Pintura sobre Pintura

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Fernando Augusto P I N T U R A

S O B R E

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Texto da capa e abas Diante dessas telas de Fernando Augusto o impulso mais imediato leva-nos à idéia de névoa, neblina ou mesmo trevas, numa superfície instável onde emergem formas vagas, imprecisas, que tanto podem enunciar o contorno de uma rocha, quanto o pedaço de uma paisagem, um braço de rio ou de mar, um arquipélago, coisas pertencentes à ordem da natureza, essa ordem dotada de um tempo tão lento que julgamos fixo, perene. Mas há também o possível - porquanto aqui nada se pode afirmar - enunciado de casas, pórticos, fragmentos arquitetônicos, navios, enfim coisas pertencentes à ordem dos homens, essa ordem nostálgica que inutilmente aspira a eternidade, mas que dela só se aproxima sob a forma de ruína, tradução de um esforço que não logra vencer o efeito corrosivo da história. Ainda que queiramos limitar essas telas a este papel, ainda que queiramos considera-las um esforço no sentido de capturar o mundo exterior, o fato é que se olharmos com vagar para elas veremos que as tais névoas, neblinas, trevas, irão ganhar uma concretude, uma espessura, que nada tem haver com a imaterialidade que deveriam ter. A substancia intangível, impalpável de que usualmente as névoas são constituídas ver-se-á subitamente transformada em um magma vertiginoso, em planos e camadas densas, escorridas, compostas por tons escuros que ruidosamente amalgamamse entre si, que se rejeitam ou se buscam, que se entrelaçam em cópulas crispadas, em massas cromáticas produzidas pelo movimento enérgico dos pincéis. Essas névoas, neblinas e trevas, embora pertençam ao domínio do visível, pertencem igual e ostensivamente ao domínio da linguagem pictórica, vale dizer, ao âmbito daquilo que é produzido pela técnica colocada a serviço do imaginário do artista. Só a partir dessa constatação, extraída da contemplação cautelosa, é que se pode chegar aquele que é o cerne da poética de Fernando Augusto: a pintura como um território de equivalência entre as várias linguagens visuais Nas telas de Fernando Augusto o ícone pode conviver com o símbolo, o signo em sua acepção mais arbitrária, assim como o fundo confunde-se com a imagem, a pintura com o desenho, a forma com o informe, a anotação com o projeto, o desejo com a memória. Números, letras, textos escritos e garatujas, aquém da significação, mesclam-se aos elementos da natureza e do homem. Uma coisa leva à outra, uma coisa metamorfoseia-se na outra, numa sorte de redemoinho soturno, sempre sob uma atmosfera plúmbea, rebaixada, obscurecida, incapaz de dar aos olhos do espectador o conforto e a remissão de um pouco de luz. Nessas telas imersas no tempo, superpõem-se comentários, cenas interrompidas, construções precárias e afásicas que aludem a um esforço persistentemente renovado de trazer à tona a expressão, a pouca e insegura expressão que nos cabe ter a essa altura. Agnaldo Farias

Agnaldo Farias é crítico de arte, curador e professor da FAU - USP


Sempre que estou pintando uma tela, me pergunto: o que busco em pintura? As diversas camadas de tinta e de tempo, respondem momentaneamente à questão quando se alcança uma configuração que podemos chamar de um bom quadro. Nesse instante, o artista pode descansar com a sensação de que realizou um bom trabalho, mas como já disse certa vez Lucien Freud, essa felicidade é passageira, porque no instante seguinte manifesta-se de novo o sentimento de falta e então, temos de recomeçar nossa tarefa de Sísifo, qual seja, a de levar pedras ao topo da montanha, sabendo que os deuses as empurrarão para baixo e de novo teremos de carregá-las montanha acima. O artista Iberê Camargo é quem gostava de comparar a tarefa do pintor ao mito de Sísifo, vendo nele, como nos parece à primeira vista, uma terrível condenação. Mas, pelos olhos de Camus verifica-se nesse mito também a nossa salvação e felicidade, pois nele está a tarefa de criar significação das pedras, de dar sentido ao absurdo da existência. A série Pintura sobre pintura encarna esse processo de se refazer como condição de existir. Assim, cada quadro se faz, soterrando pensamentos, emoções e impressões diversas, que ao final são também perguntas.



Fernando Augusto



PINTURA SOBRE PINTURA


Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) (Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil) ___________________________________________________________________________________________ Santos Neto, Fernando Augusto dos, 1960S237p Pintura sobre pintura / Fernando Augusto dos Santos Neto. - Vitória : GSA Gráfica Editora, 2013. 108 p. : il. ; 19 cm ISBN: 1. Artes. 2. Pintura. 3. Desenho. 4. Estética. I. Título. CDU: 75 ___________________________________________________________________________________________


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Maior riqueza do homem ĂŠ a sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Manoel de Barros

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Notas de atelier Fernando Augusto

Notas de atelier são textos, elaborados durante as seções de desenho e pintura no atelier, como forma de clarear o caminho, de encontrar soluções e de conversar comigo mesmo e com você que agora lê esse texto. Às vezes, faço estas anotações no próprio suporte, como desenho. Nesse caso, a escrita passa ser também imagem e o processo de feitura se torna também motivo do quadro. O texto é um olhar sobre a pintura e, a pintura, um processo de pensamento que permite às palavras existirem enquanto discurso e pintura. Trata-se de uma reflexão que busca verificar como foi possível o trabalho realizado e o sentido e o lugar do trabalho em processo. A palavra reflexão, conforme escreve Marilena Chaui é empregada na física para descrever o movimento de propagação de uma onda luminosa ou sonora, quando ao passar de um meio para outro, encontra um obstáculo e retorna ao meio de onde partiu. É esse retorno ao próprio caminho que é conservado quando a palavra é usada na filosofia para significar movimento de volta sobre si mesmo com intuito de verificar o próprio caminho e o próprio pensamento. É o exercício mental em que o pensamento volta-se para si próprio a fim de compreender e verificar suas próprias ideias, vontades e sentimentos legitimando assim, o processo construtivo e as obras realizadas. A reflexão tem, portanto, uma natureza criativa e crítica na medida em que possibilita ver o que foi feito e gerar novas imagens e significados. O presente texto apresenta alguns extratos dessas notas irregulares.

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Livro de artista TĂŠcnica mista - 30 x 42 cm (fechado) 2007-2013

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Livro de artista - TĂŠcnica mista - 30 x 84 cm (aberto) - 2007-2013

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Livro de artista - TĂŠcnica mista - 30 x 84 cm (aberto) - 2007-2013

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Livro de artista - TĂŠcnica mista - 30 x 84 cm (aberto) - 2007-2013

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Livro de artista TĂŠcnica mista - 45,5 x 65 cm (aberto) 2007-2013

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Uma pintura pode ser trabalhada infinitamente. As diversas pinceladas e camadas de tinta aplicadas sobre uma tela são tentativas de construir uma configuração final, a qual chamamos pintura. Nesse processo muitas telas ficam inacabadas, esperando meses, anos enroladas no canto do atelier. Mas, chega o momento em que algumas delas são retomadas, reinventadas, retrabalhadas, finalizadas, melhor dizendo, atualizadas. O ato de revisitar telas abandonadas, de continuar a pintura em diferentes momentos e lugares, de ampliar uma imagem para além do quadro, estendendo-a sobre outras telas, formando dípticos ou trípticos, de desenvolver ou subverter as formas anteriores e fazer novas pinturas é o que chamo de pintura sobre pintura. Não é uma técnica, mas um procedimento aberto, em que a mão oferece pontos de vistas e o olhar se permite corrigir, reformular e reinventar formas novas como um processo de simiose. Trata-se de uma possibilidade de se trabalhar o intermitente, de conviver com o inacabado, com o interminável, com o resto, com a sobra, com o que está errado, com o que foi recusado ou apenas parcialmente aceito, com o que não tem saída, com o que escapa do controle da mão e da visão, com o infinito, com o recomeço presente nas tarefas constantes dos dias e, o reconhecimento de que tudo projeto tem uma certa disposição para o fracasso, mas que, da mesma maneira, carrega uma certa convicção, de que alguma figura emergirá do caos.

A sensação de que tudo pode ser feito sobre o branco Acrílica e carvão sobre tela - 90 x 150 cm (díptico) 1996

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Desenho TĂŠcnica mista sobre papel - 100 x 80 cm 1997

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Desenho AcrĂ­lica sobre papel - 65 x 50 cm 2009

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Desenho AcrĂ­lica sobre papel - 65 x 100 cm 2009

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Desenho AcrĂ­lica sobre papel - 65 x 100 cm 2009

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Pinturas desaparecem, umas sob as outras à medida que trabalho uma tela. Nesse processo, quando olho uma pintura, sei que por baixo dela existiram outras e, pensando as diversas camadas que subjazem a que está por cima, às vezes, me ocorre perguntar: qual delas seria a mais válida? Só posso dar uma resposta: todas foram válidas, inclusive a última, mesmo porque essa poderá ser revisitada, repintada, modificada e desaparecer. Mas percebo que aos poucos vou me esquecendo das pinturas que ficaram por baixo das camadas mais recentes, sei apenas que ali houve outras pinturas. E aceito esse esquecimento. Assim é a natureza humana. Parodiando Primo Levi, é possível dizer que as perdas, as emoções sentidas não se somam em nossa sensibilidade, ocultando-se as menores atrás das maiores, segundo uma lei de prioridade definida. E isso é providencial, porque nos permite viver em todos os lugares. E esse é certamente o motivo porque se diz que o ser humano é insaciável. Realmente, conforme verifica Levi, temos uma certa incapacidade para um estado de bem-estar, porque o ser é sempre o presente e porque perdemos de vista as causas passadas. Fica sempre a causa maior, a última, “até que esta eventualmente chegue a cessar, e então nos assombra dolorosamente a constatação de atrás dessa havia outra, uma série de outras”.

Catraca Acrílica sobre tela - 140 x 100 cm 1996

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Janela AcrĂ­lica sobre tela - 80 x 155 cm 1997-2013

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Natureza morta AcrĂ­lica sobre tela - 50 x 70 cm 1997

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Pintura sobre pintura AcrĂ­lica sobre tela - 145 x 160 cm (dĂ­ptico) 1996

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Uma tela abandonada é um jogo quase perdido. Chega um momento em que você não tem mais nada a perder, tipo: pior não vai ficar. Então você pode fazer o que quiser, pode arriscar tudo, pode dar tudo. Tudo é permitido. Isso me faz lembrar a famosa afirmação de Feyerabend ao dizer que “o único princípio que não inibe o progresso é: tudo vale”. Esse princípio demonstra bem o universo das possibilidades de se trabalhar a arte e as implicações de lidar com o intermitente, com o resto, com o recusado, com o que se esconde, com o que fere. Quando estamos livres da perda, tudo que fazemos é um valor. Tem-se um sentimento de liberdade que, de outra forma, não haveria. Acontece então uma espécie de revelação: quando se perde é que se ganha.

O Inquilino Acrílica sobre tela - 145 x 175 (díptico) 1997

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O corpo trai TĂŠcnica mista sobre papel - 66 x 96 cm 1996

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Janela AcrĂ­lica sobre tela - 90 x 135 cm 1995

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Música Acrílica e carvão sobre tela - 145 x 184 cm (díptico) 2002-2012

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Visita ao Campo Santo Acrílica sobre tela - 190 x 200 cm (díptico) 1997-2003

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A Casa do passado AcrĂ­lica sobre tela - 140 x 200 cm 2010

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Quando ficamos em silêncio alguns minutos, observando os nossos próprios pensamentos, vemos lembranças e ideias surgirem vulcanicamente em nossa mente; imagens e formas se desdobram e se associam a outras; histórias se desenrolam, sem pé nem cabeça e nos surpreendem, figuras se constroem como que vindo do nada, preocupações da ordem do dia saltam de um lado a outro, coisas bizarras se desenham como fumaça em pensamentos. É quando nos damos conta do fluxo de pensamentos que acontece independente de nossa vontade e de como podemos criar imagens fortes e belas nesse processo associativo. Dostoievsky já dizia que a realidade é mais fantástica do que a fantasia. Dentro e fora de nós, essa realidade se desenrola naturalmente. Não se faz força para pensar, faz-se força para não pensar. Basta ficarmos em silencio alguns instantes, fecharmos os olhos e ver. Pensar é inevitável.

A Casa do passado Acrílica sobre tela - 90 x 135 cm 2010

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A Casa do passado - Acrílica sobre tela - 138 x 280 cm (díptico) - 2010

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Há momentos em que devemos simplesmente esperar. Olhar o quadro e esperar: dias, meses anos. Digo esperar, mas esse talvez não seja o termo correto porque não é uma espera passiva, mas uma atitude de prolongada observação e de convivência (ou de luta) com formas que nos punge até descobrimos nelas qualidades, que suspendem nossos julgamentos. Há momentos em que o quadro cresce diante dos nossos olhos, outros em que ele desaparece. Lembro-me do Carlos Fajardo me dizendo que, às vezes, quando estamos em processo, nossa própria pintura está muito à frente de nós, muito à frente do nosso próprio entendimento dela mesma, e que nós é que estamos atrasados em relação a ela. Logo, não é tal pintura que não está pronta para nós, mas nós é que não estamos prontos para ela. Assim, o quadro que não consideramos pronto pode levar tempo para ser visto como tal, isso incomoda e faz com certas pinturas atravessem anos inacabadas ou em processo. Por isso, certas sessões de trabalho consistem somente em olhar e tecer reflexões.

O Farol Acrílica sobre tela - 100 x 50 cm (díptico) 2011

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Aparelho TĂŠcnica mista sobre tela - 150 x 190 cm 2009

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Aparelho TĂŠcnica mista sobre tela - 160 x 240 cm 2009

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Pintura sobre pintura (negra) TĂŠcnica mista sobre papel - 32 x 42 cm 2009

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A sobreposição de tinta e também o processo extremado de pintura sobre pintura chega, em determinado momento ao negro. Trata-se de uma tentativa última de trabalhar telas inacabadas, já carregadas de formas, cores e de interferências diversas, mas cuja ação, como no processo de mistura de cor por adição leva ao negro. Nesta série de pinturas o negro vai cobrindo tudo o que havia antes, todas as tentativas, todas as formas, criando espaços densos e opacos, onde o encobrir e o revelar andam de mãos dadas. Por isso ele se dá com cuidado, deixando frestas de luz por onde aparecem o fundo da tela (ou do papel) e rastros das pinturas anteriores. São réstias de luz que furam a massa escura da tinta pelas bordas, criando fissuras, rachaduras na escuridão. Este recurso extremado me levou a criar paisagens soturnas e também livros de artistas ao cobrir de preto páginas e mais páginas de livros de arte e da literatura universal, deixando somente algumas palavras ou frases como possibilidades de imagem. Por muito tempo achei que eu tinha mais a dizer sobre o peso do que sobre a leveza, hoje vejo que estas duas vias se intercambiam, que o peso e a leveza são exigências do meu ser e que há poesia tanto na luz quanto na escuridão.

Pintura sobre pintura (negra) Técnica mista sobre papel - 32 x 42 cm 2009

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Sensucht - AcrĂ­lica sobre tela - 70 x 15 cm - 1995

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Pintura sobre pintura AcrĂ­lica sobre tela - 70 x 150 cm (dĂ­ptico) 1998-2013

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Uma pintura pode ser continuada de uma tela para outra infinitamente, assim nascem certos dípticos e trípticos. Uma imagem nasce e cresce no espaço e é a partir dessa imagem que anexo outras telas à primeira, continuando assim a pintura. Esse processo leva-me a trabalhar mais com a parte de dentro do que com a de fora (as margens). As imagens são construídas a partir de dentro, os limites do quadro são definidos depois. Os números e as datas são tentativas de ordenação das diversas partes da pintura, mas acontece deles migrarem de um lado para outro e se tornarem logicamente imagens, sem perder, contudo, sua força como marca do tempo e da ordem. Esse processo de pintura continuada segue o fluxo do pensamento imagético, que vai se desdobrando no espaço, ora sobrepondo e apagando formas, ora fazendo surgir novas imagens. Penso nessa possibilidade como uma grande via para criação; as ideias crescem e são tantas que, às vezes a dificuldade é estabelecer limites. Passar uma imagem de uma tela para outra é trabalhar este movimento. Fluxo e dobra.

Pintura sobre pintura Acrílica e carvão sobre tela - 145 x 200 cm (díptico) 2013

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Pintura sobre pintura AcrĂ­lica sobre tela - 140 x 130 cm 2012

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Pintura sobre pintura AcrĂ­lica sobre tela - 140 x 110 cm 2013

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Amilcar de Castro me disse certa vez que “liberdade é ser livre dentro do retângulo”. Penso que aí está o enigma: ser livre dentro do espaço da página em branco do seu caderno, ser livre dentro da sala onde você trabalha, leciona ou recebe aula, ser livre dentro da relação que você vive alguém, ser livre nas páginas do livro que você lê ou escreve, ser livre dentro da língua que você fala, escuta e pensa, ser livre no café onde você se senta sozinho ou com alguém e compreende as regras do lugar, ser livre nas seis ou oito horas diárias de trabalho, ser livre no trajeto de ônibus que você faz, de um ponto a outro da cidade, ser livre no seu trabalho de atelier, repleto de retângulos e de possibilidades imensas. Eis o enigma: conquistar essa liberdade.

Pintura sobre pintura - O Que tira o sono do mundo Acrílica sobre papel - 145 x 180 cm 2009-2013

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Escreve Stendhal que a arte é uma promessa de felicidade. Tenho sempre essa frase em mente quando trabalho ou penso em arte e busco transmitir isso, essa possibilidade. Você pode pedir que eu participe de manifestações politicas, que levante uma bandeira, que empunhe uma arma contra o inimigo. Eu estou com você, mas faço isso de uma outra maneira. Trago-lhe imagens da nossa nudez, da nossa fragilidade e da fragilidade das nossas alegrias. Apresento lhe uma poça d´água, e nela o céu refletido e as casas do outro lado da rua. Doulhe esta linha que demorei tanto tempo para conquistar e esta cor que escorre na tela, desenhando seu próprio caminho. Estes traços, estas manchas sobre esta tela estão ali há anos e parece que foram feitas ainda ontem e dão a impressão de algo que ainda não aconteceu ou que ainda vai acontecer. O tempo fica suspenso, como também os fatos (mas, sabemos que não há fatos, há apenas as nossas impressões das coisas). São imagens próximas, que estão em todos os lugares, imagens que já foram vistas ou não foram vistas ainda, e que num caso ou noutro precisamos ver de novo. Às vezes, vejo nelas a maravilha das maravilhas, e nelas encontro entusiasmo e alegria de viver. Elas não são armas para enfrentar o inimigo, são elementos para nos conhecermos, para vermos a vida e abrirmos caminhos. São possibilidades de encantamento.

Pintura sobre pintura Acrílica e carvão sobre tela - 135 x 120 cm 2002-2013

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Pintura sobre pintura AcrĂ­lica sobre tela - 140 x 140 cm 2013

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Pintura sobre pintura AcrĂ­lica e carvĂŁo sobre tela - 145 x 185 cm 2009-2013

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Uma enorme mancha de tinta sobre o tecido me chama a atenção. O tempo de secagem e o labirinto das dobras da tela desenham manchas que se parecem com muitas outras, mas que no entanto são únicas (esse é o momento mais rico de uma pintura, o inesperado que põe em rotação uma ideia). O retângulo formado pelas margens do tecido, geométrico, regular, pensado, científico se inquieta. Há um embate entre formas orgânicas e as linhas retas do retângulo, mas no fundo essas duas vias se encontram, se tocam e se dirigem para o mesmo ponto: o do apagamento das fronteiras. Daí, partem para outros espaços, construindo outras formas, sempre pautando por estes mesmos procedimentos: ordem, desordem, precisão, imprecisão. É isso que desenvolvo em pintura, o encontro do regular com o irregular, do controle com o descontrole, da permissão com a não permissão, do sujo com o limpo, da linha reta com a curva, da saúde com a doença, da lei com transgressão... É um modo de ser e de pensar a vida, a vida regular, correta, precisa, mas também desviante.

Pintura sobre pintura - Rébus Acrílica e carvão sobre tela - 145 x 160 cm 2013

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Pintura sobre pintura AcrĂ­lica e carvĂŁo sobre tela - 145 x 150 cm 2013

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Por grandes espaços Acrílica e carvão sobre tela - 140 x 165 cm 2013

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Pintura sobre pintura AcrĂ­lica e carvĂŁo sobre tela - 73 x 160 cm 2009-2013

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Pintura sobre pintura AcrĂ­lica e carvĂŁo sobre tela - 73 x 160 cm 2013

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Saio do atelier com a nítida sensação de que o verde colocado numa tela não está correto (trata-se de um díptico trabalhado há mais de dez atrás). O que me levou a aplicá-lo? A resposta só pode ser uma: criar sensações com a cor. Em termos formais posso dizer que uma cor preta na tela esquerda e os grandes espaços brancos, pediam uma contraposição em cor do outro lado. Mas devo dizer que primeiro coloquei azul e observei por alguns dias, achei-o muito isolado do resto. Por fim, cobri-o com o verde, um verde vibrante, gritando em plena luz do dia. Mas, como o azul, ele estava sozinho e tão logo ele veio, senti que tinha de apagá -lo. Contudo decidi esperar, não para ter certeza, mas para ter ânimo, coragem ou uma ideia de como lidar com ele. Passei uma semana me perguntando o que fazer com aquele verde. Às vezes, olhava-o de esguelha e dizia: “Ah, você está aí me esperando”. Por fim, decidi cobrir parte dele com branco. Mas trabalhei com dois pincéis na mesma mão, deixando marcas de pinceladas, estrias de cores sobre a tela como fazia em pinturas anteriores, nos anos 90. Acho que é disso que eu precisava, de gestos, de movimentos, de dançar, dançar pintando, de deixar escorrer a tinta até os pés, de deixar existir o que veio a ser, sem julgamento, sem discrição. Então trabalhei assim, dançando com gestos, linhas e cores diante da tela e sobre a tela. Nisso me veio a frase: Hoje eu não preciso de equilíbrio. Escrevi-a sobre a tela com a nítida sensação de que ela refletia todo o percurso trabalhado na pintura.

Pintura sobre pintura Acrílica e carvão sobre tela - 140 x 110 cm 2013

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Natureza morta natureza da pintura - AcrĂ­lica sobre tela - 135 x 255 cm (dĂ­ptico) - 2010-2013

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Pintura sobre pintura - Acrílica e carvão sobre tela - 140 x 208 cm (díptico) - 2013

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Não deixes faltar a alegria - Acrílica e carvão sobre tela - 140 x 195 cm (díptico) - 2002-2013

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Escrevo para tirar palavras do escuro e deixo que voltem para o escuro, tão logo iluminem o que vieram ser. As palavras têm a característica do aparecimento e do desaparecimento e assim, desaparecem tão logo são ditas e às vezes desaparecem mesmo quando não são ditas. As palavras são vagalumes sonoros no escuro acendendo e apagando sem nunca durarem mais do que alguns segundos. Essa é a sua condição: aparecer e desaparecer entre a boca e ouvido, entre o olho e a mão. O desaparecimento é algo indestrutível.

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Fernando Augusto dos Santos Neto, 1960 Artista plástico, pintor, desenhista e fotógrafo, graduado pela Escola de Belas Artes da UFMG. Doutor em comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pela L´Université Paris I – Sorbonne França. Foi professor do Departamento de Artes Visuais da Universidade Estadual de Londrina, responsável pelas disciplinas de pintura, desenho e fotografia. Foi coordenador do curso de pós-graduação em História e Teoria da Arte – Modernidade e Pós-Modernidade do Departamento de Arte da Universidade Estadual de Londrina. Publicou mais 20 artigos sobre arte no período entre 2001/2002 na coluna semanal “Arte e cultura” do Jornal de Londrina, Londrina-PR. Destacam-se: O vulcão, Diário de Viagem, A transitoriedade do desenho, Para que serve o 5º Salão de Arte de Londrina, Jogo Perverso, Aparelhos e o Corpo, Parade e entrevistas com os artistas Arthur Luiz Pizza, Flávio Shiró, Fernanda Magalhães, Paolo Ridolfi e Laércio Redondo. É Membro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP) É professor do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo. Depto. de Artes Visuais – Cemuni II - Av. Fernando Ferrari, s/n - Goiabeiras CEP 29.060-970 Vitória/ ES – Brasil. Telefone: 0 (55) 27 3335 2578 Representado pelas Galerias: Matias Brotas Arte Contemporânea – Vitória/ES - Brasil Ybakatu Espaço de Arte – Curitiba/PR - Brasil Amparo 60 Galeria de Arte – Recife/PE - Brasil

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Exposições Individuais, Coletivas e Salões: - Exposição Individual – Aliança Francesa de Belo Horizonte, 1984. - IX Salão de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto - SP, 1984. - Mostra do Desenho Brasileiro, Museu de Arte Contemporânea, Curitiba - PR, 1984. - II Salão Nacional de Artes Plásticas de Goiânia, Museu de Arte de Goiânia - GO, 1984. - VII Salão Nello Nuno da Universidade Federal de Viçosa - MG, 1984. - XVI Salão Nacional de Artes Plásticas de Belo Horizonte - MG, 1984. - X Salão Nacional de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto - SP, 1985. - II Salão de Artes Plásticas de Governador Valadares - MG, 1985. - 42º Salão Paranaense de Curitiba - PR, 1985. - II Salão de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, Belo Horizonte - MG, 1985. - VII Salão Nacional de Artes Plásticas de Montes Claros - MG, 1985. - XVII Salão Nacional de Artes Plásticas de Belo Horizonte - MG, 1985. - Coletiva - Sete Manias, Galeria do Banco Itaú de Belo Horizonte - MG, 1986. - VII Mostra do Desenho Brasileiro, Museu de Arte Contemporânea, Curitiba - PR, 1986. - III Salão Nacional do Futebol, Belo Horizonte - MG, 1986. - VI Mostra de Gravura de Curitiba - PR, 1986. - 43º Salão Paranaense de Curitiba - PR, 1986. - XVIII Salão Nacional de Artes de Belo Horizonte - MG, 1986. - Coletiva - Arte Sobre Papel, Museu de Arte de Goiânia, Curadoria do Museu, Goiânia - GO, 1986. - VIII Salão Nello Nuno da Universidade Federal de Viçosa - MG, 1987. - XII Salão Nacional de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto - SP, 1987. - Individual: Homens de Corpo Fechado, Galeria Itaú, São Paulo - SP, 1987. - Salão Nacional de Arte Contemporânea de Pernambuco, Recife - PE, 1988. - Coletiva. Pintura. 20º Festival de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais, Poços de Caldas - MG, 1988. - Individual: O Muro , Galeria Itaú de Brasília - 1988 - Individual: Arte Pra Que? Pinturas e Objetos, Galeria Itaú, Belo Horizonte - MG, 1989. - Coletiva: Artistas de Minas - Galeria Homero Massena, Vitória - ES, 1989.

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- Coletiva: Esculturas e Objetos, 21º Festival de Inverno da UFMG Centro Cultural da UFMG, Belo Horizonte - MG, 1989. - Coletiva: Panorama da Arte Contemporânea em Minas, Galeria do Palácio das Artes, Curadoria Marcio Sampaio Belo Horizonte - MG, 1989. - Individual: Tempo Tempo Tempo, Galeria IAB - Instituto dos Arquitetos do Brasil Belo Horizonte - MG, 1989. - VI Salão Paulista Ibirapuera, São Paulo - SP, 1990. - Coletiva: Mil Metros de Arte - Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte - MG, 1990. - Pintura Mural: Viva Minas Viva, Trabalho coletivo nos tapumes do Minas Shopping, Curadoria e Coordenação José Alberto Nemer, Belo Horizonte - MG,1990. - VI Salão Integrarte da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte - MG, 1990. - Individual: Um Lugar para Homens e Animais, Sala Arlindo Correa - Palácio das Artes, Belo Horizonte - MG, 1991. - Salão Nacional de Arte de Curitiba - Sete Arte. Curitiba - PR, 1991. - 48º Salão Paranaense, Curitiba - PR, 1991. - 6ª Mostra de Desenho Brasileiro, Curitiba - PR, 1991. - Individual: Pinturas e Desenhos, Galeria Banestado, Curitiba - PR, 1992. - 7º Salão de Arte da Fundação Mokiti Okada. São Paulo - SP, 1992. - Salão de Artes Plásticas de Jundiaí - SP, 1992. - 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, Funarte, Rio de Janeiro - RJ, 1993. - Individual: Fragmentos de Um Diário - pinturas e desenhos, Galeria CEMIG, Belo Horizonte - MG, 1993. - Coletiva: Projeto Macunaíma - Rio de Janeiro - RJ, 1993. - IX Salão Nacional de Arte/IBAC, Rio de Janeiro - RJ, 1993. - 18º Salão de Arte de Ribeirão Preto - SP, 1993. - II Salão Paraense de Arte Contemporânea, Belém - PA, 1993. - Salão I Prêmio Gunther de Pintura, MAC - USP, São Paulo - SP, 1993. - Coletiva: Bastidores da Criação, Oficinas Culturais Oswald de Andrade, São Paulo - SP. Núcleo de Crítica Genética, Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC / SP, 1993. - Coletiva: 13º Salão Arte Pará, Fundação Rômulo Maiorana, Belém - PA, 1994.

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- Individual: Desenvivier, Itaú Galeria, Belo Horizonte - MG, 1994. - 14º Salão Nacional de Artes Plásticas, Funarte, Rio de Janeiro - RJ, 1994. - 19º Salão de Arte de Ribeirão Preto - SP, 1994. - 50º Salão Paranaense, Curitiba - PR, 1994. - 13º Salão Paraense de Artes Plásticas, Fundação Rômulo Maiorana, Belém - PA, 1994. - Individual - Galeria SESC Paulista, São Paulo – SP, 1994. - I Salão de Pequenos Formatos da Universidade do Amazonas, Belém - PA, 1995. - XII Salão de Arte de Santo André - SP, 1995. - Individual - Diário de Frequência, Museu do Estado de Santa Catarina - SC, 1995. - Salão II Prêmio Gunther de Pintura, MAC / USP, São Paulo - SP, 1995. - Individual – Diário de Passagem, Uma Poética do Desenho - Paço das Artes, São Paulo-SP, 1995. - 52º Salão Paranaense, Curitiba – PR. - Coletiva Vento Sul (Mercosul) itinerante: Brasil, Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina, 1996. - V Bienal Internacional Pintura de Cuenca- Equador, 1996. - Coletiva – La Galeria – Quito Equador. - XII Salão de Jacareí - SP, 1997. - VI Bienal de Santos - SP, 1997. - Arte nos anos 80 e 90 – Palácio das Artes – Belo Horizonte - MG, 1997. - Individual - Pintura Galeria Funarte – São Paulo - SP -Individual - Desenhopintura, Galeria Ybakatu, Curitiba - PR, 1997. - Individual - Pintura sobre pintura CEMIG - Belo Horizonte - MG, 1997. - V Salão Nacional Victor Meirelles – Florianópolis - SC – 1998 - Individual - Pintura, Galeria Nara Roesler, São Paulo - SP, 1997. - Individual: Diário de Passagem, Espaço cultural dos Correios, Rio de Janeiro, 1997. - Coletiva – Conexão 3, NAC, João Pessoa - PB, 1997. - Coletiva – Galeria de Arte da Unicamp – Campinas – SP, 1998. - Coletiva – A luz formando a visão (Fotografia), PUC/SP, São Paulo - SP, 1998. - Projeto Abra – São Paulo / SP, 1998. - Individual - Pinturas e Desenhos – Galeria Barsikov - Alemanha. - 54º Salão Paranaense, Curitiba-PR, 1998. - 17º Salão de Arte da Fundação Rômulo Maiorama – Belém - PA.

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- Coletiva -V Semana de arte de Londriana – Londrina - PR, 1998. - Coletiva - Brasil Brasil – Galeria Barsikov – Berlin, 1998. - Individual - Galeria Amparo 60 – Recife - PE, 1998. - XIV Salão de Arte de Santo André - SP – 1999. - Coletiva Agenda da UFPR, Galeria Banestado Londrina - PR, 1999. - Individual - Dialogue Difficile , Galeria Debret – Paris – França – 2000. - Individual - Desenhos e fotografia , Galeria Portinari – Embaixada brasileira – Roma, 2000. - Individual - Diário de Passagem, ECO Museu de Itaipu - Foz do Iguaçu - PR, 2001. - Individual - Pintura Ainda - Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro - RJ, 2001. - Coletiva – Faxinal das Artes, MAC – Curitiba-PR – 2002. - Individual - Pinturas e Desenhos, Galeria Ybakatu, Espaço de Arte Curitiba - PR, 2002. - Individual –Pintura Desenho Fotografia – Galeria Iberê Camargo, Porto Alegre - RS, 2002. - Coletiva - Entre Desenho e Fotografia, CEMIG – Belo Horizonte-MG – 2002. - Coletiva - Fotografia - Os Últimos dias Casa de Cultura da UEL Semana de arte de Londrina-PR, 2003. - Coletiva -Fotografia, Os Últimos dias do meu pai, Casa Andrade Muricy, Curitiba. PR, 2003. - Coletiva -Fotografia -Os Últimos dias do meu pai, Coleção Pirelli MASP – Museu de Arte de São Paulo - SP, 2004. - Coletiva - Fotografia e desenho, Casa da Bravura Brasileira-São Paulo - SP, 2006. - Coletiva -Fotografia e desenho, Atelier Press Papier – Trois-Riviéres, Canadá, 2006. - Coletiva: Aquarelas. Galeria Matias Brotas, Vitória - ES, 2007. - Coletiva: Pinturas. Galeria Matias Brotas, Vitória - ES, 2007. - Individual - Pinturas e Desenhos, Casa da América Latina – Brasília - DF, 2007. - Individual - Pinturas e Desenhos, Galeria Homero Massena, Vitória – ES, 2007. - Coletiva: Um desenho por dia, Galeria Fayga Ostrower, Funarte Brasília. 2007 - Individual - Desenho e fotografia Museu de Arte de Ribeirão Preto - SP, 2007. - Coletiva -A última casa a última paisagem – Galeria Matias Brotas, Vitória – ES, 2007. - Individual - Desenho e Pintura, Galeria FAV – Universidade de Goiânia – GO, 2008. - Coletiva - Desvelamento – Pinturas e Desenhos – Matias Brotas Arte Contemporânea, Vitória – ES, 2009. - Coletiva - Linha Orgânica – Pintura, Galeria Amparo 60, Recife – PE, 2009. - Individual - Deslocamento, fotografias, Galeria Ybakatu, Curitiba – PR, 2010.

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- Coletiva - Linha Orgânica – Pintura, Galeria Amparo 60, Recife – PE, 2009. - Individual - Deslocamento, fotografias, Galeria Ybakatu, Curitiba – PR, 2010. - Coletiva - Transcendências – Fotografia, Palácio Anchieta, Vitória – ES, 2010. - Individual - Habitar , Galeria Amparo 60 Recife – PE, 2011. - Coletiva 11ème Salon de livre d’artiste au Carré d’art de Nïmes. França, 2011.

Citação em livros: Os Últimos Dias do Meu Pai – Fotografia, in Arte e Pesquisa, Carla Guarinello de A. Moreira (org.), Londrina/PR, Eduel, 2004. 80 e 90 Modernos e Pós-Modernos. Instituto Tomie Ohtake - São Paulo, 2009.

Livros publicados: Diário de Passagem – Uma poética do desenho. Londrina-PR. Ed. Eduel. 1996 Linguagem Gráfica, Ne@ad, Universidade Aberta do Brasil, Universidade Federal do Espírito Santo Vitória-ES, Edufes, 2009 Desenho e Experiência, Ne@ad, Universidade Aberta do Brasil, Universidade Federal do Espírito Santo Vitória-ES, Edufes, 2011 Viajamos Para Viver - Desenhos e Fotografias, Londrina-PR, Midiograf 2013

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Prêmios de Arte e Menções Prêmio Nacional Belkis Spenciere de Mendonça - II Salão Nacional de Arte de Goiânia. Museu de Arte de Goiânia - GO, 1984. Prêmio Aquisição - VII Salão de Artes Plásticas Nello Nuno. Universidade Federal de Viçosa - MG, 1984. Prêmio Aquisição - VII Salão Nacional de Artes Plásticas de Montes Claros - MG, 1985. Prêmio Aquisição – II Salão de Artes Plásticas de Governador Valadares – MG, 1985. Prêmio Sociedade Amigos da Cultura, 18º Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte. Museu de Arte e Prefeitura Municipal de Belo Horizonte - MG, 1987. Prêmio Aquisição - VIII Salão de Arte Nello Nuno. Universidade Federal de Viçosa - MG, 1987. Bolsa de Viagem - Intercâmbio Brasil-Alemanha. Goethe Institut de Belo Horizonte - MG, 1989. Grande Prêmio - VI Salão Integrarte da Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Belas Artes, Belo Horizonte - MG, 1990. Grande Prêmio: Viagem à Nova York - Salão Nacional de Artes Plásticas - Curitiba - PR, 1991. Prêmio Aquisição – 6ª Mostra de Desenho Brasileiro. Secretaria de Estado da Cultura, Curitiba - PR, 1991. Prêmio Aquisição - II Salão Paraense de Arte Contemporânea, Belém - PA, 1993. Prêmio Aquisição - 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, Funarte, Rio de Janeiro - RJ, 1993. Prêmio Aquisição - IX Salão Nacional de Arte/IBAC, Rio de Janeiro - RJ, 1993. Grande Prêmio - XVIII Salão de Ribeirão Preto - SP, 1993. Prêmio Aquisição – 14º Salão Nacional de Artes Plásticas, Funarte, Rio de Janeiro - RJ, 1994. Prêmio Aquisição - 13º Salão Arte Pará, Fundação Rômulo Maiorana, Belém - PA, 1994. Prêmio Aquisição - XII Salão de Arte de Santo André - SP, 1995. Prêmio Pintura - Salão II Prêmio Gunther de Pintura, MAC/USP, São Paulo - SP, 1995. Prêmio Projeto Ocupação Espaço Mário Schenberg - FUNARTE São Paulo - SP, 1996. Prêmio Aquisição Salão de Jacareí - SP, 1997. Menção Honrosa - 6ª Bienal de Santos - SP, 1997. Prêmio Aquisição – 17º Salão Nacional da Fundação Rômulo Maiorama – Belém – PA, 1998. Prêmio Aquisição Fotografias- 14º Salão Nacional de Artes Plásticas de Santo André – SP, 1999. Projetos Atos Visuais da Funarte - Brasília-DF, 2006

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Citação em livros: Um século de História das Artes Plásticas em Belo Horizonte, Marília Andrés Ribeiro e Fernando Pedro da Silva (orgs.) EditoraC/Arte. Belo Horizonte, 1997 80 e 90 Modernos e Pós-Modernos, Instituto Tomie Ohtake - São Paulo, 2009. Os Últimos Dias do Meu Pai – Fotografia, in Arte e Pesquisa, Carla Guarinello de A. Moreira (org.), Londrina/PR, Eduel, 2004. Livros publicados: Diário de Passagem – Uma Poética do desenho. Londrina-PR. Ed. Eduel. 1996 Linguagem Gráfica, Ne@ad, Universidade Aberta do Brasil, Universidade Federal do Espírito Santo Vitória-ES, 2009 Desenho e Experiência, Ne@ad, Universidade Aberta do Brasil, Universidade Federal do Espírito Santo Vitória-ES, 2011 Viajamos Para Viver - Desenhos e Fotografias, Londrina-PR, Midiograf 2013 Textos Críticos sobre o Artista: GULLAR, Ferreira. in folder-convite da Exposição Homens de Corpo Fechado – Pinturas - Galeria Itaú, São Paulo - SP, 1987. Ferreira Gullar é Poeta, Crítico de Arte. Rio de Janeiro-RJ. ALVIM, Celma. in folder convite da Exposição Arte Pra Quê? - Pinturas e Objetos - Galeria Itaú, Belo Horizonte - MG, 1989. Celma Alvim é Crítica de Arte, Membro da ABCA - Belo Horizonte-MG. PINHEIRO, Olímpio. Eu Inimigo de Mim, in folder convite da Exposição Pinturas e Desenhos Galeria Banestado, Curitiba-PR, 1992. PINHEIRO, Olímpio, Até lá, a Tela e seu (v) entre, in catálogo V Bienal Internacional de Cuenca Equador 1996 /1997. Olímpio Pinheiro é Doutor em Sociologia da Arte pela USP, professor da Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho, na Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação – UNESP/ Bauru-SP.

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Vernaschi, Elvira. in catálogo da exposição individual na Galeria SESC paulista/São Paulo/SP. 1995. Elvira Vernaschi Crítica de arte, Membro da ABCA - São Paulo-SP AGUILLAR, Nelson. in catálogo da V Bienal Internacional de Cuenca Equador - 1996 /1997. Nelson Aguillar é Crítico de Arte, Professor de História da Arte da Universidade de Campinas, Curador geral das 22ª e 23ª Bienal Internacional de São Paulo-SP. MORAIS, Frederico. in catálogo da exposição Diário de Frequência. Espaço Cultural dos Correios Rio de Janeiro/RJ, 1997. Frederico Morais é Curador, Crítico de Arte e Historiador. Rio de Janeiro-RJ FARIAS, Agnaldo. in Catálogo da exposição Pinturas - Galeria Nara Roesler - São Paulo/SP. - 1997 Agnaldo Farias é Crítico de Arte e curador, Professor da ECA - USP. São Paulo-SP BAITELLO Jr. in catálogo da exposição Desenho e Pintura – Galeria Barsikow - Berlin/Alemanha - 1998. Norval Baitello Jr. é Doutor em Semiótica da Arte e da Cultura pela Universidade Livre de Berlim, professor de Semiótica da Cultura da PUC/SP. São Paulo-SP KOSSOY, Boris. A aventura de uma edição: A coleção Pirelli-MASP de fotografia em 2004, in catálogo Museu de arte de São Paulo, Coleção Pirelli 13. Boris Kossoy é fotógrafo e professor do departamento de jornalismo e publicidade da ECA - USP. São Paulo-SP SIMONETTI, Juliana. No tempo das impermanências, in Poiesis, Londrina/Paraná- 2006. Juliana Simonetti é graduada em Artes pela UEL, Londrina-PR SOUZA, João Wesley de. Pintura fora da pintura, segundo movimento, in catálogo A biblioteca do artista, Palácio das Artes, Belo Horizonte/Minas Gerais - 2008. João Wesley é artista plástico, professor de artes da UFES- Vitória-ES LOPES, Almerinda da Silva. O fim como um novo começo in Galeria de Arte e Pesquisa, UFES 2003. Almerinda é crítica de arte, membro da ABCA e da ANPAP e é professora de História da Arte, Vitória-ES. PESSOA, Fernando Mendes. Desvelamentos, in folder da exposição Galeria Matias Brotas. Vitória -ES. Fernando Mendes Pessoa é professor de filosofia da Ufes

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Artista Fernando Augusto Título Pintura sobre pintura Projeto gráfico Ricardo Gomes Fotografia Tom Boechat Revisão de texto Andrea Grijó Tratamento de imagem Daniel Eliziario Formato 19 x 19 cm Tipologia Arial e Times New Roman Papel Cartão supremo 250g/m² (capa) Couché fosco 150g/m² (miolo) Número de páginas 108 Tiragem 1000 Impressão GSA

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