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inovação
ORGANIZAÇÃO JAPONESA
Senai oferece consultoria na Metodologia 5S, criada no Japão ao final da Segunda Guerra Mundial, e que ajuda empresas a melhorarem organização e produtividade
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Quase todo mundo, em al- gum momento da vida, já ouviu falar na metodolo- gia 5S, criada no Japão ao final da Segunda Guerra Mundial como forma de reconstruir o País que foi destruído, e associa a fer- ramenta a um programa de or- ganização, mas também se refere à recuperação de uma economia e tem sido buscada por diversas empresas que desejam melhorar os índices de produtividade.
Segundo a consultora do IST (Instituto Senai de Tecnologia) de Alimentos e Bebidas de Doura- dos, localizado em Dourados (MS), Poliane Alves de Oliveira, a metodologia, que é oferecida pelo Senai em Mato Grosso do Sul, tem como foco a eliminação de desperdícios e aumento de produtividade de uma empresa. “Ela ficou conhecida mundial- mente em 1980, quando o Japão passou a ser uma das potências econômicas do planeta”, destaca. O método é baseado na apli- cação de cinco princípios, repre- sentados pelas palavras japone- sas: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Em português os 5S foram traduzidos como: senso de utilização, senso de organização, senso de limpeza, senso de nor- matização e senso de autodisci- plina. “O foco da ferramenta 5S são as pessoas e não o ambiente, porque sem a mudança dos en- volvidos não existe manutenção dos padrões que foram estabel- ecidos e acordados”, explica Po- liane.
RESULTADOS Como o objetivo principal é a contribuição para mudanças profundas de comportamento tanto dos colaboradores quanto da empresa, o 5S auxilia na or- ganização dos fluxos e processos, além de melhorar as metas das empresas, para, consequente- mente, seguirem um caminho mais produtivo e rentável.
A implantação do 5S melhora a funcionalidade dos ambientes de trabalho, o que resulta em um aumento na produtividade, eficiência, segurança, como tam- bém na motivação dos colabo- radores, o que torna um grande
SAIBA COMO FUNCIONA O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA PELO SENAI NAS EMPRESAS
Inicialmente, o consultor faz o levantamento de todas as áreas da empresa e audita para avaliar o estado atual de cada área.
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Posteriormente, realiza-se a sensibilização da alta e média diretoria e define-se um Comitê de Auditores, que são capacitados pelo consultor, para que realizem as auditorias internas em 5S.
Após a equipe treinada, realiza-se o Dia D para aplicação da metodologia.
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Por final, é realizado um workshop com a equipe para mostrar a evolução já obtida com a realização do Dia D e elabora-se o plano de ação para identificar, planejar e registrar as demais oportunidades de melhorias que o setor possui.
Vale destacar que as melhorias devem partir dos próprios funcionários. O consultor orienta a equipe através de treinamentos, porém quem deve colocar em prática o 5S são os colaboradores.
A implantação desta ferramenta explora três dimensões: física (layout), intelectual (realização das tarefas) e social (relacionamentos e ações do dia a dia). E, por exigir grandes transformações, é necessário o engajamento de diretores e colaboradores, para que seja conquistado o bom funcionamento do 5S.
Seiri
SENSO DE UTILIZAÇÃO
Seiton
SENSO DE ORGANIZAÇÃO
Seiso
SENSO DE LIMPEZA
Seiketsu
SENSO DE NORMATIZAÇÃO
Shitsuke
SENSO DE AUTODISCIPLINA
aliado dos requisitos para uma cer- tificação ISO. “Além disso, propor- ciona grande melhoria na qualidade da cultura organizacional, redução de desperdícios, melhor aproveitamento de materiais e equipamentos, redução dos custos operacionais, melhoria do moral e uso eficiente do tempo, mel- horia do ambiente de trabalho e con- scientização em relação ao meio am- biente e a cidadania”, detalha Poliane. CASO DE SUCESSO
A implantação da metodologia 5S pelo Senai apresentou grandes resul- tados pelo Grupo GMais, que conta com dois supermercados em Bonito e Jardim e um atacado em Bonito. A consultoria oferecida pelo IST Ali- mentos e Bebidas foi contratada em 2018, foi renovada em 2019 e em 2020. “Já tinha ouvido falar da ferra- menta e sempre acreditei que ela se- ria capaz de desenvolver uma cultura organizacional para a construção de uma empresa de sucesso. Considero o 5S a espinha dorsal das minhas insti- tuições”, declara o empresário Genil- son Peres Santos.
Para ele, a assessoria do Senai per- mite realizar uma melhoria contínua, o que resulta em colaboradores mais engajados, motivados e maior produ- tividade. “Como o Senai atua em rede, temos acesso a profissionais extremamente qualificados. Além disso, recentemente realizamos uma consultoria em parceria com o IST Alimentos e Bebidas e o IST Logística de Produção, localizado em Itajaí (SC), que permitiu identificar pontos fortes já consolidados e pontos de melhorias a serem trabalhados. Nossa meta é implantar um modelo de excelência na gestão”, completa.
FCO 100%
Setor produtivo projeta utilizar os R$ 2,017 bilhões do Fundo disponíveis para Mato Grosso do Sul neste ano
Osetor produtivo de Mato Grosso do Sul dispõe de R$ 2,017 bilhões para operações do FCO (Fundo Constitucion- al de Financiamento do Centro-Oeste) neste ano de 2020 e a expectativa do presidente da Fiems, Sérgio Longen, é de utilização de 100% desses recursos. Ele destaca que esse montante é im- portante, tanto para o agronegócio, quanto para a indústria do Estado, cabendo aos empresários dos setores rural, industrial e comercial realizarem projetos que contemplem o uso desses recursos.
“Em 2019, Mato Grosso do Sul uti- lizou todos os recursos disponibiliza- dos via FCO nos 79 municípios. Isso representa um avanço para o Estado, pois fizemos com maestria no ano passado e pretendemos repetir o feito em 2020. Desses R$ 2 bilhões, metade é destinada ao agronegócio e a outra metade ao setor industrial, então, te- mos R$ 1 bilhão à disposição para in- vestimentos em melhorias, máquina e equipamentos, ou seja, um recurso de extrema importância para a indústria”, afirmou Sérgio Longen.
Na avaliação do superintendente do Banco do Brasil no Estado, Sandro Jacobsen Grando, os números de 2019 merecem ser comemorados e repetidos. “Ao aplicarmos 100% dos recursos des- tinados a Mato Grosso do Sul, temos a certeza de que atingimos o principal objetivo do FCO, que é trabalhar o de- senvolvimento do Estado. Isso significa um aquecimento da economia e uma análise positiva do nosso empresário, que busca um financiamento para melhorar seu negócio”, destacou. MELHORA DA ECONOMIA Ainda conforme Sandro Jacobsen Grando, a grande surpresa de 2019 foi a utilização de 100% dos recursos disponibilizados pelo FCO pelo setor produtivo. “Pelas informações que te- mos, foi um dos únicos anos em que aplicamos todos os recursos destinados ao empresarial. Tivemos uma procura muito grande das indústrias e do co- mércio. A prestação de serviço também aumentou, principalmente dentro do setor do turismo, que era um projeto que tivemos junto com o Sebrae”, ex- plicou.
Os investimentos, de acordo com o superintendente do Banco do Bra- sil, demonstram que o empresari- ado acredita na melhora da econo- mia. “Quando falamos do FCO Rural, falamos apenas de investimentos, mas quando se trata do FCO Empresarial, falamos de investimentos e capital de giro e tivemos uma boa procura nes- sas duas opções. Somando todo o FCO,
- SÉRGIO LONGEN
Presidente do Sistema Fiems
fizemos 6.329 operações em 2019, ou seja, foram 6.329 clientes, re- sultando numa estimativa de 18 mil empregos gerados”, acrescen- tou.
Para 2020, a meta é novamente aplicar a totalidade do recurso e atender os 79 municípios do Es- tado. “Os recursos já estão dis- poníveis, as linhas operacionais do FCO estão todas abertas e estamos com uma demanda grande de pro- cura. Continuando na velocidade que foi esse mês de janeiro, os re- cursos deverão ser gastos antes de dezembro. Isso significa que o empresário está antecipando os investimentos e isso é muito bom para o Estado”, completou. REGULAMENTAÇÃO No mês passado, o CEIF/FCO (Conselho Estadual de Investi- mentos Financiáveis pelo FCO) reuniu-se na Semagro (Secre- taria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) para adequação da regulamentação do Conselho às normas nacionais e já aprovou 50 cartas-consulta que somam R$ 19 milhões em em- preendimentos do setor empresar- ial e R$ 166 milhões do setor rural. “O FCO é um instrumento fundamental para a política de desenvolvimento do Governo do Estado. O volume de projetos apresentados nesta primeira re- união do CEIF demonstra o nível de confiança do empreendedor na economia de Mato Grosso do Sul e sinaliza uma aceleração no ritmo de contratações que pode anteci- par nossa meta de atingir 100% do recurso destinado ao Estado”, comentou o secretário Jaime Ver- ruck, que também preside o CEIF/ FCO.
Para o ano de 2020, o CEIF/ FCO manteve a regra para apre- sentações de projetos e todas as op- erações de até R$ 500 mil podem ser feitas diretamente no banco, enquanto aquelas acima desse val- or devem passar pela aprovação do Conselho. “A regulamentação foi adequada à norma nacional, com apenas alguns ajustes. Havia uma previsão legal de que até 50% dos recursos disponíveis em cada linha poderia ser usado para capital de giro e custeio. Nós reduzimos esse percentual para 40%, pois enten- demos que a lógica do Fundo é o financiamento de novos investi- mentos”, explicou Jaime Verruck.
- SANDRO JACOBSEN GRANDO Superintendente do Banco do Brasil