Análise mensal pme mar 2015

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ANÁLISE MENSAL - PME Março/ 2015 Desocupação cresce em março de 2015 A taxa de desocupação brasileira, medida pela Pesquisa Mensal do Emprego divulgada pelo IBGE, aumentou em março de 2015 para 6,2%, demonstrando leve alta comparada a fevereiro de 2015, quando a taxa era de 5,9% e crescimento de 1,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando a desocupação atingia 5,0% da amostra - é importante frisar que este resultado tem como amostra o conjunto de seis regiões metropolitanas. O mês de março já não incorpora as demissões dos contratos temporários do final do ano, assim, a desaceleração da economia em relação ao ano passado vem pressionando a taxa de desemprego para cima.

Gráfico 01

Fonte: IPCA/ IBGE. Elaboração Instituto Fecomércio-PE

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Em número, estimado pelo IBGE, a população desocupada foi de 1,5 milhão de pessoas, e esse resultado, em relação a março de 2014, foi de elevação (23,1%, mais 280 mil pessoas). Um dos principais motivos na alta do desemprego e que justifica essa elevação é o aumento da população economicamente ativa, ou seja, no momento de desaceleração e de incertezas, as famílias veem a renda disponível diminuir e não conseguem manter mais o nível de consumo de antes. Esse movimento faz com que mais pessoas na família busquem empregos para reduzir o impacto do recuo na renda, aliado também uma leve diminuição percentual da população ocupada de -0,86%.


O gráfico acima revela o momento de alta no desemprego, pois compara apenas o momento econômico do mês de março retirando da análise possíveis desvios sanzonais. Assim verifica-se que 2015 apresenta uma taxa maior, se igualando ao ano de 2012 e interrompendendo uma tendência de queda iniciada em 2009.

no aumento da população economicamente ativa, que avançou 3% em relação ao ano anterior, incluindo, assim, 52 mil pessoas em busca de emprego, resultado interessante, pois não houve diminuição da população ocupada, pelo contrário, houve aumento de 0,26% e 0,13% na comparação anual e mensal, respectivamente.

A Região Metropolitana do Recife (RMR) teve resultado bastante acima do brasileiro, com um mercado de trabalho demonstrando ser mais afetado pela atual conjuntura econômica. A taxa de desemprego saiu de 7,0% em fevereiro de 2015 para 8,1% em março de 2015; no comparativo anual a situação ainda é pior, já que houve crescimento de 2,6% - a taxa no mesmo mês do ano anterior era de 5,5%. A população desocupada foi estimada em 139 mil pessoas, crescimento de 53% quando comparado a março de 2015 - em números este crescimento é de 48 mil pessoas desempregadas. A RMR sofre quase que exclusivamente com pressão

Analisando o indicador por tipo de atividade ,verifica-se que a queda na desocupação é quase geral - no comparativo anual apenas “Outros Serviços” não tem alta do desemprego, e mesmo assim a queda não é tão significativa, de apenas 0,4%. Nas atividades com grande representação, como Indústria, Construção e Comércio, a desocupação vem aumentando; na segunda atividade, por exemplo, a taxa atual é quase o dobro da verificada em 2014, sinalizando o momento atual de desaquecimento econômico que atinge a Construção de maneira mais rápida, diminuindo os investimentos em infraestrutura.

Tabela 1 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas de 10 anos ou mais de idade (%) - Região metropolitana do Recife GRUPAMENTO DE ATIVIDADE DO TRABALHO PRINCIPAL

MARÇO - 2014

FEVEREIRO 2015

JANEIRO - 2015

Indústria extrativa de transformação e produção de eletricidade, gás e água

2,7

3,4

3,8

Construção

3,1

6,0

5,9

Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos

3,1

2,8

4,4

Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividade imobiliária e intermediação financeira

2,0

4,4

3,6

Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais

0,8

1,1

0,9

Serviços domésticos

2,0

2,6

3,7

Outros serviços

3,6

3,5

3,2

Fonte: Pesquisa Mensal do Emprego (PME) - IBGE. Elaboração Instituto Fecomércio-PE

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Por gênero o desemprego para as mulheres está em 9,2%, enquanto que para os homens é de 7,2%, 2% acima para o gênero feminino. Esse resultado ainda é afetado pela desigualdade de oportunidades entre o mercado de trabalho para homens e mulheres, e, em momentos de crise esse fator negativo é potencializado, impactando ainda mais as taxas de desemprego feminina. Apesar disso na comparação anual, os dados refletem uma maior resistência e inserção delas no mercado de trabalho, com a desocupação crescendo 2,4%, já o homens apresentam crescimento do desemprego de 2,7%. Por idade, os dados podem ser divididos em dois grupos bastantes distintos, as pessoas de 15 a 24 anos com taxa de desemprego acima de

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20% e os que estão acima de 25 anos com taxa de 6,8%. O desemprego nos jovens é historicamente maior devido a fatores como rotatividade e falta de experiência. A população ocupada da RMR é a única entre todas as regiões que obteve crescimento de 2,2% no rendimento médio mensal - o valor foi de R$ 1.605,06 para R$ 1.641,00 entre março de 2014 e 2015 -, todas as outras apresentam queda no rendimento, variando de -2,2% no Rio de Janeiro até 6,9% em Salvador. O índice para o Brasil é de R$ 2.134,60 e recuou -3,0% em relação ao ano anterior.


REFERÊNCIAS CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO. Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (ICF). CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO. Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (ICEC). CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO. Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor.

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EXPEDIENTE - FECOMÉRCIO-PE Presidente: Josias Silva de Albuquerque Diretora-executiva do Instituto Fecomércio: Brena Castelo Branco Economista: Rafael Ramos Designer: Nilo Monteiro Revisão de Texto: Aleph Consultoria Linguística



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