REVISTA FIEAM ED 97

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Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

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Robótica entra em órbita no SESI


Divulgação

índice

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Meirelles recebe carta da Indústria no Amazonas

12 Mostra de Gestão e Melhorias para a Qualidade reúne 29 finalistas do PQA

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instalações da indústria Tutiplast Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

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Robótica entra em órbita no SESI

Capa Montagem sobre foto do Banco de Imagem/DCM

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Revista editada pelo Sistema FIEAM DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM) Paulo Roberto Gomes Pereira

REDAÇÃO Cristiane Jardim Mario Freire - MTE 092/AM

COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO Idelzuita Araújo - MTE 049/AM

COLABORAÇÃO Renata Soares PROJETO GRÁFICO Herivaldo da Matta - MTE 111/AM PUBLICIDADE Andressa Sobreira

FOTOGRAFIAS Heider Betcel e Divulgação O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores. Av. Joaquim Nabuco, 1919 - Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 3186-6576 Fax: (92) 3233-5594 www.fieam.org.br acs@fieam.org.br faleconosco@fieam.org.br


8 Nova diretoria do Sindicato dos Calçados toma posse

10 FIEAM e Sindicatos são apresentados à “Operação Acolhida”

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Dupla do SENAI fica em terceiro em Mecatrônica

Endereços no Twitter @fieam / @sesiamazonas @senaiamazonas / @ielamazonas Acesse o perfil do Sistema FIEAM no Facebook Canal do Sistema FIEAM no YouTube youtube.com/user/fieam

editorial

Antonio Carlos da Silva (Presidente do Sistema FIEAM)

Quero dedicar aqui a minha torcida a todos os estudantes que vão participar da nova temporada do Torneio de Robótica, competição que o SESI Amazonas promove com muito empenho desde 2013 e que, neste ano, vai acontecer nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, envolvendo estudantes de escolas públicas e particulares. Mais que uma competição, o torneio deve ser uma excelente experiência de aprendizado, de relacionamento, e do conhecimento compartilhado em equipe. Neste ano, no lançamento do Torneio de Robótica 20182019, em Manaus, tivemos o privilégio de contar com a presença do tenente-coronel da Força Aérea Brasileira, reformado, Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro e sul-americano a ir ao espaço a bordo da nave russa Soyuz, na “Missão Centenário”, o que aconteceu em 2006 em comemoração aos cem anos do vôo de outro ilustre brasileiro, Santos Dumont, no avião 14 Bis, realizado em 1906. Marcos Pontes, para nossa alegria, aceitou o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para comandar o Ministério da Ciência e Tecnologia, e disse em Manaus estar muito feliz pela oportunidade de participar deste novo governo em uma área que tem sido sua vida por 41 anos. O nosso astronauta vem percorrendo o Brasil, inclusive nas escolas da Rede SESI, motivando os jovens que desejam ingressar em carreiras de ciência e tecnologia, além de auxiliar na formação de professores e na orientação sobre como devem funcionar as escolas técnicas. Tem sido um defensor entusiasta do uso da tecnologia, no dia a dia, como solução para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Como sabemos, as escolas da rede SESI são orientadas para suprir as necessidades do mundo do trabalho e, diante desse desafio, adotam metodologias e currículos inovadores, também com foco na Ciência, na Tecnologia, Engenharia e Matemática. Com a Robótica Educacional, incluída no currículo das escolas SESI, temos então educação tecnológica e inclusão digital, com a linguagem de programação, voltada ao empreendedorismo. No Amazonas não é diferente. Aqui os alunos do ensino fundamental ao médio são estimulados a usar a imaginação e a criatividade para investigar problemas e buscar soluções inovadoras que contribuam para um mundo melhor. Do primeiro ao quinto ano, os alunos têm aulas semanais de Lego, onde aprendem os conceitos de Engenharia Básica, Mecânica, Raciocínio Lógico e Construção, o que vem sendo explorado nas sucessivas edições do Torneio de Robótica FLL tanto em nível regional quanto nacional. Aos estudantes, que vão participar da nova temporada do Torneio dedico a minha torcida para que, mais que uma competição, seja uma excelente experiência de aprendizado, de relacionamento, e do conhecimento compartilhado em equipe.

Como sabemos, as escolas da Rede SESI são orientadas para suprir as necessidades do mundo do trabalho e, diante desse desafio, adotam metodologias e currículos inovadores, também com foco em Ciência, na Tecnologia, Engenharia e Matemática

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Em órbita com o SESI Confirmado como o próximo ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta brasileiro Marcos Pontes fez palestra em Manaus, em 31 de outubro, a convite do SESI Amazonas como parte do lançamento do Torneio de Robótica com o tema “em órbita”

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ara lançar a temporada 2018-2019 do Torneio SESI de Robótica First Lego League (FLL), que terá como tema “Into Orbit” (em órbita, em inglês), o SESI foi buscar o astronauta Marcos Pontes, que capitaneou a primeira missão espacial vivida por um brasileiro, em 2006, batizada como “Missão Centenária” em alusão aos 100 anos do voo de Santos Dumont no 14 Bis. O torneio será realizado nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, no SESI Clube do Trabalhador. Antes de falar sobre sua experiência em órbita para uma entusiasmada plateia de aproximadamente 600 pessoas, Marcos Pontes recebeu a confirmação do convite feito pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para ser o futuro ministro de Ciência e Tecnologia. Tenente-coronel da reserva, da Aeronáutica, Pontes recebeu a confirmação do convite enquanto se reunia com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Antonio Silva, antes do evento promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas), no SESI Clube do Trabalhador. “Já estava na expectativa e agora recebi a confirmação, fico feliz e agora tenho muito trabalho pela frente. É uma decolagem para cumprir uma missão”, declarou Pontes. Saudado por uma plateia formada

basicamente por professores e alunos que vão competir no Torneio de Robótica FLL, Pontes centrou sua palestra na motivação dos alunos: “estude, trabalhe, persista e sempre faça mais do que esperam de você”, recomendou o astronauta, que falou detalhes da sua experiência e treinamento fora do planeta. Segundo Pontes, a busca por crianças e jovens motivados se tornou essencial para ele. “É preciso que os jovens percebam a importância da ciência e tecnologia desde cedo, assim conseguem despertar o interesse e o aprendizado para possibilidades novas de empreendedorismo e se tornam confiantes para competições como essas do SESI”, disse, alertando que assim como na sua época de escola os jovens precisam criar e buscar novas oportunidades. A importância da robótica e do SESI no incentivo da ciência e tecnologia para os jovens foram ressaltados pelo astronauta como diferenciais que fizeram parte da sua trajetória como ex-aluno do SESI e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Bauru (SP). “Parabéns para o SESI que traz a robótica no seu dia a dia, hoje com a plateia cheia de novos talentos. Fico na torcida para aqueles que estão competindo nos torneios de robótica. Eu tenho certeza de que terão boas ideias porque vocês são criativos e é exatamente disso que o Brasil espera e precisa”, relatou.

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O presidente da FIEAM, Antonio Silva, apresenta o astronauta Marcos Pontes, no SESI

Astronauta percorre o Brasil Para o presidente da FIEAM e diretor regional do SESI, Antonio Silva, é importante essa participação do astronauta brasileiro e agora futuro ministro Marcos Pontes em um evento que atrai tantos jovens com interesse em ciências. “Marcos Pontes vem percorrendo o Brasil, inclusive as escolas da Rede SESI, motivando os jovens que desejam ingressar em carreiras de ciência e tecnologia, além de auxiliar na formação de professores e na orientação sobre como devem funcionar as escolas técnicas”, disse Antonio Silva. Mestre em Engenharia de Sistemas pela Naval Postgraduate School, (Califórnia-EUA), engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e astronauta profissional especialista de missão (NASA), Marcos Pontes, em sua palestra no SESI Clube do Trabalhador, narrou suas experiências vividas na missão que teve a duração de dez dias e o levou à Estação Espacial Internacional (ISS) em 2006, junto com outros astronautas de vários países.

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Torneio faz 5 anos O Torneio de Robótica FLL, mais que uma competição, segundo o diretor regional do SESI, Antonio Silva, deve ser visto como uma excelente experiência de aprendizado, de relacionamento e conhecimento compartilhado em equipe. O evento completa cinco anos de atuação este ano no Amazonas e, ao longo das temporadas recebeu mais de 180 equipes e aproximadamente 1,5 mil competidores de todos os estados do Norte. A equipe de robótica de Alagoas, Robocamb, representada pelo integrante Leonardo Amorim, 15, do 1º ano do ensino médio, compartilhou no evento a experiência para chegar ao torneio internacional em Arkansas (EUA), em maio de 2018. A equipe ficou entre as dez que representaram o Brasil após o destaque na etapa nacional, em Curitiba. “O conhecimento e a experiência que adquirimos lá foram além do que esperávamos, aprendemos sobre outras culturas, conhecemos novas pessoas e representamos não só Alagoas, mas o Brasil. Foi um momento único”, contou Amorim.


Integrantes da equipe do estado de Alagoas que competiu no Torneio de Robótica, em Arkansas (EUA), Robocamb, Leandro Amorim (direita), e o técnico Eduardo Monteiro

Sonho espacial A participação do astronauta Marcos Pontes e da equipe participante do evento internacional do SESI despertou ainda mais no estudante Davi Oliveira, 7, do 1º ano do ensino fundamental, o interesse não só pela robótica mas também pelas viagens espaciais. Acompanhado da sua mãe Viviane Oliveira, 44, ele foi ao evento vestido de astronauta (foto) e disse que tem como sonho conhecer o espaço.

“Desde mais novo, tudo que é relacionado ao espaço e robôs despertam o seu interesse, então ele mesmo produz objetos com sobras de alguns aparelhos eletrônicos e papelão. Adorei a iniciativa do SESI de montar um evento como esse e trazer uma figura tão importante como o astronauta brasileiro Marcos Pontes, que é a inspiração dele e de muitos outros jovens”, disse a orgulhosa mãe Viviane Oliveira.

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WorldSkills

Dupla do Amazonas fica em 3º lugar na Mecatrônica

Sindicato

Diretoria toma posse no setor de calçados O empresário e vice-presidente da FIEAM, Aldimar José Diger Paes foi reconduzido para um novo mandato à frente do Sindicato das Indústrias de Calçados de Manaus. A nova diretoria tomou posse em 24 de agosto, para o triênio 2018-2021, e recebeu saudações do presidente da FIEAM, Antonio Silva, que colocou a instituição à disposição para atender às necessidades do setor. De acordo com Aldimar Paes, ao longo de 70 anos, o sindicato atravessou muitas mudanças na economia do Amazonas e do Brasil. Ele lembrou que a produção já foi muito representativa para a economia local, principalmente DIRETORIA (2018-2021) nas décadas de 60 e 70. “Hoje o mercado está dominado pelos Presidente: Aldimar José Diger calçados produzidos no Nordeste Paes (A. Paes & Filhos Ltda) e Sul do País e na China”, lamentou. Secretário: Rogério Xavier de Aldimar Paes ainda anunciou Almeida Lima (R X de Almeida aos convidados o mais novo Lima) empreendimento do setor no Tesoureiro: Wilmar Borges de Estado, a Indústria Rio e Sol, Oliveira fabricante de sandálias. “A Rio&Sol já está filiada ao nosso sindicato, Suplentes por meio dos seus representantes, Ivana Vidéo Paes (A. Paes & Socorro Amaral e seu filho Carlos Filhos Ltda) Alberto da Silva Filho”, revelou Alcimar Vidéo Paes (A. Paes & Paes. O empresário também Filhos Ltda) pediu a participação e parceria Izaias Lopes Mota (ILopes Mota de todos para o crescimento da - Me) indústria calçadista.

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Os alunos do SENAI Amazonas, Matheus Oliveira, 21, e Nadia Martins, 19, conquistaram o 3º lugar na seletiva para a Worldskills Kazan 2019, na ocupação Mecatrônica, realizada de 13 a 16 de agosto, em Fortaleza (Ceará). O resultado final tem no 1º e 2º lugares, respectivamente, alunos do Rio Grande do Sul e Bahia. “A Mecatrônica tem um histórico consecutivo de medalhas na Escola SENAI Antônio Simões. A conquista do bronze pelo Matheus e Nadia mostra a superação de desafios, especificamente na realização de provas, durante quatro dias, com elevado grau de complexidade tecnológica envolvendo tomada de decisão assertiva e capacidade de trabalho em equipe”, disse a delegada técnica do Amazonas, Socorro Butel. A competição que durou quatro dias envolveu ao todo seis provas onde os competidores precisaram desenvolver um sistema automatizado para um processo industrial. Segundo o avaliador da ocupação mecatrônica do Amazonas, Marcos Alexandre, existe um percentual de nota por tempo que geralmente varia entre 10 e 20% da nota da prova e é o fator diferencial entre as equipes. “A seletiva foi bem acirrada, mas no primeiro dia tivemos duas provas difíceis e a dupla do Amazonas conseguiu pontuar em quase tudo, se mantendo sempre entre as três primeiras colocações. Até o último dia ficou bem emparelhado, mas por algum detalhe ficamos com o bronze”, disse Alexandre.


Indústria

FIEAM em visita à Tutiplast O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Antonio Silva, acompanhado do vice, Nelson Azevedo, visitou em 22 de agosto, as instalações da Tutiplast Indústria e Comércio Ltda, no bairro Armando Mendes. Além de contemplar uma das principais empresas do setor termoplástico do Polo Industrial de Manaus, a visita representou uma homenagem a seu diretor, o empresário Claudio Barrella, eleito pelo segmento, em maio passado, “Industrial do Ano 2018”. Antonio Silva ressaltou o trabalho realizado nos últimos 24 anos pelo empresário à frente de um dos pilares do parque industrial amazonense, o polo de componentes do PIM. “A geração de emprego e renda que você de forma competitiva no estado proporciona é resultado dos frutos desenvolvidos ao longo desses 40 anos de trajetória no Amazonas. Mais uma vez parabenizo você e sua empresa pela contribuição ao desenvolvimento econômico do estado”, disse Silva. Localizada no bairro Armando Mendes, na zona Leste, a Tutiplast ocupa uma área de 10 mil metros quadrados onde industrializa pelo menos 650 itens, de carregadores para celular às maquininhas do PagSeguro. “Produzimos hoje quase 4 milhões de carregadores e as maquininhas representam 40% da nossa produção”, relatou Barrella, que recebeu do presidente e do vice-presidente da FIEAM um álbum com os registros fotográficos da solenidade de entrega do Mérito Industrial 2018 realizada em maio deste ano no Clube do Trabalhador.

O presidente Antonio Silva (direita) e o vice Nelson Azevedo foram acompanhados pelo diretor da empresa, Claudio Barrella na visita às instalações da Tutiplast, uma das mais fortes do segmento Termoplástico do Polo Industrial de

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Fotos: Marcelo Camargo/ABr_220818

Indústria Solidária FIEAM e sindicatos da indústria são apresentados à “Operação Acolhida”, iniciativa do governo federal, por meio de forçatarefa para integrar imigrantes venezuelanos à sociedade local

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erto de 33 mil venezuelanos já haviam pedido refúgio no Brasil até o mês de junho deste ano. De acordo com as Nações Unidas, 2,3 milhões fugiram da crise no país desde 2014. Em agosto último, a subchefe adjunta de Articulação e Monitoramento da Casa Civil da Presidência da República, Socorro Tabosa, detalhou ao presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Antonio Silva, na sede da instituição, as articulações que estão sendo feitas para integrar os imigrantes do país vizinho à sociedade brasileira. Iniciada em março como projeto de interiorização que busca criar melhores condições de integração para os que cruzam a fronteira, a “Operação Acolhida” estabeleceu a Força-Tarefa Logística Humanitária para Roraima, envolvendo as forças armadas e órgãos das esferas federal, estadual e municipal. Segundo Tabosa, o projeto “saiu dos muros do serviço público” e passou a ser uma atuação do “estado brasileiro”. “O número crescente de imigrantes venezuelanos no país trouxe grandes impactos para os serviços públicos de Roraima, ampliando a demanda local

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por assistência social, saúde e segurança, alterando a rotina das cidades e de suas populações”, explicou Tabosa. A representante do governo federal disse que, no segundo semestre de 2017, era possível perceber que o número de entradas de venezuelanos no Brasil já era maior que o número de saídas, indicando a permanência desses indivíduos no país. A busca por sensibilização dos empresários para contratação de imigrantes venezuelanos é necessária, segundo ela, para estabelecer parceria entre a iniciativa privada e auxiliar na entrada dessas pessoas no mercado. “O Brasil é apenas o 5º na preferência dos venezuelanos para migração; a Colômbia está em 1º lugar, seguida do Chile, Equador e Argentina. A procura desses imigrantes é por países que falem a língua espanhola porque geralmente eles não falam


a português, e por isso estamos com parcerias em cursos para se adaptarem à língua”, disse ela. As ações federais de assistência emergencial aos imigrantes envolvem ordenamento de fronteira, acolhida dos imigrantes e interiorização e desde setembro de 2017, já foram emitidas 5.465 carteiras de trabalho. Na reunião o vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, falou sobre atual situação do mercado de trabalho. "Mesmo considerando que o Brasil atravessa uma grave crise econômica, tendo perdido, apenas no nosso PIM (Polo Industrial de Manaus), cerca de 45 mil postos de trabalho qualificados, achamos que, com trabalho, empenho e parcerias podemos tentar minorar os efeitos dessa trágica situação”, disse Azevedo. O coronel Georges Feres Kanaan apresentou levantamento realizado dentro dos dez abrigos da

operação: 26% dos imigrantes possuem curso superior, 2% pós-graduação e 8% são de nível técnico. A nova lei de imigração foi esclarecida pelo auditor fiscal do trabalho, Luiz Alberto Matos dos Santos, para empresários e demais convidados da reunião. Em fevereiro, o presidente Michel Temer assinou medida provisória e dois decretos que viabilizaram a missão em favor dos imigrantes venezuelanos em situação de vulnerabilidade em Roraima. Segundo o auditor fiscal Luiz Santos, há dois públicos de imigrantes: aqueles não protegidos pela Lei de Migração 13.445; e os solicitantes de residência que são protegidos. “O residente, normalmente, vem impulsionado por uma carência econômica, fome ou doença, e vem buscar melhores condições de vida no país. Só que o residente precisa de uma documentação que o refugiado não tem, então, muitas vezes, pela própria realidade vivida, ele não consegue mais retirar uma simples certidão de nascimento ou passaporte”, disse Santos. No Brasil, segundo ele, vivem menos de um milhão de migrantes, enquanto existem cerca de 3 milhões de imigrantes brasileiros vivendo fora do país.

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MOSTRA

Prêmio tem 29 finalistas A 19ª Mostra de Gestão e Melhorias para a Qualidade, etapa final para definir os vencedores do Prêmio Qualidade Amazonas, este ano em sua 25ª edição, foi realizado de 25 a 28 de setembro, no Auditório da Suframa, com sete finalistas na modalidade Gestão e 22 na modalidade Processo

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empresa Waldemiro P. Lustoza & Cia Ltda, uma das mais tradicionais do setor de transporte fluvial do Estado, expôs pela primeira vez seu modelo de gestão aos avaliadores do Prêmio Qualidade Amazonas. Com mais de 70 anos no mercado local, a empresa abriu os trabalhos da 19ª Mostra de Gestão e Melhorias para a Qualidade, que reuniu, no auditório da Suframa, entre 25 e 28 de setembro, 29 organizações finalistas ao PQA, sete na modalidade Gestão e 22 em Processo. Considerado o maior seminário de benchmarking da região, a Mostra é promovida desde 1999, pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), por meio do seu Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria (DAMPI). É a etapa final para definição dos vencedores do PQA, que serão anunciados em 23 de novembro, no evento “Qualishow”. Ao apresentar à banca julgadora o relatório elaborado de acordo com os critérios da modalidade Gestão, a diretora administrativa e sócia da Waldemiro P. Lustoza & Cia. Ltda, Jéssica Sabbá, disse que a grande transformação no gerenciamento

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da empresa se deu em 2009, quando teve início o contrato formal com a multinacional Shell. Até então, vigorava com o cliente um acordo de cavalheiros. Fundada em 1942 pelo empresário Waldemiro Peres Lustoza (homenageado no nome da primeira escola do SENAI no Amazonas), a WPL é hoje uma das mais conceituadas empresas do setor de transporte fluvial, tendo se firmado como transportadora de derivados de petróleo por meio de empurradores e balsas-tanque. A empresa, que começou no comércio de tabaco, piaçava e juta, até descobrir sua vocação atual, possui uma frota com 24 balsas e dez empurradores em atividade, e conta com três bases de apoio, em Porto Velho (Rondônia), em Santarém e Itaituba, no Pará. De acordo com a encarregada do Sistema de Gestão Integrado, Luciene Barbosa, a empresa está totalmente focada no atendimento a esse único cliente, a gigante petrolífera anglo-holandesa Shell, à qual se deve todo o aprimoramento da gestão. Para a diretora Jéssica Sabbá, a WPL definiu como diretrizes para o SGI, a prestação de serviços com qualidade, saúde, segurança e respeito ao


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Se o problema é gestão, a solução também é gestão ERLEN MONTEFUSCO DAMPI/PQA

GESTÃO/Organizações l Waldemiro P. Lustoza & Cia Ltda l Secretaria Municipal de Economia e Finanças (Semef) l Colégio Militar de Manaus - CMM l 12ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - 12ª ICEFEX l Estação Naval do Rio Negro l Centro de Intendência da Marinha em Manaus CEIMMA l 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral PROCESSO/Organizações/Temas u Showa do Brasil “Redução de Custo com Aquisição de Moldes e Machos de Ferro” u Panasonic “Alto Índice de Defeitos PTH” u Semp TCL “Redução do Consumo de Energia Elétrica nos Processos” u Companhia Paraense de Refrigerantes – Compar “Redução da Perda de Refpet na Indústria” u Salcomp Industrial Eletrônica da Amazônia Ltda “Transformação Cultural e Engajamento do Colaborador para Geração de Excelentes Resultados” u Elsys Equipamentos Eletrônicos “Amarração de Etiqueta - Lyon/Snoopy u 3M Manaus “Inovação no Processo de Fabricação do Lint Roller” u Technicolor Brasil Mídia e Entretenimento “Desenvolvimento de um Novo Conceito de Teste Final”

u Fundação Amazonas Sustentável - FAS “Controle Social de Beneficiários do Programa Bolsa Floresta” u 3M Manaus “Otimização do Uso da Caixa de PVC” u Intelbras “Otimização do Layout Fabril Intelbras Manaus” u Sony Brasil Ltda “Aumento de Eficiência Energética da Fábrica Sony Brasil em Manaus” u Harman Automotiva da Amazônia “Otimização do Processo para Aumento da Capacidade Produtiva do Produto CP100” u Transire Manaus “Ganho de Eficiência nas Linhas” u Yamaha Motor Componentes da Amazônia Ltda “Redução no Custo de Aquisição de Matéria-Prima” u Yamaha Motor da Amazônia Ltda “Elevar a Eficiência da Pintura Verniz do Tanque” u Sodecia da Amazônia Ltda “Melhoria do Processo de Fabricação do Tubo Pivô” u Moto Honda da Amazônia Ltda “Redução do Índice de Parede Fina da Roda Dianteira KSS” u Honda Componentes da Amazônia Ltda “Redução no Consumo de Tinta e Primer através da Reprogramação dos Reciprocadores” u Tutiplast Indústria e Comércio Ltda “Melhoria de Produtividade do Processo de Injeção de Peças Plásticas de Carregadores para Celular” u Cometais Indústria e Comércio de Metais Ltda “Melhoria no Processo de Lingotamento e Embalagem para Redução do Tempo de Espera do Produto Acabado” u Ball Amazônia Ltda “Redução de Reclamação de Qualidade nos Clientes”

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A empresária Jéssica Sabbá (a terceira da direita para a esquerda), com a equipe das áreas de Qualidade da empresa Waldemiro P. Lustoza, primeira a apresentar seu modelo de gestão na Mostra promovida pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas meio ambiente, buscando minimizar os impactos ambientais resultantes da sua atividade. Um dos projetos destacados pelo técnico ambiental da WPL, Carlos Augusto Garrido, é a implantação do projeto de placas fotovoltaicas nos dez empurradores da empresa, que prevê tornar essas embarcações autossuficientes na geração da energia consumida até o ano que vem, o que significa gerar com as placas 75% do consumo. Serviço público Segundo modelo de gestão apresentado no primeiro dia da Mostra, a Secretaria Municipal de Finanças, Tecnologia da Informação e Controle Interno (Semef) submeteu à banca julgadora o projeto Eficiência em Gestão: Equilíbrio Financeiro, como parte do Mapa Estratégico Manaus 2030, em plena execução pela Prefeitura de Manaus, com a meta de elevar o padrão da eficiência da gestão municipal. De acordo com o subsecretário de Gestão da Semef, Alain Costa, a proposta é melhorar a efetividade financeira do município a partir de duas ações: aumentar a arrecadação e melhorar a eficiência dos gastos. “Mas, para aumentar a arrecadação, tem que aumentar a receita própria, melhorar o nível dessa arrecadação e buscar novas alternativas de recursos”, disse Costa. Para o subsecretário, o evento decisivo que levou a Prefeitura de Manaus a passar da 12ª para a 1ª posição em gestão fiscal, entre as outras

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prefeituras de capital, foi a implantação do Siged (Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos). O Siged ajudou o município a reduzir a burocracia, melhorando o relacionamento com o contribuinte e proporcionando uma economia de 10 mil resmas de papel entre 2016 e 2017. Em 2016, com base na análise de suas contas, Manaus obteve o melhor índice (0,7651), de acordo com o IFGF, o Indice de Gestão Fiscal medido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN). Entre as metas estabelecidas, de acordo com o subsecretário, aumentar a arrecadação própria sem aumentar tributos é a que representa o maior desafio. De acordo com Alain Costa, a grande dificuldade para trabalhar um modelo de gestão para Manaus, uma cidade de 11 mil quilômetros de extensão, com 158 habitantes por quilômetro quadrado, foi encontrar parâmetros adequados. “Como escolher um referencial comparativo, esse foi o nosso desafio”, disse.


O apresentador da Panasonic Adson Oliveira e o apresentador da Showa, Daniel Alisson A Panasonic conseguiu economizar mais de R$ 760 mil, em dois anos, com a eliminação de um defeito na produção de televisores em sua planta do Polo Industrial de Manaus. O projeto para diminuir o índice de defeitos na linha de montagem, executado por uma equipe de cinco funcionários, entre abril de 2015 a março de 2016, foi um dos seis projetos da modalidade Processo apresentados no primeiro dia da 19ª Mostra de Gestão e Melhorias para a Qualidade.

Desde 2006 participando do PQA, a Panasonic espera levar mais um troféu Ouro com o projeto que diminuiu 97,12% dos defeitos internos e 91,76% dos defeitos externos. A proposta da equipe era reduzir os índices de defeitos abaixo de plantas de outros países “para voltar a ter credibilidade, comprometimento e acima de tudo respeito para com nossos clientes”, salientou o líder, Adson Gato de Oliveira. A Showa do Brasil apresentou um projeto para reduzir custos aumentando a vida útil dos conjuntos de moldes de produção. A implementação do projeto possibilitou a mudança em cima dos gastos com O subsecretário aquisição de conjunto de de Gestão da moldes, que entre 2012 a Semef, Alain 2015 gerou uma média de Costa, durante gastos anuais de mais de apresentação R$ 1 milhão 500, estando fora da meta estipulada do modelo pela organização, segundo de gestão Daniel Alisson. da secretaria “Nos comprometemos municipal na sempre em minimizar 19ª Mostra a geração de poluição organizada e ambiental e com a promovida pela implementação do FIEAM projeto conseguimos um reaproveitamento de 26% do aço”, disse Alisson.

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Transformação e engajamento

A equipe da Semp TCL após a apresentação

Semp TCL corta 22% da energia Diante de um aumento de 25,7% da energia elétrica, em 2017, no Polo Industrial de Manaus (PIM), a empresa Semp TCL deu início a um processo para otimizar o consumo na planta local, com foco em manter a competitividade. O processo aplicado na empresa praticamente neutralizou o aumento, segundo o gerente de Qualidade e Manutenção da Semp, Antônio Silva. A redução foi de 22%, e desde janeiro de 2017 gera um resultado que passa de R$ 300 mil. “Utilizamos a estratégia financeira da empresa que é ter mais competitividade e, para isso, é necessário reduzir o custo industrial”, explicou Silva, relacionando sustentabilidade do planeta, outro valor da Semp, com redução do consumo de energia. Através do mapeamento dos principais consumidores de energia elétrica da planta foram reavaliados e aplicados para melhorias: temporizadores nos ar-condicionados, lâmpadas, redução de 6h para 3h o tempo em que a máquina de corte ficava ligada, adequação nos circuitos elétricos do almoxarifado para que não precisasse ligar todas as lâmpadas, entre outras atividades. A aplicação do projeto em cima do kwh por aparelho produzido, custo de energia elétrica e redução de CO2 foram os focos dentro da meta de reduzir 5% do consumo. O resultado final gerou 8,5% de redução, segundo Silva, e teve 3,42% de kwh economizados. “O nosso objetivo era reduzir o custo em reais e o consumo de energia por aparelho. O estimado incialmente era de 15% e ficou em 22%”, disse ele.

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A Salcomp retornou ao PQA, este ano, com o projeto “Transformação cultural e engajamento do colaborador para geração de excelentes resultados”. O objetivo era reverter um quadro de estagnação que se refletia na competitividade. As áreas mais envolvidas que sofreram maior impacto foram as de Produção, Qualidade, Manutenção e Engenharia. “A situação era muito difícil e, por anos, a empresa não conseguia gerar os resultados esperados, indicadores básicos, porém importantes não estavam sendo alcançados”, disse na apresentação o gerente de Leans Six Sigma, Márcio Sousa. Como resultado do projeto, a produtividade da empresa saiu de 25,93%, em 2016, para 29,3%, em 2017, e o “custo scrap” (sucata) caiu de 1,36% para 0,70%, com melhoras nos indicadores de 5S, UPOH (Unidade por Operador/Hora), scrap, acidentes com afastamento temporário e absenteísmo causado por acidente. Este último índice praticamente zerou em um ano.

Elsys elimina retrabalho A empresa de eletroeletrônicos Elsys, que produz placas para linha branca, roteadores, receptores e controles remotos, entre outros, apresentou, como finalista da Mostra de Qualidade, o projeto “Amarração de Etiquetas - Lyon/Snoopy”, para eliminar um dos processos responsável pelo maior número de retrabalhos, a leitura manual dos códigos de barra utilizados para ativação dos seus produtos. O projeto, aprovado pela matriz coreana, foi desenvolvido entre julho e novembro de 2017, e, com a automatização, eliminou-se o desperdício de 286 horas de retrabalho a um custo de R$ 3.889,00 mensais.


Coordenadora de Produção da Compar, Thaís Pereira (centro), posa com colaboradores e um exemplar da garrafa RefPet, tema do projeto apresentado no PQA 2018

‘RefPet’ diz respeito ao meio ambiente Primeira empresa sediada fora do Amazonas a participar do PQA, a Companhia Paraense de Refrigerantes (Compar), pertencente ao Grupo Simões, apresentou um projeto para reduzir a perda de garrafa RefPet (garrafa retornável) dentro da indústria matriz localizada em Belém (PA). A exposição foi feita no primeiro dia da Mostra, dia 25, no Auditório da Suframa. O objetivo maior dentro do processo foi reduzir a perda da garrafa pet que é insumo para a empresa, segundo a coordenadora de Produção da Compar, Thaís Pereira. O gasto com a aquisição de matéria-prima, a ausência do produto disponível no estoque se a perda for muito alta, o custo para baixar como ativo e o comprometimento com o meio ambiente, são fatores prejudiciais dentro do processo. Segundo Pereira, a empresa estipulou uma meta em cima do gasto de cerca de 25% de perda que estava acontecendo no processo. A redução após um ano de implementação ficou abaixo de 6%. “O resultado foi dentro do esperado e tem um resultado de ‘saving’ (economia) de mais de R$ 2 milhões em um ano, sendo parte desse lucro na indústria e logística”. A garrafa retornável tem uma gramatura maior e, portanto, tem uma resistência diferenciada da pet convencional. Pereira explica que a maior diferença entre as duas é o processo de reutilização e lavagem para reaproveitamento dentro do processo. “Após a lavagem essa garrafa é envazada e vai para o mercado e posteriormente retorna, causando

menos gastos e descarte”, disse ela. A Refpet é um ativo que tem um tempo de vida útil de três anos e meio e uma taxa anual de 28,57%. Quando a perda ocorre antes desse tempo é gerado um valor residual. Com a diminuição das perdas ocorridas com o projeto, foi possível a redução desse ativo e consequentemente a queda no valor residual em 42,6%, em 2018, comparado ao ano anterior. Segundo Thaís Pereira, perpetuar o processo tem que ser um foco maior do que a aplicação dele, além da redução do custo, tem o comprometimento com o meio ambiente para não aumentar a quantidade de garrafa que é enviada para a central de resíduos, gerando mais custos. Desde o início do projeto, em setembro de 2017, a Compar já reduziu 86% a geração de resíduos com o descarte da RefPet, comparando com o mesmo período do ano anterior. Dando uma economia de 22.104kg de petróleo, reduzindo a demanda da matériaprima derivada desse insumo que pode vir a impactar o meio ambiente.

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GRANDE INDÚSTRIA

Edenil Almeida, com o projeto da Moto Honda

HCA reduz 15% o consumo de tinta Nove vezes Troféu Ouro no PQA, a Honda Componentes da Amazônia (HCA) volta a disputar o Prêmio Qualidade Amazonas em 2018 com um projeto para reduzir o consumo de tinta e primer através da reprogramação dos reciprocadores (equipamento de pintura eletrostática). Com base no princípio das três realidades - a partir do trinômio em japonês - genba, genbutsu, genjitsu (análise dos processos no local, resultados e ações corretivas, culminando com os resultados das decisões tomadas quanto às ações corretivas, de contenção e de melhoria), a equipe partiu para colocar em prática a melhoria com a meta de reduzir em pelo menos 10% o consumo de tinta NH-106 e primer no processo de pintura do escapamento dos modelos CUB (Scooters), de acordo com o analista técnico, Marcos Janderson. A meta, segundo o apresentador, foi baseada no comparativo de perdas dos demais modelos. “Agrupamos os modelos por família considerando o tipo de moto e a semelhança entre as peças. Após isso, calculamos as perdas de tinta e primer por cada família e fizemos a comparação através de uma tabela”, explicou. O resultado obtido e considerado satisfatório para a equipe foi uma redução de 10% no consumo de Primer e de 15% no de tinta, além da redução de 7% no descarte de borra de tinta, o que representou um ganho anual de R$ 88.513,00.

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Melhorias no Polo Detentora do Troféu Prata no Prêmio Qualidade Amazonas, em 2017, a Moto Honda da Amazônia volta a disputar o Ouro na categoria Grande Indústria, com o projeto Redução do Índice de Parede Fina da Roda Dianteira KSS, realizado pelo setor de Fundição. De acordo com o apresentador da equipe, Edenil Almeida, o tema veio do alto índice de rejeição da roda dianteira KSS, que era de 14,1%, em 2016, o maior em relação aos outros modelos, com um total de 2.864 peças rejeitadas. A proposta da equipe foi reduzir esse índice em 90%, “uma meta ousada, mas coerente”. O trabalho da equipe foi iniciado em setembro de 2016. Depois de três tentativas reprovadas em busca da causa da parede fina, a equipe encontrou a solução com a roda produzida dentro do padrão. Em abril de 2017, o índice de rejeição já havia chegado a 6,84%. “Houve um impacto positivo no índice de inutilização e, ao final, o projeto representou um ganho anual de R$ 383.736,00”, relatou o apresentador. Considerado o maior empreendimento do Polo Industrial de Manaus, a Moto Honda é líder nacional no segmento, com mais de 80% de Marketing Share e mais de 20 milhões de unidades produzidas só na planta local. Desenvolvido na Fábrica de Rodas, o projeto começou a dar resultado na quinta análise do problema, quando foi identificado que o possível causador do problema era um vazamento lateral na peça em questão. Uma das soluções propostas foi adicionar pinos fixos no molde. Com a melhoria, a equipe obteve um ganho de 70% no índice de aprovação das peças. “E um dos pontos fortes do trabalho apontados pela equipe foi a possibilidade de contribuir para que as novas gerações de motocicletas mantenham o compromisso Honda com a qualidade”, apontou Edenil.

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Jander Gonçalves apresentou pela Yamaha

o de Duas Rodas O reprocessamento do cavaco de alumínio gerado no processo de usinagem e sua reutilização dentro da fundição, foi explorado no projeto da Yamaha Motor Componentes da Amazônia Ltda para redução de custos com aquisição de matéria-prima. Em 2018, a empresa economizou cerca de R$ 1 milhão e meio na aquisição de matéria-prima. Para se manter competitiva no mercado e melhorar a rentabilidade é necessário, segundo o especialista da Engenharia Industrial da Yamaha Componentes, Alessandro Lima, buscar formas de otimizar os processos, reduzir as perdas e garantir a qualidade dos produtos. “O cavaco jogado direto no forno não consegue fundir, vira borra, e o aproveitamento é exatamente isso. Com o aumento da densidade, ele consegue fazer o alumínio que é uma das principais matérias-primas para fazer novas peças”, explicou o especialista. A redução do custo com material proporcionou um retorno de mais de R$ 733 mil à empresa entre os meses de julho de 2016 e dezembro de 2017. A equipe contabiliza ainda, entre outros ganhos com o projeto, a redução no consumo de recursos naturais, no consumo de água e de óleo solúvel, o que ganha pontos na Política do Sistema de Gestão da empresa. Esse trabalho rendeu à equipe o troféu como destaque do Prêmio Yamaha de Inovação e Melhoramento, realizado entre os colaboradores.

Descubra o seu Kando A redução de R$ 180 mil em recursos gastos na aquisição de tinta foi um dos benefícios do projeto da Yamaha Motor da Amazônia Ltda. O trabalho desenvolvido era voltado para a pintura verniz visando elevação da eficiência que antes era 37% e hoje, segundo especialista industrial da Yamaha, Jander Gonçalves, está em torno de 82%. A equipe trabalhou com o conceito de OEE, sigla em ingês para eficácia geral dos equipamentos, ou seja, visa otimizar ao máximo uma linha de produção. Basicamente, esse é um indicador que vai ajudar a entender a efetividade e produtividade de uma linha de produção. A contaminação do processo dentro da cabine de pintura, causada por respingo, foi corrigida. A meta da equipe que era elevar a OEE da pintura verniz foi alcançada passando de 45% para 70% de janeiro de 2016 a outubro de 2017. “Agora, nós usamos um sistema que não possibilita mais a contaminação por necessidade de limpeza de pistola e bomba”, disse Jander.

O especialista da área de engenharia e apresentador do projeto da Yamaha Componentes, Alessandro Lima

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Outros Projetos Empresa: Intelbras

Carol Fernandes (à direita) com sua equipe

Technicolor busca liderança Forte candidata ao Troféu Ouro, no Prêmio Qualidade Amazonas, na categoria Média Indústria, em 2018, a Technicolor Brasil, Midia e Entretenimento foi um dos destaques no segundo dia da 19ª Mostra de Gestão e Melhorias para a Qualidade, com a apresentação de um decodificador híbrido HD Wi-fi, que acabou influenciando para o retorno da DirecTV como cliente do Polo Industrial de Manaus depois de uma ausência de 12 anos. Na apresentação do projeto, a desenvolvedora de testes da Technicolor, Carol Fernandes, disse que, além desse mérito, o teste final para decodificador HD Wi-fi, desenvolvido a pedido da Sky Brasil, parceira da DirecTV, atendeu ao desejo da própria Technicolor de ser a primeira empresa a desenvolver no Brasil esse dispositivo que permite receber canais por satélite. No planejamento, a equipe teve contato direto com plantas da Technicolor fora do Brasil, na Argentina e Tailândia. E o fluxo de testes proposto, segundo Carol, pelos asiáticos, não atendeu às especificidades do decodificador para o mercado brasileiro. Além da aprovação total da Sky Brasil, principal cliente da Technicolor, a equipe bateu o recorde de tempo na produção do decodificador, em menos de dois anos. Também obteve uma redução de cerca de 60% no custo de produção previsto pela equipe asiática.

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Perfil: Indústria de grande porte, fundada em 2015 no Polo Industrial de Manaus-AM. Produz terminais de cartões de crédito e débito. Projeto: Otimização do Layout Fabril Resultados: A melhoria fez dobrar a capacidade produtiva de 1,080 milhão de unidades, em 2015, para 3,5 milhões em 2017, e acabou permitindo que o planejamento de produção fosse cumprido. cumprido, assim como os prazos de produção através de melhores recursos físicos, o que atenderia ao crescimento da demanda.

Empresa: Transire Eletrônicos Perfil: Indústria de grande porte, fundada em 2015 no Polo Industrial de Manaus-AM.Produz terminais de cartões de crédito e débito. Projeto: Ganho de Eficiência nas Linhas Resultados: Com as mudanças nas linhas de produção, o número de máquinas faturadas cresceu 40% e houve uma redução no custo da mão de obra também de 40%. O volume de vendas cresceu 111%.

Empresa: Cometais - Indústria e Comércio de Metais Ltda. Perfil: Atua no ramo de produção ligas de

alumínios secundárias. Projeto: Melhoria no Processo de Lingotamento e Embalagem para Redução do Tempo de Espera do Produto Acabado Resultados: O faturamento da empresa apresentou um acréscimo de R$15,8 milhões no ultimo semestre devido o processo passar a ser de pronta entrega., além da redução de gastos da ordem de 43,6 mil com horas extras


Controle social

do Bolsa Floresta O Controle Social dos mais de 39 mil beneficiados pelo Programa Bolsa Floresta (PBF) da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), foi apresentado pela gerente do Programa, Valcleia Solidade, na programação da 19ª Mostra de Gestão e Melhorias para Qualidade. A recompensa é melhoria da qualidade de vida das 9.610 famílias moradoras de 16 unidades de conservação do Amazonas. De acordo com Solidade, em 2017 o Programa alcançou mais de 80% de melhorias no seu processo de inserção e desligamento dos beneficiários. “O Bolsa Floresta como política pública não tem o caráter só de repassar recursos para as famílias, mas de estruturar as comunidades e melhorar as condições daquele local”, explicou Solidade, ao falar sobre o valor anual de R$ 600 repassados para cada família em 2017 além dos investimentos nos projetos de geração de renda, infraestrutura comunitária, empoderamento, empreendedorismo, inclusão financeira e recompensa por serviços ambientais. Apesar do controle contínuo e da atualização das informações junto às 16 unidades de conservação espalhadas pelo estado, Solidade lamenta o atendimento ainda não alcançar 100% do seu públicoalvo. Segundo ela, todos os que hoje estão inseridos no Programa realmente necessitam desse auxílio, porém existem famílias que ainda não fazem parte do processo.

“É necessária a inserção de muitas famílias que precisam o quanto antes do Bolsa Floresta mas ainda não conseguimos atendê-los por conta de ausência de identificação (Identidade/CPF), que não é um trabalho do Programa mas auxilia diretamente no processo de inserção dessa família nele”, ressaltou ela. O cadastramento das famílias no banco de dados do Programa inclui desde a identificação de todos os seus membros, não só do beneficiário, até o registro fotográfico junto à identidade, formulários de inserção e de desligamento. “Conseguimos controlar se o beneficiário se ausentou da unidade de conservação por algum motivo ou se ele não se encaixa mais no perfil, para posteriormente ser feito o desligamento. Existem critérios para isso que são levados em consideração na hora de inserir ou excluir algum membro”, disse ela. A suspensão do pagamento e o desligamento das famílias do Programa se dá pelos motivos de: mudança de localidade da moradia, falecimento, troca de titularidade (estado civil do beneficiário), desistência por opção e não cumprimento de regras. “Hoje temos conseguido um resultado cada vez melhor para incluir quem realmente precisa e atingir com isso o objetivo da instituição que é a conservação ambiental”, pontuou ela. O Programa teve início em 2008 e hoje já atende 583 comunidades e localidades em todo o Amazonas.

2008

Nesse ano, o Programa Bolsa Floresta começou e já atende a 9.610 famílias

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EM DOSE DUPLA O supervisor de manutenção, Fábio Binoti, apresentou projeto na área de inovação Finalista da modalidade Processo, no PQA, com dois projetos, a 3M Manaus apresentou, no segundo dia da Mostra, seus dois trabalhos em sequência, um na área de inovação, na fabricação do Lint Roller, um dos carros-chefes na produção da empresa, e o outro de otimização do uso de caixa de PVC. O supervisor de manutenção da 3M Manaus, Fábio Binoti, apresentou o projeto de inovação na fabricação daquele rolinho vendido nos supermercados e usado para tirar pelos das roupas. A inovação, no caso, veio com a automação da montagem do rolo, antes totalmente manual. “O grande problema era do ponto de vista ergonômico pela quantidade de riscos para os colaboradores envolvidos na montagem do rolo, com lesões frequentes nos punhos, antebraços e pescoço”, contou Binoti. O projeto exigiu um investimento de mais de R$ 1 milhão divididos entre mão de obra, material e serviço, além de ter representado ganhos para a empresa de mais de R$ 478 mil, com o aumento da produtividade e passivos ergonômicos, entre outros fatores. Detentor de duas premiações internacionais, uma delas como o melhor projeto de ergonomia do mundo, em 2017, entre as plantas da 3M, o novo Lint Roller consumiu seis meses de análises por médicos e cientistas, dos problemas ergonômicos e dos fatores biomecânicos envolvidos na produção manual da peça. “Foram encontrados cinco altos riscos à saúde do trabalhador, quando apenas um seria suficiente

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para um trabalhador ser afastado da linha de produção por problemas ergonômicos”, disse o supervisor. Como resultado da inovação, o projeto trouxe a redução do número de reclamações dos funcionários e de afastamentos por acidentes originados na ergonomia, além do aumento de produtividade na relação homem/hora/ máquina. Otimização do Processo O segundo projeto da 3M, “Otimização do uso da Caixa de PVC”, teve como meta reduzir até dezembro de 2018 o custo com frete, de 3,1% para 2,7%, e diminuir 90% os riscos de avarias das caixas. O projeto envolveu as áreas de Engenharia de Processos, Qualidade, Meio Ambiente, Contabilidade, Vendas, Produção e Embalagens. O resultado foi uma economia de R$ 90,6 mil por ano, com a otimização dos processos. O número de caixas de PVC avariadas caiu de 27 para uma unidade, e o preco do frete ficou abaixo da meta, em 2,2%. Menção Honrosa no PQA, em 2017, a 3M Manaus concorre na modalidade Processo, categoria Média Indústria. Conta com 235 empregados que atuam em 37 linhas de produção, indo de fitas para empacotamento e fitas isolantes a post-its e filtros de privacidade. O faturamento da empresa, em 2017, foi de R$ 450 milhões.


Outros Projetos Empresa: Sony do Brasil Ltda Perfil: Indústria de grande porte. Projeto: Aumento de Eficiência Energética da Fábrica Sony Brasil em Manaus

Resultados: A equipe formada por

três engenheiros eletricistas e dois engenheiros de produção, entre outros, mudou o sistema de refrigeração, otimizou a iluminação e cortou desperdícios, conseguiu uma redução de 62% (a meta era 50%), deixando de gerar 15 toneladas de CO2 (dióxido de carbono).

Empresa: Sodécia da Amazônia Ltda Perfil: Indústria de médio porte Projeto: Melhoria do Processo de Fabricação do Tubo Pivô

Resultados: Eliminação dos custos com

retrabalho e não faturamento, atendimento total à solicitação do cliente, eliminação do risco ergonômico, redução da fadiga do trabalhor, redução dos custos com retrabalho.

Empresa: Harman Automotiva da Amazônia Perfil: Instalada desde 2015 no PIM, a empresa de médio porte produz sistemas de navegação, rádios conectados e módulos de telemática. Projeto: Otimização do Processo para Aumento da Capacidade Produtiva do Produto CP100 Resultados: Entre os resultados alcançados, a otimização de 75% da linha do autorádio, garantia de 85% de eficiência do processo e retorno financeiro em nove meses.

Tutiplast melhora produtividade A Tutiplast Indústria e Comércio Ltda. apresentou, na Mostra do PQA, o projeto “Melhoria de Produtividade do Processo de Injeção de Peças Plásticas de Carregadores para Celular”. O problema, exposto pelo gerente de SGI, da empresa, Vicente Ferreira, estava na margem de lucros daquele setor, incompatível com os custos do processo, com base em documento de não conformidade do cliente e a avaliação ergonômica na linha de produção. Após as melhorias no processo de fabricação, os ganhos incluíram redução de 22% no custo do produto, eliminação total do uso de divisórias de papelão e de saco manta por palete, e melhoria de 8,35% na produtividade por hora. A meta estabelecida, segundo Vicente, foi superada e o conhecimento adquirido através do projeto impulsionaram a realização de melhorias baseadas no PDCA e o reconhecimento e apoio da alta direção da empresa para novas propostas.

Ball Amazônia a um passo do Ouro Vencedora do Troféu Prata, em 2017, a Ball Amazônia, fabricante de tampas metálicas para latas de bebidas, foi a última organização a apresentar seu relatório, em 2018, com o tema Redução de Reclamação em Clientes. De acordo com o supervisor de qualidade, Edicarlos Arruda, a Ball, que produz 23 milhões de tampas por dia, recebeu, em 2016, 16 reclamações de clientes dadas como procedentes. Uma equipe multidisciplinar foi montada então para mudar esse quadro com a meta de reduzir o índice pela metade, e chegar ao final de 2017 com oito reclamações. Como resultado, o projeto além de ultrapassar a meta - chegou a 5 reclamações, número que tem se mantido em 2018, fez cair a quantidade de devoluções e ressarcimentos de 8.297.767, em 2016, para 647.185 em 2017, e 430.200 em 2018. O projeto acabou rendendo o 1º lugar para a equipe, em 2017, entre 15 plantas da Ball, incluindo Chile e Argentina, como Time dos Sonhos. É mais um estímulo para a equipe continuar sonhando com o ouro no PQA.

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Carolina Nicolau e Léa Trindade: assíduas

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Público neutro busca no evento ‘aula complementar’

Estudantes assinam lista de frequência

Selecionados entre 52 inscritos, os 29 finalistas do Prêmio Qualidade Amazonas apresentaram a uma banca de três avaliadores seus relatórios finais das respectivas práticas, sendo sete da modalidade Gestão e 22 da modalidade Processo. Essas apresentações são acompanhadas naturalmente pelos próprios colaboradores das organizações, mas também por professores e alunos das áreas de qualidade e gestão de muitas instituições convidadas, a maioria delas de ensino superior. As analistas do Núcleo de Desenvolvimento Institucional da Embrapa, Carolina Nicolau, 39, e Léa Trindade, 37, acompanharam os quatro dias da Mostra da Qualidade 2018, segundo elas, em busca de boas práticas em gestão e processos. “Entendemos a importância de programações como essa para ações de benchmarking e troca de conhecimento”, disse Carolina, ressaltando que mesmo com a competitividade entre as empresas,

a Mostra deveria ter maior adesão de universidades, estudantes e público em geral. Neste ano, a mostra bateu recorde de público, segundo Erlen Montefusco, especialista do Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria (DAMPI). Por dia, o eventou chegou a reunir 200 pessoas em alguns momentos de pico. Instituições, como Fucapi e Ifam enviaram em média 50 alunos cada para acompanhar os quatro dias da mostra. Segundo Erlen, este ano, o PQA fechou algumas parcerias com instituições de ensino superior, como a própria Fucapi, para que os alunos recebessem essa “aula complementar”, com direito a certificado pelas cerca de 30 horas de boas práticas de gestão. De acordo com dados fornecidos pelo DAMPI, 734 pessoas receberam certificado de participação nos quatro dias evento do evento no Auditório da Suframa.


César Viana (esquerda), Mírian Cohen e Félix Ricardi formaram a banca julgadora

Juízes avaliam a Mostra Depois de avaliar o modelo de gestão da 12ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército, o analista e consultor aposentado do Serpro, Félix Ricardi, em sua primeira participação como juiz do Prêmio Qualidade Amazonas, disse que relatórios como o que foi apresentado pelo chefe da 12ª Icefex, coronel André Luiz, têm o mesmo peso de uma pós-graduação, com a teoria e a prática juntas. Na avaliação da banca julgadora formada também por Mírian Cohen, assessora da diretoria da Fiocruz, e César Viana, gerente do Prêmio Nacional da Qualidade da Gestão Pública (GesPública), os relatórios reunidos na 19ª Mostra de Qualidade servem não só para alcançar o desenvolvimento na gestão e processos, mas para ter um benchmarking dentro do espaço de avaliação. “É interessante observar como as organizações participantes conseguem crescimento gerencial e dos seus processos e isso proporciona uma análise apurada”, disse Viana, ressaltando que as organizações cada vez mais estão percebendo a necessidade de investir em gestão e conhecimento para lucratividade. “Nas empresas públicas essa lucratividade é o ganho social, nas empresas privadas o resultado é financeiro”, disse ele. Especialista na área de formulação,

implementação e avaliação de políticas públicas, com mestrado e doutorado na área de Saúde Pública, Mirian Cohen acompanha o PQA, junto com Viana, há oito anos. Segundo ela, as empresas participantes ao longo das 25 edições do Prêmio passaram por um amadurecimento das práticas em relação ao seu nível de gestão e processos. “As empresas têm conseguido avançar relacionando a importância de produzir as tecnologias e, ao mesmo tempo, proteger as pessoas, os recursos humanos. A tecnologia deve estar a serviço das pessoas”, disse a juíza sobre a introdução no cenário da Indústria 4.0. Para Mirian Cohen, tudo começa e termina na gestão. Como tem observado ano após ano, ao avaliar projetos nas modalidades Gestão e Processo, para garantir a qualidade em processos e serviços é necessário identificar primeiramente o problema em gestão. “As organizações devem investir na qualidade da gestão, tomando como parâmetro modelos de excelência, pois com esse primeiro passo a conseqüência será a qualidade em processos, aplicando melhorias necessárias para diminuição das não conformidades”, disse ela. O resultado da avaliação dos três juízes será divulgado no dia 23 de novembro, durante o evento “Qualishow”, promovido há 25 anos pela FIEAM.

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O capitão de fragata, Andreson Pinheiro, da ENRN, apresenta o seu modelo de gestão; num dia dominado por organizações subordinadas à Marinha do Brasil, no PQA

Marinha leva gestão por água, terra e ar Depois de quatro dias de fortes emoções para as 29 organizações finalistas do Prêmio Qualidade Amazonas, a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), encerrou, em 28 de setembro, a 19ª Mostra de Gestão e Melhorias para a Qualidade, com a apresentação dos modelos de gestão de três unidades da Marinha do Brasil - a Estação Naval do Rio Negro, o Centro de Intendência da Marinha em Manaus (CEIMMA) e o 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, o que cobriu a gestão da instituição por por terra, água e ar. Para o presidente da FIEAM, Antonio Silva, só de aceitar expor para avaliação externa seus processos internos, principalmente seus modelos de gestão, as organizações que participam do PQA, ano a ano, podem se considerar vitoriosas. “Em especial, quando atravessamos um ano tão difícil quanto este para o nosso Polo Industrial de Manaus. Estar no PQA demonstra o compromisso dessas organizações com uma gestão responsável e transparente”, disse Silva. Ao falar da importância de participar do PQA, o capitão de corveta Maximiliano Oliveira, comandante do 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, citou uma recente auditoria interna, onde um oficial de alto escalão da Marinha se mostrou impressionado com o uso pela organização local de indicadores e ferramentas de gestão na atividade fim, algo que

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parecia inédito na corporação. As três organizações da Marinha estão no PQA desde 2016. Tendo como visão de futuro ser reconhecido até o final de 2021 como unidade aérea de combate por excelência, “com índice de prontidão operativa superior a 68%”, o 3º Esquadrão tem como principais objetivos estratégicos aprimorar a gestão de recursos humanos, incrementar o adestramento da tripulação e manter o acompanhamento dos níveis de prontidão dos meios e de segurança de voo. Além dos objetivos estratégicos, a organização trabalha com indicadores de desempenho, plano de gerenciamento de riscos e plano de melhoria da gestão. E faz avaliação da imagem institucional através de relatório, pesquisa de satisfação e de clima organizacional, e canais de comunicação, como e-mail e fale conosco. Para o avaliador César Viana, gerente do Prêmio Nacional da Qualidade da Gestão Pública (GesPública), o relatório do 3º Esquadrão apresentou uma boa quantidade de novos processos no modelo de gestão, o que, a rigor, faz a organização perder pontos por ainda não terem sido testados e não haver como estabelecer parâmetros, mas ajudam no crescimento da instituição como um todo Na apresentação do comandante da Estação Naval do Rio Negro, o capitão de fragata Andreson Pinheiro,


todo o esforço da gestão aparece dirigido a fazer com que a ENRN seja, até 2030, elevada à categoria de Base Naval, “sendo reconhecida por sua efetividade no apoio logístico e pela motivação do seu pessoal, atuando em prol do desenvolvimento da Marinha do Brasil na Amazônia.” Subordinada ao Comando do 9º Distrito Naval, a Estação tem entre seus objetivos estratégicos a elevação dos índices de produtividade e eficiência dos serviços de reparos que faz, modernizar e ampliar as instalações, os equipamentos e ferramentas das suas oficinas, atendendo plenamente as normas ambientais por meio de um Sistema de Gestão Ambiental consoante à norma ISO 14001. Outra unidade da MB, o Centro de Intendência da Marinha em Manaus, estabeleceu como meta conquistar, até 2019, um grau de satisfação dos clientes superior a 90%, e ser reconhecido como órgão fundamental para o apoio logístico em todas as áreas da atividade fim da corporação. O diretor do CEIMMA, o capitão de fragata Paulo Veiga, apresentou em seu relatório de gestão indicadores de governança, cidadania, interesse público, pessoas e processo, tendo como parâmentos os Centros de Intendências de Belém (PA), Natal (RN) e São Pedro da Aldeia (RJ). Além das três unidades da Marinha do Brasil, outras organizações militares apresentaram relatórios de gestão no PQA 2018, a 12ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército (12ª ICEFEX) e o Colégio Militar de Manaus (leia ao lado).

O capitão de fragata, Paulo Veiga, apresenta o modelo de gestão do CEIMMA na Mostra do PQA

Coronel André Luiz, da 12ª Icefex, na Mostra

Nas finanças e na educação Unidade pertencente ao Sistema de Controle Interno do Exército, por sua vez vinculado à Secretaria de Economia e Finanças, a 12ª Icefex (Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército) tem como diretriz o foco no cliente, que são as unidades gestoras vinculadas, e como estratégia assegurar que as recomendações de controle interno sejam implementadas. De acordo com o coronel André Luiz, o grau de implementação das recomendações do Controle Interno da 12ª Icefex, tem se mantido dentro das metas, superando inclusive, em 2018, os resultados da 4ª Inspetoria, localizada em Juiz de Fora, em Minas Gerais, utilizada como referencial comparativo. “A 4ª Icefex tem uma missão um pouco diferenciada da nossa até pela questão da logística regional e a quantidade de unidades gestoras vinculadas, na proporção de 24/34”, disse o coronel. Quinta organização militar a submeter seu relatório aos juízes da Mostra da Qualidade, o Colégio Militar de Manaus apresentou seu modelo de gestão com base no fato de ter se tornado uma referência positiva no ensino público no Brasil, de acordo com o comandante, o coronel Mário Anselmo Marszalek. Com forte atuação na educação a distância (EAD), o CMM, segundo o coronel Marszalek, é o mais assistencial entre as escolas similares do país principalmente por receber muitos alunos, filhos de militares, de regiões mais carentes do Estado. É justamente essa característica que afeta o desempenho do colégio deixando-o abaixo do esperado, principalmente em relação ao nível do ensino médio. A mudança desse quadro é hoje, segundo o comandante, uma das principais metas da instituição.

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Diretoria FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO AMAZONAS - FIEAM Presidente Antonio Carlos da Silva 1º Vice-Presidente Nelson Azevedo dos Santos 2ª Vice-Presidente Tereza Cristina Calderaro Corrêa Vice-Presidentes Roberto de Lima Caminha Filho Aldimar José Diger Paes Wilson Luiz Buzato Périco Carlos Alberto Rosas Monteiro Eduardo Jorge de Oliveira Lopes Amauri Carlos Blanco Sócrates Bomfim Neto Agostinho de Oliveira Freitas Júnior Ana Paula Franssinette Sarubi Perrone 1º Secretário Orlando Gualberto Cidade Filho 2º Secretário Roberto Benedito de Almeida 1º Tesoureiro Jonas Martins Neves 2º Tesoureiro Augusto César Costa da Silva

Diretores Renato de Paula Simões Sebastião Montefusco Cavalcante Júnior Sebastião Nascimento Guerreiro Luiz Carvalho Cruz Mateus de Oliveira Araújo Frank Benzecry Williams Teixeira Barbosa Antônio Julião de Sousa Sandro Augusto Lima dos Santos Paulo Shuiti Takeuchi Joaquim Auzier de Almeida Mário Jorge Medeiros de Moraes (in memoriam) Genoir Pierosan José Miguel da Silva Nasser Pedro de Faria e Cunha Monteiro Frank Lopes Pereira Conselho Fiscal/Titulares: José Nasser Celso Zilves Carlos Alberto Marques de Azevedo Suplentes Alcy Hagge Cavalcante Carlos Alberto Souto Maior Conde Delegado representante junto ao Conselho da CNI/Titulares Antonio Carlos da Silva Suplentes Nelson Azevedo dos Santos Carlos Alberto Rosas Monteiro

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