núcleo, que sempre convida profissionais com experiência consolidada no mercado de trabalho, mestres e/ou doutores nos assuntos abordados, proporcionando uma troca de experiências. “Todos os temas dialogam com os cursos que ofertamos e, assim, ao mesmo tempo em que trazemos conhecimento para as
Arquivo Senac
O workshop é uma oportunidade para os participantes conhecerem os cursos de pósgraduação do Senac Minas
pessoas, também divulgamos nossos cursos”, explica a consultora de negócios do Senac Minas, Verônica Louback de Almeida. Nesta última edição, a ambientalista e superintendente executiva da Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (AMDA), Maria Dalce Ricas, falou sobre “Código florestal:
avanço ou retrocesso?”; a diretora do Grupo Solides, Mônica Garcia, proferiu palestra sobre “O que as empresas esperam do RH no cenário atual?”; Rogério de Assis Teixeira, mestre em Administração Pública e consultor, falou sobre “Transparência na administração pública e controle social”. O tema “Oportunidades para o setor de
turismo e hospitalidade com a Copa 2014” foi ministrado por Fernanda Fonseca, empreendedora pública e gestora de projetos turísticos e culturais da Secretaria de Estado Extraordinária da Copa (Secopa); e o professor e fundador da Associação Pré-UFMG, Paulo Roberto Lamac Júnior, falou sobre “O paradoxo das relações intersetoriais: da eficiência da sociedade civil à esquizofrenia do 3º setor”. O próximo workshop “Gestão Inteligente, Resultados Extraordinários”, promovido pelo Núcleo, está confirmado para a semana de 20 a 24 de agosto. No evento, palestrantes de peso falarão sobre assuntos que tangenciam a temática dos cursos de especialização oferecidos pelo Senac. Os interessados em conhecer esses cursos de pós-graduação podem acessar www.mg.senac.br. As inscrições estão abertas.
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EM FOCO
ELO ENTRE O AMBIENTE ACADÊMICO
E A COMUNIDADE
PROJETOS Dentre as ações em desenvolvimento pelo Núcleo de Extensão, pode-se destacar: o Projeto Gerontovida, que realiza palestras e workshops em Contagem destinados ao público
Anderson Swerts
As ações desenvolvidas pelo Núcleo de Extensão da Faculdade Senac Minas são criadas com o intuito de promover a integração e a proximidade com seus públicos interno e externo, bem como disseminar o conhecimento e a conscientização ambiental entre essas comunidades. “A missão é captar as demandas da realidade em seu entorno, estabelecer uma conexão entre elas e as produções acadêmicas e propor atividades que conectem as diferentes áreas de conhecimento dos cursos da faculdade”, explica a coordenadora do Núcleo de Extensão da Faculdade Senac Minas, professora Roseane Lisboa. De acordo com a coordenadora, os projetos e atividades promovidas pelo Núcleo contribuem para o amadurecimento pessoal e acadêmico dos alunos, uma vez que possibilitam a aproximação dos participantes de uma realidade social muitas vezes desconhecida por eles. “É uma possibilidade de unir a experiência cotidiana em sala de aula ao contato direto com a comunidade. Atualmente, as organizações buscam profissionais que, além de gestores, sejam cidadãos conscientes de seu papel e influência na sociedade”, completa Lisboa.
Um dos resultados do Workshop de Sustentabilidade e Gestão foi a produção de sacolas com materiais reaproveitáveis
da terceira idade; o Seminário de Inclusão Digital e Cidadania, que será realizado em meados de abril com a proposta de sensibilizar empresários e sociedade sobre a importância do assunto como ferramenta de transformação social; o Workshop de Sustentabilidade e Gestão, que oferece ao longo do ano oficinas de reciclagem e reutilização de materiais com a parceria dos alunos dos cursos de extensão do Senac; o Ciclo de Palestras voltado para alunos da rede pública e do Programa Aprendizagem Comercial do Senac, que traz temas como mercado de trabalho, empreendedorismo, marketing pessoal, entre outros; e, por fim, as atividades voltadas para a Escola Integral Integrada, em parceria com
a Secretaria de Educação e Cultura de Contagem (Seduc), que englobam, principalmente, as oficinas de reutilização de materiais. CONHECIMENTO COMPARTILHADO Em uma instituição de ensino superior, um dos eixos estratégicos é o programa de extensão. Na Faculdade Senac Minas não é diferente. Por meio dele, alunos e comunidade interagem no processo de construção do conhecimento. “Os cursos de extensão contribuem para o aperfeiçoamento da formação ofertada pela Faculdade. São planejados objetivando atender às demandas específicas da comunidade acadêmica e da sociedade e, acima
de tudo, disseminar o conhecimento construído no ensino de graduação e pós-graduação”, explica a supervisora pedagógica da Faculdade Senac Minas, Raquel Amorim. Com os cursos de extensão, a Faculdade Senac Minas promove a profissionalização das atividades empresariais de seu entorno, a melhoria da conscientização ambiental e a valorização das atividades empreendedoras da região. Para os alunos, a extensão representa “maior consciência social e ambiental e aperfeiçoamento das práticas vinculadas à profissão”, afirma Raquel. Atualmente, existem diversos cursos com inscrições abertas.
OPORTUNIDADES Atualmente, o Núcleo de Extensão da Faculdade Senac Minas possui inscrições abertas para diversos cursos em várias áreas do conhecimento, com o início das aulas previsto para o final de abril. Confira: • Excelência em Vendas • Leitura Dinâmica • A Metrologia na Perspectiva da Gestão da
Qualidade • Administração Financeira para Pequena e Média Empresa • Documentos Contábeis • Gestão de Compras e Estoque • Licitações e Contratos • Recrutamento e Seleção • Relações Interpessoais no Trabalho • Rotinas de Pessoal
• Excel 2003 – Recursos Avançados • MS Project 2007 • PowerPoint 2007 • Windows XP Professional • Word A descrição dos cursos, horários, valores e outras informações estão disponíveis no 0800 724 4440 ou no site www.mg.senac.br/faculdade.
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CAPA
TALENTO DOS JOVENS EM
Fotos: Estúdio 53
Só existem vencedores quando há desafios a serem ultrapassados. A verdadeira vitória é aquela que não só motiva outros concorrentes, mas também desafia a própria técnica e o próprio preparo para além dos seus limites. Durante os dias em que cerca de 70 estudantes estiveram concentrados realizando as provas da Olimpíada do Conhecimento foi possível ver um time de vencedores. Time que é formado não só pelos estudantes, mas também pelos instrutores, que foram responsáveis pela elaboração das provas e ainda atuaram como avaliadores. Muitos dos competidores chegaram ao Centro de Formação Profissional Senac Belo Horizonte com garra para alcançar o pódio. É que mais que uma disputa, a Olimpíada do Conhecimento também é uma vitrine profissional e, por isso, só o fato de competir faz dos estudantes uma boa opção para o mercado de trabalho. “Minha companheira de prova e eu treinamos com afinco todo o programa. Mesmo sem conseguir a classificação, valeu a pena participar da Olimpíada. O estudo e a dedicação serão diferenciais para nossa atuação como profissionais”, conta Talita Maria Elias Valim, do Senac Varginha, uma das concorrentes na ocupação Técnico em Enfermagem, cujas provas foram realizadas em dupla com Lilia Aparecida Silva Dias.
FOCO
Mateus Naranjo, aluno do Senac Belo Horizonte, foi o vencedor da modalidade Serviço de Restaurante na etapa estadual
Porém, poucos tiveram a confiança na vitória como Mateus Naranjo Araujo Justino, do Senac Belo Horizonte. Ele competiu na ocupação Serviço de Restaurante. “Quando eu soube da Olimpíada, logo quis participar. Desde criança sou competitivo e gosto de desafios. Abri mão até do meu emprego para me dedicar à preparação para as provas”, afirma o estudante. “Tenho os melhores instrutores, o que faz toda a diferença no meu currículo. E entrei nessa disputa disposto a dar o meu melhor.” Foi entre os dias 26 e 30 de março que Minas Gerais conheceu os melhores alunos da educa-
Ederson Daniel de Oliveira, de Araxá, 1º lugar na modalidade Maquiador
ção profissional do Estado. Agora, a próxima etapa será a disputa nacional, a ser realizada no mês de novembro, em São Paulo. PREPARAÇÃO Não foram só os estudantes que se prepararam para a Olimpíada do Conhecimento. Desde o ano passado, o Senac Minas está imprimindo esforços para alcançar grandes resultados na competição, criada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em 1980. Tudo começou quando o chef Ronie Peterson, do Hotel Senac Grogotó, após treinar uma das finalistas internacionais, foi convidado para ser observador na WorldSkills, realizada em Londres, Inglaterra. Com ele também foi uma equipe do Senac Minas, que aproveitou a oportunidade para conhecer melhor o evento. Ao retornar ao Brasil, um projeto foi desenvolvido para potencializar a participação dos estudantes
do Senac Minas em competições de níveis nacional e internacional. A coordenadora da ação é Marilene Guerra, que afirma: “certamente temos alunos em condições de competir e estamos confiantes nos resultados”. A superintendente educacional do Senac Minas, Giane Ferreira, foi uma das pessoas que puderam ver de perto o que o mercado internacional tem exigido dos profissionais. Ela destaca a possibilidade de mostrar para o mercado o comprometimento, a seriedade e a qualidade das ações do Senac Minas no que diz respeito à formação profissional. “Para os alunos, a participação é oportunidade de evidenciar as competências desenvolvidas ao longo de sua formação. Para os docentes, é uma forma de avaliar as práticas pedagógicas e aperfeiçoar o desempenho. E, para o Senac Minas, é uma chance de avaliar a qualidade de nossas ações educacionais”, ressalta Giane.
VENCEDORES DA ETAPA ESTADUAL DA OLIMPÍADA DO CONHECIMENTO: Cabeleireiro Maquiador Esteticista Massagista Técnico em Enfermagem Serviço de Restaurante Cozinheiro
Breno Carley Freitas Éderson Daniel Oliveira Maria Eduarda Barbosa Juliett Angellis de Lima Camila do Lago e Mayara da Silva Gomes Mateus Naranjo Araújo Justino Gabriela Rabelo Freitas de Melo
Belo Horizonte Araxá Conselheiro Lafaiete Uberlândia Poços de Caldas Belo Horizonte Barbacena
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GIRO
ALUNOS PREPARAM CARDÁPIO
DO FOTO EM PAUTA
A cidade histórica de Tiradentes foi palco, entre os dias 14 e 18 de março, de mais um evento cultural, o Foto em Pauta. O objetivo foi trazer ao público uma extensa programação em torno da fotografia, como exposições, workshops e palestras. Como não podia deixar de ser, o Senac Minas esteve presente durante o evento, possibilitando a união entre a fotografia e a gastronomia. No Centro Gastronômico Senac Tiradentes, renomados profissionais da fotografia do Brasil e do mundo puderam vivenciar uma oficina que teve como objetivo explorar técnicas para a fotografia de pratos gastronômicos. “Nossa expectativa com o evento se confirmou. Toda a cidade se envolveu e as palestras ficaram lotadas. A parceria com o Senac foi fundamental. Todos os participantes elogiaram o trabalho e a qualidade da degustação ao final”, contou o coordenador do projeto, Eugênio Sávio. Essa foi a segunda edição do evento e a participação do Senac
Rodrigo Lima/Nitro – Foto em Pauta
Oficina ministrada pelo fotógrafo Pedro Rubens aplicou técnicas de fotografia para registrar pratos
Minas não parou por aí. Na sextafeira, dia 16, o Senac Minas ofereceu um jantar em homenagem ao fotógrafo Miguel Aun, cuja obra retrata, entre outras coisas, o interior do Estado. “Utilizamos ingredientes simples e comuns
em Minas Gerais, sempre com a perspectiva da alta gastronomia, para produzir o cardápio”, explicou o coordenador de Gastronomia e Hotelaria do Senac Belo Horizonte, Hans Aichinger. Ele destacou a participação dos alu-
nos, cujo trabalho foi elogiado. No sábado, os alunos auxiliaram na oficina que envolveu gastronomia e fotografia, ministrada pelo fotógrafo Pedro Rubens, e, no domingo, o Senac preparou o almoço de encerramento do evento.
SENAC PROMOVE PALESTRAS EM
SEMINÁRIO SUPERMERCADISTA
Manter-se alinhado com as novidades do mercado também é uma exigência para quem quer se dar bem no setor supermercadista. Por isso mesmo, a Associação Mineira de Supermercados (Amis) realiza em algumas cidades do interior de Minas o Seminário Varejista (Sevar), que conta com exposição de
produtos e palestras. Em Ipatinga, o Senac Minas foi responsável por duas dessas palestras, proferidas pela instrutora Markelly Ortlieb Cardoso e por Cristiano Henrique Lopes, que já coordenou o setor de Turismo e Hospitalidade da instituição. Os temas foram, respectivamente: “Buscando resultados sem
abrir mão da felicidade” e “Gestão, cenários e oportunidades”. O Sevar é um evento itinerante e será promovido pela Amis também nas cidades de Pouso Alegre, Montes Claros, Uberlândia, Juiz de Fora e Divinópolis. Somente no ano passado, no Vale do Aço, cerca de 2 mil pessoas partici-
param do seminário, discutindo tendências e as principais questões que afetam o varejo. “Além de promover a qualificação profissional, é uma oportunidade de os empresários fazerem contato com fornecedores na área”, explica a coordenadora de Negócios do Senac Minas, Nádia Lima.
CLIENTE EM DESTAQUE “É muito gratificante para a Belotur ter o Senac como instituição executora dos cursos que oferecemos, principalmente por ser uma referência em qualificação na área do turismo. Uma entidade de porte como o Senac só pode contribuir positivamente para o desenvolvimento do turismo em Belo Horizonte”. Neuma Horta – Belotur
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ENTREVISTA
O MERCADO DE PORTAS ABERTAS
Fernando Machado
PROGRAMA APRENDIZAGEM COMERCIAL PREPARA JOVENS A PARTIR DOS 14 ANOS PARA OS DESAFIOS DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL
Janaína Perdigão de Souza, diretora de escola da Aprendizagem Comercial
Atualmente, ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho tem aberto inúmeras oportunidades, ele também se mostra cada vez mais competitivo. Para sobressair nesse cenário, é necessário investir tempo e esforços em uma preparação adequada, voltada para as especificidades de cada área de atuação. No Senac Minas, o programa Aprendizagem Comercial abre as portas desse mercado para jovens a partir de 14 anos. É sobre isso que Janaína Perdigão de Souza, diretora de escola da unidade de Aprendizagem Comercial em Belo Horizonte, fala nesta edição. Vivemos em um contexto em que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e conseguir um espaço nesse cenário exige preparo e experiência. Quais as contribuições que a Aprendizagem Comercial tem para dar nesse sentido? O Programa da Aprendizagem Comercial tem como principal compromisso a formação técnicoprofissional de jovens e adolescentes, aliada à cultura da iniciativa, à autonomia, à criatividade, à responsabilidade, à ética e à cidadania. Essa formação compreende atividades teóricas e práticas, organizadas em tarefas de complexidade progressiva; em programas organizados segundo as atividades
desenvolvidas nas empresas contratantes, proporcionando uma formação profissional que assegure a autonomia na formação do jovem, buscando capacitá-lo para atuar em um mundo em constante mudança. As atividades desenvolvidas durante o programa buscam assegurar um lugar privilegiado à prática do aprendiz, onde exista o estímulo à curiosidade, a busca de solução de problemas, o despertar de interesses e a criatividade na solução de problemas. Essas competências são assimiladas através de uma metodologia de projetos e de empresas simuladas, que contribuem para aproximar o jovem da realidade organizacional e de mercado, condição fundamental para que ele se insira neste contexto competitivo de forma assertiva. Atualmente, quantos alunos em média são formados pela Aprendizagem Comercial do Senac Minas e em quais cursos? Em 2011 formamos mais de 7 mil alunos. Para 2012, nossa meta prevê a formação de aproximadamente 10 mil aprendizes em diversos cursos: Serviços Administrativos, Serviços de Almoxarifado, Serviços de Supermercado, Aprendizagem para Vendas, Aprendizagem em Vendas e Telemarketing, Operador de Computadores e Aprendizagem para Postos de Combustíveis. É possível observar alguma área em que o mercado tem demandado mais profissionais? Por quê? Sim. Percebemos uma crescente demanda por profissionais para o
setor supermercadista, fato que se deve ao crescimento das empresas locais, bem como à presença marcante de empresas multinacionais e transnacionais. O setor supermercadista tem promovido evolução significativa em seu ambiente de atuação, na busca de maior eficiência. Dados da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) mostram esse setor como o principal segmento dentro do macro setor varejista e, ao longo do tempo, tem se deparado com o aumento da concorrência e com as modificações no perfil do consumidor e nas flutuações econômicas. Já a Associação Mineira de Supermercados (Amis) estima que, em Minas Gerais, os supermercados são responsáveis pela criação de 132 mil empregos diretos, tendo 6.750 estabelecimentos em todo o Estado. Ainda de acordo com a Amis, para 2012, deverão ser investidos cerca de R$ 250 milhões no setor, com a previsão de serem abertas 45 novas unidades. Nos últimos anos, foi possível observar um crescimento na procura pela Aprendizagem Comercial? O crescimento é notório. Há cinco anos, formávamos aproximadamente 2 mil alunos, sendo que a maior demanda se concentrava em Belo Horizonte. Hoje, todas as unidades do Senac Minas ofertam o programa de Aprendizagem, e nas cidades onde ainda não temos um centro de formação profissional ofertamos o programa por meio de parcerias, sobretudo com os sindicatos. Contribuíram para este crescimento alguns aspectos, dentre os
“PARA 2012, NOSSA META PREVÊ A FORMAÇÃO DE APROXIMADAMENTE 10 MIL APRENDIZES EM DIVERSOS CURSOS.”
quais merecem destaques: a visão estratégica da atual gestão; a parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e suas respectivas subdelegacias; e o crescente interesse das empresas do segmento de comércio de bens, serviços e turismo em investir no projeto. Tudo isso fez com que nossa projeção de capacitação de aprendizes tenha crescido 500% em apenas cinco anos. O que a formação do aprendiz traz de diferencial competitivo para o currículo dos jovens? O Programa propicia ao jovem o desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais, perpassadas por uma formação de conceitos éticos que contribuem para o resgate de valores e consequente formação integral do ser humano. Esses conceitos são vivenciados por meio de uma pedagogia empreendedora que ora é aplicada na teoria, ora é aplicada na prática profissional do jovem. Estes e outros conceitos desenvolvidos durante o programa trazem um diferencial competitivo para o jovem, uma vez que ele entra no mercado de trabalho dotado de autonomia para tomar decisões e instrumentalizado para superar os desafios da era da informação e da inovação, competências que o diferenciam e poderão ser decisivas em um processo seletivo. Qual a importância desse projeto para o Senac Minas? Ele propicia a efetivação da política educacional do Senac Minas: “Desenvolver ações educacionais inovadoras, orientadas para o mercado, estimulando a formação continuada de pessoas e contribuindo para o desenvolvimento da sociedade”. Ou seja, por meio do projeto, o Senac atinge seu grande alvo: a educação para a construção de uma sociedade melhor. Contribuiu para esta entrevista Denise Bueno
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APRENDENDO COM O SENAC
DICA DO DESCUBRAMINAS.COM
LEMBRANÇAS DO FUNDO DO MAR
ilustração©estúdio piloto|luiz otávio
CUIDADOS COM OS OLHOS
Estar com uma boa aparência é fundamental para a maioria das pessoas. Mas você já parou pra pensar na saúde dos seus olhos? Uma boa noite de sono é fundamental para uma expressão bonita e descansada, mas não é o único cuidado que devemos ter. Dormir na posição adequada também é um fator que muitas vezes não é levado em consideração. Com a circulação sanguínea bem distribuída, o corpo tende a forçar menos os órgãos, incluindo os olhos. Evite dormir pressionando o rosto sobre o travesseiro, para evitar a formação de bolsas. No caso de olheiras, um bom disfarce é o uso de corretivos. Evite usar grande quantidade de creme na área dos olhos durante a noite. A absorção da pele é mais lenta nesse horário, com tendência a acumular resíduos. Para quem fica exposto o dia inteiro ao ar condicionado, uma boa dica é o uso de soro fisiológico para limpar e manter a hidratação dos olhos. Caso o problema envolva outras partes ou funções do organismo, o recomendável é um aconselhamento médico.
Divanildo Marques
Descoberta pelo paleontólogo dinamarquês Peter Lund em 1835, a Gruta da Lapinha é um sítio arqueológico de importância internacional. A caverna, localizada em Lagoa Santa, surgiu a partir da erosão de rochas calcárias no período pré-histórico, quando a região Gruta da Lapinha tem formações minerais de diversos tipos da bacia do Rio das Velhas estava no fundo do mar. A Gruta da Lapinha, através do Circuito A gruta possui área destinada à visitação das Grutas, integra o projeto Linha Lund, com 511 metros de extensão e 40 metros de formando um circuito turístico pela região profundidade. O espaço é distribuído em cárstica do entorno da capital mineira. Ela galerias e salões que abrigam formações é também porta de entrada para o Parque minerais de diversos tipos. Cada ambiente Estadual do Sumidouro, importante pelos possui nome sugestivo à imaginação, como inúmeros sítios arqueológicos, cavernas e o Salão Couve-flor, Salão da Catedral, Salão áreas de paragem de aves migratórias. dos Índios, Sala da Cascata e Salão das Cortinas, em referência aos formatos dos chamados espeleotemas. A gruta também leia mais descubraminas.com fascina pelo agradável toque de aventura.
PROFISSÃO
ESTÉTICA E SAÚDE Quem nunca se preocupou com uma manchinha na pele, uma espinha que insiste em surgir na hora errada, celulites, estrias e afins que atire a primeira pedra. Todos nós, em especial as mulheres, sofremos quando o corpo começa a dar sinais de que está mudando, de que estamos envelhecendo e que as coisas não serão exatamente como antes. Mas, esse mesmo tempo que castiga o corpo também possibilitou o desenvolvimento de uma série de tecnologias, tratamentos e cosméticos para aliviar um pouco os sinais que ele vai deixando na nossa pele. Por isso, a profissão de esteticista está ganhando mais fôlego a cada dia. Tanto que, no ano passado, foi aprovada uma lei que regulamentou a atividade, possibilitando mais força para a categoria. Mas, que profissional é esse? Esteticista é aquele que lida com a vaidade e o bemestar das pessoas. Para isso, uma característica é fundamental: credibilidade. Todo profissional que escolhe atuar na área deve, antes, passar por uma formação eficiente, que ofereça a ele, por exemplo,
Estúdio 53
Procura por esteticista tem crescido a cada dia
noções de dermatologia e cosmetologia. O mercado? Ah, esse está bem aquecido. A procura por esteticistas cresce a cada dia, principalmente com a popularização das cirurgias plásticas e as cobranças da sociedade por um determinado padrão de beleza. Quem quiser investir na profissão, o momento é agora. O Senac Minas disponibiliza o curso Técnico em Estética. Outras informações: www.mg.senac.br ou 0800 724 4440.
SEBRAE
FECOMÉRCIO INFORMATIVO
PUBLICAÇÃO MENSAL DO SISTEMA FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - FECOMÉRCIO MINAS - SESC - SENAC / www.fecomerciomg.org.br Ilustração: Thiago de Paula
PROJETO DO SEBRAE-MG JÁ ATENDEU, EM TRÊS ANOS, MILHARES DE PEQUENOS EMPREENDEDORES MINEIROS QUE FORAM BUSCAR RECURSOS NO EXTERIOR, PRINCIPALMENTE NA REGIÃO DE BOSTON, MASSACHUSETTS LIXO ELETRÔNICO REPRESENTA 5% DOS RESÍDUOS MUNDIAIS
SITE POSSIBILITA COMPRA DE PASSAGENS DE ÔNIBUS POR CELULARES E TABLETS
PROGRAMA VISUAL AUMENTA VENDAS DO COMÉRCIO EM DIAMANTINA
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PERGUNTE AO ESPECIALISTA
SHOPPING A CÉU ABERTO, REVITALIZANDO CIDADES Miguel Aun
Vera Helena, analista do Sebrae-MG
pacitação empresarial que promovam a melhoria da competitividade das empresas. Uma característica a destacar é a delimitação de um território para iniciar as intervenções: pode ser uma rua, quarteirão ou praça. CI: Quais as maiores dificuldades detectadas nas cidades que escolhem aplicar este projeto? Vera Helena: A maior dificuldade é a de alinhar as expectativas. O poder público tem que atender aos anseios das pessoas que transitam no território a ser trabalhado e também precisa realizar as obras que muitas vezes não agradam ao empresário, devido à dificuldade de trânsito, à sujeira, ao barulho, enfim, aos transtornos temporários que podem impactar as
CI: Há alguma referência histórica para o projeto? Vera Helena: Várias cidades no mundo já realizaram este tipo de intervenção. Nova York, Barcelona, Londres e Lisboa são alguns exemplos. Entretanto, cada lugar apresenta características e particularidades inerentes ao contexto em que estão inseridas. No Brasil, existem diversas iniciativas que atuam com excelentes resultados. É o caso de estados como Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso. Nestes estados também existe a parceria com o Sebrae local. CI: Quais as cidades onde ele já foi, ou está sendo implantado? Quais cidades já demonstraram interesses em implantá-lo?
Paracatu hoje
Comércio Informativo: O que é o projeto? Quais suas principais características e objetivos? Vera Helena: É um programa de “estratégia comercial”, que estimula as vendas através do aumento de fluxo de pessoas no centro comercial. Sua abordagem contempla os aspectos estruturais como acessibilidade e me-
vendas. Neste período, o empresário precisa saber melhorar sua gestão, organizar seu negócio, tornar-se atrativo para o consumidor. Além disso, é preciso atentar para outras formas de compras, que já se instalaram e dividem o bolo do consumo, como os shoppings centers e as ramificações das diversas modalidades de comercialização, como internet, telefone e catálogos.
Fotos: Divulgação
A mobilidade humana nas grandes cidades tem sido, nos últimos anos, uma grande questão a ser resolvida por urbanistas e administradores. Com cada vez mais gente e veículos pelas ruas, torna-se urgente uma remodelagem geral, para arejar, confortar, melhorar a convivência nos espaços públicos e estimular o consumo nos centros comerciais. Além disso, a atratividade dos shoppings centers, que atendem os principais anseios do consumidor, como segurança, conforto, acessibilidade, estacionamento e variedade no mix, são fatores que influenciam na decisão de onde realizar suas compras. Em função deste cenário, o Sebrae-MG elaborou o projeto “Shopping a céu aberto”, que visa a revitalização empresarial. A analista técnica do Sebrae-MG, Vera Helena Lopes, destaca, a seguir, os principais tópicos do projeto.
lhoria do ambiente físico, além de estimular o associativismo e a gestão de cada empresa. Para que ele aconteça são necessárias parcerias com o poder público e com as entidades de comércio e serviço no município. Cabe à prefeitura, por exemplo, as mudanças estruturantes, como obras nas ruas, elevação de passeios, delimitação de estacionamento. Ao comércio, capacitação de vendedores, estoquistas, almoxarifado. Ao Sebrae cabe promover o acesso a mercados, inovação e capacitação empresarial. Ou seja, é o conjunto de todos os esforços que farão com que o projeto seja efetivo para o comércio e principalmente o consumidor. Suas principais características são: formação de parcerias e realização de um marketing conjunto priorizando ações promocionais e ca-
Como ficaria Paracatu depois do projeto Shopping a céu aberto
Vera Helena: Em Minas Gerais o projeto já está sendo implantado nas cidades de Araxá, Betim, Formiga, Governador Valadares, Ipatinga, Ituiutaba, Juiz de Fora, Paracatu, Patos de Minas, Sete Lagoas, Ubá, Uberaba, Uberlândia, Unaí e Varginha. Muitas cidades têm interesse em implementálo, mas é preciso alinhar as demandas com o momento certo de começar as intervenções. O alinhamento dos parceiros e a vontade do empresário de mudar devem estar convergentes para que o projeto tenha êxito. Esta matéria contou com a colaboração do consultor Júlio Riccio.
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FACILIDADE
PASSAGENS DE ÔNIBUS COMPRADAS POR
CELULARES E TABLETS EMPRESA DO POLO DE TI EM UBERLÂNDIA, APOIADA PELO SEBRAE-MG, CRIA SOLUÇÃO INOVADORA Facilitar a vida do cliente e, consequentemente, aumentar sua participação no mercado. Essa é a proposta da G&M Soluções, proprietária do portal Netviagem, que desenvolveu o site que permite a compra de passagens de ônibus por meio de celulares e tablets. Quase 50 empresas de ônibus que atuam no Brasil comercializam passagens pelo portal. Somente em 2011, a Netviagem vendeu 600 mil bilhetes. O negócio, que traz comodidade ao viajante, já que o cliente não precisa ir à rodoviária para realizar a compra, também é lucrativo: a taxa de conveniência, que varia Passagem poderá ser comprada pelo celular conforme o preço da passagem é fixada a partir de R$ 0,95. lares. O analista do Sebrae-MG, Fabiano PeAs vendas por celulares e tablets com o reira, lembra que a G&M Soluções coloca em sistema Android começaram em dezembro de prática a estratégia elaborada pelo Sebrae-MG 2011. Em cerca de dois meses, o novo portal para o polo de TI. De acordo com a proposta registrou crescimento de 100% no volume de da instituição, as empresas de Uberlândia devisitas por meio de tablets e de 64% por celuvem desenvolver soluções para a mobilidade
empresarial. Para o Sebrae, “mobilidade empresarial” significa “soluções integradas que permitem gerir e ampliar a autonomia e eficiência operacional dos processos externos da empresa em tempo real”. “As empresas devem acompanhar as tendências, ter agilidade na incorporação de tecnologias e buscar mercados com maior valor agregado. Desta forma, terão novas oportunidades de negócio para conquistar maior rentabilidade devido à diferenciação”, afirma Fabiano. O setor de TI em Uberlândia se destaca no desenvolvimento e produção de softwares e prestação de serviços, mas não possui identidade definida como o polo de Santos, em São Paulo, especializado em soluções para logística portuária. A expectativa do Sebrae-MG e dos empresários é de tornar Uberlândia líder no desenvolvimento de soluções para mobilidade empresarial no Brasil e na América Latina. Banco de imagens
Uberlândia, a caminho da liderança no país em mobilidade empresarial
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PROJETO REMESSAS
EMIGRANTES EMPREEND AJUDAM MINAS A CRESCER PROJETO REMESSAS DO SEBRAE JÁ ATENDEU, EM TRÊS ANOS, MILHARES DE PEQUENOS EMPREENDEDORES QUE FORAM BUSCAR RECURSOS NO EXTERIOR O empresário Newton Vasconcelos Alves, 42, passou os nove primeiros anos deste século nos Estados Unidos. Em 2010, voltou para casa, fez cursos pelo Sebrae, no “Projeto Remessas”, e montou uma papelaria em Tarumirim, município com 14 mil habitantes, no Leste mineiro, a 290 quilômetros de Belo Horizonte. A história de Newton não é diferente das de milhares de brasileiros que se aventuram no (ainda) mais rico país do planeta. Lutando para sobreviver nos EUA, ele trabalhou como motorista, carpinteiro, pintor de paredes, cozinheiro e entregador de pizza. Morou na Flórida, Pensilvânia, Nova Jersey, Connecticut e Massachusetts. QUASE 1,7 MIL ATENDIMENTOS A trajetória de trabalho de Newton é o alvo preferencial do “Remessas”, um projeto da Caixa Econômica Federal, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Sebrae destinado aos emigrantes brasileiros e beneficiários de suas remessas. A parte do Sebrae no projeto refere-se às micro e pequenas empresas constituídas com recursos financeiros remetidos para cá por emigrantes mineiros que vivem no exterior, notadamente nos Estados Unidos. O projeto também visa os beneficiários dessas remessas e os emigrantes que retornaram a Minas e desejam empreender. No período 2009-2010, o Sebrae-MG realizou exatos 1.663 atendimentos em cursos, palestras e consultorias para 63 empresas nas cidades de Governador Valadares, Conselheiro Pena, Itabirinha de Mantena, Mantena e Tarumirim. Da Caixa, agência de Valadares, a informação é de que, desde 2009, foram ministrados cursos de Educação Financeira e Empreendedora para 2,5 mil pessoas, em mais de 60 cursos. De acordo com a analista do Sebrae-MG, Alanni Barbosa, da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros, o projeto original, administrado pela Caixa (em parceira com o BID e o Sebrae), trabalhava em duas frentes: Governador Valadares e região, em Minas, e o estado de Massachusetts/EUA. O Sebrae-MG participa com a capa-
citação gerencial e empreendedora presencial e o Sebrae Nacional com os cursos à distância. “Entretanto, nas ações em Minas Gerais, podem participar empreendedores e empresas surgidas com capital remetido de fora do País, não importando de qual país tenha vindo”, esclarece. É o caso do empreendedor Ronilton Ramos de Araújo, 30 anos, de Tarumirim. Ele passou seis anos em Milão, na Itália, juntando dinheiro para alavancar o seu negócio, uma loja varejista de produtos agropecuários. Ronilton vislumbrou no Remessas a ferramenta que daria o empurrão à sua empresa e, de uma tacada só, fez os cursos de Plano de Negócios, Análise e Planejamento Financeiro e Atendimento ao Cliente. “Graças ao Sebrae pude aperfeiçoar minha mercadoria, conhecer melhor o mercado e até a concorrência. Meus negócios tiveram um crescimento de 50%”, comemora. EMIGRANTES EMPREENDEDORES O empreendedor individual Pablo de Souza Teixeira, 32 anos, de Valadares, é um exemplo de “beneficiário” do Projeto Remessas. Ele nunca esteve nos Estados Unidos, mas tem por lá alguns primos, dos quais recebe e administra recursos para tocar uma loja de para-brisas de automóveis e caminhões. Na vizinha Itabirinha de Mantena, população de 10,6 mil pessoas, o “efeito yankee” foi ainda mais expressivo. Para o empresário Joaquim Ferreira Alves, “a parceria com o Sebrae tem sido maravilhosa, melhorando as coisas em 1000%”. Algo como 1,8 mil cidadãos de Itabirinha emigraram para os Estados Unidos e Portugal, mas a maior parte já retornou e 80% deles estão à frente de seus próprios negócios. Joaquim credita estes novos tempos, configurados no retorno dos conterrâneos, a três fatores: “A saudade de casa, a crise dos gringos e a estabilidade da economia brasileira”. Ele exemplifica a boa fase com um dado interessante: “Nos últimos dois anos, passamos de 183 para 600 PJs na nossa cidade” (Pessoa Jurídica, que significa empresa formalizada).
Governador Valadares, maior “exportadora” de emigrantes...
... que, de Boston/EUA, enviam dólares para alavancar a economia em r
EM VALADARES, 15% DA POPULAÇÃO É “AMERICANA” As pequenas Tarumirim e Itabirinha são municípios integrantes da microrregião de Governador Valadares, a principal “exportadora” de mão de obra para os Estados Unidos. De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Paulo Costa, o número
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PROJETO REMESSAS
DEDORES Fotos: divulgação
O GUARDIÃO DOS BRASILEIROS EM BOSTON A região metropolitana da cidade de Boston, em Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos, ostenta o mais significativo índice de brasileiros vivendo naquele país. Não por acaso, portanto, somente nos últimos três anos, o Sebrae-MG registrou 742 participantes em palestras e cerca de 32,3 mil alunos nos cursos à distância. Para desenvolver estas atividades, o Sebrae conta com a organização da Caixa e da Prefeitura de Boston, onde um brasileiro tem dedicado todo o empenho em prol dos empreendedores patrícios. Radicado nos EUA há mais de duas décadas, o economista Álvaro Lima é diretor de pesquisa do Departamento de Desenvolvimento da Prefeitura. De 1998 a 2004, atuou como vice presidente sênior e diretor de pesquisa do Initiative for a Competitive Inner City (ICIC), organização fundada em 1994 pelo lendário professor Michael Porter, da Escola de Negócios de Harvard. Lima é o responsável pelas pesquisas realizadas acerca da comunidade de brasileiros naquela parte da América. Suas sondagens estão publicadas no Socio-Economic Profile of Brazilian Businesses in Allston-Brighton, minucioso trabalho, publicado em fevereiro de 2011 e elaborado em parceira com outro brasileiro, Carlos Eduardo Siqueira, da Universidade de Massachusetts. A pesquisa revela dados consolidados sobre os emigrantes: a região metropolitana de Boston detém o maior contingente de brasileiros nos EUA – 300 mil,
norte-americanos que vieram trabalhar na implantação da ferrovia Vitória-Minas. Sem saber precisar os números, ele reconhece que o crescimento de Valadares, especialmente nos setores de construção civil e serviços, muito se deveu aos recursos que os emigrantes enviaram.
regiões regiões mineiras mineiras
de valadarenses vivendo nos EUA equivale a cerca de 15% da população. Ou seja, com 260 mil habitantes, Valadares tem estimados outros 40 mil de seus filhos nas terras do Tio Sam. Costa, no entanto, adverte que a crise de 2008 baixou consideravelmente a emigração, iniciada nos anos 1960, graças à influência exercida sobre os locais pelos engenheiros
NEGÓCIOS EM MINAS MANTIDOS COM DÓLAR AMERICANO O empresário Raymundo Gravina Jr. é um típico empreendedor brasileiro em Boston. Ele divide seu tempo e trabalho entre aquela cidade, onde vive, e Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas, onde está sua mulher, Liliam. Lá ele entrega jornais, aqui ela administra uma empresa familiar de entretenimento, diversão e lazer, a “Raymundo Kids”, mantida com os dólares por ele enviados. A empresa foi formalizada em outubro do ano passado, após Raymundo receber
conforme dados do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Desses, 53% são homens, 50% têm idade entre 20 e 34 anos e apenas 15% são naturalizados. Na área econômica, o estudo revela outras informações interessantes. Há, em Boston e vizinhança, mais de 150 empresas tocadas por brasileiros (restaurantes, supermercados, agências de viagens e de seguros, imobiliárias, casas de câmbio, etc.). Anualmente elas somam mais de US$40 milhões em vendas, contribuem com US$24 milhões para o produto regional, pagam US$2 milhões em impostos e dão emprego a cerca de 700 pessoas. Mais da metade desses empreendedores vem de Minas Gerais (53%), seguidos pelo Paraná (14%), Espírito Santo (12%), Rio Grande do Sul (9%), Pernambuco e São Paulo (4% cada). “Estas empresas são em geral de portes pequeno e médio, predominantemente nos setores de varejo (15%), finanças e seguro (15%) e educação (15%)”, explica o executivo-pesquisador. Álvaro Lima revela ainda um outro dado importante, referente à vida útil dessas organizações: “O tempo médio de duração destes negócios é de 7,4 anos; 47%, a maioria, está no mercado por pelo menos cinco anos; 25% têm de seis a 10 anos; e o restante está no mercado há mais de 11 anos”. Uma longevidade bem acima da média no Brasil, onde 27% dos pequenos empreendimentos não passam do primeiro ano.
orientação do Sebrae, lá em Boston. “Hoje, depois da consultoria do Sebrae, trabalhamos dentro da legalidade. Investimos cerca de R$ 80 mil em tudo que temos na empresa. Não recuperamos ainda este valor, mas estamos no caminho certo”, ressalta Liliam, que já abriu uma filial em Ipatinga, sua terra natal, no Vale do Aço. A carioca Flávia Leal superou problemas pessoais (morte dos pais) e tornou-se empresária nos Estados Unidos com o auxílio precioso do Sebrae-MG. Hoje com 31 anos, ela está há 12 nos EUA, vivendo sempre na região de Boston. Fez um curso de Estética, que a animou a abrir sua empresa. “Assisti a uma palestra do Sebrae, em Framingham (perto de Boston), que considero como o melhor presente que já ganhei”. O Flavia Leal Institute vai bem. Tanto que sua proprietária já pensa em abrir franquia no Brasil.
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RECICLAGEM
O LIXO QUE NÃO É LIXO RESÍDUOS ELETRÔNICOS REPRESENTAM 5% DE TODO O LIXO DO MUNDO E MATERIAL COMEÇA A SE TRANSFORMAR EM FONTE DE RENDA Fotos: divulgação
Lixo, conforme o dicionário, “é todo e qualquer material sem valor ou utilidade (...) que se joga fora”. Mas este conceito está mudando e o lixo não é mais tão lixo, já que grande parte pode ser reciclado, especialmente o chamado “lixo eletrônico”. E não é pouca coisa. Os resíduos eletrônicos já representam 5% de todo o lixo produzido pela humanidade, o que significa que cerca de 50 milhões de toneladas são atiradas fora a cada ano. No Brasil, estima-se que cada habitante descarta, anualmente, uma média de 2,6 quilos de lixo eletrônico. À medida que cresce esse volume, surgem novas oportunidades de negócios com empresas especializadas e profissionais preparados. Instalada em Betim, na Grande BH, a Empresa Mineira de Lixo Eletrônico (e-Mile), a única devidamente credenciada para o trabalho, recebe cerca de 20 toneladas/mês de resíduos eletroeletrônicos. De tudo um pouco (na verdade, muito): televisores, computadores, telefones celulares e fixos, liquidificadores, secadores de Funcionária da empresa separa materiais que serão reciclados cabelo, ferros de passar, etc. “A o Sebrae-MG. Iniciativa pioneigente só não recebe geladeira e ra no Brasil, o Centro atua como fogão. Geladeira por causa do núcleo irradiador de informações, CFC (clorofluorcarboneto, comprojetos e parcerias. O objetivo posto químico responsável pela principal é transformar os resíduredução da camada de ozônio), os em oportunidades de trabalho, que tem legislação específica, e renda e preservação dos recursos fogão porque não tem nada de naturais. Para tal, ministra, atraeletrônico”, explica o proprietávés do projeto 3RsPCs (3Rs quer rio, Ricardo Newton. dizer “reduzir”, “reutilizar” e “reCom apenas um ano de criaciclar”; e PC é o computador), aução, a e-Mile (fundada em abril las para jovens oriundos de escola de 2011) explora um filão cuja pública de 16 a 19 anos. “Nosso tendência é o crescimento ininterfoco é ensiná-los a montar, monirupto. Somente no Brasil são fatorar e recondicionar computadobricados, anualmente, 10 milhões res, além de mostrar a eles como de computadores e 80 milhões de e-Mile recebe cerca de 20 toneladas de resíduos eletroeletrônicos por mês destinar corretamente os resíduos celulares. O lado ruim desta história é que o descarte correto é ainda insignificante. riais componentes (metal, alumínio, plástico, sólidos”, explica o técnico ambiental Diogo Apenas 2% são descartados de forma correta; os vidro, fios, placas de circuito e outros). Newton Caiafa. No ano passado, 160 alunos iniciaram o outros 98% permanecem guardados em casa ou informa que, por enquanto, todo o material é curso e 120 deles se formaram. Lixo eletrônico, portanto, não é lixo. É a são despejados no lixo comum, impactando o comprado por atravessadores, mas sua intenção meio ambiente. Newton, entretanto, acredita na é, no futuro, comercializar diretamente com os prova mais atual da célebre constatação do gemudança de mentalidade da população, baseado compradores finais, como as siderúrgicas e as nial químico francês Lavoisier, de que “nada no movimento crescente da sua empresa, que já indústrias de transformação. Outra meta é fir- se cria, tudo se transforma”. A produção munconta com 12 funcionários e fatura entre R$ 40 mar convênio com o Centro Mineiro de Refe- dial aumenta exponencialmente a cada ano, mas, se bem destinados, os resíduos eletrorência em Resíduos (CMRR). mil e R$ 50 mil por mês. Situado na zona leste de Belo Horizonte, o eletrônicos são fontes geradoras de emprego O trabalho na e-Mile é intenso. A selecionadora Kátia Ferreira afirma que, em um dia CMRR é um órgão criado pelo Governo do Es- e renda. Prova disso é o CMRR, que prepara bom, consegue reciclar até 60 aparelhos de TV. tado, por meio do Servas, Feam e Secretaria de mão de obra, e as empresas como a e-Mile, A seleção, no caso, significa separar os mate- Desenvolvimento Sustentável, em parceria com que absorve este pessoal.
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IDENTIDADE VISUAL
DE ROUPA NOVA MERCHANDISING VISUAL INCREMENTA RECEITA DO VAREJO EM DIAMANTINA Divulgação
A drogaria que virou centro de conveniência com nova identidade visual
De uma simples drogaria a um centro de conveniência. Essa mudança de estratégia colocou a Drogaria Arraial, em Diamantina, Vale do Jequitinhonha, em um novo patamar de competitividade. Há oito anos no mercado, a drogaria foi uma das 21 empresas atendidas pelo Sebrae-MG na região em um projeto de merchandising visual. A drogaria foi ampliada e ganhou novas cores na fachada, iluminação adequada, novo mobiliário e sinalização visual. “As mudanças contribuíram para o incremento de 30% no faturamento de janeiro de 2012, em relação ao mês anterior”, afirma Guilherme Neves, proprietário da drogaria e vice-presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Diamantina. Segundo Guilherme, a discussão de ideias sobre o negócio fez com que ele identificasse falhas, mas, principalmente, oportunidades de atuação. “Gostei tanto do resultado que investi 40% além do projeto”, afirma o empresário, que aumentou o mix de produtos em 40% e já faz planos para a abertura da primeira filial. Também em Diamantina, o Sebrae-MG atendeu varejistas associados ao Grupo Triângulo. A identidade visual da antiga empresa era considerada um entrave para o seu crescimento, segundo o gestor do grupo, Rafael Timo. “Optamos pela reformulação e padronização de nossa logomarca, o que propicia um maior retorno de receita e publicidade”, afirma.
Eduardo de Campos, um dos empresários do grupo, está confiante em relação à reformulação da identidade visual de sua loja. “A iniciativa veio na hora certa e contribuiu para o incremento de 20% nas vendas”, afirma. Proprietário da Pompeu Lar Shopping e presidente do Grupo Triângulo, Eduardo também investiu na troca de show room já que, após 20 anos de mercado, deixará de comercializar eletrodomésticos para focar na venda de móveis planejados. Dezesseis lojas do grupo receberam consultorias individuais de merchandising nos municípios de Diamantina, Guaraciama, Bocaiúva, Minas Novas, Turmalina, Carbonita, Serro, Pompéu e Paraopeba. As adaptações nas lojas serão concluídas até junho de 2012, com a reformulação da identidade visual das lojas (logomarca, papelaria e uniforme) e do design de ambientes (reforma de fachadas, sinalização interna e externa, exposição de produtos, troca de mobiliário, iluminação, vitrine, pintura e revestimento interno). A Pousada do Garimpo é uma das cinco empresas de Diamantina na lista de espera para a consultoria em merchandising. Segundo a proprietária, Mariana Pereira, que planeja a reforma do restaurante e melhoria dos espaços da pousada, a nova roupagem do comércio de Diamantina foi o grande incentivo para a busca de melhorias. As consultorias de merchandising visual fazem parte do Programa Sebraetec. Segundo a
técnica do Sebrae-MG Luciana Silva, o programa foi desenvolvido em três etapas: diagnóstico individual, elaboração de relatório de merchandising, com perspectiva do projeto em 3D, e entrega de resultados para implantação. O projeto foi subsidiado em 80% pelo Sebrae-MG e contribuiu para elevar a qualidade e a competitividade das empresas participantes. PERFIL DO TRABALHADOR MINEIRO Dos 3,3 milhões trabalhadores das micro e pequenas empresas mineiras, cerca de 41% são mulheres. O Sul de Minas apresentou o maior percentual de empregadas (42%), principalmente no setor de serviços, em que mais da metade são do sexo feminino. Esse é um dos dados divulgados pelo estudo feito em 2011 pelo Sebrae-MG sobre o Perfil dos Empregados das Micro e Pequenas Empresas do Estado. O estudo apontou ainda a faixa etária, grau de escolaridade, tempo empregado e a remuneração dos trabalhadores nos setores de Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços. A maioria dos funcionários tem entre 30 e 39 anos (27,4%) e estão empregados há mais de um ano (18,3%). Cerca de 42% dos trabalhadores possuem o ensino médio completo. Em relação à média salarial dos trabalhadores mineiros, 49% recebem entre 1 e 1,5 salário mínimo. Apenas 18% dos funcionários ganham de 1,5 a 2 salários mínimos.
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PONTO DE PARTIDA
OFICINA MECÂNICA Banco de imagens
A implantação deste tipo de empreendimento é recomendada para profissionais com amplo conhecimento do setor e boa experiência. É importante ter disponibilidade para acompanhar o andamento da oficina, manter-se atualizado quanto ao mercado automotivo e facilidade de relacionamento com outras pessoas. Deve-se contar com pessoal capacitado, para que se evitem erros, pois a satisfação pelos serviços funciona como propaganda boca a boca. Os serviços de recepção e entrega dos veículos costumam ser cruciais na tarefa de encantar o cliente. Na chegada à oficina, o veículo deve ser vistoriado por uma pessoa responsável, que fará o orçamento prévio, de preferência sem compromisso, e dirá ao cliente o prazo para execução do serviço, deixando-o também à vontade para visitar as demais instalações e acompanhar o trabalho que estiver sendo feito em outros carros. É importante que o cliente esteja sempre acompanhado de um mecânico, que o auxiliará em suas dúvidas. Entre os serviços a serem oferecidos estão: manutenção e reparação mecânica (motor, freios etc.); manutenção e reparação elétrica (ignição, lanternas, bateria etc.); instalação, manutenção e reparação de acessórios (sistemas de som, capotas, calotas etc.); lubrificação (reduzir fricção e proporcionar o deslizamento suave dos componentes do automóvel); instalação de sistema de ar condicionado; conversão de motores; borracharia e tuning (modificações estéticas e mecânicas).
CONCORRÊNCIA Costuma ser muito grande entre as pequenas oficinas. Para garantir permanência no mercado e expansão do negócio é necessário apostar em novas tecnologias e profissionais sempre atualizados. Recomenda-se montar ou atualizar a oficina para lidar com sistemas de freios ABS, injeção eletrônica, câmbio automático e suspensão computadorizada, mesmo que não seja pequeno o investimento, pois, do contrário, o empreendimento vai perder mercado. ESTRUTURA E LOCALIZAÇÃO A estrutura é composta, basicamente, de duas áreas: escritório e oficina. O ponto de localização é estratégico, devendo ser em regiões de alta concentração residencial ou de empresas, com fácil acesso e estacionamento. Ruas e avenidas movi-
ITENS QUE DEVEM CONSTAR NO DIA A DIA DA OFICINA • Analisador de motores • Calibrador de pneus • Chaves de roda • Colas • Compressor • Conjunto grande de ferramentas • Elevador (elétrico, hidráulico ou pneumático) • Estopa • Macaco hidráulico • Maçarico
• Mangueiras • Máquina de solda elétrica • Máquinas para montagem e desmontagem de pneus • Morsa (torno de mesa) • Multímetro elétrico • Pistolas para pintura e preparação de fundos • Rastreador de injeção eletrônica • Verificador de suspensão • Vulcanizadores de câmara de ar
mentadas merecem a preferência e os serviços prestados devem estar destacados na fachada do empreendimento, bem como as promoções. Cuidar do leiaute é importante para a atração de público. Ambientes sujos de graxa, com peças e materiais espalhados dão a sensação de falta de organização e eficiência. As áreas de trabalho devem ser claras e limpas, sem acúmulo de sujeira, como detritos de raspagens de tinta velha. Detalhe importante: para os clientes que querem acompanhar o serviço que está sendo feito, deve-se dar uma atenção extra, pois estes serão os que farão a propaganda da oficina. Para eles, é preciso criar uma sala de espera, com café, água e algum entretenimento, como revistas, jornais e televisão. RECURSOS HUMANOS E EQUIPAMENTOS A mão de obra é essencial neste empreendimento, sendo necessários, portanto, profissionais reconhecidamente capazes. O mecânico deve se tornar, cada vez mais, um consultor do cliente. Além disso, os funcionários devem ser treinados constantemente para estarem sempre a par das novidades deste setor que se aprimora constantemente. Uniforme para todos os funcionários denota higiene, organização, comprometimento e qualidade, contribuindo para a boa imagem da oficina. Na composição da equipe, não podem faltar estes profissionais: mecânicos, atendentes, coordenador e eletricista de autos. Como são muitas as possibilidades de serviços a serem prestados por uma oficina, é importante ter máquinas e equipamentos de acordo com os serviços oferecidos. Também é preciso estar atento à sua limpeza e locais apropriados para serem guardados após o uso.