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OLÁ! Quem eu sou... Meu nome é Felipe Campos de Sousa, mas já fui (e ainda sou) chamado de Júnior, Félix, Lipe, Primo e Campos e sou estudante de Publicidade e Propaganda na FaC (Faculdade Cearense). Minhas principais experiências profissionais aconteceram durantes os anos de 2007 à 2011 no qual trabalhei de embalador, operador de caixa e auxiliar de C.P.D. no CenterBox Supermercados e, mais recentemente como designer na Oc Filmes. Foi difícil escolher qual carreira seguir e o fio condutor da minha decisão se baseou em dois fatores; Primeiro, um curso profissionalizante de designer gráfico (Corel, Illustrator, Photoshop e indesing) no CEPEP em 2011 e em segundo, e fundamentalmente importante, sempre fui apaixonado por desenho, criação, cor, composição e todos os etceteras. Baseado nisso escolhi o curso de Publicidade visando passar as madrugadas criando, ilustrando e trabalhando naquilo que sempre quis desde que tinha força para sustentar um lápis de cor na mão! Você vai encontrar nesse curriculo/portifólio alguns trabalhos que fiz no pouco tempo de experiência que tenho. Sou apaixonado por design, literatura, tecnologia e tudo de interessante que o “www” pode oferecer. Curiosidade e inspiração não me falta e muito menos vontade de aprender.
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JODY SUSTENTÁVEL Palavras chave: Personagem feminino, sustentabilidade, leveza, artesanal e natureza Jody é uma personagem criada a partir do nome escolhido pela criadora da marca, pra representar a “loja virtual” de venda de produtos artesanais e construídos de material reaproveitado. Jody tinha que representar essa sustentabilidade, assim sendo a natureza foi a inspiração primária com alguns elementos como folhas e flores e uma paleta com tons desse ambiente.
CMYK 80 47 98 57 RGB 031 062 028
CMYK 86 34 100 27 RGB 029 104 053
CMYK 82 18 100 04 RGB 045 147 069
CMYK 53 00 83 00 RGB 130 196 094
CMYK 53 00 77 00 RGB 128 197 107
CMYK 34 00 36 00 RGB 169 216 181
CMYK 03 16 96 00 RGB 248 207 28
CMYK 00 76 59 00 RGB 241 100 94
CMYK 07 40 00 00 RGB 228 167 203
CMYK 02 11 25 00 RGB 249 225 193
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Como a modernidade também faz parte da ideia, a personagem ganhou o verde nos cabelos com um coque que indica o preparo dela para por a “mão na massa” e desenvolver bons produtos (Relação com a proprietária que os produz artesanalmente sozinha) e o coque do cabelo pra aliviar a calor que virá desse trabalho.
Para deixar Jody mais simples foram usados somente elementos circulares (por representar o natural com suas curvas) e uma tipografia também orgânica, circular e cursiva, tudo muito natural (somente guiada pelo grid em suas extremidades). O nome “Jody” foi esboçado a mão e depois vetorizado. Desses aspectos nasceu a Jody e alguns elementos que decoram a página no Facebook. ;)
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Desde os esboรงos iniciais , para representar serenidade, se concebeu a personagem com os olhos fechados.
O esboรงo inicial com as tranรงas foi descartado por se desequilibrar com a tipografia em termos de posicionamento.
Partindo de elementos da natureza alguns icones foram desencolvidos
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LOGOTIPO FINALIZADO
27x
1x
2x
12x
27x
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POKÉMON Paixão da infância que vez ou outra retorna.
NASCENTE PERIFÉRICO Nascente periférico é o livro de poemas que marca a estréia do Cutitibano de 17 anos Giovani Kurz, e chegou a mim através da Editora Substânsia com um brienfing que sucintava toda a ideia do livro, e foi a partir dessas definições que toda a ideia da capa, contracapa e orelhas foi desenvolvida.
“Quando olho para o livro, releio os poemas, fica clara para mim uma coisa, uma certa unidade, uma coluna vertebral que sustenta o livro. Por terem sido escritos em um período curto de tempo, há uma temática que permeia os versos, uma poesia quase ingênua que se constitui pela dúvida sobre ser um poeta (aos olhos de muitos, mas não aos próprios olhos), sobre um apaixonar-se pueril, alegre a princípio, mas no fundo muito melancólico. Inclusive, se fosse para definir com uma palavra a temática do livro, ela seria "melancolia": um olhar melancólico sobre temas corriqueiros. O nome, Nascente Periférico, talvez seja um esboço de esperança, pensar que ainda há possibilidade de não sempre viver condenado aos próprios dias. Mas penso sempre em algo minimalista, como se cada poema fosse um pingo de tinta, um de cada cor, sobre uma folha branca. Os poemas em si são sobre temas variados, mas principalmente sobre um imaginário, menos sobre a realidade concreta.”
Giovani Kurz Palavras chave: Melancolia, cotidiano, tempo e unidade (Algo minimalista) Para essa melancolia, busquei imagens de jovens rapazes (uma alusão ao autor) em estados de tristesa e solidão. A ideia de uma pessoa na capa foi pensada e se concebeu coerente até sua conclusão. As cores bases seguiram a mesma ideia, tons mais opacos
CMYK 33 33 37 00 RGB 176 161 152
CMYK 10 04 53 00 RGB 232 227 145
que formou uma paleta simples com cinza e amarelo.
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Das palavras ‘Unidade” e “Coluna vertebral” que unem todos os poemas, o título do livro foi concebido nesse contexto, como um bloco único e interligado.
Esboços com possiveis capas que reunissem os conceitos pensados.
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Para fazer uma referência ao corriqueiro, ao cotidiano, o fone de ouvindo, presente em todos os lugares e momentos, como um item inseparável, como uma extensão do próprio ser humano. O distanciamento trazido pela imersão e distração do seu constante uso remete ao distanciamento, do não estar mesmo estando, do ser ou não ser presente, como o ser ou não ser poeta ao olhar dos outros. A água do rio que corre, rápido, como o período de tempo do desenvolvimento. E o barco (com um significado a mais), também lembrando a infância e ingenuidade desse período
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Depois de diversas opções para a capa, esboços finais foram finalizados e vetorizados. O personagem não possui cor (é a ausencia, a falta do outro, o vazio que pode ser a vida de quem escreve o que sente profundamente). Ele está em um rio, que leva as palavras, que é o tempo, que só corre em uma direção levando o que é seu, o que você é (o barco de papel).
Arquivos vetorizados
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CAPA FINALIZADA
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SAFFARI A representação gráfica se inspira no próprio nome da marca Saffari. Ambiente selvagem, sinônimo de aventura e do inesperado. Lugar com belezas naturais e rica cultura. Pensando nesses conceitos, voltados para o mercado da moda, para o qual a marca se destina, foi criado um simbolo, a partir da padronagem da pele da girafa, e uma tipografia, com traços mais retos e firmes, como pinturas geométricas encontradas em algumas culturas de povos que vivem nessas regiões.
CMYK 00 00 00 00 RGB 255 255 255
CMYK 04 00 65 00 RGB 249 240 122
CMYK 07 23 58 00 RGB 235 195 125
CMYK 00 78 75 00 RGB 245 95 41
CMYK 85 48 41 14 RGB 041 104 121
CMYK 47 71 73 57 RGB 078 048 039
CMYK 84 82 53 71 RGB 021 018 037
CMYK 75 68 67 90 RGB 000 000 000
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O Símbolo, em desequilíbrio proposital se refere ao inconstante e surpreendente que essas regiões de safari aferecem aos seus visitantes, sempre há algo novo para se ver, estilizando um padrão natural já formanecido pela natureza. A tipografia geometrica em ângulos quase completamente retos, se contrastam ao “destorcido” do simbolo, representam duas formas distintas unidas em busca de uma moda com maiores possibilidades.
Os ângulos retos presentes tanto em tipografia quanto em símbolo foram inspirados nas artes e padronagens de tecidos e objetos de regiões da África .
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LOGOTIPO FINALIZADO Vertical
Horizontal
símbolo .
logotipo
A assinatura principal é formada pela união de símbolo + logotipo.
A assinatura secundária (em caso de espaços reduzidos) também é formada pela união de símbolo + logotipo.
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PORTO IRACEMA DAS ARTES Trabalho final do módulo de pintura digital com base no trabalho de Alexandre “Zedig” Diboine.
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COTIDIANO POÉTICO O livro de poemas de Jesuana Prado “Cotidiano poético” chegou a mim através de uma amiga e logo de cara toda a feminilidade dos textos me cativou. O projeto se constituia de 3 ilustrações (uma para a capa e duas para os capítulos do livro) que retratassem a mulher com suas forças, fraquezas, desejos, defeitos, sutilezas e o mar de sentimentos que regem a autora e suas palavras. Palavras chave: Mulheres, sentir, amor, força, sutil e diversidade
Como elemento feminino de leveza e personalidade o cabelo foi o primeiro ponto a ser trabalhado, além da diversidade com lisos, loiros, ruivos e cacheados. No quesito sentir, os olhos fechados e o entreabrir dos lábios contrapondo-se com o vento. Tudo interligado.
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Depois de diversos esboços, 3 foram escolhidos por representar melhor as caracteríscas do livro. Capítulo 1 - Ame menina, ame! Um chamado para ação. Vá! Faça! Ame! Corra atrás do que é seu e não desista. Com essa mensagem, a ilustração da garota vendo sua proteção (o guarda-chuva) indo embora, enquanto a deixa só em um lugar deserto. Nessa hora uma voz fala: Ame, menina, ame! Seu amor, sua proteção está te deixando. Você vai deixar?
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Capítulo 1 - Lute menina, lute! Neste capítulo, os planos foram feitos. Os desejos estão claros e bem definidos. Ela sabe o que quer e depois disso só resta lutar por eles. Os desejos são simbolizados pelos origamis e sobre o mito que depois de 1000 origamis feitos um desejo é realizado. Depois, a personagem se prepara, prendendo os cabelos (ruivos) cuidando deles e também para não atrapalhar as batalhas que estão por vir.
Capítulo 1 - Lute menina, lute! Na capa, um sentir profundamente, um vento que leva e que também conforta. Uma liberdade espitual (e dos cachos) algo que é o cotidiano do eu lírico de Jesuana.
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ILUSTRAÇÕES FINALIZADAS
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A CULPA É DAS ESTRELAS
TIELLE Tielle é uma marca de roupas populares feminina que tem seu nome originado da filha da dona empresa (Katielle). Para criar uma cara pra empresa que trabalha em grandes feiras e se destacar dando “uma cara” dentro de inúmeros concorrentes, chegou a mim a ideia de criar o logotipo que suprisse essa necessidade.
A ideia para criar a marca foi pesquisar como faziam as pequenas confecções os seus logotipos e como grandes marcas de moda trabalhavam os seus e assim buscar um meio termo.
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O briefing pedia uma marca feminina. Que usasse elementos de paridade, mas buscasse um maneira de diferenciar-se das marcas femininas como kikitaluki, kokid, Dona Florinda etc. Palavras chave: Feminino, diferente e paridade (flor)
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O logotipo “Tielle” foi desenvolvido em tipografia própria e fugindo dos letterings e tipografias cursivas com baixa legibilidade de marcas do mesmo seguimento. A tipografia possui um visual light, mais suave e menos tradicional. A serifa “grossa” foi usada deixar esse equilibrio entre moderno e tradicional.
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Depois do teste com tipografia, a ideia da flor mais dieferenciada continuou, mas com a proposta de utilizar algo de um ângulo diferente. Disso surgiu a lótus com seus significados espirituais, de ideias femininos e de limpeza (já que a flor possui um “mecanismo” que elimina microorganismos de si mesma), ou seja, uma flor significativamente feminina, leve, pura e duradoura. Para seguir o caminho da diferenciação a lotus foi retratada de um ângulo que até em fotografia aparece pouco ( ângulo de 90º de cima para baixo) saindo da imagem de perfil em que comumente aparece.
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A paleta foi “extraída” de imagens de variações das flores e de seu ambiente.
CMYK 00 00 00 00 RGB 255 255 255
CMYK 06 00 67 00 RGB 244 238 117
CMYK 50 74 00 00 RGB 140 93 166
CMYK 50 74 00 100 RGB 035 031 032
CMYK 05 32 100 00 RGB 239 176 129
CMYK 06 85 45 00 RGB 225 077 105
CMYK 20 100 73 10 RGB 182 030 083
CMYK 58 22 95 04 RGB 121 165 067
CMYK 40 15 66 04 RGB 162 184 119
CMYK 45 33 01 00 RGB 147 132 206
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LOGOTIPO FINALIZADO
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AQUARELA Dentro da disciplina de “Direção de arte” surgiu a proposta de criar uma tipografia usando algum material diferente, saindo um pouco da frente do computador. E para completar criar uma arte que usasse a tipografia.
A primeira ideia veio do uso de banners velhos que estavam guardados no núcleo de comunicação da faculdade. Porém devido a tentativas fotográficas frustradas e aplicações pouco interessantes, essa opção foi descartada. Na época desse trabalho, o curso de artes gráficas me proporcionou o uso de um material até então inédito: a aquarela. Então busquei unir esses dois mundos.
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Depois do alfabeto criado, tudo foi escaneado e recortado no Photoshop, sem nenhuma alteração de cor, saturação ou matiz para manter a tipografia o mais fiel possível ao trabalho manual.
Para finalizar e criar uma arte com essa tipografia a música foi a parceira (utilizando a letra da música de Toquinho “Aquarela”) e uma dose de metalinguagem pra completar o cartaz. Uma textura de papel foi escolhida pra criar ainda mais a ideia de algo feito manualmente.
No dia da entrega não pude ir à aula, mas enviei o trabalho pelo facebook ao professor. Ele curtiu!
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TATIANA FELTRIN I l u s t r a รง รฃ o p a r a Ta t i a n a F e l t r i n do blog /vlog Tiny little things.
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A ARTE DA GUERRA De tratado de guerra chinês a guia de administração moderna “A arte da guerra” sempre me fascinou por ser um livro atemporal que guiou Napoleão e outros grandes nomes em suas ações militares e ainda hoje, depois de séculos continua relevante na sociedade, porém agora nas mãos de administradores e estrategistas do mundo corporativo. O maior tratado militar da história foi escrito pelo general chinês Sun Tzu e traduzido para diversos idiomas e suas lições podem ser incorporadas em diversas áreas profissionais e até pessoais. Devido a todas essas inegáveis características que a obra possui, meu interesse foi instigado e daí surgiu a ideia de dar um cara nova a uma obra tão importante.
Algumas capas de edições lançadas no brasil.
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Para criar a paleta de cores fui a China antiga visitar seus tempos e trazer algumas de suas cores mais marcantes pra fazer parte do projeto. Vermelhos e vermelhos amarronzados. A quantidade de idiomas em que a obra foi publicada é impressionante e busquei inserir isso colocando o título do livro várias vezes, cada um em um idioma diferente, focando é claro, no português.
CMYK 00 00 00 00 RGB 255 255 255
CMYK 01 97 91 00 RGB 233 040 046
CMYK 50 85 63 70 RGB 060 019 030
Edições em italiano, grego, espanhol, inglês e russo (Esquerda para direita) 34
Já que a base, o início desse tratado se deu na China, os ideogramas chineses estão presentes como background no livro, como alicerce da obra, seus textos e importância. Baseado em uma edição secular feita de bambu
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CAPA FINALIZADA
O maior tratado de guerra de todos os tempos em sua versão completa em português. 'A Arte da Guerra' é sem dúvida a Bíblia da estratégia, sendo hoje utilizada amplamente no mundo dos negócios, conquistando pessoas e mercados. Não nos surpreende vê-la citada em filmes como Wall Street (Oliver Stone, 1990) e constantemente aplicada para solucionar os mais recentes conflitos do nosso dia-a-dia. Conheça um dos maiores ícones da estratégia dos últimos 2500 anos.
孫 子 兵 法
孫 武
Diversos idiomas em que a obra foi publicada estampam a capa com textos em linha de fuga. A ideia de que o “arte da guerra” vai além de seu significado militar. O backgroud com os ideogramas é uma tradução da sinopse da contra-capa assim como os da lambada que traduzem o título e nome do autor. (A ideia é deixar moderno mas mantendo as raízes orientais originais.
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COTIDIANO POÉTICO Ilustração descartada
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SUJEITO, VERBO E PREDICADO A literatura sempre traz histórias interessantes e ilustrar um texto literário é sempre instigante. “Sujeito, verbo e predicado” é um conto de Alex Costa que foi publicado originalmente no site LiretaturaBr. O conto trás a história de três jovens “delinquentes” que retrata essa atual evasão escolar e inserção no mundo do crime de um maneira singular que é forte sem precisar chocar.
Incontáveis as vezes que foram aqueles três danados, grudados no seroto um do outro, para a sala da diretoria. Ninguém sabia ao certo o que eles faziam na escola, pois todos e todas sabiam que não tinham o mínimo interesse em passar de ano, embora fossem participantes fiéis da fila da merenda. O apelido tinha surgido em uma aula de português, quando a professora, tentando convencê-los a cessarem a conversa e prestar a atenção em sua aula, os utilizou como exemplo de revisão: “os elementos básicos da frase são quase tão inseparáveis como vocês: sujeito, verbo e predicado” – disse a professora, apontando para cada um deles.
Trecho do conto de Alex Costa Palavras chave: Estudante, escola, delinquência e morte
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A ideia principal da ilustração é mostrar o caminho praticamente inevitável do jovem que abandona a escola pra cair no mundo da crimilidade. A morte é representada pela cuz e os três meninos pelos lápis. Como unir esses temas? Os lápis formam uma cruz e a posição deles forma a sombra de um terceiro. Num grupo (Ou trio no caso, sempre há um lider, um secundário e outro que fica à sombra do restante, o mais fraco (literalmente a terceira sombra).
Toda a ilustração foi feita com lápis HB, 2B e 6B e foi texturizados no photoshop. Os próprios lápis usados foram referencias para a ilustração. A tipografia (Especial elite regular) lembra as digitadas por máquinas de escrever normalmente usadas em boletins de ocorrência, depoimentos policiais e arquivos em geral
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ILUSTRAÇÃO FINALIZADA
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ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA A obra de Saramago me impressionou primeiro nos cinemas e depois na literatura. Esse interesse veio dessa distopia humana que encanta e assusta. Enquanto buscava comprar o livro pela internet me deparei com o depoimento de uma leitora que me fez arrepiar e daĂ, a ideia de dar uma nova roupagem ao livro teve de fato, inĂcio.
Na pesquisa, fui buscar o que havia sido produzido aqui no brasil, tanto por algumas editoras quanto designers independentes. 40
"Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso."
José Saramago Para fugir de ideias comuns como olhos brancos, pessoas cegas, objetos desfocados, braile, transparências e outros, o texto acima me ajudou bastante no momento da criação. Saramago quer que nós, leitores, sintamos aflição, angústia...Acabei pensando em algo que justamente causasse desconforto ao olhar, que a princípio parrecesse desorganizado ou até impossível de ler. E onde achar isso no cotidano e relacionar ao livro? Exame oftalmológico. Usar a máquina de exame já havia sido feito, não em livros, mas em capas de cd. Sendo assim meu olhar foi para o outro lado. O teste com letras que ficam nas paredes dos consultórios, onde o médico pede para ler-mos das maiores até as menores e assim “medir” nossa visão. Palavras chave: Desconforto, visão, cegueira e cotidiano
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Na pesquisa apesar de terem certa paridade, alguns modelos se diferenciam por cor, formato e tipografia. 42
Dispor o nome do livro, autor e editora foi trabalhoso, porém menos complicado do que parecia. Na primeira tentativa em que a torre de letras aumenta a quantidade de palavras conforme cresce não funcionou. Na segunda tentativa o efeito já foi bem equilibrado. A quebra das palvras existia, porém menos gritante e a numeração se tornou equilibrada (do 2 ao 9) onde se lê mais claramente o nome “Ensaio”, “José” e “Rocco”
Os nomes foram divididos atráves de barras coloridas que facilitam o “foco” em cada parte, além da moldura hermética que centra a atenção na tentativa de leitura. Normalmente como um pôster que fica na parede, foi inserida uma textura de papel com leves dobraduras. Para não repetir a tipografia e dar um toque mais antigo, a Claredon, com suas rerifas e seu peso foi escolhida.
CMYK 00 99 97 00 RGB 235 035 038
CMYK 84 14 100 02 RGB 016 154 072
CMYK 100 23 00 30 RGB 000 110 163
CMYK 00 00 00 100 RGB 035 031 032
Paleta veio dos próprios pôrteres/cartazes usados nas clínicas de oftamologia.
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CAPA FINALIZADA
Ensaio Sobre a Cegueira conta a história de uma inédita epidemia de cegueira, inexplicável, que se abate sobre uma cidade não identificada. Tal "cegueira branca" - assim chamada, pois as pessoas infectadas passam a ver apenas uma superfície leitosa - manifesta-se primeiramente em um homem no trânsito e, lentamente, espalha-se pelo país. Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos a meros seres lutando por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. À medida que os afetados pela epidemia são colocados em quarentena e os serviços do Estado começam a falhar, a trama segue a mulher de um médico, a única pessoa que não é afetada pela doença. Ao mesmo tempo em que vemos o colapso da civilização, um grupo de internos tenta reencontrar a humanidade perdida. O brilho branco da cegueira ilumina as percepções das personagens principais, e a história torna-se não só um registro da sobrevivência física das multidões cegas, mas, também, dos seus mundos emocionais e da dignidade que tentam manter. Mais do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza novamente,voltando a perceber como é doce e suave o cheiro da chuva,o quão valioso é um abraço sincero em um amigo,o sentido de viver em grupo,um mundo cego,porém altruísta,onde chorar não é vergonha,ter medo é uma dádiva,e viver é mais humano. Distante da rotina vagabunda de um cotidiano medíocre que nos habituamos a viver infelizmente. Mas que graças à José Saramago,a cegueira nos fez enxergar!
Fran Kotipelto
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PORTO IRACEMA DAS ARTES Trabalho final de desenho digital
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PORTFÓLIO A ideia do portfólio é bem simples: unir digital e manual. Já que tenho um processo que sempre passa pelo papel, com rabiscos de tinta, pincel, caneta esferográfica, lápis de cor etc. As manchas de tinta do trabalho foram produzidas com aquarela azul em bisnaga.
No processo a linta era gotejada sobre o papel e depois soprada pra criar esse efeito de splash. A segunda ideia tem a ver com identidade, deixar minha marca (literalmente ) no portfólio. Sendo assim minha impressão digital como símbolo de identidade e a mão se referindo ao trabalho manual envolvido em todo processo de design.
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OBRIGADO! Se você chegou até aqui espero que tenha gostado do que viu e me contrate por isso!
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