Revista FIEAM nº XXX

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X I I

SESI/70 ANOS

n º

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Aqui tem História

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

n o v / d e z • 2 0 1 8


FIEAM avalia resultados de 2018 em reunião especial

Divulgação

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índice

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12 16 SESI completa

70 anos de história com a indústria no Amazonas

24 Alunos colhem os

resultados do ensino de qualidade do SESI Revista editada pelo Sistema FIEAM

Capa: Andrea Ribeiro - Fotos do Banco de Imagem/ DCM

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DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM) Paulo Roberto Gomes Pereira

REDAÇÃO Cristiane Jardim Mario Freire - MTE 092/AM

COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO Idelzuita Araújo - MTE 049/AM

COLABORAÇÃO Renata Soares PROJETO GRÁFICO Herivaldo da Matta - MTE 111/AM PUBLICIDADE Andressa Sobreira

O aluno da Escola SESI Dra Emina Barbosa Mustafa, Andrey Kalel, um dos destaques de 2018, na Olimpíada de Matemática

FOTOGRAFIAS Heider Betcel e Divulgação O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores. Av. Joaquim Nabuco, 1919 - Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 3186-6576 Fax: (92) 3233-5594 www.fieam.org.br acs@fieam.org.br faleconosco@fieam.org.br


editorial

Antonio Carlos da Silva (Presidente do Sistema FIEAM)

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26 Instituto Piatam lança livro ‘Amazonas 2073’ com seminário na FIEAM

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Yamaha e Salcomp são as empresas campeãs dos Jogos SESI 2018

Endereços no Twitter @fieam / @sesiamazonas @senaiamazonas / @ielamazonas Acesse o perfil do Sistema FIEAM no Facebook Canal do Sistema FIEAM no YouTube youtube.com/user/fieam

ais do que falar sobre o nosso desempenho produtivo em 2018, quero dedicar este espaço aos agradecimentos. Muitos são os responsáveis, em 2018, pela superação de momentos difíceis que vivemos na economia do Estado e em particular no setor industrial. Nomeá-los seria imprudente da minha parte, pois poderia esquecer a participação de pessoas, entidades civis, militares e amigos que contribuíram para conquistas importantes. Por isso, quero nesse momento agradecer sinceramente o apoio, a confiança em nós depositada, os conselhos e também as exigências, as discordâncias e os questionamentos, que nos fizeram refletir e auxiliar na tomada de decisão das ações mais acertadas possíveis pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). Com a ajuda de todos os amigos, formamos uma corrente forte, coesa e fomos à luta com determinação, na defesa dos interesses da indústria e do nosso Estado. Não tivemos apenas vitórias, perdas também ocorreram, porém perdemos com classe e vencemos com ousadia, porque o mundo pertence àqueles que se atrevem. Como falou Charlie Chaplin: “Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela. Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você. Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante. Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo”. Também quero destacar todos os funcionários do Sistema FIEAM, de ontem e de hoje. Mais do que o trabalho dedicado e competente, sabemos que a imensa maioria assumiu os desafios com destemor e determinação. E o que fica da trajetória da indústria em 2018 é o fato de não haver nos abatido com quedas e, com a ousadia de sempre, reagimos e nos levantamos. Apesar de todas as dificuldades, deveremos fechar o ano com o maior nível de faturamento, em real, do Polo Industrial de Manaus, ultrapassando a casa dos R$ 91 bilhões, recuperando os empregos gradativamente e a capacidade de investimentos. Nossas ações em favor da educação e da assistência social, por meio das entidades do Sistema FIEAM, SENAI, SESI e IEL, lograram êxito pleno, muito embora a diminuição dos recursos tenha ocasionado o aparecimento de maiores dificuldades. Para 2019, temos renovada a esperança de vermos atendidas nossas reivindicações pela melhoria da infraestrutura logística de produção e de transporte, bem como a realização de investimentos públicos e privados que nos permitam permanecer competitivos. Damos o nosso voto de confiança aos novos governos, federal e estadual, para que sejam mantidos e ampliados o desenvolvimento e crescimento socioeconômico da Região, sem agressão ao ecossistema do maior estado brasileiro em extensão. Nosso muito obrigado e que em 2019 sejamos plenos de realizações, progresso, desenvolvimento e esperanças concretizadas.

Para 2019, temos renovada a esperança de vermos atendidas nossas reivindicações pela melhoria da infraestrutura logística de produção e de transporte, bem como a realização de investimentos públicos e privados que nos permitam permanecer competitivos.

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pim/resultados

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Em queda, com equilíbrio FIEAM avalia os resultados da crise econômica de 2018 sobre o faturamento do Polo Industrial de Manaus que, apesar do desempenho equilibrado ao longo do ano fecha com uma queda de 4,5%

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faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM), em 2018, ficou em torno de US$ 24 bilhões, o que representa uma queda de 4,5% na comparação com 2017. Os números, ainda como previsão, foram apresentadosta pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, na última reunião do ano, na instituição, realizada em conjunto com o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM). Ao avaliar as vendas em reais, Silva afirmou que houve elevação de 10,6%, tendo em vista o valor estimado de R$ 91 bilhões no faturamento. “Apesar dos resquícios da recente crise econômica enfrentada pelo país, o Polo Industrial de Manaus, em 2018, obteve desempenho que podemos avaliar como equilibrado, se considerarmos os inúmeros obstáculos superados no transcorrer de todo o ano”, disse Antonio Silva. A recuperação da atividade industrial, que era lenta, piorou no segundo semestre do ano, de acordo com Silva, mostrando queda de 2,5% na produção industrial de todo o país. Para ele, a atuação do setor produtivo, nesse momento, exige atenção redobrada em especial na manutenção dos pilares do Sistema Indústria e na intransigente defesa das garantias constitucionais da Zona Franca de Manaus.

“Em termos de ajuste fiscal, que contamos com o necessário apoio da classe política, especialmente no setor previdenciário, outra importante mudança - e esta muito nos interessa por envolver incentivos fiscais - é a reforma tributária. Precisamos de uma aproximação efetiva com a bancada do Amazonas no Congresso Nacional, desta forma poderemos prosseguir em prol da defesa dos pontos sensíveis que poderão afetar as vantagens comparativas do nosso modelo de desenvolvimento”, explicou ele. A reunião contou com a presença do governador Wilson Lima, a quem Antonio Silva pediu a modernização da legislação da política de incentivos fiscais do Estado como passo importante para continuidade da atração de investimentos, especialmente para uma nova indústria que acentua a convergência tecnológica em produtos de elevada qualidade, inclusive nos processos produtivos. Lima garantiu então estar 100% dedicado a conhecer o funcionamento da máquina pública para realizar um bom governo e que sabe da importância do desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda para melhora de todos os segmentos, como segurança pública, saúde e educação. “Irei manter sempre essa boa relação com vocês e os demais segmentos que geram riqueza para que a gente possa resolver

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O presidente da FIEAM, Antonio Silva, ao lado do governador Wilson Lima, na reuniao de encerramento dos trabalhos da casa em 2018; abaixo, Silva e Wilson Périco, do CIEAM, entregam placa em homenagem ao deputado federal Pauderney Avelino juntos problemas graves existentes no Estado”, pontuou. Para o presidente do CIEAM, Wilson Périco, a própria inovação tecnológica vai fazer com que os produtos que hoje são produzidos com maior valor agregado, demandem menos mão de obra, portanto mesmo que o faturamento aumente, a questão social será preocupação do Estado. “Longe de ter sido um ano fácil, mas foi um ano em que começamos a respirar ares melhores e resultados também melhores, comparados com períodos passados. Porém estamos longe do melhor que o nosso polo industrial pode fazer. A média do PIM hoje está em torno de 50% da sua ocupação, em termos de capacidade instalada em todos os segmentos”, destacou o presidente do CIEAM. Ainda durante a reunião, Antonio Silva homenageou o deputado Pauderney Avelino, pela liderança que exerceu, em 2018, na condução dos projetos favoráveis à ZFM na Câmara Federal, em especial a aprovação do projeto de Lei 10.160/2018, que estende o

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prazo até 2023 para que as empresas com projetos aprovados na Sudam, Sudene e Sudeco tenham direito a redução de 75% do Imposto de Renda (IR) calculado com base no lucro. Pauderney recebeu uma placa da FIEAM e CIEAM.


sesi/resultado sesi/resultados A estudante Ana Carolina Prado, da Escola SESI de Parintins, vai cursar o ensino médio com ênfase em mecatrônica, como um dos alunos na lista de aprovados no Ifam em 2018

SESI cresce com Educação em 2018 Ana Carolina Fonseca Prado, 14, concluiu, em dezembro de 2018 o 9º ano do ensino fundamental na Escola SESI Padre Francisco Luppino, em Parintins, e se classificou em 8º lugar para o ensino técnico em mecatrônica no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado Amazonas (Ifam) em Manaus. A opção pelo novo curso foi despertada nas aulas de robótica que faz parte da grade curricular das escolas SESI. A aluna estava entre os 1.812 estudantes matriculados no ensino fundamental do Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas) que, em 2018, realizou 11.693 atendimentos em Educação. Os números foram apresentados pelo presidente da FIEAM e diretor regional do SESI, Antonio Silva, na reunião de diretoria onde destacou que em 2019, quando o SESI completa 70 anos no Amazonas, a instituição continuará investindo na inovação, educação e na saúde e segurança do trabalhador. Para 2019, estão previstos investimentos na ordem de R$ 43 milhões para educação e

RESULTADOS/2018 SESI/Educação Matrículas em educação: Educação Infantil: Ensino Fundamental: Ensino Médio: Educação de Jovens e Adultos: Educação Continuada:

1.644 1.812 173 2.517 5.547

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Divulgação/CNI

Os integrantes da Equipe 4Legends, da Escola SESI Abrahão Sabbá, de Itacoatiara, que conquistou o 1º lugar no Desafio de Robótica na Indústria, em Brasília em 2018

acima de R$ 29 milhões para a Saúde e Segurança na Indústria. Nesse ano, o programa Educação Continuada do SESI Amazonas, líder em atendimentos, matriculou 5.547 alunos, enquanto a Educação de Jovens e Adultos (EJA) recebeu 2.517 alunos. Do berçário ao Ensino Fundamental e Médio (Educação Básica), a instituição atendeu 3.629 alunos em 2018. O SESI funciona com cinco escolas, sendo duas em Manaus, e três localizadas nos municípios de Iranduba, Itacoatiara e Parintins. Em Manaus, a Escola SESI Dr. Francisco Garcia (Creche SESI) destacou-se com 1,7 mil crianças. Um dos diferenciais das escolas SESI é o ensino com robótica educacional desde 2013. Em junho de 2018, duas escolas se destacaram em nível nacional, a Escola SESI Abrahão Sabbá, de Itacoatiara, com a equipe “4Legends”, e a Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa, em Manaus, com a equipe “Genius.com”, que conquistaram respectivamente o 1º e 3º lugar no Desafio de Robótica na Indústria, em Brasília. A etapa Amazonas da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) também rendeu o 3º lugar para a equipe “Team Prodixy” da Escola Dra. Emina Barbosa Mustafa. “O incentivo na participação dos torneios é constante entre alunos do SESI e isso traz bons resultados em sala de aula. A ideia é não prender os alunos no convencional e despertar o interesse em áreas, como matemática, física e engenharia”, ressaltou Antonio Silva. O preparo envolve também as competições voltadas para os concursos de matemática, como a Olimpíada Canguru 2018, em que pelo menos 141

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alunos do SESI Amazonas foram contemplados com medalhas de ouro, prata e bronze na competição que ocorreu em março com escolas da capital e do interior. A Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP) classificou dois alunos das Escolas SESI, um de Manaus e outro de Parintins, entre os cinco melhores alunos do Amazonas entre as escolas privadas. Em 2019, a exemplo do que ocorreu em 2018, em Iranduba, com a integração de unidades do SESI e do SENAI, a Escola SESI Abrahão Sabbá, de Itacoatiara, vai compartilhar, a partir de janeiro, seu espaço com a Agência de Treinamento SENAI Ernesto Talheimer, que funciona há mais de 22 anos no município. O compartilhamento de espaço entre unidades SESI-SENAI, tendência iniciada com o projeto de Parintins, de acordo com Antonio Silva, é uma forma de otimizar espaços e reduzir custos operacionais. SESI e SENAI também serão parceiros, a partir de 2019, em outra frente: a implantação do Novo Ensino Médio, com a oferta integrada do ensino regular com um curso técnico, o que representa oportunidade para o aluno antecipar seu ingresso no mercado de trabalho com uma profissão, além da preparação para avaliações externas. Em Parintins, a Escola SESI Padre Francisco Luppino colheu bons frutos dos cinco anos de trabalho da escola no município. Além de Ana Carolina Prado, cinco alunos da primeira turma de 9º ano da escola foram aprovados para cursar o ensino médio integrado aos cursos técnicos de informática, administração e mecatrônica no Ifam em 2019. Veja mais detalhes nas páginas 24 e 25.


Além dos resultados positivos em educação, queremos que o SESI comemore suas sete décadas de existência com ótimos resultados também em saúde ANTONIO SILVA

PRESIDENTE SISTEMA FIEAM

Promoção da saúde O SESI oferece 18 especialidades médicas e 11 odontológicas, e está equipado para fazer do mais simples exame laboratorial aos complexos exames de imagem, do raio-X à ressonância magnética.

Dos mais de 550 mil atendimentos em saúde que o SESI realizou em 2018, 129.472 foram registrados em especialidades médicas. Outros 91.807 atendimentos foram em saúde bucal e 73.057 exames de auxílio ao diagnóstico. Em Saúde e Segurança do Trabalho (SST), o SESI atendeu 66.184 pessoas, na maioria trabalhadores sob contrato com 2.587 empresas. No 70º ano de atividades do SESI no Amazonas, o relacionamento da instituição com os clientes promete uma guinada de 360 graus a partir de janeiro de 2019, com foco nas áreas de Saúde e Segurança do Trabalho, que passa a integrar o programa SESI Viva+. Com a plataforma SESI Viva+, as empresas do Polo Industrial de Manaus, clientes do SESI poderão fazer a gestão dos indicadores de Saúde e Segurança do Trabalho, com informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais. A plataforma está integrada ao eSocial, sistema do governo que unifica, padroniza e torna 100% digital a comunicação de contribuições previdenciárias, folha de pagamento, acidente de trabalho, FGTS, entre outras informações, abrangendo quatro milhões de empregadores e 44 milhões de trabalhadores em todo o país. “Esperamos que as empresas aproveitem o SESI Viva+ para bem gerir a saúde do trabalhador”, disse Antonio Silva.

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senai/resultados SENAI é a aposta do Sistema FIEAM para continuar investindo em educação profissional de qualidade e em inovação por meio das portas abertas com a 4ª revolução industrial

Inovar é urgente A inovação vai continuar orientando as ações de Manaus, na escola de Parintins e agências de do Sistema FIEAM em 2019, a começar pela oferta treinamento nos municípios de Itacoatiara, Iranduba de novos cursos nas áreas de Inteligência Artificial e Coari, além das unidades móveis, com destaque e Cibersegurança, pelo SENAI Amazonas, e o para os Barcos-Escolas Samaúma. desenvolvimento de novos produtos pelo Instituto De acordo com o diretor Regional do SENAI SENAI de Inovação em Microeletrônica (ISI ME), Amazonas, Rogério Pereira, a instituição local inclusive, sob encomenda de empresas de São Paulo continua sendo destaque no Brasil nos cursos de e Minas Gerais. Automação Industrial e Mecatrônica. Pelo segundo Em 2018, o SENAI deu os primeiros passos para ano consecutivo a instituição obteve o terceiro continuar dando suporte à indústria na formação lugar no resultado nacional na avaliação dos alunos de mão de obra qualificada, agora diante da dos cursos técnicos de todos os Departamentos onda de tecnologias digitais que chega ao País. A Regionais, com um aproveitamento geral de 89,2%. instituição deu uma “turbinada” em sua grade de cursos, com a oferta de 11 especializações dentro do que preconiza a 4ª Revolução Industrial. Para 2019, depois de vencer a concorrência, o SENAI vai oferecer, por meio da Prefeitura de Manaus, cursos de Big Data, Realidade Virtual e Aumentada, ducação Inteligência Artificial e Cibersegurança. Já o ISI ME vai desenvolver para a ShareEnergy, de Minas Gerais, sensores atrículas em educação profissional para gerenciamento de usinas de geração de energia, e para a empresa Active Ware Indústria Eletrônica, de São niciação Paulo, um tipo de câmera odontológica. Integrante da rede de 25 Institutos prendizagem industrial SENAI de Inovação, em todo o país, o ISI em Microeletrônica desenvolve projetos ualificação de novos produtos para atender a perfeiçoamento e indústrias de grande, médio e pequeno porte, do Polo Industrial de Manaus e especialização também de outros Estados, interessadas ursos técnicos em aumento de produtividade e competitividade. Num ano de bons resultados, o SENAI AM fechou 2018 com um total 18.850 matrículas nas quatro escolas

RESULTADOS/2018 SENAI/E M I A Q A C

TOTAL:

10

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:

:

:

8.543 2.231 3.253

3.652 1.171

18.850


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Os alunos Matheus Oliveira e Nadia Martins conquistaram o 3º lugar na seletiva para a WorldSkills Kazan 2019, resultado que mantém o SENAI Amazonas entre os melhores do Brasil na ocupação Mecatrônica

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alunos na instalação de equipamentos para recepção de TV Aberta Digital, Antena e Conversor, as duas instituições, desta vez com participação da Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV), ofereceram workshop gratuito para multiplicadores na instalação de kits de TV Digital para famílias inscritas em programas sociais do Governo Federal de Manaus, Careiro da Várzea e Iranduba. Reprodução/Internet

Em outro destaque, os alunos Matheus Oliveira, 21, e Nadia Martins, 19, da Escola SENAI Antônio Simões (ESAS) conquistaram o 3º lugar na seletiva para a Worldskills Kazan 2019 na ocupação Mecatrônica, realizada no mês de agosto, em Fortaleza (CE), resultado do investimento feito nos últimos dez anos pela instituição, nessa área estratégica para as empresas do Polo Industrial de Manaus. O resultado, de acordo com o presidente da FIEAM e presidente do Conselho Regional do SENAI, Antonio Silva, é muito positivo, tendo em vista o desempenho geral da instituição em 2018. “Isso nos motiva ainda mais a melhorar os serviços oferecidos, sendo essa conquista resultado de ações em conjunto de todos os profissionais que atuam e se empenham diariamente para capacitar esses jovens que futuramente estarão no mercado de trabalho”, disse Silva. O curso de Refrigeração e Climatização da Escola SENAI Antônio Simões, que também ficou em 3º lugar na avaliação do Saep, entra, em 2019, numa nova fase com a inauguração do Centro de Climatização, por meio de parceria com a Gree Electric Appliances. A empresa doou ao SENAI aparelhos de ar-condicionado da linha residencial, do tipo Split convencional e Inverter, além de aparelhos de janela e piso-teto. Outra parceria importante, para o SENAI/AM ao longo de 2018, foi com a empresa Seja Digital, responsável por operacionalizar a migração do sinal de TV no Brasil. Além do treinamento para 240

Trabalhadores na matriz da Gree, na China


Revolução industrial No segundo semestre de 2018, o SENAI Amazonas formou os primeiros alunos nos cursos relacionados com as tecnologias da Indústria 4.0: Programação Móvel para Internet das Coisas - IoT, Explorando o Big Data e Conectando a Indústria Avançada. Básicos, esses cursos formam um conteúdo único oferecido em sequência. No total, foram formados 48 alunos nos três cursos. Em setembro, com o evento “Desvendar 4.0”, o SENAI Amazonas reuniu cientistas, empresários e empreendedores para apresentar as oportunidades da nova indústria para a vida e para os negócios. Mostrando para pequenos e médios empresários da indústria que o SENAI pode não só capacitar os profissionais com os cursos profissionalizantes, mas prestar consultorias para que, com a combinação de robôs, aplicativos e softwares, consiga otimizar os processos produtivos da empresa. Também foi destaque na instituição o prêmio para o Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI) no Conarh 2018 (Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas), na modalidade“Sustentabilidade”. O programa do SENAI Amazonas foi classificado em 2º lugar no Prêmio Ser Humano “Oswaldo Cecchia 2018”. Ainda na área de educação profissional inclusiva, o SENAI irá capacitar, em 2019, pessoas com deficiência encaminhadas pelo Ministério Público do Trabalho, nos cursos de cadista para construção civil, auxiliar de logística e de informática, almoxarife de obras, entre outros. O Departamento Regiona do SENAI deve participar do Pronatec Prisional, com a oferta de cursos de qualificação profissional no sistema prisional por meio de parceria com dois Ministérios da Educação e da Segurança Pública. Em 2019, já está programada uma parceria com a empresa Electrolux por meio da montagem de laboratório para formação de técnicos em manutenção dos produtos fabricados pela empresa, como aparelhos de ar-condicionado, geladeira e micro-ondas. De acordo com o presidente do Sistema FIEAM, Antonio Silva, em 2019, o SENAI estará preparado para atender

às novas necessidades do mercado em relação às ocupações nas áreas de maior impacto da 4ª revolução industrial, com a integração do mundo físico e virtual por meio de tecnologias digitais. Na programação para 2019, o grande evento do SENAI Amazonas será a comemoração dos 40 anos do Programa Samaúma de educação profissional itinerante na Amazônia. Inaugurado em 17 de fevereiro de 1979, o pioneiro Barco-Escola já havia atendido, até novembro de 2018, com os 15 cursos de qualificação que oferece, 53.934 pessoas. Só no Amazonas foram

visitados 48 dos 62 municípios do Estado, a maioria atendida mais de uma vez, como Maués, a 267 quilômetros de Manaus, onde o barco-escola esteve em oito oportunidades. Em Benjamin Constant, Coari e Manicoré esteve seis vezes, e em Carauari e Tefé, cinco. No Amapá, onde se encontra desde outubro de 2013, a serviço do Departamento Regional do SENAI local, o Samaúma tem qualificado a população principalmente dos municípios de Santana, Vitória do Jari, Mazagão e Laranjal do Jari, além da capital Macapá. O barco também já atendeu a sete municípios do Estado do Pará, dois do Acre, um de Roraima e um de Rondônia, onde beneficiou moradores de 13 localidades no distrito de Nazaré.

O Barco-Escola Samaúma navega pelo rio Solimões, com sua fachada original, diante da árvore de onde se originou o seu nome, a samaumeira: são 40 anos dedicados à educação na Amazônia

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iel/resultados

Inovação é palavra d Em 2019, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL Amazonas), responsável, no Sistema FIEAM, por fazer a interação entre empresas e centros de conhecimento, vai continuar focado na oferta de cursos de pós-graduação, os MBA (Master in Business Administration). Já estão previstos pelo menos dois desses cursos ao longo do ano, Liderança para Inovação e Lean Manufacturing. Tendo seu ponto forte na capacitação empresarial e aperfeiçoamento da gestão, pesquisa e inovação, o IEL destaca na sua atividade, em 2018, entre outros, cursos como o eSocial, que trouxe esclarecimentos sobre o que as empresas devem fazer para cumprir a legislação, sem sonegar informações ao governo. “O papel do IEL em nome da indústria, é esclarecer, na prática, como as empresas devem proceder para cumprir as leis, e não sofrer prejuízos por não saberem como manusear o sistema”, explicou a superintendente do IEL-AM, Andrea Guerra. Entre as ações de 2018, o IEL destaca os resultados do Programa de Estágio Supervisionado, de inserção de jovens e adultos no mercado de trabalho. Foram encaminhados cerca de 5.500 jovens para estágio em 280 empresas de Manaus. Além disso, foram capacitados outros 2.370 nos 73 cursos alinhados às necessidades das empresas, entre os quais Gestão de Pessoas para Líderes de Produção, Gestão de Capital de Giro e Fluxo de Caixa, Design Thinking e Gestão da Inovação. De acordo com Andrea Guerra, foram realizados nove projetos de P&D através do Programa Prioritário de Recursos Humanos, que visa fortalecer as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, ampliando a capacidade de formação de recursos humanos e apoio ao desenvolvimento de empresas. “Alem da continuidade das ações do Jovem Aprendiz, tambem continuaremos a desenvolver o INOVA Talentos, um programa que visa ampliar o número de profissionais qualificados em atividades de inovação no setor empresarial brasileiro para estimular a indústria a manterse competitiva, diversificada e inovadora. A ideia é simples: selecionar, capacitar e inserir no mercado profissionais para exercerem atividades

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de ordem no IEL de inovação”, disse a superintendente. Para o IEL, inovação deve ser a mola propulsora das empresas, seja nos produtos, nos processo ou no mercado. Inovar é fundamental e vital. Em outubro, o IEL deu início a uma segunda turma do MBA de Liderança para Inovação, com mestres e professores especializados, em parceria com a Faculdade da Indústria do IEL Paraná e a Universidade de Steinbeis, da Alemanha. “A qualificação profissional, promovida pelo IEL Amazonas, prepara pessoas para as reais necessidades do mercado, favorece adaptabilidade a situações de mudança, a criatividade na solução de problemas e busca aumentar a eficácia e o desempenho profissional para possibilitar o crescimento regional”, analisa a superintendente da instituição.

RESULTADOS/2018 IEL/Amazonas Estágio, cursos, capacitações : Estágio supervisionado: 5.500 Empresas atendidas (estágio): 280 Cursos oferecidos: 73 Público capacitado 2.370 Fonte: IEL/AM

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sesi/70 anos

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uando o SESI foi criado, em 1946, o Brasil passava por um período de transição política e econômica, com o fim do Estado Novo e a entrada na fase decisiva da industrialização do País. Desde o início, o Serviço Social da Indústria esteve vinculado à necessidade de se criar um plano de ação social para o Brasil, aliada ao propósito de melhorar a qualidade de vida do trabalhador da indústria e de seus dependentes. Entidade de direito privado, mantida e administrada pela indústria, o SESI nasceu para prestar serviços de saúde, educação, lazer, cultura, nutrição e promoção da cidadania. No Amazonas, onde começou a funcionar em 1º de janeiro de 1949, inicialmente como Delegacia Regional, com sede nas dependências da Cruz Vermelha Brasileira, o SESI acompanhou de perto a transformação da economia local nas fases pré e pós-Zona Franca de Manaus, culminando com a consolidação do Polo Industrial de Manaus (PIM). Em 29 de maio de 1961, já com o respaldo da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, inaugurada no ano anterior, a Delegacia do SESI foi elevada à categoria de Departamento Regional. Ao longo desses 70 anos, o SESI passou por mudanças em seus objetivos e missão estratégica para acompanhar a dinâmica das relações econômicas, marcadas pela internacionalização dos mercados e a aceleração dos avanços tecnológicos. Dos princípios da Carta da Paz Social, norteadores, até recentemente,. das ações do SESI, à modernização do seu modelo de gestão com foco em resultados e no alto desempenho, a partir das melhorias dos processos e produtos, redução de custos e aumento da produtividade, o SESI tem procurado estar à frente do seu tempo. Em 2007, a instituição chegava à maturidade ao iniciar os preparativos para adotar o Programa de Desenvolvimento da Gestão, por meio do MEG - Modelo de Excelência da Gestão. Hoje, a instituição dá uma nova guinada. Com foco em ampliar a sustentabilidade das instituições, por meio da ampliação do número de indústrias atendidas e do aumento das receitas de serviço, o SESI está construindo um novo Mapa Estratégico para auxiliar na tomada de decisões no quadriênio 2019-2022. Atento à visão de ser referência em educação básica para o mundo do trabalho - e na promoção de ambientes seguros e saudáveis para a indústria amazonense - o SESI hoje figura entre as instituições com melhor desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A instituição beneficia mais de 1,2 milhão de pessoas em educação básica, continuada e em ações educativas, e mais de 4 milhões de pessoas com serviços de segurança e saúde no trabalho em todo o país. O SESI está ajustado à nova dinâmica social à espera dos próximos 70 anos.

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Um novo


o começo SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA

1949-1919 O SESI chega aos 70 anos, no Amazonas, como uma instituição moderna, ajustada à nova dinâmica social, com a visão de ser referência em educação básica para o mundo do trabalho e na promoção de ambientes seguros e saudáveis para a indústria amazonense.

CRONOLOGIA Veja a história do SESI, no Amazonas, em momentos: 1946, 1º de julho - Criação do SESI. O Decreto-Lei nº 9.403 deu à Confederação Nacional da Indústria a atribuição de crirar o SESI. 1948, 13 de outubro - Criação da Delegacia Regional do SESI no Amazonas, que começa a funcionar em 1º de janeiro de 1949. 1961, 29 de maio - Começa a funcionar o Departamento Regional do SESI em substituição à Delegacia. 1967 - SESI assume a realização da Olimpíada Operária no Amazonas. 1978 - O SESI inaugura sua primeira creche, a Escola SESI Adalberto Ferreira do Valle. 1980, 28 de setembro - SESI inaugura o Clube do Trabalhador do Amazonas, o maior complexo esportivo da região Norte dedicado aos trabalhadores. 2007 - SESI dá início aos estudos para implantação do Modelo Estratégico da Gestão, o MEG, o que mudou a trajetória da instituição. 2019 - SESI começa a construir o Mapa Estratégico para o quadriênio 2019-2022.

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indústria

Mineração em cenário otimista À frente da Coordenadoria de Recursos Minerais da FIEAM, Renato Bonadiman afirma que o potencial minerário existente no Amazonas pode ser um novo braço de apoio à Zona Franca de Manaus

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cenário é otimista para a mineração no Amazonas em 2019. A avaliação é do titular da Coordenadoria de Recursos Minerais da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Renato Bonadiman. “No âmbito federal o assunto é positivo e a mineração está na agenda como prioridade”, aposta o também sócio da DD&L Advogados Associados, que afirma a necessidade de se ter em mente que o potencial minerário existente no estado pode vir a ser um novo braço da Zona Franca de Manaus. “Hoje temos inúmeros produtos que podem ser produzidos aqui com insumos da mineração”, sugeriu. Renato Bonadiman e demais representantes de coordenadorias operacionais da FIEAM apresentaram um balanço das ações de suas respectivas áreas em 2018 e as propostas para 2019, em reunião de diretoria coordenada pelo vice-presidente da instituição, Nelson Azevedo. “Talvez vocês não tenham visto, mas temos um grande potencial aqui no estado em mineração, óleo e gás”, explicou Bonadiman.

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“Certamente a próxima fronteira a ser desbravada para mineração é o Amazonas, uma das mais importantes do Brasil”, disse. Atualmente, há pouca atividade no estado e, de larga escala, basicamente só a Mineração Taboca. A Coordenadoria de Recursos Minerais da FIEAM foi criada em março de 2018, com o objetivo de incentivar outras formas de desenvolvimento econômico para a região, além de congregar as empresas do setor mineral para uso sustentável das jazidas minerais do Amazonas. Ao anunciar a criação desta que é a 13ª Coordenadoria Operacional da instituição, o presidente da FIEAM, Antonio Silva, disse que a crise do país foi potencializada, no Amazonas, pela dependência do Estado à Zona Franca de Manaus. “Entende-se ser urgentíssimo incentivar alternativas econômicas para o nosso Estado, atuando em conjunto com as entidades coirmãs e o poder público para alavancar o desenvolvimento do Amazonas”, disse Antonio Silva na ocasião.


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O titular da Coordenadoria de Recursos Minerais da FIEAM, Renato Bonadiman, apresenta seu projeto sobre a Nova Fronteira Mineral do Brasil, com as riquezas que a Amazônia pode proporcionar ao país, sem agredir o meio ambiente

Eu assino embaixo que tem que proteger, sim, o meio ambiente, mas não da maneira como isso está sendo feito, sem viabilizar o país e principalmente o Amazonas RENATO BONADIMAN Coordenador da Coordenadoria de Recursos Minerais da FIEAM

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Potencial e desafio Para Renato Bonadiman, a região amazônica é pouco explorada e tem um potencial enorme, ao mesmo tempo em que tem os maiores desafios, como a bacia do Solimões, riquíssima geologicamente, de acordo com ele, porém com a maior dificuldade que é monetizar. “Além de tudo, o estado é forrado de unidades de conservação e terras indígenas, questões que se não forem atacadas, não se vai a lugar nenhum. Ressalto que eu assino embaixo que tem que proteger sim o meio ambiente, mas não da maneira como está sendo feita, sem viabilizar o país e principalmente o Amazonas”, pontuou. A Coordenadoria da Federação foi recebida com entusiasmo pelo então titular da Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação do Estado (Seplancti), João Orestes Schneider Santos, que ressaltou a necessidade do trabalho em sintonia das duas instituições. Na ocasião, a Seplancti estava organizando a sua Subsecretaria de Mineração para atender esse setor com exclusividade. Como diretores adjuntos da FIEAM vinculados a essa 13ª Coordenadoria Operacional, Silva anunciou os nomes de Renato Bonadiman, representante da DD&L Advogados Associados, como coordenador, e Newton Viguetti Filho, da Mineração Taboca, como subcoordenador. Os demais cargos foram preenchidos por empresários do setor mineral no Estado.


indústria IAA fica 87% mais produtiva Com ganhos que ultrapassaram a meta inicial de 20% do Programa Brasil Mais Produtivo (B+P), do SENAI, a empresa Indústria Amazonense de Alumínio (IAA), especializada no corte de chapas de MDF (placa de fibra de média densidade), alcançou aumento de 87,92% no índice de produtividade. Para o gerente André Augusto da Costa, o investimento realizado pela IAA em consultoria com o SENAI foi recuperado em apenas duas semanas de aplicação das mudanças de processo na produção. “Mudanças simples como pagamento de chapas feito pelo almoxarife e mudanças no horário de almoço do operador da seccionada e coladeira de borda, sem gerar custo de hora extra para a empresa, geraram uma redução de custos e aumento de produtividade, pois a redução de custos se reverte em ganhos”, frisou Costa. O B+P teve como principais contribuições a padronização e análise das melhorias dos processos produtivos da empresa, além da melhoria de qualificação e de nível de satisfação de seus funcionários. De acordo com o instrutor do SENAI, Alan Moreira, que acompanhou a consultoria na IAA, a aplicação de ferramentas, como Lean Manufacturing, vem para ajudar a empresa, principalmente, neste momento de crise geral, com uma gestão mais enxuta e lucrativa e bem vista no mercado pelos contratantes. Mas para isso é necessário investimento, não simplesmente de dinheiro e sim de cultura que traga uma nova filosofia organizacional, em que a produção, os custos e os profissionais estejam interligados e visem uma melhoria contínua em benefício de todos. “O que precisa ser mudado é o antigo ‘jeitinho’ de se fazer as coisas. Tudo mudou, o mundo mudou. A ociosidade, o retrabalho, geram custos que comprometem uma operação e, hoje, o mercado exige muita qualidade em menos tempo”, frisa Moreira. Com a consultoria, a IAA descobriu que o tempo de ociosidade chegava a 4 horas, o que representava perda de 50% do tempo de atividade, sendo desperdiçado com a paralisação da máquina e respectivamente do operador para receber e conferir material, entre outras atividades. A IAA começou suas atividades há mais de cinco anos, sob a direção de Hellington Oliveira e Hellen Barretto, na produção de chapas e telhas de alumínio e telhas galvalume. Em 2015, ampliou as atividades com a produção de móveis de madeira (MDF) e produtos da área naval, como botes de 5, 6 e 7 metros para transporte de pessoas, além de chapas de alumínio. Hoje a empresa tem 46 colaboradores, sendo 21 somente na área de produção.

O presidente do Basa, Valdecir Tose, na reunião da FIEAM

Basa vai oferecer crédito de R$1,5 bi O Banco da Amazônia vai disponibilizar, em 2019, R$ 1,5 bilhão de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), principal fonte de recursos financeiros estáveis para o crédito de fomento da região Norte, voltada para investimentos de empresas e produtores rurais e, agora, também para pessoa física que queira colocar energia solar em casa. O anúncio foi feito pelo presidente do banco, Valdecir Tose, em reunião com empresários na FIEAM. “Estamos negociando abertura maior de recursos (FNO) por meio de bancos parceiros, cooperativas e agência de fomento”, explicou Tose. As taxas de juros do FNO também têm um diferencial. Segundo Tose, foi criada uma taxa própria chamada TFC (Taxa de juros Fundos Constitucionais) que tem fator fixo variável de 2% a 3,5 % ao ano. Os interessados no FNO devem procurar uma unidade do Banco da Amazônia mais próxima para fazer o cadastro e posteriormente saber o limite de crédito disponível para financiamento. As aplicações para a região Norte devem fechar o ano em R$ 5 bilhões. De acordo com Tose, o Amazonas melhorou muito em relação a 2017, mas ainda está muito aquém de todo o real potencial do estado. “Devemos fechar esse ano com R$ 500 a 600 milhões aplicados no estado”, disse ele.

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exportação

Como ser competitivo com tantos entraves? Das tarifas elevadas à falta de terminais intermodais, Pesquisa CNI/FGV aponta os

desafios impostos ao exportador brasileiro

A

s empresas exportadoras da região Norte enfrentam entraves únicos que as diferenciam de suas congêneres de outras regiões, como a baixa disponibilidade de capital para exportação e ausência de terminais intermodais. É o que mostra a pesquisa “Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras” de 2018, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo, o maior feito no Brasil, ouviu 589 empresas exportadoras de todo o país e apresenta um raio-x dos problemas que os empresários brasileiros enfrentam para poder vender bens e serviços para o exterior. Apenas na região Norte, a indisponibilidade de capital e a falta de terminais intermodais aparecem entre os dez entraves mais críticos pelos empresários que responderam ao questionário. A pesquisa ouviu 17 empresas na região, no Amazonas, Acre, Pará, Rondônia e Tocantins. A análise dos dez entraves mais críticos por região mostra que, de forma geral, os exportadores se deparam com praticamente os mesmos problemas

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e o nível de criticidade varia pouco de acordo com a região. No Centro-Oeste, o custo do transporte doméstico (da empresa até o ponto de despacho das mercadorias) foi apontado como entrave mais crítico, enquanto no Nordeste, o maior problema é o custo do transporte internacional. Em termos gerais, a maioria considerou as elevadas tarifas cobradas por portos e aeroportos como o principal problema. Essas tarifas foram consideradas muito impactantes por 51,8% das empresas que responderam à pesquisa. Outros entraves considerados críticos por uma quantidade elevada de exportadores (41% a 43,4%) são a dificuldade de oferecer preços competitivos, as elevadas taxas cobradas por órgãos anuentes e os elevados custos do transporte doméstico. No estudo, esses são os percentuais das empresas que indicaram quatro ou cinco em cada entrave – o que significa que esse entrave “impacta muito” ou que ele é “crítico”, respectivamente. Ainda entre os principais problemas estão a baixa efetividade do governo para superar entraves internos à exportação (39,4%) e o alto custo do transporte


internacional (39%), a proliferação de leis, normas e regulamentos de forma descentralizada (36%), além da existência de leis complexas e conflituosas e pouco efetivas e as interpretações múltiplas de requisitos legais pelos agentes públicos. Os resultados, na avaliação da CNI, mostram que os principais entraves são relacionados ao transporte e às elevadas tarifas e que há necessidade de forte cooperação entre os setores públicos e privados para resolvê-los. Na avaliação do diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, de um lado, o governo precisa enfrentar problemas estruturais do Brasil, por meio de reformas, e de outro, as empresas precisam investir em produtividade e inovação. “Uma vez que o câmbio está mais favorável às exportações, os problemas estruturais, de produtividade e de inovação se tornam mais visíveis”, disse o diretor. Para ter acesso à pesquisa, a CNI e a FGV disponibilizam o hotsite http://desafiosexport.org. br/ onde é possível obter dados segmentados por porte das empresas, receita bruta, setor de atuação, participação das emportações na receita e principal modal utilizado.

Principais entraves Elevadas tarifas cobradas por portos e aeroportos 51,8%

Dificuldade de oferecer preços competitivos 43,4%

Elevadas tarifas cobradas por outros órgãos anuentes 41,9% Custo do transporte doméstico (da empresa até o ponto de saída do país) 41,0% Baixa eficiência governamental para a superação dos obstáculos às exportações 39,4%

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educação

Alunos do SESI pa na peneira do Ifam S

eis alunos do 9º ano da Escola SESI Padre Francisco Luppino, em Parintins, foram aprovados para cursar o ensino médio integrado aos cursos técnicos de informática, administração e mecatrônica no Instituto Federal do Amazonas (Ifam) em 2019. Eles fazem parte da primeira turma a concluir o ensino médio na escola inaugurada em 2013 pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas no município localizado a 369 quilômetros de Manaus. “Estamos colhendo os frutos de cinco anos de trabalho e gostamos muito de estar fazendo o diferencial na cidade”, ressaltou a gerente da Escola SESI Parintins, Socorro Carvalho, ao comentar o resultado. Todos os alunos que se inscreveram no processo seletivo do Ifam foram aprovados com base nas médias finais das disciplinas de português, matemática e ciências do 7º e 8º anos do ensino fundamental. A busca pela qualificação em mecatrônica, da aluna Ana Carolina Fonseca Prado, 14, rendeu o 8º lugar entre os 40 concorrentes ao ensino técnico do IFAM – Manaus - Distrito Industrial. Ela disse que teve o interesse despertado para a área graças ao ensino da robótica educacional, que integra a grade curricular da Rede SESI. Participante da equipe de robótica da escola, a Lego Master, a aluna pretende se formar em engenharia mecatrônica e trabalhar futuramente no Polo Industrial de Manaus (PIM). “Quando eu entrei no SESI não tinha noção do que era robótica e, conhecendo mais sobre programação e montagem, meu olhar para o futuro começou a ser despertado. Fui chamada e fiz parte da equipe da escola e concorri pelo Torneio SESI de Robótica até em nível nacional”, contou a aluna, que EM 2018 conquistou com a equipe na etapa Norte do torneio o prêmio “Inspiração” na categoria “Core Values” (valores fundamentais). Ana Carolina é manauara, mas mora em Parintins

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desde os 4 anos de idade. Para a mãe, Ronusa Fonseca, 43, pedagoga, o acompanhamento e a qualidade do ensino do SESI são os diferenciais na conquista da filha. “É uma escola que vai além da sala de aula, preocupa-se com os seus alunos e isso é tudo que uma mãe quer para o filho: que ele saia da escola realmente preparado para enfrentar as avaliações externas, processo seletivos e vestibulares. O ensino do SESI trouxe isso, além de despertar e estimular o interesse dela pela área”, disse a mãe. Aprovada para o curso técnico de administração no Ifam, Sofia Silva, 14, mudou-se há cinco anos para Parintins, com a transferência do pai, que é professor de história da Universidade Estadual do Amazonas (UEA). Desde então, estudou na Escola SESI. “Lembro que quando cheguei na cidade fiquei meio perdida, tudo era muito novo, o SESI foi minha primeira escola e esse processo de adaptação foi auxiliado pelos professores daqui”, relembrou. Quinta classificada na lista de 67 alunos, Sofia agradeceu aos professores da Escola SESI pela conquista. “O processo é bem

Estamos colhendo os frutos de cinco anos de trabalho em Parintins, e gostamos muito de estar fazendo o diferencial na cidade SOCORRO CARVALHO Gerente da Escola SESI Padre Francisco Luppino - Parintins-AM


assam m

Os alunos Bianca Moraes, Rádina Sá, Ana Carolina, Luhan Ribeiro, Leano Baba e Sofia Silva conquistaram vaga no listão do Ifam

concorrido até porque somente aqui no município todos querem ingressar no Ifam, por ser referência. O curso de administração é um dos mais procurados também e, graças ao meu desempenho no ensino do SESI, consegui entrar”. A preferência da maioria dos alunos foi pelo curso técnico em informática. Foram quatro os aprovados para a área: Rádina Sá, Leano Baba, Luhan Ribeiro e Bianca Moraes. Os quatro, com 14 anos, vão fazer o ensino médio no campus do Ifam, em Parintins. “Só vou sair do SESI porque não há ensino médio aqui (em Parintins). Estudei em outras escolas da cidade e não consegui me relacionar e criar amigos como fiz aqui, sofria bullying, tive apoio da psicóloga e da equipe técnica do SESI, hoje estou bem, desenvolvi interesse pela computação nas aulas de informática e quero fazer engenharia de software”, contou o aluno Leano Baba.

Esse é fera em matemática Os alunos Gabriel Xavier de Camargo, 12, do 7º ano da Escola SESI Padre Francisco Luppino, de Parintins, e Andrey Kalel Souza Soares, 13, do 8º ano da Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa, de Manaus, conquistaram menção honrosa e ficaram entre os cinco melhores alunos de escolas privadas do Amazonas na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP). Os dois alunos terão a oportunidade de estudar matemática por um ano com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC), que tem como objetivo despertar nos alunos o gosto pela matemática e pela ciência e motivá-los nas carreiras científicas e tecnológicas. Andrey Soares conquistou a classificação no nível 2, para alunos do 8º e 9º anos, e Gabriel Camargo (foto), no nível 1, para alunos do 6º e 7º anos.

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amazonas

Em debate o futuro para além da ZFM S

aber que a China vai importar um trilhão de dólares nos próximos cinco anos deveria impor ao empresariado local a seguinte pergunta: quanto desse volume deve sair de Manaus? Mesmo que fosse 0,1%, já seria um bilhão de dólares para aquecer a economia do Estado, a maior parte dessa exportação sendo feita não por grandes mas por pequenas e médias empresas. A provocação aos potenciais e já efetivos exportadores amazonenses foi feita pelo executivo Jório Veiga, em seminário realizado em novembro, na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), para debater propostas para diversificar a economia do Estado. Autor, junto com o empresário Ulisses Tapajós, do capítulo dedicado à Indústria no livro “Amazonas 2073+ O Futuro, Presente”, lançado na ocasião pelo Instituto Piatam, Veiga defendeu que os futuros investimentos precisam contar com o apoio de um centro de inteligência negocial. “Não é fazer a empresa ir em busca do mercado, mas fazer as empresas realizarem os investimentos orientados para que haja destino certo”, sugeriu. Jório Veiga cita o pescado do Amazonas que poderia ocupar importante posição no mercado internacional, mas que, por falta de informações do empresariado do setor local, quem se tornou o maior exportador mundial de tambaqui foi a China, que vendeu mais de 800 mil toneladas desse pescado em 2017. “E nós, que temos o tambaqui endêmico na Amazônia, continuamos a reboque de umas pequenas fazendas

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que não usam a tecnologia já existente por falta de gente qualificada”, disse. Com mais de 35 anos de experiência no segmento industrial, Veiga afirma que empresas de grande porte do Polo Industrial de Manaus (PIM), apesar dos benefícios locais, estão muito ligadas a políticas tributárias de outros países, que possibilitam decisões de retirada de investimentos locais. Para o executivo, o PIM tem que se transformar em centro de excelência em produção, no que diz respeito à qualidade, flexibilidade e velocidade com a cadeia de suprimentos, olhando sempre para o futuro, vendo tendências da tecnologia dos novos produtos, para estar adiante da necessidade. Com propostas para o desenvolvimento sustentável do Amazonas, o livro “Amazonas 2073+” é composto por estudos de empresários, cientistas e especialistas, nas áreas de planejamento, capital humano, indústria, tecnologia da informação e comunicação, logística portuária, agronegócio, mineração e turismo, entre outras. As propostas estratégicas apresentadas visam, segundo o vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, um futuro melhor para as próximas gerações e uma economia pujante e duradora. “Destaco uma visão, muito bem exposta no livro, de que precisamos ter iniciativas, refletirmos sobre elas, nos distanciarmos de questões políticas ou partidárias e começar a pô-las em prática com inteligência, determinação e clareza de onde queremos chegar”, destacou Azevedo.


Prosperidade rural amazônica

Os participantes do seminário, no auditório da FIEAM, Ulisses Tapajós (esquerda), Jório Veiga e Denis Minev discutiram os temas presentes no projeto “Amazonas 2073+ O Futuro, Presente”, lançado na ocasião pelo Instituto Piatam

Diretor financeiro do Grupo Bemol e Fogás e cofundador e conselheiro da Fundação Amazonas Sustentável, Denis Benchimol Minev, é autor do capítulo Planejamento, no livro “Amazonas 2073+”. Para ele, a construção da prosperidade rural do Amazonas, com o setor primário, tem forte interação com diversos aspectos ambientais que buscam uma Zona Franca próspera no século 21. De acordo com o empresário, é preciso que o Amazonas organize a estrutura fundiária, utilize os recursos naturais em prol da prosperidade, construa e adeque sensatamente leis e instituições que contribuam para a conservação, além de desenvolver a infraestrutura. Ex-secretário de Planejamento do Estado, Minev destacou a falta de desenvolvimento do capital humano como fator negativo para o estado. Estimular e formar empreendedores sustentáveis em grande escala se tornou essencial para enquadrar o capital humano e inserir a Amazônia como parte da geração de conhecimento mundial. “Quando você tem gente boa e bem treinada, o mundo vem até você. Eu sinto em dizer que, se por acaso, as indústrias atuais do PIM fechassem as portas, não teria ninguém correndo para contratar nossa mão de obra pela sua capacidade ou conhecimento. Continuamos com a indústria muito baseada nos incentivos e não baseada no nosso capital humano”, frisou Minev. Para o biólogo Adalberto Luis Val, sem a capacitação de pessoas em todos os níveis, não é possível desenhar um futuro vitorioso e é aí que se encontra o principal problema que vivemos hoje no país como um todo. “É preciso fazer com que primeiro a ciência seja executada como uma atividade de mão dupla e, para isso, tem que saber qual a demanda social e trazer para dentro das bancadas dos laboratórios”, explicou Val. “Não basta produzir as informações, é preciso socializá-las com uma sociedade preparada para absorver as informações”, acrescentou.

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programa

Inteligência artificial invade Mundo SENAI Plataforma Mundo SENAI oferece serviço gratuito que traça o perfil socioemocional e indica a melhor carreira na indústria

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) utilizou inteligência artificial para ajudar jovens e profissionais a tomar decisões quanto a profissão e carreira a seguir. Foi o serviço de orientação profissional, a partir de características socioemocionais, que esteve disponível gratuitamente na plataforma Mundo SENAI (mundosenai.com.br), site que reúne ainda vagas de emprego e de estágio, guia de profissões da indústria e informações sobre cursos para quem deseja se qualificar.

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Tudo isso foi disponibilizado no evento Mundo SENAI realizado nas escolas e agências de treinamento do SENAI de todo o Brasil, nos dias 8 e 9 de novembro de 2018. Além de palestras, oficinas e minicursos, o evento proporcionou visitas guiadas aos laboratórios, entre outras atividades destinadas a apresentar caminhos para uma carreira de sucesso. Tanto a plataforma quanto o evento Mundo SENAI tiveram como foco a orientação dos jovens sobre as carreiras da indústria O objetivo também foi apresentar as ocupações industriais, principalmente


com formação técnica, que são bem remuneradas e modernas. No evento, alunos apresentaram projetos, criados no SENAI, com soluções para a indústria. Para o diretor regional do SENAI Amazonas, Rogério Pereira, ainda existe uma incompreensão do papel da educação profissional tecnológica dentro de um contexto de desenvolvimento na sociedade brasileira, principalmente quando comparado a países desenvolvidos economicamente, que dão valor a formação técnica, fundamental para garantir o desenvolvimento desses países. Pereira diz que o Brasil também precisa de mão de obra qualificada fundamental, mas ele explica que há um preconceito grande da sociedade em relação à formação técnica. “Conseguimos ver isso quando os pais escolhem a profissão de seus filhos, querem que sejam advogados, médicos, menos que seja parte importante do processo de desenvolvimento industrial”, frisou o diretor do SENAI. Em Manaus, na Escola SENAI Antônio Simões (ESAS) foram apresentados os trabalhos “Fundamentos para a Indústria 4.0”, “Industria 4.0 Big Data e Cyber Security”, além da palestra “Gestão no Mundo VUCA”, com o mestre e doutor em Engenharia pela USP, José Renato Sátiro Santiago Junior. Os visitantes tiveram a chance de conhecer o funcionamento da máquina de inserção de chips “Datacon 2200 Evo”, de alta precisão, que oferece máxima flexibilidade para colagem e posicionamento de chips. É equipado com dispensador integrado, com capacidade média para posicionar até 70 mil chips por hora. A máquina atende às necessidades das áreas eletroeletrônica e automobilístico, e está localizada no Instituto SENAI de Inovação (ISI), que foi aberto para visitação. Na Agência SENAI Elias Jacob Benzecry, no município de Iranduba, houve oficina de brigadeiro, minicurso “Planilha financeira”, e inscrição nos cursos gratuitos (Competências transversais) e Desvendando a Indústria 4.0. Na escola de Parintins,

o SENAI ofereceu oficinas para elaboração de curriculum, e de montagem e instalação de quadros de distribuição de circuitos, além de demonstrações e degustação da evolução da culinária, e demonstração da evolução da elétrica, até as influências da Indústria 4.0. A aluna do curso técnico de mecatrônica, da ESAS, Eryka Karoliny Barbosa, 24, que pretende cursar engenharia de programação, apresentou, com mais quatro colegas, o projeto “Máquina seletora de EPI (Equipamento de Proteção Individual)”, com objetivo de aumentar a eficiência no processo de gestão do EPI, reduzir custos e melhor gerenciamento da entrega dos equipamentos para os trabalhadores. Outro projeto apresentado por alunos de mecatrônica foi o “Enfermeiro mecatrônico”, equipamento criado para suprir a necessidade no mercado por um prontoatendimento mais ágil, com mais precisão no diagnóstico para tratamento mais preciso do paciente, e que possa ser levado para qualquer lugar, inclusive para as regiões mais remotas, já que será portátil, e com preço acessível, conforme o aluno Paulo Duarte, 28. “Se orgulhem em ser SENAI, se esforcem para ser o melhor que vocês podem. O SENAI ainda é o melhor lugar para vocês se qualificarem, não deixem de aproveitar as oportunidades e o mais importante, salvem a Zona Franca de Manaus (ZFM)”, disse José Renato Santiago, que ministrou a palestra “Gestão no Mundo VUCA”, onde mostrou os principais desafios corporativos sobre os quais os profissionais de gestão de projeto estão submetidos por conta da presença de características únicas que têm marcado o atual mundo corporativo, como a volatilidade, a incerteza, a complexidade e a ambiguidade, a chamada VUCA (volatility, uncertainty, complexity and ambiguity). Entre muitas características que atrapalham o desenvolvimento de uma boa gestão, a uma delas é a empatia, não conseguir ficar no lugar do outro, e saber a importância que é a participação de cada integrante no grupo de trabalho. “Saber reconhecer o papel de cada integrante é essencial para uma boa gestão, recorrer aos mais velhos, e consequentemente, mais experientes, não é vergonha, é saber reconhecer seus limites”, disse Junior.

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estudos

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Biblioteca Raimar Aguiar, da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), tem desempenhado papel importante, para muitos jovens, na realização do sonho de passar no vestibular. Em 2018, pelo menos três dos frequentadores mais assíduos, que utilizam o espaço para complementar os estudos em cursinhos, obtiveram aprovação para medicina, um dos cursos mais concorridos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Jessica Santana, 21, é uma das aprovadas em medicina, na UEA, após três anos estudando diariamente em cursinhos e na Biblioteca Raimar Aguiar, com uma dificuldade adicional: todos os dias tinha que vencer os 100 quilômetros que separam Manaus do município onde reside, Manacapuru. “Em Manacapuru é disponibilizado pela prefeitura um ônibus para os universitários que estudam em Manaus. Não tinha como morar aqui, então diariamente eu usava essa logística”, explicou Jéssica. Com aulas no cursinho todos os dias, Jéssica conta que reforçava os estudos na Biblioteca, pois em casa não conseguia render muito. “Nesse período eu me sentia sempre muito cansada e praticamente só estudava na sala de aula e na ‘Raimar’, porque o trajeto até em casa era muito cansativo”, disse ela. A rotina de estudos era intensa, e, de acordo com Jéssica, o processo até a conquista da aprovação lhe trouxe várias lições. “A primeira coisa que eu percebi logo no primeiro ano de estudos é que só assistir às aulas de reforço em cursinho não adianta, você não rende, é preciso sentar e estudar aquele conteúdo e resolver sempre muitos exercícios”, ressaltou a caloura que pretende voltar para o interior ao concluir o curso e atuar lá. “Pretendo trabalhar no interior porque, além de ser minha casa é também um local carente de médicos. Acredito que nós que somos do interior temos essa motivação de voltar e tentar ajudar de outra forma”, relatou ela. Com planos de se formar e se especializar em dermatologia, a estudante Suane Barbosa, 21, ingressa este ano, também na UEA e no curso de medicina, após cinco tentativas. Moradora de Tefé, a 523 km de Manaus, ela chegou a entrar na faculdade de enfermagem ao longo do processo de estudos, porém viu que medicina era realmente o curso que queria e decidiu retomar os estudos para a área. “Saía do cursinho e corria para a Biblioteca Raimar Aguiar, pois achava que estudar sozinha era necessário para complementar o que aprendia. Só ia embora quando encerrava o expediente da FIEAM”, relembrou ela. No último ano, Barbosa intensificou os estudos somente por meio de provas passadas e conquistou a aprovação. “Valeu a pena esperar para realizar o sonho, tenho certeza de que serei uma profissional competente”, comemorou.

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Biblioteca

Sonhos realizados O foco nos estudos foi interrompido pela necessidade de trabalhar para o hoje recémingresso em medicina na UEA, Rayson Feijó, 23. Estudando desde 2015 para entrar no curso, ao receber uma proposta de emprego ele tentou conciliar trabalho e estudo mas acabou optando pela renda. “Eu não podia sair do emprego porque precisava me sustentar. Depois que comecei a recebi o apoio da minha mãe e da irmã eu pude retomar o processo com mais intensidade”, contou. O calouro criou sua própria rotina de estudos, assistia vídeos-aulas e resolvia provas passadas da mesma banca do vestibular. “Durante três anos, entre idas e vindas, estudei na Biblioteca Raimar Aguiar e avancei muito nos estudos aqui, porque encontrar um local acessível e propício para os estudos é difícil. Aqui eu vejo esse diferencial”, explicou Feijó.


a faz a diferença Da esq. para a dir., as funcionárias Selene Moreira e Elisvânia Pereira, e os usuários Felipe, Tarcísio, Jéssica, Rayson, Crislene, Géssica e Suane

Opção pelo teatro Para a artista Crislene Almeida, 24, a opção de estudos na ‘Raimar Aguiar’ auxiliou na aprovação no curso de teatro da UEA. “Eu precisava estar concentrada e aqui foi o lugar ideal”, disse ela. Atuante no teatro local há quatro anos, Crislene, busca maior qualificação para crescer na área. “Para eu me tornar uma profissional melhor e mais completa preciso dessa formação, porque a intenção não é só atuar, mas também dirigir. Gosto de estar envolvida tanto atuando quanto por trás das câmeras”, frisou. O processo artístico na cidade está em constante evolução, e, de acordo com a recém-ingressa no curso, os artistas locais têm muito potencial. “Por muitos anos achei que o melhor caminho para crescer nessa área era estudar fora, mas hoje consigo ver que estamos aos poucos ganhando nosso espaço”, disse ela.

A Biblioteca A Biblioteca Raimar Aguiar foi fundada em 25 de maio de 2007 pelo empresário Moyses Israel (1924-2016), então conselheiro fiscal da FIEAM.

1

. O espaço foi criado para atender alunos, estagiários do IEL (Instituto Euvaldo Lodi) e colaboradores do Sistema FIEAM. Desde 2010, o espaço vem sendo frequentado por vestibulandos e outros assíduos candidatos a concursos públicos.

2

. O acervo de 5,3 mil volumes, abrange mais de 40 áreas do conhecimento, além de revistas, jornais e produtos multimídias.

3

. A média de frequência mensal é de 1.200 pessoas. Em 2018, passaram pela biblioteca mais de 13.800 pessoas. Dos 35 lugares disponíveis para estudo, oito são cabines de acesso individual à internet.

4

. Abre de segunda a sexta, de 8h às 18h, e está localizada no 3º andar do Edifício Raimar Aguiar, na Avenida Joaquim Nabuco, 1919, Centro. O acesso é gratuito.

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jogos sesi

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o som de “o campeão voltou”, entoado a plenos pulmões também pela torcida, os jogadores da Moto Honda festejaram muito o 1º lugar no futebol de campo dos Jogos SESI Amazonas 2018, conquistado no final do mês de novembro, ao vencer o time da Nissin Brake por 4 a 1, nos pênaltis. Na mesma programação, que encerrou a 18ª edição da competição, no Estádio Roberto Simonsen, no SESI Clube do Trabalhador, a Salcomp bateu a Keihin, por 4 a 1, e sagrou-se campeã no futebol de campo feminino. Diante de um público de 1.200 pessoas, a maioria de trabalhadores das quatro empresas do Polo Industrial de Manaus envolvidas nas duas finais do futebol de campo, a superintendente do SESI Amazonas, Rosana Vasconcelos, foi convidada a dar o pontapé inicial da partida entre Salcomp e Keihin, exatamente às 19h47. Para Rosana, é uma alegria chegar a mais uma final dos Jogos SESI, depois de sete meses de disputas envolvendo 128 empresas do PIM e mais de 6 mil trabalhadores-atletas. “Registramos com orgulho, a marcante presença feminina nos Jogos, inclusive no futebol de campo, uma das modalidades mais importantes da nossa competição”, disse a superintendente. O chute que deu início à partida no masculino, entre Moto Honda da Amazônia e Nissin Brake do Brasil, coube ao vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Nelson Azevedo, que ressaltou a importância dos Jogos SESI para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores do Polo Industrial. “As indústrias que incentivam seus trabalhadores a participar dos Jogos SESI estão investindo em valores que são essenciais para a produtividade no ambiente de trabalho, como o trabalho em equipe e a superação de desafios com garra e otimismo”, disse Azevedo. Na plateia, o gerente de Recursos Humanos da Nissin Brake, Joseney da Silva Reis, 50, estava confiante na vitória do time da empresa, que terminou o primeiro tempo do jogo vencendo por 1 a 0. Segundo ele, a alta direção da Nissin vê a importância da prática de esportes, tanto que incentivou seus trabalhadores a participarem das cinco modalidades dos Jogos SESI, além de ter levado a maior torcida da noite, com mais de 200 empregados presentes no estádio. A Nissin acabou cedendo o empate à Moto Honda logo no início do segundo tempo e o placar de 1 a 1 se manteve até o final levando a disputa direto para os pênaltis, onde prevaleceu a experiência dos jogadores da Honda, alguns com até 17 anos no time, como o zagueiro Cléber Coutinho, de 39 anos, que fez sua despedida da equipe com o gol que definiu o placar final. De acordo com o técnico da Honda, Marciclei Furtado, 42, o trabalho do time é constante. “Porque

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O CAMPE

a empresa faz um trabalho muito forte nos esportes, mas principalmente no futebol, onde a gente tem essa tradição de equipe campeã”, disse, já adiantando que, depois dos Jogos SESI, pelo menos cinco atletas, como o próprio Cleber, iriam deixar o time porque consideram que já estão acima do seu limite, da sua capacidade física. O desafio agora é substituir a experiência de um goleiro de 36 anos pelo talento cru de um jovem de 20. O goleiro Carlos Roberto, que também deixa o time, foi fundamental na vitória da Honda ao pegar dois dos pênaltis batidos pela Nissin. Marciclei estreou na Moto Honda em 2017, quando amargou a derrota do time na final para a Inventus, interrompendo três anos de vitórias consecutivas. Agora, ele conseguiu trazer o campeão de volta.


Eร O VOLTOU! Equipe da Moto Honda (esquerda) comemora o retorno ao 1ยบ lugar no pรณdio do futebol masculino, nos Jogos SESI; abaixo, a equipe da Nissin Brake ergue a taรงa pelo 2ยบ lugar conquistado no futebol de campo em 2018

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As trabalhadoras atletas da Salcomp posam com o trofeu conquistado na final do futebol de campo. A empresa acabou em 1º lugar no placar geral no feminino; abaixo, a equipe de futebol da Keihin vibra com o trofeu pelo 2º lugar na competição

Craques no feminino plural Moto Honda e Nissin Brake levaram as maiores torcidas, mas o jogo que levou emoção ao Estádio Roberto Simonsen, na noite das finais, foi entre Salcomp e Keihin, no futebol feminino, disputado com garra até o último momento, ao contrário do futebol masculino, com mais retranca, por isso, mais burocrático. A garra da Salcomp pegou desprevenida a zaga da Keihin, logo no início do primeiro tempo, mas o primeiro gol, assinado por Luziane, só saiu aos 25 minutos. Antes do fim do primeiro tempo, a camisa 20, Valssíria, fez 2 a 0 para a Salcomp. Logo no início do segundo tempo, a Keihin reagiu com um bonito gol da atacante Francilda. As adversárias lutaram bravamente, mas as meninas da Salcomp, melhor posicionadas em campo, levaram a melhor e fizeram mais dois, marcados por Suzy e Ellen Caroline. Foi o resultado do trabalho realizado nos últimos dois anos pelo técnico Marcos Henrique de Souza, o Marquinho, 32 anos. Para ele, mais gratificante foi vencer a equipe da Keihin, na sua opinião, uma das empresas que mais investem nos

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esportes, principalmente no futebol feminino. “Nós fizemos uma revolução na Salcomp porque soubemos trabalhar a base, o posicionamento das atletas, girando o jogo, segurando a bola. Pra mim, foi o melhor jogo da competição”, disse o técnico. E muita gente concordou com ele. Após as duas partidas do futebol de campo, o SESI realizou a cerimônia de encerramento dos Jogos 2018 com a entrega de troféus e medalhas aos vencedores das cinco modalidades disputadas este ano – futebol de campo, futsal, futebol sete, vôlei de quadra e vôlei de areia. Veja a seguir todos os vencedores dos Jogos SESI 2018.


Acima, equipes perfiladas para o início da grande noite; abaixo, a superintendente do SESI, Rosana Vasconcelos, dá o pontapé inicial da primeira partida; ao lado, a Yamaha comemora o 1º lugar geral no masculino; abaixo, à esquerda, o vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, com as campeãs da Salcomp

Resultado Geral Masculino 1º lugar Yamaha Motor 2º lugar CTK 3º iugar P&G

Feminino 1º lugar Salcomp 2º lugar I-Sheng 3º iugar Keihin

CAMPEÕES JOGOS SESI 2018 FUTSAL Feminino

VÔLEI/QUADRA VÔLEI/PRAIA FUTEBOL 7 Feminino Master Feminino

Salcomp

Salcomp

FUTEBOL CAMPO Feminino

I-Sheng

Technicolor

Salcomp

Masculino Masculino

Masculino

Principal

Masculino

CTK

P&G

Salcomp

Moto Honda

Yamaha

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diretoria FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO AMAZONAS - FIEAM Presidente Antonio Carlos da Silva 1º Vice-Presidente Nelson Azevedo dos Santos 2ª Vice-Presidente Tereza Cristina Calderaro Corrêa Vice-Presidentes Roberto de Lima Caminha Filho Aldimar José Diger Paes Wilson Luiz Buzato Périco Carlos Alberto Rosas Monteiro Eduardo Jorge de Oliveira Lopes Amauri Carlos Blanco Sócrates Bomfim Neto Agostinho de Oliveira Freitas Júnior Ana Paula Franssinette Sarubi Perrone 1º Secretário Orlando Gualberto Cidade Filho 2º Secretário Roberto Benedito de Almeida 1º Tesoureiro Jonas Martins Neves 2º Tesoureiro Augusto César Costa da Silva

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Diretores Renato de Paula Simões Sebastião Montefusco Cavalcante Júnior Sebastião Nascimento Guerreiro Luiz Carvalho Cruz Mateus de Oliveira Araújo Frank Benzecry Williams Teixeira Barbosa Antônio Julião de Sousa Sandro Augusto Lima dos Santos Paulo Shuiti Takeuchi Joaquim Auzier de Almeida Genoir Pierosan José Miguel da Silva Nasser Pedro de Faria e Cunha Monteiro Frank Lopes Pereira Conselho Fiscal/Titulares: José Nasser Celso Zilves Carlos Alberto Marques de Azevedo Suplentes Alcy Hagge Cavalcante Carlos Alberto Souto Maior Conde Delegado representante junto ao Conselho da CNI/Titulares Antonio Carlos da Silva Suplentes Nelson Azevedo dos Santos Carlos Alberto Rosas Monteiro


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