::::
FĂŞ Luz
::::
feluz.liluah@gmail.com @feluz.atelie artefeluz.wordpress.com 55 48 996617737
Dormir Pedra Acordar Passarinho, 2000. Escrito com Loren Fischer. Letras Contemporâneas Pequenas Quinquilharias para Colecionadores Precoces, 2002. Edição do Autor Verbalizações do Amor em Transe, 2010. Edição do Autor Elas dançam com ruído : Palavras em risco, 2019. Poéticas Edições, PT
Impressões na Pedra, 2019/2016, intervenção urbana / fotografia (Florianópolis, Bienal Internacional de Curitiba)
Território Poético, 2020/2013, intervenção urbana (Lisboa, Florianópolis, Itajaí, São Paulo)
Território Poético, 2016, Mural da Cultura (Mercado Público de Florianópolis)
Territรณrio em Risco, 2018/2017, Museu de Arte de Santa Catarina e Faferia (Florianรณpolis)
Palavra em Fluxo, 2017/2016, poesia sonora-videopoesia-objeto (Lisboa, Florianรณpolis) :: https://www.youtube.com/watch?v=lc8RmJUb1OA https://issuu.com/feluz/docs/palavra_em_fluxo
Vendem-se Frases Avulsas, 2017/2009, intervenção urbana/ múltiplo (Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Genebra, Lisboa)
Vendem-se frases avulsas, 2017, Galeria da Universidade Federal Fluminense (Niterรณi)
Museu de Arte de Santa Catarina (Florianรณpolis)
Zonas de Acesso, 2019/2018, Museu Victor Meirelles e Feira Flamboiรฃ (Florianรณpolis)
Conectivos, 2016, instalação sonora, Museu Cruz e Souza (Florianópolis) :: https://soundcloud.com/feluz/conectivos
In Deriva, 2012/2013, Intervenção urbana-vídeo, com Sarah Pusch e participação de Thaís de Carli (Florianópolis) :: https://www.youtube.com/watch?v=zbyVt9O8lTU&list=PLE9dU89jBju_jAAfFIKqwsQ_FJ0veWf9Q&index=11
Caos na Margem, 2015, instalação, (paisagem sonora-foto-objeto-video) com Lela Martorano (Florianópolis):: https://www.youtube.com/watch?v=shUy5YffNvU&list=PLE9dU89jBju_jAAfFIKqwsQ_FJ0veWf9Q&index=14
De como transportar um ovo na sala de espera, 2011/2013, Performance com Renata de Lélis (Florianópolis e Porto Alegre) https://decomotransportarumovonasaladeespera.wordpress.com/ e https://www.youtube.com/watch?v=7-S_fyAV_LA&list=PLE9dU89jBju_jAAfFIKqwsQ_FJ0veWf9Q&index=10
Metade coisa Metade nĂŁo coisa, 2013/2014, objeto (FlorianĂłpolis)
Derivações de Ocupação do Objeto Constante, 2006, instalação (Florianópolis)
Derivações de Ocupação em 3 Versos, 2007, intervenção urbana / múltiplos (Espanha)
Território Andar-Ilha, 2003/2005, Desenho-Objeto-Pintura-Instalação-Múltiplos (Florianópolis)
Objetos-Hรกbitos, 2005/2003, Objeto-Assemblagem (Florianรณpolis)
Inutilezas, 2003/2001, Objeto-Assemblagem (Florianรณpolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro)
Objetos-Policombináveis, 2002/2000, Intervenção urbana-Desenho-Objeto-Pintura-Gravura-Vídeo (Florianópolis)
Algumas matĂŠrias produzidas sobre a artista
Alguns textos produzidos sobre a artista
Basta acionar um interruptor de tomada para atender ao delírio de Fê Luz. O cotidiano inspira as associações mais curiosas na obra da artista, uma habilidosa catadora de “inutilezas”. Fê resgata e analisa cuidadosamente cada objeto encontrado, rearticula e subverte sua função, criando “zonas de conforto” e de tensão, onde utensílios habituais jogam com universos possíveis e impossíveis, abrindo uma dimensão surpreendente que atravessa a subjetividade, e ao mesmo tempo questiona o nosso entendimento. “Cadeiras-tomada”, torneiras de areia, interruptores desenhados, tomadas duplas, chaves e talheres, que podem revelar-nos detalhes de um universo íntimo e transcedental, onde os delicados limites da palavra se desfazem constantemente e se refazem em novas linguagens. O conjunto de sua obra é resultado de uma incessante pesquisa da “palavra-coisa”, que transita entre as páginas de um livro e os muros da cidade, entre a pintura e o objeto, caminha desde o território fulgaz da performance, da musica e da dança até o registro e suporte do video. Entre encontros casuais e pensamentos profundos, Fê Luz desafia nossa percepção através de seu mundo, ora lúdico, ora lúcido, e alerta: “seu sistema pode estar em risco”. Lela Martorano /artista plástica e mestre em artes visuais, Espanha.
(...) Começando pelo corpo elaborado por Fê Luz para suas reflexões, é possível ingressar aos poucos no universo de sua obra nascente. (...) A base autoral no trabalho de Fê é evidente. Ela articula um repertório que se por um lado se nutre da variada oferta oferecida pela cidade, por outro lado é bastante resumido. (...) Quando resignifica elementos encontrados, em trabalhos de caráter intimista, de forte ressonância confessional, é onde escuto mais generosamente a fala da cidade. É como se ao incorporar esses elementos descartados do coletivo, ela ouvisse a muitos de nós ao ouvir a si mesma.(...) Torna o lixo visual, imagens e objetos da cidade, parte do seu repertório, devolvendo ao corpo social na forma de sua produção no circuito de arte. (...)É evidente, na minha opinião e, neste sentido pressuponho um certo consenso, que o trabalho de Fê Luz elabora com obscessão e profundidade questões do desenho e da escrita, num vocabulário já muito pessoal, restrito e próprio. Ela sabe de sua genealogia e elabora fusões muito ricas, paralela a de outros artistas e escritores que talvez nem conheça. E se escrita e desenho parecem ter para a artista um peso equivalente, não se confundem. Talvez porque desenvolva trabalhos com texto paralelamente à sua produção plástica. Percebo mais uma equivalência, que resguarda, no entanto, o específico de cada linguagem. Se observarmos seu livro de Conclusão de Curso e sua produção literária, poderemos ver um repertório forte, pessoal, obsessivo e cuidadoso, que de tão íntimo e aprofundado em seu processo, rompe as próprias noções teóricas que os justificam conceitualmente, gerando outras tantas possibilidades de reflexão e leitura. Fernando Lindote /artista plástico e curador.
Num tempo onde nossos hábitos são “ditados” ao devir de modelos de consumo e, portanto, rapidamente descartados, o trabalho plástico de Fê Luz transcende essa lógica. A série “Objetos-Hábitos” vem de uma coleta de pensamentos e componentes iniciada em 2003, prática que tem sua raiz na série “Inutilezas” de 2001. A artista requisita e personaliza, em seu cotidiano, elementos dos quais divide em três classes de importância: os divertidos, os sinistros e os preciosos...Congratulando, assim, o casualmente banal em artifício de sua poética. Cada item (a)colhido até então esquecido dentro de um tempo de relógio parado passa da fantasmagoria de resíduo do dia-a-dia para a simbologia do universo da criação, gerindo delicadas obras que resguardam a memória coletiva. Deste modo, Fê Luz restitui significância ao diminuto, ao sem valor aparente, tornando esses subprodutos do evento cotidiano, pequenos tesouros até então perdidos em todos nós. Marília C. Machado /artista plástica e mestre em teoria literária, UFSC.
Tudo se exsolve num theatrum de indeterminações, tudo volta metamorficamente na paleonímia, tudo ressurge-desliza caleidoscopicamente, tudo flutua em movimentos intervalares e exige o recomeço de eclipses vazadoras de infravisualidades, de hiperformas num palco fractalizador-indiscernível, propulsionado pelos milissegundos prolongáveis das estações pansemióticas, pelos blocos de durabilidades-multidimensionalidades acústicas de FÊ-LUZ( rebatidas multímodas-filosóficas constroem multifocalidades, visageidades, expansibilidades explosíveis-gravitacionais adentro de cartografias cataclísmicas): o pensamento do impossível adentra-se nas vizinhanças transbordantes de inseparabilidades a-gramaticais e de des-emaranhamentos súcubos que arruínam tremendamente as permanências das multidões-logocêntricasteleológicas nas esculturas-desterritorializadas, emancipam corporologias sincopadas numa arqueologia-cybermonde, num olhar-háptico-anargânico-caologicamenteestético: FÊ-LUZ transgeografa-se infinitamente nas holopalavras-espectrais acopladas às espécies multiangulares impulsionadoras de zonas cibridas-ondulatóriaspermutatórias( embaralhamentos de códigos-ciborgues-tipográficos-caligráficos): defronte ao seu CAOS-GERME, QUEM somos NÓS ADENTRO de uma GEOMETRIAtranspoética em TRANSFORMAÇÃO de FORMAS VARIÁVEIS-pulveriformes? O que somos NÓS na POTÊNCIA SINESTÉSICA dos desastres-espaço-tempo-arquitecturas-doinverso e da multiplicação prestidigitadora de vazios-a-sígnicos-catastróficos?______a performance da estocástica-boomerangue-acústica é já em si a fulguração, a contaminação do acontecimento polissémico_____ Como somos FALADOS pela guerrilha-usurpadora da LÍNGUA que NÃO PERTENCE a NINGUÉM? SEREMOS uma VOZ ANAMÓRFICA-transcodificadora de outras-verbaizações nos DESACORRENTAMENTOS PROBALÍSTICOS-ALGORÍTMICOS?(...).
Luís Serguilha / escritor,poeta e curador, Portugal/Brasil