Revista Obras & Projetos - Publicação Mensal da Construção Civil - ANO 1 - Nº 02 - Novembro de 2010
“CASA DOS SONHOS” Projeto desenvolvido pelo arquiteto Mateus Monteiro une modernidade e romantismo
CASA ECOLÓGICA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL.
NOVA LIGA DE CONCRETO SUBSTITUI AREIA POR CINZA DA CANA-DE-AÇUCAR.
Conheça os principais aspectos de uma casa sustentável.
SETOR SE PREOCUPA COM A FALTA DE ENGENHEIROS NO MERCADO
Engenharia Sustentabilidade Inovação Técnicas Construtivas Tecnologia e Produtos
Capacitação Profissional Mercado Gestão
EXPEDIENTE Diretor Comercial Alexandre Magno Henriques
CARTA AO LEITOR O empresário do setor está menos otimista com relação aos próximos seis meses. Apesar de apresentar expectativa positiva com relação ao nível de atividade, com o indicador em 60,8 em outubro (acima dos 50 pontos), esse otimismo é menos disseminado que o observado nos últimos meses (em setembro o indicador situava-se em 65,3 pontos). Essa queda foi comum a todos os portes, sendo que as grandes empresas são mais otimistas. Os empresários mantêm-se otimistas também com relação aos novos empreendimentos e serviços, mas de forma menos disseminada que no mês anterior. O indicador situa-se em 61,2 pontos em outubro, contra 63,1 em setembro. Entre os portes, as grandes empresas foram as únicas em que o otimismo se ampliou. A queda no otimismo no nível de atividade e nos novos empreendimentos e serviços resultam em um menor otimismo para a compra de insumos e matériasprimas. O indicador mantém-se acima dos 50 pontos (59,9 pontos), mas o resultado é menos disseminado que no mês anterior (64,2 pontos). Essa redução foi comum a todos os portes. A expectativa com relação ao número de empregados é de aumento nos próximos seis meses. O indicador situa-se em 58,8 pontos, acima dos 50 pontos. Contudo, comparativamente ao último levantamento ( julho), o indicador é inferior em 5,7 pontos, sendo que esse menor otimismo também é comum a todos os portes.
Diretor de Publicidade Fellipe Henriques Figueiredo Jornalista Maria Regina de Andrade Diagramacão e Projeto Gráfico Inout Comunicação Diretor de arte Chris Ueslei Sandy Fotógrafo Eduardo Teixeira Atendimento Estevão Figueiredo Foto Capa Revista Obras & Projetos Redação Para sugerir temas escreva para redacao@obraseprojetos.com.br Tiragem 3000 exemplares REVISTA OBRAS & PROJETOS Rua Dona Inácia, 91 - Centro - Lavras / MG CEP:37.200-000 - Telefax: (35) 3822-6795 www.obraseprojetos.com.br A revista OBRAS & PROJETOS é uma publicação mensal direcionada a Diretores de Construtoras, compradores e especificadores de Obras, Engenheiros e Arquitetos. Opiniões e conceitos emitidos pelos Colunistas não representam, necessáriamente os da revista. Todas as fotos não especificadas têm seus direitos reservados pelos sites www.sxc.hu www.google.com.br
Índice
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SUSTENTABILIDADE
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
Casa Ecológica e Construção Sustentável. Conheça os principais aspectos de uma casa sustentável.
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Aplicação de Painel Wall na Construção Civil.
INOVAÇÃO
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Bloco Estrutural confere maior agilidade para a construção reduzindo gastos e tempo com mão de obra.
CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
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ENGENHARIA
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Setor se preocupa com a falta de engenheiros no mercado e começa a estudar alternativas para a carência de profissionais.
CAPA
PROJETO Projeto do Arquiteto Mateus Monteiro confere ar Moderno e Romântico aos ambientes de uma “casa dos sonhos”.
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TECNOLOGIA E PRODUTOS
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Nova liga de concreto substitui areia por pó da cana-de-açucar.
MERCADO
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Custo da Construção civil sobe em Outubro.
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Custo da Construção civil sobe em Outubro.
GESTÃO
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Empresas adequam suas atividades às normas de eliminação de resíduos produzidos na construção civil.
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Sustentabilidade
CASA ECOLÓGICA E CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
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os dias de hoje, as pessoas passam a maior parte do tempo no interior das edificações. Para que estes ambientes tornem-se mais agradáveis e dentro das soluções de sustentabilidade que tanto se fala hoje em dia, o desenvolvimento tecnológico trouxe informações e alternativas de construção que permitem criar condições acústicas, térmicas, luminosas e de salubridade no interior de recintos que sejam satisfatórias para a grande maioria das pessoas. Pode-se lançar mão de projetos arquitetônicos inteligentes, usar sistemas construtivos aprimorados e, até, empregar equipamentos para climatização ambiental. Na década passada, após as suces-
sivas crises energéticas e à tomada de consciência do possível esgotamento da capacidade do meio ambiente de receber os rejeitos da atividade humana, o conceito de sustentabilidade começou a ganhar força no setor da construção civil. É importante pensar em um uma edificação econômica e ambientalmente correta, com a premissa de que ela seja confortável. De nada vale o edifício ser produzido com baixo consumo de água e energia durante a sua operação, ou mesmo com baixa geração de resíduos durante a fase de obra, se ela for desconfortável para seus ocupantes. Logicamente, também não é aceitável que se gaste energia desordenadamente e se gerem montanhas de resíduos para produzir conforto.
Condições de conforto satisfatórias são influenciadas diretamente pela fase de projeto da edificação. Dificilmente, durante a obra, é possível tomar medidas que consigam surtir efeito melhorando as condições de conforto ambiental. Pelo contrário, falhas de execução podem prejudicálas. A abordagem ao tema deve ser iniciada logo nos estudos preliminares, com a definição da implantação da edificação no terreno e da sua forma. Idealmente, deveria ser privilegiada a condição de menor exposição ao ruído urbano, aproveitamento de luz difusa e, nos climas quentes, redução do ganho de calor solar, ou, nos climas frios, maximização desses ganhos. A maneira ecologicamente correta
Os conceitos básicos para uma casa ecológica seriam: - madeira proveniente de florestas ecologicamente geridas; - utilização de materiais reaproveitados e recicláveis; - ducha, torneira e descarga que consomem pouca água; - telhado verde; - captação de água da chuva; - vidros que impedem a dispersão do calor; - isolamento térmico reforçado; - painéis fotovoltaicos; - bastante uso de iluminação natural; - lâmpadas de baixo consumo; - sistema de automação para controle dos equipamentos elétricos.
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Casa Eucaliptus
dentro da concepção da sustentabilidade vai repercutir no modo como as pessoas vivem e se relacionam com o meio ambiente dentro da sua própria casa. Um exemplo de uma casa ecologicamente correta é da Casa Eucaliptus, construída em aproximadamente cinco meses, em Campos do Jordão. Feita com madeiras de origem de reflorestamento e manejo sustentável, a casa recebeu placas solares para o aquecimento de água, além de abertura de vidro que permitem o ganho de calor de forma passiva, já que as temperaturas da cidade chegam a ficar abaixo de zero. Conectores metálicos que ligam os pilares de eucalipto às sapatas de concreto, também permitiram que o terreno fosse preservado com sua declividade original. Além disso, 90% dos resíduos da obra, como sobras de madeira, foram reutilizados e transformaram-se www.obraseprojetos.com.br
em uma parede interna e em acabamentos de alguns móveis. Não existe a fase ou etapa “sustentabilidade” no processo projetual. Quando isso ocorre pouco se agrega ao resultado final. Existe, sim, a opção pelo sustentável que permeia todo o processo. Esse exercício permanente e constante de lidar com o desejo ao desenvolver seu trabalho pode trazer dúvidas e conflitos ao projetista. A natureza sempre foi e é minimalista. Usa com eficiência a economia de recursos. Isso quer dizer que seremos obrigados a fazer uma transição. Desenvolvemos o saber e o saber fazer com a sociedade de consumo. Vamos ter que fazer o mesmo com a sociedade da sustentabilidade. Assim, o desafio está em aprender a lidar com esses valores, com as novas possibilidades e conhecimentos Novembro de 2010
tecnológicos que nos permitem criar modelos e soluções adequadas às demandas atuais. Aliás, se fala muito que a boa arquitetura foi, é e será sempre sustentável naturalmente. Não discordamos, apenas entendemos que é necessário aprofundar essa avaliação e desenvolver instrumentos que possibilitem a medição inequívoca de boa parte dessas qualidades. Um arquiteto que se destaca por trabalhar consistentemente em busca de soluções mais sustentáveis, antes mesmo que se tornasse uma demanda comercial, é João Filgueiras Lima, o Lelé. Sua criatividade para desenvolver soluções inovadoras e eficientes, principalmente, de ventilação natural, diante da limitação tecnológica e de recursos disponibilizados, ainda hoje não encontra muitos pares. -
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Sustentabilidade
Uso da água Quando se pensa em economia de água é indispensável garantir que os equipamentos hidráulicos utilizados, como tubos, conexões, louça sanitária e metais sanitários cumpram adequadamente sua função. Os metais sanitários, por exemplo, devem controlar, restringir, bloquear ou permitir a passagem da água num volume adequado ao uso. Os vazamentos de tubulações e outros aparelhos respondem pelo maior volume de desperdício. No caso dos produtos que ficam embutidos em parede, como registros de gaveta e registros de pressão, problemas com vazamento podem ser ainda mais graves, gerando, além de desperdício de água, infiltrações que provocam danos de difícil reparação nas áreas atingidas pela água, como bolhas e manchas na pintura, eflorescências no concreto, desplacamento do revestimento cerâmico e corrosão do aço da estrutura. Vale lembrar também que as louças sanitárias produzidas atualmente utilizam volume de água para descarga muito inferior ao das bacias mais antigas. Assim, a substituição de louças antigas pelas atuais pode resultar em significativa redução no consumo, desde que seja observado se essas bacias atendem aos requisitos mínimos de desempenho e eficiência da descarga com esse volume reduzido de água. No caso de edificações de uso público, é comum a instalação de aparelhos economizadores de água, como torneiras de fechamento automático. Para redução do consumo de água, há produtos como torneiras com arejadores, registro regulador de vazão, restritores de vazão, válvula de des-
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carga automática para mictórios, bacia sanitária com caixa acoplada de acionamento duplo de 3 e 6 l, bacia sanitária com caixa acoplada de 6 l por descarga, bacia sanitária com válvula de descarga de ciclo fixo, torneiras hidromecânicas e torneiras eletrônicas de fechamento automático. A grande alteração no sistema hidráulico diz respeito à implantação do sistema de medição individualizada de água, por meio da qual torna-se possível o gerenciamento individual do consumo de água. Com isso, os impactos ocasionados pela adequação de equipamentos hidráulicos economizadores, por exemplo, são passíveis de serem monitorados pelos próprios usuários, incentivando práticas de otimização do uso da água em diversas atividades rotineiras (como por exemplo, no tempo do banho), potencializando a aderência ao uso racional da água.
Uso do vidro Na concepção do projeto, um dos materiais muito usados para melhorar o conforto ambiental e assim diminuir o consumo de energia elétrica, é o vidro. Continuam sendo muito importantes as decisões projetuais quanto, à proporção de áreas transparentes e opacas, orientação geográfica da fachada, indicação de dispositivos de sombreamento ao conhecimento das características óticas de cada vidro. A especificação de fachadas transparentes, considerando a realidade climática no Brasil, deve ser feita com extrema cautela e conhecimento quanto às estratégias passivas a serem utilizadas.
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Reuso Quando o contrato envolve apenas projeto e construção, a responsabilidade da empresa contratada é associada apenas aos aspectos de engenharia de projeto e de construção associados. O projeto e a obra deverão atender a critérios econômicos, técnicos e operacionais devendo fornecer, consistentemente, efluentes em vazão e qualidade previamente especificados. Nessa modalidade a operação e a manutenção dos sistemas de tratamento e de distribuição e a garantia da qualidade da água ficam inteiramente sob a responsabilidade da administradora do condomínio. Sistemas de reuso em edificações devem ser projetados e monitorados adequadamente e serem mantidos sob condições de operação e manutenção profissional e sistemática. As redes de distribuição de água tratada devem ser projetadas para evitar a possibilidade de conexões cruzadas e devem ser tomados cuidados para evitar usos não permitidos. Cuidados especiais deverão ser tomados para controlar o risco de contaminação de operadores e usuários, por meio de informações e campanhas de educação sanitária, utilização de torneiras com chaves, em áreas de acesso comum, e devem ser colocados avisos visíveis com alertas sobre a qualidade da água de reuso. Seria desejável implantarse nos sistemas de reuso o sistema de controle designado APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), adaptando-se a NBR 14.900 - Sistemas de Gestão e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - Segurança de Alimentos, às características de edifícios e condomínios. O consumo de águas pluviais ou de
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águas de reuso, em edificações, pode levar a reduções significativas no custo tarifário associado à compra de água potável. Essa redução, entretanto, varia em função das características do projeto de aproveitamento dessas fontes alternativas e, consequentemente, do nível de recursos financeiros postos à disposição. Por exemplo, se o projeto estipular que essas fontes alternativas (isoladamente ou em conjunto) forem utilizadas apenas para descargas sanitárias em uma edificação domiciliar, a redução do consumo de água tomada de sistemas públicos de abastecimento será de 25 a 35%, que são as porcentagens de consumo associadas a esse tipo de uso. Se as fontes alternativas forem, também, utilizadas para lavagem de pisos (garagens, pátios etc.), lavagem de veículos, água de make up para torres de resfriamento de sistemas de ar condicionado, irrigação de jardins e áreas verdes, a redução do consumo de água de sistemas públicos de abastecimento poderá chegar a 70% ou 80%.
Energia Estão em alta as células fotovoltaicas. Elas convertem diretamente a energia do sol em energia etétrica de forma silenciosa, não poluente e renovável. Uma das mais recentes e promissoras aplicações da tecnologia fotovoltaica é a integração de painéis solares em conjunto com a construção civil.
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Telhado verde Telhados verdes oferecem uma estratégia inteligente e de alto impacto para amenizar a aridez e os efeitos das mudanças do clima nas cidades modernas. Inúmeras cidades por todo o mundo já reconhecem esses serviços e oferecem incentivos fiscais e reduções de impostos, sinalizando mudanças de rumo no planejamento e reestruturação da infraestrutura urbana. Grandes obras públicas e privadas já caminham nessa direção. Para criar e manter esses novos ecossistemas em longo prazo, a composição da tecnologia de cultivo sobre áreas impermeáveis é fundamental - todos os componentes do telhado verde devem colaborar para seu desempenho ao longo do tempo em condições adversas: engenharia de drenagem, armazenamento de água, espaço/volume para crescimento de raízes, substrato leve e em proporções adequadas para que não seja necessária a reposição constante, seleção de plantas (um gramado consome pelo menos quatro vezes mais água do que algumas espécies de plantas suculentas). Uma vez bem estabelecido, o telhado verde tem longa durabilidade. Um artigo publicado em maio deste ano na revista especializada norte-americana Ecological Engineering compara a performance a longo prazo de diversos telhados verdes construídos em Berlim desde 1880. O estudo comparou esses sistemas antigos aos sistemas modernos estabelecidos a partir da década de 1980. Segundo os autores, os telhados verdes modernos têm um desempenho muito superior aos sistemas antigos, devido às tecnologias aplicadas, havendo correlação positiva entre a capacidade de armazenamento de água do sistema e o índice de cobertura vegetal. Sistemas de armazenamento de água da chuva ajudam na eficiência do telhado verde, mas não ex-
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cluem uma avaliação da necessidade de irrigação, que pode ser obrigatório para algumas espécies. Um plano mínimo de manutenção é recomendável. Projetar de forma sustentável pode representar desde a adoção de pequenos aprimoramentos nas práticas atuais até a ruptura de paradigmas, repetidos à exaustão por terem sido criados enfocando, em geral, apenas o custo inicial do empreendimento. A incorporação plena dos aspectos de sustentabilidade deve ser feita a partir de premissas interligadas, envolvendo desde os parâmetros estéticos e técnicos, que atendam ao programa arquitetônico, questões técnicas, executivas e de desempenho da edificação até a inserção do edifício no contexto urbano. Certamente, o desenvolvimento de uma edificação com alto desempenho ambiental e estética de ampla aceitação, não é tarefa plausível para um único projetista, mesmo aliando ampla bagagem técnica e criatividade privilegiada, mas para equipes multidisciplinares qualificadas, trabalhando de forma coesa e harmônica. Temos um longo caminho a percorrer, mas acreditamos que chegará o momento que não precisaremos mais qualificar e diferenciar arquitetura sustentável de não sustentável; nossas demandas serão outras. A sustentabilidade orientará os projetos naturalmente e a criatividade será mais estimulada na nova beleza da sustentabilidade.
Cristiane Godinho Arquiteta | Especialista em paisagismo e Inovações tecnológicas na Construção Civil Contato: (35) 8402-6736
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A MELHOR FERRAMENTA PARA COMU
REVISTA EXCLUSIVA D
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Revista Obras & Projetos é uma publicação mensal, técnica, distribuída gratuitamente para engenheiros, arquitetos, construtores e fornecedores de produtos ou serviços de Construção. O
Objetivo é divulgar assuntos
de interesse da comunidade e artigos técnicos de especialistas da área.Essas matérias tratam sobre aspectos sócio-econômicos que envolvem o segmento, lançamentos, informações
do processo evolutivo do mercado, eventos além de anúncios de produtos e serviços do setor. É nesse contexto que atua o periódico “Obras & Projetos”, publicação especializada em informação aplicada a obras civis.
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Técnicas Construtivas
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“BRINCANDO” DE CONSTRUIR
Painel Wall aplicado como laje em estacionamentos veiculares
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á imaginou como seria erguer um edifício em poucos dias, com mãode-obra enxuta, qualificada, utilizando produtos de excelente qualidade, sem gastos dispendiosos com cimento, areia e água? Parece coisa de primeiro mundo. Até não muito tempo atrás costumávamos admirar as grandes construções da Europa, nos perguntando quando é que toda aquela tecnologia chegaria ao Brasil com viabilidade, e juntamente com ela a tão sonhada qualificação técnica de nossos trabalhadores nos canteiros de obras. Existe hoje em nosso mercado dezenas de sistemas construtivos criativos que tiram partido do desempenho técnico de alguns produtos-chave para viabilizar a construção a seco. O Painel Wall da Eternit é um desses produtos que vieram para ficar. Desenvolvido por brasileiros, vem tomando um mercado crescente de obras com conceitos de semi-industrialização e racionalização, e começa a ganhar espaço em pequenas reformas nos centros urbanos. O produto é composto de miolo de madeira laminada ou sarrafeada, contraplacado em ambas as faces por lâminas de madeira e placas cimentícias em CRFS (Cimento Reforçado com Fibras Sintéticas) prensadas a alta temperatura. O resultado não poderia ser outro: com
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largura padrão de 1200mm e comprimentos de 2100, 2500, 2750 e 3050mm o painel é autoportante e extremamente resistente. Para se ter uma idéia do desempenho deste produto, a resistência à compressão axial é de quase 6 toneladas, e dependendo da configuração adotada o produto oferece proteção à prova de balas. Pesando apenas 32kg/ m² possui o desempenho de uma laje maciça, e excelente isolamento térmico e acústico. Para utilizar o Painel Wall na horizontal, como mezanino, a Eternit sugere o vão livre 1,25m de eixo a eixo do vigamento, seja utilizando perfis metálicos, vigas em madeira ou em concreto; nesta configuração o produto suporta até 500kgf/m². Se reduzirmos o vão livre estrutural para 1m a resistência sobe para 600kgf/m², que é a taxa requisitada pelos calculistas para lajes de estacionamentos veiculares. Utilizando como fechamento ou divisórias, tratamos o Painel Wall como uma parede acabada de 4cm de espessura! Depois de impermeabilizar o produto pode-se aplicar absolutamente qualquer revestimento, desde pintura até fixação de grandes placas de pedra. Podemos também fixar bancadas, prateleiras, aparelhos de ar-condicionado e grandes aparelhos de televisão com seu peso incidin-
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do diretamente sobre a superfície do material, que suporta até 150kgf de cargas verticais concentradas. Tudo isso sem a necessidade de reforço estrutural pontual, como é o caso da construção à seco convencional em drywall. E por falar em gesso acartonado, como o painel é contraplacado por placas de cimento que não oxidam nem corroem, não geram mofo ou fungos e reagem bem à umidade, o produto é ideal para aplicar em áreas molhadas e onde a vigilância sanitária e os projetos de incêndio exigem cuidados especiais com o fogo. O produto está conforme a NBR 9442 e possui todos os testes do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Temos uma série de obras que utilizam o produto, como casas, escolas e universidades, drogarias, lojas de shopping centers, megastores, centros de convenção, estádios, enfim. Além de oferecer uma construção limpa e rápida é um produto que não gera sobras ou entulhos, pois mesmo pequenas superfícies do Painel Wall preservam as qualidades estruturais das peças como um todo. E caso o projeto arquitetônico peça o cimento aparente, sugerimos a aplicação de selador e impermeabilizante incolores, preservando a cor natural das placas cimentícias. Na FEMACON em Lavras, que durou entre os dias 17 e 19 de setembro deste ano, a Construlara promoveu uma instalação sanitária totalmente constituída de Painéis Wall e louças de alto luxo da Eternit, e todos gostaram muito da solução construtiva. Acesse o site da Eternit e baixe o catálogo técnico do Painel Wall. Estamos construindo o futuro! João Paulo Magalhães Arumaa Arquiteto Promotor Técnico – CREA-MG 95657 D Eternit S/A - ISO 9001 . ISO 14001 OHSAS 18001 . Bovespa N3 contato: (31)9314.7159 - (21)3107.0665 Fax: (21)3106.9118 e-mail: joao.arumaa@eternit.com.br http://www.blogdaeternit.com.br
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Inovação
SISTEMA CONSTRUTIVO:
ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS DE CONCRETO
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ALVENARIA ESTRUTURAL é um sistema construtivo racionalizado, no qual os elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria, ou seja, os próprios blocos de concreto. No sistema convencional de construção, as paredes apenas fecham os vãos entre pilares e vigas, encarregados de receber o peso da obra. Aqui, pilares e vigas são desnecessários, pois as paredes – chamadas portantes – distribuem a carga uniformemente ao longo da fundação. Na alvenaria estrutural de blocos de concreto elimina-se a estrutura convencional, o que conduz a importante simplificação do processo construtivo, reduzindo etapas e mão-de-obra, com
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conseqüente redução do tempo de execução e dos custos. A utilização desse sistema permite diminuição significativa no custo total da obra. Bem utilizado, o sistema pode baratear a construção em média 30%, em relação ao sistema convencional de estrutura em concreto armado. Hoje nos EUA, Inglaterra, Alemanha e muitos outros países, a Alvenaria Estrutural atinge níveis de cálculo, execução e controle similares às aplicadas na estrutura de aço e concreto, constituindo num econômico e competitivo sistema racionalizado, versátil e de fácil industrialização. Economia, segurança, qualidade e rapidez de execução, permitem à Alvenaria Estrutural adequar-se tanto a obras
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populares como de padrões mais elevados. O projeto Cingapura, de verticalização de favelas de São Paulo, tem hoje cerca de 14 mil unidades em prédios de 5 ou mais pavimentos, construídos em Alvenaria Estrutural. Por outro lado, inúmeros edifícios, de padrões médio e alto, podem ser vistos em bairros nobres da capital paulista. Enfim, é possível desenvolver um sistema racionalizado que resulta na melhoria da qualidade do produto final e em significativa economia na obra. Entre em contato conosco sem compromisso para maiores informações e detalhes, ou para auxiliá-lo em sua construção. Fornecemos todo o suporte técnico e orientação para a sua equipe de obra.
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TRAÇOS MODERNOS COM INSPIRAÇÃO ROMÂNTICA Idealizada para a proprietária não se sentir sozinha e grande o bastante para receber os filhos e os amigos com conforto.
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Voltada para o jardim interno, é a materialização do sonho de uma vida inteira. Eu queria ter o jardim sempre à vista, ouvir os passarinhos e jamais acender a luz durante o dia”, diz Jane Romaniello. Desses desejos confessos nasceu a moradia translúcida, cheia de claridade natural, marcada por traços a um só tempo fortes e discretos, usados para delinear ambientes sem barreiras visuais. Em busca de funcionalidade, estar, cozinha e varanda estão praticamente interligadas. Outro trunfo da arquitetura, é o mix bem dosado dos materiais que garante tom contemporâneo ao projeto.
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Traços afinados O projeto se apropriou do terreno de 771 m² para criar ambientes espaçosos voltados ao bem-estar. Veja como o jardim envolve toda a área social e reverencia o desejo da moradora de se cercar de verde. Na área íntima, no andar superior, o arquiteto
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lançou mão de quatro suítes com closets e um home theater. Cozinha e varanda celebram o desejo da moradora de vivenciar os prazeres simples da vida, como preparar saborosos almoços para convidados muito queridos. Anfitriã de primeira linha e fã de gastronomia, ela imagi-
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nou um ambiente gostoso de ficar e bonito de olhar. Para atender ao pedido, Mateus usou elementos de demolição, trazidos de vários pontos de Minas Gerais. A composição garantiu a atmosfera aconchegante que tanto agrada à família quanto aos amigos. “Todos os encontros serão especiais
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nesta casa”, diz Jane. Em dias ensolarados ou em noites estreladas, as animadas reuniões acontecerão na varanda, ao redor do fogão, da churrasqueira e do Spa,que esta instalado por debaixo de um deck deslizante no meio do jardim interno.
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Erguida em uma esquina privilegiada, em um condomínio fechado em Lavras - MG. Em comunhão a natureza vibrante do jardim interno, o layout previu amplas aberturas nas suítes para deixar o verde entrar e assim reforçar os contornos sensoriais do projeto. Aqui, cada detalhe foi pensado para estimular os sentidos. Dos aromas dos temperos à iluminação que propõe climas diferenciados até a central de som instalada no home theater, que garante música ambiente por todos os cantos. “A área íntima foi desenhada para oferecer relaxamento”, conta o arquiteto. Ao lado da suíte, a proprietaria ganhou uma varanda de frente para o jardim interno, lugar onde a moradora pretende experimentar momentos de puro sossego. “Esta é a casa dos sonhos”, afirma a proprietária.
Mateus Monteiro Arquiteto Projetista e Empresário E-mail: mateusarquiteto@hotmail.com Contato: (35) 9904-6535
Capacitação Profissional
SETOR JÁ DISCUTE CONTRATAÇÃO DE ENGENHEIROS ESTRANGEIROS PARA SUPRIR A FALTA DE PROFISSIONAIS NA CONSTRUÇÃO Totalidade de engenheiros não suprirá a demanda nos próximos anos, apesar do crescimento do número de profissionais
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om a escassez de engenheiros no Brasil, especulações de contratação de profissionais estrangeiros se tornam cada vez mais comuns. A última vez aconteceu durante a assinatura de um protocolo de intenções para a viabilização de negócios internacionais envolvendo empresários cearenses e investidores estrangeiros no Estado. Durante o evento, realizado pela Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE) e a Câmara Brasil-Portugal no Ceará (CBP-CE), os presidentes das duas entidades levantaram essa questão. Embora não conste no documento, o presidente da Coopercon-CE, Otacílio Valente, e o presidente da CBP-CE, Jorge Chaskelmann, lembraram a ociosidade dos engenheiros em Portugal com os problemas econômicos daquele país e a escas-
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sez de mão de obra no Brasil. Trazê-los para o País não seria má idéia. Os dois presidentes não foram encontrados pela reportagem para dar mais detalhes sobre o tema. No entanto, a secretária executiva da Câmara, Clevânia Maria Alves Teixeira, afirmou que o acordo é comercial, e a “importação” de engenheiros, embora levantada pelos presidentes, não faz parte do acordo. A contratação de profissionais, no entanto, não é a melhor saída para a resolução do problema, na opinião de dirigentes setoriais. Segundo o vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Haruo Ishikawa, “a escassez de mão de obra no setor é muito grande, e vai desde o
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servente até o engenheiro civil”. De acordo com Ishikawa, o setor não estava preparado para o crescimento, por isso não tem profissionais suficientes. Ele acredita, no entanto, que “a partir de 2012 esse cenário deve se normalizar, com novos engenheiros civis saindo das faculdades”. Para Agamenon Rodrigues Oliveira, diretor do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro (Senge-RJ), existe um grande número de engenheiros formados que não trabalham mais na área e que supririam a demanda se fossem realocados no setor. “Tem muito engenheiro trabalhando fora da área. É preciso que esses profissionais voltem ao setor e passem por uma atualização. Assim, é possível evitar a importação de profissionais”, afirma. No entanto, mesmo o aumento de novas vagas nas universidades e o retorno de profissionais não atuantes na área não supririam a carência de profissionais. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a totalidade de engenheiros de todas as áreas, inclusive a civil, não suprirá a demanda de emprego em 2015. Pelas projeções do Ipea, em 2015 o Brasil terá 1,099 milhão de diplomados na categoria. A oferta de empregos, por
sua vez, varia conforme o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Mesmo com uma taxa média de crescimento baixa, de 3% ao ano, a demanda de empregos na área deverá ser de 1,168 milhão maior que a oferta. Em um cenário mais otimista, de crescimento de 7% ao ano, a demanda seria muito maior: 1,706 milhão. Vistos de trabalho O número de profissionais estrangeiros no país vem crescendo ano a ano, de acordo com a Coordenação Geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego (CGIgMTE). Dados do primeiro semestre de 2010 apontam alta em relação aos primeiros semestres de 2009 e 2008. Até 30 de julho deste ano, foram concedidos 22.188 vistos de trabalho para estrangeiros, enquanto nos primeiros seis meses de 2009 e 2008 foram aprovados, respectivamente, 18.669 e 18.258 vistos. O MTE não divulgou dados sobre a quantidade de engenheiros que entraram no país, viabilizando somente dados divididos por categoria de visto. As regras para o trabalho no Brasil, no entanto, podem dificultar o ingresso de estrangeiros no setor da construção. Segundo a assessora internacional do Con-
selho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Carmen Cavalcanti Soares, o profissional estrangeiro, para trabalhar no Brasil, deve buscar junto ao MTE uma autorização de trabalho para obtenção de visto permanente ou temporário por meio da CGIg. O MTE poderá indeferir o pedido de visto temporário, caso houver indício de interesse da empresa para a qual o estrangeiro trabalhará de substituição da mão de obra nacional por profissionais estrangeiros. Por isso há a necessidade de que a empresa contratante tenha um assistente brasileiro, para que haja a real transferência dos processos de tecnologia e absorção das inovações para o país. Após a obtenção da autorização junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), esta será publicada no Diário Oficial da União, e o consulado designado será notificado, quando então o candidato estrangeiro poderá requerer a concessão do visto. Após isso, o profissional deve solicitar ao Confea seu registro temporário de trabalho, delimitado pelo tempo de contrato do engenheiro com a empresa. Caso o profissional obtenha visto permanente do MTE, o registro será definitivo.
Fotos: divulgação
Tecnologia e Produtos
O REAPROVEITAMENTO DE CINZAS DE CANA-DE AÇÚCAR NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
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tualmente, tem se tornado uma grande preocupação no Brasil a geração, o manuseio e o armazenamento de formas seguras de resíduos sólidos. Essa preocupação, aliada ao conceito de desenvolvimento sustentável pelos setores produtivos, abriram espaço nos meios de pesquisa para que os cientistas buscassem alternativas no aproveitamento de resíduos industriais. A Indústria da Construção Civil apresenta um dos maiores potenciais para aproveitamento de resíduos não só os de seus próprios processos, como também os de outras indústrias. Na pavimentação, alguns resíduos já são usados com sucesso, como o resíduo de construção e demolição (RCD), cinza volante, material fresado de revestimentos, grânulos de pneus, escória de aciaria, etc. No caso dos resíduos de biomassa
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de cana-de-açúcar, diversos pesquisadores vêm estudando a utilização de suas cinzas em variadas proporções com o concreto, devido a sua disponibilidade crescente. Para se ter uma dimensão da produção, em 2006/2007, esta foi de 428 milhões de toneladas, segundo o Ministério da Agricultura. Como cada tonelada de cana-de-açúcar gera, aproximadamente, 6,2kg de cinza residual, foram gerados 2,6 milhões de toneladas de cinzas que, sem o seu reaproveitamento, acabam nos aterros sanitários. Este resíduo é especialmente interessante para a engenharia civil, já que apresenta em sua composição alto teor de sílica, o que o torna uma fonte suplementar de aditivo mineral e pozolana para a produção de materiais cimentícios. Para o aproveitamento desse material é necessário que seja feito um pro-
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cesso de moagem e uma caracterização granulométrica, de forma que os grãos da cinza fiquem com tamanho semelhante aos de areia. Pesquisadores da UFSCar estudam a utilização dessa cinza na produção do concreto, numa mistura para substituir a areia por cinzas em quantidade que variam de 30% a 50%, e já chegaram a resultados muito animadores, atingindo valores de resistência de até 17% a mais do que concretos sem a mistura. Isto poderia provocar uma diminuição da quantidade de cimento utilizada no concreto e sua conseqüente baixa no custo. Esta mesma substituição melhora as características de adensamento e resistência do concreto auto-adensável, conforme podem ser verificados em diversos resultados obtidos em pesquisas nessa área. Já os estudos de sua
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utilização na produção de concreto asfáltico mostraram que a adição da cinza do bagaço de cana-de-açúcar melhorou até 70 % algumas de suas propriedades, além de aumentar a resistência à tração e o módulo de resiliência. Há estudos que indicam que a substituição parcial do cimento Portland por 20% de cinzas na mistura de solocimento-cinzas não afeta significativamente a massa específica aparente seca máxima dos solos estudados, tratados ou não com cimento. Sem dúvida alguma, a utilização pela construção civil de resíduos gerados em outros setores da economia é vantajosa não apenas em virtude do aumento da atividade industrial e, conseqüentemente, de subprodutos, mas, sobretudo, devido à redução da disponibilidade de maté-
rias-primas não renováveis, tão necessárias às atividades da construção civil convencional. Atualmente, grande parte dos resíduos gerados pode ser reciclada, reutilizada, transformada e incorporada, de modo a produzir novos materiais de construção e atender à crescente demanda por tecnologia alternativa de construção mais eficiente, econômica e sustentável. No caso das cinzas de cana-deaçúcar, o seu reaproveitamento não só poderá contribuir para redução de impactos ambientais causados pela deposição do resíduo ou pela diminuição da retirada de areia dos leitos dos rios, como também para diminuir a necessidade de exploração de novas jazidas e da quantidade de cimento utilizada nos concretos.
Diferença entre aspectos do concreto com areia e cinzas da cana-de-açúcar, respectivamente.
Wisner Coimbra de Pádua Engenheiro Civil – Formação academica pela UFOP e Mestre em estruturas de concreto pela UERJ. Engenheiro projetista e Coordenador do curso de Engenharia Civil da UNILAVRAS. e-mail: wisnercp@yahoo.com.br
Engenharia
PROJETO DE ESTRUTURAS DE EDIFICAÇÕES EM CONCRETO
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partir do mês de abril de 2004, passou a vigorar no meio técnico a NBR 6118:2003 – Projeto de Estruturas de Concreto, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que veio a substituir à antiga NBR 6118:1980. Passados seis anos e seis meses, a impressão que se tem no meio técnico é que pouco ou nada mudou na forma de projetar estruturas de Concreto para Edificações no Brasil. No entanto, a NBR 6118:2003, traz no seu bojo, uma série de alterações em relação ao projeto de estruturas de concreto, a começar pelo título atual da norma, em relação à norma anterior, uma vez que a norma atual trata do “Projeto de Estruturas de Concreto”, enquanto a norma anterior, tratava do “Projeto de Estruturas de Concreto Armado”. A filosofia da atual NBR 6118:2003, entende Concreto como um todo, sendo suas modalidades o “Simples, o Armado ou o Protendido”. Assim, numa mesma norma técnica, estão os procedimentos de projeto e dimensionamento estrutural, para todas as modalidades do concreto. A mudança de um texto normativo pressupõe algumas razões que a justificam. No caso da NBR 6118:2003, cite-se, por exemplo, o avanço da tecnologia dos materiais (concreto e aço), a necessidade de arranjos arquitetônicos mais exigentes sob o ponto de vista estrutural, a disponibilidade de modelos numéricos mais avançados, alavancado principalmente pela utilização de ferramentas computacionais, a busca da confiabilidade na segurança das estruturas de edificações em geral e em particular, nas de concreto, a qualidade do projeto e das estruturas, assim como de sua durabilidade e por fim, o atendimento aos direitos do consumidor.
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O tema “Projeto de Estruturas de Edificações em Concreto” é bastante abrangente. Para tanto, o presente artigo irá se ater ao capítulo 5 da NBR 6118:2003, pois uma das inovações desta norma traz consigo os requisitos de qualidade da estrutura e avaliação da conformidade do projeto estrutural. As estruturas de concreto devem atender aos requisitos mínimos de qualidade durante a construção e serviço (ou seja, durante o período de utilização da mesma), e aos requisitos adicionais estabelecidos entre o autor do projeto estrutural e o contratante. Diante das considerações acima, entende-se que antes do início do projeto estrutural, caberá ao autor e ao contratante estabelecerem as condições em que o mesmo será desenvolvido. De outro modo, quando o contratante do projeto estrutural for uma empresa ou um profissional de engenharia, acredita-se que não haverá duvidas quanto à operacionalização do estabelecimento das condições preliminares em que o mesmo será desenvolvido. A questão é que na maioria das vezes o contratante é uma pessoa física, sem conhecimento da área de engenharia, muito menos de estruturas de edificações. Assim, cabem minimamente dois procedimentos operacionais, quais sejam: a) a contratação de um outro profissional de engenharia para estabelecer uma discussão técnica com o projetista estrutural e que represente o contratante, fato que onerará o custo final de elaboração do projeto estrutural; e, b) a que talvez pareça mais razoável, é aquela em que o projetista estrutural não só estabelece as condições em que o projeto será desenvolvido, esclarecendo ao contratante, no caso leigo, os referidos crité-
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rios, de forma que os mesmos possam ser entendidos e pactuados. Quanto aos requisitos de qualidade do projeto estrutural, é necessário que o mesmo possa atender cumulativamente os seguintes aspectos: 1 – Capacidade resistente: que consiste basicamente na segurança dos elementos estruturais que compõem a edificação quanto ao seu estado limite de ruptura; 2 – Desempenho em serviço: que consiste na capacidade da estrutura projetada e executada, manter-se em condições plenas de utilização, não devendo apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente o uso para o qual a estrutura está sendo projetada; 3 – Durabilidade: que consiste na capacidade da estrutura projetada e executada, resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e o contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto; Quanto aos requisitos de qualidade do projeto estrutural, a NBR 6118:2003 subdivide os mesmos em três grupos, a saber:
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1 - Qualidade da solução adotada para o projeto estrutural: A solução estrutural adotada no projeto deve atender aos requisitos de qualidade estabelecidos nas normas técnicas, relativos à capacidade resistente, ao desempenho em serviço e a durabilidade da estrutura. Além disso, a qualidade da solução adotada no projeto estrutural deve considerar as condições arquitetônicas, funcionais, construtivas, estruturais e de integração com os demais projetos, dentre eles, podemos destacar: elétrico, hidráulico, redes lógicas, ar-condicionado, etc; 2 – Condições impostas ao projeto, no sentido de que todas as condições impostas ao projeto, devem ser estabelecidas previamente e em comum acordo entre o autor do projeto estrutural e o contratante. 3 – Avaliação da conformidade do projeto estrutural de acordo com o porte da obra, deve ser requerida e contratada pelo contratante a um profissional habilitado, devendo ser registrada em documento específico que acompanha a documentação do projeto, sendo que a avaliação de conformidade do projeto estrutural, quando necessária, deve ser realizada antes da
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fase de construção e, de preferência simultaneamente com a fase de projeto, como condição especial para que seus resultados se tornem efetivos e consequentes.
Desta forma, toda atividade de projeto, notadamente o de estruturas de edificações, está fundamentada na utilização correta das prescrições normativas, pois, neste cenário que é apontado pela NBR 6118:2003, especialmente no que se refere à observância dos requisitos de qualidade do projeto estrutural, entende-se que há necessidade de novas posturas dos profissionais projetistas de estruturas de edificações, assim como do próprio contratante.
Prof. M.Sc. Antônio de Faria Mestre em Construção Civil, com ênfase em Sistemas Construtivos de Edificações - Coordenador do Curso de Engenharia Civil do UNIS-MG – faria@unis.edu.br
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Mercado
CUSTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL CRESCEU 0,51% EM OUTUBRO Segundo IBGE, índice foi 0,16 ponto percentual maior que o registrado no mês anterior
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Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em convênio com a Caixa Econômica Federal (CEF), registrou variação de 0,51% em outubro,
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0,16 ponto percentual acima da taxa apresentada em agosto (0,35%). No ano, o índice acumula variação de 6,34%. Considerando os últimos doze meses, a variação foi de 7,26%. O custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$
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757,86 (setembro) para R$ 761,74 (outubro), sendo R$ 430,21 relativos aos gastos com materiais e R$ 331,53 com a mão de obra. A parcela dos materiais subiu 0,50%, enquanto a parcela de mão de obra registrou variação de 0,53%.
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Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
A maior taxa regional de outubro ficou com o Nordeste (1,21%). A Região Sudeste apresentou a menor variação mensal (0,23%), praticamente igual à registrada na Região Centro-Oeste (0,25%). A taxa relativa ao Norte situou-se em 0,50% e a do Sul em 0,31%. Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 800,24 (Sudeste); R$ 774,81 (Norte); R$ 744,13 (Sul); R$ 743,29 (Centro-Oeste) e R$ 715,80 (Nordeste). Rio Grande do Norte (5,03%) e Pernambuco (4,41%) apresentaram, em outubro, as maiores elevações em suas taxas. Roraima (0,04%) e Paraná (0,10%) ficaram com as menores variações no mês.
Gestão
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS MUDA ROTINA DAS EMPRESAS Lei que promove a destinação correta de todo tipo de resíduo força a criação de políticas estaduais e municipais para reforçar práticas sustentáveis. Construtoras e fabricantes também buscam soluções
Responsabilidade compartilhada Embora a maioria dos municípios não exija dos grandes geradores a apresentação de projetos de gerenciamento, a Política Nacional estabelece a obrigatoriedade dos construtores para elaborarem seus planos de gerenciamento de resíduos, reforçando o que já previa a Resolução do Conama. A questão da responsabilidade compartilhada está muito bem definida na Política Nacional, especialmente nos artigos 25 e 26 - o poder público, o setor empresarial e a coletividade são igualmente responsáveis. E aí estão inseridos todos os atores da cadeia de negócios: construtores, fornecedores e fabricantes. “Municípios dos pólos regionais mais representativos possuem legislação própria para disciplinar o manejo da construção civil, disciplinando o papel do gerador do resíduo, o papel do transportador (que tem de ser cadastrado incluem-se aí as caçambas), o papel do receptor de resíduos, responsável por triar bem cada material e dar-lhes a destinação adequada”, lembra Tarcísio de Paula Pinto, diretor técnico da consultoria I&T-Informações e Técnicas. Logística reversa Entre algumas das questões pontuais da nova lei, está a chamada logística reversa (já delineada na Resolução do Conama), que agora se implantou mais fortemente. Ela prevê uma série de ações, com o objetivo de facilitar o retorno dos resíduos (de vários materiais e diferentes setores da construção), para que sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos. “Alguns resultados já podem ser observados, como na questão dos resíduos de gesso, por exemplo. A busca por soluções começou como resultado de algumas articulações entre Sinduscons (repre-
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onsiderada como um marco regulatório na questão ambiental, a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), sancionada no mês de agosto deste ano, reforça a tese de sustentabilidade já implantada no setor da construção civil desde a Resolução 307 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), em vigor desde o início de 2003. A lei, que promove a destinação correta de todo o tipo de resíduo (doméstico, industrial, eletroeletrônico, lâmpadas de vapores mercuriais, agrosilvopastoril, área de saúde, resíduos perigosos), define mais claramente as responsabilidades dos diferentes agentes envolvidos na cadeia produtiva da construção civil, com um objetivo focado em minimizar os impactos ambientais. Ela torna explícito o princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, abrangendo fabricantes, comerciantes, importadores, distribuidores, consumidores e responsáveis pelos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. “A Política Nacional ajuda a validar ainda mais a Resolução 307 e é um passo muito importante nesse caminho. A resolução diz como devem ser tratados os resíduos de forma específica; a política estabelece diretrizes mais gerais e foi criada porque o problema dos resíduos sólidos nas grandes cidades - de maneira geral - estava se tornando gigantesco”, pondera Francisco Vasconcellos, vice presidente do Comasp (Comitê de Meio Ambiente) do SindusCon-SP.
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sentando construtoras) e fornecedores, em cidades como São Paulo, Recife e Belo Horizonte. Algumas ATTs em São Paulo recebem o gesso a granel, concentram o material em uma baia e semanalmente a carga é destinada a algumas cimenteiras”, explica o diretor da I&T. A reutilização dos resíduos de gesso na fabricação de cimento é feita na fase final de moagem do clínquer (em substituição à gipsita “in natura”) para retardar a pega do cimento. No caso do gesso acartonado, as aparas também podem ser recebidas para reutilização em meio à massa de gipsita, que é utilizada na produção das placas acartonadas. O setor de tintas também acenou com soluções. A orientação quanto ao manejo e destinação de embalagens contendo resíduos de pintura, segundo orientações da Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas) é a de que se deve fazer esgotamento das embalagens, com aproveitamento máximo de seu conteúdo, sem lavagem. As embalagens vazias, apenas com película de tinta revestindoa internamente, poderão ser destinadas como sucata metálica. “Em relação aos produtos vencidos ou que não forem utilizados e tenham de ser destinados e dos instrumentos de aplicação contaminados,
a escolha da solução tecnicamente mais adequada para sua destinação envolverá a caracterização do lote concentrado, a obtenção de Cadri (caso seja caracterizado como resíduo perigoso), o transporte específico (empresa especializada em transportar resíduos perigosos se for o caso) e a destinação técnica e ambientalmente recomendável de acordo com os resultados da caracterização em laboratório”, diz Careli. Resultados como esses são exemplos da viabilidade se criar práticas saudáveis de mercado. “Com o tempo, espera-se que a logística reversa dos outros materiais sejam definidas e implementadas conforme os acordos (entre representantes de cada setor) sejam construídos, expressos gradualmente por resoluções do Conama”, acredita Tarcísio de Paula. Pequenos e grandes geradores de resíduos Considerando a questão dos resíduos da construção, há uma distinção entre grandes e pequenos geradores. Há vários municípios brasileiros que já possuem rede de pontos de entrega públicos para captação de resíduos volumosos e de pequenas cargas de resíduos da construção
(oriundas de pequenos geradores) com potencial de se alinharem operacionalmente com as iniciativas locais para coleta seletiva (em São Paulo, por exemplo, há os chamados Ecopontos, que compartilham espaço operacional com Centrais de Triagem de resíduos recicláveis, operadas por cooperativas de ex-catadores). “Cabe reconhecer as contribuições que os fornecedores e distribuidores poderão dar para melhor qualificar a destinação dos resíduos dispostos nestas áreas públicas, buscando sua valorização”, pondera Élcio Careli, da Obra Limpa. Para a destinação dos resíduos de grandes geradores que utilizam comumente os serviços dos chamados “caçambeiros” para retirada, há as ATTs, os Aterros de RCD e as áreas de reciclagem. Trata-se de uma rede de empreendimentos que também tem potencial para concentrar resíduos, cujo potencial de valorização tende a ser melhor aproveitado - ou ao menos os impactos associados ao manejo e destinação minimizados. “Esses resultados podem ser percebidos à medida em que a cadeia de fornecimento e distribuição der suporte para qualificar o manejo e possibilitar a adequada destinação”, conclui.
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