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Editorial Diretores Sônia Inakake Almir C. Almeida

Caro leitor,

EDITORA Rosali Figueiredo PÚBLICO LEITOR DIRIGIDO diretores e compradores PERIODICIDADE MENSAL exceto Junho / Julho Dezembro / Janeiro cuja periodicidade é bimestral

O ano de 2009 começou em meio a um cenário macroeconômico incerto e causou bastante apreensão em diversos segmentos durante alguns meses, entre eles a área

TIRAGEM 20.000 exemplares

educacional. Mas segundo diz o economista José Milton Dallari Soares, diretor do

Jornalista Responsável Rosali Figueiredo MTB 17722/SP jornalista@condominio.inf.br

nato do brasileiro, que não se intimidou com a incerteza e continuou investindo

CIRCULAÇÃO Estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais

conteúdo ao gestor. O retorno não poderia ser melhor, houve um acréscimo de 20%

SEBRAE em São Paulo e um dos nomes presentes nesta edição, empreender é algo em seus negócios. A própria Direcional Escolas seguiu confiante neste compasso, praticamente dobrando a quantidade de suas páginas editoriais e oferecendo mais no número de anunciantes. A marca do empreendedorismo e da confiança está refletida no novo logotipo da

Direção de Arte Jonas Coronado

revista, lançado nesta edição, simbolizando a integração, continuidade e o processo

ASSISTENTE DE ARTE Nathália Tadiello

constante de aprendizagem que devem pautar as ações das escolas. Características

ASSISTENTE DE VENDAS Emilly Tabuço

acirramento da concorrência, pela expansão da rede e encolhimento da demanda.

Contatos Publicitários Denise Ferreira Silvana Tesser

na reportagem sobre os Rumos da Educação (pág. 14), a necessidade de superar

Atendimento ao Cliente João Marconi Juliana Jordão

recursos e encontrar novos meios de ampliar a receita e investir na qualidade do

indispensáveis ao futuro destas instituições, que dos anos 90 para cá sentiram o O mercado se recompôs, caminha para a estabilização. Mas especialistas apontam, vícios administrativos, modernizar a gestão, aproximá-la do pedagógico, racionalizar ensino. A Dica sobre Terceirização de Idiomas (na pág. 6), por exemplo, mostra que as instituições podem sim contar com alternativas para melhorar o seu desempenho.

Impressão Prol Gráfica

Os desafios são imensos, pois novas demandas sobre a área pedagógica são produzidas de maneira ininterrupta, como a recente introdução do Ensino Fundamental de nove anos e de disciplinas como Música, Espanhol, Sociologia e Filosofia (tema

Conheça também a Direcional Condomínios www.direcionalcondominios.com.br

Filiada à

Tiragem auditada por

da matéria da pág. 11). Existem ainda as demandas da própria sociedade, com as tecnologias de informação avançando e a sustentabilidade e a qualidade de vida ganhando corpo nas suas prioridades. Enfoques que devem estar presentes nas atividades pedagógicas e na administração dos recursos físicos e materiais, conforme mostram as demais Dicas (págs. 8 e 9) e o Fique de Olho (pág. 10). Que a confiança na força da aprendizagem norteie o caminho de todos nós. A equipe da Direcional Escolas deseja aos nossos leitores, anunciantes e colaboradores um Natal e Ano Novo plenos em otimismo e confraternização, para que possamos nos reencontrar com fôlego renovado na próxima edição, em fevereiro de 2010. Em

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais. As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Escolas. A revista Direcional Escolas não se res­ponsabiliza por serviços, produtos e imagens publicados pelos anun­ciantes. Rua Vergueiro, 2.556 - 7ª andar cj. 73 CEP 04102-000 - São Paulo-SP Tel.: (11) 5573-8110 - Fax: (11) 5084-3807 faleconosco@direcionalescolas.com.br www.direcionalescolas.com.br

fevereiro publicaremos os nomes das escolas vencedoras da pesquisa promovida pela revista neste final de 2009, experiência que será repetida no próximo ano para que todos possam compartilhar novamente conosco desta valiosa troca de informações. Rosali Figueiredo Editora

Direcional Escolas, Dezembro / Janeiro 10

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados.

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SUMÁRIO

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08

09

Terceirização de Idiomas

Banheiro

Limpeza

dica

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DICA

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DICA

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FIQUE DE OLHO

ESPECIAL

gestão

Estudos do Meio

Mudanças Curriculares

Rumos da Educação

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índice

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Acessórios – 9, 18, 19 Agenda – 21 Alambrados – 25 Alarmes – 32 Artigos Esportivos – 17, 31 Assessoria Contábil – 19 Bebedouros – 5, 19 Bolas – 17 Brinquedos Educativos – 20, 31 Câmeras - 21 Circuito Fechado de TV – 21, 32 Coleta Seletiva de Lixo – 9, 18, 19 Controle de Acesso – 32 Construtora – 24 Cursos – 21 Entretenimento - 20 Escola de Idiomas - 7 Estudo do Meio – 22 Eventos - 20 Filtro – 5, 19 Gestão Escolar – 21, 30 Gráfica – 21 Grama Sintética – 8, 28 Impressos Escolares - 21 Informática – 21 Jogos - 31 Laboratório – 21, 22 Lavadoras de Alta Pressão – 9, 18, 19 Lousa – 24, 31 Manutenção Predial – 24

Material de Limpeza – 9, 18, 19 Microscópios – 21, 22 Modelos Anatômicos – 21, 22 Móveis – 2ª capa, 23, 24, 4ª capa Ônibus - 25 Passeio – 29, 34 Pintura – 24 Pinturas Especiais - 25 Pisos – 1ª capa, 24, 26, 27, 3ª capa Playgrounds – 8, 27, 28, 29, 30 Produtos e Equipamentos para Limpeza – 9, 18,19 Projetores – 24 Quadras – 25, 27 Quadros – 24, 31 Radiocomunicação - 33 Recreação - 31 Redes de Proteção – 25 Revestimentos - 26 Serralheria – 30 Sistema de Gestão – 21, 30 Sistemas de Segurança – 21, 32 Tapetes – 9, 18, 19 Terceirização - 34 Toldos – 32, 33 Transporte – 25, 34 Tratamento de Pisos – 9 Turismo - 34


Por Rosali Figueiredo

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Lei Federal n.° 11.161/2005, que obriga as escolas a oferecerem o ensino da língua espanhola aos seus alunos a partir de 2010, tem dado certo trabalho aos mantenedores. “O processo de introdução do Espanhol como segundo idioma ainda está moroso, principalmente pela falta de profissional qualificado”, observa Adriana Lila Albertal, diretora da área de soluções para os colégios em uma prestigiada rede de ensino de idiomas de São Paulo. A própria escola a qual está vinculada vem formando professor de Espanhol nos últimos anos e procurando suprir esta lacuna do mercado. A tarefa não é fácil, pois o ensino de idiomas requer o conhecimento e a prática da língua, “além de habilidades interpessoais, como ser uma pessoa ativa”. “É um universo com certa complexidade”, diz. O problema não é exclusivo do Espanhol e envolve o próprio Inglês, há muito tempo presente no currículo obrigatório das escolas brasileiras. “A falta de qualificação é uma barreira, pois é necessário um professor que apresente fluência no idioma, além do conhecimento da língua e metodologia para ensinar”, avalia Edimara de Lima, psicopedagoga e coordenadora pedagógica do Congresso Saber, anualmente realizado pelo Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo). Edimara é também diretora da Prima Escola Montessori, localizada no Jardim Prudência, zona sul de São Paulo. Segundo ela, grande parte dos profissionais graduados hoje nas universidades brasileiras apresenta domínio mais teórico que prático, “conhecem Shakespeare em profundidade, mas não conseguem manter um diálogo em Inglês”. É nesse contexto que a terceirização do ensino de idiomas tem ajudado as escolas a enfrentar o desafio, pois as redes oferecem desde cursos intracurriculares até consultorias e acompanhamento permanente da equipe de professores das instituições.

“Quando a escola terceiriza, se desfaz de toda a problemática de seleção e avaliação deste professor”, aponta Edimara. Por outro lado, a terceirização deve assegurar um docente qualificado, “senão não vale a pena”, pondera a diretora. Na Prima Montessori a direção optou pelo investimento em profissionais próprios. “Fomos buscá-los no mercado das escolas ‘top’ de Inglês”, afirma Edimara. Com cerca de 220 alunos, a instituição montou turmas com no máximo oito alunos, em uma carga horária maior, equivalente às horas aulas das disciplinas de Português e Matemática. Nas escolas maiores, a terceirização torna-se uma boa alternativa, já que o parceiro traz todo um know-how no ensino do idioma. É o caso do Colégio Madre Paula Montalt, localizado na zona oeste de São Paulo, instituição com 50 anos de atuação. “Era um sonho antigo ter esse serviço aqui dentro, mas somente agora, em que estamos ampliando o número de salas, pudemos trazê-lo”, afirma a diretora Alvina Borges de Paiva, também conhecida como Madre Imaculada. O colégio optou por duas modalidades de parceria com uma tradicional rede de ensino de Inglês, presente em 57 escolas de educação básica: um curso intracurricular, que será aplicado na educação Infantil (Jardim I e II) e acompanhará as turmas em todo percurso escolar futuro; e o extracurricular, com aulas extras, que serão pagas de forma independente pelos pais dos alunos, do Ensino Fundamental ao Médio. “É uma grande vantagem para os estudantes, que já estão aqui dentro e não precisarão fazer um novo deslocamento para frequentar as aulas, e uma facilidade para os pais”, observa Madre Imaculada. Os horários ainda serão definidos, pois as classes serão montadas após avaliação e classificação dos interessados, mas a ideia da mantenedora é oferecê-las na sequência do currículo convencional da escola. Serão formadas turmas com um mínimo de nove alunos, para duas aulas semanais, que irão variar de 50 a 100 minutos, conforme a etapa de desenvolvimento na língua. A diretora destaca ainda os preços mais baixos, em torno de 10% inferiores aos valores praticados pelo parceiro em sua rede própria. Segundo a executiva Adriana Albertal, é comum acontecer uma queda em função da estrutura oferecida pela escola da educação básica, e também “porque não há esforço para captação do aluno, há uma divisão de responsabilidades em relação a isso, o que permite a redução dos custos”. Já a responsabilidade pelo acompanhamento pedagógico do aluno muda de acordo com o tipo de serviço contratado. “Quando se terceiriza o ensino intracurricular, é importante que a escola preserve o seu comando e acompanhe o ensino do idioma da mesma forma como o faz com todos os seus projetos”, destaca a psicopedagoga Edimara de Lima. Já o extracurricular funciona de maneira independente, mas, ainda assim, a psicopedagoga recomenda “um mínimo de equilíbrio e coerência” entre as propostas desenvolvidas no currículo normal e na modalidade extra. Outra possibilidade que o mercado de parcerias oferece às mantenedoras é o trabalho de consultoria junto ao seu quadro docente permanente. A empresa que Adriana Albertal dirige, por exemplo, realiza desde o processo de seleção deste profissional até o planejamento pedagógico do curso. “Avaliamos a competência lingüística do professor e fazemos uma proposta de nova seleção caso ele esteja abaixo de um nível que consideramos razoável para o ensino do idioma.” Também é oferecido suporte para capacitação e um programa de valorização e manutenção do profissional qualificado. Adriana atua junto a 14 escolas com parcerias no ensino do Inglês ou Espanhol. Sua expectativa é ampliar rapidamente a clientela, especialmente pelo contexto de déficit de professores. (RF)

Na próxima edição: Sala de informática / Equipamentos

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ilustração: Jonas Coronado

DICAS: TERCEIRIZAÇÃO DE IDIOMAS

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DICA: LIMPEZA

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14.459/2007, regulamentada pelo Decreto n.° 49.148/2008. O engenheiro Sérgio Kater, presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais (Abrasip), indica para as duchas ou chuveiros a associação entre o acionamento pelo chamado sistema “pressmatic” (um temporizador) e o aquecimento solar. A solução tem sido aplicada pelo engenheiro nas unidades da rede SESC, que tempera a água (fria e quente) em um reservatório, antes da sua chegada à ducha. “Temperar a água durante o banho consome bastante água, mas com esse sistema, economiza muito”, observa Kater. O engenheiro atua também junto às escolas estaduais, onde utiliza as chamadas válvulas de descarga reduzida nas bacias sanitárias. “Desaconselho as caixas acopladas em função do risco de vandalismo”, afirma. Quanto à papelaria, o presidente da Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional), Ernesto Brezzi, recomenda o uso do papel reciclável, “hoje de qualidade”, observa. Os secadores automáticos para as mãos podem ser empregados, caso se tornem mais econômicos. Mas o conceito de sustentabilidade envolve ainda o emprego de produtos de limpeza de rápida absorção no meio ambiente, entre eles detergentes neutros ou desinfetantes, diz. Em termos de projeto físico, as mantenedoras precisam ficar atentas ao Decreto Federal n.° 5.296/2004, o qual obriga as escolas a garantirem a acessibilidade. Pela NBR 9050/04, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), isso representa, nos banheiros e vestiários, localização acessível, dimensões adequadas para os cadeirantes, sinalização e especificações de piso, banheira e lavatório de acordo com as necessidades do público. (RF)

Na próxima edição: Ecolas de esportes

Atenção aos procedimentos e uso de EPI’s e EPC’s

Treinamento

da mão-de-obra, aplicação de produtos adequados e uso de equipamentos de proteção individual e coletiva, conforme exigido pela legislação, compõem o trinômio básico da profissionalização dos serviços de limpeza nas empresas. A receita parece simples, mas para o presidente da Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional), Ernesto Brezzi, ainda é baixo o nível de preocupação em relação ao cumprimento desses itens, especialmente entre as escolas. Já o auditor de qualidade e consultor na área, Paulo Rodrigues Félix, aponta que alguns hábitos antigos e inapropriados são responsáveis por muitos casos de LER e DORT (lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteo-musculares) nos trabalhadores. Na limpeza úmida dos pisos, por exemplo, utiliza-se, “na maioria das vezes, o rodo para puxar a água e secar a superfície. Na limpeza seca (retirada de pó e sujeiras visíveis), vassoura de pêlo e piaçava, mas o uso constante destes acessórios causa lesões”, observa. Torcer o pano, umedecido por produtos químicos (sabão em pó, água sanitária, detergentes e outros), também gera DORT, acrescenta Paulo, recomendando substituí-lo por acessório tipo MOP ou balde espremedor. É um problema que pesa no bolso, porque pode causar afastamentos, assim como a ausência de EPI’s (equipamentos de proteção individual) e EPC’s (de proteção coletiva) pode gerar acidentes e novos prejuízos. Segundo a lei municipal no.13.669/2003, é obrigatória na cidade de São Paulo a sinalização de áreas com pisos molhados ou escorregadios. Os EPI’s, por sua vez, devem ser fornecidos pelo empregador, conforme a

Norma Regulamentadora no. 6, do Ministério do Trabalho e Emprego. Cabe a ele exigir o seu uso, treinar o funcionário e cuidar da manutenção. Somente poderão ser disponibilizados itens aprovados pelo Sinmetro (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). O presidente da Abralimp diz que a maior parte das falhas observadas na limpeza reside justamente na área dos EPI’s. “É importante conscientizar o funcionário e reforçar o seu treinamento.” O kit básico dos equipamentos de proteção no segmento envolve luvas, botas de PVC, capacete, óculos, máscara e protetor auricular, enumera o consultor Paulo Félix. Nestes itens, precisam ser atendidas especificações quanto a tamanho, cor e composição. As cores das luvas variam conforme o setor da limpeza: azul (banheiros), verde (copa), laranja (ambulatórios, enfermarias, fraldários e lactários), amarela (demais áreas) e vermelha (locais críticos). Isso não garante, porém, proteção. O seu uso deve estar acompanhado de procedimentos adequados, como deixar uma mão livre para manusear papéis colocados sobre uma mesa que está sendo limpa, e assim, evitar a contaminação. As luvas também devem ser retiradas ao se abastecer os banheiros de toalheiros e papéis higiênicos. Aliás, é preciso cuidado ao colocá-las e retirá-las, neste caso, evitando o contato direto da pele com a superfície externa do material, após a sua utilização. Quanto aos equipamentos de proteção coletivo, são indispensáveis as placas sinalizadoras de piso molhado, fita zebrada, corrimão e fita antiderrapante, cones, correntes, sinalização elétrica e eletrônica, de acordo com a atividade que vai ser desenvolvida. (RF)

Na próxima edição: Brindes

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limpeza e a higienização constante, feitas várias vezes ao dia, permanecem como prioridade absoluta entre as escolas quando o assunto é “banheiro”, especialmente sanitários utilizados por um grande número de alunos. Mas aspectos relacionados à sustentabilidade e à acessibilidade passaram a compor o rol de prioridades ou preocupações dos mantenedores, como forma de baixar custos ou mesmo cumprir a lei. Torneiras com arejadores, sensores e temporizadores, caixas acopladas aos vasos sanitários, ou válvulas de descarga reduzida, além de duchas econômicas integram hoje algumas das soluções adotadas pelos mantenedores em prol de um consumo mais racional da água. Esta é, por exemplo, a conduta presente nas três unidades da Escola Vera Cruz, localizada na região oeste de São Paulo. Segundo a assessora patrimonial Luciana Bechara Sanchez, foram instaladas torneiras com arejadores e temporizadores nos banheiros, entre outras medidas de racionalização do consumo. Os arejadores, que também estão presentes nas duchas, misturam ar e água e permitem diminuir pela metade o consumo desta, mantendo, no entanto, o mesmo nível de pressão, explica o engenheiro Airton Dudzevich, que desenvolveu projetos de banheiros sustentáveis em alguns estabelecimentos de ensino. Outra opção é adotar o mictório a seco nos sanitários masculinos, um sistema de descarga acionado pelo efeito do peso da densidade da urina, sem o uso da água. Também o aquecimento solar surge como alternativa de economia para as escolas que oferecem duchas nos banheiros. A instalação do sistema, aliás, tornou-se obrigatória nas novas construções da cidade de São Paulo, a partir da assinatura da Lei n.°

ilustração: Jonas Coronado

Higienização, consumo racional e acessibilidade

ilustração: Jonas Coronado

dica: BANHEIROS

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ESPECIAL: MUDANÇAS CURRICULARES

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ilustração: Jonas Coronado

benefício”, destaca. Outras prestadoras ajudam a dar qualidade a esses serviços, como a Paluana Transportes, que atua com fretamentos. Seus veículos executivos, dotados de ar condicionado, e motoristas permanentemente treinados garantem segurança aos usuários, afirma o empresário Luís Fernando Miguel, há dez anos à frente dos negócios. “Eles passam por um processo rigoroso de seleção, com entrevista, testes práticos e teóricos, além dos exames físicos e psicológicos.” A Paluana dispõe de 34 veículos com idade média de apenas cinco anos, destaca. Luís Miguel lamenta, porém, a Portaria 58/2009, baixada pela Prefeitura de São Paulo, criando uma Zona Máxima de Restrição de Fretamento de 70 quilômetros quadrados, nos quais os veículos estão impedidos de circular. A portaria regulamenta a Lei nº 14.933/2009, que instituiu a Política de Mudança do Clima no Município de São Paulo. Segundo o empresário, a restrição tem prejudicado as empresas, que precisam de autorização especial para atender às escolas localizadas neste perímetro. Mas o documento não isenta os prestadores de multas, apenas permite que se recorra contra elas. Para evitar problemas, Luís Miguel cancelou os serviços na área, até que a Prefeitura e o segmento encontrem outra solução. Na outra ponta da linha do segmento transportes, estão os fabricantes e revendedores de veículos, como a Via São Paulo, que desde 2007 vem trabalhando como uma concessionária exclusiva das marcas Volare (divisão da Marcopolo) e Agrale. Ambas produzem microônibus com tecnologia 100% nacional e detém cerca de 60% do mercado no Brasil, diz o empresário Fabio Binatti Valeira. A empresa se prepara para inaugurar uma segunda unidade, em São Vicente, litoral paulista, trazendo todo um knowhow desenvolvido em 21 anos de comercialização de veículos destinados ao fretamento, turismo e escolas. “Nosso diferencial está em toda a parte comercial, desde a facilidade no negócio, pois aceitamos veículos usados na troca, ao pós-venda e assistência técnica”, ressalta o empresário, que observa um crescimento de 5% nas vendas desde julho passado, tendência que, segundo ele, deverá se manter em 2010.

No próximo ano o novo formato do Ensino Fundamental deverá estar consolidado nas escolas brasileiras, que têm ainda o desafio de implantar em seu currículo Música, Espanhol, Sociologia e Filosofia.

Por Rosali Figueiredo

Boa parte dos estabelecimentos privados em São Paulo já adotou o Ensino Fundamental de nove anos, mas a Lei federal nº 11.274/2006, que institui a obrigatoriedade, estabelece 2010 como o marco em que as crianças não mais poderão freqüentar o 1º ano no ambiente da pré-escola. Venceu em 2009 o prazo de transição, mas a idade mínima para a matrícula do aluno continua gerando polêmica. Conforme a lei, o ingresso somente deverá ser permitido às crianças com seis anos ou que vierem a completá-los no início do ano letivo. A Emenda Constitucional nº 53/2006, posteriormente editada, também estabeleceu os seis anos como o corte mínimo para a entrada no ciclo. No entanto, o Conselho Estadual de Educação paulista (CEE/SP), por meio da Deliberação nº 73/2008 e Indicação nº 73/2008, determinou que o ingresso em 2010 poderá ser permitido às crianças que completarem 6 anos até o dia 30 de Junho. O mesmo procedimento é adotado por Minas Gerais e o Distrito Federal, entretanto, outros estados seguem a normativa federal. Segundo o presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro da Silva, a lei do Ensino Fundamental de nove anos é “inócua”, pois somente “mudou a nomenclatura de 1ª série para 2º ano”. Na prática, observa Benjamin, ela atende às necessidades da estrutura

de financiamento do Ensino Fundamental da rede pública no País, por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). Mas do ponto de vista pedagógico, Benjamin questiona a propriedade da lei, assim como o diretor do Colégio São Domingos, Sílvio Barini Pinto. “O que está em discussão é a aceleração na alfabetização, que tira o espaço da brincadeira e do lúdico e começa a formalizar precocemente esse processo. Tentamos equilibrar isso, mas há uma demanda dos próprios pais por esta antecipação, no entanto, ainda há um caminho a ser percorrido pela infância, é preciso apresentar o mundo letrado por outros meios”, observa. No Colégio São Domingos, localizado no bairro de Perdizes, zona oeste de São Paulo, a equipe pedagógica optou por “apresentar o mundo letrado de outras formas, sem recorrer necessariamente ao código da escrita formal”. “Ao se introduzir isso no 1º ano, procuramos fazê-lo da maneira mais suave possível, sem preocupação com avaliação, com letra espelhada ou invertida. São trabalhadas as letras que trazem significado no cotidiano deles”, afirma o diretor. Nova matriz curricular – Outro desafio colocado ao Colégio São Domingos e a todas as demais escolas da educação básica refere-se à introdução de novas disciplinas

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Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) irá celebrar em 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade, com o propósito de ampliar a conscientização sobre a importância do tema para a qualidade de vida e a sobrevivência humana. Nesse contexto, as escolas terão um forte gancho para desenvolver os conteúdos pedagógicos e poderão encontrar nos prestadores de serviços especializados boas alternativas de atividades relacionadas à questão. É o caso da Educar Turismo Pedagógico, que oferece excursões de um a sete dias para lugares como o Petar (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, localizado no sul do Estado de São Paulo, entre Iporanga e Apiaí), Cananéia (também na região), Paraty (no Rio de Janeiro) e o Pantanal (em Mato Grosso do Sul). A empresa incrementará ainda em 2010 o projeto Salto do Tietê, para que os estudantes conheçam a história, a importância e as condições do principal rio de São Paulo. “Levamos os alunos para conhecerem in loco os conceitos ministrados em sala de aula”, diz o empresário Laércio Fermino Toledo Júnior, ex-professor de Física e Matemática. Laércio Fermino criou a Educar há quase oito anos e, além da temática ecológica, trabalha as cidades históricas mineiras e outras localidades, sempre com uma programação paradidática, como a realização de gincanas de conhecimentos junto aos estudantes. “Dependendo do projeto, levamos pesquisadores das áreas afins, além da equipe de recreação”, diz. Segundo Laércio Fermino, a empresa desenvolve os pacotes de acordo com as necessidades dos professores da Educação Infantil à universidade, atendendo a escolas da cidade de São Paulo, região metropolitana, Sorocaba, Jundiaí, Piracicaba e Limeira. Entre seus diferenciais, destaca o empresário, estão aspectos como “qualidade, flexibilidade, pontualidade e o carinho que temos com os estudantes”. Na J. Trilhas Viagens e Turismo as atividades de estudo do meio também contemplam o patrimônio ecológico do sul do Estado, como as cavernas do Petar, o Complexo Lagamar (em Cananéia e Ilha do Cardoso) e a Estação Ecológica da Juréia (em Peruíbe). Outras regiões, como o Parque Estadual de Campos do Jordão (São Paulo) e Parque Nacional da Serra da Canastra (Minas Gerais) compõem o seu portifólio de serviços, assim como viagens tradicionais de formaturas e atividades no próprio ambiente escolar (gincanas de aventura e desafios de neutralização do carbono, em um programa denominado “Jotinha Carbono”). Há cinco anos no mercado, a J. Trilhas é comandada pelo ex-professor de Biologia José Antônio Correa. “No estudo do meio promovemos trilhas interpretativas sobre a fauna, flora e o ecossistema”, diz. Segundo ele, a J. Trilhas atua em São Paulo, região metropolitana e Interior do Estado. Junto às escolas públicas, o empresário desenvolve trabalho voluntário de estudo do meio e de integração. Seu grande diferencial reside na “pontualidade, cumprimento integral dos itens acordados e na melhor relação custo-

ilustração: Jonas Coronado

FIQUE DE OLHO: Excursões, estudos do meio e transportes

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ESPECIAL: MUDANÇAS CURRICULARES

obrigatórias no currículo. Três leis federais determinam que Música, Espanhol, Sociologia e Filosofia deverão compor a matriz curricular, estipulando prazos e formas distintas de transição. O Espanhol, por exemplo, conforme a Lei nº 11.161/2005, terá que ser oferecido por todas as escolas já no próximo ano, concluído um prazo de transição de cinco anos após a promulgação da lei, mas a frequência na disciplina será facultativa para o estudante. Em seu artigo 1º, a lei diz que o idioma deverá ser “implantado, gradativamente, nos currículos plenos do Ensino Médio”, mas muitas escolas estão entendendo que a obrigatoriedade em si não reside necessariamente sobre esta etapa escolar. Além disso, o dispositivo federal deixa como possibilidade à rede privada instituir o ensino do idioma fora do currículo convencional. Assim, o Colégio São Domingos, por exemplo, está oferecendo o Espanhol como optativa para o Ensino Fundamental desde 2008. “A oferta deve ocorrer a qualquer momento da escolaridade, do Ensino Fundamental II ao Médio. Esse entendimento é validado pela Diretoria Regional de Ensino”, ressalta Sílvio Barini. O São Domingos estuda também a melhor maneira de introduzir o ensino de Música, este determinado pela Lei n0. 11.769/2008, com um prazo de transição de três anos. Como o conteúdo não precisará ser exclusivo de uma única disciplina, o formato que está se desenhando entre as escolas é o de oferecer a modalidade junto a Artes, opção que deverá ser adotada pela escola de Perdizes. “Uma das formas de trabalhar Arte será pela Música, no Ensino Médio e do 6º ao 9º ano”, diz Sílvio Barini. Além disso, a escola oferece cursos extracurriculares de instrumentos musicais.

Finalmente, a Lei Federal n0. 11.684/2008 colocou como obrigatório ao Ensino Médio a oferta de Sociologia e Filosofia, mas não determinou seu formato. Conforme orientações do Conselho Estadual de Educação em São Paulo, ambas poderão ser ofertadas de maneira intercalada, integrandose a projetos pedagógicos comuns, sem necessariamente passar pela oferta exclusiva de uma e outra. De qualquer maneira, sua abordagem deverá estar presente durante os três anos do ciclo. O Colégio São Domingos, porém, irá oferecer as duas como cadeiras separadas no Ensino Médio. Filosofia, por sua vez, já compõe a matriz curricular do Ensino Fundamental II “há muito tempo, este é um dos diferenciais que a escola oferece”, observa seu diretor. Mas as novidades não param aí. Na verdade, o Conselho Estadual de Educação no Estado, por meio da Deliberação nº 77/2008, determinou todo o escopo curricular que deverá ser cumprido pelas redes públicas e privada no Ensino Fundamental e Médio, incluindo as disciplinas previstas por essas três leis federais. E trouxe duas novidades: a possibilidade de se incluir “mecanismos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), para atividades complementares de ensino, reforço e recuperação” no Ensino Fundamental, além da modalidade semipresencial em todas as matérias do Ensino Médio, até o limite de 20% da carga horária. A Deliberação considera semipresencial “quaisquer atividades didáticas, módulos ou unidades de ensino centrados na auto-aprendizagem e com a mediação de recursos didáticos organizados em diferentes suportes de informação que utilizem tecnologias de informação e comunicação remota”.

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Um aliado contra a inadimplência

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Os índices de inadimplência na rede privada de São Paulo deverão fechar em 2009 nos mesmos patamares de 2008, avalia o presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva. A média de dezembro de 2008 cravou nos 9,47%, informa o Sindicato, taxa que não deverá ser muito diferente no fechamento de 2009. “É um número ainda muito alto”, observa o presidente. Mas a Lei federal nº 12.007/2009 ofereceu um novo recurso às escolas, no sentido de protegerse um pouco mais da insolvência em alguns contratos. Segundo o dispositivo, no ato da matrícula as instituições poderão solicitar a declaração de quitação do estabelecimento anteriormente frequentado pelo estudante, medida que vem sendo bastante utilizado pelas mantenedoras junto à sua nova clientela.


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ilustração: Jonas Coronado

A rede privada de educação básica levou um grande

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susto entre os anos 90 e esta década: o número de filhos por família começou a decrescer, na contramão da expansão do número de escolas e vagas. “Nos anos 80, havia de três a quatro crianças por família, proporção que caiu para 1,7 entre 2008 e 2009”, aponta o economista José Milton Dallari Soares, diretor do SEBRAE em São Paulo, consultor no segmento e professor universitário. Nesse contexto, Milton Dallari traça um diagnóstico preocupante para o setor, de excesso de vagas, um quadro de maior oferta que demanda, deixando aos mantenedores “o imenso desafio de se reorganizar” nos próximos anos. Com base em dados do IBGE, ele prevê um movimento contínuo de queda da população brasileira na faixa etária até 17 anos e a estabilização da relação de filhos por família em torno de 1,7. “A partir de 2030, subirá significativamente o número de idosos”, afirma. Mas para o presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro da Silva, mantenedor de duas escolas, o pior já passou e as perspectivas são boas. “Até 2016 voltaremos aos patamares do final da década de 80.” Segundo ele, na época a rede privada do ensino básico absorvia 21% dos estudantes brasileiros, proporção que baixou para 11% em 2003, mas que retomou o fôlego desde então, chegando a 16% em 2009, “com espaço para crescer ainda mais”. “O grande sonho de consumo das classes C e D no Brasil é ter o filho na escola privada”, diz. Por outro lado, o dirigente afirma que mesmo com a retomada muitos estabelecimentos fecharam entre 2006 e 2008, portanto, a estrutura estaria hoje um pouco mais adequada ao tamanho da demanda. “Mas o mercado está extremamente competitivo e quem não tiver competência pedagógica e administrativa não sobreviverá.” Para o consultor Eugênio Machado Cordaro, o problema gerado pela “curva decrescente de filhos” está absorvido e “o

normal agora é crescer”. Cordaro é administrador graduado pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e pós-graduado em Economia pela mesma instituição, atua desde 1983 com a educação privada e acompanha o dia a dia de 35 instituições. Assim, ele diz observar in loco uma retomada. “Desde 2007, a maioria das escolas boas, bem equilibradas, voltou a crescer em número de alunos. Se algumas não registraram crescimento, o problema sai da esfera populacional e entra no campo da competitividade de mercado, que compara preço e qualidade.” Desafios - Segundo ele, “o mercado ainda apresenta mais oferta que demanda, mas isso está se estabilizando”. “Estou mais otimista em relação ao cenário dos próximos cinco a dez anos, mas a escola terá que estar bem preparada estrategicamente para aumentar o número de alunos.” Isso passa necessariamente por um equilíbrio orçamentário, sem deixar de investir na qualidade. Não é tarefa simples, mesmo porque, em um primeiro momento, muitos mantenedores promoveram um ajuste de custos, “quem trabalhou nisso nos últimos dez anos sabe que não tem mais onde cortar”. É claro que pode ter conduzido o processo de maneira equivocada, “sem estudar aonde existiam possibilidades efetivas de cortes”. Mas, se fez certo a lição de casa, o caminho seria apostar na construção de sua imagem, tendo como base a qualidade administrativa e pedagógica. Inexiste uma receita única que garanta à rede privada um respiro orçamentário mais perspectivas de crescimento, mas uma palavra-chave deve nortear suas ações e escolhas, avalia outro consultor, João Carlos Martins: “a competência”. “Ser competente significa funcionar de maneira equilibrada em termos de finanças, valorizar o funcionário e oferecer um ambiente de aprendizagem em que os alunos se sintam desafiados, motivados, trabalhem com as novas tecnologias e entendam o mundo atual.” Nem que para isso seja neces-

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Gestão: Rumos da Educação

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sário recorrer a estratégias ousadas, como a fusão que João Carlos vem comandando entre o Colégio Hebraico Brasileiro Renascença, localizado no bairro de Santa Cecília, região central de São Paulo, e a Escola Brasileira Israelita Chaim Nachman Bialik, de Pinheiros, na zona oeste, a qual está dando origem à Nova Escola Judaica. Diretor geral do Renascença há cinco anos, João Carlos explica que o processo de fusão, iniciado em 2009, permitirá “ganhar escala com mais alunos e receita” e possibilitará “investir mais”, ou seja, “competir e sobreviver com excelência pedagógica neste mercado que está aí”. Durante 2009, houve adequação da matriz curricular, ações voltadas à formação e qualificação das equipes pedagógicas, além da aproximação dos setores administrativos, que deverão estar unificados em 2010. “A ideia é crescer”, aposta João Carlos, para quem o contexto do setor é “preocupante”, mas não “pessimista”. “A educação é prioridade para as famílias, assim como saúde e alimentação. Se o pai percebe que o filho está crescendo, a escola será uma das últimas coisas que ele irá mexer”, avalia. Então, a pedra de toque “é investir e usar bem a receita para produzir bons resultados educacionais”, o que se consegue apenas com “a profissionalização dos processos e a aproximação entre o administrativo e o pedagógico”, diz. João Carlos, que dirige estabelecimentos privados há vinte anos, observa que as escolas, de maneira geral, costumam

ser “refratárias às mudanças, apresentam certa resistência em se renovar”. Uma das posturas que devem ser adotadas é implantar sistemas de avaliação dos profissionais, “para cobrar resultados”. De outro modo, é preciso incluir no orçamento anual verbas destinadas à formação e treinamento dos professores, recomenda. O diretor sugere, por exemplo, projetos de capacitação para uso das novas tecnologias de comunicação, de forma a que o professor possa “entender a linguagem do aluno e perceber o quanto ele mudou”. Outro caminho possível é adotar posturas que passem pela sustentabilidade, de uso racional dos recursos materiais e insumos, como água e energia elétrica, envolvendo os profissionais, alunos e comunidade. Algo que pode ser conquistado à base da “gestão participativa”, afirma o diretor da Nova Escola Judaica. “Ainda há muita resistência a isso dentro da rede privada, porque é um processo trabalhoso. A decisão participativa é mais lenta, mas através dela todos se tornam corresponsáveis pelas regras, o que ajudaria muito, por exemplo, no uso sustentável dos materiais.” Nem todas as estratégias são consensuais entre os mantenedores e especialistas, o próprio presidente do Sieeesp questiona, por exemplo, a eficiência das fusões, entretanto o impacto da crise das últimas duas décadas, aliado às demandas geradas pela tecnologia da informação, estão levando a muitas mudanças na rede privada de ensino.


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ACESSÓRIOS ACESSÓRIOS, ASSESSORIA CONTÁBIL, BEBEDOUROS

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cursos, GESTÃO ESCOLAR, GRÁFICA, IMPRESSOS ESCOLARES, INFORMÁTICA, LABORATÓRIO

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BRINQUEDOS EDUCATIVOS, ENTRETENIMENTO, EVENTOS

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LOUSAS, MANUTENÇÃO PREDIAL, MÓVEIS ÔNIBUS ESCOLAR, PINTURAS ESPECIAIS, QUADRAS

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PISOS, REVESTIMENTOS

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PLAYGROUNDS PLAYGROUNDS, PASSEIOS

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PLAYGROUNDS, SERRALHERIA, SISTEMA DE GESTテグ

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SISTEMA DE SEGURANÇA, TOLDOS RADIOCOMUNICAÇÃO, TOLDOS

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TERCEIRIZAÇÃO, TRANSPORTE, TURISMO

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