Revista Savuti

1ª EDIÇÃO

CHIFRES VALENDO US$ 60 MIL O QUILO

A caça ilegal de Rinocerontes disparou.

A BEIRA DA

EXTINÇÃO Só existem cerca de 645 leões selvagens na África Ocidental e Central, e apenas 34 em toda a Nigéria. Em 25 países africanos já não resta nenhum.

Sumário CAPA

A BEIRA DA EXTINÇÃO

CHIFRES VALENDO US$ 60 MIL O QUILO

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CAÇA

CHIFRES VALENDO US$ 60 MIL O QUILO

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CAPA

A BEIRA DA EXTINÇÃO Só existem cerca de 645 leões selvagens na África Ocidental e Central, e apenas 34 em toda a Nigéria. Em 25 países africanos já não resta nenhum.

O

leão da África Ocidental está à beira da extinção. De acordo com vários peritos que têm assinalado o seu marcado declínio nos últimos anos, estima-se que existam apenas cerca de 645 leões selvagens na África Ocidental e Central, e apenas 34 em toda a Nigéria.

Segundo o jornal britâncio Daily Mail, os investigadores têm registrado o cada vez mais baixo número de leões selvagens em África e agora, o grupo de conservação da vida animal, LionAid, alerta para o perigo de extinção da espécie. De acordo com o grupo, já não existem leões em 25 países africanos e em outros dez, a espécie luta pela sobrevivência.

As bolsas de leões permanecem apenas no Burkina Faso, na República Centro Africana, nos Camarões e no Chade, mas já estão totalmente extintos em países como o Gana, Togo ou Costa do Marfim.

Há trinta anos existiam cerca de 200 mil leões por todo o continente africano, mas agora existem apenas cerca de 15 mil a 32 mil leões em África.

O doutor Pieter kat, responsável da LionAid, afirmou ao jornal britânico The Guardian que “tem existido um declínio catastrófico nas populações de leões em África, particularmente na África Ocidental”, diz, adiantando que “esses leões têm sido esquecidos pelas autoridades responsáveis, que não têm aplicado programas de protecção adequados para proteger a espécie”.

O governo nigeriano confirmou ao The Guardian que o número de leões no país caiu dos 44, em 2009, para apenas 34 em 2012. O ministro do interior da Nigéria, Yohanna Saidu, admitiu ao jornal que as autoridades têm tentado proteger os leões, sem sucesso, e estão muito preocupados com o problema”.

O consecutivo desaparecimento da Savana africana, que nos últimos cinquenta anos já perdeu três quartos da sua área, a falta de programadas adequados de protecção à espécie pelos governos dos países africanos, e a caça furtiva, são algumas das razões apontadas para o declínio da espécie na África.

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CAÇA

CHIFRES VALENDO US$ 60 MIL O QUILO A caça ilegal de Rinocerontes disparou.

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mpulsionada pelo valor dos chifres destes animais, que alcançam preços tão elevados quanto o do ouro no mercado negro asiático, comprometendo o trabalho realizado há décadas para reconstituir a população selvagem destes imensos herbívoros.

Os números são contundentes: só na África, onde vivem de 70% a 80% da população mundial de rinocerontes, o aumento de sua caça ilegal é dramático: 13 rinocerontes foram mortos em 2007, 448 em 2011, e nos quatro primeiros meses de 2012, já são 200 os que pereceram nas mãos de caçadores ilegais.

Este aumento se deve à alta da demanda de chifres de rinocerontes, usados na medicina tradicional asiática. Seu preço no mercado negro se aproxima do do ouro, valendo cerca de US$ 66 mil dólares o quilo, indicam diferentes fontes.

A caça ilegal de rinocerontes também aumentou no Quênia, no Zimbábue e nos países vizinhos, embora as cifras sejam menos alarmantes.

Neste ritmo, o número de rinocerontes sacrificados a cada ano corre o risco de superar logo o de nascimentos, advertiu o Grupo de Gestão de Rinocerontes (RMG) da Comunidade da África Austral.

A espécie se encaminharia, neste caso, para uma redução inexorável até sua possível extinção porque estes robustos animais de formas pré-históricas já estão à beira da extinção. Os rinocerontes brancos e negros, duas subespécies africanas, foram quase exterminados nos séculos XIX e XX.

Há vários anos, graças aos esforços de conservação e a formas de criação de gado mais lucrativas, a população de rinocerontes está novamente em ascensão. Calcula-se atualmente em 20,7 mil o número de rinocerontes brancos na África e em 4,8 mil o número de negros. Este êxito - frágil mas que faz ressurgir algumas esperanças - poderia vir abaixo devido à retomada da caça ilegal.

O chifre do rinoceronte é utilizado sob a forma de pó por suas supostas propriedades para aliviar a febre, manter a potência sexual em qualquer idade e até combater o câncer. E tudo isso sem o menor fundamento científico, já que este estranho apêndice nasal é composto exclusivamente de queratina, a mesma substância encontrada nas unhas humanas.

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