Suplemento Calda S.Jorge

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Próximo suplemento especial dedicado a Pigeiros

especial Caldas de S. Jorge Este suplemento faz parte inegrante da edição 31 do Jornal Terras Notícias. Não pode ser vendido separadamente. Director: Vitor Hugo Carmo

“Todos os feirenses deviam experimentar as Termas pelo menos uma vez na vida” PX

Associação Juventude Inquieta “A beleza natural já nos convida a criar” PIII

Associação de Pais Escola EB1 de Caldelas “Esta é uma freguesia amiga das crianças” PVIII

Rancho Folclórico ‘As Florinhas’ “Os nossos usos e costumes estão salvaguardados” PV

Futebol do Caldas de S. Jorge em risco PXII

José Martins, Presidente da União de Freguesias de Caldas de S. Jorge e Pigeiros

‘É necessário reestruturar o parque das Termas’ PUB


terras notícias

II

especial Caldas de S. Jorge

Segunda-feira 15 de Maio de 2017

José Martins, Presidente da União de Freguesias de Caldas de S. Jorge e Pigeiros

“É necessário reestruturar o parque das José Martins assume que há sempre muito para faer, mas também admite que, muitas vezes, o constrangimento financeiro obriga a Junta de Freguesia a repensar os seus projectos de forma a não dar um passo maior do que a perna. O presidente na união de Freguesia de Caldas de S. Jorge considera que a zona envolvente às Termas necessita de uma intervenção que se se ajuste à realidade e recorda que também no caso do parque de jogos, o crescimento evidente da secção de atletismo requer uma intervenção no campo. José Martins sublinha que o turimo continua a ser o ponto forte da freguesia e releva os percursos pedreste como uma das atracções que se tornaram mais apelativas nos últimos tempos. O autarca está satisfeito com o movimento associativo e quer mais projectos, porque assegura que é fundamental as associações não se sentirem dependentes de subsídios.

Desde que abrimos os percursos pedrestes, a população faz exercício quase todos os dias. Temos açudes ímpares e zonas do rio lindíssimas e as pessoas estão a aproveitar isso.

As autarquias têm, por vezes, constrangimentos financeiros que as impedem de fazer mais e melhor. Em Caldas de S. Jorge sentiu isso? É óbvio que para qualquer presidente de Junta nunca temos a obra como concluída, nunca fazemos aquilo que gostaríamos de ter feito, mas também temos a noção de que em três anos tivemos uma nova realidade com a agregação de freguesias e isso obrigou-nos a alterar os nossos pressupostos. Tivemos de conhecer bem a outra freguesia e criam-se dinâmicas diferentes numa e noutra freguesia. Estas coisas levam o seu tempo. Para muita gente, três anos é muito tempo, mas para quem está numa nova

realidade, é pouco tempo. Foi uma fase de adaptação. E o que é que essa fase de adaptação provocou? Na freguesia de Caldas S. Jorge já tínhamos uma ideia do que queríamos há muito tempo e não há dúvida de que uma das áreas mais importantes é a do turismo, nomeadamente o que está ligado ao bem-estar, saúde e natureza. Sabemos que nesse sentido as Termas são bastante importantes. A nova dinâmica que fomos criando está ligada às situações que aparecem em determinados momentos e aí tentámos dar uma resposta. Por isso, direccionámos a nossa acção para os percursos pedrestes neste mandato e, neste momento, temos a ligação entre Caldas de S. Jorge e Pigeiros, que queremos melhorar. Além disso, fomos reabilitando alguns espaços e estamos a terminar um jardim aromático na rua do Rio Uíma. Estamos neste momento a referenciar as plantas. Como queremos o turismo de saúde e bem-estar, a envolvência da natureza é fundamental e com o jardim aromático passamos a mensagem de que há formas saudáveis de aproveitar este conceito. Os aromas e a alimentação podem contribuir para isso e nós estamos a contribuir, por exemplo, para que as pessoas cultivem algumas plantas em casa para usarem no dia a dia e que são benéficas para a saúde. Queremos aliar todas as componentes do bem-estar. E sente que a população se envolve nessa dinâmica turística? Desde que abrimos os percursos pedrestes, a população faz exercício quase todos os dias. Temos açudes ímpares e zonas do rio lindíssimas e as pessoas estão a aproveitar isso. Temos fomentado a prática desportiva em parceria com várias associações e a população adere. Quer continuar a desenvolver o projecto a que se propôs? O mandato está a terminar, mas ainda nada foi assumido e também não ponho de lado a hipótese de me recandidatar. Há coisas para fazer em Caldas

de S. Jorge e Pigeiros. Temos também um projecto para o cemitério das Caldas de S. Jorge, que é uma carência da freguesia, e gostaríamos de dar continuidade a tudo a que temos vindo a estar envolvidos. Se deixássemos cair um projecto de quatro anos não faria grande lógica. Está satisfeito com o movimento associativo em Caldas de S. Jorge? Sinto que é muito forte e tenho de dar os parabéns a todas as colectividades, porque têm sido uma mais valia para a freguesia. A Junta tenta sempre colaborar no que pode e sei que para as associações é difícil compreender que a autarquia tenha limites, mas continuamos a fazer o nosso esforço para apoiar quando necessário. A freguesia tem assumido uma postura diferente. Quando cheguei à Junta eram atribuídos subsídios às associações e o que estamos a fazer neste momento é a subsi-

diar projectos. Por exemplo, quase todos os eventos culturais e desportivos têm o nosso apoio. Não queremos as associações a sentirem-se dependentes de subsídios, mas sim a pensarem em projectos para depois serem apoiadas. Há algum constrangimento financeiro que impeça a Junta de levar algum projecto específico para a frente? Tem sido um pouco complicado, porque muitas vezes temos de pensar noutro tipo de projecto que não aquele que idealizáramos. Mas neste momento, o mais necessário é reestruturar o parque das Termas. Cada vez mais, aquele parque não se ajusta à actualidade. Não é necessária uma intervenção de fundo, mas uma organização diferente relativamente ao estacionamento e ao parque infantil. Neste momento temos três parques, o das Termas, a zona junto ao Ilha e o jardim aromático. Crescemos nestes 18 anos e agora é necessário

Crescemos nestes 18 anos e agora é necessário pensar no parque das Termas de outra forma, dandolhe uma dinâmica diferente. Se queremos um produto com uma boa oferta para quem é de fora, temos de melhorar. pensar no parque das Termas de outra forma, dando-lhe uma dinâmica diferente. Se queremos um produto com uma boa oferta para quem é de fora, temos de melhorar. Outra das intervenções que pretendemos fazer é na entrada de Caldas de S. Jorge. Em breve começaremos uma intervenção da Rua do Rio Uíma porque é importante para a freguesia ter a sua “porta de entrada” bem apresentada. Queremos criar uma estrutura digna, mas isso também exige


especial Caldas de S. Jorge

Segunda-feira 15 de Maio de 2017

III PUB

Associação Juventude Inquieta

Termas” “A beleza natural já nos convida a criar”

Em breve começaremos uma intervenção da Rua do Rio Uíma porque é importante para a freguesia ter a sua “porta de entrada” bem apresentada. Queremos criar uma estrutura digna, mas isso também exige muito esforço financeiro. Mas também temos outras prioridades, como é o caso do posto médico, porque são necessárias melhores condições para as pessoas.

muito esforço financeiro. Mas também temos outras prioridades, como é o caso do posto médico, porque são necessárias melhores condições para as pessoas. Nos últimos anos vários campos de futebol do Concelho foram sendo alto de intervenção, nomeadamente com a colocação de piso sintético. Isso está nos planos da Junta? Para nós está tudo sempre em aberto. Sabemos que o campo necessita de algumas intervenções ao nível dos balneários. Quanto ao piso sintético, é óbvio que temos em mente essa situação, até porque o Caldas de S. Jorge tem um campo muito interessante. Além disso, há uma coisa que nos preocupa bastante, que é o atletismo. É um dos clubes fortes do Concelho e temos de ajustar à realidade da secção. É necessário criar melhores condições, e quando criarmos para uns também estamos a criar para outros.

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A Associação nasceu há 15 anos e é mesmo de “Juventude Inquieta” porque tem feito “de tudo um pouco”. Paulo Valinho é o dirigente associativo que defende que a população das Caldas de S. Jorge é um “povo revivalista com amor à camisola e que vai criando atividades diversas”. Quais são as vossas principais atividades? Uma das nossas principais actividades é o que chamamos a festa do idoso, que é uma festa intergeracional. Chamamos as pessoas da terra para um convívio, fazemos animação porque fazemos teatro de palco, sobretudo humor. E também pedimos a alguém para animar, os ranchos locais têm sido amáveis a esse ponto. A primeira festa do idoso surgiu com uma senhora que fazia 100 anos, e é sempre no penúltimo domingo de Outubro. Fazem muito trabalho com idosos? Estamos do fórum social de freguesias, e ainda há pouco tempo nos foi solicitado um inquérito à população idosa, foi um dos projectos. Também fazemos uma calendarização com os escuteiros e levamos os idosos que estão no lar para se deslocarem à igreja para a eucaristia. No domingo de Carnaval fomos fazer uma peça de humor para os entreter. Sabemos que é o sector da população que mais precisa. Também dedicam tempo às crianças? Também fazemos festa de Natal da Criança, é uma ideia que

vem de muitos anos atrás e é da Junta de Freguesia, mas é a Juventude que tem assumido a organização. A festa nasce com a intenção de juntar as crianças, onde todos, independentemente da situação económica podem vir buscar um presente de Natal desde que se inscrevam. Também realizamos o Misterium, que é teatro de rua a retratar algumas lendas da terra, é de dois em dois anos, de quando em vez chamamos grupos profissionais que nos dão um workshop e criamos em dois dias o espetáculo em si. E o Festival Doce? O festival esteve em perigo de não se realizar mas chamaramse as entidades responsáveis, a nossa comparticipação como Juventude Inquieta reduziu. Embora haja muita gente da nossa terra que acha que o festival dá dinheiro, a verdade é que apresentava prejuízo para a Juventude Inquieta. Gastávamos cerca de 10 mil euros para realizar o Festival Doce, e só conseguimos realizar este evento porque normalmente temos uma taberna na Viagem Medieval e vamos participando com teatro no povoado. Este ano decidimos fazelo com alguma redução, com um cartaz não tao sonante, mas com muita animação. O que ambiciona para a Juventude Inquieta? Queria que fosse um espaço de maior crescimento, o nosso sonho é que houvesse mais aderência de jovens que se juntem a nós para partilhar as suas ideias e o seu tempo.

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terras NOTÍCIAS

IV

especial Caldas de S. Jorge Comissão do Carnaval

Segunda-feira 15 de Maio de 2017

Brisa Dourada

“O nosso Carnaval é livre” “Tudo o que fazemos é em proveito da freguesia” Elsa Costa é uma das fundadoras da Associação Brisa Dourada e apesar de não ter tradição do Folclore admite que se apaixonou pelas tradições das Caldas de S. Jorge.

Lúcia Castro, 53 anos

Gosto muito de morar aqui, é uma vilazinha muito calma, temos praticamente tudo e estamos muito bem situados a poucos quilómetros da Feira. Sou nascida e criada aqui, vivo aqui, trabalho aqui e gosto muito do meu povo

Alexandra Santos, 17 anos

É um sítio calmo. Embora não exista assim tanta população quanto isso por ser um sítio pequeno, temos bons amigos cá.

Catarina Silva, 17 anos

À noite isto é mais movimentado. A zona dos cafés e bares é mais requisitada. Há vários fins de semana em que acontecem actividades aqui. Os eventos desportivos, como as corridas, são muito procurados.

Quando nasceu a Associação Brisa Dourada? A Associação Brisa Dourada tem oito anos, o nosso aniversário é a 8 de Dezembro e eu sou uma das fundadoras. Neste momento, temos o rancho e um grupo de cavaquinhos, este grupo ainda está a iniciar mas já fizemos duas actuações. Manuel Pinheiro explica que a Comissão de Carnaval das Caldas de S. Jorge são “voluntários” que querem manter a tradição do carnaval” e que é apenas um dos rostos à frente da Festa que anima a freguesia há, pelo menos, 50 anos. Agora a comissão quer “sangue novo”, “estamos sempre à procura de angariar pessoas de boa vontade para continuar” – explica. Como é que arranjam apoios para organizar o Carnaval? Antigamente havia verbas e apoios, agora não há. Optamos por outras soluções como as rifas, para conseguir verbas para os grupos porque o Carnaval é uma brincadeira bastante dispendiosa para cada grupo. Quantos grupos costumam participar? É sempre irregular, tentamos ter uma média de quatro, foi o mínimo até agora. Contamos sempre com dois grandes grupos, um de Pigeiros e outro das Caldas, de Arcozelo. São bastante activos com bastante gente e assim conseguimos sempre um desfile bastante grande. Este ano tivemos seis ou sete grupos, e era o ideal para nós. O nosso objectivo é manter o que temos e tentar envolver as freguesias das redondezas. Neste momento temos um grupo de Guizande, gostaria de ter novamente um de Lobão, já tivemos há uns anos, vou tentar este ano um grupo de Nadais,

que já tivemos há uns anos. Este ano também veio um grupo de Lourosa, também gostei desse grupo foi muito simpático. E como decorre o cortejo? Isto é um Carnaval de brincadeira e queremos é gente que venha desfilar connosco, é assim que nos distinguimos dos outros. O nosso Carnaval é livre. As pessoas que participam estão felizes e é o que me faz continuar. O desfile é no dia de Carnaval, se houvesse uma estrutura mais organizado gostaria de voltar a organizar a queima do Judas.

Quantos elementos tem a associação? Nos cavaquinhos somos seis e no rancho somos entre 48 a 50 elementos, a idade varia entre os 38 e os 60 anos. Como é que veio parar à direcção? Fui repescada porque não tenho tradições de folclore, os outros elementos pediram-me para aceitar este desafio, eu aceitei e agora até já danço. Acho interessante tentar conhecer o antigamente, fazer pesquisas e buscas e passar esta história aos mais novos. Quais são as características das vossas actuações? Divulgar as nossas danças, algumas são originais do nosso

grupo, a nossa principal característica é o traje em si, não é folclore rígido. Temos o traje de folclore e a saia amarela, que já vem de outro grupos. A vossa sede está num local privilegiado… Tudo o que temos aqui foi feito por nós e as obras vão continuando com algumas ajudas, há pessoas que ajudam com o próprio trabalho, outras com ajudas monetárias, porque os subsídios não existem. Queremos alargar as obras, estamos a terminar a parte de baixo, vamos fechar tudo em vidro para valorizar o local onde estamos, no centro das Caldas de S. Jorge e queremos chamar a população a vir aqui e ver porque tudo o que fazemos é em prol da freguesia. Como é que encontram verbas? A nossa angariação para as obras é a Viagem Medieval e eventos, para angariar fundos. No dia 20 de Maio temos a Recriação, histórias e lendas pelo terceiro ano consecutivo. Temos cantigas de escarnio, danças medievais e precursão e comes e bebes e só esperamos que o tempo nos ajude. Costumamos ter casa cheia, vai ca estar a Trupe e o Grupo de Danças Pigeirense. A seguir temos o S. João e o S. Martinho e também organizamos a Passagem do Ano.

A tradição do Carnaval das Caldas de S. Jorge é antiga? É bastante antigo, pelo que me disseram é dos mais antigos do nosso concelho. 50 anos de tradição tem de certeza. Gostaria de tentar organizar um histórico do Carnaval, já consegui algumas fotos de há trinta anos, mas queria ir perceber a história. Vou tentar falar com pessoas mais antigas, mas o tempo é sempre pouco.

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Manuel Augusto Silva, 67 anos

“Nasci aqui, e já vivi no Luxemburgo e em Angola mas voltei sempre para as Caldas de S. Jorge e gosto muito da minha terra. Também nasci aqui, por isso gosto desta natureza, é a nossa casa”

José Correia da Silva, Lda diretora técnica Rosa Maria Santos Couto Lic. em Ciências Farmacêuticas

Avenida da Igreja nº 370 - 4509-903 Caldas de S. Jorge TEL. 256 917 100 - Fax 256 918 183

Manuel Silva FAX: 256 911 548 Tel.: 256 911 414 TELM. 91 95 51 430 E-MAIL: jocorsil@hotmail.com

Rua Orlando Silva, n.º 125 - AP. 23 4509-903 C. S. Jorge www.jocorsil.com


especial Caldas de S. Jorge

Segunda-feira 15 de Maio de 2017

V

Rancho Folclórico “As Florinhas” de Caldas de S.Jorge

“Os nossos usos e costumes estão salvaguardados” Adriano Ferreira está na Associação há 29 anos e vive para o Folclore e para fazer perdurar as tradições. “As Florinhas” criaram o ano passado o Espaço Memórias que é uma homenagem às tradições da região. Quando surgiram as “Florinhas” das Caldas de S. Jorge? A ideia foi criada em 1958, a primeira actuação foi em 59, a 12 de Junho. Primeiro era infantil, com roupinhas todas iguais, era mais uma marchinha e funcionou assim durante 10 anos. Temos a roupa da primeira cantadeira que tinha na altura 15 anos, depois houve um interregno de 70 a 80 e depois voltou com elementos adultos e umas saias vermelhas. Depois com a pesquisa e recolha, representamos a nossa região há 100, 120 anos atrás. Sempre gostou de Folclore? Eu gostava em pequeno, mas

os andamentos nunca me trouxeram para aqui. Em 1986 comecei, até nem tinha dotes para dançar, mas quando cheguei sentia as dificuldades. Agora estou a orientar as danças, também houve modas que tivemos de eliminar, estamos a retratar mesmo o que se cantava e dançava há 100, 120 anos. Têm essa preocupação com o rigor histórico? De início não havia essa preocupação, não é por acaso que o nosso grupo é federado, aí já temos linhas de orientação. Quer nos trajes, quer nos comportamentos. A Federação tem um trabalho de campo no grupo, solicita-nos o empenho e a recolha, eles querem toda a informação teórica e pratica digitalizado, esta é uma das coisas que temos de fazer, o registo digital. Para que não se perca o espólio, as cantigas, as musicas. Os nossos usos e costumes estão salvaguarda-

dos, porque temos letras, musicas, trajes, a ferramenta própria. Daí a ideia de criar o Espaço Memórias? O rancho começou a construção da sede em 1988, e as lembranças perdiam-se, a partir do momento que tivemos a nossa sede surgiu a ideia de fazer um espólio do nosso passado, a nossa função é transmitir aos mais jovens como é que se vivia há antigamente. Esta sala foi inaugurada para o aniversário dos 57 anos, há quase um ano. Tentamos construir um espaço de recordações, quando nos aparecia uma peça antiga íamos guardando, começamos há três anos a preparar o piso da sala, e o ano passado chegou a altura de organizar esta mostra. Onde é que encontraram as peças? Algumas peças vieram de umas

casas, batemos aí a umas portas a solicitar ajuda para criar esta mostra que está aberta ao público. Nós recuperamos algumas peças, há pessoas que não vieram cá, mas como tinham conhecimento dessa recolha de peças antigas e acabaram por dar. O grupo tem outras actividades? Vamos para o terceiro ano de encontros de Cantares de Trabalho, tivemos a ousadia de pensar nisso e convidamos mais dois gru-

pos, o encontro é sempre a 10 de Outubro aqui na nossa sede. O Cantar do Terço na Quaresma é outra actividade que queremos continuar a levar para fora. O Encontro de Tradições decorre na primeira semana de Julho convidamos grupos de outra região. Também organizamos o Concurso de Vestidos de Chita, normalmente em Setembro. Ainda organizamos uma noitinha de Fados que ocorreu no dia 22 de Abril que correu muito bem com casa cheia. PUB


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VI

especial Caldas de S. Jorge

Segunda-feira 15 de Maio de 2017

O Zipzip Ilha Rest comemora sete anos no próximo dia 20 de Maio

“Caldas de S. Jorge é uma pérola adormecida” António Serralva e Sérgio Gomes gerem Zipzip Ilha Rest Caffe nas Caldas de S. Jorge, um Restaurante/Bar que surgiu de um conceito original com cerca de 40 anos. Recuperou-se o nome antigo (Zipzip) e mãos à obra. A zona fluvial onde está situado foi melhorada e alvo de uma intervenção que embelezou ainda mais uma área natural. Agora, ao fim de sete anos, é tempo de comemorar o aniversário já no próximo dia 20 de Maio com djs convidados e muita animação. António Serralva, gerente do Zipzip, assume que os últimos sete anos foram de transformação, para melhor, e orgulha-se de ter conseguido criar um conceito bem consolidado “Ao longo dos sete anos tivemos de ajustar a casa à clientela. Começámos do zero e agora temos o nosso mercado. Tem noite, mas também vive muito do dia. Tratou-se de um projecto em que rectificámos a área envolvente, com a reposição das margens para que se sinta a harmonia com a natureza” – revela. O gerente sublinha ainda que o bar/restaurante contribuiu para uma nova dinâmica de lazer nas Caldas de S. Jorge, mas gostaria de ver melhoramentos naquela zona. “Quando este projecto nasceu muita gente ficou surpreendida com a obra, mas para Caldas de S. Jorge veio trazer outra dinâmica. As Termas chamam muita gente, mas a nível de lazer, o Zipzip

Festa e solidariedade

O Zipzip trata-se de um conceito em que o cliente pode usufruir do espaço de várias formas, sendo de realçar o restaurante e bar, onde os eventos especiais se destacam, desde celebrações a jantares de grupo e empresariais. Mas a vida nocturna não passa ao lado do Zipzip, que tem já no seu “cardápio” a White Island (festa branca), que vai já para a sua oitava edição. Começou como uma festa branca e já tem uma vertente solidária. No ano passado, a White Island angariou 1177 litros de leite para a obra do Frei Gil e 180 euros em dinheiro. Não foi fácil incentivar as pessoas a apresentarem-se com vestuários branco, mas conseguimos, e conseguimos uma boa lotação da nossa casa. Esta festa também tem um objectivo solidário, e juntamos a vida nocturna e a animação a isso mesmo” – diz António Serralva.

deu outro impacto a nível turístico. Também estamos a falar de uma freguesia que é talvez o segundo lugar com mais alojamento turístico. Sinto-me triste porque ao longo dos sete anos notase no centro nada foi melhorado. E falo por todos. A zona envolvente está parada, como o parque infantil, ou passadiço, que estivesse pronto até Fiães era outra coisa, passava a ser uma atracção ainda mais forte” – evidencia. António Serralva considera que o “parque infantil devia re-

modelado, porque ao domingo, por exemplo, com bom tempo, o parque enche-se com uma centena de crianças. As estruturas têm de ser reabilitadas. Tudo tem de ser melhorado, como a iluminação, os acessos e um parque infantil moderno”. O gerente “estava a contar que nestes últimos anos houvesse obras, era tempo de estar tudo murado e haver passeios para as pessoas caminharem. Há um muro que já não sofre qualquer intervenção há 20 anos”. Para António Serralva o po-

tencial turístico da freguesia não está a ser totalmente aproveitado e não deixa por isso de alertar as entidades competentes. “Caldas de S. Jorge é uma pérola adormecida e não sei se há alguém que quer que continue adormecida. Tenho pena, porque fiz um investimento e estava a contar com muito mais. As pessoas fazem muitas perguntas porque não se procedem a vários arranjos. As Termas não têm um SPA aberto ao público. Vem gente de todo o mundo e isso também poderia

criar outro dinamismo. É triste não olharem para isto com o potencial que nós vemos. O que eu quero é o melhor para a freguesia e tem de se dar mais valor ao potencial das Caldas de S. Jorge. As pessoas estão descontentes e querem mais. Caldas de S. Jorge merece mais atenção porque já é conhecida e pode ser ainda mais. O melhor político não tem de ser político, tem de ter visão e por isso todos os apoios são importantes para que esta zona ganhe mais dinâmica” – afirma.



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VIII

especial Caldas de S. Jorge

Segunda-feira 15 de Maio de 2017

Associação de Pais Escola EB1 de Caldelas

Rodrigo Carvalho

Gosto de morar aqui porque sim. Tenho muito amigos aqui e aqui mora a minha avozinha

Fernando Conceição, 79 anos

Nasci aqui. São Jorge andou pouco. Já veio muito dinheiro para cá para fazer um hotel e ainda hoje a obra não existe. Optaram por fazê-la em Santa Maria da Feira. Gostava de ver o hotel cá para dar mais movimento e criar postos de trabalho. PUB

“Esta é uma freguesia amiga das crianças” Alexandre Oliveira pertence à direcção da Associação há cinco anos e é presidente há quatro, com três filhos luta por “dar melhores condições às crianças que frequentam a escola, e dar o apoio que elas necessitam para um bom crescimento, para que tenham uma boa recordação do alicerce da educação escolar” – defende. Porque é que é importante este apoio dos pais à escola? No primeiro ciclo há altos e baixos na parte escolar, é tudo muito novo e se não tiverem o apoio dos pais nesse mundo novo é mais difícil. Quantos pais pertencem à Associação? A associação muda todos os anos, tentamos que entrem cada

vez mais pais na direcção, sendo uma associação que necessita de empenho toda a ajuda é bem-vinda. Nesta direcção somos 17, porque há muitos pais que se repetem do ano passado e de há dois anos. Queremos criar um núcleo para incutir a novos membros esta filosofia de trabalho, estamos a falar de 92 crianças. Qual é o trabalho da Associação de Pais? Temos uma associação muito dinâmica, no sentido de dar condições físicas, tentamos dar o apoio à coordenação docente mas também criar ambiente na sala. Há dois ou três anos fizemos o embelezamento das paredes da escola, num projecto que se chama Escola a Mexer. Este ano acabámos no dia 1 de Maio o parque de merendas com material reciclável, usamos cerca de 130 paletes. Outro dos nossos projectos é abrir a nossa festa de final de ano à comunidade, vimos para o parque, e com apoio da Junta de Freguesia, fazemos um espetáculo não só das crianças. Quem vier ao parque vê o que elas aprendem e no decorrer da noite fazemos um espetáculo com um conjunto para animar a noite. A escola tem de ter um lugar para a comunidade mas o que fazemos é para as crianças, é em prol delas, não para recebermos palmadas nas costas dos adultos. Esta é uma freguesia boa para as crianças crescerem? Esta é uma freguesia amiga das crianças, creio que a Junta de Freguesia, tem tido uma atenção especial em tentar cativar as crianças para que cá fiquem. Temos o parque das termas sempre cuidado, acho que fazem um trabalho meritório. Quais os próximos

projectos da Associação? Não sei se estarei na direcção, já que esta é anual. Quando assumi este cargo tinha três objectivos, um já está concluído que é parque das merendas, outro é uma sala modelar num programa protocolar com a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira que é o Programa de Apoio à Família, que tem a vertente de acolhimento e prolongamento para as crianças. Já temos o programa, agora estamos a tentar criar condições para que esse programa fique num edifício ao lado da escola num terreno contínuo e de acesso directo. A

sala é toda envidraçada e permite o contacto das crianças com a natureza, acreditamos que estará pronto ainda este ano lectivo. Terceiro objectivo, muito mais complicado, é criar a festa de final de ano com um grupo de escolas e entre agrupamentos, de forma a ser possível uma transmissão de conhecimentos e ideias, não num espirito concorrencial obviamente. Já fazer um espetáculo aberto à comunidade cria esse desafio, mas ir além disso. Já demos o mote a nível do agrupamento, seria interessante fazer uma festa a nível concelhio.


especial Caldas de S. Jorge

Segunda-feira 15 de Maio de 2017

IX

Associação de Pais da escola Eb1 da Igreja das Caldas de São Jorge

“Tento pôr-me no lugar dos professores e ajudá-los no seu trabalho” Maria dos Anjos Neves é a tesoureira da Associação de Pais da escola Eb1 da Igreja das Caldas de São Jorge, e é principalmente motivada pela melhoria da vida das crianças e pela cooperação no trabalho conjunto com os professores e auxiliares da escola. Embora os apoios da Junta de Freguesia das Caldas de São Jorge e da Câmara Municipal estejam presentes, nem sempre são suficientes e os pais juntam-se no sentido de tentarem colmatar estas insuficiências.

diferentes, embora também sintamos o apoio deles. Por exemplo, daqui a uns dias vamos organizar um passeio e a Câmara já nos facultou o transporte… Mas muitas vezes também percebo que não nos ajudem mais porque realmente não têm hipóteses para tal. O que a motiva a fazer parte da associação? Em primeiro lugar, o bem-estar da minha filha e das outras crianças. Também entendo que as educadoras muitas vezes queiram fazer algo e não tenham meios para tal; então tento pôr-me no lugar delas e ajudá-las dentro dos possíveis, tendo sempre em vista o bem-estar das crianças.

Há quanto tempo existe a associação? Em que parâmetros assenta? A associação já existe há muitos anos. Os pais vão sempre mudando. Estou na associação porque a minha filha entrou este ano para a pré. Já estive há dois anos atrás porque tive uma filha mais velha que lá andou. A associação funciona como um apoio extra para a escola, porque o dinheiro que vem do Estado não chega, e os pais tentam disfarçar algumas dessas dificuldades que os professores sintam, a nível de passeios, a nível de material e organização de eventos. Tem muitos pais na associação? Não. É complicado porque a disponibilidade torna-se um problema. Vamos conseguindo nas alturas ideais arranjar meia dúzia de pais que estejam dispostos a colaborar connosco, e isso tem sido bom para nós e para os alunos. Estamos a falar de um grupo de 50 crianças, divididas em duas

turmas de 25 cada. Como dinamizam as actividades da associação? Existem os passeios extra e a partir daqui as coisas complicamse. Nem todos os pais aceitam que os miúdos saiam da escola e basta existir um que não aceite e já terá de ficar alguém na escola a acompanhá-lo. Tendo em conta que temos apenas uma professo-

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ra e uma auxiliar por sala, o nosso trabalho é bastante dificultado quando uma situação destas acontece. Sente que a associação tem os apoios necessários? No que a Junta de Freguesia nos pode ajudar, eles já o fazem. Existem depois aquelas questões que dizem respeito à Câmara e não à Junta, e aí as coisas já poderão ser

Planos futuros para a associação? Planos temos vários, mas não sei se teremos oportunidade de os cumprir. Por exemplo, a escola tem um tolde cá fora, colocado pela Associação de Pais. A escola precisa de obras, sem dúvida alguma, e para isso é preciso dinheiro. Para além dos espaços, gostava que as crianças pudessem ter mais saídas, apostar mais nas actividades extra-curriculares, porque o que acontece muitas vezes é que as crianças que não frequentem o ATL ficam privadas deste tipo de actividades e isso não devia acontecer. Deveria existir mais facilidade de acesso. As crianças ficam a perder, no sentido em que não comunicam, não convivem nem experimentam estas actividades como deveriam.

Renato Costa, 29 anos

Vim viver para aqui há muito pouco tempo, porque é a terra dos familiares da minha esposa. O que me atrai nas Caldas é esta qualidade de vida, temos o apartamento perto do parque das termas e é bom para as crianças. Tenho um filho vou busca-lo à escola e vimos brincar um bocadinho no parque, nos centros urbanos isto é mais difícil

Alice, 67 anos

É um sítio calmo, de gente boa, muita hospitaleira, que se dão bem uns com os outros. Não vejo nada que gostasse de mudar, tem boas escolas, tem centro social, lar para idosos, tem passeios pedestres pela beira do rio, é uma boa terra para viver PUB

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especial Caldas de S. Jorge

Segunda-feira 15 de Maio de 2017

Termas das Caldas de S. Jorge

“Todos os feirenses deviam experimentar as Termas pelo menos uma vez na vida” Maria da Feira. A forte tradição termal, testemunhada num edifício centenário, cuja construção, exploração e constante evolução fazem parte da história do nosso município, tem por base um bem maior: a água mineral natural. Este recurso ambiental único, que brota em Caldas de S. Jorge, torna esta freguesia ambientalmente mais rica, diferenciando-a das demais.

Teresa Vieira, responsável das Termas das Caldas de S. Jorge, explica a importância deste equipamento no concelho e das possibilidades para a promoção da saúde que a prática do termalismo oferece. A responsável gostaria ainda que mais feirenses beneficiassem desta terapêutica. Na sua opinião, o que representam as Termas no concelho em termos históricos e na dinâmica actual? As Termas das Caldas de S. Jorge são um dos ícones patrimoniais arquitetónicos, históricos e ambientais do concelho de Santa PUB

Que características essênciaiss têm as termas das Caldas de S. Jorge que as distinguem de outras soluções do país? Pelas caraterísticas das suas águas, as Termas S. Jorge fazem parte da “família” das sulfúreas e estão especialmente indicadas para tratamento de problemas das vias respiratórias, músculo-esqueléticos e de pele. Se é verdade que, em Portugal existe um forte predomínio desta tipologia de águas e várias termas oferecem o tratamento das mesmas patologias, não é menos verdade que, não existem dois recursos iguais, havendo outras caraterísticas físico-químicas e biológicas que as tornam

únicas. Aliados ao caráter natural, temos os fatores: físico, humano e circunstancial. E aqui, concorrem outros atributos, nomeadamente a qualidade das instalações e a inovação dos equipamentos, ajustadas a um rigoroso modelo operativo de funcionamento. O concelho tem uma representação assinalá-

vel entre os utentes? Ou a maioria vem de fora? Existe uma representação significativa de termalistas feirenses que nos visitam anualmente. No entanto, dada a dimensão do concelho e do aumento da capacidade do balneário, pretende-se um maior alcance. Se cruzarmos as patologias predominantes no nosso concelho com as nossas indicações terapêuticas, a potencialidade de crescimento será superior. Gostaríamos de ver mais feirenses a beneficiar das qualidades terapêuticas das águas e dos tratamentos termais para melhorar a sua saúde e a sua qualidade de vida, reduzindo o consumo de

fármacos, evitando a agudização de doenças crónicas e o agravamento do seu estado clínico. Conscientes desta realidade, criamos o Programa Termalsenior – dirigido ao público sénior, onde asseguramos o transporte e condições financeiras mais vantajosas. A recente adesão ao cartão jovem municipal pretende chegar ao público juvenil e estamos a trabalhar num programa

logia médica. Também, neste âmbito, as Termas de S. Jorge têm tentado dar o seu contributo. Desde 2008, recebem anualmente finalistas do curso de medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, no âmbito da cadeira opcional de 6º ano de hidrologia clínica, na componente prática, permitindo aos estudantes uma visão muito concreta

piloto de termalismo pediátrico, que esperamos poder noticiar em breve.

da realidade termal. O sucesso desta prática foi já replicado no âmbito do curso de Pós-Graduação de Hidrologia Médica do IHMP/ Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 2016, estando já previstas visitas técnicas em 2017.

As pessoas estão devidamente informadas sobre as terapias termais para a promoção da saúde ou mesmo alguns tratamentos específicos? Infelizmente não. Existe uma grande iliteracia sobre a terapêutica termal que começa na classe médica e termina no público em geral. A hidrologia médica deixou de ser lecionada nas faculdades de medicina e, neste momento, apenas o Instituto de Hidrologia Médica do Porto (IHMP) está a lecionar a pós-graduação de hidro-

As termas estão localizadas num mais bonitos espaços do concelho, que soluções diferentes gostaria de oferecer na área envolvente às termas? Em 2003 renovamos um edifício com história revitalizado numa infra-estrutura mais moderna, com novas valências e ofertas termais. Desde sempre, as termas foram entendidas Rua da Malaposta, 510 4520-506 Feira - Portugal Tel.: (351) 256 910 350 Fax: (351) 256 910 351

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como o projeto âncora de desenvolvimento e revitalização da Vila termal. A conjuntura da última década e, em especial, dos últimos anos não permitiu que esse desenvolvimento fosse tão consistente quanto desejaríamos mas a realidade da oferta das Caldas de S. Jorge hoje é consideravelmente diferente da de 2003, não só ao nível do alojamento e restauração mas também ao nível da requalificação ambiental, onde destaco os percursos pedestres e o projeto River Natura. Mas as termas merecem mais e as Caldas de S. Jorge também... O Plano Estratégico de Marketing e Turismo de Santa Maria da Feira, apresentado recentemente, donde ressalta uma estratégia territorial turística, com um polo de desenvolvimento ancorado nas termas é um bom augúrio de que o plano de requalificação do parque e envolvente termal será uma prioridade. Quais os objectivos para os próximos anos? Os últimos 20 anos foram marcantes no termalismo nacional e S. Jorge não foi exceção. Para além da remodelação física, assistimos ao reposicionamento da atividade termal num conceito abrangente de saúde e bem-estar. Os próximos anos serão decisivos para este setor de atividade e o maior desafio será inverter a falta de políticas sérias de promoção de saúde e prevenção de doença, onde as termas podem e devem ter um papel fundamental, e, do ponto de vista turístico o posicionamento claro de Portugal como um destino de saúde! A curto prazo, e em jeito de convite, gostaria de reforçar que as Termas S. Jorge são espaços de promoção de saúde, de terapêutica e de reabilitação; que todos os feirenses deviam experimentar pelo menos uma vez na vida.


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Segunda-feira 15 de Maio de 2017

Agrupamento de Escuteiros 901 Caldas de S. Jorge

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Grupo de Danças e Cantares Margens do Rio Uima

“É um óptimo “A função das associações local para crescer é promover a amizade e convívio” livremente” Artur Costa está no Agrupamento 901 há 18 anos e destaca a Mata do Passal como local de eleição para os escuteiros das Caldas. Quando nasceu este agrupamento? O agrupamento nasceu a 4 de Julho de 89, eu sou chefe do Agrupamento há dois anos e contamos com um efectivo de cerca de 50 elementos. Como funcionam as actividades do grupo? As nossas actividades semanais são normalmente ao ar livre, na Mata do Passal, num terreno que a paróquia nos cede e onde podemos praticar as nossas acções. No agrupamento temos quatro secções. Quais são as actividades mais comuns? Para além dos acampamentos, cada secção desenvolve actividades para angariar fundos, temos as Sopas à Escuteiro, as feirinhas, a noite da francesinha e também a venda de calendários. Onde passam a maior parte do tempo? Temos a sorte que a paróquia nos cede o nosso terreno de eleição para actividades ao ar livre e para os nossos acampamen-

tos, que é a Mata do Passal. Também temos muitos agrupamentos de fora que nos pedem para vir para aqui. Um dos nossos sonhos era poder manter essa mata com mais dignidade para acolher melhor os agrupamento mais urbanos que não têm a sorte de poder passar tanto tempo ao ar livre. Gostávamos de ter outras estruturas e melhores condições. A sede do agrupamento responde a todas as necessidades? A nossa sede é na Junta de Freguesia e serve perfeitamente as nossas necessidades, porque também não queremos ser megalómanos. Mas o que gostávamos era poder melhorar o espaço ao ar livre, para poder desenvolver as nossas actividades e receber melhor, a nossa filosofia passa muito pelo contacto com a Natureza. As Caldas de S. Jorge são um bom sitio para crescer? Sem dúvida que a freguesia das Caldas de S. Jorge é um óptimo local para crescer livremente, têm infraestruturas excepcionais e as margens verdes do Rio Uíma. Sou de Guizande mas já estou as Caldas há 18 anos nos escuteiros e para mim é uma segunda casa.

Joaquim Santos é um dos fundadores do Grupo de Danças e Cantares Margens do Rio Uíma. O grupo foi fundado a 23 de Maio de 2002, com a finalidade de recriar as antigas saias amarelas, mas entretanto cresceu para mais atividades “danças recreativas de todo o país, danças folclóricas tradicionais do douro litoral, conjunto de musica popular portuguesa e grupo de jovens cantores” – explica.´ Como é que nasceu o Grupo? Este grupo tem 15 anos, somos 40 e tal pessoas. Começamos como um grupo de amigos para nos entretermos, as atividade são o rancho com as saias amarelas que foi uma tradição que havia antigamente e o folclore. Também temos o conjunto de música e o grupo de jovens cantores, com roupas novas, são cerca de 10 crianças, é um grupo que nos distingue de outras associações. São as actuações mais requisitadas? Sim, o grupo de jovens cantores e o conjunto. Infelizmente, por motivos de saúde, estas duas atividades estão paradas este ano. Mas temos muitos contactos, se estivesse tudo a correr bem este ano não tínhamos um único fim-de-semana livre, é para continuar. Sempre foi apaixonado pelo Folclore? Ando nisto desde os 18 anos, comecei noutro grupo de rancho, e andava em

conjuntos de música popular, porque sou acordeonista. Na minha família todos gostamos de música, temos dois acordeões, violão e cavaquinhos, a gente vive para isso. Onde é que vão buscar os fundos para a associação? Uma das actividades é a

Viagem Medieval, é muito trabalho mas temos o cuidado de lutar para que o dinheiro que se ganha com a associação ser para investir na associação, o dinheiro não pode ser mal gasto. Depois também fazemos muitos eventos que nos pedem para causas solidárias. Temos a mania de ir para onde nos pedem, fomos

por exemplo para Castelo de Paiva, e a associação Padre Osório também nos pediu. A verdadeira função das associações é promover a amizade e convívio, alguma que se forme para incomodar os outros não devia chamar-se associação, devia ter outro nome. Infelizmente já não há apoios, nos costumámos fazer vários eventos porque há sítios mortos dentro da terra que podiam ser desenvolvidos. Quais são esses eventos? Normalmente o S. Pedro, e o Festival de Folclore em Setembro, este ano convidamos grupos de Santarém, e do Minho, procuro que venham de outras regiões para não ser igual. Vai ser o 14º ou 15º o festival sem interrupções. PUB


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XII

especial Caldas de S. Jorge

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Clinica Médica e Dentária Dr. Paulo Rúben

‘ Licenciado em Medicina Dentária ‘ Pós Graduação em Ortodontia ’ Master Europeu em Ortodontia Auto Ligável ‘ Pós Graduação em Implantologia Pós Graduação em Cirugia Oral’Pós Graduação em Prótese Fixa e Reabilitação Oral ‘ Curso em Digital Smile Design

Av. Parque Desportivo, Nº 315 | 4505-688 Caldas São Jorge Tel. 256 199 401 | Tm. 918 227 740 | medical.life.cmd@gmail.com

Segunda-feira 15 de Maio de 2017

Segundo o presidente e o treinador

Futebol do Caldas de S. Jorge em risco O alerta foi dado pelo presidente e o treinador da equipa sénior. O Caldas de S. Jorge tem sentido dificuldades para criar um plantel que compita nas provas distritais e, recentemente o número de atletas diminuiu. Segundo Tiago costa, presidente do clube, o Caldas de S. Jorge não tem condições financeiras para proceder a melhoramentos do parque de jogos e que poderiam atrair mais jogadores. Para o dirigente, são necessários mais apoios, porque de outra forma, a consequência seria fechar as portas da secção de futebol. “É preciso mais gente a ajudar e a apoiar. Tem sido difícil construir um plantel e a recente época foi um exemplo dis-

so. Se não houver melhorias vamos ter fechar portas” – assume. Tiago Costa recorda ainda que o facto de muitos clubes disporem agora de pisos sintéticos dificultou ainda mais a vida ao Caldas de S. Jorge e admite que a solução poderia passar por melhorar as condições do parque de jogos. “Tivemos de acabar com o sector de formação porque não tínha-

mos jovens para jogar futebol. Acabaram por fugir porque encontraram melhores condições noutros clubes. A verdade é que se tivéssemos um piso sintético tudo poderia ser diferente” – sublinha. Também o treinador da equipa sénior, Torcato Moreira, considera que o clube “está a morrer” e é urgente fazer algo para que não caia. “Nos últimos anos tem sido sempre a mesma coisa. Andamos até à última para conseguir fazer uma equipa. Somos poucos a levar este projecto para a frente e se não houver melhorias nas condições do campo qualquer dia teremos de fechar portas” – assegura.

Carlos Ferreira, director da secção de atletismo do CS Jorge

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RESPEITO PELA QUALIDADE | RESPEITO PELO ATENDIMENTO

“Os clubes do Concelho há muito que necessitam de uma pista” A secção de atletismo do CS Jorge tem acumulado resultados positivos nos últimos meses, fruto numa aposta junto dos jovens que abraçaram a modalidade. Carlos Ferreira, director da secção congratula-se pelo trabalho desenvolvido, mas lembra que é uma consequência do empenho de atletas e treinadores. O dirigente considera, no entanto, que a secção necessita de melhores condições para a prática do atletismo, admitindo que é urgente criar uma pista de atletismo que sirva as necessidades dos clubes do Concelho. A secção já tem preparado todo o esquema da organização do Grande Prémio da freguesia, que se realiza a 10 de Setembro, mas é já no próximo dia 4 de Junho que leva a efeito a Caminhada do Doce, numa organização com a Juventude Inquieta. A secção de atletismo temse evidenciado nos resultados conquistados nos últimos tempos. A que se deve esse sucesso? Há cerca de dois anos que temos uma aposta na formação e o

necessárias para permitir um melhor rendimento a todos os atletas? A ajuda dos patrocinadores tem sido fundamental e até nem nos podemos queixar muito, porque desde que a formação começou a dar frutos o clube tem tido mais visibilidade. Julgo que a maior necessidade é uma pista de atletismo no Concelho. Há vários anos que andámos a lutar por isso, porque o nosso Concelho é dos que mais atletas tem a nível distrital. Os clubes do Concelho há muito que necessitam de uma pista, até para melhorar os resultados. empenho dos atletas acaba por se repercutir nos resultados. Os treinadores têm feito um bom trabalho e o seu contributo também foi fundamental para os bons resultados. Na formação, os atletas estão dispostos a trabalhar e o nosso foco até nem é tanto nos resultados, queremos é formar bons atletas sem pensar em resultados imediatos. E o CS Jorge tem as condições

É preciso fazer mais pelas associações? As associações são um grande suporte do Concelho e julgo que as entidades oficiais deviam ter mais atenção. Para conseguirmos algum apoio, à excepção do grande prémio que organizamos, são precisas mil e uma burocracias para conseguir um apoio de 100 ou 220 euros. Estamos a falar de um clube que tem 40 miúdos a competir e a treinar.


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