Revista Obras e Projetos - Edição nº4

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Revista Obras & Projetos - Publicação Mensal da Construção Civil - ANO 1 - Nº 04 - Junho de 2011

SUSTENTABILIDADE A cruzada inglesa para neutralizar a poluíção causada pela construção civil

CONHEÇA AS PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES DO CONSTRUTOR SOB A ÓTICA DA ENGENHARIA

EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Setor vai apresentar ao Ministério do Trabalho proposta de portaria com regras claras sobre as responsabilidades das construtoras, contratados e formas de contratação Responsabilidade Social Mercado Exercício Profissional e Entidades Materiais

UMA BUSCA POR ALGO PERFEITO E O OLHAR QUE BRILHA COM ACABAMENTOS IMPECÁVEIS, SÃO DETALHES QUE FAZEM A DIFERENÇA NA HORA DA ESCOLHA.

Revestimento Habitação

Especial Tintas Tecnologia




Índice

MERCADO Conheça as princpais obrigações e responsabilidades do construtor sob a ótica da engenharia

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HABITAÇÃO Segundo o texto, dois milhões de moradias deverão ser construídas preferencialmente em áreas de risco e cidades entre 20 mil e 50 mil habitantes

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

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Segundo estudo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, parte das medidas são encaradas de forma estratégica pelas companhias

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TECNOLOGIA Condomínios de alto padrão já utilizam redes FTTH da Furukawa para distribuição de banda larga nas residências

CAPA

SUSTENTABILIDADE A partir de 2016, todas as novas casas da Inglaterra terão de ter emissão zero de carbono. O que a cruzada inglesa para neutralizar um dos setores mais poluentes tem a nos ensinar

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ESPECIAL Saiba quais são as causas dos problemas mais comuns com a pintura de um ambiente e aprenda como corrigi-los

EXERCÍCIO PROFISSIONAL E ENTIDADES

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Setor vai apresentar ao Ministério do Trabalho proposta de portaria com regras claras sobre as responsabilidades das construtoras, contratados e formas de contratação

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MATERIAIS Uma busca por algo perfeito e o olhar que brilha com acabamentos impecáveis, são detalhes que fazem a diferença na hora da escolha

REVESTIMENTO Pedras ornamentais constituem uma ótima opção de revestimento

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Mercado

RESPONSABILIDADE DO CONSTRUTOR Conheça as principais obrigações e responsabilidades do construtor sob a ótica da engenharia

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Contratos

s responsabilidades do construtor não se circunscrevem exclusivamente aos termos contratuais. Há responsabilidades inerentes à habilitação e capacitação do construtor que pré-existem à assinatura de qualquer contrato e que distinguem essa atividade econômica. São as responsabilidades pressupostas. Estas, somadas às responsabilidades contratuais de uma determinada obra, constituem-se nas responsabilidades do construtor. As responsabilidades pressupostas independem e estão acima dos termos contratuais. Estão diretamente associadas à defesa da sociedade contra práticas lesivas ao meio ambiente (Código Florestal e Código de Defesa do Consumidor), desrespeito à legislação e normas vigentes - ético-profissional (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), normas técnicas (Código Civil e Código de Defesa do Consumidor), urbanísticas, edilícia, trabalhistas, tributárias, social-previdenciária -, ausência de direção para o aprimoramento tecnológico, riscos (Código Civil) a pessoas, patrimônio físico, cultural e paisagístico e, finalmente, contra a informalidade de qualquer natureza (técnico-administrativa). As responsabilidades contratuais podem se cingir às responsabilidades de execução da obra, mas podem abarcar também cláusulas de responsabili-

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dades pressupostas, no caso de contratos de obras especiais ou de um sentido de abrangência de responsabilidades, presente em determinadas políticas de contratação. A ausência de citação de uma responsabilidade pressuposta, em um contrato, não exime o construtor dessa responsabilidade. O interesse maior deste texto é deter-se nas obrigações e responsabilidades contratuais, visando a uma estruturação contratual, sob o ponto de vista técnico de engenharia. O âmbito e a linguagem jurídica, nos contratos de obras públicas (não exclusivamente), esbarram em limites, para expressar e tratar de todas as noções, fatos e contingências dos processos de engenharia, que são aspectos essenciais para o êxito e a fluidez da relação entre contratantes e contratados. É possível ainda acrescentar-se outra constatação. Apesar de uma obra pública ser representada, no escopo do contrato, como um objeto de caráter eminentemente técnico, o que se verifica é uma inversão a favor do domínio das áreas de interesse administrativo, as quais, por essa razão, são representadas por conteúdos contratuais bastante conhecidos e aceitos, mas que não têm sido suficientes, para dar solução e minimizar disputas e conflitos, entre as partes contratantes. É necessário abranger, aprofun-

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dar e aplicar conceitos, com ênfase em transparência e conhecimento de engenharia, sobre as áreas de interesse técnico, nos contratos para a realização de obras públicas. O efeito esperado é que as obras assim pactuadas terão menos portas abertas para litígios, reivindicações ou paralisações, com mais resultados práticos. Portanto, é condição de origem que contratante e contratado estejam efetivamente dispostos a interagir e cooperar nesse sentido. As obrigações e responsabilidades contratuais são atribuições ou a divisão do trabalho, entre contratante e contratado, visando à execução de uma determinada obra, sob determinadas condições, conveniadas em contrato. Vamos nos ater ao território técnico, porque, como se viu, o território administrativo, por ser dominante e ter um viés rotineiro e repetitivo, é bastante desenvolvido, nos diversos termos contratuais existentes. As áreas de interesse técnico, no campo das obrigações e responsabilidades, devem ser listadas e explicitadas exaustivamente no contrato, para dar cobertura às situações previstas e oferecer soluções para fatos presumíveis não incorporados às referências e diretrizes do contratante, às premissas e proposta do contratado, como a seguir se apresentam:

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edilícia; uso e ocupação do solo; meio ambiente; medicina e segurança do trabalho.

Relações externas Provas de expertise do contratado

O contratado deve comprovar que é habilitado e capaz para realizar o escopo da obra e as exigências do contratante.

Provimento de recursos financeiros

O contratante deve demonstrar capacidade para a sustentabilidade financeira de todo o processo de projeto, implantação e operação do empreendimento.

Compras, contratações e alocação de recursos técnicos

O contrato deve prever a divisão de atribuições, que compreendem os insumos permanentes (materiais, componentes e sistemas), os insumos transitórios (mão-de-obra, assessorias, consultorias, gerenciamento, equipamentos, acessórios e instalações) e insumos reaproveitáveis (eventuais sobras recicláveis).

Levantamento, qualificação, planejamento e aplicação de recursos logísticos

O contrato deve instruir o tratamento e soluções, sobre recursos logísticos, destacando: espaço físico; sistema de vias; locais para oficinas, usinas, e manutenção e para o recebimento, armazenamento e preparação; transporte; descartes; e locais para vivência da mão-de-obra (alimentação, alojamento, treinamento e lazer).

Termos de referência, projetos, especificações e procedimentos

O contrato deve ser claro, definindo e atribuindo responsabilidades, a partir do núcleo estruturante da obra, para estudos, levantamentos, controles e projetos complementares, como, por exemplo, topografia, sondagens do subsolo e controles tecnológicos. E o regime contratual deve ser compatível com o grau de definição do Núcleo Estruturante da obra.

Regulamentos e normas

Devem constar do contrato as obrigatoriedades do contratante, em relação aos regulamentos e normas da comunidade técnica e prescrições específicas do contratante.

Legislação pertinente

O contrato deve instruir e atribuir responsabilidades, para a legislação em vigor, relativas a:

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É possível estabelecer atribuições em que toda a viabilidade institucional da obra seja de responsabilidade do contratante e toda a viabilidade executiva da obra seja de responsabilidade do contratado. O contrato deve prever as implicações das relações externas da obra, como a seguir se apresentam: Obtenção de alvarás, licenças, autorizações e aprovações Diligenciamentos diante de embargos, impedimentos e cassações Relações com a mídia, vizinhança e a comunidade Aspectos sociais (convivência e sustentabilidade

Interação e gestão

O contrato deverá espelhar uma decidida disposição, entre as partes, e conter os critérios de implementação técnica da obra, destacando: Gestão de custos (formação do preço, base de dados, planilha orçamentária, orçamento, critérios de medição e apropriação) Gestão do tempo (cronogramas, datas-marco, caminho crítico) Gestão de resultados (sentido de busca e apuração de resultados de modo cooperativo, auferindo vantagens mútuas) Gestão dos processos executivos (instrumentos de interação e gestão: de aferição do andamento da obra, conciliatórios, de desempenho, para instruções e procedimentos, para adequação a padrões técnicos) Gestão da qualidade (serviços, produtos, provas, testes e ensaios)

Comunicação e Informação

O contrato deve refletir uma diretriz de integração, com a finalidade de busca permanente de soluções, para o êxito equilibrado do objeto contratual, destacando: Gestão da comunicação (reuniões, relatórios, correspondências) Gestão do conhecimento (memoriais descritivos e de cálculo, registros de mídias da própria obra, as built)

Mobilização, entrega e recebimento

Ordens de serviço Termos de conclusão e recebimento Termo de garantias do contratante Manuais de uso, conservação e manutenção Registros de pós-ocupação (vícios, falhas e patologias)

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Habitação

SENADO APROVA REGRAS PARA SEGUNDA FASE

Segundo o texto, dois milhões de moradias deverão ser construídas preferencialmente em áreas de risco e cidades entre 20 mil e 50 mil habitantes

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oi aprovada, em maio, no Senado, a Medida Provisória 514/10, que trata das regras para a segunda etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV). Para esta segunda fase está prevista a construção ou reforma de dois milhões de moradias entre 2011 e 2014 e a destinação de mais recursos para áreas de risco e cidades com 20 mil e 50 mil habitantes. A MP segue agora para sanção presidencial. Segundo o governo, pelo menos 220 mil unidades serão produzidas por meio da concessão de subvenção econômica a beneficiários finais com renda de até R$ 1.395 em cidades com até 50 mil habitantes. No caso das áreas de risco, os

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beneficiários não precisarão pagar as prestações se a moradia nova fizer parte de reassentamentos provocados por obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e relacionadas à urbanização, ao saneamento, ao manejo de águas pluviais e à prevenção de deslizamento de encostas. De acordo com o governo, essas unidades serão dadas a fundo perdido, com recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial), e beneficiarão pessoas que vivem em assentamentos precários. Estados e municípios participantes poderão criar critérios adicionais de seleção de beneficiários, mas precisarão de aprovação dos respectivos conselhos de habitação e estar de acordo com as regras do Executivo

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Federal. A MP também transforma os limites de renda dos beneficiários de salários mínimos para valores nominais, adotando o valor do mínimo de 2010 (R$ 465) como base. Isso porque, segundo o relator da MP, devido à política de valorização desse salário, o programa teria dificuldades em atender famílias com rendas maiores até 2014, o que prejudicaria as que recebem menos. Além dessas medidas, a MP exige a implantação dos projetos somente em terrenos que tenham infraestrutura básica. Para o cumprimento da meta de dois milhões de moradias, a MP aumenta de R$ 14 bilhões para R$ 16,5 bilhões os recursos que a União poderá transferir ao FAR.

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Responsabilidade Social

CERCA DE 58% DAS EMPRESAS DA CONSTRUÇÃO REALIZAM AÇÕES NA ÁREA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL Segundo estudo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, parte das medidas são encaradas de forma estratégica pelas companhias

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Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apresentou o resultado do estudo “Responsabilidade social na construção, um panorama da atuação social no setor”, que apontou que 58% das 202 empresas entrevistadas promovem trabalhos na área de responsabilidade social, com destaque para aquelas localizadas nas regiões Norte e Nordeste. A pesquisa, realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, utilizou como parâmetro a ISO 26000, que estabelece o que seria a responsabilidade social empresarial (RSE). Segundo a CBIC, 24% dessas empresas desenvolvem ações de forma estratégica, o que significa que se-

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guem todos ou cinco dos seguintes critérios: ações sociais em seu planejamento estratégico; avaliação de suas ações sociais; divulgação de suas ações sociais; aumento de investimentos em ações sociais; pelo menos uma pessoa trabalhando 20 horas na área de RSE; e a empresa contrata consultores em RSE para apoiar ou aprimorar suas ações sociais. Além disso, a pesquisa mostra que 36% têm ações regulares (atendem a três ou quatro destes critérios) e outras 40%, ações pontuais (respondem até dois critérios). Apesar de 58% promoverem trabalhos nessa área, 19% das empresas entrevistadas não conhecem o conceito de RSE.

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Para Rachel Mello, diretora do Instituto FSB Pesquisa, “os dados mostram a crescente importância e a valorização da responsabilidade social no setor da construção, além do foco estratégico no trabalhador”. Segundo a pesquisa, as áreas nas quais as empresas vêm atuando de forma mais significativa são: meio ambiente, saúde, geração de trabalho e renda e educação. 13% dos dirigentes entrevistados admitiram promover somente uma modalidade de ação de RSE, enquanto 36% assinalaram sete ou mais áreas. Ainda, a pesquisa aponta que Sesi e Senai são considerados os principais parceiros nas atividades, seguidos pelos sindicatos e ONGs.

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Tecnologia

FIBRA ÓTICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL Condomínios de alto padrão já utilizam redes FTTH da Furukawa para distribuição de banda larga nas residências (internet, telefonia e TV), além de controle de sistemas de acesso e segurança, detecção e alarme de incêndios, entre outras aplicações

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om o crescimento da demanda por serviços que reúnam telefonia, internet ultra-rápida e tevê, os chamados Triple Play, construtoras e incorporadoras passam a considerar o uso de modernas tecnologias de infraestrutura que atendam à necessidade. Desta forma, arquitetos, engenheiros e outros profissionais ligados à indústria da construção civil precisam cada vez mais adequar seus conhecimentos para projetar e reestruturar edificações considerando o avanço da tecnologia das comunicações. “A tecnologia deve ser prevista já no projeto, considerando o uso de cabos estruturados de fibra óptica que permitem a transmissão de dados em altíssima velocidade, comenta o gerente de desenvolvimento de novos clientes da Furukawa, Edmond Ayvazian. Segundo o executivo, há duas vantagens importantes nesta tecnologia em relação aos cabos metálicos, que são ainda dominantes no Brasil. “A fibra óptica é imune a interferências eletromagnéticas, o que significa que os dados não serão corrompidos durante a transmissão. E ela também não conduz corrente elétrica não sofrendo interferência quando há problemas com raios, por exemplo. O princípio que rege o funcionamento das fibras ópticas é a reflexão total d a luz”, explica Edmond. A Furukawa, que detém 50% do mercado de cabos estruturados de fibra óptica, vem a alguns anos liderando movimentos de popularização do uso de fibra

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óptica no Brasil e países da América Latina, aculturando o mercado da construção civil para a adoção de tecnologias avançadas de infraestrutura de redes de comunicação em novos empreendimentos, especialmente os de alto padrão. E a companhia garante que as empresas do setor que não considerarem as soluções modernas vão ficar para trás. “Há um crescimento vertiginoso na adesão da banda larga no Brasil e a indústria do entretenimento se mobiliza para ofertar novos serviços digitalizados. O Brasil precisa se antecipar para prover infraestrutura adequada e atender aos desejos e necessidades da população”, alerta Edmond. “A ausência de soluções para as necessidades presentes e futuras dos moradores resultará em insatisfação, porque uma comunicação rápida e eficaz tornou-se parte inseparável do conceito de condomínio inteligente”, completa o executivo.

FTTH - a fibra até a porta das casas As redes de comunicação por fibra óp-

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tica até as residências, ou Fiber to the Home (FTTH), levam o cabeamento óptico até uma central de distribuição multimídia nas residências (o mesmo conceito dos quadros de luz, só que para tevê, internet, segurança, entre outras aplicações). No Japão, por exemplo, o FTTH já está em 35% dos domicílios, disponibilizando velocidade nas transmissões de informações de 100 MBps, por um custo de US$ 40 por mês (cerca de R$ 88,00). “Esta realidade ainda está distante no Brasil em função dos custos. Mas caminhamos a passos largos e, em menos de 10 anos, com certeza teremos um uso extensivo desse tipo de serviço em todas as classes sociais”, garante Edmond. Segundo ele, o FTTH já vem crescendo nos condomínios de alto padrão no Brasil e a diferença de valores da rede óptica para a metálica pode chegar a 30%. Cases da Furukawa demonstram esta realidade. A empresa já instalou sistemas ópticos em três condomínios residenciais de alto padrão, um em São Paulo e dois na Bahia. E existem mais três condomínios no nordeste em construção e outros projetos de pequeno porte, cujos custos variam de R$ 500 mil a R$ 1 milhão. “O uso das redes FTTH nos condomínios inteligentes também consideram viabilizar a segurança, com controle de acesso de pessoas e veículos pelo uso de cartões magnéticos, elevadores e escadas rolantes com gerenciamento informatizado e detecção e alarme de incêndios automatizados”, finaliza o executivo.

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Capa

CONSTRUÇÃO 100% SUSTENTÁVEL

A partir de 2016, todas as novas casas da Inglaterra terão de ter emissão zero de carbono. O que a cruzada inglesa para neutralizar um dos setores mais poluentes tem a nos ensinar

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ano é 1952. Uma frente estaO setor da construção está entre os cionária provoca uma inversão mais poluentes do mundo. De acordo térmica no rio Tâmisa, em Lon- com o PNUMA – Programa das Nações dres. A velocidade do vento cai para Unidas para o Meio Ambiente –, as próximo de zero. Não há dispersão dos construções consomem um terço dos poluentes. E Londres fica envolta em recursos naturais em uso no mundo, fumaça. O Desastre do Smog (numa 12% da água potável e 40% da enerreferência às palavras smoke, fumaça, gia elétrica do planeta, além de rese fog, neblina) causou entre 3 mil e 4 ponder por um terço das emissões de mil mortes em 15 dias, por ataques de carbono. Quinze países possuem mebronquites, asmas e doenças cardio- tas de eficiência energética nacionais vasculares. Naquele inverno, o gover- para construções. no britânico estima que 12 mil pessoas O Reino Unido é o mais agresmorreram em decorrência da poluição sivo deles. A partir de 2016, todas extrema. as casas construídas Quem hoje visita AS CONSTRUÇÕES deverão ter emissão Londres não reconhece zero de carbono, depois a cidade descrita acima. EMITEM UM TERÇO de erguidas. Elas terão DE CO2 DO A arquitetura vitoriana de ser capazes de gerar do século 19 ainda pre- MUNDO, GASTAM toda a energia de que domina em 6 milhões precisam para funcionar. 12% DA ÁGUA de casas na Inglaterra. Hoje, o aquecimento LIMPA E 40% DA consome 82% da enerMas a fumaça cinza da cidade foi dissipada, ENERGIA ELÉTRICA gia usada numa casa. E graças a uma série de as moradias são responpolíticas públicas iniciadas há 30 anos sáveis por 27% das emissões de carboe que ganharam força nas duas últi- no do Reino Unido. O plano, chamado mas décadas. Desde o fim dos anos Código para Casas Sustentáveis, inte80, as indústrias passaram a receber gra uma política ainda mais ambiciosa: multas pesadas por despejarem deje- a redução em 80% da emissão de gatos nas águas do Tâmisa. Hoje, as em- ses carbônicos em todo o Reino Unido barcações de passeio lotam de turistas até 2050, em relação aos níveis de posem risco de odores incômodos. O rio luição de 1990. não é limpo. Mas há peixes. O governo No Brasil, estima-se que entre 25% britânico tem conseguido bons resul- e 30% das emissões de CO2 provetados em diversas indústrias. Com a nham desse setor, incluindo o transproximidade dos jogos olímpicos de porte de materiais. A construção tam2012 e a meta de casas com emissão bém responde por 42% do consumo zero de carbono a partir de 2016, a de eletricidade e de 21% do uso da política de construção sustentável água potável. Construções limpas poganhou os holofotes. dem diminuir o consumo de energia

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em até 30% e de água em até 20%. No bolso do consumidor, a redução de gastos pode chegar a 30%. Além disso, a adoção de metas públicas estimula o desenvolvimento de tecnologia e a criação de novos setores da indústria. O potencial no país é enorme. Com déficit habitacional de 5,8 milhões de casas, uma Copa do Mundo e uma Olimpíada pela frente, o Brasil será palco de canteiros de obras nacionalmente. Mesmo com diferenças climáticas, sociais e econômicas, a experiência inglesa pode ajudar a encurtar caminhos na formulação de políticas de construção sustentável. A Inglaterra levou anos de planejamento, tentativa e erro até chegar a uma legislação consistente. A primeira regulação, que impôs limites ao gasto de energia na construção de fábricas, data de 1965. Com a crise mundial do óleo, em 1973, a regulação foi estendida para outros tipos de construções. O trunfo do governo britânico foi se preocupar em valorar as questões climáticas e transformar discursos, muitas vezes intangíveis, em números para o mercado. Um dos maiores estudos sobre mudanças climáticas foi feito a pedido do governo britânico a um economista, o inglês Nicholas Stern, do Banco Mundial. O Relatório Stern, publicado em 2006, traduziu em cifras os benefícios de se investir em sustentabilidade.

O Reino Unido quer cortar 80% das emissões de carbono até 2050, com base nos índices de 1990.

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Uma das conclusões do levantamento, atualizado no ano passado, diz que o investimento de 2% do PIB mundial a cada ano pode evitar a perda de 20% do mesmo PIB até 2050, e que o mundo deveria cortar a emissão de gás carbônico em 50% até essa data para evitar tragédias naturais. Colocar a questão econômica como carro-chefe na defesa de medidas verdes é algo bem disseminado na Inglaterra.

“Nós trabalhamos com sustentabilidade porque é um negócio rentável. E vai ser cada vez mais valorizado”, diz Peter Bonfield, CEO da BRE, fundo público e privado para a construção verde. A BRE mantém um parque de casas sustentáveis, que funciona como um grande laboratório para materiais, tecnologias e desenhos ecoeficientes. “Só é possível aferir a eficiência de um projeto quando ele é posto em uso”, diz

Orivaldo Barros, consultor sênior da BRE. O parque possui 12 casas com diferentes materiais – desde o tradicional cimento reciclado ao uso de fibra de maconha no isolamento térmico das paredes e películas feitas de DVD reciclado no lugar de vidro. Um dos aquecedores é capaz de captar o calor atmosférico e aquecer a casa sem a queima de combustível. No verão, ele faz o inverso, transfere o calor de dentro da casa para fora.

VILA OLÍMPICA DE LONDRES Os 11 blocos de apartamentos foram erguidos com redução de 44% de carbono e 30% de uso de água, de acordo com as metas nacionais

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Capa Cada projeto da BRE pode ter múltiplos patrocinadores, incluindo governo, terceiro setor, universidades e empresas. No parque há desde casas por 75 mil libras (o equivalente a R$ 203 mil) a construções que ultrapassam 1 milhão de libras (R$ 2,71 milhões). A diferença de tamanho entre elas não passa de 50 metros quadrados, mas, enquanto a primeira casa atende ao nível quatro da legislação (o que significa que ela emite 40% menos gases poluentes e é 30% mais eficiente na gestão da água), a casa de 1 milhão de libras é capaz de gerar toda a energia de que precisa para funcionar. Isso não quer dizer que seja preciso ter cifras milhonárias para se chegar à emissão zero. Em uma casa que requer muito aquecimento, como as inglesas, a diferença de preço fica entre 18% e 25%, de acordo com dados da Zero Carbon Hub, entidade que congrega informações sobre emissão zero. Com a economia gerada pela conta de gás e energia no fim do mês, o prazo médio de retorno do investimento é de 3,6 anos. No Brasil, o Green Building Council estima que uma casa de padrão médio exige entre 5% e 7% a mais de investimento para receber um código sustentável em padrão mínimo. Muitas das soluções do parque não são viáveis na vida real. Mas a maior parte de materiais e tecnologias disponíveis hoje no mercado inglês já integrou em algum momento o futurístico parque da BRE. Mais de 1 milhão de construções já foram certificadas com o selo Breaam, o primeiro código sustentável criado no mundo, há 21 anos. Isso representa 4,2 milhões de toneladas de CO2 que deixaram de ir para o meio ambiente. A Universidade de Brasília (UnB) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção têm planos de levantar, no câmpus Gama da

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REURBANIZAÇÃO Os jogos serão usados para revitalizar o lado leste, onde a expectativa de vida é sete vezes menor do que no centro de Londres.

UnB, um parque similar ao inglês. “O objetivo é criar um ambiente de desenvolvimento e teste de soluções verdes para a construção, mas com o uso de produtos brasileiros”, diz Raquel Blumenschein, coordenadora do Lacis – Laboratório do Ambiente Construído, Inclusão e Sustentabilidade da UnB. O projeto ainda não tem patrocínio fechado para ser inaugurado, mas Raquel acredita que, em 2012, ele vai estar formalmente constituído. A aprovação da lei de resíduos sólidos, no ano passado, que faz com que o fabricante também tenha de cuidar da destinação de resíduos, foi considerada um avanço nas políticas públicas que impactam na construção. Mas o país está longe de ter um plano diretor nacional com metas abrangentes. “Criar um código de construção sustentável que atenda à diversidade natural e social do Brasil é muito complexo. É preciso cautela para não for-

O BRASIL QUER OS JOGOS DE 2016 COM SELO AMBIENTAL, MAS ESTÁ ATRASADO EM INFRA ESTRUTURA. mular leis que supram as necessidades de um perfil e que engessem ou até mesmo atrapalhem outros”, diz Diana Csillag, diretora do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável. Em São Paulo, foi aprovada a Política Estadual de Mudanças Climáticas, que tem como foco construção, transporte, energia e uso do solo. Um dos

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projetos, o Operações Urbanas, prevê o desenvolvimento econômico de regiões de baixa densidade demográfica, mas que tenham rotas de transporte público, como o eixo Lapa–Brás e o Mooca–Vila Rica. “O Operações Urbanas inclui construções verdes e redistribuição da urbanização que terão impacto positivo no trânsito. Nessas

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regiões, há 20 habitantes por hectare. O desejável é ter 200 habitantes por hectare”, diz Miguel Luiz Bucalem, secretário de Desenvolvimento Urbano de São Paulo. Em maio, São Paulo organizou a convenção de cidades sustentáveis C-40, com a participação das 40 maiores cidades do mundo.

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Capa Jogos Limpos A reurbanização do lado leste de Londres é um dos objetivos do plano de sustentabilidade da Olimpíada de 2012. A região do parque olímpico fica a apenas sete quilômetros da parte central. Mas as distâncias sociais da área fazem parecer uma outra cidade. É a região mais poluída. A expectativa de vida dos moradores é sete vezes menor do que a dos vizinhos na região central. A incidência de atos de vandalismo por ações de gangues é 45 vezes maior do que em outras partes da cidade. Apesar do déficit habitacional do Reino Unido estar em 5 milhões de famílias, a região concentra prédios abandonados. “O governo já tentou recuperar a região duas vezes, sem sucesso. Os jogos olímpicos são uma oportunidade única de investimento em várias frentes de urbanização com recursos abundantes. São 9,6 bilhões de libras (R$ 26 bilhões)”, diz Adam Williams, diretor da Aecom, empresa que preparou o plano diretor da Olimpíada. O capítulo de sustentabilidade, criado com a BRE, detalha metas para todas as etapas, materiais, design, cuidados com a biodiversidade, inclusão social e acessibilidade. A pouco mais de um ano dos jogos, o comitê olímpico inglês alcançou uma série de metas. Do resíduo gerado na construção dos parques, 97% foi reaproveitado. Os 11 blocos da Vila Olímpica tiveram redução de 44% de emissão de carbono e 30% de redução de água. Em todas as demais construções, o uso das chuvas e mecanismos de contenção garantiram a redução de 40% da água. “Nós temos mais de 20 metas sustentáveis. Logo que fizermos a auditoria, vamos divulgá-las”, diz Dan Epstein, chefe de desenvolvimento sustentável da Autoridade Olímpica inglesa. Quando se olha para os dados consolidados, é difícil ter a dimensão dos imprevistos que a equipe dos jogos encarou. Um deles foi a descoberta de que o solo estava contaminado. Foi preciso lavar

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e tratar 85% da terra dos 246 hectares do parque para que as obras pudessem começar. Ainda assim, os ingleses não estouraram o cronograma. Dan Epstein esteve no Brasil no mês de março, quando o nome de Henrique Meirelles foi confirmado para liderar a APO (Autoridade Pública Olímpica), para dar assessoria ao planejamento dos jogos olímpicos de 2016, que acontecerão no Rio de Janeiro. “Nosso objetivo é aproveitar as melhores práticas de Londres para a Olimpíada e da Alemanha para a Copa do Mundo. A organização da Copa possui uma câmara temática para sustentabilidade. E vamos buscar a certificação ambiental para os jogos olímpicos”, diz o ministro dos Esportes, Orlando Silva. O BNDES atrelou o financiamento para construção e reforma das arenas da Copa à adoção de critérios sustentáveis, no padrão mínimo de certificações como Breaam, Leed e Acqua. “Temos grupos de trabalho sustentável para reciclagem, alimentação orgânica, parques e mudança climática”, diz Cláudio Langone, coordenador de Meio Ambiente para a Copa 2014. Apesar dessas iniciativas, a Copa do Mundo não tem uma política unificada de sustentabilidade, que inclua estádios, infraestrutura de acesso, hotéis e gestão de legado, com metas e cronograma definidos, como nos jogos de Londres. Entre especialistas, as críticas recaem principalmente sobre a infraestrutura de acesso. “Não dá mais tempo para metrô, os aeroportos não estão preparados e ainda não há

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planos de um sistema integrado de transportes entre hotéis e estádios. No improviso, dificilmente será possível pensar em soluções sustentáveis”, diz Paulo Resende, líder de infraestrutura da Fundação Dom Cabral. No caso dos jogos olímpicos de 2016, a intenção de buscar uma certificação ambiental, que contemple não só a subida dos edifícios e estádios do parque como também a biodiversidade e a comunidade da região pode render frutos positivos no âmbito da sustentabilidade. Mas ainda é cedo para comemorar. No modelo brasileiro, os projetos para os jogos olímpicos precisam da aprovação dos três níveis de poderes: municipal, estadual e federal. “Tudo vai levar o triplo do tempo. Em Londres, os projetos passam por apenas um âmbito de aprovação. Acho que esse será um dos grandes desafios na preparação da Olimpíada brasileira”, diz Adam Williams, da Aecom inglesa. A cinco anos dos jogos, a APO já está atrasada em algumas questões. “Ainda não há um projeto de integração entre o aeroporto do Galeão, o centro e a Barra, no Rio de Janeiro. As estações de metrô em obras estão com o prazo apertado e não há mais tempo de se pensar em novas estações”, afirma Resende, da Dom Cabral. Ao comentar a diferença entre o cronograma de preparação dos jogos olímpicos da Inglaterra e do Brasil, Adam Williams não resistiu a uma crítica em tom de brincadeira: “Sempre podemos contar com o fato de os brasileiros serem bons em jogadas de improviso”. É para rir?

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E SPEC

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I A L TINTA S


Técnicas Construtivas

Dicas Coral Existe uma ordem para pintar um ambiente? Pintar um ambiente na ordem correta economizará tempo e dinheiro. Comece pelo teto (1), paredes (2), portas (3), janelas (4) e finalmente, pinte o rodapé (5). Se o acabamento final for feito com papel de parede, toda a pintura deve ser terminada primeiro. Que tipo de rolo devo usar? Os rolos são ideais para áreas grandes como paredes ou tetos. Existem vários tipos de rolos para pintura, e a escolha apropriada depende do tipo de tinta que você planeja usar: Rolo de lã pêlo baixo (sintética ou de carneiro): indicado para tintas PVA E ACRÍLICA. Rolo de espuma: indicado para esmaltes, tinta óleo e vernizes. Rolo de espuma rígida ou borracha: indicado para dar efeito em textura. Que tipo de pincel devo usar? Para melhores resultados use sempre pincéis de boa qualidade. A qualidade do pincel tem um efeito direto na qualidade do acabamento e na facilidade com a

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qual a tinta é controlada e aplicada. Os pincéis também conhecido como trinchas podem ser encontrado de vários tamanhos e cores: Cerdas escuras: indicados para aplicação de tintas a base de solvente como os esmaltes, tintas óleo e vernizes. Cerdas grisalhas: indicado para aplicação de tintas à base de água como as tintas PVA E ACRÍLICA. O tamanho do pincel varia de acordo com a área a ser pintada. É possível conservar materiais de pintura após o uso? Para aumentar a vida útil dos pincéis e rolos, é essencial limpá-los logo após o uso e depois guardá-los de maneira correta. Para tintas a base solvente, esmaltes, vernizes, tinta óleo: Após o uso limpar o rolo ou pincel tirando o excesso com jornal, lavando com Coralraz ou Thinner, lave novamente com água e sabão enxaguando em seguida. Importante: dependendo da qualidade do material utilizado o thinner poderá reagir com o material estragando o produto. Para tintas a base de água: Tinta Acrílica e PVA: Após o

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uso é recomendável lavar os pinceis com água e sabão. Dica: Para garantir a conservação dos seus pincéis, arrume as cerdas com um pente, umedeça-os com óleo vegetal e guarde-os enrolados em papel impermeável. O que faço com a tinta que sobrou? Se deseja guardar a tinta que sobrou, guarde-a em um lugar coberto, sempre na posição vertical e sem movimentação. Tintas que ficam guardadas por muito tempo podem formar uma película resultante da ação do ar. Para evitar isso, tampe bem a lata. Se não deseja guardar a tinta, doe-as a amigos ou vizinhos ou a instituições de caridade. Nunca a despeje pelo ralo ou em outros cursos de água. Devemos fechar a lata de maneira que não exista a possibilidade da entrada de ar. O local não deve ter umidade ou calor excessivo. Em caso de esmalte, tinta óleo e vernizes recomendamos colocar sobre a superfície um pouco de Coralraz, isso irá ajudar impedindo o contato direto com o ar da embalagem.

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Problemas Comuns DURANTE A APLICAÇÃO Diferença de Brilho Causa: Pode ocorrer quando aplicamos uma tinta esmalte fosca ou acetinada sem a devida homogeneização, fazendo com que a película de tinta na superfície fique brilhante. Correção: Ao adquirimos qualquer tipo de tinta, devemos homogeneízala devidamente com espátula retangular, não utilizando instrumentos cilíndricos como ex:. Chave de fenda, cabo de vassoura. Recomenda-se sempre utilizar o mesmo número de lote de fabricação. Dificuldade de Aplicação Causa: A tinta pode se tornar “pesada” à aplicação se não for diluída suficientemente. Correção: Deve-se seguir a as recomendações de diluição na embalagem.

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Escorrimento da tinta logo após ser aplicada, resultando em cobertura irregular da superfície: Causa: Diluição excessiva e utilização de solventes não especificados, aplicação de uma camada muito espessa ou sob condições de frio ou umidade. Correção: Se a tinta estiver úmida, passe o rolo novamente sobre o local a fim de uniformizar a superfície. Se já estiver seca, lixe a superfície e aplique uma nova demão de tinta, seguindo as recomendações de diluição e tipo de solvente contidas na embalagem. Dificuldade de espalhar a tinta que não se espalha ao longo da superfície, e apresenta marcas visíveis do rolo ou pincel: Causa: uso do tipo errado de rolo, ferramenta de baixa qualidade ou diluição inadequada. Correção: lixe a superfície e aplique

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nova demão de tinta, utilizando rolo de lã de pêlo baixo, ferramenta adequada, diluindo a tinta conforme recomendação da embalagem. Formação de Espuma em Madeira. Ocorre quando a pintura é feita em superfície demasiadamente úmida. Por isso deve-se certificar que ela esteja devidamente seca antes da pintura. Causa: Ocorre devido ao excesso de diluição dado à tinta ou tipo de ferramenta utilizada. Correção: Lixar a superfície para remoção de bolhas e certificar-se que a superfície esteja totalmente isenta de umidade retida e diluir o produto seguindo as recomendações contidas na embalagem.

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Técnicas Construtivas MANCHAS NA SUPERFÍCIE

BAIXA LAVABILIDADE

Devido à absorção da superfície Causa: Aplicação de massa corrida ou acrílica para correção de imperfeições, deixando a superfície porosa. Correção: Sobre os locais onde houver correção de massa corrida ou acrílica, aplicar uma demão de tinta com trincha e aguardar a secagem de 4 horas. Logo depois, aplicar uma demão de tinta com rolo de lã de pêlo baixo.

Devido à diluição Causa: Se a diluição utilizada no produto for além da especificada na embalagem, a película formada pela tinta se torna frágil. Correção: Diluir conforme indicado na embalagem.

Devido ao rolo em tintas acrílicas/PVA Causa: Estas manchas ocorrem devido a utilização de rolo de pêlo alto, que não espalha corretamente o produto sobre a superfície. Correção: Utilização de rolo de lã de pêlo baixo.

Número insuficiente de demãos ou curto intervalo entre demãos Causa: Se o número de demãos não for suficiente, ou se o intervalo entre elas for muito curto, a película torna-se fraca, saindo com facilidade na limpeza. Correção: Aplicação de uma demão geral respeitando o intervalo e diluição indicados na embalagem.

Pigmentos não dispersos Causa: Falta de homogeneização devido ao uso de ferramenta inadequada ou por pouco tempo de agitação. Correção: Homogeneização com espátula retangular. O tempo de homogeneização deve ser o suficiente para uma completa mistura da tinta. Devendo seguir a recomendação da embalagem.

BAIXA COBERTURA

Desbotamento da cor Causa: Cores muito intensas ou saturadas de corante, diluição excessiva , número insuficiente de demãos ou características técnicas de certos pigmentos, podem provocar o desgaste natural do produto devido ao tempo de exposição às intempéries. Correção: Refazer a aplicação com 2 ou 3 demãos, respeitando a diluição e instruções de aplicação expressas nas embalagens.

Devido à cor do fundo Causa: Tonalidade de fundo muito forte. Correção: Aplicação prévia de tinta branca ou um número maior de demãos.

Por excesso de diluição Causa: Uma das causas mais comuns é a diluição excessiva. Correção: Não diluir em excesso. Sempre respeitar as informações e aplicar o produto de acordo com as instruções contidas na embalagem.

Número insuficiente de demãos Causa: Algumas tonalidades e produtos exigem um número maior de demãos. Correção: Aplicar um número maior de demãos.

TRINCAS

FISSURAS

EFLORESCÊNCIA

FORMAÇÃO DE ESPUMA EM MADEIRA

MANCHAS AMARELADAS EM PAREDES E TELHAS

MANCHAS CAUSADAS POR PINGOS DE CHUVA

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Devido à homogeneização Causa: Utilização de instrumento cilíndrico para homogeneização ou falta de homogeneização. Correção: Homogeneizar a tinta com ferramenta retangular até o produto alcançar uma boa consistência. Aplicar uma demão geral. Devido ao tipo de superfície: Causa: Superfícies muito absorventes (reboco novo, massa corrida, gesso). Correção: Se o produto já foi aplicado, serão necessárias mais demãos. Se ainda não foi aplicado, aplicar previamente o fundo indicado na embalagem. Em cores amareladas, avermelhadas e com pigmentos magenta Causa: Cores preparadas com concentrados a base de pigmentos orgânicos (amarelo, vermelho e magenta) necessitam de um número maior de demãos. Correção: Aplicação prévia de tinta branca ou número maior de demãos, ou misturar a cor branca com a desejada para a primeira demão. Quando da utilização de equipamentos inadequados Causa: Utilização de rolo de pêlo alto nas tintas base água. Correção: Utilizar rolo de pêlo baixo.

ENRRUGAMENTO

DIFERENÇA NA TONALIDADE Devido ao tamanho do ambiente Causa: Se o ambiente a ser pintado for pequeno e pouco iluminado, pode ocorrer o escurecimento da tonalidade devido à falta de iluminação. Correção: Se não for possível aumentar a iluminação do ambiente, será necessário clarear a tinta com utilização de branco. Devido à iluminação do ambiente Causa: A iluminação utilizada pode influenciar na tonalidade final do produto. Algumas lâmpadas são amareladas (dicróicas, alógenas, incandescentes), outras apresentam cores opacas (vapor metálico) e ainda há lâmpadas que podem tornar o ambiente avermelhado (mercúrio). Correção: Adquirir uma embalagem de tira teima e realizar um pequeno teste prévio no local. Em continuações de pintura Causa: Devido a tinta de fundo já estar seca ou curada. Correção: Não é indicado fazer retoques ou continuações sobre tintas já secas ou curadas. Será necessária a aplicação de uma demão geral. Falta de homogeneização Causa: Isto ocorre devido à homogeneização incorreta do material através da utilização de ferramentas cilíndricas. Correção: Homogeneizar o produto com ferramenta retangular, antes e constantemente durante a pintura. Não aplicar o material muito tempo após a homogeneização. Se o produto já foi aplicado e apresentou manchas, será necessário aplicar uma demão geral. Devido ao recorte Causa: Recortes efetuados com produtos de embalagem de lotes diferentes. Recorte após secagem da tinta. Diluir em excesso a tinta utilizada para o recorte. Correção: Efetuar o recorte antes da aplicação da tinta em toda a parede e com o produto desta mesma embalagem com a mesma diluição. Recortar e preencher parede por parede. Se já ocorreu a diferença, será necessário aplicar uma demão geral. Devido à absorção Causa: Paredes com absorção diferente podem causar esta diferença de tonalidade. Correção: Aplicação de uma demão geral para nivelar as tonalidades. Produto ainda úmido Causa: Comparar a cor com o produto ainda em processo de secagem. Correção: Aguardar a secagem total do produto.

MOFO, BOLOR OU FUNGOS

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Técnicas Construtivas Bolhas na alvenaria Causa1: Podem ocorrer quando for aplicada massa corrida PVA em exteriores e locais onde tenha contato direto com a água, pois o produto é indicado apenas para superfícies internas. Correção: Remover através de raspagem toda a massa corrida PVA. Aplicar Coral Fundo Preparador de Paredes. Aplicar Massa Acrílica Coral Dulux. Causa2: Em repintura sobre tinta de má qualidade ou excesso de camada de tinta, a umidade da tinta nova pode se infiltrar na antiga e provocar bolhas. Correção: Raspar, remover e lixar as áreas afetadas. Aplicar uma demão de Fundo Preparador Coral Dulux. Repintar. Calcinação São manchas que aparecem nas superfícies pintadas, provocando descascamento ou destruição da tinta látex. Geralmente são dois tipos: Causa1:Pela alcalinidade natural do cal e do cimento que compõe o reboco. Essa alcalinidade , na presença de certo grau de umidade, reage com acidez característica de alguns tipos de emulsão. Correção: Raspar, escovar ou lixar a superfície, eliminando as partes soltas. Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes Coral Dulux. Aplicar acabamento. Causa2: Pelo ataque através do intemperismo a tinta vai se deteriorando. Correção: Raspar, escovar ou lixar a superfície, eliminando as partes soltas. Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes Coral Dulux. Aplicar acabamento. OBS: Em caso de reboco novo, devese aguardar a sua cura/secagem (no mínimo 30 dias). Crateras Causa: Ocorrem quando na diluição se emprega solventes não apropriados,

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por contaminação da tinta, do material de pintura ou das superfícies por graxas, lubrificantes ou água etc. Correção: Remover toda a película de tinta e aplicar o sistema de pintura. Desagregamento É o descascamento da pintura da superfície juntamente com partes de reboco, tornando-se esfarelado: Causa: Ocorre quando a tinta é aplicada sobre superfície de reboco novo não curado, ou quando há infiltração de umidade. Correção: Reparar partes soltas. Corrigir as imperfeições profundas do reboco. Aplicar uma ou duas demãos de Fundo Preparador de Paredes Coral Dulux. OBS: Em caso de reboco novo devese aguardar a sua cura/secagem (no mínimo 30 dias). Descascamento Pode ocorrer quando a pintura for executada diretamente sobre superfícies pulverulentas (pó) como: caiação, partes soltas, reboco novo não selado ou gesso. Causa: A aderência da tinta sobre a superfície pulverulenta não é boa, ocasionando o descascamento. Correção: Raspar ou escovar a superfície até a remoção total de partes soltas ou mal aderidas. Aplicar uma ou duas demãos de Fundo Preparador de Paredes Coral Dulux, ou Coralgesso, no caso de superfícies de gesso. Repintar. Eflorescência Aparecem manchas esbranquiçadas na superfície pintada: Causa: Acontece quando a tinta foi aplicada sobre reboco úmido ou devido à infiltração. Isso ocorre devido à migração de umidade do interior para o exterior em paredes de reboco novo ou velho, cimento, fibro-cimento, tijolos etc., carregando consigo sais solúveis. Enquanto a umidade ou os sais solúveis não tiverem sido totalmente eliminados, a situação per-

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sistirá. Correção: Eliminar eventuais infiltrações. Aguardar a secagem da superfície. Raspar a superfície afetada. Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes Coral Dulux. Enrugamento Causa: Ocorrem quando se aplicam demãos de tinta demasiadamente espessa, ou quando a aplicação é feita sobre a superfície ou em ambientes com temperatura excessivamente quente. Correção: Remover toda a tinta e aplicá-la novamente, seguindo a recomendação de diluição contida na embalagem. Fissuras São trincas estreitas, rasas e sem continuidade. Causa: Tempo insuficiente de hidratação do cal antes da aplicação do reboco ou camadas espessas de massa fina. Correção: Lixar e raspar a superfície, eliminando o pó, partes soltas etc. Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes Coral Dulux. Aplicar três demãos de Coral Sol e Chuva. Manchas amareladas em paredes e tetos Causa1: São provenientes de gorduras, óleos, fumaça de cigarro (nicotina) ou poluição. Correção: Lavar a superfície com uma solução de água e detergente à base de amoníaco. Deixe secar. Repintar. Causa2: No caso de superfície de gesso, são provenientes de extração de solúveis pertinentes ao gesso, pela umidade. Correção: Como paliativo, aplicar uma demão de Fundo Sintético Nivelador Coral Dulux. Lixar. Remover o pó. Repintar. Manchas causadas por pingos de chuva São manchas que aparecem na superfície recém pintada, devido a pingos

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de chuva isolados. Causa: Os pingos de chuva provocam a extração de substâncias solúveis que afloram e mancham o filme da tinta. Correção: Lavar toda a superfície com água. OBS: É importante que a lavagem da superfície seja feita o mais rápido possível, pois após alguns dias as manchas permanecerão, o tempo de cura/secagem da tinta látex é de 20 dias. Os acabamentos acetinados e semibrilho possuem uma maior resistência a esse tipo de ocorrência. Manchas e retardamento na secagem em madeira Causa: Podem ocorrer quando a pintura foi feita sobre madeira com resíduos de soda cáustica ou removedor, utilizando na remoção da pintura anterior. Correção: Remover a pintura. Lavar a superfície com água no caso de resíduo de soda cáustica. Lavar a superfície com Coralraz Coral Dulux no caso de resíduo de removedor. Aguardar a secagem completa da superfície. Repintar. Mofo, bolor ou fungos São manchas que aparecem na superfície devido a proliferação de microorganismos em condições favoráveis. Causa: Constituem-se num grupo de seres vivos vegetais, que proliferam em condições favoráveis, principalmente em climas quentes e úmidos, mal ventilados ou mal iluminados. Produzem o escurecimento da película da tinta decompondo-a. Correção: Lavar a superfície com uma solução de água sanitária na proporção de 1:1 molhando constantemente a superfície com a solução durante um período de 6 horas. Enxaguar a super-

DIFERENÇA DE BRILHO

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fície com água em abundância. Deixar secar. Repintura. Saponificação São manchas que aparecem nas superfícies pintadas, provocando retardamento indevido da secagem dos esmaltes e tintas a óleo, deixando a superfície pegajosa. Causa: É causada pela alcalinidade natural do cal e do cimento que compõe o reboco. Essa alcalinidade, na presença de certo grau de umidade, reage com a acidez característica de alguns tipos de resina. Correção: Remover a tinta com uso de Coralraz Coral Dulux. Aplicar uma demão de fundo preparador de parede.

SAPONIZAÇÃO

BOLHAS NA ALVENARIA

OBS: Em caso de reboco novo, devese aguardar a sua cura/secagem (no mínimo 30 dias). Trincas Causa: De modo geral, são causadas por movimentos da estrutura. Correção: Consultar empresa especializada para solução do problema.

CALCINAÇÃO

Trincas e má aderência em madeira Causa: Ocorrem quando utiliza-se massa corrida PVA na correção de imperfeições da madeira, uma vez que o produto é indicado para a superfície de reboco. Correção: Remover a massa corrida. Aplicar uma demão de Fundo Sintético Nivelador Coral Dulux Branco Fosco. Lixar e eliminar o pó. Corrigir imperfeições com Massa para Madeira Coral Dulux. Lixar. Eliminar o pó. Aplicar uma nova demão de Fundo Sintético Nivelador Coral Dulux Branco Fosco. Lixar novamente. Repintar.

DESAGREGAMENTO

DESBOTAMENTO DA COR

DIFICULDADE PARA ESPALHAR A TINTA

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DESCASCAMENTO

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Materiais

O BOM GOSTO EM DESTAQUE Uma busca por algo perfeito e o olhar que brilha com acabamentos impecáveis, são detalhes que fazem a diferença na hora da escolha.

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Exercício Profissional e Entidades

CONSTRUÇÃO PROPÕE REGULAMENTAÇÃO PARA CONTRATOS DE SUBEMPREITEIROS Setor vai apresentar ao Ministério do Trabalho proposta de portaria com regras claras sobre as responsabilidades das construtoras, contratados e formas de contratação solução para o problema da mão de obra informal. Segundo Gomes, uma proposta de portaria está sendo formulada e será apresentada ao Ministério do Trabalho. “Queremos estabelecer uma regulamentação dessa atividade no país através de uma portaria, que especificaria quais as responsabilidades da construtora e da empresa contratada e de que forma deverá ser feita a contratação”, disse Gomes. Segundo ele, a regulamentação serviria como instrumento para reduzir a precariedade do trabalho no setor e reafirmar o que consta na CLT. O Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) divulgou nota na semana

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m reunião realizada em Brasília, representantes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e de centrais sindicais discutiram propostas para melhoria nas condições e relações de trabalho no setor da construção civil. Um dos principais pontos discutidos foi a necessidade de regulamentação da subempreitada. De acordo com o presidente da Comissão de Política de Relações Trabalhistas da CBIC (CPRT), Antônio Carlos Mendes Gomes, a subcontratação de prestadores de serviços para etapas específicas de obras já faz

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parte da cultura do setor, mas ainda não está bem regulamentada na legislação brasileira, embora a contratação de subempreitada já esteja regulada pelo artigo 455 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Gomes relata que a legislação atual não define exatamente de que modo deve ser feita uma subcontratação nos parâmetros legais. Essa questão já vem sendo discutida desde 2007 em um grupo de trabalho formado por empresários e representantes de centrais sindicais, com o objetivo de formular uma

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passada afirmando que “é necessária a atualização do arcabouço legal sobre a terceirização no setor, uma vez que ainda prevalece na legislação o entendimento de que as empresas apenas poderiam subcontratar serviços distintos de sua atividade-fim, tais como vigilância, limpeza e outros especializados”. Além da questão legal, outro problema de ordem prática, e mais distante de ser solucionado, está relacionado à baixa qualificação de subcontratados. “Muitas vezes a empreiteira traz profissionais inexperientes para aprender dentro da obra, sem treinamento nenhum, sendo que a construtora paga por profissionais qualificados”, comenta o engenheiro Maurício Bianchi, diretor da BKO Engenharia e vice-presidente do SindusCon-SP.

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CONFIRA OS PRINCIPAIS PONTOS DEFENDIDOS PELO SETOR NA PROPOSTA: - Idoneidade e regularidade fiscal do prestador de serviços, que deverá ser sempre uma pessoa jurídica com capital social compatível com a execução do serviço; - Controle do cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias relativas aos empregados dos prestadores de serviços que participarem da execução dos trabalhos, que devem ser individualmente identificados; - Atendimento às normas de segurança e medicina do trabalho; - Certificado de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Previdência Social; - Responsabilidade subsidiária do tomador de serviços pelas obrigações e deveres trabalhistas durante o período de execução do trabalho.

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Revestimento

PEDRAS DE REVESTIMENTO

A

s pedras ornamentais constituem uma ótima opção de revestimento para pisos e paredes, graças à durabilidade e aos efeitos estéticos que proporcionam. Além disso, adaptam-se a ambientes internos e externos, admitem inúmeros tipos de tratamento e ainda garantem manutenção simplificada. Para alcançar os resultados visuais pretendidos, é preciso considerar certas particularidades de cada pedra, tais como o índice de absorção de água e os tipos de tratamento que podem ser aplicados. Abaixo estão descritas as pedras de maior aceitação no mercado nacional e suas principais características. Genericamente, as rochas aplicadas na arquitetura e na decoração dividem-se em duas categorias: • pedras decorativas naturais - são aquelas utilizadas sem polimento, conservando o seu aspecto natural. Entre suas particularidades, a maior é a grande resistência às intempéries, daí o fato de serem escolhidas para o revestimento de áreas externas, como fachadas, beiras de piscina e composições de paisagismo. • pedras tratadas - são diversas as possibilidades de tratamento que visam explorar o potencial de brilho e valorizar texturas e cores. Mais apropriadas às áreas internas, ambientes de estar, banheiros e até móveis, elas podem ser: » polidas - quando submetidas a processos sucessivos de abrasão, partindo da granulometria mais grossa para a mais fina, com o objetivo de fechar qualquer porosidade. Em seguida, pode-se ou não lustrar a peça, de acordo com o brilho desejado. 38

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» lustradas - o lustro é feito de forma diferenciada para cada pedra: no caso do mármore, usa-se o ácido oxálico, de menor potência abrasiva. Já para o granito é aplicada uma mistura de chumbo com óxido de estanho, denominada potéia. » apicoadas - opção que torna a rocha antiderrapante. O apicoamento é um processo manual ou mecânico que utiliza o picão, ferramenta própria para desgastar pedras, para conferir um aspecto “furadinho”. » levigadas - quando as pedras são desgastadas por abrasivos de granulometria grossa e não recebem mais nenhum tratamento, resultando uma superfície áspera. » flameadas - processo que se aplica exclusivamente ao granito com o objetivo de torná-lo áspero. Consiste na queima da pedra para que ocorra o desprendimento de alguns cristais. » detalhes - dar acabamento ao mármore e ao granito já tratados por outros meios também é possível. Para as bordas pode-se escolher entre o frisado (cortes intercalados de 1 a 5mm, feitos com serra apropriada) e o craquê (executado com uma talhadeira manual, deixando expostas as irregularidades naturais da pedra). » impermeabilização - de modo geral, pedras polidas não apresentam porosidade, dispensando assim tal tratamento. Já aquelas usadas em seu estado natural são permeáveis e precisam ser impermeabilizadas com resina à base de poliéster para impedir o crescimento de matérias orgânicas e o conseqüente comprometimento de sua resistência e estética. www.obraseprojetos.com.br




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Rua Sant’ana, 189 - Centro Lavras/MG - CEP: 37.200-000 Fone: (35) 3821-1161 Rua Chagas Dória, 26 A - Centro Lavras/MG - CEP: 37.200-000 Fone: (35) 3826-2078 E-mail: cmlope2009@oi.com.br

REAL TINTAS

Rua Dr. Melo Viana, 88 - Centro Lavras-MG - Cep: 37.200-000 Fone: (35) 3821-9366 E-mail: real.tintas100@gmail.com

MARMOLIDER

Rua José Normando Costa, 20 - Aeroporto Lavras/MG - CEP: 37.200-000 Fone: (35) 3822-3619 E-mail: marmolider@live.com

SEMELC

Rua Otacílio Negrão de Lima, 249 - Centro Lavras/MG - CEP: 37.200-000 Fone: (35) 3821-61-39

PAVINC

PAVINC Móveis Planejados

Rua Diocese Alves Pinto, 84 - Vila Rica Lavras-MG - Cep: 37.200-000 Fone: (35) 3822-2954

ELETROFORTH

Rua Otacílio Negrão de Lima, 240 - Vera Cruz Lavras-MG - Cep: 37.200-000 Fone: (35) 3826-4242 Website: www.eletroforth.com.br




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