O que você vai ser quando crescer?

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Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

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NOVO ensino médio Capa: Andrea Ribeiro - Fotos do Banco de Imagem/ DCM

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CAPA 4 . Balanço Sistema FIEAM Novo Ensino Médio SESI SENAI foi destaque em 2019 e continua sendo em 2020 14 . Infraestrutura Antonio Silva leva a Bolsonaro proposta de melhorias no PIM

22 . Sustentável Instituto Piatam e Suframa realizam a 1ª fesPIM com presença de Bolsonaro

18 . Maturidade Pesquisa mede nível de 24 . Apoio prontidão da Indústria Novo Gestor do CBA 4.0 no PIM apresenta projeto a empresários do PIM em 21 . Emprego reunião na FIEAM Operação Acolhida vê situação de imigrantes venezuelanos


INÉRCIA PLANEJADA Antonio Silva Presidente da FIEAM Em química inércia é a “propriedade que possui uma substância de não reagir em contato com outra”. Também se entende a palavra como tendência natural de tudo permanecer como está. No sentido figurado é falta de reação, de iniciativa, é o imobilismo. Chamamos de inércia planejada a atitude do Ministério da Economia, ao se manter imóvel, para que a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de concentrados e refrigerantes estabelecida por decreto do Presidente Bolsonaro em 10% até 31 de dezembro de 2019, quando vencido o prazo, caísse para 4% prejudicando o crédito das empresas ao adquirir o insumo “concentrado” da indústria produtora na Zona Franca de Manaus (ZFM). É indubitavelmente um golpe duro para as empresas produtoras de concentrados instaladas na ZFM, que quando vieram para cá a alíquota de concentrados era de 40%. Com a redução para apenas 4% será muito difícil manter os investimentos e os planos de diversificação de toda a cadeia produtiva já implantada, bem como de futuros projetos tanto na capital como no interior do Estado do Amazonas. O IPI é o grande atrativo da ZFM há mais de 50 anos, somente produtos com alíquota alta são interessantes para serem aqui produzidos, face aos diversos desafios de uma

EXPEDIENTE Revista editada pelo Sistema Indústria no Amazonas

região que é notória pelas dificuldades a serem superadas, tanto de infraestrutura produtiva, como de logística adequada, fatores indispensáveis para que os investimentos produzam retorno satisfatório. A produção de refrigerantes na ZFM não compete com a produção do resto do país, pois atende tão somente o Estado do Amazonas, fornecemos na verdade insumos como concentrados e xaropes que atendem mais de 80% dos fabricantes nacionais de refrigerantes e geramos em aqui investir. Ora, se o grande atrativo é a alíquota alta do IPI, quem pode assegurar que no futuro o Governo, de olho na arrecadação e desprezando planos estratégicos de ocupação territorial e preservação ambiental, não vá reduzir a alíquota do imposto. Como já afirmou o ministro Guedes, não vai mexer na legislação da ZFM, no entanto, com uma simples canetada pode inviabilizar empreendimentos que confiaram na política adotada pelo Governo brasileiro. Confiamos demasiadamente, deixamos o prazo esgotar para se 28/01/2020 Sistema FIEAM | AmazonClip https://amazonclip.com.br/exportar/ impressao/113309/12 2/2 estabelecer uma alíquota que fosse condizente para a permanência do atrativo desse segmento. Só nos resta ir à luta.

REDAÇÃO Cristiane Jardim Mario Freire COLABORAÇÃO Renata Soares

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM) Paulo Roberto Gomes Pereira

PUBLICIDADE Andressa Sobreira

COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO Idelzuita Araújo-MTE 049/AM

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.

Av. Joaquim Nabuco, 1919 - Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 3186-6576 Fax: (92) 3233-5594 www.fieam.org.br acs@fieam.org.br faleconosco@fieam.org.br

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BALANÇO

TUDO O AZUL PARA 2020 APESAR DAS DIFICULDADES COM A ECONOMIA, EM 2019, AS EMPRESAS DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS FECHARAM O ANO COM CRESCIMENTO EM TORNO DE 8,6%. NO SISTEMA INDÚSTRIA, FIEAM, SESI, SENAI E IEL TIVERAM DESEMPENHO SATISFATÓRIO. AS PERSPECTIVAS PARA 2020 TÊM MAIS ESPERANÇA QUE CERTEZA

Polo Industrial de Manaus fechou o ano com um crescimento em torno de 8,6%, em moeda nacional, e um faturamento de, no máximo R$ 101 bilhões, na comparação com 2018, um desempenho considerado apenas satisfatório pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, ao apresentar o balanço anual do Sistema Indústria, no Estado, na última reunião de diretoria, em 18 de dezembro, na sede da Federação. Na projeção em dólar, o faturamento ficará em torno de 25 bilhões, o mesmo patamar do ano passado graças à forte desvalorização do real em relação à moeda norte-americana. “Durante o ano, enfrentamos muitas dificuldades, não obstante, com grande esforço, as empresas do PIM conseguiram êxito em seu planejamento operacional”, disse ele, ao registrar que o nível de emprego na indústria do Amazonas se estabilizou em relação ao resultado de 2018, com a geração de 86 mil empregos diretos, em média. Ao falar das projeções para 2020, Silva lembrou o apoio e a defesa da indústria local prestados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Como vice-presidente da entidade maior, o empresário teve oportunidade de apresentar ao presidente Jair Bolsonaro, ainda em dezembro, em Brasília, reivindicações dos Estados que compõem a Amazônia Legal para melhorar a infraestrutura na região, incluindo estradas, portos, aeroportos e mobilidade urbana (leia matéria na página 16). Ao lado do titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Jório Veiga, presente na reunião, Antonio Silva alertou para a importância da união de todas as forças atuantes na defesa dos interesses do Amazonas, como a Suframa, governo do Estado, Prefeitura Municipal de Manaus, e as bancadas federal, estadual e municipal, bem como o apoio das demais coirmãs do setor produtivo, empresários e trabalhadores. “Acreditamos na capacidade do governo, tanto federal como estadual, em transpor todas as barreiras que tentam bloquear o avanço do desenvolvimento e do crescimento econômico do Brasil e do Amazonas. Acreditamos no crescimento maior do PIB e maior dinamismo da atividade industrial, gerando empregos e investimentos públicos e privados”, pontuou o empresário. Continua na página 6

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SEGMENTO METALÚRGICO FOI O QUE MAIS CRESCEU Entre os subsetores do PIM, de acordo com a projeção do presidente da FIEAM, os melhores desempenhos em 2019 ficaram com o metalúrgico, que deve fechar a conta com um crescimento superior a 38%, o mecânico (30%), duas rodas (17%), termoplástico (16%) e bens de informática (11%). O subsetor eletroeletrônico, que detém o maior número de projetos aprovados na Suframa e responde pelo maior faturamento do PIM, deve ter um crescimento baixo, em torno de 3,6%. “Em alguns subsetores não houve crescimento, em outros houve queda, mas alguns muito importantes tiveram o melhor desempenho dos últimos seis anos”, apontou Antonio Silva. Otimista, ele disse acreditar na recuperação do Brasil, como resposta aos estímulos de crescimento da economia. “Acreditamos também na garra e na criatividade do empresariado brasileiro, no mercado interno vigoroso a exigir mais investimentos e vagas de trabalho”, disse Antonio Silva. Já para o modelo econômico do Amazonas, Antonio Silva disse que as perspectivas são boas, devendo ter um aumento significativo nos investimentos, na produção, no faturamento e na criação de mais empregos. “Não obstante, devemos estar vigilantes para as modificações de ordem tributária que possam afetar negativamente a Zona Franca de Manaus e retirar as vantagens fiscais às quais o modelo tem direito”, disse. Para Silva, é preciso estar atento para combater a insegurança jurídica que advém dos frequentes ataques ao modelo ZFM. A defesa da indústria local foi reforçada pelo secretário Jório Veiga (foto), que apresentou algumas ações realizadas ao longo do ano pela Sedecti - que agregou atribuições da extinta Secretaria de Estado de Trabalho (Setrab), na reforma administrativa do governo. Dentre as atividades, Veiga falou sobre a exitosa criação do

distrito agroindustrial, no município de Rio Preto da Eva que, segundo ele, até 2021, vai ter sua energia ligada à da capital. “Conseguimos fazer o Distrito Agroindustrial de Rio Preto da Eva, um modelo diferente, que dá treinamento em várias áreas e não lida só com indústria, mas também turismo e comércio”, explicou o secretário. Jório Veiga também citou o projeto para exploração do gás natural em Silves. “Apesar de ter sido declarado para ser comercializado em 2004, somente em 2019 foi dado andamento para que de fato se iniciasse o atendimento comercial, que será a partir de março de 2021, com o transporte para Boa Vista (RR), para atender à cidade”, relatou. “Esse gás representa investimento da ordem R$ 1,8 bilhão, sendo deste R$ 1,1 bilhão aqui no Amazonas e R$ 700 milhões de Roraima. São coisas que a gente tem feito e tem tido muito resultado. Esse projeto estava parado há muito tempo e conseguimos fazer com que andasse, não fizemos nada de diferente só fizemos com que as pessoas certas se falassem”, ressaltou. Jório também destacou o projeto do potássio, que está sendo definido junto aos grupos indígenas dentro do protocolo estabelecido, sendo este, segundo ele, o primeiro do Brasil definido pela justiça para ser feito de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Também presente na reunião, o superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional da Suframa, Alcimar Martins, apresentou os investimentos feitos em 2019 e que terão continuidade em 2020, como o asfaltamento das ruas e revitalização do PIM. “A gente pretende que seja uma nova fase do PIM e que possamos ter mais empresas motivadas a vir para Manaus, além do trabalho para que as que estão aqui aumentem a sua presença na Amazônia”, disse Martins. Para mostrar a atividade do PIM para o Brasil, em 2020, Martins anunciou que a próxima edição da Feira de Sustentabilidade (Fespim) será em São Paulo (SP), como forma estratégica de apresentar para diferentes atores o potencial do PIM e detalhar a preservação da floresta nativa do Amazonas.

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BALANÇO/SISTEMA INDÚSTRIA

NOVO ENSINO MÉDIO COMEÇA BEM A

AMPLIAR A OFERTA DE VAGAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA VOLTADAS PARA O MUNDO DO TRABALHO É A PRINCIPAL META DO SESI PARA 2020. EM PARCERIA COM O SENAI, SERÃO OFERECIDAS MAIS 90 VAGAS NO NOVO ENSINO MÉDIO E 560 NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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partir de 2020, o Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas) vai ampliar a oferta de vagas na educação básica voltada para o mundo do trabalho. Por meio de parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), a instituição passa a oferecer 90 vagas no Novo Ensino Médio, em tempo integral, e mais 560 na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em 2019, as duas modalidades com viés profissionalizante funcionaram muito bem como projeto piloto. Ao apresentar os números do SESI, com os resultados de 2019 e as perspectivas para 2020, o diretor regional da instituição e presidente da FIEAM, Antonio Silva, adiantou que a parceria com o SENAI vai possibilitar, no próximo ano letivo, a oferta dos cursos profissionalizantes de eletrotécnica, mecânica e processamento de dados, no Novo Ensino Médio, com o benefício da gratuidade regimental para a Indústria. No país, de acordo com o Censo Escolar 2014/2015, a evasão no Ensino Médio chega a 11% do total de matriculados. Somado ao número de jovens que sequer iniciam essa etapa, são quase 2 milhões de jovens que deixam de ser atendidos nas redes de escolas públicas e privadas, o que faz do Ensino Médio o maior desafio para a educação brasileira. Com a mudança, a lógica do Novo Ensino Médio passa a permitir que o aluno desenvolva um fluxo próprio de estudos, pendendo para aquilo que, em tese, ele tem mais habilidade ou interesse. Com o projeto piloto aplicado em 2019, na Escola SESI Dra. Émina Barbosa Mustafa, no bairro São José, a área de Educação do SESI testou a


conexão da sua grade curricular com o ensino técnico do SENAI. A carga horária do Novo Ensino Médio ficará dividida entre a formação geral do SESI, com 1.800h, e a formação específica no SENAI, em 1.200. Segundo Antonio Silva, é preciso desenvolver um currículo que atenda, cada vez mais, à necessidade das indústrias de pequeno, médio e grande porte. “E precisamos oferecer aos nossos alunos novas habilidades e competências para que ele consiga efetivamente ingressar e permanecer no mercado de trabalho”, disse o diretor. Ao final dos estudos, o aluno receberá certificação do Ensino Médio com o itinerário cursado por ele também no SENAI. As duas formações e aprovações dependem uma da outra, atendendo às exigências da legislação. Dando continuidade à nova diretriz, os arranjos curriculares definem como obrigatório nos três anos de ensino médio, o ensino da língua portuguesa, matemática e o de língua estrangeira, preferencialmente o inglês ou espanhol.

EJA PROFISSIONALIZANTE Na Educação de Jovens e Adultos, o SESI vai dedicar 560 das 3.959 vagas abertas em 2020, à modalidade profissionalizante, que vai combinar o ensino regular, no Ensino Médio, com a qualificação profissional por meio das escolas do SENAI. Estão previstas seis qualificações, todas com grande empregabilidade: eletricista industrial, dry wall, pizzaiolo, panificação, sistema de direção, suspensão e freios, e design de moda. De acordo com Antonio Silva, em 2019, das 3.379 matrículas registradas na EJA do SESI, pelo menos 60 fizeram parte da turma piloto com formação teórica e prática de instalador hidráulico residencial, padeiro e operador de microcomputador oferecidas pelo SENAI. Em 2019, o SESI Amazonas manteve acima de 3.500 o número de alunos matriculados no ensino regular em suas cinco escolas no Estado, duas em Manaus, uma em Parintins, uma em Itacoatiara e a outra no município de Iranduba. Na Educação Continuada, foram registradas 6.955 matrículas ao longo do ano.

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BALANÇO/SESI/SENAI

COM NOVAS UNIDADES E ATENDIMENTO AMPLIADO No balanço de 2019, Antonio Silva lembrou as dificuldades enfrentadas pelo segmento industrial e o reflexo da crise na arrecadação das contribuições para o SESI e o SENAI. “Além disso, há dois anos estamos fazendo ajustes em nossas unidades do SESI e do SENAI, e também nos serviços do IEL e FIEAM. Vimos os reflexos da crise nos resultados obtidos neste ano, com uma queda de 56,9% no atendimento ao trabalhador da indústria e ao público em geral, em relação ao ano de 2018 – muito também em função do desemprego na indústria. Mesmo assim, chegamos próximos aos 350 mil atendimentos na FIEAM, SESI, SENAI e IEL, em números atualizados até o mês de outubro”, disse Silva. No total, 312 mil desses serviços foram realizados pelo SESI, que ampliou em 154% o número de empresas atendidas em Saúde e Segurança na Indústria, além dos atendimentos em consultas médicas e odontológicas, e com o Programa Ginástica na Empresa. Antonio Silva destacou ainda, entre as ações de 2019 na área da Saúde, a inauguração da Unidade Leste do SESI Saúde, no Clube do Trabalhador, no bairro São José, onde a instituição passou a oferecer 13 especialidades médicas, além de exames laboratoriais, pilates, ultrassom, audiometria e tratamento odontológico para crianças e adultos. “Em 2020, vamos continuar modernizando os sistemas de atendimento das centrais do SESI Saúde e aumentar a oferta de especialidades médicas e odontológicas, tanto na unidade do Centro quanto na zona Leste”, anunciou Silva. Na área da Educação, o SESI, segundo ele, dará início à Biblioteca Multiuso, da Escola SESI Dra. Émina Barbosa Mustafa, e ampliará o Programa de Formação Continuada dos Docentes, incluindo metodologias ativas e de inclusão social.

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Entre outros projetos, o diretor cita para o próximo ano a integração SESI SENAI na Escola Demóstenes Travessa (no Distrito Industrial) para expandir a formação de jovens no novo ensino médio. Em 2019, quando completou 70 anos de fundação no Amazonas, o SESI se firmou ainda mais como parceiro das indústrias do Polo Industrial de Manaus ao lançar a plataforma SESI Viva Mais, o programa que torna 100% digital a comunicação de contribuições previdenciárias, folha de pagamento, FGTS, além de fazer a gestão dos indicadores de saúde e segurança do trabalho, informações trabalhistas, tributárias e fiscais.

DESTAQUES 2019-2020 SESI *EJA Profissionalizante SESI/SENAI *Construção da Unidade Leste SESI Saúde (acima) *Revitalização do SESI Clube *Reformas (Estádio Roberto Simonsen, Academia, adequação das escolas ao SPDA) *Construção da Biblioteca Multiuso da Escola SESI Dra. Émina Barbosa Mustafa SENAI *Um novo Centro de Formação Profissional para a Construção Civil (projeto) *Modernização dos Laboratórios de Mecânica e Mecatrônica (projetos) *Modernização da oficina mecânica da Escola SENAI Waldemiro Lustoza *Reforma da Agência SENAI em Iranduba *Melhoria na infraestrutura da Sede-DR (à direita)


O SENAI Amazonas tem como meta qualificar, até 2023, 142.089 trabalhadores, conforme a projeção do Mapa do Trabalho Industrial, criado para subsidiar a oferta de cursos da rede em todo o Brasil. Desse total, 23% devem ser de pessoas que precisam de capacitação para ingressar no mercado de trabalho e, o restante, trabalhadores já empregados que precisam de aperfeiçoamento. Em 2019, o SENAI registrou 16.353 matrículas, entre janeiro e outubro, nos cursos de níveis técnico, de qualificação e aperfeiçoamento. “Entre os planos que temos para o SENAI, em 2020, está justamente a estruturação de um novo Centro de Formação Profissional na área da Construção Civil, além da modernização dos laboratórios de eletrônica e mecatrônica, aquisição de empilhadeiras, dentre outros projetos, para atender às demandas das nossas empresas, sobretudo em relação à Indústria 4 ponto zero”, disse Antonio Silva, que também é presidente do Conselho Regional do SENAI. Entre as áreas que mais vão demandar capacitação de profissionais, no Amazonas, estão eletroeletrônica e telecomunicações, que fazem qualificação transversal e são oferecidas pela Escola SENAI Antônio Simões (ESAS). Os cursos

dessa unidade estão entre os mais procurados no Amazonas, e têm sido os cartões de visita do SENAI no Estado graças ao desempenho dos alunos em competições de educação profissional, em especial a Olimpíada do Conhecimento, onde conquistaram medalhas em robótica, tecnologia da informação e mecatrônica. SAMAÚMA A atuação do SENAI em 2019 também foi marcada pela comemoração dos 40 anos de atividades do Programa Samaúma de Educação Profissional Itinerante, realizado por meio do barco-escola Samaúma, que motivou, em maio, uma sessão especial da Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM). Com o projeto “Barco Samaúma: Transformando Vidas Pelos Rios da Amazônia”, o programa foi agraciado ainda em 2019 com o 1º lugar (ouro) do prêmio nacional “Ser Humano da ABRH/ AM”, na categoria Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social Empresas e Gestão Pública. O prêmio é o reconhecimento das ações de empresas e instituições na promoção do desenvolvimento profissional, social e melhoria da qualidade de vida de seus colaboradores e da sociedade. O barco, que se encontra a serviço do SENAI Amapá desde 2013, deve passar por revitalização, em 2020, para atualizar a embarcação para atendimento às normas e regulamentos de acessibilidade, ampliando o atendimento às comunidades do interior da Amazônia. O SENAI também passou por uma série de obras ao longo de 2019, que incluiu a modernização da oficina mecânica da Escola Waldemiro Lustoza, a adaptação do antigo Núcleo de Tecnologia do Gás para ampliar as atividades da Escola Antônio Simões, e a reforma da Agência de Iranduba. A obra mais significativa, no SENAI, em fase de acabamento, é o projeto de melhoria na infraestrutura física da sede, na Bola da Suframa, onde foi construída uma nova central de matrículas, concluída a climatização total das salas e instalação de um elevador na administração.

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BALANÇO/FIEAM/IEL

SISTEMA INDÚSTRIA MANTÉM FOCO NA QUALIDADE Em 2019, o Programa de Estágio, do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Amazonas), continuou sendo um importante instrumento de inserção dos jovens amazonenses no mercado de trabalho, ao favorecer o acesso ao emprego de 5.442 estudantes, 87% deles alunos de cursos de nível superior. O Programa de Estágio acompanha o IEL local desde a sua fundação, em 1970, e inseriu cerca de 190 mil jovens no mercado de trabalho no Estado. Projetos voltados para quem está chegando agora ao mercado de trabalho estiveram no centro das atividades desenvolvidas pelo IEL, em 2019, com destaque para parcerias com a Secretaria Municipal de Educação e os Centros de Referência de Assistência Social, além do SENAI e SESI. Em outro segmento, o IEL realizou em 2019, seis cursos de Pós-Graduação voltados para o pessoal das indústrias do PIM, dentre elas, Samsung, BMW, LG Electronics e Moto Honda. CERTIFICADOS E FEIRAS Mesmo com a queda acentuada nas exportações do Estado, entre outros fatores, o Centro Internacional de Negócios, da FIEAM, conseguiu fechar o ano de 2019 com a emissão de 1.718 Certificados de Origem, o que possibilitou uma receita de mais de R$ 103 mil. Para as micro e pequenas empresas interessadas em internacionalizar suas operações, a boa notícia é que a Rede CIN está fechando um convênio com o Sebrae Nacional, que prevê investimentos de R$ 21 milhões nos

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ESEST TAAGI GIÁRI ÁRAIA

próximos três anos, envolvendo treinamentos, consultorias, rodada de negócios e prospecção de mercados. O CIN Amazonas já anuncia uma série de eventos e feiras confirmadas para 2020, entre elas a Summer Fancy Food, a maior feira de alimentos e bebidas das Américas, que acontece em junho em Nova Iorque (EUA). PQA CHEGA À 26ª EDIÇÃO Enquanto isso, o Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria (DAMPI) encerrou o ano com um total de 99 eventos realizados, com destaque para a 26ª edição do Prêmio Qualidade Amazonas, nesse ano reunindo 52 organizações, 27 delas aclamadas como vencedoras no Qualishow, entre as quais se destacam a Moto Honda, a Yamaha, a Semp TCL e Estação Naval do Rio Negro. Veja a lista dos premiados a seguir:


PQA - PREMIAÇÃO GESTÃO TROFEU OURO •3º Esquadrão de Helicóptero de Emprego Geral •Estação Naval do Rio Negro GESTÃO TROFEU PRATA •Centro de Intendência da Marinha •12ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército GESTÃO TROFEU BRONZE •1º Batalhão de Comunicações de Selva GESTÃO TROFEU 250 PONTOS •Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus •7º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

PROCESSO/MÉDIA INDÚSTRIA OURO •Intelbras •Harman da Amazônia •Elsys Equipamentos Eletrônicos •Sony do Brasil PROCESSO/MÉDIA INDÚSTRIA PRATA •Sodecia da Amazônia •Honda Lock •HDL da Amazônia •Yamaha Motor Componentes.

GESTÃO OURO

PROCESSO/GRANDE INDÚSTRIA OURO •Yamaha Motor da Amazônia •Semp TCL •Panasonic PROCESSO/GRANDE INDÚSTRIA PRATA •Showa do Brasil •Tutiplast •Masa da Amazônia •Britânia Componentes Eletrônicos •Moto Honda da Amazônia •Honda Componentes •Águas de Manaus PROCESSO/ GOVERNAMENTAL PRATA •1º Batalhão de Comunicações de Selva •Centro Integrado Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo •Masa da Amazônia PROCESSO/SEM FINS LUCRATIVOS PRATA •Fundação Amazonas Sustentável

O presidente da FIEAM, Antonio Silva, entrega o Troféu Ouro ao capitão de corveta Leonardo Moraes Rodrigues, do 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, na modalidade Gestão, do PQA 2019

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INFRAESTRUTURA

FIEAM LEVA PROPOSTA

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AS A BOLSONARO Fotos: Miguel Ângelo/CNI

PRESIDENTE DA FIEAM, ANTONIO SILVA, FALOU EM NOME DAS FEDERAÇÕES DA AÇÃO PRÓ-AMAZÔNIA E APRESENTOU COMO PROPOSTA PRIORITÁRIA MELHORIAS NA INFRAESTRUTURA DA REGIÃO

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ênfase na necessidade de investimento em infraestrutura na região amazônica deu o tom do discurso do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e vice-presidente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Antonio Silva, na solenidade de entrega do Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial, concedido pela CNI, ao presidente Jair Bolsonaro, em 11 de dezebro, em Brasília. Silva destacou como propostas prioritárias a melhoria das estradas, portos, aeroportos e da mobilidade urbana “para que o fator transporte não represente um custo tão alto às empresas”. Antonio Silva falou em nome das Federações das Indústrias dos Estados da região Norte, especialmente as que compõem a Ação PróAmazônia, entidade que congrega as Federações da Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). “O país precisa diminuir o nível de burocracia existente, que dificulta e atrasa negócios, impingindo um alto custo ao empreendedor”, disse Antonio Silva. Segundo ele, faz-se necessário modernizar os procedimentos aduaneiros e harmonizar a atuação dos órgãos de governo intervenientes na movimentação de cargas nos portos e aeroportos. Silva ressaltou ainda que o esforço pelo fortalecimento da indústria da região Norte perpassa pela competência de vários ministérios, considerando-se a diversidade intrarregional e a organização de cadeias produtivas, até a etapa da industrialização da produção nas diferentes zonas. “É preciso manter a fabricação de alta tecnologia, mas também é fundamental que haja a exploração sustentável da biodiversidade da região, pelo setor produtivo, principalmente nas áreas de fármacos, alimentos, cosméticos e defensivos agrosilvopastoris, tal qual se desenha no estudo Política de Desenvolvimento Industrial da Amazônia Legal, elaborado pela SUDAM”, defendeu o presidente da FIEAM. Para Antonio Silva, o presidente Jair Bolsonaro já demonstrou seu compromisso com o Estado do Amazonas ao designar um militar, o coronel Alfredo Menezes, para comandar os destinos da

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Suframa. Ele também agradeceu as duas visitas oficiais que Bolsonaro fez ao Amazonas em menos de seis meses, a primeira delas para presidir reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), em julho. “Isso demonstra o seu comprometimento para com o desenvolvimento da nossa região”, apontou. Acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro agradeceu ao trabalho da CNI na formação de “mão de obra adequada (para a indústria)”, ao falar da necessidade de melhorar os índices de educação do Brasil. “Eu tenho certeza que vocês estão aqui porque acreditam no Brasil”, disse o presidente dirigindo-se aos empresários e lideranças do segmento industrial de todo o país reunidos na sede da CNI (leia matéria abaixo). O Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial é a mais importante homenagem prestada a autoridades pela indústria brasileira e foi entregue a Jair Bolsonaro pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. De acordo com a CNI, a comenda é um reconhecimento do esforço do governo no avanço de pautas que tornam o Brasil mais moderno e competitivo.

O presidente da FIEAM, Antonio Silva, discursa durante o evento na CNI

Presidente diz que é obrigação aten O presidente Jair Bolsonaro afirmou para uma plateia de cerca de 650 empresários que o governo pretende trabalhar junto com a indústria pelo futuro do país e que está à disposição do setor para modificar decretos que possam ser obstáculos ao desenvolvimento do país. Ele ressaltou que pretende colaborar com o crescimento da indústria. “Temos meios de realmente mudar o Brasil. Não me encarem como patrão, eu sou o empregado de vocês. Não é favor atendê-los. É obrigação. Vamos juntos trabalhar o futuro do país”, disse. Ele também ressaltou o potencial de inovação do país. “O brasileiro tem uma capacidade enorme de criar, de inovar. É um excelente empreendedor. O que ele precisa é ter liberdade. É não ter o Estado atrapalhando o seu trabalho”, pontuou. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, destacou, na ocasião, que o país vive uma fase em que há o que comemorar. Ele mencionou avanços econômicos promovidos pelo governo Bolsonaro, como a Reforma da Previdência, a assinatura do Tratado

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de Livre Comércio entre Mercosul e União Europeia, o avanço nas agendas de concessões na área de infraestrutura e a melhora do ambiente de negócios. “Tenho certeza, presidente, que este será o primeiro de muitos encontros que teremos para comemorarmos os avanços da indústria brasileira”, afirmou Robson Andrade. FORMAÇÃO PROFISSIONAL O presidente Jair Bolsonaro também elogiou o trabalho da CNI, que coordena o Sistema Indústria, do qual fazem parte o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social da Indústria (SESI). Ele afirmou que as entidades têm papel destacado na formação de profissionais. “Agradeço o trabalho da CNI, que também nos ajuda na formação de mão de obra adequada”, enfatizou. Durante o encontro, o presidente da CNI assinou dois acordos com o governo. Um do SENAI com o Ministério da Economia, que prevê a oferta de 1,32 milhão de matrículas em cursos do SENAI, assim


REUNIÃO/BRICS

FÓRUM EMPRESARIAL DISCUTE INOVAÇÃO DURANTE CÚPULA

Jair Bolsonaro recebe o Grande Colar das mãos do presidente da CNI, Robson Andrade

nder à Indústria como o atendimento de 46,8 mil empresas até 2022 com consultorias e serviços técnicos. Serão ofertadas matrículas no âmbito do Programa Emprega Mais e ampliado o Brasil Mais Produtivo, programa do governo federal executado pelo SENAI, que utiliza técnicas de manufatura enxuta (lean manufacturing) para elevar a produtividade das indústrias. Já com o SESI foi firmado plano de trabalho dentro de acordo que já havia sido assinado com o Ministério da Cidadania para o atendimento a 800 mil jovens de 18 a 29 anos, inscritos no Cadastro Único do governo federal, com prioridade para beneficiários do Bolsa Família. Serão oferecidos cursos de acompanhamento pedagógico em língua portuguesa e matemática, desenvolvimento de habilidades socioemocionais, integrados a cursos de qualificação técnica. “Esse programa ajudará a promover a empregabilidade e a geração de renda dessa parcela da população em situação de vulnerabilidade”, afirmou o presidente da CNI, Robson Andrade. (Texto: Agência CNI - editado)

Comércio, infraestrutura e inovação foram os temas na agenda do Fórum Empresarial do BRICS realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 13 de novembro, em Brasília. A reunião, que aconteceu como evento do Cebrics (Conselho Empresarial do BRICS) e paralelo à cúpula dos chefes de Estado e governos do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, contou com a participação de 800 representantes dos governos e do setor privado desses países. O presidente da FIEAM, Antonio Silva, que acompanhou os debates, disse que os líderes definiram 23 propostas do setor privado que seriam apresentadas aos chefes de Estado na Cúpula do BRICS, no dia seguinte, no Palácio do Itamaraty. Criado em 2013, durante a V Cúpula do BRICS, o Cebrics conta com representantes de todos os países. A CNI é a responsável pela secretaria executiva da Seção Brasileira do Conselho, que é composta por Weg, Vale, BB e BRF, e liderada pela Embraer.

No encerramento do Forum, Antonio Silva cumprimenta o presidente da Rússia, Vladimir Putin FIEAM Notícias - 17


TRANSIÇÃO RUMO À MATURIDADE TECNOLÓGICA PESQUISA DA UFAM MEDE O NÍVEL DE MATURIDADE TECNOLÓGICA E PRONTIDÃO DA INDÚSTRIA 4.0 EM SETORES DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS COM RECURSOS PARA INVESTIR EM P&D 18 - FIEAM Notícias


Pelo menos 57% das empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) com recursos para investir em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) reconhecem a importância da chamada Indústria 4.0, embora ainda não façam uso das novas tecnologias. Por outro lado, 92% dos empregados dessas empresas têm pouca ou nenhuma habilidade digital. Essas informações constam de pesquisa realizada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), para medir o nível de maturidade e prontidão da Indústria 4.0 nesse universo que representa 47% das empresas do PIM. Ao apresentar a pesquisa, em reunião de diretoria da instituição, o diretor adjunto da FIEAM e professor da Ufam, Sandro Breval, disse que o resultado mostra oportunidades de melhorias na produção e até de treinamento de mão de obra. “Percebemos, por exemplo, que 71% das lideranças apoiam a transição para Indústria 4.0, muito embora não contemplem nas suas estratégias, então é de se pensar e observar melhorias”, ressaltou. As indústrias que possuem recursos para investir em P&D são das áreas de eletroeletrônico, termoplástico, papel e papelão. De acordo com Breval, na primeira amostragem desenvolvida pelo estudo, o modelo adotado na pesquisa se baseia em quatro níveis de maturidade: digital, tecnológico, transição e avançado, com três grandes eixos, Tecnologia e Operações, Ecossistema de Negócios e Interoperabilidade, sendo este último o principal item da indústria 4.0. As indústrias foram avaliadas na entrada dos seus processamentos e na saída, tentando enxergar os conceitos da Indústria 4.0. “Não adianta eu ter ferramentas se eu não tiver pessoas com capacidade para executar e operacionalizar. Precisamos andar e acompanhar esse movimento de melhoria e esse estudo nos mostra diferentes oportunidades de melhoria que podemos aplicar nas empresas do PIM”, disse o 1º vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo. Por meio de análise das variáveis do estudo, é possível calcular o nível de maturidade das empresas pesquisadas. Na variável que vai de 1 a 4, empresas com 1 e 2 já têm algo de Tecnologia da Informação (TI) e digitalização, mas quase nada de Tecnologia em Automação (TA); nível 3, empresas que têm algo de automação, mas muito incipiente; e o nível 4 as empresas que já têm uma carga maior de TI e TA, que é exatamente a manufatura avançada e inserção de tecnologia de forma aprofundada. “O PIM está em 2,54, ou seja, encontra-se exatamente no momento de transição em seu nível de maturidade. Precisamos olhar para algumas características desse

resultado. É necessário aumentar a interoperabilidade, melhorando a visibilidade da cadeia de suprimentos e, sobretudo, colocando a indústria 4.0 no âmbito das estratégias das empresas”, analisou Breval. A pesquisa também detectou baixa customização de produtos, baixa modelagem digital e baixa evidência de indústria 4.0 na estratégia, além da ausência de visibilidade e estoque em tempo real. “Os resultados mostram quais são os gaps para a gente poder evoluir no que se chama Indústria 4.0. Então, mais do que saber que ainda tem muita coisa por fazer é ter um mapa de onde você tem que atuar. Temos visto que não adianta colocar robôs, sensores e câmeras se as pessoas não tiverem preparadas para interagir com esse mundo”, observou o coordenador de Ciência, Tecnologia e Inovação da FIEAM, Roberto Garcia.

SENAI já oferece cinco cursos da Indústria 4.0 O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas) já conta com cinco cursos básicos na área da Indústria 4.0. Ao longo do primeiro semestre de 2020, esses cursos serão oferecidos para turmas fechadas em atendimento ao edital da Secretaria Municipal de Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi). No segundo semestre, de acordo com o gerente de Educação Profissional do SENAI Amazonas, José Nabir de Oliveira Ribeiro, a grade Indústria 4.0 será oferecida às indústrias e ao público em geral. Os cursos da Indústria 4.0 são: 1. Conectando a Indústria Avançada Entender os conceitos e simular a inserção de inteligência e conectividade na fabricação de um produto; 2. Internet das Coisas (IoT) - Principais ferramentas, protocolos de comunicação, linguagens de programação e dispositivos eletroeletrônicos; 3. Realidade Virtual e Aumentada - Conhecer sobre criação de simulações e aplicações, usando os softwares Unity3D e o SDK; 4. Explorando o Big Data - Compreender o que é e a importância que tem para as empresas; 5. Fundamentos da Inteligência Artificial Fornecer o conhecimento necessário para construir um sistema inteligente e realizar aplicações.

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MUNDO ÁRABE VÊ POTENCIAL PARA INVESTIR NO AMAZONAS O potencial para investimento e as novas oportunidades de negócios com o Brasil foram alguns dos assuntos apresentados por representantes da Liga dos Estados Árabes (LEA) em reunião com empresários amazonenses na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). No centro de interesse do grupo despontaram segmentos como fármacos, cosméticos e alimentos. O presidente da FIEAM, Antonio Silva, disse que a aproximação do Amazonas com os países árabes possibilita um importante elo comercial, turístico e cultural, pelos laços históricos que a região possui com o Oriente Médio, com destaque para os países árabes. “Reunimos aqui na FIEAM representantes de produtos sustentáveis nos segmentos de cosméticos, fármacos e também alimentícios que estão voltados a abrir novas oportunidades que possam vir a beneficiar a economia e o intercâmbio entre as nossas nações amigas”, disse Antonio Silva. Para o embaixador da Palestina e decano do Conselho de Embaixadores, Ibrahim Alzeben, o Brasil e o Amazonas têm potencial para oferecer muito mais

do que oferecem hoje e é preciso que as relações firmadas sejam de mão dupla para beneficiar os dois lados. Sobre as oportunidades, o secretário da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour, revelou grande interesse dos países árabes na importação de produtos fármacos e cosméticos. Segundo o representante da missão árabe em Manaus, os produtos brasileiros são de qualidade, mas não são bem vendidos. “Fizemos uma pesquisa no final do ano passado para saber o que ainda distancia o mundo árabe do brasileiro e os resultados apontaram que mais de 70% dos brasileiros e dos árabes se reconhecem como bons parceiros comerciais, portanto, existem alguns obstáculos dentro dessa relação que precisamos resolver”, apontou ele. Para fortalecer as relações entre os estados membros e o Brasil, segundo Mansour, é preciso romper obstáculos como as barreiras linguísticas, ausência de acordos bilaterais para livre comércio e isenção de bitributação, transporte e logística, além de agilidade para obtenção de visto. Para ele, uma das principais soluções para esses obstáculos está no relacionamento dos investidores com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que articulam e é a “casa dos árabes” no país para articular negócios com os empresários. “Percebemos que dentre os estados brasileiros para os árabes, o Amazonas foi o 20º principal estado exportador e o 12º estado importador, isso certamente pela Zona Franca de Manaus (ZFM). É preciso conectar mais as duas partes e promover o desenvolvimento, econômico, social e cultural”, disse ele. Conforme dados apresentados pelo secretário da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, 22% dos brasileiros desejam conhecer os países árabes e isso, segundo ele, é muito pouco em relação a um universo muito maior de habitantes existentes no país. Outra possível área de investimento está no turismo que, de acordo com Mansour, é o primeiro passo para atrair negócios de ambos os lados, levando o empresário a conhecer e, posteriormente, negociar investimentos. O encontro contou com a presença dos representantes das empresas Pronatus do Amazonas, Pharmakos D’ Amazônia, Virrosas e Real Bebidas, além dos 22 integrantes da Liga Árabe, os embaixadores da Palestina, da Mauritânia, Marrocos, Tunísia, Sudão, Egito, Estados Árabes), e os encarregados de negócios da Embaixada do Reino Hashemita da Jordânia, e da Embaixada da Líbia (Osama Ibrahim Ayad Sawan).


‘Operação Acolhida’ busca emprego para imigrantes A cidade de Pacaraima, localizada a 213 km de Boa Vista (RR), recebe por dia, em média, 535 imigrantes venezuelanos, segundo dados da Polícia Federal apresentados pelo coronel do Exército, Pedro Souza Holanda, em reunião com empresários na sede da FIEAM. Cerca de 180 mil imigrantes venezuelanos registraram entrada no Brasil, entre 2018 e 2019, e não deixaram o país. “Nós temos a missão de realizar a interiorização dos imigrantes em situação de vulnerabilidade, provenientes da Venezuela, a fim de permitir sua integração socioeconômica e manter o ordenamento da fronteira em Pacaraima e o abrigamento de imigrantes vulneráveis na interiorização”, explicou Holanda. Dentro desse processo da chamada “Operação Acolhida”, que envolve 11 ministérios e conta com o apoio de organizações da sociedade civil e de diversas agências da ONU, o programa está com foco agora não só no ordenamento da fronteira e na interiorização, mas principalmente nas oportunidades de emprego para essa população. “Precisamos desse auxilio da empregabilidade. Não tem como Boa Vista sustentar esse número diário de imigrantes. No momento, o grande foco é retirar de lá e mandar para algum outro Estado”, disse ele. Com um Posto de Interiorização e Triagem (PIT) da Operação Acolhida, no estado, mais de 36 mil imigrantes estão

cadastrados no sistema, por onde são identificados a partir de dados, como formação, experiências e conhecimentos do mercado de trabalho. No cadastro é salvo o perfil de cada imigrante com histórico de formação e atuação na Venezuela. A ideia com esse banco de dados, segundo Holanda, é que as empresas de todo lugar do Brasil, demandem suas oportunidades de vagas para o programa e abram oportunidades de emprego também para os venezuelanos. O coronel explica que existe também todo apoio social para o imigrante, uma vez selecionado, sair de Boa Vista e se instalar no novo Estado, com um mês de aluguel social, cesta básica e auxilio em todo o processo de logística. “Ele não sai de qualquer forma, ele ganha CPF, Carteira de Trabalho e todas as vacinas necessárias, ou seja, preparamos esse imigrante de modo que ele realmente saia de lá em condições de se integrar à sociedade”, ressaltou Holanda. Para o vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, as atividades de proteção e assistência aos venezuelanos que chegam ao Brasil pela fronteira com Roraima, são extremamente necessárias e meritórias a todos os envolvidos na Operação Acolhida. Os interessados nesse processo, podem falar com a célula de Interiorização da Operação Acolhida pelo e-mail interiorizacao@ftloghum.eb.mil.br, ou na central de vagas pelo Whatsapp: (95) 99905 2173.

Investimentos de US$ 651 mi

Mais de 500 imigrantes cruzam a fronteira do Brasil com a Venezuela, diariamente, e são recebidos pela “Operação Acolhida”, que envolve 11 ministérios no Brasil FIEAM Notícias - 21

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EVENTO

O presidente Jair Bolsonaro discursa na abertura da fesPIM e volta a garantir a ZFM

A Zona Franca como garantia PROMOVIDA PELO INSTITUTO PIATAM, COM APOIO DA SUFRAMA, A FEIRA DE SUSTENTABILIDADE DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS, EM NOVEMBRO, CONTOU COM A PRESENÇA DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, QUE VOLTOU A FALAR DA IMPORTÂNCIA DA ZONA FRANCA PARA O BRASIL

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C

om 130 expositores do segmento industrial e pelo menos 40 mil visitantes nos três dias do evento, de 27 a 29 de novembro, a Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus, a fesPIM, foi apresentada como um novo conceito na defesa do modelo Zona Franca de Manaus. Logo na abertura, o presidente Jair Bolsonaro, convidado de honra, foi ovacionado ao afirmar para uma plateia de empresários e políticos que lotaram o Centro de Convenções do Studio 5, no Distrito Industrial, que a ZFM garante o domínio do Brasil sobre a região. “Enquanto existir (a ZFM) a Amazônia é do Brasil”, discursou. Acompanhado da esposa, Michele, Jair Bolsonaro recebeu em primeira mão aos números então mais recentes do desempenho do PIM em 2019, como o faturamento, considerado àquela altura o maior dos últimos seis anos, de acordo com o superintendente da Suframa, coronel Alfredo Menezes. E ouviu as reivindicações do prefeito de Manaus, Arthur Neto, sobre a necessidade de investimentos em infraestrutura para salvar o modelo de desenvolvimento regional. “Vossa excelência tem sido muito correta e consequente quando diz que vai garantir os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus, mas isso não basta, é preciso investir na infraestrutura dela inteira”, disse Arthur, e citou alguns dos itens que também estão na pauta atual do segmento industrial amazonense, como telefonia e internet, novo sistema portuário, transformação dos rios em rede hidroviária, recuperação da BR-319, além de investimento sério em capital intelectual e centros de pesquisas. Entre as lideranças do segmento industrial presentes, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, declarou que o PIM e a própria Zona Franca podem se sentir gratificados por motivarem duas visitas do presidente a Manaus em menos de quatro meses. A primeira aconteceu no final de agosto, quando Bolsonaro presidiu a 287ª reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS). Na fesPIM, a FIEAM, junto com o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) dividiu espaço com o Serviço Social da Indústria, SESI, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, SENAI, e o Instituto Euvaldo Lodi, o IEL. O superintendente da Suframa, coronel Alfredo Menezes, reafirmou ainda o papel da Zona Franca de Manaus como fonte de riqueza para a economia local, a prova de que o desenvolvimento e o meio ambiente podem andar lado a lado com a sustentabilidade e a defesa da floresta.

INSTITUTO PIATAM O presidente do Instituto Piatam, Alexandre Rivas, apresentou a instituição, nascida na Universidade Federal do Amazonas, em 2007, como dona de um DNA 100% amazônico. Ao destacar o estudo Instrumentos Econômicos para a Proteção da Amazônia - a Experiência do Polo Industrial de Manaus, elaborado pelo instituto, disse que, pela primeira vez o PIM foi apresentado com rigor técnicocientífico no cumprimento da sua missão original e na produção de uma externalidade altamente benéfica para a região, para o País e para o mundo ao contribuir para a proteção da floresta amazônica. “Com os anos, o PIM tornou-se o maior projeto de proteção de florestas tropicais do planeta”, disse. A fesPIM, segundo Rivas, tem como objetivo não apenas mostrar o que é produzido no Polo, mas além disso mostrar que cada empresa que aderiu está cada vez mais ciente do seu papel para o desenvolvimento sustentável e consequentemente para a proteção da Amazônia. Rivas deu como exemplo de sustentabilidade as cadeiras usadas durante o evento, feitas de papelão reciclado. “Esta feira é uma ação de altíssima relevância e apesar do envolvimento de órgãos públicos não utilizou sequer R$ 1,00 de dinheiro público. “Tudo o que temos aqui e na feira foi patrocinado por empresas do PIM, o que mostra o aumento da responsabilidade e consciência coletiva da importância do Polo e dos desafios que teremos pela frente, pois está na hora de mudarmos de uma economia fóssil para uma bioeconomia”, disse. O evento de abertura da fesPIM contou ainda com a presença dos governadores do Acre e de Roraima, respectivamente, Gladson Cameli e Antonio Denarium, além do governador do Amazonas, Wilson Lima.

O presidente do Instituto Piatam, Alexandre Rivas, fala na abertura FIEAM Notícias - 23


PESQUISA

INDÚSTRIA CONHEC

U

m centro tecnológico para atuar como intermediário entre indústria e produtores de conhecimento. Esse é o novo perfil do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), de acordo com o gestor Fábio Calderaro, que apresentou a instituição ao segmento industrial, em reunião na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). Segundo ele, as novas ações buscam inserir os produtos da Amazônia entre os negócios da Zona Franca de Manaus (ZFM). De acordo com Calderaro, o objetivo do CBA,

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institucionalmente, foi definido para apoiar as demandas das empresas de biotecnologia instaladas na região, assim como fomentar a bioindústria e orientar a pesquisa aplicada, no desenvolvimento tecnológico, na transferência de tecnologia e na prestação de serviços. Esse objetivo, segundo o gestor, não aconteceu ao longo dos 18 anos de existência do CBA por diversos fatores, entre eles, o excesso de regulamentação para a atividade de pesquisa e licenças de acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado às


CE PROJETO DO CBA várias disputas pelo controle do centro entre os ministérios envolvidos no programa e a falta de mecanismos que gerassem atratividade para as empresas de biotecnologia. Agora vinculado à Suframa, o CBA deve atuar na intermediação dos produtores de conhecimento (universidades e Instituições de pesquisa científica e tecnológica e desenvolvedores de produtos (indústria). “O que está sendo proposto pela Suframa é que a nova estrutura seja operada por empresas, em regime de seção temporária, através de chamamento público, obedecendo a determinados critérios”, disse Calderaro. Dentre os vários fatores que levaram o antigo projeto ao fracasso, Calderaro destacou a falta de personalidade jurídica do CBA, fase que já foi incluída no novo projeto para criação imediata, no qual será solicitada por meio do Marco Legal da Inovação – Lei 13.243, de 11 de janeiro de 2016. A organização do projeto CBA tem, entre outros desafios, a criação da personalidade fiscal, manter as atuais pesquisas por meio de bolsas, realizar a autodeclaração de Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) e a criação do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT). O presidente da FIEAM, Antonio Silva, disse estar disposto a ajudar o órgão no que for necessário, principalmente com a obtenção da personalidade jurídica, que de acordo com Silva, já vem sendo solicitada há muitos anos pelos empresários da indústria, que lutam até hoje para que o CBA entre em funcionamento e contribua para a economia amazonense. O CBA será uma associação com características de uma organização da sociedade civil de interesse público, sem fim econômico, de direito privado, com autonomia administrativa e financeira. Calderaro diz que entre as fases prioritárias do projeto está a aproximação do CBA com o mercado. “Estamos preparando o CBA para receber empresas de base tecnológica, cinco empresas encubadas até maio de 2020 e 10 empresas até 2021”, disse ele. A atuação do CBA será voltada para bioprospecção em rede, além de servir de estímulo às cadeias produtivas e inclusão de provedores com apoio à produção de

comunidades tradicionais e promovendo investimento de PD&I em comunidades ribeirinhas. Outra atuação será no apoio às instituições governamentais com assessoria para assuntos estratégicos, para políticas públicas e decisões de governo, utilizando o Processo Produtivo Básico (PPB) para gerar atratividade de empresas geradoras de demandas de produtos da biodiversidade, com inclusão de plantas medicinais amazônicas na farmacopeia brasileira. A reunião na FIEAM contou com a participação do superintendente da Suframa, coronel Alfredo Menezes, e do superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional, da Suframa, coronel Alcimar Martins, além da nova presidente do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), pesquisadora-doutora Antônia Maria Pereira.

O novo gestor do CBA, Fábio Calderaro, apresenta projeto na reunião da FIEAM

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GINCANA AMBIENTAL

3,0 tone de resíd D

epois de 22 dias de buscas nos arredores da escola, os alunos do Centro Educacional de Tempo Integral Áurea Braga, no bairro Compensa, zona Oeste de Manaus, colheram os frutos da 1ª Gincana Ambiental – Jogando Limpo com a Natureza, na terçafeira, 26 de novembro. Junto com a premiação pelas 3 toneladas de resíduos recolhidos, os participantes compartilharam a experiência que mudou a visão da maioria sobre o significado de reciclagem, poluição, meio ambiente, natureza e até formação de caráter. A aluna do 7º ano, Laysa Mirlane, de 12 anos, conquistou o 1º lugar na premiação individual e disse que a experiência de coletar 13,4 mil itens mudou a sua forma de ver o mundo. Mesmo que tenha contado com a ajuda da avó, dona Aurimar, de 66 anos, Laysa recolheu quase a mesma quantidade da turma do 9º ano, que ficou com o prêmio coletivo, com 15.982 itens. Tendo seu esforço reconhecido pelos colegas, que a aplaudiram muito, gritando seu nome, no auditório da escola lotado, Laysa se emocionou ao receber como prêmio uma TV da marca Samsung Full HD, de 43 polegadas. Ela mora no Beco João do Rio, na Compensa, com a avó, e pretende um dia se formar como veterinária ou pediatra. À frente da turma do 9º ano, detentora do prêmio coletivo, a professora Ana Paula Teixeira Farias também foi agraciada com o 1º lugar na premiação entre os professores, e recebeu um vale-compras no valor de R$ 600,00. A turma foi premiada com uma visita às instalações da fábrica da Coca-Cola em Manaus, e à empresa Brasil Coleta, uma das organizadoras do evento. Promovida pelo Sindicato das Indústrias de Alimentação de Manaus, por meio da gerência de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), e também pelas

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empresas Virrosas e Frigelo, a gincana envolveu dez turmas do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, o que representa pelo menos a metade dos 985 alunos matriculados no Ceti Áurea Braga em 2019. Foi a realidade do lixo que há anos vem poluindo o Igarapé do Franco que inspirou o empresário Pedro Monteiro, sócio-diretor da Virrosas e presidente em exercício do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Manaus, a criar o projeto. A centenária fabricante do vinagre Virrosas está localizada justamente na fronteira dos bairros Santo Antonio e Compensa, e a poucos metros do igarapé, um dos remanescentes da bacia do São Raimundo. “Quando o presidente do Sindicato nos procurou e propôs a criação desse projeto, a intenção era aliar a educação ambiental com algo que pudesse se materializar também em atitudes contínuas e sustentáveis para inserir a logística reversa no cotidiano das pessoas”, disse a gerente e coordenadora de Meio Ambiente, Recursos Naturais e Responsabilidade Social da FIEAM, Renée Fagundes Veiga. Ao abrir a cerimônia de premiação, Renée pediu que os alunos ali presentes usassem a imaginação numa conta simples. “Com o nosso projeto, nós conseguimos coletar quase 3 toneladas de resíduos. E se eu disser para vocês que a Semulsp (Secretaria Municipal de Limpeza) retirou do igarapé do Franco 227 vezes esse volume no curto espaço de janeiro a setembro deste ano. Eu sei que vocês vão pensar mais sobre isso a partir de agora”, disse ela. Uma parte importante na programação da Gincana, junto com a apresentação dos Garis da Alegria, grupo oficial de divulgação dos trabalhos da Semulsp, foi a distribuição de exemplares de uma cartilha de logística reversa pelo Sindicato de Alimentação e FIEAM. A partir dessa primeira experiência, segundo a gerente da FIEAM, a ideia é expandir para outras


eladas duos áreas da cidade, talvez até mesmo fazendo um evento maior e com todas as escolas de Manaus. A participação ativa do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Manaus, desde a concepção até o financiamento do projeto, mostra, segundo Renée, o nível do engajamento das empresas do PIM na questão ambiental. Para ela, essa troca de experiências e ideias com o empresariado é muito gratificante, pois ajuda a compreender que as empresas atuam de maneira preventiva na minoração dos impactos ambientais e sociais de suas atividades. Além do empresário Pedro Monteiro, a entrega dos prêmios contou com a participação do gerente jurídico do Grupo Simões, Daniel Crepaldi Diaz, do diretor da Brasil Coleta, Fabiano Sá, e do secretário da Semulsp, Paulo Farias.

A gerente de Meio Ambiente da FIEAM, Renée Veiga, com a gestora do Ceti Áurea Braga, Eliana de Almeida (direita); no alto e à esquerda, o secretário Paulo Farias, o diretor da Brasil Coleta, Fabiano Sá, o gerente do Grupo Simões, Daniel Diaz e o empresário Pedro Monteiro, com a aluna Layza Mirlane (com a TV) FIEAM Notícias - 27


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JOGOS SESI

NA RAÇA com estilo MAIS DE 5 MIL TRABALHADORES ATLETAS DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS, LEVARAM NA RAÇA, DURANTE MAIS DE SEIS MESES, A 19ª EDIÇÃO DOS JOGOS SESI. O RESULTADO VOCÊ CONFERE AQUI.

T

erminou em festa a 19ª edição dos Jogos SESI, em 29 de novembro, na Arena da Amazônia, com direito a rodada dupla nas finais do futebol e entrega de medalhas e troféus nas seis modalidades da competição: futebol de campo, futebol sete (máster e principal), futsal, vôlei de quadra e vôlei de praia. Para as empresas Moto Honda e Salcomp, a vitória em campo no futebol masculino e feminino, respectivamente, coroou as melhores campanhas em toda a competição, em 2019, nos dois naipes. Iniciados em abril, os Jogos SESI reuniram, em sete meses, cerca de 5 mil trabalhadores-atletas de 138 empresas do Polo Industrial de Manaus. O time bicampeão da Moto Honda não teve dificuldade para vencer o time da Nissin Brake, repetindo o resultado da final de 2018. Mas, ao contrário daquele ano, com decisão nos pênaltis, agora a Honda cravou os 3 gols que definiram o placar no tempo regulamentar. A Nissin reagiu no final do segundo tempo e o atacante Adeilson ainda conseguiu furar a zaga adversária e deixar a sua marca com um gol. O técnico Rodnei de Freitas reclamou da arbitragem que, segundo ele, fez vista grossa para um pênalti “claríssimo” da Honda, o que,

na sua avaliação, poderia ter mudado o rumo da partida. Não deu. Os gols da Honda foram marcados por Ulisses, logo aos 12 minutos do primeiro tempo, por Sérgio e Tony Panza, este no segundo tempo. Na torcida da Honda, um trio de esposas aguardava ansioso o início da partida para ver os maridos em campo. Mesmo sem entender absolutamente nada de futebol, Larissa Carvalho, 31, Brenda Maciel, 25, e Irlane Duarte, 24, prometiam muitos gritos se os gols viessem. Além de morar na mesma região, entre os bairros de Santa Luzia e Morro da Liberdade, na zona Sul, as três famílias têm outro fator que favorece a união além do futebol: os respectivos maridos atuam nos mesmos setores de pintura e solda da Moto Honda da Amazônia. Na fileira abaixo, o samba não parava um minuto, com os quatro integrantes do grupo de pagode Sem Compromisso, contratado da terceirizada da Honda, LMaximus. Surdo, caixa, repique e chocalho seguraram o ritmo até o fim, sob o comando de José Luiz, 21. Na segunda torcida mais numerosa e menos barulhenta, a da GBR, que disputou e perdeu para a Salcomp a final, no feminino, por 4 a 0, a ex-jogadora Adaíde Nascimento, 46, tentava levar o seu time para

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frente no grito, ora reclamando da técnica, ora indicando uma jogada de gol. Adaíde, que trabalha na GTEC, um consórcio de empresas que atende à GBR, achou muito justa a homenagem que o SESI fez à colega, Elis Regina da Costa Brito, a Balão, que fez sua despedida do futebol na partida contra a Salcomp. Antes do início das duas partidas, Elis Regina, aos 49 anos, recebeu das mãos do diretor do SESI Clube, Paulo Roberto Silva, um diploma de reconhecimento por sua atuação em 35 anos de futebol. No currículo, Balão, como é conhecida no meio esportivo, tem atuações pelo Fast, Sul-América, São Raimundo, Rio Negro e Nacional. Depois de se tornar uma lenda local no futebol feminino, sendo bicampeã da Taça Brasil, Elis Regina diz que sempre jogou por amor ao esporte. “Meu foco era jogar na seleção brasileira e me dediquei bastante para que isso acontecesse, mas na época nós fomos esquecidas”, disse a atleta, que sempre jogou na posição de meia-atacante. No currículo, o orgulho de ter jogado contra jogadoras hoje famosas da seleção, como Formiga, Tânia Maranhão, Sissi e Roseli. Na cerimônia de abertura, os times da Moto Honda, Salcomp, GBR e Nissin Brake ocuparam todo o

gramado da Arena da Amazônia para formar o laço (humano) símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a Aids, iniciativa do SESI para mostrar o compromisso da instituição com esta causa na antevéspera do dia mundial de luta contra a Aids.

FAIRPLAY Depois de dar o pontapé dando início ao jogo entre Moto Honda da Amazônia e Nissin Brake, o gerente geral da Honda, João Batista Coelho Mezari, disse que só tinha a agradecer ao SESI, junto com a FIEAM pela realização do evento. “Os jogos são muito importantes para a indústria amazonense como um todo, principalmente por proporcionar saúde aos trabalhadores. Já estamos há quatro anos consecutivos nas finais dos Jogos SESI”, disse o diretor, já comemorando antecipadamente, o bicampeonato. Na foto, Mezari, com o diretor da Nissin, Makoto Shimaoka, depois do chute inicial da final

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O presidente do Basa, Valdecir Tose, na reunião da FIEAM

JOGOS SESI 2019 Resultado final dos Jogos SESI 2019: Placar final – Modalidades: Futebol 7 Master Philco 1º lugar Moto Honda 2º lugar Mitsuba 3º lugar Futebol 7 Principal Masculino CTK 1º lugar Mitsuba 2º lugar Ocrim 3º lugar

Futsal Feminino Salcomp 1º lugar Keihin 2º lugar Transire 3º lugar

Vôlei de praia feminino I-Sheng 1º lugar Salcomp 2º lugar Yamaha 3º lugar

Futsal Masculino CTK 1º lugar Semp TCL 2º lugar Salcomp 3º lugar

Vôlei de praia masculino Moto Honda 1º lugar Yamaha 2º lugar I-Sheng 3º lugar

Vôlei de quadra feminino Salcomp 1º lugar Moto Honda 2º lugar BIC 3º lugar Vôlei de quadra masculino Moto Honda 1º lugar I-Sheng 2º lugar Yamaha 3º lugar

Futebol masculino Moto Honda 1º lugar Nissin Brake 2º lugar Philco 3º lugar

Campeãs gerais: Feminino Salcomp 1º lugar I-Sheng 2º lugar (20 pontos) Yamaha 3º lugar (14 pontos) Masculino Moto Honda 1º lugar Philco 2º lugar CTK 3º lugar

Futebol Feminino Salcomp 1º lugar GBR 2º lugar Honda 3º lugar

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DIRETORIA

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FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO AMAZONAS - FIEAM Presidente Antonio Carlos da Silva 1º Vice-Presidente Nelson Azevedo dos Santos 2ª Vice-Presidente Wilson Luiz Buzato Périco 3ª Vice-Presidente Tereza Cristina Calderaro Corrêa Vice-Presidentes Roberto de Lima Caminha Filho Aldimar José Diger Paes Carlos Alberto Rosas Monteiro Frank do Carmo Souza Amauri Carlos Blanco Sócrates Bomfim Neto Agostinho de Oliveira Freitas Júnior Luiz Augusto Barreto Rocha Luiz Carvalho Cruz Sebastião do Nascimento Guerreiro Sebastião Montefusco Cavalcante Júnior Cláudio Antonio Barrella Williams Teixeira Barbosa 1º Secretário Orlando Gualberto Cidade Filho 2º Secretário Roberto Benedito de Almeida 3º Secretário Mateus de Oliveira Araújo 1º Tesoureiro Jonas Martins Neves 2º Tesoureiro Augusto Cézar Costa da Silva 3º Tesoureiro Pedro de Faria e Cunha Monteiro

Diretores Frank Lopes Pereira Miron Osmário Fogaça Paulo Shuiti Takeuchi Frank Benzecry Joaquim Auzier de Almeida Celso Piacentini Ana Paula Franssinetti Sarubi Perrone Ivana Vidéo Paes Rodrigo Gomes de Morais Felipe Matheus Tavares Almeida Mario Sérgio Melo Lima José Djanir Cavalcanti Júnior Liberalino Rodrigues Machado Filho Abílio Liberal Budoia Filho Gerson Yoshiharu Aoki João Batista Coelho Mezari Robério Linhares Arruda José Carlos Evangelista da Silva Antonio Valentin da Costa Feijão Zacarias Bichara Neto José Wender de Amorim Xavier Gustavo Oliva Souza Jeremias Lobato da Trindade Conselho Fiscal/Titulares: Carlos Alberto Marques de Azevedo Celso Zilves Amilton Cestari Suplentes Alcy Hagge Cavalcante Carlos Alberto Souto Maior Conde Carlos Astrogildo Bernardo Cruz Delegado representante junto ao Conselho da CNI/Titulares Antonio Carlos da Silva Nelson Azevedo dos Santos Suplentes Carlos Alberto Rosas Monteiro Wilson Luiz Buzato Périco

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