Revista Obras e Projetos - Edição nº1

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Revista Obras & Projetos - Publicação Mensal da Construção Civil - ANO 1 - N‘ 01 - Setembro de 2010

APLICAÇÃO DE PAVIMENTOS

NORMA PARA QUALIFICAÇÃO DE PINTORES ENTRA EM CONSULTA NACIONAL

Conheça tipos de pavimentos de madeira ideais para sua obra e aprenda como aplicá-los

TUBOS E CONEXÕES DE 25 MARCAS NÃO SEGUEM AS NORMAS DA ABNT CERTIFICAÇÃO “AQUA” GERA VALORIZAÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

TIJOLO MODULAR ECOLÓGICO E INTELIGENTE Rapidez e economia ao construir.

Habitação Sustentabilidade Inovação Crédito Imobiliário Infra-estrutura

Capacitação Profissional Mercado Legislação



EXPEDIENTE Diretor Comercial Alexandre Magno Henriques

CARTA AO LEITOR Após ligeira desaceleração em junho, a indústria de construção civil voltou a registrar aquecimento mais forte em julho. Sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o nível de atividade do setor subiu para 54,9 pontos, ante 53,8 pontos em junho. O indicador varia de zero a cem, mostrando expansão acima dos 50 pontos. De acordo com os dados divulgados, agosto foi o sexto mês consecutivo de expansão da construção civil, ao que tudo indica retomando o passo dos demais setores da economia, que voltam a crescer de forma mais acelerada depois de desaquecimento no segundo trimestre do ano. O maior dinamismo é puxado pelas cinco dezenas de grandes incorporadoras do país, cujo indicador de atividade subiu a 57,4 pontos em julho, ante 55,1 pontos no mês anterior. As pequenas companhias também reagiram bem ante junho, quando tinham 50,4 pontos e passaram em julho para 52,4 pontos. Já as médias empresas apontaram um pequeno recuo para 54,8 pontos na evolução do nível de atividade. Em junho, apontavam 55,3 pontos. Na visão do responsável pela pesquisa, o economista da CNI, Danilo Garcia, o aquecimento em julho sobre junho se estende a empresas de todos os portes e setores. “Os segmentos de construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados, como acesso ao crédito, cresceram em julho”, assinala Garcia, lembrando que contratos governamentais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa Minha Vida mantém o vigor no setor. A sondagem da construção civil foi feita entre 2 e 18 de agosto, com 438 empresas, entre as quais 210 pequenas, 174 médias e 54 de grande porte.

Diretor de Publicidade Fellipe Henriques Figueiredo Jornalista Maria Regina de Andrade Diagramacão e Projeto Gráfico Inout Comunicação Diretor de arte Chris Ueslei Sandy Fotógrafo Eduardo Teixeira Atendimento Estevão Figueiredo Foto Capa www.sxc.hu Redação Para sugerir temas escreva para redacao@obraseprojetos.com.br Tiragem 3000 exemplares REVISTA OBRAS & PROJETOS Rua Dona Inácia, 91 - Centro - Lavras / MG CEP:37.200-000 - Telefax: (35) 3822-6795 www.obraseprojetos.com.br A revista OBRAS & PROJETOS é uma publicação mensal direcionada a Diretores de Construtoras, compradores e especificadores de Obras, Engenheiros e Arquitetos. Opiniões e conceitos emitidos pelos Colunistas não representam, necessáriamente os da revista. Todas as fotos não especificadas têm seus direitos reservados pelos sites www.sxc.hu www.google.com.br


Índice INDICE

CRÉDITO IMOBILIÁRIO

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SUSTENTABILIDADE

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Certificação Aqua gera valorização para a construção civil. Setor valoriza esforços na luta pela preservação ambiental.

Financiamento para a compra da casa própria cresce 77% no primeiro semestre.

INOVAÇÃO

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Tijolo Modular Ecológico E Inteligente. Sistema construtivo mais rápido e economico. Veja uma obra finalizada em apenas 60 dias.

TECNOLOGIA E PRODUTOS

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Empresas que não atendem aos requisitos mínimos de qualidade e segurança correspondem a menos de 9% do mercado

CAPA

APLICAÇÃO DE PAVIMENTOS Conheça algumas técnicas e saiba qual a melhor opção de madeira para o piso da sua obra

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VISÃO Custo X Benefício Ou Benefício X Custo ?

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ENGENHARIA

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Saiba mais sobre Juntas de Dilatação

MERCADO

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INFRAESTRUTURA

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ECONOMIA

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

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CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

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LEGISLAÇÃO

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ÍNDICE DE ANUNCIANTES

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Mercado

CONSTRUÇÃO CIVIL CRESCE

PELO 5º MÊS SEGUIDO, DIZ CNI Fonte: Informações da Agência Brasil.

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setor da construção civil apresentou um sólido crescimento no primeiro semestre desse ano, segundo sondagem divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).​ Durante os primeiros seis meses do ano, o indicador relativo ao nível de atividade (uma escala que vai de 0 a 100) manteve-se acima dos 50 pontos, o que indica crescimento. No mês de junho, o indicador do nível de atividade ficou em 53,8 pontos, um

pouco abaixo do registrado em maio que foi de 55,8 pontos. A expectativa para o mês de julho era de que o nível de atividade chegasse a 65,2 pontos. Apesar de ser um resultado positivo, o índice está um pouco abaixo das expectativas dos meses anteriores. Segundo o diretor de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o forte crescimento do setor está ligado a incentivos do governo e a uma demanda cada vez maior. “Os incentivos gover-

Em junho, o indicador do nível de atividade ficou em 53,8 pontos.

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namentais para a área da construção civil foram estruturados no longo prazo, como o caso do programa habitacional, aceleração de algumas obras de infraestrutura e até a perspectiva de início de algumas obras. Por isso esse setor tem se mantido num crescimento muito forte”, explicou. O número de contratações do setor também se manteve acelerado, o indicador da evolução do número de empregados ficou em 52,9 pontos. A situação financeira das empresas da construção civil se manteve estável no segundo trimestre registrando 55,1 pontos – no trimestre anterior o índice foi de 55,5 pontos. O indicador de acesso ao crédito mostrou crescimento no segundo trimestre quando foram registrados 51 pontos, contra os 50,6 do primeiro trimestre do ano. Segundo Fonseca, com base nos números da pesquisa, é possível dizer que o acesso ao crédito está mais fácil para a construção civil do que para a indústria da transformação.

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VENDAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

CRESCEM 19,8%

Desempenho no primeiro semestre supera a média de crescimento prevista para 2010 Fonte: Informações da Valor.

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s vendas internas de materiais de construção aumentaram 19,8% no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2009, segundo informações da Associação Brasileira de Materiais de Construção (Abramat). De acordo com a instituição, o desempenho supera a média de crescimento prevista para 2010, de 15%. Mas, a expectativa da Abramat é de que as taxas de crescimento do setor sejam menores no segundo semestre. Nos primeiros seis meses do ano, o desempenho das vendas internas dos materiais básicos,

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com alta de 21,1%, superou o das empresas de materiais de acabamento, com incremento de 17,2%. Apenas no mês de junho, as vendas de materiais de construção aumentaram 16,3%, em comparação ao mesmo intervalo de 2009. Em relação a maio, houve ligeira queda, de 0,71%. No mês passado, o número de funcionários da indústria de materiais de construção aumentou 12,3% em relação a junho de 2009. Na comparação com mesmo período deste ano, houve crescimento de 2,33%.

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Crédito Imobiliário

FINANCIAMENTO PARA A COMPRA DA CASA PRÓPRIA CRESCE 77% NO PRIMEIRO SEMESTRE

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financiamento imobiliário com recursos das cadernetas de poupança atingiu no primeiro semestre deste ano o melhor resultado da história no que se refere a valores. Se consideradas apenas as operações realizadas em junho deste ano, os financiamentos somaram

R$ 5,27 bilhões, montante 78% superior ao resultado de igual mês de 2009 (R$ 2,96 bilhões) e 24% acima das contratações de maio de 2010 (R$ 4,25 bilhões). O número de unidades financiadas subiu de 123,9 mil, nos primeiros seis meses de 2009, para 187,6 mil, de janeiro a junho deste ano,

Somente em junho foram financiados 40,8 mil imóveis

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um crescimento de 51,5%. Somente em junho foram financiados 40,8 mil imóveis, de acordo com dados divulgados, pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). A captação líquida de depósitos de poupança aumentou quase cinco vezes no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2009, quando o resultado foi, em parte, afetado pela crise financeira mundial surgida no final de 2008. Do valor de R$ 1,8 bilhão captados entre janeiro e junho de 2009, os depósitos saltaram para R$ 8,8 bilhões. Os resultados sustentam as expectativas otimistas da Abecip, que prevê que o financiamento imobiliário com recursos da poupança seja de R$ 45 bilhões a R$ 50 bilhões este ano. Apesar disso, o presidente da associação, o engenheiro Luiz Antonio Nogueira de França, chama a atenção para o risco de os recursos das cadernetas de poupança se tornarem insuficientes para atender à demanda por crédito imobiliário. “Com relação à capacidade de financiar o mercado imobiliário com os recursos da caderneta de poupança, nossos estudos – que convergem com os de outras entidades – mostram que, entre dois e três anos, a gente deva ter problema com essa fonte”, afirmou. Segundo França, o cenário de juros baixos, prazos alongados e crescimento econômico estimula a demanda por crédito imobiliário. Atualmente, a poupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) são as duas principais fontes de recursos do setor habitacional. www.obraseprojetos.com.br


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Sustentabilidade

CERTIFICAÇÃO AQUA GERA VALORIZAÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL Processo de certificação verde foi desenvolvido e adaptado à realidade brasileira pela Fundação Vanzolini

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Processo AQUA (Alta Qualidade Ambiental), desenvolvido e adaptado à realidade brasileira pela Fundação Vanzolini, maior certificadora nacional, vem ganhando cada vez mais a adesão de construtoras e incorporadoras no país. Criada em 2008, já conta com 25 processos iniciados, 20 certificados emitidos (fases de concepção, programa e operação) e 13 empreendimentos certificados, totalizando cerca de 150.000 m². A certificada AQUA se baseia em 14 critérios de sustentabilidade divididos em quatro fases: eco-construção, eco-gestão, conforto e saúde. Isso abrange a concepção, projeto, construção e fase de uso dos empreendimentos, sejam eles

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residenciais, comerciais, complexos esportivos e arenas, ou destinados à habitação popular. Com isso, geram baixo impacto no meio ambiente durante a fase de construção, consomem menos recursos naturais e geram menos resíduos, explica Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech Engenharia, consultoria líder do Referencial Técnico AQUA e que detém 55% dos empreendimentos. Além disso, a certificação AQUA conta com auditorias presenciais em todas as fases, mas ao mesmo tempo é mais flexível quanto às soluções de projeto que podem ser adotadas, de acordo com a realidade brasileira, considerando região, clima, ve g e t a ç ã o, comunidade local, entre outros critérios. Outro detalhe importante no processo AQUA, é que durante a fase de projeto são consideradas soluções passivas e ativas para a redução de impactos ambientais e custos operacionais da construção.

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Inovação

TIJOLO MODULAR ECOLÓGICO E INTELIGENTE Fonte: Fabrício Luiz Soares - Estudante de Engenharia de Produção Civil da FUMEC / BH

- Rapidez e economia ao construir. - Não precisa mão-de-obra especializada. - Você pode contratar o construtor de sua confiança. Rendimento: - 50 tijolos Ecolõgios por m2. - Tijolos comuns de barro, o rendimento e de 80 tijolos por m2. - Economia de 40% na quantidade de tijolos. Outras Vantagens: 1.Sem recortes nas paredes, porque os canais horizontais e verticais acomodam instalações hidráulica e elétrica. 2.Economia de cimento e areia para o assentamento e acabamento, porque produz uma alvenaria uniforme. 3.Economia na mão de obra – rapidez no assentamento (até 500 TIJOLOS POR DIA) com 02 operários. 4.Economia de concreto e madeiras para as colunas e vigas, porque as colunas e vigas são embutidos nos próprios tijolos. 5.Economia na pintura e acabamento. 6.Possui estabilidade térmica, tem a capacidade de manter-se fresca em dias quentes e quente em dias frios. 7.Possui estabilidade acústica, devidos aos canais horizontais e verticais dos tijolos mantem-se isolada dos ruídos externos. 8.Beleza e aparência natural dos tijolos a vista. 9.20% a 30% sobre custo total de uma obra de uma obra convencional de tijolos a vista.

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abricado com uma mistura prensada de terra, cimento, areia e aditivos, não utiliza queima em forno a lenha – Produto Ecologicamente Correto. Seus dois furos internos na horizontal e vertical permitem embutir a rede hidráulica e elétrica, dispensando o recorte das paredes. O tijolo modular ecológico e inteligente produz uma alvenaria uniforme, dispensando o uso de material para o reboco. Assentamento fácil devido ao sistema inteligente de encaixe. Dispensa o uso de argamassa e mão de obra especializada. Possui dois furos na horizontal e dois na vertical e quando sobre postos um ao outro, abre canais para melhor distribuição dos condutores elétricos e hidráulicos. Tijolo modular ecológico e inteligente nas construções, um produto confiável, de alta tecnologia e resistência, que proporciona maior rapidez e economia na obra. Um produto bonito, prático e resistente, tornando mais flexível e prático o assentamento. Um novo conceito de tijolo modular, também utilizado para reforçar enchimentos de concretos e ferragens (colunas, vergas, contra vergas e cinta de amarração), dispensando a construção de colunas e vigas de concretos de construções convencionais. O desenho inovador, proporciona a aparência tradicional de tijolo a vista. ESPECIFICAÇÕES: Dimensão: 27,0 x 13,5 x 7,5 cm Peso/unidade: 3,6 kg Rendimento: 50 unidades por m2 * Tijolos convencionais de argila, 80 unidades por m2. Aceita qualquer revestimento Azulejo, gesso e texturas podem ser aplicados diretamente sobre a parede. A aparência após o rejunte os tijolos se apresentam como se fossem assentados com argamassa comum deixando-os com muito mais beleza, com aparência natural dos tijolos a vista.

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1 dia de Obra

7 dias de Obra

10 dias de Obra

15 dias de Obra

30 dias de Obra

55 dias de Obra

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Infraestrutura

CBIC GARANTE QUE BRASIL CONCLUIRÁ A TEMPO OBRAS PREVISTAS PARA A COPA DE 2014 Para o presidente da CBIC, o interesse do empresariado é grande com as obras previstas para a Copa de 2014

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presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, afirmou ter certeza de que o Brasil concluirá no prazo as obras previstas para a Copa de 2014. A afirmação foi uma resposta às críticas de dirigentes da Federação Internacional de Futebol (FIFA) de que o país está atrasado com

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as obras de infraestrutura previstas para o evento. “O jogo da FIFA é muito pesado. Temos de filtrar o que eles falam. Conheço o setor de construção civil e não tenho a menor dúvida: vamos fazer a Copa. Tanto as arenas como aeroportos, portos e a parte de mobilidade interna”, disse o presidente da CBIC,

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após participar do lançamento do edital de concorrência do projeto do trem de alta velocidade (TAV) que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo e a Campinas. Durante o evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também criticou a postura da FIFA. “Vocês viram que mal terminou a Copa na África do Sul e eles já começam a dizer, ‘cadê os aeroportos, os estádios, os corredores de trem, os metrôs brasileiros? ‘, como se nós fôssemos um bando de idiotas que não sabe fazer as coisas ou definir prioridades”, disse Lula. Segundo Safady, o interesse do empresariado é grande com as obras previstas para a Copa de 2014. “Estamos preparados e vai haver mobilização dos empresários e dos governos nos três níveis, principalmente nas cidades, para tocar esse projeto”, afirmou. “Não vamos pensar que o Brasil não está preparado, porque isso é uma bobagem. Vamos sofrer pressão diuturnamente e essa pressão da FIFA é natural porque há interesses econômicos muito grandes por trás disso tudo”, completou Safady.

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PEC DESTINA PERCENTUAL MÍNIMO DE IMPOSTOS PARA SANEAMENTO BÁSICO Proposta prevê os recursos a serem aplicados em saneamento até 2012. Posteriormente, o percentual deverá ser definido por lei complementar. Fonte: Agênica Câmara

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Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 503/10, do deputado Jairo Ataide (DEM-MG), que estabelece um percentual mínimo dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios para aplicação em saneamento básico até 2012. No caso da União, no ano de 2011, o montante destinado a ações e ser-

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viços públicos de saneamento básico corresponderá a 7% da arrecadação de impostos. Para 2012, o montante será o mesmo de 2011, corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No caso dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, o montante destinado a saneamento básico corresponderá a 3% da arrecadação de impostos. Segundo a PEC, esses percentuais estarão previstos em artigo do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). A proposta prevê que as ações e os serviços públicos de

saneamento básico passarão a constituir sistema compartilhado entre a União e as unidades federativas, com execução descentralizada nos estados, no Distrito Federal e nos municípios. A PEC também autoriza a União a intervir nos estados e no Distrito Federal; e os estados a intervir nos municípios, caso o percentual mínimo de impostos não seja aplicado em saneamento básico. Atualmente, a Constituição só estabelece que haja aplicação de percentual mínimo de recursos para o desenvolvimento do ensino e para as ações e serviços públicos de saúde.

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Habitação

BENEFÍCIO FISCAL DO MINHA CASA, MINHA VIDA

É PRORROGADO ATÉ 2014

Prazo, que acabaria em 2013, foi alterado por Medida Provisória Fonte: Agência Brasil

tos deverá ser apresentado e, com isso, aumentará também o número de empreendimentos beneficiados com o regime especial de tributação do programa, aumentando a oferta de imóveis. Esse regime especial, segundo Serpa, permite a construtoras e incorporadoras de imóveis pagarem apenas 1% e não 6%, como normalmente, sobre um grupo de impostos, como o Imposto de Renda Pessoa Jurídica, a Contribuição para a Seguridade Social, Contribuição Social sobre Lucro Líquido e o Programa de Integração Social (PIS). Com a medida, o governo deixará de cobrar R$ 20,25 milhões em impostos.

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s incentivos fiscais para o programa Minha Casa, Minha Vida vão durar até 31 de dezembro de 2014. O prazo terminava em dezembro de 2013, mas o governo decidiu alterá-lo por meio da Medida Provisória (MP) 497, publicada no Diário Oficial da União. A MP aumenta também o valor comercial do imóvel que poderá ser considerado de interesse social abrangido no programa, passando de R$ 60 mil para R$ 75 mil. Isso implicará também maior número de imóveis oferecidos. “Os preços dos imóveis influenciaram nessa decisão, mas não é só isso. A idéia é que o sistema se torne mais atrativo. Foi usado no sistema um preço de imóvel, mas eu suponho que, de tempos em tempos, ele terá que ser revisto”, disse o subsecretário de Tributação da Receita Federal, Sandro de Vargas Serpa. Para ele, haverá grande benefício para os consumidores, porque um número maior de proje-

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VENDAS DE NOVAS COTAS DE CONSÓRCIO SUPERAM UM MILHÃO NO SEMESTRE Vendas de consórcios de imóveis também aumentaram lização do FGTS no consórcio de imóveis, a maior presença das classes C e D, o planejamento do consumidor, seu questionamento sobre a necessidade imediata ou não da aquisição do bem”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).

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entrada de novos consorciados no primeiro semestre deste ano superou a marca de um milhão, 10,1% mais que o atingido no mesmo período em 2009. Naquele ano, foram

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comercializadas 926 mil, enquanto em 2010, o total foi de 1,02 milhão. “Diversos fatores contribuíram para esse crescimento como a inexistência de juros, as novas modalidades de uti-

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Imóveis As vendas de novas cotas de consórcios de imóveis atingiram 110,2 mil novos contratos no primeiro semestre. O crescimento foi de 12,2% se comparado com o mesmo período de 2009.

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Capa

APLICAÇÃO DE PAVIMENTOS - MADEIRA

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piso de madeira é aposta certa para melhorar a aparência de sua casa ou apartamento e, de quebra, valorizar o imóvel. Além de bonitos e duradouros, os pisos de madeira deixam o ambiente aconchegante. A madeira é um recurso natural renovável e reciclável - embora no Brasil ainda seja baixa a oferta de pisos de madeira extraída de áreas reflorestadas ou cortada de matas nativas de forma sustentável. A maioria dos pisos de madeira não precisa ser substituído, e há uma incrível variedade de opções estéticas também basta escolher o tipo de madeira mais adequado ao projeto. No Brasil tanto a demanda quanto a oferta têm aumentado bastante nos últimos 3 anos. Até então, o Brasil praticamente só exportava os pisos fabricados por aqui. Esse aumento deve-se em parte a dois motivos. O

primeiro deles diz respeito à higiene e à saúde. O uso do carpete caiu consideravelmente, grande parte em função do mesmo ser difícil de limpar, causando até mesmo alergias em seus proprietários. O clima tropical brasileiro também não justifica o uso de carpetes, uma vez que na maior parte do país faz calor o ano inteiro! A queda do uso do carpete contribuiu para a entrada de pisos frios (cerâmica, lajota, pedra) e também a madeira. Antigamente o piso de madeira exigia muita manutenção, precisava constantemente ser encerado e lixado. Vernizes de grande durabilidade evitam esse trabalho, e muitos pisos atualmente já vêm prontos da fábrica, sendo este outro importante fator que vem elevando a utilização dos mesmos. Se você já concluiu um projeto de melhoria doméstica, sabe como

Entendi direito? Eu consigo fazer isso? Como você deve saber, sempre há prós e contras para a adoção de um projeto “faça você mesmo” (FVM). O lado positivo de uma iniciativa FVM normalmente é o custo. Para projetos de melhoria doméstica, a mão-de-obra geralmente é a maior despesa. Se você mesmo instalasse um piso de madeira, eliminaria este custo. Vale lembrar que a mão-de-obra no Brasil é relativamente barata comparando-se a outros países, como por exemplo, os Estados Unidos. No Brasil, a instalação custa em torno de R$12,00 o m2, fazendo com que a grande maioria das pessoas contrate um profissional para fazer o serviço. Além do custo, há outros fatores a considerar: • você pode obter um visual profissional por conta própria? • quanto tempo levará para instalar os pisos de madeira? • quanto dinheiro irá economizar, se fizer você mesmo? Houve enormes avanços tecnológicos na construção de pisos de madeira. Esses avanços criaram tipos de pisos mais fáceis de instalar. Na realidade, a maioria dos fornecedores de pisos pode trabalhar com os clientes para descobrir exatamente quanto eles realmente querem fazer sozinhos. Por exemplo, você pode encomendar pisos de madeira que são pré-acabados, então não há necessidade de fazer acabamento ou impermeabilizar o piso antes ou depois da instalação. Os pisos com acabamento de fábrica podem ser instalados assim que saem da caixa. Devido a esses tipos de avanços, está cada vez mais fácil instalar um piso de madeira por conta própria. Obviamente, contratar um profissional para instalar seus pisos levará muito menos tempo que fazer isso por conta própria, e você tem a garantia de excelentes resultados. Afinal, os profissionais fazem isso todos os dias. Lembre-se de que o benefício real não será em relação ao tempo ou execução economizados, mas sim ao dinheiro que você pode economizar. Se você considerar que a contratação de um profissional para instalar seus pisos pode custar mais, fazer você mesmo pode ser a solução. Ao instalar seus próprios pisos, você apenas tem de pagar o custo do material e ferramentas ou o aluguel de ferramentas. Como você não está pagando pela qualidade e habilidade da mão-de-obra especializada, esses custos são consideravelmente menores do que o que você pagaria pela instalação profissional.

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é importante fazer um bom planejamento e a execução. Você pode pensar que um típico adepto do “faça você mesmo” não consegue instalar um piso de madeira por sua própria conta, mas isso é possível. Tudo o que você precisa é de planejamento, preparação e ferramentas. Se isso parecer muito desencorajador, ou se você estiver interessado em um design personalizado, certamente você pode trabalhar com um profissional de colocação de pisos. Não importa se você vai tentar fazer por conta própria ou usar uma equipe de instalação profissional, há muita informação valiosa aqui. Neste artigo vamos examinar várias opções de colocação de pisos de madeira e descrever, passo a passo, como você mesmo pode instalar e fazer o acabamento do piso, conservá-lo e reformá-lo.

DICAS • Use longas faixas de piso nas entradas e portais. Distribua peças pequenas aleatoriamente.

• Os especialistas em pisos acham que trabalhar da esquerda para a direita facilita a instalação.

• O enquadramento de obstruções do piso, como respiros de aquecimento com juntas de esquadria dão uma aparência profissional.

• Lembre-se de que a qualidade do chão afetará a qualidade do piso.

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Tipos de pisos de madeira Escolher o tipo de piso de madeira mais adequado a seu espaço é um passo importante no planejamento da instalação de seu novo piso. Antes de começar a instalação, você deve escolher cuidadosamente o tipo de piso de madeira que deseja. Não confunda o tipo de piso com a variedade da madeira - a seleção da variedade de madeira é tema da próxima seção. Por enquanto, vamos discutir os três principais tipos de pisos de madeira a considerar. Piso de madeira sólido Os pisos de madeira sólida são de três tipos principais. Cada tipo está disponível tanto em uma versão não-acabada (sem verniz) quanto na versão pré-acabada (com verniz). O piso não-acabado deve ser lixado no local de trabalho e receber acabamento (verniz) após a instalação. O piso pré-acabado é lixado e recebe acabamento na fábrica - de modo que precisa somente da instalação. Os três principais tipos de piso de madeira sólida são: • Piso em faixas - é indicado pela espessura e largura das tábuas de madeira. O assoalho em faixas tem uma largura definida, mas a espessura pode variar. • Piso de tábuas - o piso de tábuas vem apenas em duas espessuras, mas diferentemente do piso em faixas, as larguras podem variar. No Brasil a espessura é de 1,9 ou 2 cm, com largura de 6,5 a 20 cm (eventualmente podem ser encomendadas réguas com largura maior). • Piso de parquete - os pisos de parquete têm um visual diferente dos pisos de madeira típicos. São constituídos de padrões geométricos compostos de tacos de madeira individuais mantidos no lugar por fixação mecânica ou adesivo. Piso de madeira estruturado O piso de madeira estruturado não deve ser confundido com o piso laminado. Como o próprio nome já diz, trata-se de uma estrutura que serve para aguentar a última camada. O estruturado é produzido colando-se camadas de chapas ou lâminas de madeira. As mesmas dimensões de acabamentos disponíveis nos pisos de madeira sólidos existem no estruturado, sendo que a última camada é a que realmente define o piso em si. A principal diferença entre este tipo de madeira e o piso laminado é que o laminado não

contém nenhuma madeira de verdade. Veja mais a respeito de piso laminado mais adiante. Piso laminado O piso laminado é comporto por quatro camadas: 1- Overlay resistente ao desgaste (laminado à base sob alta pressão e temperatura). É extremamente resistente a arranhões, apoios de móveis, além de umidade e manchas. 2- Lâmina decorativa que bloqueia radiação UV, reforçando a rigidez e resistência a impactos do produto. 3- Placas de fibras de madeira de alta densidade - base de UHF. 4- Underlay de alta resistência à base de resina, que previne absorção de água e umidade do contra-piso. Este tipo de piso é mais comumente usado em projetos comerciais, não residenciais. Ele é muito duro e altamente resistente à umidade e riscos. Então, que tipo de piso de madeira seria melhor para você? Há várias coisas a ter em mente ao escolher o tipo apropriado de piso para sua casa. Os pisos de madeiras sólidas podem exigir um pouco mais de conservação que o piso de madeira estruturado, mas sempre podem ser lixados novamente e receber novo acabamento. Se receberem manutenção, os pisos de madeira sólidos manterão seu valor melhor que os pisos estruturados. Além disso, decidir entre faixa, tábua ou parquete é, para a maioria, uma questão de gosto. Você gosta de tábuas de madeira longas e finas? Então, você deve escolher o piso em faixas. Se preferir tábuas muito largas, então o piso de tábuas é a melhor escolha. E, se você tem um visual mais decorativo em mente - talvez um desenho geométrico -os pisos de parquetes serão uma combinação perfeita para seu gosto. Lembre-se de que o piso de tábuas pode exigir algum trabalho extra durante a instalação e seu custo pode ser mais alto que o do piso de faixas. Quanto custa? Aqui vão os valores aproximados do metro quadrado (sem instalação) de cada piso pré-acabado. Sólido- R$ 150,00 a R$ 200,00. Estruturado- R$ 100,00 a R$ 200,00. Laminado- R$35,00 a R$ 50,00.

Fazendo o seu próprio acabamento A instalação de pisos de madeira feita por conta própria pode ser uma tarefa árdua. Lembre-se, você sempre pode usar madeira com préacabamento. Mas se preferir fazer tudo sozinho, pode obter uma aparência profissional por conta própria. Só precisa de planejamento. • deixe a madeira descansar no local antes de tentar fazer o acabamento. • prepare o ambiente selando as passagens com plástico. Isso ajudará a manter temperatura e nível de umidade consistentes. • os pisos de madeira precisam ser selados em todas as laterais. É uma boa pré-cobrir as áreas que não poderão alcançar após a instalação. Não é necessário selar a parte de trás do piso de faixas, mas isso é recomendado para piso de tábuas largas. • os pisos de madeira requerem no mínimo três lixadas, cada uma com lixa mais fina que a anterior. Certifique-se de varrer e passar aspirador de pó completamente após cada lixada. • aplique verniz generosamente com uma escova ou trapo. Deixe o verniz penetrar e remova o excesso. • escove a cobertura de acabamento quando o corante estiver seco. Deixe secar de acordo com as instruções do produto. • lixe o piso com lixa grossa (150 a 180), lã de aço ou uma esponja abrasiva. Em seguida, limpe a superfície. • lixe, limpe e cubra os pisos novamente. Normalmente são necessárias várias coberturas para obter o visual que você deseja. www.obraseprojetos.com.br

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Capa Variedades de madeira Outra decisão difícil antes de instalar um piso de madeira é que tipo de madeira escolher. Há problemas de variedade e de estilo que precisam ser levados em consideração. Por exemplo, a madeira clara pode ser mais apropriada para um ambiente mais casual, enquanto madeiras escuras se prestam a ambientes mais formais. Não há regras rígidas, simplesmente selecione a que você deseja e se encaixa em seu orçamento. Lembre-se de que há diferentes tipos de madeiras e que elas variam muito em questão de preço. Obviamente, há muitas espécies de madeira para listar neste artigo, mas vamos dar uma olhada em algumas opções de madeiras comuns:

CABREÚVA vermelho castanho/vermelho

GOIABÃO amarelo claro

IPÊ pardo/castanho (reflexos esverdeados e amarelados)

JATOBÁ castanho amarelo/vermelho

MAÇARANDUBA vermelho claro/escuro

MUIRACATIARA bege-rosado castanho escuro vermelho (com estrias escuras)

PAU-AMARELO amarelo

PAU-MARFIM branco palha amarelado amarelo pálido

TATAJUBA amarelo dourado castanho

TAUARI branco amarelado bege claro

Acabamentos da madeira

O acabamento (camada de verniz) é uma cobertura superficial que irá proteger seu piso do desgaste diário. Ele também proporciona ao piso sua coloração e brilho e é um excelente meio de personalizar seus pisos de madeira. Se você gosta de madeira levemente colorida ou escura, use um acabamento acetinado ou de alto brilho - as opções são infinitas. Ao considerar o acabamento, você precisa decidir se quer aplicá-lo você mesmo ou comprar piso com pré-acabamento. O piso com pré-acabamento oferece uma ampla variedade de espécies de madeira e economiza horas de mão-de-obra e limpeza, enquanto os pisos de madeira sem acabamento permitem que você faça um acabamento personalizado. Embora o piso pré-acabado possa custar cerca R$ 20,00 a mais por metro quadrado do que o sem acabamento, pode poupar você de cometer erros. Você também obtém uma garantia estendida do acabamento de fábrica com pisos pré-acabados. Não importa se você optar por pré-acabamento ou por fazer o acabamento do piso por conta própria, você precisará saber que tipos de acabamentos estão disponíveis. Atualmente o cliente brasileiro pode optar entre um piso que já vem com o acabamento de fábrica ou não. O piso de madeira sólido com acabamento de fábrica possui sete camadas de UV que previnem contra o desgate do tempo. O piso de madeira estruturado, por sua vez, possui nove camadas de alumínio ante-risco e uma camada meticulosamenet polida acima da última dando ainda mais proteção ao mesmo. Porém, para que é adepto do sistema “faça você mesmo” há dois tipos de acabamentos de madeira: superficiais e penetrantes.

Acabamentos superficiais

Os acabamentos superficiais são os mais populares. Requerem um corante para alcançar a cor desejada e uma cobertura superficial de poliuretano ou verniz para proteção. São fáceis de conservar e bastante duráveis. Existem quatro tipos: • Uretano a base de óleo: acabamento superficial mais comum, é aplicado em duas ou três camadas e está disponível brilhante, semi-brilhante ou acetinado. A desvantagem é o tempo de secagem - até 8 horas para cada demão. Você também precisará de ventilação adequada. É importante saber que ele amarela com o tempo. • Uretano à base de água: uma boa opção para o adepto do FVM, este acabamento seca rapidamente e pode ser facilmente limpo com água e sabão. Tem menos odor que o uretano à base de óleo e não amarela com o tempo. • Uretano de secagem úmida: levemente mais durável que os outros, é mais frequentemente usado em projetos comerciais e é melhor manuseado por um profissional. • Verniz de conversão: devido ao forte odor e vapores, deve ser aplicado somente por um profissional.

Acabamentos penetrantes

Este tipo de acabamento penetra na madeira mais profundamente que os acabamentos superficiais. Ele encharca a madeira e, então, uma cera é aplicada para dar um lustro de baixo brilho. Com este acabamento, a cera tem de ser reaplicada periodicamente e apenas certos limpadores podem ser usados no piso. Por esse motivo, podem ser uma aposta melhor para o instalador não-profissional. Como se não já não houvesse bastantes opções, você também pode escolher o lustro de seu acabamento. O lustro é o brilho do piso. Você pode escolher entre acabamento de alto brilho, baixo brilho ou acetinado. Embora os acabamentos de alto brilho pareçam profissionais, eles mostram riscos mais facilmente. Os de baixo brilho ou acetinados são normalmente usados em instalações de piso de madeira residencial.

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MÉTODOS DE INSTALAÇÃO Se você escolheu o tipo de piso e o acabamento que deseja, chegou a hora de instalar seu novo piso - só é preciso tomar uma última decisão. Há quatro métodos de instalação de piso de madeira. • Pregado - são usados pregos para fixar a madeira no chão. Este método normalmente é usado com piso de madeira fina. • Grampeado - são usados grampos em vez de pregos para fixar o piso no chão. Este método é mais simples que o método pregado. • Colado - os pisos de madeira estruturados e parquetes podem ser colados. A madeira é colada no chão com um adesivo forte. • Flutuante - este é o método mais rápido e fácil de instalação. Os pisos flutuantes não estão presos ao chão, simplesmente flutuam sobre ele. Pode-se aplicar adesivo nas pranchas para mantê-las juntas, ou as pranchas podem ser feitas para se encaixar. Normalmente uma manta é colocada entre o piso de madeira e o chão para proteger contra umidade e reduzir o ruído. Os pisos flutuantes podem ser instalados sobre quase qualquer superfície. Vários fabricantes criaram sistemas de instalação flutuantes fáceis para os consumidores in-

Instalação

As primeiras três linhas do piso são as mais importantes. Devem ser retas e todas as juntas devem se encaixar firmemente. Use grampos e correias para manter todas as conexões apertadas. Sua meta é evitar que as tábuas instaladas abram conforme você encaixa as próximas tábuas. O modo mais comum de fixar as tábuas de madeira em uma instalação flutuante é usar um adesivo entre as juntas das tábuas de madeira. Para aplicar a cola, você colocará um filete ao longo da junta ou borda da madeira. Então irá pressionar essa peça na primeira peça colocada. Planeje onde quer as tábuas de madeira antes de começar a colar. Lembre-se de que a cola seca em sete a dez minutos, então você tem que ser preciso na colocação. Tente não usar muita cola. Você pode limpar qualquer excesso de cola com um pedaço de pano. Também terá de fazer cortes de madeira durante a instalação. É uma boa idéia medir duas vezes. Você não quer acabar com um monte de pedaços inúteis em vez de pranchas de piso adequadas! Insira a tábua e bata as peças juntas com um martelo e um bloco de martelagem (um

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stalarem sozinhos. Como essa é a melhor opção possível para os adeptos do FVM, vamos passar para as etapas de instalação de um piso de madeira flutuante.

Instalando um piso de madeira flutuante Preparação Antes de começar a instalar seus pisos de madeira, você deve ler todas as instruções do fabricante. As instruções dirão o método exato de preparação e colocação do piso. Diferentes pisos de madeira podem necessitar de diferentes tratamentos - por isso, certifique-se de ler as instruções atentamente. Como as madeiras não estão realmente sendo fixadas, um piso de madeira flutuante pode ser instalado sobre quase qualquer tipo de chão. A preparação do chão é extremamente importante. Primeiro, ele deve estar limpo. Então, certifique-se de que está nivelado ou plano. Você pode testar isso colocando uma tábua de madeira em sua borda. Há algum espaço entre a madeira e o chão? Se houver um espaço de mais de 3/4 de polegada, você precisará espalhar algum composto de auto-nivelação sobre o piso. Depois de seco, seu chão deve estar adequadamente nivelado. A seguir, você deverá decidir em qual

pequeno pedaço de madeira). Um bloco de martelagem é usado para proteger a lingüeta ou borda da tábua de danos. Nunca bata sobre a lingüeta sem um bloco de martelagem e sempre mantenha o bloco de martelagem firmemente pressionado contra a lingüeta. Bata delicadamente para fechar as folgas. É melhor bater freqüentemente, mas suavemente, do que bater poucas vezes com força. Se as tábuas não estiverem se encaixando, verifique se há algo preso sob o piso, muita cola, ou sujeira nas ranhuras. Não deve haver espaço entre as juntas se as tábuas forem instaladas corretamente. Se alguma lingüeta estiver visível entre as tábuas, balance gentilmente as tábuas soltas e verifique se há problemas. Se o problema não for evidente, você talvez tenha que usar uma tábua diferente. Cole novamente antes de recolocar as tábuas. Ao bater para encaixar as tábuas, direcione para a junta que você está tentando fechar. Lembre-se que é difícil ajustar as juntas depois que o piso estiver colocado. Continue colocando o piso colando as tábuas juntas e batendo gentilmente nelas

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direção pretende colocar o assoalho. Muitas pessoas levarão em conta onde a luz entra no ambiente, bem como as entradas e saídas do local. Os pisos flutuantes podem ser colocados em qualquer direção, por isso, selecione o que melhor se adapta a seus gostos e ao ambiente. Agora que a preparação está completa, vamos dar uma olhada nas ferramentas que você precisará para concluir o trabalho. Ferramentas Em geral, as ferramentas que você precisará para este trabalho são: • cola • espaçadores • extrator • bloco de rosqueamento • linha de giz • martelo • régua • correias • serra Essas ferramentas podem ser compradas em qualquer loja de material de construção. Não esqueça de verificar as instruções do fabricante para ver se é necessária alguma ferramenta adicional.

em seus lugares. Você deve deixar espaço ao redor da borda do ambiente para a madeira se expandir e contrair. Essa variação ocorre devido à mudança de tempo e temperatura. A guarnição ou rodapé normalmente cobrirá este vão livre. As instruções do fabricante também podem lhe fornecer dicas sobre quanto espaço deixar para a expansão. Quando você tiver a maioria do piso instalada, ficará sem espaço para um bloco de martelagem. Nesse ponto, use um extrator e um martelo para empurrar as tábuas juntas. É uma boa idéia usar um pequeno pedaço de madeira com uma ranhura para proteger a madeira. Para proteger o acabamento do piso enquanto estiver concluindo a instalação, certifique-se de ter uma toalha ou pano macio disponível sobre o qual depositar suas ferramentas e se ajoelhar. Depois de terminar a instalação, é hora de adicionar transições, ornamento e guarnição de base para cobrir todos os espaços de expansão. Então, deixe o piso assentar de acordo com as instruções do fabricante.

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Tecnologia e Produtos

TUBOS E CONEXÕES DE 25 MARCAS NÃO SEGUEM AS NORMAS DA ABNT Empresas que não atendem aos requisitos mínimos de qualidade e segurança correspondem a menos de 9% do mercado

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inte e cinco marcas de tubos e conexões de PVC para instalações hidráulicas prediais não atendem aos requisitos mínimos de qualidade e segurança especificados nas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Esse é o resultado do relatório trimestral desenvolvido pela Tesis (Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia), que verificou a qualidade de 63 marcas de tubos e conexões de PVC comercializados em todo o território nacional. Os ensaios foram realizados no laboratório da entidade, acreditado 22

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pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e têm validade até o dia 20 de setembro. Os produtos passaram por testes para verificar a quantidade de carbonato do tubo, de resistência ao impacto, de resistência à pressão hidrostática, de verificação da qualidade de conexões e de determinação da classe de rigidez. O processo de verificação foi desenvolvido pela Asfamas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento). A iniciativa da realização de relatórios trimestrais, chamada de PGQ-1 IP (Programa de

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Garantia da Qualidade de Tubos e Conexões de PVC para Instalações Hidráulicas Prediais), é reconhecida pelo Governo Federal, por meio do PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat). Todas as 13 empresas credenciadas junto ao PGQ-1 IP foram aprovadas nos ensaios. As participantes do programa respondem por mais de 90% do mercado de tubos e conexões de PVC para instalações hidráulicas. Os resultados das análises podem ser obtidos no site do Ministério das Cidades e também no site da Asfamas.

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Visão

CUSTO X BENEFÍCIO OU BENEFÍCIO X CUSTO ? Sempre ouvimos dizer que uma das coisas mais importantes em qualquer empresa é a famosa relação custo x benefício

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m outras palavras, primeiro leve em conta os custos para só então pensar nos benefícios. Se o custo for alto, nem pense nos benefícios. Reduzir custos, cortar custos, diminuir custos, parece ser o sonho de todo administrador. Parece-nos que essa relação contraria as mais simples decisões da vida. Ou alguém, antes de casar ou de decidir ter um filho parou para pensar nos custos dessas decisões? Se pensasse, certamente jamais teria casado ou seria pai ou mãe. Com certeza, nessas horas só pensamos nos benefícios que a decisão poderá nos trazer. Os sonhos dos grandes empreendedores representaram para eles os benefícios que suas idéias poderiam lhes trazer ou trazer para outras pessoas. Comparando os sonhos com as 24

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despesas que estes representavam, os sonhos superaram todas as análises de custo. Do contrário, muitas empresas jamais teriam saído dos planos ou do papel. Que tal, então, inverter a relação para benefício x custo? Primeiro levar em conta os benefícios que poderão advir da decisão, empreendimento, compra ou venda e, só então, levantar e analisar os custos. Quase, com certeza, estes serão superados por aqueles. Este mesmo raciocínio aplica-se ao mundo das vendas. As pessoas compram casas para ter segurança e conforto, compram roupas para ficar bonitas, compram sapatos para ficar elegantes e compram jóias para se tornarem belas e atraentes. Todos sempre pensam primeiro nos benefícios da decisão e só depois calculam os custos

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que elas lhes trarão. O bom vendedor sabe demonstrar os benefícios que seus produtos, ideias, serviços podem proporcionar a seus possíveis clientes. E, diante de benefícios bem apresentados, demonstrados e comprovados, os custos se tornam pequenos ou, pelo menos, suportáveis e passíveis de ser enfrentados. Fica aqui a ideia. Administradores, compradores e vendedores, vamos primeiro pensar nos benefícios, examiná-los, levantá-los, pelos menos, com o mesmo cuidado até agora dedicado aos custos? Se invertermos a relação para benefício x custo poderemos descobrir muita coisa até agora ignorada ou pouco valorizada em nossas decisões. Não custa tentar! www.obraseprojetos.com.br


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Engenharia

JUNTAS DE DILATAÇÃO

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ma junta de dilatação pode ser definida como sendo uma separação entre duas partes de uma estrutura para que estas partes possam movimentar-se, uma em relação à outra, sem que haja qualquer transmissão de esforço entre elas. Quando se fala em junta de dilatação, visualizamos uma separação entre dois blocos de um prédio ou entre lances de uma ponte. Entretanto, são também juntas aquelas que separam placas de pavimentação, panos de revestimento de elementos pré-moldados, etc. As juntas diferenciam-se pela amplitude do movimento, e o tratamento que recebem para vedá-las em função da ordem de amplitude desses movimentos. COMO VEDAR AS JUNTAS NAS ESTRUTURAS As estruturas de concreto com grandes dimensões, sujeitas a variações de temperatura, necessitam de juntas de para absorverem os seus movimentos de dilatação e de contração. A separação entre blocos de edifícios, pontes, viadutos etc., são locais onde as juntas se fazem necessárias para acomodar movimentos diferenciados de assentamento de fundações, além dos movimentos térmicos de dilatação e de contração. A localização e a direção das juntas, no sentido vertical ou horizontal, a amplitude do seu movimento e o uso a que se destina na área que elas atravessam, são fatores que precisam ser levados em conta no desenho das juntas e na especificação dos produtos e sistemas de sua vedação. Ao estudar a colocação e a forma das juntas, deve-se considerar detalhadamente as diversas influências externas, que possam afetar o concreto e influir no desempenho da junta, tais como: - contração devido à cura; - movimento devido à umidade; - movimento térmico; - recalque da estrutura; - forças lineares; - fixação dos elementos que estarão sobre a estrutura, etc. Sabemos que os movimentos acima mencionados, numa estrutura de concreto, não atuam igualmente. A dilatação, devido ao aumento de temperatura, opõese, às vezes, a contração, devida à perda de umidade e assim se produzem grandes tensões internas. As juntas de dilatação nas obras constituem, pois, um ponto critico permanente, principalmente por não serem corretamente projetadas, pela falta de conhecimentos específicos de desempenho dos materiais em vedação das juntas. Vimos, através desse trabalho, apresentar algumas con-

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siderações e recomendações sobre o desempenho que os materiais de enchimento das juntas devem oferecer, baseadas em observações no decorrer de muitos altos. Os sistemas de vedação de juntas, sejam por enchimento com mastiques, sejam por transpasse com mantas ou por peças mecânicas deslizantes, devem acomodarse à amplitude do movimento da junta. A largura média da junta é a largura em que a temperatura corresponde à média do local da obra, ou seja, na faixa entre l5 ºC e 25 ºC. A junta se abre quando a temperatura diminui e se fecha quando a temperatura aumenta. Especificações de vários países determinam que os mais sofisticados materiais de vedação de juntas devem poder absorver um movimento de 25% para mais ou para menos, da largura média da junta. Por exemplo, um produto que deve vedar uma junta com 20mm de largura precisa ter condições de suportar uma dilatação e uma compressão de 5mm, o que corresponde a um movimento total entre l5mm e 25mm. Um movimento de 5mm para mais ou para menos é, entretanto, muito pequeno para a maioria das condições de uma estrutura. Vamos calcular o movimento baseado nos seguintes parâmetros: - coeficiente de dilatação de concreto – 0,000014; - temperatura mínima no inverno = 0o C - temperatura máxima no verão = 60o C

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- temperatura por ocasião da execução da junta = 25o C - maior dimensão da estrutura = 15m CÁLCULO - movimento de COMPRESSÃO DA JUNTA: 0,000014 x 35o x 15m = 0,00735m. - movimento de DILATAÇÃO DA JUNTA: 0,000014 x 25o x 15m = 0,00525m. Tomando-se por base o movimento de 7,35mm e a regra de que este movimento não deve ser maior do que 25% da largura da junta, então a largura teria que ser: 7,35¬0,25=29,4mm Baseados neste enfoque, chegamos à conclusão de que necessitamos de juntas bem mais largas do que as que são comumente encontradas nas obras, para que o material de enchimento passe a trabalhar sem ocorrer danos. Teremos ainda que levar em consideração que a capacidade de absorver uma amplitude de movimentos de mais de 25% da largura da junta é propriedade de urna estrita gama de produtos à base de polissulfetos, poliuretanos e silicones, todos de elevado custo. São os seguintes os principais sistemas de vedação de juntas: a)Mastiques de enchimento. b)Mantas asfálticas. c) Perfis de borracha ou PVC colocados sob pressão. d)Perfis de borracha ou PVC chumbados no concreto (Fugenband). e)Dispositivos mecânicos de desligamento. USO DOS SISTEMAS a) Mastiques de enchimento Os mastigues de enchimento devem ser usados para juntas de pequena amplitude de movimento, no máximo de 2mm a 5mm. São 3 casos de juntas de separação da pavimentação de pisos plaqueados e peças pré-moldadas, etc. b) Mantas asfálticas As mantas asfálticas servem para vedar juntas de dilatação como as usadas para separar blocos de edifícios, com amplitude de movimento entre 5mm e 15mm. Os detalhes de execução são mostrados mais abaixo. c) Perfis de borracha ou PVC colocados sob pressão: As juntas nucleadas (pressurizadas) são adequadas para juntas de grande amplitude de movimento. De acordo com os fabricantes, servem para absorver movimentos até 135mm. d) Os perfis tipo “Fugenband” são geralmente usados em www.obraseprojetos.com.br

conjunto com uma outra vedação ao nível da superfície, pois sozinhos não oferecem segurança. e) Sistemas mecânicos São usados somente em casos muito especiais e não existem sistemas prontos para uso. A LARGURA DAS JUNTAS Quando as juntas são executadas com mantas asfálticas, a largura das juntas é muito importante. Juntas estreitas não permitem que se forme um colo adequado e, ao se fecharem, comprimem demais a manta e o enchimento, formando uma dobra que poderá enfraquecer o material, criando condições que, a longo prazo, levarão ao rompimento. Em juntas largas e amplas o material de vedação trabalha menos, a execução torna-se fácil e o enchimento da junta pode contrair-se ou dilatar-se livremente, absorvendo os movimentos de dilatação e de compressão. Uma regra para orientar as dimensões de juntas enchidas com massa vedante, tipo mastique, é a seguinte: - dimensão mínima de 6mm x 6mm; - para largura de 6mm a l2mm, a profundidade deve ser de 6mm; - para largura de l2mm a 25mm, a profundidade deve ser a metade da largura; - para larguras maiores, a profundidade deve ser mentida de l2mm. EXECUÇÃO DE JUNTAS COM MANTAS ASFÁLTICAS A execução das juntas de dilatação com mantas asfálticas é simples e eficiente. A grosso modo, basta passar a manta asfáltica por cima da junta, mas antes se deve: 1º – inserir na abertura da junta, para apoio, um material compressível e de certa elasticidade (espuma rígida de poliuretano ou poliestireno expandido); 2º – transpor a junta com uma faixa de manta aderida à base, formando uma pequena bolsa para dentro da junta, cuja finalidade é diminuir a solicitação sobre o material, nesse ponto; 3º – encher a bolsa com mastique que não ofereça resistência ao movimento da junta; 4º – aplicar outra faixa adicional da manta, também aderida à base, por cima da anterior, ultrapassando-a. 5º – criar uma forma adequada para fixação do piso que estará sobre a impermeabilização. Quando for inviável a inserção do material compressível na junta, por sua diminuta abertura, antes da passagem da manta principal, deve-se: 1º – cobrir a junta com uma faixa da manta, aderida à base; 2º – aplicar por cima, ultrapassando-a, outra faixa adicional da manta, também aderida à base.

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Capacitação Profissional

NORMA PARA QUALIFICAÇÃO DE PINTORES ENTRA EM CONSULTA NACIONAL Comitê de qualificação de pessoas no processo construtivo para edificações da abnt prepara mais oito normas

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CB-90 (Comitê de Qualificação de Pessoas no Processo Construtivo para Edificações) disponibilizou para consulta nacional o projeto 90:003.01-001, que estabelece uma norma de qualificação de pessoas para trabalhar como pintor de obras imobiliárias. Os interessados devem apresentar sugestões aos Projetos de Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) por meio do site www. abntonline.com.br/consultanacional,

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onde é possível acessar, visualizar e imprimir os textos. As sugestões serão recebidas pela Comissão de Estudo responsável até o dia 11 de outubro. Criado no final de 2009, o CB-90 tem apenas duas normas em vigor atualmente: a NBR 15843, que especifica o perfil de competências para o instalador de pisos laminados melamínicos de alta resistência, e a NBR 15825, referente ao perfil profissional do assentador e do rejuntador de placas cerâmicas e porcelanato para revestimentos.

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Qualificação O CB-90 (Comitê de Qualificação de Pessoas no Processo Construtivo para Edificações) foi criado em 2009, para atender à demanda de qualificação dos trabalhadores do setor. Atualmente, o CB-90 conta com duas normas em vigor, que especificam o perfil de competências para o instalador de pisos laminados melamínicos de alta resistência e do perfil do assentador e do rejuntador de placas cerâmicas e porcelanato para revestimentos, além de outras seis em consulta nacional. Segundo a coordenadora do comitê e consultora da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmicapara Revestimento), Maria Luiza Salomé, as normas têm como objetivo identificar as competências que o profissional da área deve ter e servir como qualificação do trabalhador. “A norma servirá caso o profissional queira se fortalecer”, disse Salomé. As normas da ABNT são voluntárias, mas as empresas e/ou profissionais que se interessarem pela qualificação poderão participar, futuramente, de cursos para atingir as exigências das normas. De acordo com a coordenadora do CB-90, os cursos deverão ser realizados pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e por outras instituições. O comitê está elaborando outras oito normas para a área. Os projetos são formulados por profissionais da área, fabricantes dos produtos utilizados, construtoras, projetistas, laboratórios e universidades.

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Legislação

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS PARA 2011 É SANCIONADA Segundo legislação, regime de empreitada por preço global poderá ser adotado sem o cumprimento da Lei de Licitações

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no dia 9 de agosto a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2011, que prevê, entre outros aspectos, a adoção do regime de empreitada por preço global sem o cumprimento da Lei das Licitações (nº 8.666). Segundo a legislação, na formação do preço que constará das propostas dos licitantes poderão ser utilizados custos unitários diferentes do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), da Caixa Econômica Federal, e, no caso de obras e serviços rodoviários, à tabela do Sicro (Sistema de Custos de Obras Rodoviárias). Para isso, no entanto, é preciso que o preço global orçado e o de cada uma das etapas previstas no cronograma físico-financeiro do contrato fique igual ou abaixo do valor calculado a partir do sistema de referência. Em condições especiais, devidamente justificadas em relatório técnico circunstanciado, elaborado por profissional habilitado e aprovado pelo órgão gestor dos recursos ou seu mandatário, poderão os custos das etapas do cronograma físico-financeiro exceder o limite fixado, sem prejuízo da avaliação dos órgãos de controle interno e externo. Quando aprovada na Câmara, a flexibilização na regra das licitações foi criticada pela Direção Nacional do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) e pelo Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agrono30

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mia), que chegou a pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vetasse a medida. Para Marcos Túlio de Melo, presidente do Confea, com a aprovação da LDO, o importante agora é fiscalizar as obras. “A Lei de Diretrizes Orçamentárias está aprovada e cabe agora fazermos um acompanhamento muito firme desses processos. Vamos trabalhar ainda mais intensamente com o Movimento Anticorrupção para evitar os abusos que poderiam não ocorrer caso houvesse o veto do presidente”, afirma. Segundo o engenheiro, o Confea, a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva) e outras associações do setor têm como prioridade, no momento, impedir a aprovação da Medida Provisória 489, de 13 de maio, que cria um regime especial de licitações para as obras aeroportuárias com vistas à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016. “A MP 489 é muito pior do que a LDO de 2011 porque determina, entre outras coisas, pregões eletrônicos para obras em geral e a inversão das fases dos processos licitatórios, contrariando totalmente a Lei de Licitações em vigor”, explica Melo. “Todos temos preocupação com prazo, mas se querem bons empreendimentos para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016, é preciso ter bons projetos e, consequentemente, um planejamento rigoroso”, defende o presidente do Confea. “A LDO e a MP 489 degradam a competência da engenharia e da arquitetura brasileira”, completa.

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