24 minute read
geral
Indústrias apresentam novidades em calçados infantis e adultos durante a 10ª Feicc-MS EM CALÇADOS NO VI DA DES
Advertisement
Design inspirado nos blo- cos de montar e acom- panhado de um brinde do jogo, solado em 3D e tecnologia que garante maior capacidade de amortecimento inicial durante 800 quilômetros de uso. Essas são algumas das novidades apresentadas durante a 10ª Feicc-MS (Feira de Calça- dos, Couros e Acessórios de Mato Grosso do Sul), que foi realizada entre os dias 26 e 28 de janeiro, no Centro de Convenções e Ex- posições Albano Franco. O even- to, voltado exclusivamente para os lojistas de calçados, couros e de acessórios do Estado, contou com a participação de 50 empresas expositoras, representando 175 marcas.
Com opções para os meninos e para as meninas, o tênis Blocks Mania promete conquistar a cri- ançada com um design não só inspirado nos blocos de montar, como também acompanhado de um brinde do jogo. “O solado é lúdico e com o QR Code é pos- sível baixar o jogo no smartphone ou tablet, tanto no sistema IOS, quanto no Android”, demonstrou o representante da Kidy Calça- dos, Geraldo Silva Nogueira.
Ainda para as crianças, a Klin oferece modelos com formato anatômico e design que acomoda os pezinhos. “A tecnologia usada nesses calçados é o EVA expandi- do, que é o mais leve do mercado e garante conforto, amortecimento e estabilidade. Os calçados da Klin são 100% anatômicos ade- rindo em toda a curva dos pés, não apenas a palmilha”, afirmou Samuel da Silva, representante da
marca.
O representante da Mizuno, André Sena, enfatizou que a mar- ca esportiva investe em tecnolo- gia para oferecer conforto, sus- tentação e estabilidade durante as passadas. “O sistema, que oferecia capacidade de amortecimento de 500 quilômetros passou para 800 quilômetros. É um modelo feito para quem não abre mão do con- forto e proteção durante a prática esportiva”, explicou.
Há 25 anos no comércio e com duas lojas em Dourados (MS), Ju- liana Correia contou que estava à procura de novidades para abas- tecer seus estoques. “Agora é hora de comprar sapatos de inverno, mas acredito que estes tênis irão fazer sucesso com as crianças, tudo que envolve personagens, jogos, luzes atraem a atenção e se tornam desejo deles”, avaliou.
FORTALECER O MICRO- EMPREENDEDOR
Com o foco voltado para in- centivar e fortalecer o microem- preendedor, a 10ª edição FeiccMS (Feira de Calçados, Couros e Acessórios de Mato Grosso do Sul) recebeu mais de 250 lojistas dos 79 municípios sul-mato-gros- senses, contribuindo com a divul- gação das indústrias já instaladas no Estado e das que participaram do evento.
“Nosso foco, agora, está no pequeno empreendedor, aquele que tem cinco funcionários se tiver incentivos e fortalecer o seu negócio, ele irá gerar mais empre- gos e também investir em tecno- logia, maquinário, movimentan
do assim toda a cadeia produtiva e movimentando a economia do Estado”, disse o empresário João Batista de Camargo Filho, presi- dente do Sindical/MS.
O diretor da Fiems e superin- tendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, destacou a oportuni- dade de integração de negócios. “Reunimos os lojistas de todo o Estado e os fornecedores daqui e de fora, fortalecendo assim o pequeno empresário, tanto o da ponta como também o produ- tor que tem a oportunidade de comercializar diretamente com o lojista”, pontuou.
Após fazer a abertura oficial da 10ª Feicc o prefeito de Cam- po Grande, Marquinhos Trad, visitou os estandes e destacou a importância de os pequenos em- presários investirem em atrativos
aos clientes. “A Prefeitura apoia o evento por acreditar que é um caso de sucesso. Nós também in- centivamos que os empreende- dores lancem mão de iniciativas para seduzir os clientes. Hoje, vivemos em uma era em que o comércio online está cada vez mais fortalecido e, por isso, a im- portância de qualificação dos tra- balhadores para o atendimento ao público”, declarou.
Já o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvi- mento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Elias Verruck, acrescentou que 2020 iniciou com grande expectativa de aquecimento da economia de Mato Grosso do Sul. “O atendi- mento à empresas na Semagro nestes primeiros dias de 2020 já é maior do que todo o 2º semes- tre do ano passado. O nível de otimismo está maior, percebemos claramente que lojistas e indus- triais têm se movimentado neste sentido de procurar a Semagro e sinalizar um nível de confiança no País e de retomada de investi- mento. Isso é fundamental para a criação de novos empregos”, afir- mou.
PARTICIPANTES Neste ano, a feira de calçados, que é realizada duas vezes por ano pelo Sindical/MS em parce- ria com os empresários Alan Augusto Brilhador, Francisco de Sales Garcia Borges, Reinaldo de Oliveira Ney, André Arruda e Marcelo de Oliveira Adão, con- tou com os patrocínios da Marfil Móveis, VitLog Transportes e
Café 3 Corações e apoio da Fiems, Senai, Sebrae/MS, Governo do Estado, Prefeitura de Campo Grande, Mega Stands e Berthô Brasil.
Durante a Feira, o estande do Senai Empresa ofereceu ao públi- co soluções em inovação com foco na redução de custos e aumento de eficiência.
“No nosso estande, levamos ao conhecimento dos visitantes os programas oferecidos aos em- preendedores. Nosso portfólio envolve todos os setores da ca- deia produtiva, desde a indústria atacadista até as áreas de su- porte como a logística e o comé- rcio em si. Um dos produtos é o CTV que atende a indústria pro- movendo soluções e melhorias nas operações, abrangendo gestão de portfólio e coleção, designer e PCP (Planejamento e Controle de Produção)”, explicou Thales Saad, gerente do Senai Empresa. LOJISTAS A Feicc aproxima as fábricas dos varejistas. É na feira de calça- dos que o lojista define o que os seus clientes encontrarão nas prateleiras nas próximas tempo- radas. Para as marcas, são eventos para mostrar coleções, tendên- cias, materiais e tecnologia.
No ramo de calçados há 30 anos nas cidades sul-mato-gros- sense de Deodápolis e Rio Brilhan- te, a lojista Sandra Nunes é frequen- tadora assídua de feiras do setor e disse que tem a expectativa de fechar bons negócios. “Embora as feiras realizadas em São Paulo se- jam maiores, aqui estou otimista que será uma boa oportunidade porque facilita a nossa partici- pação pela proximidade e oferece preços com descontos”, falou.
Lojista também em Deodápolis (MS), Célia Martins compartilha da mesma expectativa. “É mais tranquilo para fazer as compras, uma vez que temos uma variedade de expositores reunidos no mes- mo local”, contou. Pela primeira vez na Feicc, a lojista Adenilza Pereira dos Santos conta que irá garantir o estoque das duas lo- jas sediadas em Caarapó (MS). ”Recebemos o convite e esse ano viemos conhecer para garantir novidades aos nossos clientes”, concluiu.
Indústria de Mato Grosso do Sul tem crescimento de 254,3% no período de 2009 a 2019 e projeta expansão de 26,36% nos próximos quatro anos
s anos de 2009 a 2019 foram muito positivos para a indústria de Mato Grosso do Sul e podem ser classificados como a “década de ouro” do setor no Estado graças aos avanços da produção das indústrias de celulose e frigorífica. As indústrias apresentaram um crescimento vertiginoso, sobressaindo onde antes quem se destacava como principal matriz econômica estadual era o setor agropecuário.
De acordo com levantamento do Radar Industrial da Fiems, na última década, o PIB Industrial (Produto Interno Bruto da Indústria) de Mato Grosso do Sul apresentou um extraordinário aumento de 254,3%, saltando de R$ 6,21 bilhões em 2009 para R$ 22 bilhões em 2019. Na prática, a considerável alta pode ser creditada, em parte, à política de incentivos fiscais adotada pelo Governo do Estado, que acabou por motivar uma explosão de investimentos por empresas do setor industrial.
Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, os dados só demonstram que Mato Grosso do Sul vem se destacando na consolidação da indústria. “A industrialização do Estado está sendo muito bem construída, a diversidade da matriz industrial está muito bem distribuída nos municípios e, dessa forma, passamos do tempo do desenvolvimento da indústria sucroenergética, inclusive na evolução desse segmento, na contratação, na produção e até mesmo no número de empresas na exportação, e fomos para o segmento da indústria frigorífica, tanto de bovinos e suínos, quanto de frangos e peixes, como a tilápia”, exemplificou. Para o empresário, os 10 anos foram muito importantes para a consolidação da atividade industrial. “Entendo que os números estão aí e é importante destacar o trabalho do Sistema Fiems para um setor de extrema importância para o desenCAPA O
volvimento do Estado. Quando se fala em mudança na geração de empregos e mudança na geração da base da economia, a indústria veio para ficar e ela está se consolidando ano a ano, quer na geração de empregos, quer no aumento de empresas, quer no PIB, porque 254% em 10 anos é um número muito significativo, praticamente um índice de crescimento de países asiáticos. Mato Grosso do Sul é isso e é nessa linha o nosso trabalho”, afirmou.
Sérgio Longen entende que, desde o momento em que chega a Mato Grosso do Sul, a indústria busca informação de oportunidades, de que forma é possível exportar e para onde vender seu produto. “Normalmente, trabalhamos com o Governo do Estado, quanto aos incentivos fiscais (com o Banco do Brasil) com o FCO que é uma grande ferramenta que temos e que tem nos ajudado muito na captação de empresas para investimentos em Mato Grosso do Sul, e também nas prefeituras, com incentivos regionais, muitas vezes com imóveis, aterros, ISS da obra. Isso tem feito a diferen- ça em Mato Grosso do Sul, então a Fiems fez sua parte, além da qualificação profissional para todos os segmentos. Quando você puxa os dados dos trabalhadores da indústria aqui do Estado, é muito difícil não ver a maioria deles com qualificação do Sesi ou do Senai”, pontuou.
Já o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, classifica o aumento como extraordinário para qualquer padrão de crescimento industrial no mundo. “Mostra que Mato Grosso do Sul tem ca racterísticas competitivas bastante fortes para atração de indústrias. Os fatos que explicam, sejam fatores internos e externos que propiciam essa capacidade: é fundamental a política de in- centivos fiscais para o Estado”, reforçou.
Ele completa que o Governo do Estado tem um posicionamen-
to justamente sobre as limitações que Mato Grosso do Sul tinha, inicialmente, sobre a mão de obra e a logística, que não seria com- pensada sem o incentivo fiscal. “Gosto de chamar ‘competitivi- dade fiscal’ e, se não tivéssemos essa política consistente, atrelada à segurança jurídica, muitas des- sas indústrias não viriam ao Es- tado ou fechariam as portas, e o que a gente observa no PIB é jus- tamente o contrário, vemos uma maturidade de crescimento e do processo industrial”, analisou.
Jaime Verruck acrescenta que outro fator importante é que no Estado o empresário encontra um ambiente de confiança, ex- tremamente favorável para os negócios, que é demonstrado pelo indicador que coloca Mato Grosso do Sul como 5º Estado mais com- petitivo do Brasil, com um atendi- mento desburocratizado e eficaz em razão de uma sólida parce- ria entre o Governo do Estado e a Fiems para a qualificação da mão da obra por meio do Senai. “O esforço que foi feito para criar uma rede de qualificação da mão de obra no Estado foi substancial, com um papel determinante da Fiems na capacitação dos instru- tores”, destacou.
O secretário ressalta que os desafios continuam. “Buscamos hoje uma indústria totalmente tecnológica, 4.0, diversificada, que busca atrair novos segmen- tos, criar mercados e que, além do incentivo fiscal, aprimore tam- bém a infraestrutura logística, com investimentos nas ferrovias, hidrovias e melhorias das rodovi- as, lembrando que internamente temos um mercado pequeno, mas somos grandes exportadores, tor- nando a logística fundamental para que possamos competir no mercado nacional e internacion- al”, finalizou.
PRÓXIMOS QUATRO ANOS
Após crescer 254,3% no perío- do de 2009 a 2019, o setor indus- trial encerrou o ano passado com alta de 7,84% em comparação com
PROJEÇÕES 2020
CONSTRUÇÃO CIVIL DE MATO GROSSO DO SUL TEM EXPECTATIVA DE CRESCER ATÉ 2% NESTE ANO
Alavancada pela reto- mada da economia, a indústria da construção civil de Mato Grosso do Sul espera crescer até 2% neste ano no valor bruto da produção (VBP), que encerrou 2019 em R$ 3,20 bilhões e, com a projeção, pode chegar a R$ 3,26 bilhões em 2020. A esti- mativa é do presidente do Sinduscon-MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul), Amarildo Miranda Melo, que projeta um ano positivo para o segmento em todo o Brasil.
Ainda de acordo com o líder empresarial, hoje a indústria da construção conta com 1.938 esta- belecimentos, que juntos empregam 19.585. “A nossa expectativa para este ano é de que o número de tra- balhadores do segmento chegue em dezembro com 24.585 empregados com carteira assinada, repre- sentando a abertura de 5 mil novas vagas”, declarou.
Amarildo Miranda Melo afirma que a construção civil está trazendo bons
CRESCIMENTO NESTE ANO 2%
resultados desde o ano passado e a expectativa é de que este ano seja ainda melhor. “Não tenho dúvida que será um ano de elevação da empregabilidade. Já sentimos que o ânimo é muito grande no setor. No ano passado, tivemos um crescimento de 1,2% em relação a 2018, mas tenho visto em nossa base vários empresários lançando edifícios e obras”, afirmou.
Os empresários que atuam neste segmento se mostram otimistas e planejam crescer junto com o segmento. O avanço do PIB da construção neste ano será puxado, essencialmente, pela autoconstrução e reformas, que seguirão liderando a recuperação, aliadas às atividades empresariais. “A previsão de alta da construção será composta por autoconstrução e reformas, serviços especializados para obras novas e edificações”, assegurou o presidente do SindusconMS.
Ainda de acordo com ele, a expectativa é que o poder público invista em infraestrutura. “O setor da construção civil precisa que o poder público ajude, investindo em saneamento, construção civil, edificação. Porque, infelizmente, o Brasil hoje ainda depende muito do setor público porque está começando a dar os primeiros passos para se tornar um país de economia aberta”, analisou.
No ano passado, o resultado positivo colocou fim a um ciclo de retração que perdurou entre 2014 a 2018, quando o PIB da construção encolheu 30%. “A percepção é de que a crise do segmento ficou para trás, mas, para que as perspectivas se consolidem, o governo federal terá que dar condição jurídica e melhoria na concessão de crédito. A Reforma da Previdência sinalizou aos investidores que o país tem tomado as atitudes que precisam ser tomadas”, pontuou o líder empresarial.
Neste ano, conforme ele, a expectativa é pelas reformas tributárias, tanto federal, quanto municipal e estadual, além das privatizações, que fazem com que haja aumento nos investimentos. “Também o anúncio recente do presidente da Caixa Econômica Federal nos reporta que a partir de abril teremos uma nova modalidade de financiamento, com juros zero e prestação fixa, o que deve impulsionar muito a indústria da construção civil”, comemorou.
PROJEÇÕES 2020
INDÚSTRIA FRIGORÍFICA DE MATO GROSSO DO SUL PROJETA CRESCIMENTO DE 5%
Impulsionada pelo aumen- to da produção das prin- cipais proteínas de origem animal – bovina, suína, ave e peixes – graças ao aquecimento das expor- tações para a China, a in- dústria frigorífica de Mato Grosso do Sul projeta um crescimento de até 5% neste ano no valor bruto da produção (VBP), que no ano passado encerrou em R$ 14,2 bilhões e, com a estimativa, pode chegar a R$ 15 bilhões em 2020.
Segundo o presidente do Sicadems (Sindicato das Indústria de Frios, Car- nes e Derivados de Mato Grosso do Sul), Sérgio Capucci, em um cenário extremamente positivo em que a epidemia do novo tipo de coronavírus na China esteja controlada e o mercado chinês volte a importar as proteínas animais, o crescimento do segmento pode até alcan- çar um avanço de 20%. “Estamos extremamente otimistas caso o mercado chinês volte a importar dos nossos frigoríficos. Para se ter uma ideia, o mercado chinês representa 50% da produção do meu frigorí- fico, o Naturafrig”, revelou.
DE CRESCIMENTO 5%
Sérgio Capucci completa que, se a China voltar à normalidade de compra, a projeção de crescer até 20% é muito provável, mas, caso isso não ocorra, o aumento será mais tímido, algo em torno de 5%. Atualmente, quatro frigoríficos de Mato Grosso do Sul estão habilitadas para exportar para a China pela AdministraçãoGeral de Aduanas da China: Naturafrig, de Rochedo (MS); Frigosul, de Aparecida do Taboado (MS); AgroIndustrial Iguatemi, de Iguatemi (MS); e o Grupo JBS.
Ainda de acordo com o presidente do Sicadems, uma diminuição da demanda do gigante asiático no mercado internacional pode resultar em queda de preços e, caso ocorram outros fatores negativos, o ano de 2020 pode se tornar mais difícil para quem exporta. “Nosso mercado está atrelado ao comércio com a China, eles voltando a comprar, com certeza, será um ano muito bom para o segmento”, reforçou.
Em todo o Estado, há 110 empresas de proteínas de origem animal, responsável pelo emprego de 27.213 mil trabalhadores. A receita obtida de janeiro a dezembro de 2019 com as exportações foi de US$ 1 bilhão, aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2018, sendo que 42,7% do total alcançado é oriundo das carnes desossadas congeladas de bovino, que totalizaram US$ 431 milhões. Os principais compradores foram Hong Kong com US$ 168,24 milhões, Chile com US$ 143,91 milhões, Emirados Árabes Unidos com US$ 84,19 milhões, China com US$ 81,91 milhões, e Egito com US$ 52,46 milhões.
2018 e projeta expansão de até 5% neste ano de 2020 e de 26,36% até 2023, conforme projeções do Radar Industrial da Fiems. No comparativo de 2009 a 2019, o PIB Industrial saltou de R$ 6,21 bilhões para R$ 22 bilhões (254,2%), enquanto de 2018 a 2019 a elevação foi de R$ 20,4 bilhões para R$ 22 bilhões (7,84%), de 2019 para 2020 vai sair de R$ 22 bilhões para R$ 23,1 bilhões (5%) e de 2019 a 2023 sairá de R$ 22 bilhões para R$ 27,8 bilhões (26,36%). “A atividade industrial vem mostrando números satisfatórios que merecem não só serem visualizados, mas também comemorados”, disse o presidente da Fiems.
Ele completa que a indústria vem se consolidando de maneira muito positiva e, cada vez mais, conseguimos apoiar as ações do setor, quer com o Sistema Indústria, por meio do Sesi, Senai e IEL, quer por meio do Governo do Estado, que trabalha diretamente nessa linha de trazer a indústria como mola propulsora do Estado. “Os bons números refletem a implementação da Indústria 4.0 pelas empresas do Estado, que possibilita uma melhoria na competitividade dos produtos, mas ainda é tímida”, disse.
Sérgio Longen ressalta que a modernização do setor industrial e um grande desafio. “O Senai vem mudando todo o seu perfil de atendimento para as empresas e de certa forma as indústrias precisam se adaptar para a competitividade de seus produtos, mas entendo como positiva nossas ações e es- tamos preparados para atender os números de 2020”, completou.
Ainda conforme o líder in- dustrial, a expectativa é que ao fim de 2020 os números sejam ainda melhores do que os que foram projetados. “Tecnicamente, precisamos transferir para a sociedade números consolidados e esses números trazem confiança porque temos um histórico de avaliação do Radar Industrial da Fiems, mas o que ficou muito claro é que a indústria hoje é uma grande força na economia de Mato Grosso do Sul, responsável por 22% do PIB de Mato Grosso do Sul, que hoje está em R$ 109,6
bilhões”, destacou.
Nesse cenário, o secretário Jaime Verruck destacou a importância do Fadefe (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e de Equilíbrio Fiscal do Estado), desenvolvido em conjunto entre o setor industrial e o Governo do Estado. “O que temos consolidado, hoje, é que mais de 497 empresas aderiram, assinaram seus termos de acordo com o Estado e assumiram a partir daí uma série de compromissos. Esses compromissos, hoje, sinalizam R$ 16 bilhões de investimentos até 2032 e, adicionalmente em relação à situação apresentada em 2018, mais 12 mil empregos na economia sul-mato-grossense”, ressaltou.
Para Jaime Verruck, foi um projeto extremamente positivo tanto para o Estado como para o empresário. “O Fadefe representa a sinalização de novos investimentos, novos empregos e nova arrecadação. E acho que esse tipo de projeto permite criar uma pauta econômica e reforçar o desenvolvimento industrial do Estado. E aí temos as perspectivas de novos empreendimentos no Estado”, finalizou.
DÉCADA DA INDÚSTRIA
De acordo com levantamento do Radar Industrial de Fiems, na última década, além de o PIB Industrial de Mato Grosso do Sul ter apresentado um extraordinário aumento de 254,3%, as exportações de industrializados cresceram 139,33%, saindo de US$ 1,50 bilhão para US$ 3,59 bilhões.
O número de estabelecimen- tos industriais também cresceu 41,53% na década, indo de 4.226 para 5.981, enquanto a quanti- dade de trabalhadores aumentou em 21,02%, saindo de 103.302 para 125.015. No comparativo de 2018 com 2019, as exportações, no mesmo período, tiveram aumento de 1,13%, elevando-se de US$ 3,55 bilhões para US$ 3,59
PROJEÇÕES 2020
INDÚSTRIA MOVELEIRA DE MS COMEÇA 2020 OTIMISTA E PROJETA CRESCIMENTO DE ATÉ 20% NA PRODUÇÃO
Em um momento em que a economia brasileira dá sinais de melhora, a indústria moveleira de Mato Grosso do Sul projeta um crescimento de até 20% no valor bruto da produção (VBP) para 2020, que encerrou 2019 em R$ 205,5 milhões e, com a projeção, pode chegar a R$ 246,6 milhões. A afirmação é do presidente do Sindmad/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Móveis em Geral, Marcenarias, Carpintarias, Serrarias, Tanoarias, Madeiras Compensadas e Laminadas, Aglomerados e Chapas de Fibras de Madeiras, de Cortinados e Estofados de Mato Grosso do Sul), Antônio Carlos Nabuco Caldas.
Segundo Antônio Carlos Nabuco Caldas, a indústria moveleira está bastante atrelada ao segmento da construção civil, que projeta crescimento de 2% para este ano. “Até ano passado a economia ainda estava estagnada e as marcenarias ficaram bem ociosas. Agora, com uma boa expectativa da construção civil, acreditamos que a nossa produção deve aumentar consideravelmente porque, geralmente, quem investe em imóveis acaba investindo em móveis para mobiliar esses imóveis também”, explicou. Ainda conforme o líder empresarial, nos últimos anos o segmento moveleiro de Mato Grosso do Sul passou por momentos de grandes dificuldades. “Os últimos três anos foram de estagnação e muitas empresas, se não demitiram funcionários, trabalharam com seu quadro bastante ocioso. Esse foi meu caso como empresário. Não demiti quase ninguém em 2019, mas tivemos dias em que a marcenaria praticamente não trabalhou, porque não tinha pedidos. A partir de dezembro, vimos um movimento grande e a expectativa é boa. É por isso que projetamos um crescimento grande. São 20% de aumento, mas em um segmento que só vinha caindo”, detalhou.
Para o presidente do Sindmad/MS, um dos grandes desafios é estruturar melhor o segmento moveleiro em Mato Grosso do Sul. “O que mais temos são pequenas marcenarias, que muitas vezes atuam na informalidade. Então o grande desafio do sindicato é fortalecer o associativismo para unir o segmento e poder fazer esses levantamentos de forma mais precisa e até conhecer melhor as dificuldades dos empresários para termos mais força na hora de apresentar nossas demandas para o setor público”, finalizou.
Atualmente, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems, a indústria moveleira de Mato Gross do Sul conta com 372 estabelecimentos industriais, que juntos empregam 2.702 trabalhadores. O salário médio do segmento é de R$ 1.488,00, o que representa uma massa salarial de R$ 48,2 milhões e a indústria moveleira representa 0,6% do valor bruto do setor industrial sul-mato-grossense.
CRESCIMENTO NA PRODUÇÃO DE 20%
PROJEÇÕES 2020
EM ANO DE ELEIÇÕES MUNICIPAIS, INDÚSTRIA GRÁFICA DE MS PROJETA CRESCIMENTO DE 3%
Empresários da indústria gráfica de Mato Grosso do Sul estão confiantes com as eleições municipais deste ano e já projetam crescimento de até 3% no valor bruto da produção (VBP), que encerrou 2019 em R$ 86,30 milhões e deve fechar 2020 em R$ 88,88 milhões.
De acordo com o presidente do Sindigraf/MS (Sindicato das Indústrias Gráficas de Mato Grosso do Sul), Altair da Graça Cruz, a expectativa é que esse aumento seja alavancado por uma maior produção de panfletos e santinhos com as informações dos candidatos à prefeitos e vereadores nos 79 municípios do Estado.
“Em um momento em que a economia do Brasil dá apenas pequenos sinais de melhora e em um segmento que vem sofrendo dificuldades com a transformação digital, esse número é bastante significativo. Essa projeção de crescimento de 3% é reflexo do otimismo dos empresários, que iniciaram 2020 mais esperançosos e empenhados em desenvolver cada
DE CRESCIMENTO 3%
vez novos produtos”, afirmou Altair da Graça Cruz.
Ele acrescenta que para março deste ano está prevista uma missão de cerca de 30 empresários de Mato Grosso do Sul à Expo Print Digital, uma feira de impressão digital que será realizada em São Paulo (SP). “É importante que haja esse otimismo para buscarmos novas alternativas e oportunidades para diversificar os produtos que oferecemos”, completou, informando que hoje o Estado tem 306 empresas gráficas e emprega 1.279 trabalhadores.
Na mesma linha, o presidente da Abigraf/MS (Associação Brasileira da Indústria Gráfica em Mato Grosso do Sul), Julião Flaves Gaúva, ressalta a necessidade da diversificação de produtos gráficos diante das novas transformações digitais. “Hoje, as pessoas têm buscado investir cada vez mais no online, o que não significa que o uso do papel ou que as gráficas acabarão. Na verdade, estamos passando por um momento de transição, mas precisamos nos atualizar e inovar”, comentou.
Nesse cenário, ele apontou que cartões pessoais com tecnologia QR Code, em que é possível abrir uma nova apresentação pelo celular ou tablet, têm sido um diferencial. “Outra aposta da indústria gráfica são as embalagens de papel. Na era do ecologicamente correto com o plástico como vilão, esse mercado tem crescido bastante e indústrias aqui de Mato Grosso do Sul já começaram a investir nessa área”, finalizou.
bilhões, enquanto a quantidade de trabalhadores teve salto de 0,45%, indo de 124.452 para 125.015 e o número de estabelecimentos industriais cresceu 1,10%, aumentando de 5.916 para 5.981.
Já de 2019 para 2020, as exportações terão alta de 4,18%, saindo de US$ 3,59 bilhões para US$ 3,74 bilhões, enquanto os estabelecimentos industriais aumentarão 1,55%, saindo dos atuais 5.981 para 6.074 e o número de trabalhadores crescerá 1,0%, indo de 126.100 para 127.170. Para os próximos quatro anos, ou seja, de 2019 a 2023, as exportações no período terão alta de 11,7%, pulando de US$ 3,59 bilhões para US$ 4,01 bilhões, o de estabelecimentos industriais crescerão 5,05%, indo de 5.981 para 6.283 e o número de trabalhadores terá aumento de 2,97%, saltando de 126.100 para 129.850. Para o presidente Sérgio Longen, os dados só demonstram que Mato Grosso do Sul vem se destacando na consolidação da indústria. “A industrialização do Estado está sendo muito bem construída, a diversidade da matriz industrial está muito bem distribuída nos municípios. Nosso principal segmento hoje é dos frigoríficos e carnes, com 27.213 trabalhadores, e aí não en- tram só bovinos, mas uma grande diversificação, como aves, suínos, peixes e jacaré. Em seguida temos a indústria sucroenergética, com 20.500 trabalhadores e indústria do papel e celulose, com 6.374 trabal- hadores”, detalhou.
Ele reforça que os últimos 10 anos foram muito importantes para a consolidação da atividade industrial. “Entendo que os números estão aí e é importante destacar o trabalho do Sistema Fiems para um setor de extrema importância para o desenvolvimento do Estado. Quando se fala em mudança na geração de empregos e mudança na geração da base da economia, a indústria veio para ficar e ela está se consolidando ano a ano, quer na geração de empregos, quer no aumento de empresas, quer no PIB, porque 254,3% em 10 anos é um número muito significativo, praticamente um índice de crescimento de países asiáticos”, finalizou.