IMAGINE UM FUTURO VERDE!
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E S P E C I A L
ARQUITETURA - DECORAÇÃO - DESIGN - ARTE - ESTILO ANO X - Nº 67 - DISTRIBUIÇÃO D I R I G I DA
Diretor Executivo Márcio Sena (marciodesena@gmail.com) Coordenação Gráfica e Editorial Patrícia Marinho (pmarinho@revistasim.com.br) Felipe Mendonça (felipe@revistasim.com.br) REDAÇÃO Patrícia Calife (patriciacalife@revistasim.com.br) André Clemente Erika Valença Lívia Martins Maria Leopoldina Paula Delgado (redacao@revistasim.com.br)
P. 24 RECIFE PRECISA PENSAR VERDE! P. 08
P. 08
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Editorial Umas palavras da casa...
Túnel do tempo. Dos primórdios até os dias atuas, a história da SIM!
MODA Prepare-se para as festas com as dicas de Maria Leopoldina.
JARDINS Marcelo nos apresenta os telhados ecológicos
Revisão Fabiana Barboza (fabiana@revistasim.com.br) Arquiteto Colaborador Alexandre Mesquita (mesquitaita@gmail.com) Operações Comerciais Márcio Sena (marciosena@revistasim.com.br) Eliane Guerra (81) 9282.7979
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ENTREVISTA Margot Monteiro fala sobre o Museu do Estado e a arte em Pernambuco.
CAPA Ilustração de Ayodê França
P. 18 ARTE Galeria Motor movimenta a arte contemporânea na internert.
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DESIGN ECOLÓGICO Lourival Costa explica tudo sobre design com sustentabilidade.
ARTE Vinte artistas compõem a coletiva Linha Orgânica na galeria Amparo 60.
(comercial@revistasim.com.br) Assessoria Jurídica Aldemar Santos - O.A.B. 15.430 SIM! é uma publicação bimestral da TOTALLE EDIÇÕES LTDA Redação R. Rio Real, 49 - Ipsep - Recife - PE CEP 51.190-420 redacao@revistasim.com.br Fone / Fax: (81) 3339.7336 Comercial R. Bruno Veloso, 603 - Sl 101
P. 42
P. 48
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COMPRAS Um roteiro para pensar verde na hora de comprar.
COZINHA GOURMET Sandra Brandão projeta e Leandro Ricardo cozinha.
ARQUITETURA Romero Duarte comemora 20 anos de seu escritóio.
PROJETOS 10 trabalhos inéditos para comemorar os 10 anos da SIM!.
Boa Viagem - Recife - PE CEP 51.021-280 comercial@revistasim.com.br Fone / Fax: (81) 3327.3639 Os textos e artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista.
EDITORIAL 10 anos de revista merece mesmo uma atenção muito especial! Este foi o pensamento de toda a equipe que trabalhou nesta edição. Com muito carinho preparamos uma revista bem positiva, apostando em um pensamento verde para o futuro, apresentando projetos inéditos, acreditando na arte, e, principalmente, valorizando o conceito de que na SIM!, arquitetos, decoradores, designers, artistas... têm a oportunidade de mostrar seus trabalhos, suas opiniões, suas descobertas, etc. Desde o primeiro número temos repetido:
“A Revista Sim! Está aqui para isso: registrar, divulgar, movimentar, criar fatos, firmar e afirmar um mercado que apenas espera por nós. Está pronto.” E esses anos nos permitiram aprender e admirar o trabalho de tantos profissionais. Muito obrigado a todos que colaboraram, acreditaram e nos ajudaram a fazer esta trajetória. E não podemos deixar de registrar a nossa eterna gratidão a Janete Costa e Borsoi, que tanto influenciaram nossa formação e foram muito generosos conosco. No mais, dizemos SIM! a você! Patrícia Marinho (pmarinho@revistasim.com.br)
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Revista Sim! Sem muito esforço, qualquer pessoa pode imaginar que esse nome não surgiu ao acaso. Mas também não surgiu num estalar de dedos. Há exatos dez anos, numa noite iluminada e festiva de tantos Marchés Georges, surgiu a Sim!. Nascia a ideia de formar uma equipe para atuar no mercado de arquitetura... aliás, não só de arquitetura, como das artes plásticas, gastronomia, cultura, literatura, enfim, o que mais se encaixar nesse universo das artes. Para quem não curtiu a época, Marché Georges era um evento cultural que reunia tudo isso no Restaurante Chez Georges. E para quem curtiu, o Marché deixa saudades... Dessa época, muitas lembranças ficaram. Amigos, contatos e trabalhos que se mantêm vivos até hoje. Edgar Homem foi o primeiro jornalista a escrever para a Sim!. “Uma experiência maravilhosa e que me rende frutos até hoje. Desde então fiz muitos laços com os profissionais das artes plásticas, da gastronomia, da cultura. E são esses os meus principais clientes na assessoria de imprensa onde trabalho hoje”, recorda Edgar. “Na Sim! eu aprendi a escrever com conteúdo, e de forma leve e bem humorada!”.
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“O mercado pernambucano está precisando de um espaço como esse que a Sim! conquistou”, afirma Edgar. Teoria que é reforçada por Marco Aurélio Parim, que foi o primeiro contato comercial da revista. Marco lembra que num primeiro momento se pensou em fazer uma revista pro mercado automobilístico, mas durante as reuniões do Marché não restaram dúvidas sobre o crescimento do segmento das artes, da arquitetura e da decoração. “Apesar de eu ser um eterno amante de automóveis, na hora em que me fizeram a proposta por esse outro setor, não hesitei. Desde então vi que o mercado estava realmente defasado e topei o desafio”, lembra Marco Aurélio com saudades.
E por falar em dez anos, quando o trabalho é prazeroso, o tempo é passado despercebido. Para a jornalista e especialista em Administração e Marketing da Brava Comunicação, Ana Cristina Lima, que escreveu para a revista já nos primeiros números, esse tempo passou voando. “Eu nem sabia que já fazia tanto tempo que eu colaborei com a Sim! Eu era acostumada às matérias mais políticas e econômicas, sempre muito objetivas. A Sim!, então, ajudou a amainar um pouco a ‘dureza’ de meus textos”.
Hime Navarro, atual diretor de criação da Ágora Comunicação, também embarcou na ideia com entusiasmo desde o primeiro momento. Ele já trabalhava como diretor de arte com Patrícia Marinho em outros trabalhos e enfrentar mais uma conquista marcou a carreira dele. “Nas outras atividades, a gente sempre era refém do gosto do cliente, agora a gente ia encampar uma ideia em conjunto, onde minha opinião era valorizada, era relevante”.
Uma das matérias que Ana Cristina mais gostou de fazer foi uma entrevista com Janete Costa, na qual, em vez de títulos, ela inseriu poemas de Fernando Pessoa, numa referência à descendência portuguesa da arquiteta. Ela diz, orgulhosa, que até hoje guarda essa matéria com muito carinho. “Quando procuramos no Google o nome ‘Janete Costa’ a entrevista da Sim! está entre as primeiras opções. E isso me entusiasma muito”.
dizia que ninguém pode sonhar o sonho de outra pessoa. Mas eu digo que embarquei nesse sonho também, de corpo e alma, e tenho um imenso orgulho de fazer parte dele. A Sim! foi meu primeiro emprego e acho que poucos têm essa sorte de crescer profissionalmente construindo a família junto com seu trabalho”, relata.
De acordo com o arquiteto professor da Faupe e da Faculdade Boa Viagem e consultor da Sim!, Alexandre Mesquita, esse tipo de matéria vale ouro. Ele sempr e costuma usar esses exemplos práticos em sala de aula, e tem percebido que as faculdades estão começando a dar valor às publicações. “Isso é apenas uma pequena prova da qualidade da revista. Desde seu nascimento, já tínhamos a intenção de fazer uma revista especializada, para um público seleto, profissionais ou consumidores amantes desse mundo. E com o passar dos anos, esse público só fez aumentar, o que significa que a forma como a revista é feita tem conseguido atrair as pessoas que se interessam pelo lado técnico da arquitetura e aquelas que gostam do tema pelo bel prazer”. O trabalho de fotografia também requer um contato direto com os profissionais da área. “Faço questão de conversar muito com o autor do projeto. Antes de fotografar um ambiente, sempre tento entender o que o arquiteto quis passar ao idealizar aquele trabalho, para daí tentar traduzir a mesma sensação nas imagens. Para poder implantar esse meu estilo, é preciso uma dose de confiança no fotógrafo, e isso a Revista Sim! tem. Por isso que eu o desenvolvo com a maior liberdade, e é o que fez a ação final ter um resultado tão positivo”, reforça o fotógrafo e parceiro Eudes Santana.
Para quem trabalha na área comercial, outro orgulho. Eliane Guerra faz parte da equipe da Sim! desde 2002. Ela tem plena satisfação de trabalhar nesse setor porque além de vender comunicação, a Revista consegue vender sonhos, sonhos de pessoas que possuem um negócio e vêem na revista uma oportunidade de divulgação a um público bastante selecionado. “Trata-se de um trabalho de formiguinha, mas que vem dando resultado de elefante”, admira Eliane.
Maturidade
“A Revista Sim! hoje já anda com suas próprias pernas”. Esse é o depoimento do jornalista Roberto Tavares, chamado para ser o consultor editorial da Sim!. Segundo ele, no início percebia a necessidade de sua presença por perto, e de sua assessoria. “Hoje a Revista atingiu um grau de amadurecimento, devido a um trabalho consolidado de uma equipe, que agora minha consultoria pode ser dada à distância, com apenas pequenas interferências”. Felipe Mendonça entrou na Sim! ainda como estagiário e, sem perceber, hoje já se vê como editor. Para ele, fazer essa retrospectiva é perceber o quanto a equipe é vencedora em chegar aos dez anos com fôlego para, no mínimo mais dez. “Quando penso na Sim! lembro-me de uma coisa que Márcio Sena falava que acho que se enquadra... Ele
Para o diretor executivo da Revista Sim!, Márcio Sena, uma das grandes conquistas deste veículo foi a ‘criação’ de um mercado editorial. Para ele, isso só foi possível com foco na credibilidade, através do respeito aos arquitetos enquanto profissionais e ao jornalismo. “Fazemos uma revista com conteúdo independente do comercial. Isso é a pura tradução do que é credibilidade. A partir daí o mercado começou a nascer e abrir espaço para o surgimento de novas revistas, mesmo que de outros segmentos” orgulha-se. Quando o assunto é futuro, Márcio é categórico. “Para a meta que traçamos a revista superou as expectativas de todos, mas ainda falta, digamos, a segunda fase. Quando pensamos no ideal, não pensamos em fases, mas sim no produto final e, para esse ‘final’, ainda temos muito para conquistar. Estou envelhecendo, mas a Sim! ainda é uma criança. Está só começando”, prevê. Ana Cristina reforça: “Márcio Sena e Patrícia Marinho são dois guerreiros e dois artistas em tocar esse projeto. Tudo o que vier dessa dupla, não duvidem, será de muita qualidade. Acho que a Sim! é uma das melhores publicações do País! Não perco uma edição!”, suspira. E se dez anos passaram voando é porque outras dezenas ainda estão por vir.
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Fim de ano: com que roupa eu vou? Com a proximidade das festas de Natal e Réveillon, grifes dão dicas do que usar para estar com o visual em alta Festas de fim de ano à vista e logo vem os avassaladores pensamentos em torno do que vestir para as famosas confraternizações. Sejam elas de trabalho, de amigos ou de família, em qualquer uma das três ocasiões, melhor evitar roupas extremamente sensuais e ousadas, principalmente quando a festança reúne pessoas que não se tem tanta intimidade assim. No mais, como é temporada de sol, calor e alegria, vale usar e abusar dos estampados, esvoaçantes, curtos, longos e até dos brilhos.
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Maria Leopoldina é jornalista e consultora de moda. marialeopoldina2005@gmail.com
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As festas de Réveillon permitem mais descontração que as de Natal. A mulherada que vai passar a virada na praia pode optar por peças levíssimas, como shorts, sainhas e vestidos. Os homens podem e devem usar bermudões, calças-capri e regatas. As pessoas que não dispensam o branco podem caprichar nos acessórios coloridos. Nos pés, tanto elas quanto eles devem investir nas rasteiras e nas sandálias confortáveis. A grande sacada é evitar os excessos.
Outro ponto forte da escolha da roupa para a virada é a cor. Talvez essa seja a parte mais difícil na hora da decisão. Uns optam pelo amarelo, para trazer prosperidade; o azul, que simboliza lealdade; ou o vermelho, que é a cor da paixão. Pensando na cor da lingerie, Ana Martha Bourdon, da grife Fruit de la Passion, diz que o ideal é escolher uma que represente os sonhos e necessidades pessoais. Quem quiser esbanjar sensualidade e intuição, a dica é a mistura do rosa com lilás, da coleção Butterfly in Love. Já para as mais sóbrias, há ainda opções como o preto, que está associado ao mistério e luxo, e nos tons nudes que, entre outras “cositas mais”, transmitem calma e passividade. As moças que quiserem esbanjar charme e sensualidade podem apostar na linha “Biju de Corpo” que, em parceria com a designer
Noeliza Curi, a marca preparou para brindar o Réveillon. “São acessórios luxuosos com toque de fetiche, para envolver, com muito brilho, o corpo da mulher”, garante Ana Martha. Fátima Alencar, da Moda Internacional, recomenda os micro vestidos, com destaque para as tonalidades cítricas, como azul, laranja e verde kiwi. Para quem vai passar as festas em praia ou na piscina, a dica da empresária são os shortinhos, as blusinhas tipo bata e os macacões, permitidos nas versões mini ou máxi. Já para os homens, quem dá a dica são as empresárias Paula e Renata Marques, da multimarcas Add Store. Neste ano, a dica é camisa polo ou básica com bermuda; polo com calça jeans; ou camiseta gola V com bermuda xadrez, além das camisas no estilo bata. Nos pés, chinelos de couro. As peças devem ser utilizadas em tons diferentes para evitar o look branco total. A estilista Rafaela Lemos, da grife AP.02, aposta no conforto, leveza e caimento das peças para dar vida a looks na cor branca, feitos em tecidos leves, 100% algodão e tricoline. As roupas são um misto do estilo rústico, artesanal com sofisticação e modernidade. Quando o assunto é o que usar nos pés, a grife Carmen Steffens, de Pedro e Ingrid Malta, no Shopping Plaza, traz uma coleção recheada de formas, cores e detalhes singulares e inovadores. “Para a temporada, que vem seguida das festas de final de ano, buscamos aquelas tendências que se encaixam aos diversos perfis da alma feminina. Os modelos cabem para quem for brindar o ano novo num estilo mais ousado ou clássico”, explica Pedro Malta.A inspiração para a coleção vem das maravilhas do Rio de Janeiro, com os olhares voltados para as décadas de 20 a 80. As vedetes são as plataformas altíssimas e as sandálias de tiras finíssimas.
Add Store Galeria Trade Center, 1472 Boa Viagem – Recife/PE Telefone: (81) 3325.4200 Carmen Steffens Shopping Plaza Casa Forte Fone: (81) 3268.2962 Fruit de la Passion Shopping Center Recife – (81) 3465.1911 Av. Conselheiro Aguiar – (81) 3326.6188 Moda Internacional Praça Professor Flemming, 30 Jaqueira - Recife/PE Telefone: (81) 3268.1203 Rafaela Lemos Fone: (81) 8747.0251 e 9757.6700 email: modap02@gmail.com
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JARDINS: TELHADOS ECO Recentemente, estive na 12ª Fiaflora ExpoGarden 2009, Feira Internacional de Paisagismo, Jardinagem, Lazer e Floricultura em São Paulo. Entre os vários espaços paisagísticos que estavam na Mostra, um me chamou muito a atenção: Lajotas para telhados ecológicos com material reciclado de baixo peso. Já havia escutado e lido algo a respeito sobre esse assunto, mas ver, pegar, interagir, tem outro significado; inquietando o pensamento sobre como introduzir esse conceito na nossa cidade além de reforçar a idéia de sustentabilidade.
Marcelo Kozmhinsky é agrônomo e paisagista. www.raiplantas.com.br marckoz@hotmail.com Fone: (81) 9634.9906
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Ecotelhado Rua Erechim, 330, Porto Alegre/RS Fone: (51) 3242.8215 www.ecotelhado.com.br
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Na prática esta questão está relacionada à preservação do meio ambiente, nas formas que a humanidade interage com os recursos naturais e as ações que são necessárias para evitar prejudicar o mínimo possível a biosfera. Observando a nossa cidade através de uma imagem aérea, observamos algumas concentrações de verdes como os parques e praças, a área de Dois Irmãos, Tamarineira, o manguezal por trás de Boa Viagem, entre outros pequenos focos de concentração verde. Em contraste a essas áreas verdes, observamos os telhados dos prédios, das casas, das fábricas, do asfalto das vias públicas, entre outros, que irradia calor e não absorve as águas das chuvas, influenciando no aumento da temperatura da cidade. E por que não transformar áreas como essas, em telhados ecológicos, como já existem em muitas cidades da Europa? Essa é uma tendência que, em breve, deverá ser implementada, inclusive, como lei pelas prefeituras das cidades, com objetivo de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. Os telhados ecológicos transformam espaços monótonos e abandonados em áreas
interessantes e verdejantes. Reduzem os custos de energia elétrica, conforto térmico no inverno e no verão com isolamento natural, isolamento acústico, criam refúgios tranquilos para pessoas e animais e absorvem a água da chuva, diminuindo bastante a necessidade de sistemas de drenagem complexos e caros. Em uma escala mais alta, os telhados ecológicos aumentam a qualidade do ar e ajudam a reduzir o calor urbano, além de diminuir a poluição ambiental. Acima de tudo, os telhados ecológicos são habitáveis. Eles recuperam um espaço hoje desperdiçado e o transforma em uma rede de ilhas verdes elevadas que se conectam com as áreas de vegetação externas às manchas urbanas. As vegetações mais adequadas devem ser rústicas para poder suportar as condições adversas como ventos, secas, etc. O substrato deve ser fértil, com boa capacidade para reter nutrientes e tenha permeabilidade à água. A mudança de telhado convencional para ecológico é processual. Requer estudos e mudanças filosóficas conceituais do que é um telhado e qual a sua finalidade e funcionalidade. Fica aqui um registro de perspectivas de mudanças para futuros projetos arquitetônicos e paisagísticos e a crença na esperança de termos uma melhoria urbana na qualidade de vida, no ar que respiramos, além da diminuição da temperatura ambiental em nossa cidade. Se você conhece um espaço que se enquadre nesse sentido, tente imaginar como ele seria se tivesse uma camada de vegetação rasteira, com bancos, mesas, cadeiras, pássaros e insetos passeando por esses locais. Dê asas à imaginação e crie algo novo. Procure um profissional que possa ajudar nesse sentido. Tenho certeza que você vai adorar.
“Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais. A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.”
Ao lado, Espaço Multipalco do Theatro São Pedro onde se localiza o Restaurante. Abaixo, Ecotelhado® instalado sobre fibrocimento em Vera Cruz, Rio Grande do Sul.
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ENTREVISTA Felipe Mendonça
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MARGOT MONTEIRO Há três anos dirigindo o Museu do Estado, Margot Monteiro fala de sua importância para a nossa Região, dos objetivos para difundir a arte e dos planos para a entidade.
SIM! - Qual a importância do Museu do Estado para a nossa região? Margot Monteiro – O Museu do Estado possui uma multiplicidade de valores para nossa Região e para o Brasil. Seja ela no espaço como literatura, como representação de uma época (século XIX), seja como espaço cultural. SIM! - Qual o seu objetivo frente ao Museu? Margot Monteiro - Meu objetivo maior é enriquecer, cada dia mais, os nossos acontecimentos culturais no segmento de artes plásticas, visuais e história. A nossa missão é oferecer não só uma boa estrutura física (já em andamento), mas também desenvolver um belo trabalho de restauro e organizar grandes e nobres mostras. É necessário elevar o nosso nível cultural para que não fiquemos na mesmice. É preciso ir mais além e alcançar novos horizontes atingindo o patamar dos grandes museus do eixo Rio - São Paulo. A minha missão é fazer essa integração. SIM! - A entidade possui um conjunto rico de bens que integram o seu patrimônio. Em que consiste o acervo da entidade? Margot Monteiro – O acervo existente é imenso e plural, vai desde coleções, gentilmente cedidas, a obras primas de uma época. É o nosso patrimônio e a história do nosso povo e do nosso Estado de maneira riquíssima é única. O Museu representa também nossa identidade cultural e econômica. Aqui temos a oportunidade de mostrar tudo que fomos e, através de exposições contemporâneas, exibir o que poderemos ser. Como exemplo disso, temos nossas exposições de longa duração. Nelas, apresentamos ao público parte nosso acervo que vai desde mobiliário, artes decorativas, documentos, livros históricos, joalheria entre outros itens.
Também expomos nosso acervo em museus de todo o Brasil, a exemplo disso, aconteceu, recentemente, a mostra de exvotos, exposta no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. É importante que o Museu saia também de Pernambuco e mostre nossa cultura para outros estados. No espaço Cícero Dias, que fica localizado em um prédio, por trás do palacete, oferecemos uma biblioteca, com mais de quatro mil volumes, que inclui obras raras em artes plásticas, história e literatura.
SIM! - O Museu apresentou exposições de renomados artistas como Zé Cláudio e Teresa Costa Rêgo. Atualmente como anda a agenda da entidade? Margot Monteiro – O Museu está sendo procurado por artistas locais, nacionais e internacionais. Atualmente estamos exibindo uma mostra em homenagem a Teresa Dourado, uma grande colecionadora, marchand e benfeitora das artes plásticas em Pernambuco. Ela divulgou e fomentou grandes nomes, como Gil Vicente, George Barbosa e tantos outros. Agora em dezembro iniciaremos a exposição Multimídia sobre a História da República, que conta a nossa evolução democrática de maneira interativa e moderna. O projeto é um trabalho realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco e fica até meados de Fevereiro. Temos uma sugestão de agenda para o próximo ano sim, apenas aguardamos definições de algumas empresas no quesito patrocínio e incentivo, mas posso adiantar que grandes mostras como a do Centenário de Joaquim Nabuco, de Gilberto Freyre e a do acervo da Caixa Econômica Federal, ambas nacionais, estão confirmadas.
SIM! - As visitações aumentaram? Margot Monteiro - Sim, e muito. É crescente o número de pessoas que passam por aqui, de turistas, que tem interesse em conhecer um pouco da nossa realidade, e de escolas – fruto de uma parceria firmada com o Palácio do Campo das Princesas e da Justiça que nos incluiu no roteiro de visitação dos estudantes. SIM! - O museu também é tradicional pelos cursos que oferece, atuamente, quais estão disponíveis? Margot Monteiro - Atualmente estamos com o Curso de História da Arte e Filosofia ministrado por um grande nome da área que é Laura Buarque. Estamos buscando parcerias importantes, como a UPE e a USP, para instaurar novos cursos. SIM! - Fisicamente o que está sendo feito no Museu do Estado? Margot Monteiro - Estamos primando por conferir ao espaço um aspecto museugráfico novo e repaginado. Para isso, estamos climatizando todo o Palacete, reformando (quase pronto) o estacionamento, com iluminação específica, melhorando a acessibilidade aos cadeirantes, implementando rampas e elevadores, desenvolvendo um projeto de paisagismo para os nossos jardins.
MUSEU DO ESTADO DE PERNAMBUCO - MEPE Av. Rui Barbosa, 960 Graças - Recife/PE Fone/Fax: (81) 3427.9322 e 3427.0766
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ARTE
Bruno Vieira, Pássaros de voo curto 2009, Fotografia, 16 x 63 x 3 cm, Ed 100.
Galeria Motor: inovação no mercado de artes plásticas Com o objetivo de impulsionar o consumo de arte contemporânea nos tempos urbanos, a galerista Nara Roesler firmou parceria com o Submarino e criou a Galeria Motor (www.galeriamotor.com.br).
A Motor é a primeira galeria virutal no mundo a contar com a estrutura de e-commerce, da mais conhecida empresa do setor brasileiro, o Submarino. O projeto contempla trabalhos selecionados por especialistas reconhecidos no circuito e o respaldo de renomados galeristas de todo o Brasil.
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Divulgação
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A comercialização de obras de arte pela internet ganha uma estrutura inovadora. Trata-se da Galeria Motor, projeto especializado em arte contemporânea, que tem por objetivo impulsionar expressões artísticas de ponta e educar o olhar da população virtual para novas tendências, transformando-a em possíveis colecionadores.
Carrapeta, Marcelo Silveira.
A ideia foi resultado do contato feito entre a galeria paulistana Nara Roesler e o Submarino. Ambos, pensando na magnitude de uma nova ferramenta artística, propuseram a ideia a outros parceiros e, logo, receberam a adesão de nomes importantes do circuito das artes de todo Brasil, como Luisa Strina, Luciana Brito, Raquel Arnaud, Leme, Choque Cultural, Casa Triângulo, Marília Razuk, Laura Marsiaj, Thomas Cohn, Eduardo Fernandes, Bolsa de Arte, Samba Photo e Amparo 60, além de grupos como o do Atelier Fidalga. Pernambuco é representado pela Amparo 60, capitaneada por Lúcia Santos. Segundo ela “todas as iniciativas para disseminar a arte contemporânea e que tenha por trás pessoas sérias, como Nara Roesler, são bem
vindas. A Galeria Motor é válida e, com toda certeza, irá dar retorno para o mercado de arte, e, consequentemente, para as galerias. É um novo olhar da arte contemporânea.”, afirma a galerista que representa o artista plástico José Paulo, mas que em breve representará novos nomes. A Galeria Motor irá comercializar, nesse início de atividades, cerca de 170 trabalhos de 80 artistas diferentes. As obras escolhidas não serão únicas, mas sim, múltiplas, o que torna, assim, o produto mais acessível. O preço das peças expostas variam de R$ 500 até R$ 5 mil e qualquer pessoa poderá comprar obras de artistas como a paraibana Alice Vinagre e a paulista Ana Sario. Segundo Alexandre Roesler, também idealizador do projeto, “contar com a estrutura de um site do porte do Submarino, com a confiabilidade que ele imprime, com a quantidade de acessos existentes e com a plataforma de logística e de pagamento, é de total importância para o mundo da arte contemporânea. Assim, podemos quebrar não só o tabu que muitas pessoas possuem de perguntar os preços das obras, como também facilitar o pagamento”, afirma. Para ele, “à medida que esta forma de compra for conquistando e mudando a cultura do mercado, novas e diferentes propostas serão inseridas, como outros suportes artísticos, aproveitando a versatilidade e agilidade que só a web possibilita”, finaliza Roesler.
ARTE
Linha orgânica em coletiva Como as coisas se unem e como se separam é o foco dessa coletiva.
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Rodrigo Braga (Pedra, fotografia, 50 x ___ cm, 2009)
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Alex Flemming (Metro, pintura, 2 x 1,4m) Antonio Dias (pintura) Cristiano Lenhardt Delson Uchoa (Farol da Ponta Verde, objeto, 30 x 45 x 10 cm) Felipe Barbosa (Bola-tartaruga e Casas, pintura, 2009) Fernando Augusto (A casa do passado, 2 pinturas de 1,45 x 1,40m) Isabela Stampanoni (To capsule, 24 desenho, 2001-2005) José Paulo (Repetir, escultura) Juliana Notari (Dr. Diva, foto interv., 2009) Luiz Hermano (Escultura de brinquedo, 2009) Lula Wanderlei (Agora, objeto-relógio) Malu Fatorelli (Paisagem-chave, inst. 90cm diâmetro) Márcio Almeida (Placas de localização) Marcos Costa (mala de vidro) Nicolas Robbio (Rosa dos Ventos, plotter) Oriana Duarte (Remadas, vídeo) Paulo Bruscky (Trem, 2009) Paulo Meira (A Perder de vista, vídeo e múltiplo) Rodolfo Mesquita (Arquitetura, desenho) Rosana Ricalde (Constelações, backlight, 2009) Rufino (Sudoratio, 2009)
De recortes e alianças é feita a Linha Orgânica. Entre uma e outra operação, está o artista. São 20 nomes do casting da Amparo 60 e o convidado Cristiano Lenhardt (RS) em torno da observação das continuidades, não exatamente entre arte e vida, mas entre apresentação e representação nos intervalos de liberdade em que o artista opera. Nestes intervalos, na contramão de resiliências e pragmatismos, através de sua obra, o artista codifica, reordena e encapsula. Ele constrói abrigos para suas posições e poéticas e, dessa forma, as põe a conviver. Lygia Clark, que, na década de 1950, no contexto do neoconcretismo, lançou o termo “linha orgânica” para designar um espaço entre a tela e a moldura, uma junção de planos até então vistos como antagônicos e impermeáveis. Através da metáfora de uma membrana de contato anterior à ação humana, Lygia comenta questões da virada da modernidade ainda caras à arte contemporânea. Uma delas diz respeito à materialidade da obra, que, de estatuto objetual puro, é tensionada rumo à inscrição no tempo e nas estruturas (molduras) que a comportam. Escapa ao corpo físico e justifica-se, assim, como ideia, ação, evento. Outra questão apontada por Lygia tem a ver com as interfaces que um trabalho artístico cria com o que o circunda, suas bordas. Bordas difusas, passagens sempre possíveis para a interdisciplinaridade e para o vislumbre do que a arte pode não só desejar, mas fazer no mundo. Esse desejo convertido em proposta aparece aqui, primeiramente, através de iniciativas de expansão da linguagem. No backlight Constelação, Rosana Ricalde (RJ) recria os nortes da grafia de um náufrago; no objeto Farol de ponta verde, Delson Uchoa (AL) torna sua pintura superfície para a observação reclusa da incidência de luz; nas placas de Sistema de endereçamento global, Márcio Almeida (PE) quantifica em latitude e longitude o campo de simultaneidades reunidas nesta mostra. Em Plus Ultra, Oriana Duarte (PE) rema rios do Brasil; funde corpo, técnica e ambiente; traz liquidez para dentro da galeria.
Exposição Linha Orgânica De 01 de dezembro de 2009 a 20 de fevereiro de 2010 Amparo 60 Av. Domingos Ferreira, 92 - Pina - Recife/PE Fone: (81) 3325.4728 www.amparo60.com.br
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Recife
precisa pensar
Verde
Vários fatores colaboram para uma cidade mais politicamente correta. A arquitetura, por exemplo, tem que ser consequente. Tudo que é construído atinge o ambiente. Então, como pensar no todo e minimizar os impactos que este projeto causará ao ecossistema? O que faz um projeto ser ideal? O que o faz ser diferente dos tantos construídos? Hoje, há certa preocupação (e até apelo, digamos assim) para que as construções tenham uma certificação de Construção Verde. Não só por ser uma forte exigência de mercado, mas dos próprios projetistas que querem um “troféu” para suas produções politicamente corretas.
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Para começar, o conceito de pensar sustentável é antigo. Nos anos 70, Armando de Holanda cita em “Construir um Nordeste” vários conceitos da nova fase da arquitetura, como é destacada a Arquitetura Sustentável. Exemplos: vazar muros, para circular o ar e recuar paredes, proporcionando redução térmica, além do ganho de sombra. Pensar em pontos centrais de adequação já é um grande passo.
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Roberto Freitas, coordenador da câmara especializada de arquitetura do CREA-PE, destaca que é uma realidade que está se firmando no mundo e que é necessária essa mudança de mentalidade dos projetistas. “Eles devem produzir com base na eficiência energética, no reuso da água e na utilização de materiais que respeitem o meio ambiente, como madeiras certificadas. Quando projetar, esses profissionais precisam, ainda, buscar um conceito primordial: que a edificação conquiste um status de se autosustentar”, relata.
“Exemplo: Aproveitamento da água das chuvas, para ser usada na irrigação dos jardins; uso de telhas termoacústicas, já que, com a diminuição da incidência solar, cai o consumo do ar condicionado. Em alguns aparelhos, o próprio calor gera a energia que o faz funcionar. Assim, usa-se menos energia elétrica”, garante Roberto Freitas. A presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Vitória Régia Andrade, levanta a bandeira de Pernambuco neste quesito. “Obras de 1940 já adotavam este perfil sustentável. A nossa terra, nosso clima já fizeram as escolas de arquitetura adotarem esses conceitos ao projetar. Era necessário, por conta do nosso clima e da nossa umidade”, destaca. “Só com soluções de projeto é possível diminuir a temperatura de um ambiente em 3º a 4º. Para um lugar como o Recife, por exemplo, onde há alta umidade e grande insolação, nada mais adequado que barrar o sol e deixar a brisa entrar”, garante a presidente do IAB. Depois de arquitetos como Luiz Nunes, que já aderia a técnicas de amenização climática, outra geração de profissionais, à frente, como Tinoco e Borsoi, adotava novos elementos, tais como: revestir fachadas com cerâmica (ameniza o calor do interior), projetar janelas para dentro, etc. “O que falta é divulgação, mas Pernambuco já projeta assim há mais de 80 anos”, finaliza Vitória.
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Segundo Roberto Montezuma, um dos arquitetos responsáveis pelo projeto da primeira edificação do Brasil gás carbônico zero, a preocupação deve nascer
“É um conceito antecipado e não uma maquiagem quando estiver pronto. Projeto urbanístico deve ser pensado em conjunto com a cidade, com o bairro, como um sistema”,
com o briefing.
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Roberto Montezuma AFM Arquitetos Associados Rua Luís de Faria Barbosa, 120, Sala 201. Boa Viagem, Recife/PE Fone: (81) 3326.3754
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destaca Montezuma. “Nos edifícios, deve haver preocupação com consumo energético, aproveitamento de resíduos, de água, deve haver um programa para tratamento de gases, etc”, completa. Se preparar para os novos tempos é reduzir impactos, ser integrador urbano, auxiliar as relações. Um edifício público pode ser um elo. O que é público deve ser projetado. As estações de metrô, as ruas, sempre integrando a cidade. As calçadas, por exemplo, devem ser pensadas a partir de 3m. Realidades urbanas vão de encontro a esta proposta, mas no mundo inteiro são grandes cartões postais. Quando atende aos ideais de sustentabilidade, torna-se fantástico.
Le Corbusier, um dos mais importantes arquitetos e urbanistas do século XX, define quatro itens de um planejamento em arquitetura, considerando os seus respectivos desdobramentos: circular, habitar, recrear e trabalhar.
“O Grande desafio de um projeto, definitivamente, é integrar e ter baixo custo! Arborizar as cidades é uma solução urgente, ajuda na redução térmica, na atmosfera. Pensar em uma cidade não é brincadeira. É coisa séria. É um complexo de coisas muito sérias. É a nossa casa”, argumenta Roberto Montezuma. “As pessoas precisam associar que a cidade é uma casa maior e têm que cuidar dessa casa. É preciso compreender este conceito. Se você tem um bairro sujo, desvaloriza a sua casa. As obras têm que ter responsabilidade com a cidade, não é só edificação. É sustentável porque tem consciência humana”, destaca. Um bom exemplo disso é o Edifício Parque. O prédio da CPRH, desenvolvido pelo escritório AFM arquitetos, do qual Montezuma faz parte, é pensado como uma verdadeira Arquitetura Urbana “integradora” do Parque Santana. À semelhança de uma árvore, foi proposto um pavilhão suspenso do solo, onde, nos pavimentos superiores, localizam-se os setores administrativos e, no pavimento térreo, uma generosa praça coberta, que abriga os setores culturais (auditório, praça de eventos, biblioteca, exposições, café, etc).
Com todas as áreas de trabalho no piso elevado, o projeto ganha o território da planta do edifício com aplicação de área verde. Assim, todo o terreno do prédio recebe intervenção paisagística, o que neutraliza a produção de gás carbônico. A área destaca, ainda, na elevação por pilares em referência às árvores, bastante sombra e circulação do vento.
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O verde certificado É claro que obter certificação em qualquer área é sempre um ponto positivo. Segundo Roberto Montezuma, quando se trata de construção e se ela é sustentável ou não, a certificação é questionável. “Hoje em dia, os certificados reúnem requisitos básicos e a obra recebe se estiver dentro deles. Seria natural se todos os países do mundo vivessem na mesma realidade e sofressem as mesmas mudanças climáticas, por exemplo”, ressalta Montezuma. A certificação de Edifícios Verdes é realizada pela USGBC (United States Green Building Council), que desenvolveu um sistema de classificação chamado LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), a famosa certificação LEED, mundialmente aceita e reconhecida. No Brasil, foi criado o Green Building Council Brasil (www.gbcbrasil.org.br), entidade responsável pela adaptação dos critérios do LEED para as condições e realidades brasileiras ou o projeto ficaria totalmente fora do contexto. A edificação utiliza os princípios conceituais atribuídos a um “edifício verde” (baixo impacto ambiental, eficiência energética, reutilização, captação de águas pluviais, coleta seletiva de lixo, dentre outros). O melhor: Impacta o mínimo na paisagem. Muito pelo contrário. Aumenta a área verde. A sombra que o térreo recebeu é metáfora de uma árvore. Será o primeiro edifício brasileiro com emissão zero de carbono, ou seja, o que for produzido de gás será neutralizado pela quantidade de plantas aplicadas no projeto. “Ser
sustentável é ser coerente, ser adequado ao ambiente e isso não é novidade. Esse fetiche de certificação tem que acabar”, finaliza Roberto Montezuma.
Uma das qualidades do Sistema de Certificação LEED é o engajamento de todos os participantes do processo: concepção, construção e operação de um edifício ou espaço construído, inclusive os fornecedores de materiais, que devem informar e comprovar determinadas características e benefícios de seus produtos relacionados a critérios de sustentabilidade e eficiência para colaborar no cumprimento dos prérequisitos e créditos do LEED. “Deve ser pensado um conjunto de prérequisitos sim, mas deve haver uma margem de possibilidades. O Brasil possui um clima tropical; a mão de obra é diferente de outros países; em relação ao material, às vezes, os mais adequados não são encontrados e é necessária a compra mais cara”, explica o arquiteto.
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Corredor Norte-Sul A Urbana PE, antigo Setrans-PE, contratou o escritório de engenharia de Jaime Lerner para elaborar o projeto do Corredor NorteSul do Recife. O novo sistema, também conhecido como Bus Rapid Transit (BRT), terá 43 quilômetros e percorrerá seis municípios da Região Metropolitana (Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda, Recife e Jaboatão dos Guararapes). A causa do projeto foi abraçada pelo Governo do Estado e pela Prefeitura do Recife. A obra, orçada em R$ 300 milhões, terá custos divididos entre empresários (R$ 110 mil) e poder público (R$ 190 mil), colocados à disposição em função de verba do PAC para a Copa do Mundo de 2014. O BRT, criado por Lerner, está baseado na implantação de uma rede de canaletas exclusivas com atributos especiais, como múltiplas posições de paradas nas estações,
embarque em nível, veículo articulado e com múltiplas portas, pagamento e controle fora do ônibus, linhas expressas e alimentadoras, bons espaços nas estações e sistema de informações aos usuários. O projeto tem se transformado em uma eficiente solução para o trânsito de grandes cidades do mundo. “O caso mais em alta é o do Transmilênio, em Bogotá, que, hoje, é referência mundial. O BRT também está implantado ou em fase de implantação em cidades como Paris, Nova York, Taipei, San Francisco, Cidade do México, Jacarta, entre outras. Em quase todos esses lugares, os projetos têm a participação de brasileiros. Afinal, o BRT nasceu em nosso País”, observa Fernando Bandeira, presidente da Urbana PE. “As 80 estações, todas climatizadas, terão embarque e desembarque em nível. O projeto, com
suas linhas suaves, com certeza também se transformará em um novo cartão postal da cidade”, completa. O corredor terá parte suspensa sobre o canal da Avenida Agamenon Magalhães, uma via das mais importantes da cidade. Se a execução seguir as premissas do projeto, os benefícios proporcionados pela adoção do BRT serão muitos: redução do tempo de viagem e da espera nos pontos de parada; mais confiabilidade no sistema, pois o usuário sabe, por meio de painéis informativos, em quanto tempo estará disponível o próximo ônibus (os intervalos poderão variar de 30 a 60 segundos); mais conforto e menos impacto ambiental, graças à possibilidade de utilização de combustíveis alternativos; revitalização do espaço público e valorização imobiliária.
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A Via Mangue A obra foi contemplada com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e vai receber R$ 165 milhões na sua segunda etapa. Basicamente, a atuação da prefeitura em relação ao direcionamento do projeto é: preservação ambiental, soluções de mobilidade e melhorias no saneamento.
A primeira etapa da Via Mangue já está finalizada. No começo de 2010, as obras da segunda etapa já devem ser iniciadas e vão até 2013, um ano antes da realização da Copa. Essa primeira etapa do Projeto Via Mangue consistiu na construção do Túnel Josué de Castro, ligando a Avenida Antônio de Góes à Rua República Árabe Unida, passando por baixo da Avenida Herculano Bandeira, no Pina, Zona Sul do Recife. Também foram feitas melhorias em várias vias próximas. O investimento nesta etapa foi de R$ 30 milhões, dos quais R$ 12 milhões foram recebidos do Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades.
“Essa primeira etapa é um passo de um todo. O túnel, de 280 metros, vai possibilitar a ligação do sistema viário do Pina com o futuro traçado da Via Mangue, que chegará até as vias de entorno dos canais de Setúbal e do Jordão. A obra já proporcionou uma melhoria na circulação de veículos e pedestres entre o Cabanga e Boa Viagem, bem como entre o Pina, Jardim Beira Rio e Brasília Teimosa, segundo Amir Schvartz, Secretário de Planejamento da Prefeitura do Recife.
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Meio Ambiente Parques de manguezais sofrem degradação e há palafitas na localidade. O fim do projeto vai minimizar o impacto na área, já que, com a saída das palafitas, os resíduos dessas famílias deixarão de correr para o mangue. Saneamento A fauna e a flora do manguezal serão preservadas com o tratamento do esgoto que, hoje, corre para o mangue. Mobilidade A zona sul do Recife está saturada. A Av. Domingos Ferreira ficará como uma segunda opção. “Assim que passarem pela Ponte Paulo Guerra, já na Herculano Bandeira, os carros poderão seguir por uma alça à direita, que levará até o fim de Boa viagem, na zona do começo do bairro de Setúbal. E isso será feito rapidamente. A Domingos ferreira ficará mais tranqüila e será tráfego apenas de quem mora ou trabalha nas imediações do início do bairro de Boa Viagem”, explica o Secretário. Para a segunda etapa, uma das fases do processo é a duplicação do viaduto Capitão Temudo. Hoje, quem trafega local já pode perceber a obra de duplicação que está sendo efetuada naquele equipamento. Essa ação, realizada pela Prefeitura do Recife, vai ampliar, das atuais quatro, para oito o número de faixas de rolamento para os veículos. Atualmente, 50% da obra já está concluída. O investimento nesta intervenção é de R$ 32 milhões.
O presidente da URB Recife, Jorge Carreiro, explica que a duplicação vai possibilitar, também, a interligação do viaduto com a Rua Imperial, através de duas alças. “Elas serão instaladas uma em cada lado do viaduto e possibilitarão a quem vem da zona sul ou da zona norte, descer até a Rua Imperial e de lá seguir para o Centro do Recife ou para Afogados. Os serviços têm prazo de 18 meses para serem concluídos”, afirmou.
Quando estiver concluída, a duplicação vai permitir uma melhor fluidez do tráfego no viaduto, seja no sentido Boa Viagem ou no sentido Olinda, já que das atuais duas faixas de rolamento, os motoristas contarão com quatro. O Viaduto Capitão Temudo está situado entre os bairros do Cabanga e Ilha Joana Bezerra. Atualmente 150 pessoas atuam na obra. Para a realização do serviço foi necessária a desapropriação de 300 imóveis.
Para o realizador do projeto arquitetônico da Via Mangue, Juliano Dubeux, além do evidente papel de viabilizar um acesso que conecte a Zona Norte da cidade à Boa Viagem, houve, ainda, a preocupação de interligar empreendimentos previstos para o bairro, a exemplo do condomínio Bacardi, do Grupo JCPM, e os parques Aeroclube e dos Manguezais. Dentro da concepção do projeto urbano, foi vislumbrado um pontal para a Via Mangue e a criação de um mirante que celebra o ‘braço morto’ do Rio Capibaribe. “Pelo próprio sentido do trânsito, só temos a visão natural de um lado do rio, que é mais importante do Recife. Quando pronto, o projeto vai revelar à população uma nova face do Capibaribe”, revela Juliano.
Juliano Dubeux, arquiteto projetista da Via Mangue.
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O traçado arrojado do projeto sugere uma referência às pontes e rios, contudo para Juliano, trata-se de uma expressão da cultura mangue na arquitetura. “Acho que o movimento mangue está bem espelhado em quase todas as atividades dentro do estado, mas faltava a referência arquitetônica, que é uma das mais difíceis e, por isso, a última. Esse projeto específico se mostrou ideal, seja pelo nome ou pela localização geográfica, para destacar nossa cultura. O formato da praça da Ponte Paulo Guerra é o melhor exemplo, tem o formato do casco do carangueijo. Além disso, o Parque dos Manguezais é um homenagem declarada à árvore dos mangues”, explica.
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Dentre os trabalhos previstos para melhoria do fluxo do Recife, o arquiteto está à frente do projeto do Molhe do Parque de Esculturas; a nova ponte que deverá conectar o Forte das Cinco Pontas à Brasília Teimosa; Cais Fluvial de Brasília Teimosa; saída Sul do Recife, esta já está em fase de obras; saída Oeste; além da solução de garagens para o Bairro do Recife.
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Urbana PE Rua Frei Matias Teves, 280, sala 111, Paissandú Fone: (81) 3221.3350 Sec. de Planejamento da Prefeit. do Recife Cais do Apolo, 925 Bairro do Recife, Recife/PE Fone: (81) 3232.8510
URB – Empresa de Urbanização do Recife Av. Oliveira Lima, 867, Boa Vista, Recife/PE Fone: (81) 3232.5000 Juliano Dubeux Arquitetos Associados Av. Alfredo Lisboa, 507 A, 1° andar Recife Antigo, Recife/PE Fone: (81) 3424.3796
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Ivaldo Bezerra
Você sabe o que é design ecológico? O arquiteto Lourival Costa sabe e, em conversa com a jornalista Paula Delgado, aponta vários caminhos onde a sustentabilidade pode participar dos projetos de interiores Divulgação
“Pra que isso?”, esse é o lema de Lourival Costa toda vez que vai iniciar um projeto de ambientação. A cada inserção de um móvel ou peça decorativa, uma pausa para a reflexão: é realmente necessário?, faz-se útil o objeto nesse espaço? “Estamos na era da economia e não há porque desperdiçar trabalho, muito menos material. O lema agora é otimizar tudo e reutilizar o que pode ser reaproveitado. Mas, infelizmente, nem todos os clientes pensam assim. Às vezes, o trabalho de conscientização ecológica é muito mais árduo do que o próprio trabalho de montar o ambiente”, enfatiza Lourival.
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Thiago Lubambo
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Design ecológico é sinônimo de simplicidade. Algo que para chegar às suas mãos ou às mãos do cliente, não precisou passar por muitas fases, principalmente etapas industriais. Um exemplo prático e rápido do que seria uma ambientação ecológica esteve presente em uma mostra da La Lampe. Enquanto a maioria das cozinhas se apresentava revestida do chão ao teto, nesse laboratório de luz, Lourival pintou a parede de vermelho, uma cor quente, adequada para cozinha, protegendo apenas a área do fogão e da pia. Uma prova de que o porcelanato nem sempre é a melhor opção e ainda descartou o rejunte, que muitas vezes sai por um preço bem salgado. A partir daí, muitas cozinhas foram feitas sem qualquer revestimento. Uma ousadia que contou com uma pitada de ecologia, já que ele não se preocupou em gastar mais material, além daqueles que ia se usar de qualquer forma. Mas, e para aquele cliente que quer algo mais requintado? Como atendê-lo, ecologicamente falando? De acordo com Lourival, há diversas formas. Um exemplo é a utilização de uma parede de vidrotil, pastilhas
Na página ao lado: cozinha na mostra La Lampe, assinada por Lourival Costa; e quarto em Gravatá, assinado por Carlos Augusto Lira. Acima, cozinha na mostra Casa Cor PE 2000, ambiente de Lourival. Abaixo, detalhe das luminárias usadas por Janete Costa no restaurante do Verdegreen Eco Hotel, em João Pessoa, PB. de vidro, em ambientes molhados da casa, como é o caso do lavabo. Isto porque o vidro pode ser reutilizável. Uma preocupação que anda de mãos dadas com a ecologia, é a sustentabilidade. A utilização de forros de gesso é uma ação altamente sustentável para Pernambuco, mas não seria tão sustentável no Rio Grande do Sul, por exemplo. Isso porque o estado nordestino possui um pólo gesseiro, enquanto os gaúchos precisariam comprar, e de muito longe, a matéria prima. Além de que, em Pernambuco, movimentar o Pólo Gesseiro é sinônimo de mais investimentos para o estado. O uso de pastilha de coco na Casa Cor 2000 foi um marco na carreira de Lourival. Ele foi o primeiro arquiteto a fazer uso desse material, que vinha de Maceió, e representava tudo o que existia de mais ecológico. Se do coco já se tirava muita coisa, até o pouco
que antes era descartado, agora ganhou uma utilidade. O dilema com que muitas vezes o arquiteto se depara é a quebra de alguns mitos. Fazer com que o cliente não siga a moda de olhos fechados, mas permita encaixar no projeto algo inovador e, ao mesmo tempo, oriundo da região. Tão logo, Lourival Costa se faz lembrar de duas grandes representatividades no quesito “regionalidade” em Pernambuco: Janete Costa (in memorian) e Carlos Augusto Lira. “O lado social do trabalho de Janete sempre foi muito grande. Ela capacitava os artesãos para, mais tarde, poder utilizar dessa mão de obra local em seus projetos. Já dizia Janete: ‘Como arquitetos, temos o compromisso social de valorizar a mão-de-obra dos artesãos locais’. Isso é sinônimo de inclusão social. E por carregar a marca ‘Janete Costa’ esse produto sempre foi e sempre será aceito em tudo que é hotel cinco estrelas por aí”, lembra Costa. Tal Divulgação
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Fotos: Alexandre Albuquerque
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Sala de estar do arquiteto Lourival Costa, onde ele usa um tapete Casa Caiada.
como a luminária de cipó que Janete expôs com muita personalidade no Eco Hotel em João Pessoa.
industrial, mas em compensação altamente ecológico, por utilizar peças de pano que seriam jogadas fora.
Com Carlos Augusto não é muito diferente. Ele sempre fez questão de valorizar os produtos daqui. Uma prova concreta é a preocupação em sempre colocar algo da terra em seus projetos. É fácil fazer a relação entre Carlos Augusto e Ariano Suassuna, por exemplo. Esse contexto sugere a lembrança na colcha de retalhos da Traça tão bem trabalhadas por Carlos em uma casa de Gravatá, agreste de Pernambuco. Um trabalho que levou muito mais tempo do que levaria uma colcha que passa por um processo
E por falar em tecidos, Lourival é um forte admirador de uma figura tradicional em Pernambuco: Dona Maria Pessoa de Queiroz. Vem dela o esforço em manter até hoje a Tapeçaria Casa Caiada, famosa marca de tapetes feitos manualmente e comercializados no Recife e no exterior. “Quando sugiro um tapete ‘Casa Caiada’, sei que estou colocando um pedaço da história dos azulejos portugueses na casa de meus clientes. Isso pra mim é enriquecedor, além de saber que estou dando emprego à mão de obra local”,
Detalhe no rodateto dos ambientes: régua de madeira de demolição, uma parceria entre Lourival e Igor Borba.
comenta Lourival Costa, que lembra que a Casa Caiada também possui uma linha ecológica. Motivo que fez o arquiteto optar pelo tapete na sala de sua casa. Esses tapetes simplificam a quantidade de material por só usar o nylon. A mesma linha de raciocínio segue a cadeira de tela da Casapronta. Trata-se de um produto mais sustentável do que aqueles que usam cerca de três materiais – ferro, madeira e algodão. Porém, de acordo com Lourival Costa, existe uma grande contradição. Os países de fora valorizam nosso produto, querem sempre adquiri-los, mas os pernambucanos ainda pensam arcaicamente e vislumbram produtos importados, tapetes persas, vidros de Veneza. Aos poucos isso tem mudado. O que antes era apenas um simples suvenir agora ocupa lugar de destaque em apartamentos luxuosos. Sempre que possível, ele tenta incutir nos clientes esse lado mais ambientalista. Tal como uma sala revestida por réguas de madeira de demolição, projetada em parceria com Igor Borba. Nada é 100% sustentável, mas algo é mais sustentável quando se é extraído da natureza e facilmente reposto, ou quando seu uso é de longa duração, ou mesmo quando se tem sempre novos usos para o mesmo material. É o caso dos móveis Carrapixo, que são facilmente mon-
táveis e desmontáveis, bem diferente do tradicional guarda-roupa embutido. Tendência atual que se adequa aos apartamentos: cada vez menores e com espaços otimizados. A Florense dá a dica: oferece um sofá de quatro lugares, todo desmontado, e que vem em caixas. Olhando de longe, ninguém imagina que ali dentro está um sofá. O vidro é um exemplo claro disso: ele é reciclável, ou seja, na hora em que não se quer mais fazer uso dele, é só derreter e já se tem um novo produto. É pensando nisso que Lourival costuma usar tanto vidro em suas ambientações, um estilo bem clean. Em relação à madeira, Lourival tem apostado num novo formato. Contactou a Madeira Ecológica e encomendou uma divisória feita da madeira podre do Eucalipto. Até então esse miolo não servia para nada e agora já se tem uma utilidade. “Parece uma divisória de combogós, os clientes estão adorando a ideia e estão tratando como um painel artístico dado seu ineditismo. Isso é o que eu chamo de feeling ecológico”, ressalta Lourival. Um cliente de Lourival queria muito usar móveis em couro na sala de sua casa no Recife. Mas Lourival não utilizou qualquer couro. Foi atrás do couro ecológico, um mais sustentável do que o normal. Satisfez o cliente, e a natureza.
Lourival Costa é graduado em Arquitetura pela Universidade Federal de Pernambuco (1985) e mestre em Design pela mesma Universidade (2005). Atualmente é professor assistente da Universidade Federal de Pernambuco e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da UFPE. Tem experiência na área de Arquitetura, Urbanismo, Design e Ergonomia, atuando principalmente em planejamento de espaços, design de mobiliário e ergonomia do ambiente construído. Lourival Costa - (81) 9996.5688 _____________________________________ Carlos Augusto Lira - (81) 3269.4288 Igor Borba - (81) 8699.3273 CasaPronta - (81) 3465.0010 Florense - (81) 3302.3800 Madeira Ecológica - All Revest - (81) 3326.5744 Madeira Ecológica - Olinto - (81) 9606.7570 Tapetes Casa Caiada - (81) 3325.4697. Traça - (81) 3268.1179 Verdegreen - (83) 3044.000
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Inclua a sustentabilidade à sua compra
Fique por dentro
Depois de tantas ações levando em conta os impactos ambientais, sociais e econômicos, ir às compras tornou-se, também, um momento para praticar a sustentabilidade. E é o desafio atual para os consumidores. Ao entrar em uma loja, o consumidor ainda encontra dificuldades em identificar corretamente produtos sustentáveis. De acordo com pesquisa TNS (2008), 95% dos consumidores gostariam que o setor varejista realizasse uma seleção prévia de produtos, excluindo das gôndolas aqueles produtos que agridem o meio ambiente. “O brasileiro é o povo mais preocupado com o aquecimento global e nessa pesquisa da TNS, mais uma vez, o número está acima da média mundial, de 71%. Existem ainda algumas barreiras para as compras verdes, que começam por confundir sustentabilidade com baixa qualidade ou supor que os produtos, por serem sustentáveis, são mais caros”, afirma Newton Figueiredo, presidente do Grupo SustentaX, empresa que contribui com soluções integradas e competitivas para a sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Veja o que os lojistas podem oferecer sem maquiagem verde. É natural mesmo!
Sustentabilidade é muitas vezes confundida com primitivismo, mas não é. Para isso, é importante conhecer as definições e diferenciações entre produtos ecológico x orgânico x verde x sustentável: Produto Ecológico é produzido com a preocupação, quase que única, de preservar o meio ambiente o mais intacto e, se for possível, reconstituído. Produto Orgânico é animal ou vegetal, obtido sem a utilização de aditivos químicos ou de hormônios sintéticos que favoreçam o seu crescimento de forma não natural. Produto Verde é aquele que se preocupa em menores impactos ambientais (p.ex. eficiência energética, origem dos materiais etc.) e também com a saúde humana. Produto Sustentável é aquele que também incorpora os aspectos de responsabilidade social, além do ambiental e de saúde das pessoas. Fonte: Grupo SutentaX (www.gruposustentax.com.br)
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Hugo Rodrigues
Beneficiando a preservação de recursos naturais por meio de soluções sustentáveis, a Mesa Cargo é feita com madeira de manejo florestal mais a aplicação de um tampo de vidro. O produto, na cor natural da madeira, segue a linha de objetos de demolição, com efeito rústico neutralizado pelo vidro, que sempre proporciona uma atmosfera clean e moderna. Novo Projeto Av. Conselheiro Aguiar, 2088, Boa Viagem, Recife/PE Fones: (81) 3466 2859 - 3327.0637 / www.novoprojeto.com.br
Eco Fios
Hugo Rodrigues
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Mesa Cargo
A indicação da A. Carneiro Home, a linha Eco Fios, é a novidade em sustentabilidade. Reaproveitando os tecidos descartados pelas indústrias têxteis, os produtos são feitos de algodão reciclado, com um aspecto rústico. Os tecidos podem ser encontrados em cores lisas ou estampas com listras e xadrez. Segundo Sheila Carneiro, proprietária da loja, é importante seguir uma linha de preservação ambiental. “A linha Eco Fios é uma solução para deixar o ambiente mais natural. É o seu toque socioambiental correto”, garante. A. Carneiro Home Av. Domingos Ferreira, 2902, Boa Viagem, Recife/PE Fone: (81) 3081.9192 / www.acarneirohome.com.br
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A Florense trabalha com processos ecologicamente corretos, que vão desde a forma de extração e produção das matérias-primas até a destinação final dos resíduos (100% reaproveitados em outros segmentos industriais). Entre os cuidados adotados pela empresa, estão a utilização de equipamentos com menor consumo de energia, cabines e robôs de pintura, com captação e depuração de solventes, e uma estação própria de tratamento de efluentes, que permite tratar toda a água utilizada na fábrica e devolvê-la ao meio ambiente em sua forma pura. Outro marco foi o desenvolvimento de acabamentos de madeira natural EW (European Wood). Trata-se de madeiras multilaminadas importadas da Itália, extraídas de florestas com manejo sustentável e obtidas com tecnologia exclusiva, que recria a essência natural da madeira, mantendo integralmente os desenhos fibrosos originais. Florense Av. Domingos Ferreira, 4264, Boa Viagem, Recife/PE Fone: (81) 3302.3800 / www.florense.com
Divulgação
Produtos certificados
Sashets de cerâmica aromática
Hugo Rodrigues
A madeira de reflorestamento é, definitivamente, o grande produto quando se trata de sustentabilidade. Feita com este material, a caixa aromatizante contém bolas de argila e essências de flor de algodão, lavanda, alecrim e cascas de frutas para aromatizar o ambiente. Basta borrifar um pouco da essência nas esferas e esperar o efeito. A caixa é ideal para pequenos ambientes, pois o aroma é sutil. Para compor um espaço mais aconchegante, o aroma é um detalhe que muitos esquecem, mas agrada bastante. A Composé não esqueceu desse efeito especial. Composé Interiores Av. Conselheiro Aguiar, 1472, lojas 74 e 75, Boa Viagem, Recife/PE Fone: (81) 3062.4844
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Ambienta Entre os fornecedores da Open Acabamentos, está a Tarkett Fademac, que investiu para desenvolver e trazer revestimentos que atendam tanto às características estéticas para os produtos, quanto o respeito ao meio ambiente. Assim, a empresa trouxe a linha Ambienta, ideal para áreas internas de tráfego moderado, como lojas, escritórios, consultórios, cafés e também residências. “O piso é composto de material 100% de PVC, sendo 67% dele, reciclado pós-consumo. Além disso, reproduz fielmente a madeira, com as vantagens de não riscar, não dilatar, não empenar e não reproduzir o barulho do andar sobre o piso, já que reduz até 10 dB dos ruídos”, destaca Fabiana Larocerie, Marketing da Open. Open Acabamentos Rua Antônio de Góes, 14, Pina, Recife/PE Fones: (81) 3326.4384 - 3465.8164
Flávia Lima
A Toque de Casa segue o conceito de fortalecer a relação entre as vertentes estéticas e ecológicas firmando parceria com a Associação dos Artesãos do Porto de Sauípe. “A iniciativa é uma entre outras que ainda estão por vir entre a loja e associações que desenvolvam produtos sustentáveis. A convivência entre o hand made e a tecnologia é uma tendência mundial”, afirma a empresária Tatiana Amorim, que lança coleção de peças assinadas por artesãos que trabalham com palha de piaçava no resgate da cultura tupinambá. Toque da Casa Alameda das Espatódeas, 355, Caminho das Árvores, Salvador/BA Fone: (71) 3503.7474
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Piaçava
A Iquine, especialista em tintas, integra ao seu portfólio o esmalte à base de água Decorama Base Água, que faz parte da linha Premium da marca. Fabricado com alta tecnologia, o produto dispensa o uso de solventes sintéticos na sua composição. Preservação total ao meio ambiente. Disponível em embalagens de 900 ml e galão 3,6 litros, traz a secagem rápida como diferencial. O baixo odor e a resistência a fungos completam os pontos positivos do produto. O Decorama Base Água também proporciona às superfícies a formação de uma película lisa, acetinada e de alto brilho, que dificulta a aderência de sujeiras e facilita a limpeza. Tintas Iquine Rua Porto Franco, 325, Jaboatão dos Guararapes/PE Fone: (81) 2101.4000
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Decorama Base Água
Deck de reflorestamento Refinare
Felipe Mendonça
Este deck é confeccionado exclusivamente com madeira de Manejo Florestal Sustentado. Pode ser utilizado em ambientes externos e internos e em áreas molhadas como saunas, vestiários, piscinas, spas e banheiros, porque sua base permite o fluxo de ar sob o deck, mantendo a peça constantemente seca. Tem um sistema especial de drenagem que prolonga a vida útil da madeira. Qualquer pessoa pode montar, pois é um produto de fácil de instalação, com sistema Clickon de montagem, sem o uso de parafusos ou pregos, podendo também ser cortado com maquita, ou similar, para acabamento. Refinare Av. Santos Dumont, 391, Aflitos – Recife/PE Fone: (81) 3241-6364 / www.refinare.com.br
Coleção Taboa
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Tranças
Hugo Rodrigues
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Rústico e sofisticado é o efeito alcançado pelos novos pendentes da coleção Taboa, da Bertolucci, comercializados na Daluz. As luminárias são feitas da fibra de uma planta aquática, que leva o mesmo nome da coleção, e que é largamente utilizada na produção de cestas e esteiras de dormir. O trabalho é resultado da conscientização ecológica e da parceria com a ONG Orientavida, estabelecida no Vale do Parnaíba, que promove a capacitação das mulheres artesãs da Região. Daluz Iluminação R. Pe Bernardino Pessoa, 238, Boa Viagem, Recife/PE Fone: (81) 3465.9433 / www.daluziluminacao.com.br
A linha Tidelli possui vários produtos que atendem às exigências socioambientais. Em diversos tamanhos e cores, os itens variam entre cadeira, mesa, sofá e mesa de centro. Todos feitos em alumínio, os produtos são revestidos por tranças feitas de polietileno. As opções de cadeiras variam em tamanhos e cores, estofados e design. Os revestimentos das peças feitos em tecido impermeável (acrílico) podem ser lisos ou estampados. CasaPronta Av. Domingos Ferreira, 1274, Boa Viagem, Recife. Fone: (81) 3465.0010
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COZINHA GOURMET
Design e democracia na cozinha
Eudes Santana
Para dar vida à cozinha Gourmet em seu mais recente projeto – um apartamento no bairro de Boa Viagem -, a arquiteta Sandra Brandão pensou, em primeiro lugar, na dona da casa, que é uma adoradora da boa mesa. “O espaço é uma extensão do projeto todo, em que a praticidade e a democracia predominam. Por lá, a proprietária do imóvel pode mostrar seus dotes culinários, tendo a opção de estar junto com seus convidados ou não”, explica Sandra. O layout privilegia o armazenamento, lavagem, cocção e, por fim, o serviço, e tem capacidade para receber até cinco pessoas, resultando em um ambiente aconchegante e intimista. Entre os detalhes do projeto, pode-se destacar o fogão cooktop e a coifa estética, para enfatizar a cozinha gourmet. Nas paredes, o preto e as chapas de carbono dão um toque monocromático, juntamente com o revestimento de porcelanato de carbono, da Portobello. Outro destaque na concepção do espaço é uma mesa feita com madeira de reflorestamento da Kitchens, cujo desenho da base tem assinatura do escritório de Sandra Brandão. Contrastando com todos esses elementos, foi usado o Cipacol, um cimento de parede de resultado rústico. Para complementar o espaço, uma TV de plasma foi colocada estrategicamente, facilitando as pesquisas gastronômicas da gourmetrice. Todos os equipamentos: forno, microondas e geladeira são embutidos, para proporcionar um efeito clean.
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Sandra Brandão Av. Saturnino de Brito, 147 Cabanga - Recife/PE Fone: (81) 3428.5424
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Kitchens Av. Domingos Ferreira, 2279 Boa Viagem - Recife/PE Fone: (81) 3467.1445 www.kitchens.com.br
Fotos: Felipe Mendonรงa
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Fotos: Felipe Mendonça
COZINHA GOURMET
Sabor e prazer Revista SIM!® - Edição 67 - Especial 10 Anos
Não há nada melhor que unir uma boa comida a um encontro com os amigos. Como cada vez mais cozinhar se tornou um hobby, a escolha por espaços gourmet vem crescendo bastante, afinal a ideia é receber os convidados em um ambiente confortável e prazeroso.
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A explosão da ‘onda gourmet’ não apurou apenas o paladar, mas deixou mais exigentes os novos freqüentadores das cozinhas domésticas. Por este motivo, o ideal é sempre dar uma incrementada nos pratos oferecidos. Tendo em vista este detalhe, o chef Leandro Ricardo, preparou uma sugestão para os apaixonados por culinária. Trata-se do Trio de Filé, um prato com três pequenos medalhões de filé aos molhos de vinho, mostarda e gorgonzola, com galette crocante de risotto. A opção é uma boa pedida para aqueles que apreciam um bom filé acompanhado de três molhos diferentes, para que haja um complemento no sabor. A receita serve até 50 porções.
Chef Leandro Ricardo
Há 20 anos no mercado, o chef Leandro Ricardo começou sua vida profissional de maneira independente, cozinhado para uma família de classe média alta do bairro do Rosarinho. A partir de então, não parou mais e, em 1990, entrou para o restaurante o Navegador, passando por diversos e se tornando um dos principais nomes da história gastronômica do Recife. Atualmente, trabalha como consultor para várias casas da cidade, como Famiglia Giuliano e Red Lounge. Sua culinária eloboradarequintada-criativa também já esteve presente nos renomados Café Porteño, La cuisine Bistrot, Cuba do Capibaribe, Casa Rosada, entre outros.
Chef Leandro Ricardo Fone: (81) 9609 3809
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Confira a receita do Trio de Filé no site do Gastrô Online (www.gastroonline. com.br). Aproveite e veja também as dicas do chef para as festas de final de ano.
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20 anos de Arquitetura Romero Duarte relembra projetos do início da carreira e mostra tudo o que anda fazendo. Bateria descarregada? Bem longe disso! O homem que adora experimentar novos horizontes de atuação trabalha mais do que nunca. Detalhe: o Brasil já está pequeno para ele! Romero Duarte, na arquitetura, começou bem antes de adentrar uma sala de aula universitária. Com sua irmã Maria do Loreto, também arquiteta, iniciou suas atividades no ramo, digamos que era um estágio muito bem supervisionado. Três anos depois, ingressa no curso de arquitetura. O diploma chega com a turma de 89, junto com a vontade de trabalhar mais, de ganhar nome, de crescer, de experimentar.
Eudes Santana
Na faculdade, os professores já percebiam que ele era “diferente”. A vivência com Loreto no escritório o deixou mais experiente. Ainda no estágio pré-universitário, Romero teve um projeto premiado e foi destaque nacional. “Não poderia ter entrado no mercado de maneira melhor”, comemora.
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Endereço atual: Rua da Angustura, 62, Aflitos – Recife/PE Fone atual: (81) 3222.0971
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Endereço a partir de março de 2010: Rua Joaquim Carneiro da Silva, 360 Boa Viagem – Recife/PE Fone novo: (81) 9113.7773
“Minha formação com Loreto me embasou muito dentro dos conceitos da escola pernambucana de arquitetura, principalmente de interiores. Antes, esse setor era visto como subproduto da arquitetura. Hoje, praticamente sustenta o mercado, tanto em área institucional quanto residencial, isso sem citar a boa parte do mercado de apoio, como marcenaria, marmoraria, sob medida... Ela me deu esse suporte”, relembra.
“O projeto é feito para uma pessoa que tem uma cultura, uma rotina, uma vida, uma história. Quando não se conquista o sucesso em um projeto, pode ter certeza que, mesmo assim, longos avanços já foram feitos com esse cliente. Você já o colocou em um lugar melhor”. Romero Duarte
Maria do Loreto ratifica o bom arquiteto no qual Romero já se transformava no período em que trabalhavam juntos.
“Você percebe quando o olhar é primoroso, quando a atenção do profissional está sendo aplicada corretamente. Eu via isso no Romero. Atenção no que ouvia e fazia e muita visão de futuro. Ele passava a impressão de que sabia o que estava fazendo. Isso é muito importante”, relembra Loreto. Em paralelo, com outras duas irmãs, proprietárias da New Design, aprendeu a tal pesquisa de mercado. Observava produtos, corria o Brasil conhecendo o que se tinha à disposição no país. Abria a visão de decoração. “Era o comércio e a arquitetura e eu tive a oportunidade de ver os dois lados da moeda. O que o mercado precisa? O que oferece? Duas vivências interessantes”, afirma. Neste processo, conhecia artistas, indústrias e desmembrava propostas oferecidas. Conheceu o lado prático do design e trouxe pra sua vida. Atualmente, Romero produz com design.
Foto: Rodrigo Urquiza / Arquivo SIM!
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ROMERO DUARTE
Projeção No começo de carreira, o arquiteto define que o jovem profissional visa sempre projetos grandes (em metragem). É o grande objetivo dos iniciantes. Em 1984, ainda como estagiário de Loreto, uma cobertura projetada por Romero é publicada em uma revista de arquitetura de âmbito nacional em edição anual. “Coisa diferente, um estagiário ter um projeto publicado em todos os detalhes, dois pavimentos, mobiliário de ponta. É interessante porque foi um projeto que fiz pra uma pessoa amiga e me lançou no mercado. Realmente, foi o meu ponta pé inicial”, lembra.
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Sala de estar e hall de apartamento em Casa Forte, Recife (PE).
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Dessa cobertura, o arquiteto ambientou quatro apartamentos daqueles edifícios de um por andar, no mesmo perfil da cobertura. Resultado: eles também foram publicados em revistas da época. Uns anos depois, mais novas experiências. Começa a realizar trabalhos no eixo João Pessoa-Maceió e a experimentar outros mercados. Foi quando entrou no ramo institucional. Em área hospitalar, fez o Memorial São José, Hospital Santa Joana, Centro de Diagnósticos. Para Romero foi mais um prazer experimentar outras áreas. Em empresas, como o grupo JCPM, produziu a sede, no Empresarial do Shopping, que, na
“Você faz um e depois faz outro. Essa continuidade, essa fidelização do cliente é um ponto forte para o profissional”, garante. sequência, gerou a nova sede, do Pina.
Fotos: Alexandre Albuquerque
Apartamento recĂŠm projetado no bairro da Madalena, no Recife.
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ROMERO DUARTE
Fotos: Alexandre Albuquerque
Mercado... Fazendo uma avaliação de mercado, comparando os tempos, Romero constata que muita coisa aconteceu nesses mais de 20 anos de ativi-
“Muita coisa mudou. Antes, fazer seu nome era mais que essencial e todos tinham essa consciência. Assim, os profissionais eram instigados a inovar e o mercado era extremamente concorrido”, destaca. dade!
“Hoje, o mercado de arquitetura tem facilidades que a indústria oferece em relação a produtos e o design está mais democrático. Naquela época, era mais limitado... era coisa das classes A e média alta. Com isso de design democrático, a arquitetura chega a todos. Se o profissional estiver comprometido, terá um mercado abrangente com muitas oportunidades”, completa.
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Para os novos arquitetos, conselho da experiência: “todo profissional deve ter de linha uma inquietação... correr atrás e fazer acontecer. Tem espaço pra muita gente e não esperem acontecer sem correr, sem buscar!!! Tenham garra. o mercado está sedento pelo nosso serviço”.
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Escritório no Empresarial JCPM.
Urbano... Para Romero Duarte, o Recife, como mercado urbano, corre bastante para a área institucional e há poucas possibilidades residenciais. “As casas estão acabando. Os edifícios estão nas mãos de poucos e a gente transfere esse perfil urbano para casas de praia, por exemplo. Tenho dois projetos em praia. É onde se desenvolve um trabalho de arquitetura residencial. Passa a projetar pensando no urbano. Isso é interessante. É a questão da arquitetura de residência em casa de praia”, coloca. “As pessoas assumem que querem casas de praia modernas, casas com conforto. Sem base no estilo regional. A praia assume outros ares. Esse é um ponto onde trabalhamos arquitetura e, principalmente, interiores. Tem muita coisa a ser feita”, explica Romero. De repente, outras experimentações aparecem. Foi o caso de alguns edifícios que entraram no campo de atuação do Duarte Arquitetura. Trata-se da arquitetura predial.
“Esse tipo de atividade abriu um horizonte. Podemos prospectar, planejar novas oportunidades de trabalho. Isso abre o mercado”, explica.
No alto, projeto de casa de praia em Toquinho, PE. Ao lado, retrofit do edifício Rhodes, na Av. Boa Viagem, Zona Sul do Recife, todo um trabalho de tratamento de fachada. “O resultado ficou muito bom, o deixou totalmente modificado. Um novo prédio. Foram aplicados vidros de cima até embaixo de um projeto original de Borsoi”, justifica Romero.
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Fotos: Alexandre Albuquerque
ROMERO DUARTE Revista SIM!® - Edição 67 - Especial 10 Anos
Casa Cor...
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Mesmo percorrendo tantos nichos de trabalho, a atuação do Duarte Arquitetura, em sua maioria, é voltada para a área de interiores. Assim, nada melhor do que colocar isso à prova em mostras de arquitetura. Desde a primeira Casa Cor PE, realizada em 1996, Romero marca presença. O arquiteto avalia que, ano a ano, a participação torna-se um crescimento, porque o profissional acompanha o desenvolvimento do próprio trabalho. “É uma verdadeira vitrine pra o mercado inteiro. Desde o arquiteto até todos os profissionais envolvidos em todas as etapas do projeto. Além disso, movimenta como mídia, ou seja, é uma excelente oportunidade de expor seu forte. Quando feito com coerência e responsabilidade. Casa Cor não é brincadeira. Deve-se levar a sério. Quando assim se faz, o retorno positivo é certo”, ressalta.
Nas fotos acima, projetos para a Casa Cor PE nos anos de 2006 e 2007.
Monica Ayub, franqueada da Casa Cor PE até 2008, relata que a presença de Romero no evento era sempre um ponto alto. “Romero
é muito sério e muito talentoso. Para o público, saber que na mostra há um ambiente de Romero Duarte já atrai muito. E sempre são esperadas coisas fantásticas. O que, de fato, acontece”, garante Mônica.
Um pouco avesso de tendência por tendência, Romero acredita no que é vivenciado. “Tem que se depurar as tendências e colocar para o seu público. E isso é bom. O arquiteto passa a desenvolver a sua função de formador de opinião. Situar as pessoas do que está acontecendo nas artes, na estética. Tendência deve ser mais do que ‘o que está acontecendo’ e sim ‘porque está acontecendo’. Para tentar entender de tendência é interessante tentar entender de comportamento. O primeiro é subproduto do segundo. Por que usar? Depois de respondida essa pergunta é que se propõe o que aplicar no projeto, no ambiente”.
Projeto para empresarial na cidade de Luanda, em Angola, na África.
Exterior... Em 20 anos de escritório e um pouco mais de atividade, Romero e sua equipe puderam desfrutar de todos os ramos da arquitetura, como interiores, projetos grandes, mostras, design decorativo, etc. O Brasil ficou pequeno pra ele. Depois de fazer a casa de um amigo na capital Pernambucana, foi convidado para fazer a ambientação de outra casa do mesmo cliente, um pouco mais longe: em Angola. E foi a porta de entrada para Romero por lá. Hoje, produz a concepção completa de um centro empresarial de 30 andares, com todo suporte de equipe oferecido pela empresa. Projetou, também, ambientação das áreas comuns de 6 torres. Tudo elaborado aqui e enviado para lá. Todos esses trabalhos estão sendo desenvolvidos na cidade de Luanda.
“Uma pessoa só começa a firmar a sua postura num local desses com obra finalizada. É uma dinâmica do mercado diferente da nossa. Então, fazemos do nosso jeito, mas absorvemos a cultura deles. Assim, sua marca estará pontuada”. Romero destaca a consolidação da marca:
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Projetos nota 10
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Para a edição de 10 anos da Revista Sim!, destacamos projetos de 10 arquitetos que nos acompanharam nessa feliz trajetória. Difícil selecionar, entre tantos nomes, aqueles que ocupariam as próximas páginas. É importante dizer que o seleto grupo foi cuidadosamente escolhido para representar cada um dos profissionais que estiveram - e os que ainda estarão - na nossa publicação.
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Os trabalhos a seguir traduzem a evolução da arquitetura pernambucana e, o mais importante, ilustram o know-how dos nossos profissionais que, cada vez mais, rompem as fronteiras e conquistam importantes trabalhos em todo Brasil e no mundo.
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CARLOS AUGUSTO LIRA
Sombra e água fresca Projeto executado pelo arquiteto Carlos Augusto Lira contemplou duas etapas: ampliação e modificação estrutural e ambientação. O resultado foi uma casa com forte referência praeira, vista privilegiada e inteiramente personalizada.
Após mais de um ano de obras, o Arquiteto Carlos Augusto Lira colhe os louros de um competente trabalho executado para uma casa de praia em Toquinho, litoral pernambucano. O projeto previa uma grande intervenção estrutural, principalmente na parte intermediária da edificação, com ampliação da área útil. Além da melhoria na estética, perceptível num simples olhar, a casa está mais aberta e livre da interferência de pilares.
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Fotos: Eudes Santana
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Lira Arquitetos Associados Praça de Casa Forte, 324 Casa Forte – Recife/PE Fone: (81) 3268.4933 www.carlosaugustolira.com.br
No momento da concepção do projeto, a topografia do terreno teve que ser levada em conta, desta forma a sala ficou num nível abaixo dos demais ambientes. “Esse detalhe acabou sendo positivo no balanço final, já que possibilitou um jogo de níveis e desníveis onde se destaca o espelho d’água e o deck de entrada com uma porta imensa que surpreende quem chega logo de cara”, destaca o arquiteto.
O projeto é resultado, em grande parte, da forte interação entre cliente e arquiteto. “Construo para essa família há um bom tempo. Por isso fiz uma casa tão generosa, para quem o ato de receber é tão importante”, revela. Depois da reforma, o local soma 3 cozinhas, incluindo uma gourmet para compartilhar com os amigos e nada menos que 8 suítes, além de um anexo para funcionários e um grande depósito, pensado para guardar o material utilizado nos eventos realizados pelos proprietários.
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Particularidades - Dentre os materiais utilizados na obra, Carlos Augusto destaca a cerâmica antiderrapante, o marmo glass, pedra na cozinha e área externa, além de muita madeira. “Um detalhe interessante é que toda a madeira utilizada na casa veio da fazenda do cliente, em Bonito (PE), onde há um programa de reflorestamento. Os tampos das mesas também têm a mesma procedência”, afirma. A ambientação foi pensada para aproveitar tudo o que o cliente já possuía. No quesito mobiliário, o que não veio de acervo, foi desenhado pela equipe do arquiteto. Destaque para as peças de artesanato e arte popular que povoam a casa, como o cachorro de barro que veio do Juazeiro e quadros de pintores pernambucanos como Marina Mendonça, Zé Cláudio e Gerônimo. Grande parte dos objetos foi garimpada na Feneart.
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Os principais fornecedores foram a Ultra, com a cerâmica barroca, esquadrias da Ana Ferragens, vidros do Master Box e os belos estofamentos Bianco Quiaro. Com relação às cores foram privilegiados o bege, o telha e os tons de materiais naturais. O paisagismo utilizou as plantas locais, com alguns ajustes como nova grama, muito coqueiro e vegetação coco. A iluminação técnica foi totalmente feita pela La Lampe, num projeto muito competente perfeitamente harmonizado com a arquitetura e ambientação.
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CARLOS FERNANDO PONTUAL
Estrutura náutica e clima praieiro Casa de praia projetada pelo arquiteto Carlos Fernando Pontual privilegia a contemplação da natureza e inova na utilização de base metálica e vidro, materiais que permitem emoldurar a paisagem.
Eudes Santana
Trazer a estrutura de um navio para a areia da praia. Foi isso que o arquiteto imaginou quando avistou o cenário onde seria abrigada a casa que fora chamado para projetar, na praia de Nova Cruz (PE). “O terreno, fortemente inclinado até mais de sua metade, estendia-se até a beira mar, com uma vegetação bem típica das praias nordestinas. Era importante não apenas preservar, como também privilegiar a vista e a natureza”, explica Carlos Fernando Pontual.
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Fred Jordão
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Pontual Arquitetos Av. Marquês de Olinda, n° 302, 6° andar Recife Antigo - Recife/ PE Fone: (81) 3224.6935
A escolha da base metálica foi a ruptura do desenho tradicional das casas praieiras, trazendo singularidade e inovação. Como em um barco, toda a casa mescla o rústico da madeira, seja no teto ou no piso, com o metal. “O perfil requintado do proprietário, possibilitou quebrar o estigma de que só os velhos tetos inclinados de telha ou sapé respondiam ao ‘estilo marítimo’”, atesta.
Projeto - O conceito do projeto, buscou não interferir na encosta, criando uma ponte de acesso à casa, no nível da rua, deixando um espaço abaixo da projeção da construção. “Utilizamos esse ‘nicho’ para uma ampla garagem (com rampas de acesso direto da rua), depósito, duas suítes e quarto de hóspedes, além de uma cozinha de serviço e um espaço de lazer para ser utilizado por quem está na piscina”, esclarece. A parte inferior da edificação está no nível do trecho plano do terreno. Na extensão desse espaço está o deck e, debruçandose sob o rio, a piscina em dois planos, com cascata e esplanada, emoldurada pelo jardim e coqueiros. “Houve uma preocupação em criar um acesso franco e natural para a piscina”, completa Pontual. Na parte superior, um beiral circunda todo o perímetro da casa, proporcionando sombra às fachadas transparentes, formando um grande chapéu de sol. “O ‘chassi’ da construção é todo em metal, liberando-a de colunas e ressaltando a vista do rio/mar, nas fachadas Norte e Leste, e da vegetação, nas fachadas Oeste e Sul. As últimas só abertas em frestas protegidas, revelando pontualmente a mata, numa adequação sustentável ao clima e a paisagem de nossas praias”, finaliza.
Fred Jord達o
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Fotos: Fred Jordão
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“O ‘chassi’ da construção é todo em metal, liberando-a de colunas e ressaltando a vista do rio/mar, nas fachadas Norte e Leste, e da vegetação, nas fachadas Oeste e Sul. As últimas só abertas em frestas protegidas, revelando pontualmente a mata, numa adequação sustentável ao clima e a paisagem de nossas praias”
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GUILHERME EUSTACHIO
Conforto e requinte no Agreste Para uma família de costumes refinados, o designer Guilherme Eustachio apostou num projeto rico em qualidade, estilo e sofisticação.
Requinte, sofisticação e bom gosto foram os elementos utilizados por Guilherme Eustachio para compor os 400m2 de um belo apartamento, localizado em um condomínio fechado, no município de Caruaru. Para o projeto, o profissional inspirou-se na personalidade acolhedora dos seus clientes e traçou algo leve, elegante e harmonioso. Pensando dessa maneira, e buscando imprimir versatilidade e inovação, não economizou criatividade no desenho dos principais móveis da residência. “Para o home Theater, planejei uma porta espelhada no intuito tanto de proteger a televisão LCD e dar um caráter multiuso no espaço, valorizando a sala. Também repaginei um puff, conferindo um estilo Chipandalle, efeito alcançado com o uso de tinta automotiva perolizada e tecidos especiais da Emporio Beraldin”, afirma.
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Fotos: Eudes Santana
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Guilherme Eustachio Avenida Conselheiro Aguiar, 1385 Boa Viagem – Recife/PE Fone: (81) 3326.6160
A mesa da sala de jantar é criação própria. Composta por espelhos bizotados de cristal, ela aparece em harmonia com cadeiras da Artefacto cobertas com tecidos da Design Guild e adornos da Doppio. A iluminação ficou toda por conta da La Lampe, os lustres em cristal foram importados por Jair Luminárias Especiais (SP) e obras de renomados artistas como Zé Claudio, Tereza Costa Rego e Rinaldo valorizam mais o apartamento. No mobiliário, o destque é o sofá automático com chaise retratável da Itálica, cadeira da artefacto com tecido da Empório Beraldin, tapete oriental Tabai-tabai de Adroaldo, cozinha kitchens, armários embutidos da F lorense, mesa da copa Saarien cadeiras de Starck da Interior Design. A cama do quarto de casal teve seu espelho confeccionado pela Bianco Quiaro, assim como os tecidos do ambiente e dos demais quartos da Maria Casa.
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Revista SIM!® - Edição 67 - Especial 10 Anos Fotos: Eudes Santana
Nesta página: os móveis dos quartos foram cuidadosamente desenhados para dar um ar limpo e sofisticado aos ambientes. Guilherme também teve a preocupação de escolher minuciosamente os tecidos com objetivo de imprimir no projeto a personalidade de quem vai usufruir do espaço. Na página anterior: para a sala de jantar, Guilherme projetou uma mesa exclusiva e harmonizou com cadeiras estampadas bege e turquesa - com lisas. Já na copa, optou por algo mais moderno como as cadeiras de Starck.
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MARCELO SOUZA LEÃO E PATRÍCIA CHALAÇA
Novo contexto, novo cenário Projeto reestrutura e amplia antiga casa de 738m², integrando áreas internas e externas, com beleza e praticidade. O novo edifício conta com 1.015m² distribuídos em ambientes para lá de agradáveis.
Tânia Bradley
O projeto, apresentado por Marcelo Souza Leão & Chalaça Arquitetos Associados, foi trazido de São Luiz do Maranhão e revela um encontro do passado com o presente, em forma de memórias. “O desafio foi repaginar uma generosa casa residencial da década de setenta, marcada por arcos em quase todas as suas fachadas. O cliente buscava retornar ao passado e, ao mesmo tempo, construir uma nova história, agora com sua própria família, no ano de 2010”, revela Marcelo.
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Marcelo Souza Leão & Chalaça Arquitetos Associados Rua Dr. Raul Lafayete, Edf. Universal, sala 703 Boa Viagem – Recife/PE Fone: (81) 3327.7963
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A antiga edificação foi preservada, ganhando dois novos volumes que se integram harmonicamente à ela. O acesso à residência, anteriormente na fachada norte, foi trazido para a fachada leste, valorizando uma área adquirida após a construção, nos anos setenta. Perpendicular ao volume de vidro, de duplo pé direito, aparece o terraço, ponto de intercessão entre as edificações, que parecem surgir da água, já que estão sobre um espelho d’água. A harmonia na composição dos materiais utilizados salta aos olhos: concreto ripado, paredes em pedra natural, painéis em madeira e esquadrias em vidros temperados.
O terraço é a entrada do agradável estar social, composto por três ambientes, um dos quais abriga um piano de calda, disposto em local de excelente acústica. No Foyer, uma ampla sala de jantar com mesa que permite acomodar confortavelmente 12 pessoas. Junto ao espaço, e somando uma copa e cozinha, uma segunda varanda, com pérgola em madeira e voltada ao jardim norte e Home Office, forma o pavimento térreo. Destaque para as varandas que preservam os arcos em ambas fachadas, bem como o Home Office, que, com a solução proposta, permite receber as visitas por entrada independente à área social. O lavabo, com seus painéis em madeira, é reversível para a recepção do Home Office e para a sala de jantar e foi projetado respeitando a acessibilidade a portadores de necessidades especiais. “Ainda nesse contexto, a atenção à acessibilidade é vista através da rampa projetada que leva ao terraço central”, destaca o arquiteto.
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Perspectivas Locomotive
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O primeiro pavimento é composto por duas suítes, para os dois filhos, estar íntimo e suíte máster. No estar, portas duplas de 2,40m de largura permitem que se integre a suíte do casal, fazendo, a partir deste ambiente, o espaço destinado a eles, com closet e sala de banho. A piscina, integrada por área de banho com 48m² e prainha com 74m², se interliga ao espelho d’água. O deck do terraço se prolonga até formar uma passarela sobre a água, que leva à brinquedoteca, aos banheiros da piscina e ao pavimento superior, onde estão as duas suítes de hospedes. Ainda nessa edificação, estão as demais dependências de serviços: duas suítes para funcionários e lavanderia com entrada independente pela parte posterior e com ligação direta à área de cozinha.
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MÁRCIA NEJAIM
Projeto arrojado à beira mar A arquiteta Márcia Nejaim imprimiu no seu projeto um estilo moderno, sofisticado e arrojado, unindo materiais diferenciados e obras de arte
Felipe Mendonça
Há 25 anos atuando no mercado e com muita história para contar, Márcia Nejaim apresenta um apartamento de 200m2 localizado na praia de Boa Viagem, no Recife. Para o projeto, a arquiteta apostou no casamento de estilos que permeiam entre o sofisticado e o arrojado. Para tal, ela utilizou produtos de naturezas variadas, como fibra, madeira, aço, cristais e vidros. O uso de piso em mármore branco e as cores claras nas paredes, alternando com a madeira do mobiliário, controlam a luminosidade dos ambientes e conferem, de maneira natural, harmonia e elegância.
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Márcia Nejaim Rua Henrique Capitulino, 118 – Loja A Boa Viagem - Recife/PE Fone: (81) 3326.6652 / 4783 mnarq@yahoo.com.br
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Na iluminação, Márcia optou pela descontração e pela ideia de que é necessário estar em contato com a natureza tanto para aproveitar a luz natural e a vista privilegiada do mar como para escolher os melhores materiais. Para isso, contou com o apoio da Daluz. O mobilário ficou por conta da Artefacto, os sofás escolhidos foram da Beraldin e tapetes de Adroaldo. Já os móveis do terraço foram da Casapronta e as persianas Luxaflex da Habitare. Como em todo projeto de estilo, charme e qualidade, a arte não pode ser esquecida. O destaque vai para tela “Pássaros” de Antônio Mendes, “Feira” de Francisco Brennand e “Cabeça” de Gil Vicente. O projeto contou com a colaboração das arquitetas Isis Oliveira, Juliana Farias e Lilian Avelar.
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Fotos: VinĂcius Lubambo
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Revista SIM!® - Edição 67 - Especial 10 Anos Fotos: Vinícius Lubambo
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MARCO ANTÔNIO BORSOI
Tecnologicamente natural Marco Antônio Borsoi mescla conceitos da arquitetura clássica, estética futurista e valorização da natureza na concepção do Centro de Tecnologia Ambiental do Complexo Industrial e Portuário de Suape. O prédio, que deve tornar-se referência em construções ambientais, já atende os padrões da certificação LEED.
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Um projeto concebido com tecnologia de ponta, integrado com a natureza que o cerca, sem abrir mão da estética e totalmente dentro dos requisitos da sustentabilidade. Esse foi o ponto de partida para a equipe do arquiteto Marco Antônio Borsoi na elaboração do Centro de Tecnologia Ambiental – CTA, do Complexo Industrial e Portuário de SUAPE, subsidiado pela Petrobrás. O edifício será construído na Reserva Ecológica da Mata do Zumbi (PE-28). “Para atingir esse objetivo, o projeto preserva as características da paisagem natural, incorporando os conceitos de sustentabilidade, eficiência energética e uso racional de recursos hídricos e naturais, o que o torna referência em sua classificação como 100% verde”, revela Marco Antônio Borsoi.
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Borsoi Arquitetos & Associados Av. Domingos Ferreira, 214 Pina – Recife/PE Fone: (81) 3465.4311
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Estrutura - O conjunto de edifícios do CTA é formado por um prédio administrativo, com salas educacionais, multiusos e convenções, auditório, biblioteca, lanchonete e serviços; e um centro de produção de mudas, com laboratório, depósitos, vestiários e salas de trabalho e apoio. Além dos projetos de arquitetura e das engenharias complementares, incluindo a automação predial, há um projeto de geração de energia, a partir de fontes renováveis, para o suprimento de eletricidade para o CTA, priorizando o uso de fontes primárias: eólica e solar fotovoltaica. A concepção arquitetônica do edifício privilegia a leveza e a transparência, com forte identidade trazida por um volume puro e sem adornos, com laterais pesadas, e apoiado em pilares finos. A forma resultante atravessa a visão da encosta e revela a imagem de um artefato industrial, compacto
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e elevado do solo. Por outro lado, a construção está orientada e se abre como extensão da paisagem, preservando o relevo e a topografia do solo. Trata-se de um edifício aberto, projetado para conectar o conhecimento científico à experiência, vivência e participação ativa do público. Dentre os materiais utilizados, todos de última geração e, por isso, alto custo, o arquiteto destaca o Concreto Protendido, com aplicação de uma textura branca que oferece um grau de vedação à parede, protegida do chão pela elevação do prédio. Na área
externa foram utilizados Vidros Ecolight, que trazem uma película azulada (que não suprime sua transparência), para reduzir a incidência da luz solar e, nas entradas do átrio central, Vidro Acidato (pintura com efeito semelhante ao jateamento, que preserva a transparência mesmo nas opções coloridas) para o aproveitamento da iluminação natural. Para o sistema de ar condicionado, serão utilizadas placas fotovoltaicas aplicadas no chão dos jardins. O piso é cimentado contínuo, sem as ranhuras comuns, com pintura à base de Époxi na cor cinza. Natureza - As características do complexo fazem com que o visitante sinta-se integrado com a natureza através do vazio central que “retém” um pedaço de terreno original e sua vegetação, com uma enorme árvore que atravessa o prédio; da coberta envidraçada que ilumina e permite ventilação, recortando para dentro a presença do céu, das nuvens e das montanhas; e ainda, das vidraças panorâmicas, com pé-direito duplo, localizadas nas extremidades que permitem olhar para o entorno da Reserva Ecológica.
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O projeto do Centro de Tecnologia Ambiental do Complexo Industrial e Portuário de SUAPE teve como arquiteto titular Marco Antônio Borsoi, arquiteto colaborador Robson Canuto e arquitetura de interiores de Tereza Borsoi.
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MARIA DO LORETO WANDERLEY
Atmosfera rústica Para uma casa de campo em Gravatá, Maria do Loreto apostou na madeira e na produção local. O projeto respira o campo em todos os ambientes. A arquiteta Maria do Loreto, atendendo a um pedido do cliente, trabalhou em um projeto da concepção arquitetônica até a ambientação de uma casa que fosse rústica e confortável no município de Gravatá/PE.
Eudes Santana
Para conquistar este objetivo, a arquiteta investiu forte na utilização da madeira de eucalipto tratada, que está em todas as partes do projeto e, notoriamente, é o principal material utilizado. O piso em tijoleira artesanal de Bezerros/PE, queimado em forno à lenha, ratifica a proposta de rusticidade. “Um ponto de destaque do projeto é um terraço com deck de madeira no piso superior. Ele dá continuidade com o espaço gourmet. Nas paredes da casa, tijolo careca sem reboco pintado de branco, reforça a atmosfera de casa de campo”, destaca Maria do Loreto.
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Fotos: Felipe Mendonça
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Maria do Loreto - Escritório de Arquitetura Rua Professor Augusto Lins e Silva, 1048 Setúbal - Recife/PE Fone: (81) 3462.9010 contato@mariadoloreto.com.br
Os móveis são todos de Gravatá e Loreto apostou em tons campestres. “Escolhemos o natural, o verde, tons de madeira, terra. Tudo que remetesse à natureza”, completa. No peitoral e na escada, foi aplicado um cabo de aço para que nenhuma madeira cortasse a paisagem. As luminárias da casa, que tem um efeito bastante interessante à noite, na área externa principalmente, são todas produzidas por artesãos de Gravatá com o desenho do escritório de Maria do Loreto. Mais uma boa sacada do espaço é o terraço sob o deck. “Para os dias de frio, é mais protegido por ser semienterrrado. A ambientação desse espaço também segue o conceito de rusticidade e aconchego de toda a casa”, finaliza Loreto.
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Fotos: Felipe Mendonça
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Maria do Loreto escolhe o eucalipto tratado como base da arquitetura e da ambientação da Casa em Gravatá. Piso de tijoleira artesanal reforça o ar de rusticidade da casa. Para completar, as paredes são de tijolo careca sem reboco e as luminárias de artesãos locais
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MÔNICA PAES
Reconfigurando a estrutura A arquiteta Mônica Paes remodela a planta de apartamento da Avenida Boa Viagem. Os quatro quartos do projeto original transformam-se em dois, numa ‘mexida’ ousada para atender as necessidades da cliente.
Ana Helena Pinheiro
Um apartamento de quatro suítes com uma área total de 175 m² e o desafio de transformar isso em dois quartos e um escritório. Esse foi o ponto de partida para a arquiteta Mônica Paes quando recebeu a planta original do espaço. A seu favor, o tempo que teria para concluir o trabalho. “Ao todo, foi mais de um ano de obras. A reforma começou em agosto de 2008 e só está terminando de fato agora. Mas é preciso levar em consideração as modificações estruturais e o projeto de ambientação que correram em paralelo”, avisa Mônica.
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Mônica Paes Arquitetura de Interiores Av. Conselheiro Aguiar, Edif. Galeria n° 2941, sl. 106 Boa Viagem – Recife/PE Fone: (81) 3088.1965
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Para modificar o layout do apartamento, foi suprimida a dispensa, o lavabo, um quarto com banheiro, além da diminuição do corredor. O primeiro quarto, modificadas suas medidas, transformou-se em um escritório, onde foi colocado um sofá cama para a necessidade de receber um hóspede. A grande sacada deste ambiente foi o banheiro, que tornou-se reversível, servindo agora como lavabo e suíte. O primeiro quarto foi ampliado e recebeu um closet. A suíte principal, também ampliada, conta agora com um banheiro maior, com direito a uma penteadeira, além de um closet com medidas generosas.
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Fotos: Felipe Mendonça
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Para o projeto de ambientação a arquiteta realizou todo um trabalho de catalogação fotográfica dos móveis e objetos de acervo pessoal da cliente, que foram utilizados para o novo apartamento. “Foi como brincar de quebra-cabeças. É um processo trabalhoso, mas gratificante, que confere personalidade ao novo lar”, defende Mônica. De novidade foram desenvolvidos alguns armários com cor escolhida para acompanhar os móveis reaproveitados. Na sala, uma cristaleira para receber uma coleção de garrafas e um rack para televisão e home theater, ambos harmonizados com o sofá de camurça importada e mesas de centro de
Janete Costa. Na suíte principal, criados mudos com revestimento que ‘imita’ o tom da antiga escrivaninha, e combina com a cama em couro da CasaPronta. Tudo confeccionado pelo marceneiro José Leite, da cidade de Caruaru (PE). “Do zero mesmo temos os móveis do banheiro e closets, além da cozinha, que são da Desiderato. A iluminação técnica foi feita pela La Lampe. A varanda recebeu um jardim vertical e pequenas jardineiras de chão, ambos elaborados pelo paisagista Marcelo Kozmhinsky ”, revela a arquiteta.
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PEDRO MOTTA
Um convite ao lazer O espírito despojado e inovador do arquiteto Pedro Motta, aliado à sua opção pelo uso de materiais naturais, é responsável pelo projeto do Clube Alphaville Francisco Brennand. A obra é um convite ao descanso e integração com a natureza. A opção pelo uso de materiais naturais e o espírito despojado do arquiteto Pedro Motta compõem o projeto do Clube Alphaville Francisco Brennand na BR-408, Região Metropolitana do Recife. Conhecido pela sua incansável pesquisa de tipologia de materiais e exigência nos detalhes, o arquiteto uniu à construção tradicional um traçado moderno, adequando à realidade e a cultura da Região, e celebrou o prazer da vida em contato permanente com a natureza.
Luciano Alves
Localizado próximo à uma reserva de Mata Atlântica, o Alphaville Francisco Brennand respira a história e a tradição de Pernambuco. A área, originalmente, pertencia a Fazenda São João e foi residência do comandante português Vidal de Negreiros, no período da resistência à invasão Holandesa no século XII. Hoje é incorporada pelo Engenho São Francisco e conservada pela família do artista plástico Francisco Brennand.
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Felipe Mendonça
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Pedro Motta Arquitetos Rua Pe. Bernardino Pessoa, nº 266 Boa Viagem – Recife/PE Fone: (81) 3326.0540 pedro@pedromotta.com
Segundo o arquiteto, é fundamental desenvolver um trabalho voltado para o conforto e bem estar. “São edificações construídas para serem utilizadas com prazer e não para se ver”, afirma Motta. O clube é composto por salão social, extensas varandas, área de fitness totalmente equipada, banheiros, vestiários, cozinha de apoio e área de lazer com piscina, quadras de esporte e grandes extensões de área verde. Para o projeto, Motta optou pelo uso de grandes estruturas em madeira, janelas e amplas varandas. Os espaços vazados possuem abertura para o exterior em diversos ângulos, o que permite a integração com o entorno e, ao mesmo tempo, favorece o direcionamento da ventilação cruzada para os ambientes.
Sérgio Figueredo
Felipe Mendonça
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O uso de madeiras reflorestadas (eucalipto) rende ao projeto uma característica nobre. O capricho artesanal na execução da estrutura, obtido através de carpinteiros treinados exclusivamente para o empreendimento, permitiu o encaixe perfeito a partir da união de pilares, e vigas roliças e esquadrias planas. Os detalhes das madeiras são esculpidos peça por peça para garantir beleza e exclusividade.
A iluminação é um destaque à parte no projeto: durante o dia, a natural, ecologicamente correta, e à noite, luzes cênicas valorizam as madeiras do local, fazendo um jogo de sombra, proporcionando aconchego e conforto visual. O telhado, estruturado em telhas Térgula, tem uma cor específica que absorve o excesso de luminosidade, harmonizando-se perfeitamente com a natureza local.
O aproveitamento da vegetação, bem como a escolha por construir pés direitos altos, contribuiu para deixar o local mais arejado. A vegetação em abundância, junto às varandas e beirais sombreados, assume um papel de antecâmara entre a circulação de ar interna e externa, mantendo um microclima que permite uma troca de temperatura mais amena.
A piscina principal do Alphaville Francisco Brennand tem duas escadas que levam a ambientes de estar molhado, a exemplo das piscinas naturais das praias do Nordeste. Os espelhos d’água aproveitam a incidência dos raios solares que aquecem a temperatura. O revestimento da piscina é uma obra de arte desenvolvida e desenhada pelo próprio artista Francisco Brennand.
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Fotos: Felipe Mendonça
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Arquiteto colaborador André Reis.
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ZEZINHO E TURÍBIO SANTOS
Restauração e reconstrução na Avenida Brasil Projeto da Santos & Santos Arquitetura contempla a restauração da fachada de casa do século XX e reconstrução, do zero, da área interna. O objetivo é tornar a edificação, de 820 m² e com vinte ambientes, usual para um showroom com grande fluxo de pessoas e exposição competente de produtos Um showroom amplo, onde revendedores da grife Carmim de todo o país podem passar o dia fazendo as suas compras de forma agradável e confortável. Esse é o resultado final do trabalho da Santos & Santos Arquitetura para o espaço empresarial localizado na Avenida Brasil, em São Paulo. A realização do trabalho foi uma conquista para o escritório encabeçado por Zezinho e Turíbio Santos já que, em concorrência junto a paulistas e cariocas, foram os contratados com a melhor solução para o cliente. O desafio foi adaptar uma casa em estilo eclético, datada do início do século XX, para as atividades do showroom, oferecendo a maior área possível para a exposição de mercadorias. Para atender a esses requisitos preservando as características da edificação, a fachada foi inteiramente restaurada às formas originais, ganhando inclusive as cores da época. O interior, contudo, foi completamente implodido e refeito. Foram quatro meses de obras intensas.
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Fotos: Zezinho Santos
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Santos & Santos Arquitetura Rua Solidônio Leite, n° 200 Boa Viagem – Recife/PE Fone: (81) 3081.5900
“Para este projeto reaproveitamos basicamente a ‘casca’ da casa. Os interiores foram reformados na batida de extreme makeover. Apenas o hall original foi mantido, com a sua escadaria e lindas portas em ferro fundido”, relembra Zezinho. Toda a planta baixa foi alterada, abrindo-se largos espaços para acomodar um amplo e atual showroom. Além disso, a casa ganhou com o projeto agradáveis e arrojados anexos: duas caixas em vidro, em meio ao jardim, abrigam um arborizado lounge e a antenada cafeteria, onde os clientes podem dar uma pausa nas compras para um almoço leve ou lanche.
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O projeto - Ao todo são 820 m² de área, distribuídos em vinte ambientes. Para a reforma foram utilizados absolutamente todos os serviços que entram em uma obra de grande porte: empresa de engenharia, calculista, engenheiro elétrico, de segurança, marceneiros, metalúrgicas, vidraçarias e etc. As cores mais utilizadas foram branco, madeira, verde e vermelho, alternados em pisos, paredes, mobiliário e objetos. “Dentre os fornecedores e materiais utilizados, destacamos a NS Brasil, com piso dos banheiros (branco) e restaurante (vermelho); a Indusparque, que está no salão; o mármore carrara da recepção; a Instant Shop, com cabides e cremalheiras; Vidros, espelhos e esquadrias da Penha Vidros (SP); móveis da Itálica Casa; dentre tantos outros que permearam este eficiente projeto”, destaca o arquiteto.
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No quesito iluminação, a grande preocupação foi exibir todos os produtos de maneira correta e com total fidelidade de cores. Para isso, foi utilizada uma mistura de lâmpadas fluorescentes, PAR 30 e AR 111. Já o jardim foi cuidadosamente pensado para ficar o mais próximo possível do que é visto em uma casa residencial, que parecesse natural, e com muitos anos de realizado. Destaque para o mobiliário, que foi desenhado especificamente para a Carmim, com exceção das cadeiras.
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Fotos: Zezinho Santos
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MARTO
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ORELLI
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