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S UMÁRI O
05 Painel digital 06 diretoria 07 editorial 08 charge 09 entrevista 12 Fala, indústria 24 giro da indústria 44 sindicatos 56 dicas 58 radar industrial 60 quanto você pagou? 62 artigo
capa
30 O mar mercado tá pra peixe Indústria frigorífica de Mato Grosso do Sul vai do boi ao peixe e Estado é hoje o maior exportador de tilápia do País, com perspectivas de aumentar ainda mais.
14 inovação ISI Biomassa descobre fórmula de cerveja com uso de planta aquática como ingrediente
24 Capital industrial Três Lagoas, a melhor cidade do Estado para se fazer negócios no setor industrial
50 sesi Para garantir segurança de alunos e colaboradores, escolas do Sesi, no Estado, têm aulas presenciais e remotas
61 quem te conhece que te compre Rural Foods inova com comida congelada usando técnica que mantém nutrientes e sabor do alimento
40 senai IST Alimentos e Bebidas usa tecnologia para otimizar sopa engarrafada de indústria paulista
18 fiems Edifício Garagem, do Sistema Fiems, tem sistema digital de localização e placas de energia solar 4 •
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46 iel IEL pretende abrir 3,3 mil vagas de estágio ao longo do ano em Mato Grosso do Sul
PAINEL DIGITAL
SISTEMA FIEMS NA REDE Fique por dentro dos nossos destaques nas redes sociais
Mulheres Reais do Sistema Fiems - Que nesse Dia Internacional da Mulher você possa sentir orgulho da sua trajetória, apesar de todos os desafios, e seja cada dia mais empoderada, respeitada e livre!
Nossas equipes estão cuidando de todos os detalhes para que estudantes, responsáveis e colaboradores estejam SEGUROS neste retorno.
Esta disputa promete entrar para a história! O que você vai eliminar neste paredão?! Não perca tempo e confira a nossa votação agora, no stories.
O nosso instrutor, Ivan Garcia, deu um break nas aulas só para responder as dúvidas da galera! Se liga!
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D I RET ORI A
S IS TE MA F I E M S Chefe de Gabinete da Presidência: Robson Del Casale Diretor Executivo: Anatole Verlaine Etges Superintendente do Sesi/MS: Régis Pereira Borges Diretor Regional do Senai/MS: Rodolpho Caesar Mangialardo Superintendente do I EL/MS: Silvio Marães
Revista da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul Gestora de Comunicação: Ana Paula Dantas Cruz Jornalistas: Flávia Melo (MTB/MS 1032) Ângela Schafer (MTB/MS 1083) Flávia Galdiole (MTB/SP 63663) Fotos: Dicom/Fiems Endereço: Avenida Afonso Pena, 1.206 - 4º Andar Bairro Amambaí - Campo Grande/MS - 79.005-901 E-mail: dicom@sfiems.com.br Site: www.fiems.com.br Fone: (67) 3389-9017 As opiniões contidas em artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, o posicionamento do Sistema Fiems Revista Mensal - 10 mil exemplares
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Presidente: Sérgio Marcolino Longen 1ª Vice-pres.: Claudia Pinedo Zottos Volpini 2º Vice-pres.: Alonso Resende do Nascimento 3º Vice-pres.: José Francisco Veloso Ribeiro 1º Vice-Pres Regional: Luiz Claudio Sabedotti Fornari 2º Vice-Pres Regional: Roberto José Faé 3º Vice-Pres Regional: Romildo Carvalho Cunha 4º Vice-Pres Regional: Francisco Giobbi 5º Vice-Pres Regional: Lourival Vieira Costa 6º Vice-Pres Regional: Gilson Kleber Lomba 1º Secretário: Silvana Gasparini Pereira 2º Secretário: Antônio Carlos Nabuco Caldas 3º Secretário: Zigomar Burille 1º Tesoureiro: Altair da Graça Cruz 2º Tesoureiro: Edis Gomes da Silva 3º Tesoureiro: Nilvo Della Senta Diretores: João Batista de Camargo Filho Antônio Breschigliari Filho Julião Flaves Gaúna Marcelo Alves Barbosa Alfredo Fernandes Marcelo De Carli Ferreira Cláudio George Mendonça Marismar Soares Santana Regis Luís Comarella Walter Ferreira Cruz Walter Gargione Adames Vagner Rici Silvio Roberto Padovani Omildson Regis Guimarães José Eduardo Maksoud Rahe Conselho Fiscal: Efetivos: Milene de Oliveira Nantes Ivo Cescon Scarcelli Lenise de Arruda Viegas Suplentes: Egon Hamester Edson Luiz Germano de Souza Irma Tinoco Atagiba Asseff Delegados Suplente junto à CNI: Efetivos: Sérgio Marcolino Longen Claudia Pinedo Zottos Volpini Suplentes: Roberto José Faé José Francisco Veloso Ribeiro
ED ITOR I A L
DO BOI AO PEIXE, A NOVA FACE DA INDÚSTRIA FRIGORÍFICA
D
e acordo com a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), há no Estado 132 indústrias frigoríficas, que empregam um total de 33,9 mil trabalhadores e operam no abate de bovinos, aves, suínos, peixes e até jacarés. Esse número demonstra a força e a variedade da nossa indústria frigorífica e que, agora, ganhou o reforço do peixe, que, cada vez mais, vem ganhando mais espaço em Mato Grosso do Sul. O abate de peixe tem se consolidado de uma forma bem interessante e, hoje, o nosso Estado já lidera a produção de tilápia no Brasil, sendo ainda o maior exportador do País, com 84,84% das vendas externas brasileiras do produto. Em 2020 os valores das exportações de tilápia de Mato Grosso do Sul aumentaram 10,49% em relação a 2019, índice acima da média de crescimento da piscicultura nacional, que ficou em 4,4% no mesmo período. Os valores das vendas externas de tilápia produzida no Estado saíram de US$ 5,04 milhões em 2019 para US$ 5,57 milhões no ano passado. O mercado externo é tão atrativo que em 2018 visitei uma unidade produtora aqui do Estado que já tinha uma produção de 100 toneladas por dia e a maioria para a exportação. Depois disso, outras indústrias frigoríficas de peixe vieram para o Estado e estão sendo criadas inúmeras fazendas de produção de tilápia em cativeiro. Com isso, estão surgindo fábricas de ração para alimentar as inúmeras espécies de peixes criadas no Estado, fazendo girar a roda da industrialização de Mato Grosso do Sul.
Por isso, o segmento de pescados passou a contar com um importante instrumento de apoio à produção: o Propeixe (Programa Estadual de Fortalecimento da cadeia produtiva do peixe), que foi lançado pela Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) com a expectativa de duplicar o processamento de peixes até 2022. Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com sete polos de produção de pescado, distribuídos nas regiões Norte, Centro, Sudoeste, fronteira, Grande Dourados, Cone Sul, sendo a maioria de pequenos produtores, e a Costa Leste concentrando a grande produção de tilápia. São 1.338 piscicultores mapeados, 2.441 hectares de tanques escavados e 1.767 unidades de tanques redes, que produziram em 2019/2020 o total de 20,3 mil toneladas de tilápia e 3,6 mil toneladas de peixes nativos. Enfim, os números estão aí para que todos possam ver como a nossa indústria frigorífica de peixe cresce a passos largos e tem potencial para se desenvolver ainda mais. Mato Grosso do Sul só tem a ganhar com essa expansão e diversidade da nossa indústria frigorífica, pois gera mais empregos e mais renda para a população.
SÉRGIO LONGEN Presidente do Sistema Fiems
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ENTREVISTA
SANDRO GRANDO SUPERINTENDENTE DO BANCO DO BRASIL EM MS “O Banco do Brasil será o grande parceiro com os recursos para que toda a classe produtiva do estado tenha a condição de aproveitar as oportunidades gerando renda, empregos e transformando a nossa economia.”
S
uperintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul, Sandro Grando é graduado em Direito, com MBA em Formação Geral para Altos Executivos. Natural de Ronda Alta-RS, ingressou no Banco do Brasil em 1986, como menor aprendiz, ainda na cidade de origem. Passou por várias funções no Banco nas cidades de Torres, Passo Fundo, Constantina, Sarandi, Araucária, Curitiba e Quatro Barras. Também atuou como Superintendente Regional nos estados do Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e Paraná, passando pela Superintendência de Integração Varejo no Distrito Federal e, posteriormente, como Superintendente Estadual no Tocantins. Desde janeiro de 2019 está em Mato Grosso do Sul, representando o Banco do Brasil como Superintendente Estadual. Em entrevista exclusiva à MS Industrial, ele fala sobre os impactos da pandemia do coronavírus na economia do estado e as ações realizadas pelo Banco para apoiar o setor produtivo. MS INDUSTRIAL | 2020 • 9
Quais são as ações planejadas para fortalecer o setor produtivo nessa retomada da economia? O lema do Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul, em 2021, será proximidade e presença junto aos nossos clientes. Queremos estar próximos, levando consultoria para melhor tomada de decisão, apresentando todo o portfólio existente, de créditos e serviços, com intuito de fortalecer o setor produtivo na retomada da economia. Vamos solidificar as parcerias BB e clientes. Entendemos que essa união será o diferencial nesse momento. Queremos ainda estar presentes nos projetos das federações, na disseminação dos produtos, para que a informação chegue a todos os municípios e empresários. Trabalharemos para uma retomada sólida e crescente, gerando novos empregos, aumentando a produtividade e a rentabilidade das nossas empresas.
quase todos os segmentos. Neste momento o BB mais uma vez em parceria com seus clientes manteve todos os limites de créditos, não houve redução de nenhum cliente, oferecemos a todos os nossos clientes a prorrogação das parcelas, o FCO, giro com recursos próprios, ou seja, o Banco do Brasil ficou lado a lado, entendeu a dificuldade e trabalhou para apoiar o segmento produtivo. Importante também destacar que no ano passado o estado teve destaque na aplicação das linhas dos créditos emergenciais destinados ao segmento. Fizemos um aporte de recursos consideráveis
na linha do Fopag, ainda em abril, com financiamento às empresas para manutenção dos empregos, depois nas parcelas de Pronampe. Nós trabalhamos fortemente e atendemos muitas empresas, dentro do estado superamos a marca de 130 milhões. Somando todas essas linhas emergenciais cabe destacar a aplicação de 100% do FCO para o orçamento de 2020. O BB esteve atuante, presente, demonstrando a parceria dentro do estado e firmando o compromisso de que é importante estar próximo em todos os momentos. Foi um ano de muito aprendizado, onde verificamos
Qual a sua avaliação sobre o ano de 2020? E como a instituição se posicionou diante da pandemia, especialmente para auxiliar o empresário? O ano de 2020 foi um ano totalmente atípico. Não houve planejamento que durasse depois da pandemia, mas o BB teve uma posição muito firme e parceira com o empresariado em Mato Grosso do Sul, começando com a primeira ação tomada, ainda em março, decisão do conselho estadual do FCO e do Banco do Brasil, quando decidimos direcionar 50 milhões do fundo para a linha de capital de giro, já atendendo demandas existentes prioritariamente para que as empresas conseguissem continuar superando aquele momento inicial. O mês de abril foi muito desafiador, de queda do faturamento em 10 •
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“Nós trabalhamos fortemente e atendemos muitas empresas, dentro do estado superamos a marca de 130 milhões. Somando todas essas linhas, emergenciais, cabe destacar a aplicação de 100% do FCO para o orçamento de 2020.”
- SANDRO GRANDO
Superintendente do Banco do Brasil em MS
claramente que os grandes gestores conseguiram superar essa dificuldade mais rapidamente, alguns segmentos tiveram impacto maior, e esses segmentos tiveram nossa atenção especial. Os segmentos que saíram mais rapidamente da crise e decidiram investir também tiveram nosso apoio. É importante frisar que foi um ano difícil, diferente, mas foi um ano que mostrou a capacidade e o empreendedorismo do empresário sul-mato-grossense. Sobre o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento), qual a projeção de liberação para 2021 e como o empresário pode adquirir o crédito? O Banco do Brasil vai operar em 2021 o valor de R$ 1 . 4 4 3 . 6 1 6 . 6 2 9 , 0 0 , sendo R$ 7 2 1 , 8 0 8 . 3 1 4 , 5 0 no FCO Empresarial e R$ 721,808.314,50 no FCO Rural. Como aplicador do FCO, temos uma grande responsabilidade na análise dos projetos. Portanto, é importante que todo empresário que pretenda implantar um projeto dentro da empresa faça antes uma consulta na nossa agência e busque todas as informações. Nosso intuito esse ano é aplicar mais uma vez 100% dos recursos destinados aos investimentos empresariais, como sempre fizemos. Nós analisamos a capacidade de pagamento e gestão, a geração de desenvolvimento para a comunidade e na geração de emprego e renda. Portanto, todos os projetos precisam ser analisados. Nós temos uma análise muito criteriosa a respeito da aplicação porque temos a responsabilidade pelo retorno dos recursos e sua aplicação em novos projetos. Fazemos o convite para que todos os nossos clientes encaminhem seus projetos porque as linhas já estão disponíveis e com recursos para aplicação imediata.
Como a parceria com a Fiems tem contribuído para as ações no estado? Primeiro gostaria de parabenizar a Fiems pela atuação em Mato Grosso do Sul, a importância que tem para o desenvolvimento do estado na capacitação, na gestão, no auxilio a gestão do nosso empresariado, no alinhamento das estratégias em todo o setor produtivo. Nós do Banco do Brasil temos uma parceria duradoura com a Federação, aproveitamos toda a comunicação para levar, ao estado e aos empresários, as informações sobre o FCO e as demais linhas de crédito, e a parceria que temos na análise de projetos para a indústria, com prioridade, para que possamos atender todos os projetos que são importantes para Mato Grosso do Sul. E as expectativas para 2021? Será um ano de grandes desafios? Será um ano de grandes desafios, mas também de boas notícias. Aprendemos muito com as dificuldades do último ano e mesmo assim tivemos crescimento, com a chegada da vacina os ânimos e sentimentos positivos vêm à tona, e com isso, entendemos que o momento é de grandes oportunidades que aparecerão em todos os segmentos. Esse será o ano da retomada do investimento, o ano da geração de novos postos de trabalho, de rentabilidade e produtividade em todos os segmentos empresariais. O Banco do Brasil será o grande parceiro com os recursos para que toda a classe produtiva do estado tenha a condição, dentro do seu planejamento, de aproveitar as oportunidades gerando renda, empregos e transformando a nossa economia. Contem conosco!
“Será um ano de grandes desafios, mas também de boas notícias. Aprendemos muito com as dificuldades do último ano e mesmo assim tivemos crescimento, com a chegada da vacina os ânimos e sentimentos positivos vêm à tona e, com isso, entendemos que o momento é de grandes oportunidades que aparecerão em todos os segmentos”
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FALA, INDÚSTRIA
Eu confio muito na iniciativa privada, tenho certeza que nós precisamos avançar hoje mais na iniciativa privada e menos no Estado. É nessa linha que eu defendo essa questão da vacina e é nessa linha que eu defendo outras ações. É importante a iniciativa privada participar desse processo e que esse imbróglio jurídico seja superado em breve” SÉRGIO LONGEN presidente da Fiems
As escolas do Sesi têm o privilégio de ter dentro da estrutura uma experiência muito grande e autoridade nas questões de SST (Saúde e Segurança no Trabalho) e de biossegurança. Isso nos permite oferecer o retorno às aulas presenciais de forma segura, com todo o carinho, a receptividade e o amor que a gente quer dar para os nossos alunos” RÉGIS PEREIRA BORGES superintendente do sesi
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A Federação das Indústrias sempre foi uma parceira do TRT em inúmeras atividades e propostas. Nós temos muito sucesso nessa boa relação e vamos intensificar ainda mais isso a partir de agora ” DESEMBARGADOR AMAURY RODRIGUES PINTO JÚNIOR Novo presidente do TRT/MS (Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso do Sul)
Nós temos aqui a nossa Escola Legislativa, que oferece qualificações para os colaboradores, e acredito que essa aproximação com o Senai vai ser interessante, além de ser uma oportunidade de podermos entender as demandas das indústrias e propor projetos que contribuam efetivamente para o desenvolvimento de Campo Grande” VEREADOR CARLÃO presidente da Câmara Municipal de Campo Grande
O ano de 2021 já está marcado pela retomada, e o espírito da livre iniciativa do IEL/MS vai contribuir muito para a difusão do empreendedorismo através da educação e aperfeiçoamento empresarial. Isso cria um cenário cada vez mais favorável para o desenvolvimento de novos negócios e estamos certos de que o momento será marcado pelo aumento da competitividade e do desenvolvimento sustentável dos negócios” SILVIO MARÃES superintendente do IEL/MS
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I N O VA Ç Ã O
Um brinde de plantas
aquáticas ISI Biomassa descobre fórmula de cerveja com uso de planta aquática como ingrediente
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gua, lúpulo, malte e cevada costumam ser os ingredientes básicos para a produção de cervejas, mas já imaginou uma formulação que utiliza plantas aquáticas? Como desdobramento do projeto desenvolvido pelo ISI Biomassa, em parceria com a empresa CTG Brasil, para utilizar macrófitas (plantas aquáticas) na produção de bio-óleo, pesquisadores descobriram que essas mesmas plantas podem ser utilizadas para novos produtos, entre eles a cerveja. A ideia surgiu depois da verificação da grande quantidade de amido presente na macrófita Typha dominguensis, popularmente conhecida como taboa. “O malte também é muito rico em amido, então pensamos na possibilidade de substituir uma pequena parte do malte pela taboa. Para isso, realizamos uma parceria com algumas cervejarias da cidade de Três Lagoas (MS), como a Beer Prosas, Carcará e Via Malte, para testarmos as formulações”, explicou o pesquisador bolsista especialista visitante do ISI Biomassa, Fernando Alves Ferreira. O resultado foram 20 litros de cerveja estilo “Cream Ale” - modo americano de cerveja que surgiu no fim do século 19, como uma variação das populares “Pilsners” - com a substituição de 13% do malte utilizado na cerveja convencional pelo pó do resíduo da produção do bio-óleo fabricado com as macrófitas. “A nossa cerveja artesanal fez sucesso entre os degustadores e, agora, estamos tentando produzir novas receitas para fabricar outros tipos de cerveja, como uma APA (American Pale Ale), porque a taboa tem características que permitem essa produção”, afirmou Fernando Ferreira. Ele ponderou, contudo, que, em termos econômicos, a nova receita ainda não é viável porque o quilo da macrófita já preparada para a elaboração da bebida é muito caro devido a todo o processo envolvido, apesar de ser um resíduo. No entanto, a grande vantagem é a questão da sustent16 •
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abilidade e o ISI Biomassa está aberto para parcerias com cervejeiras que queiram inovar em seus produtos e processos. “A taboa é uma planta invasora do nosso ecossistema e que também prejudica o pleno funcionamento das turbinas da hidroelétrica local. Então retiramos o excesso dessas macrófitas, limpando as margens do rio e em vez de simplesmente jogarmos fora esse excesso, utilizamos a planta para a produção de bio-óleo e também estamos pesquisando novos produtos. Além disso, a colheita das plantas é feita de maneira manual pelos próprios ribeirinhos, preservando a vida aquática da região e a não degradação do rio”, ressaltou o pesquisador do ISI Biomassa.
As macrófitas em excesso prejudicam a entrada de água pelas turbinas da hidroelétrica local.
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FIEMS
Conforto,
SEGURANÇA E
Sustentabilidade
Edifício Garagem, do Sistema Fiems, tem vagas para carros e motocicletas, sistema digital de localização e placas de energia solar
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Sistema Fiems entregou, no mês de janeiro deste ano, a obra do Edifício Garagem. Com mais de 5 mil m², o prédio fica em frente ao Edifício Casa da Industria, com acesso pela Rua Engenheiro Roberto Mange, no Bairro Amambaí, em Campo Grande (MS), e vai atender as unidades da Fiems, Sesi e Senai na Capital. Na inauguração, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, ressaltou que o projeto tem um sistema moderno e também foi pensado para ser sustentável. “Esse Edifício foi planejado para o bem-estar dos colaboradores e também pensando na sustentabilidade. Essa inauguração marca o início de uma série de projetos para este novo ano”, salientou. A obra teve investimentos na ordem de R$ 8 milhões e começou em 2019. A entrega gerou bastante expectativa nos colaboradores, uma delas é a secretária-executiva Celina Lima, que é colaboradora do Sistema Fiems há mais de 30 anos e aprovou o espaço. “É mais segurança e conforto para todos nós, sem contar que o lugar ficou muito moderno e acessível”, pontuou. O diretor Julião Gaúna também elogiou a estrutura. ”Foi um investimento importante para a Fiems, vai proporcionar um melhor atendimento aos nossos colaboradores e atender os eventos organizados pela Federação, com este espaço teremos mais segurança e tranquilidade para o nosso público que participa e, pelo que sei, é o primeiro espaço na cidade de Campo Grande com esta divisão de três andares”, salientou. A estrutura conta com 216 vagas para carros, 36 para motocicletas, acessibilidade e espaço para bicicletas, tudo monitorado 24 horas em equipes de segurança
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216
VAGAS DE CARRO
36
VAGAS DE MOTO
33
CÂMARAS DE MONITORAMENTO
8 MILHÕES
DE INVESTIMENTO
e 33 câmeras de monitoramento. Outro diferencial é o sistema digital para auxiliar os condutores no momento de estacionar, no corredor um painel digital indica quantas vagas estão livres e onde localizá-las, além de uma luz verde acesa nos pontos onde a vaga está livre, as ocupadas são indicadas com a luz vermelha. A obra do edifício garagem começou em fevereiro de 2019, o gerente de engenharia Júlio Da Cas Netto acompanhou todo o trabalho e reforçou as estratégias do projeto. “Não é apenas um espaço de garagem, mas um prédio planejado para ser autossustentável”, comentou. O engenheiro se refere ao projeto de energia sustentável. O prédio foi equipado com placas de energia fotovoltaicas, 20% da energia produzida fica para suprir a garagem e os outros 80% abastecem a escola do Sesi e a faculdade do Senai, a produção de energia começou antes mesmo da inauguração, o sistema está funcionando há 60 dias. “A maioria das nossas escolas e faculdades no estado já adotaram esse sistema, faz parte do nosso projeto de equilíbrio para o futuro”, complementou o presidente da Fiems.
Não é apenas um espaço de garagem, mas um prédio planejado para ser autossustentável ” - JÚLIO DA CA S N E T T O Gerente de Engenharia
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GIRO DA INDÚSTRIA
C ON G R E S S O NA CIO NA L Após as eleições dos novos presidentes do Senado Federal e Câmara dos Deputados, presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) destacou que o principal desafio dos novos presidentes será colocar em votação e aprovar pautas urgentes como reformas tributária e administrativa. E que a atuação do Congresso é fundamental para o Brasil encontrar soluções adequadas à severa crise sanitária e econômica vivenciada pelo país em função da pandemia da Covid-19.
L EI DE L I B E RDA D E ECONÔMICA Três Lagoas agora conta com uma lei para facilitar e agilizar a abertura de negócios e acelerar o desenvolvimento econômico e social. A Lei de Liberdade Econômica de Três Lagoas, regulamentada pelo Decreto nº 105 do dia 22 de janeiro, facilita e simplifica o processo de abertura de empresas, isenta os empreendimentos de baixo risco dos trâmites de licenciamento ambiental, licença de vigilância sanitária e Guia de Diretrizes Urbanísticas (GDU) e traz benefícios para empresas de médio risco. Todo o processo passa a ser feito de forma digital. Em fevereiro de 2020, os 79 municípios de Mato Grosso do Sul assinaram termo de compromisso com a implantação das mudanças previstas na Lei de Liberdade Econômica. Em agosto do ano passado o Estado criou um mapa onde acompanha a aplicação da lei em cada município.
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P I B E M Q UE DA O Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 4,1% em 2020, totalizando R$,4 trilhões. Esse é a maior queda anual da série iniciada em 1996 e interrompeu o crescimento de três anos seguidos, entre 2017 e 2019, quando o PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, acumulou alta de 4,6%. O PIB per capita alcançou R$35.172 no ano passado, recuo de 4,8%. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado pelo IBGEInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
H OME O F F ICE As ofertas de emprego em home office cresceram 309% em 2020. É o que aponta levantamento realizado pela Vagas.com, empresa de soluções tecnológicas de recrutamento e seleção. De acordo com a companhia, o volume de vagas ofertadas saltou de 594 posições em 2019 para 2.428 no ano passado.
N OVA F ER R O E S TE O projeto da ferrovia que vai ligar Mato Grosso do Sul ao porto de Paranaguá é considerado estratégico nacionalmente e qualificado pelo PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Em reunião recente no Paraná detalhes sobre o projeto foram discutidos. E o Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário (GT Ferrovias) fez em fevereiro a primeira visita técnica ao Porto de Paranaguá. O Corredor Oeste de Exportação, tem extensão de 1.370 km, e abrange a construção de novos trechos ferroviários ligando o polo produtor de grãos de Maracaju (MS) ao porto de Paranaguá (PR). A previsão é levar o projeto a leilão ainda neste ano.
IN V EST I M EN T OS E M TR A N SP O R T E Falando em transportes, o total de investimentos federais na área de transporte em 2020 alcançou R$8,3 bilhões, valor 4% inferior ao investido em 2019 e o menor montante desde 2005. Os dados são referentes ao total de recursos investidos pelo Ministério da Infraestrutura e pelas sete companhias federais, estatais responsáveis pela administração de parte dos portos públicos do país. Os últimos dez anos foram marcados por uma redução progressiva da capacidade de investimentos no setor público, reflexo da crise fiscal e econômica que ainda persiste.
M I N ÉR I O
MÍNIMO D E F R E T E
Mineradora anuncia investimento de R$40 milhões e geração de 50 empregos diretos no município de Inocência. A empresa pretende implantar uma nova atividade no Estado com a exploração de vários produtos da rocha, como o basalto negro utilizado pela indústria da construção para se obter o ‘preto absoluto’, usado em decoração. Também deve ser extraído o pó de rocha, para a agriculta, além da brita, muito demandada para asfaltamento. A empresa já tem autorização da Agência Nacional de Mineração e a Licença Ambiental Prévia do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul. E entrou com pedido de incentivos fiscais junto ao governo do Mato Grosso do Sul.
O transporte rodoviário de cargas tem um novo piso mínimo do frete, com valores especificados pela ANTT- Agência Nacional de Transportes Terrestres. Conforme nota técnica, quando ocorre no mercado nacional oscilação no preço do óleo diesel superior a 10% (para mais ou menos), uma nova norma com piso mínimo deverá ser publicada pela agência. A equação leva em conta coeficientes relativos aos custos de deslocamento, de carga e de descarga, custo operacional e mercadológico. O cálculo leva em conta o último levantamento de preços feito pela Agência Nacional de Petróleo, que observou o valor médio do diesel entre 22 e 27 de fevereiro, e verificou aumento de R$3,663 para R$4,25. Em termos percentuais, esse aumento equivale a 16,03%.
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GERAL
INDUSTRIAL
de MS
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Três Lagoas a melhor cidade para se fazer negócio, no setor da indústria, no Estado. O município também aparece entre as melhores no ranking nacional
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rês Lagoas, que fica a 330 km da capital, Campo Grande, no leste de Mato Grosso do Sul, é a melhor cidade no estado para se investir no setor industrial. O município também aparece em destaque no ranking nacional, em 25º lugar. Os dados são da pesquisa “Melhores cidades para fazer negócios 2.0” edição 2020, publicada pela Urban Systems, uma empresa de consultoria de mercado. O mapeamento apontou as 100 melhores cidades para se fazer negócio no setor da indústria, no país, e analisou indicadores relativos à evolução do setor, à dinâmica de empregos, ao impacto do isolamento social no número de empregos, à infraestrutura e à logística. O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul, Sérgio Longen, destacou que Três Lagoas é a capital da indústria de MS e que o Sistema Fiems está preparado para atender a demandas das empresas que escolhem o Estado para se instalarem. “Hoje as empresas têm grande dificuldade para conseguir apoio técnico e tecnológico para a implantação e é nessa área que o Sistema Indústria tem trabalhado. Esperamos cada vez mais contribuir para mais empresas se instalarem no Estado, seja em Três Lagoas ou em outras regiões” completou Sérgio Longen. Dados da pesquisa apontam que 26,97% dos empregos em 2019 foram gerados pelo setor industrial, ou seja 1 em cada 4 empregos são provenientes da indústria. E que entre 2018 e 2019 a renda do trabalhador da indústria teve crescimento de 2, 71%. E que 19, 79% das vagas são empregos na indústria da transformação, com média e alta remuneração.
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Esperamos cada vez mais contribuir para mais empresas se instalarem no Estado, seja em Três Lagoas ou em outras regiões ” - SÉRGI O L ONGEN presidente Fiems
50 melhores cidades no País para negócios no setor industrial
O ESTUDO O levantamento foi realizado com dados de todos os municípios brasileiros que possui mais de 100 mil habitantes (estimativa populacional IBGE 2020), totalizando 326 cidades. Foram 10 pontos avaliados: empregos no setor industrial, empregos no setor com média e alta remuneração, estabelecimentos industriais, renda do trabalhador da indústria, exportação, distância do aeroporto, distância do porto, paralizações no serviço de água, rodovias federais e concentração de empregos no setor. Para complementar o estudo traz ainda o “Macro Cenário”, com indicadores relativos ao cenário comum a todos os municípios (gestão fiscal, empregabilidade) e relativos aos impactos da COVID-19 na saúde (infectados, mortalidade e letalidade da doença) e na economia (saldo de empregos em 2020). A pesquisa é realizada pela Urban Systems, empresa com 21 anos de atuação em consultoria de mercado, realizando pesquisas com atuação em todo o país e em diferentes segmentos econômicos como: mercado imobiliário, educação, comércio, serviços, indústria, agropecuária. A FORÇA DA INDÚSTRIA O setor industrial no município se destaca com indústrias de médio e grande porte, que geram empregos e impulsionam a economia na região. Mas principalmente a presença de duas importantes empresas de celulose. A Suzano é uma dessas empresas, que escolheu a cidade para instalar seu complexo industrial. A empresa que começou sua operação em 2008, com a inaugu-
Posição
UF
Município
IQM
1º
BA
Camaçari
6,558
2º
SP
Jacareí
6,300
3º
SP
Cubatão
6,287
4º
SP
Pindamonhangaba
6,259
5º
PE
Igarassu
6,254
6º
SP
Itapevi
6,213
7º
ES
Aracruz
6,211
8º
PA
Barcarena
6,186
9º
SP
Jandira
6,146
10º
CE
Caucaia
6,144
11º
SP
Diadema
6,138
12º
CE
Maracanaú
6,134
13º
SP
Ferraz de Vasconcelos
6,117
14º
RS
Gravataí
6,111
15º
RJ
Macaé
6,107
16º
RJ
Itaguaí
6,107
17º
PE
Vitória de Santo Antão
6,106
18º
MG
Betim
6,073
19º
SP
Suzano
6,071
20º
RS
Santa Cruz do Sul
6,059
21º
SP
Caieiras
6,059
22º
RS
Rio Grande
6,025
23º
SP
Sertãozinho
6,005
24º
BA
Simões Filho
5,990
25º
MS
Três Lagoas
5,984
26º
BA
Juazeiro
5,965
27º
SP
Itaquaquecetuba
5,959
28º
SP
Itu
5,955
29º
PE
Cabo de Santo Agostinho
5,945
30º
MG
Ubá
5,942
31º
SP
Taubaté
5,939
32º
SP
São Bernardo do Campo
5,927
33º
SP
Sorocaba
5,918
34º
MG
Nova Serrana
5,913
35º
AM
Manaus
5,910
36º
ES
Serra
5,892
37º
GO
Catalão
5,890
38º
RJ
Resende
5,890
39º
CE
Sobral
5,889
40º
BA
Alagoinhas
5,886
41º
RS
Sapucaia do Sul
5,874
42º
SP
Sumaré
5,862
43º
SP
São José dos Campos
5,861
44º
MG
Montes Claros
5,855
45º
SP
Jundiaí
5,850
46º
RS
Bento Gonçalves
5,849
47º
SP
Rio Claro
5,841
48º
SP
Valinhos
5,834
49º
SC
Joinville
5,834
50º
SP
Guarulhos
5,831
MS INDUSTRIAL | 2020 • 27
ração da primeira fábrica de celulose de Mato Grosso do Sul e em 2017 inaugurou a segunda linha de produção. Juntas, essas duas fábricas formam um dos maiores e mais modernos complexos de celulose do mundo, com uma capacidade de 3,25 milhões de toneladas de celulose/ano. Desse total, cerca de 90% da produção é destinada para o mercado externo. Atualmente, a empresa é responsável pela geração de cerca de 6 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos, em Três Lagoas e região. O gerente executivo de operações florestais da Suzano em Mato Grosso do Sul, Jansen Barrozo Fernandes, explica que a escolha de Três Lagoas para receber a unidade da empresa foi estratégica. “Além da logística privilegiada, já de conhecimento de todos, como a posição centralizada, próxima aos grandes centros, e com três modais para escoamento da produção à disposição; temos o clima propício e disponibilidade de terras para o cultivo do eucalipto. Além disso, encontramos uma cidade e um povo acolhedor, que estavam ávidos e se preparando para o desenvolvimento que estava por vir”, explicou Jansen Fernandes. Em 2020, ano referente a pesquisa, mesmo diante da pandemia provocada pelo novo coronavírus, a empresa manteve seu ritmo de investimentos. Foram 1.311 novas contratações na região, sendo 1.094 foram para o setor florestal e 217 para a indústria. Além de ações para mitigar os reflexos da pandemia para seus fornecedores de bens de serviços, antecipando os valores de pedidos. O que resultou em uma movimentação de R$ 481 milhões com a aquisição de bens e serviços na economia de Mato Grosso do Sul, R$ 4 milhões
28 •
MS INDUSTRIAL | 2020
em comparação a 2019. Outra grande empresa que escolheu Três Lagoas a multinacional ArcelorMittal, foi, em 2012, a primeira usina siderúrgica a se instalar na região Centro-Oeste do país. Numa região onde a celulose é o principal motor da economia, a empresa enxergou oportunidades para atender principalmente o mercado da construção civil, colaborando para a diversificação econômica e desenvolvimento regional. O Gerente de Laminação da ArcelorMittal, Francisco José do Rego Coelho explicou que a escolha da cidade foi estratégica para receber uma unidade da empresa. Entre os fatores avaliados, logística, e índices de desenvolvimento. “Trata-se de uma região em pleno desenvolvimento econômico e o objetivo da ArcelorMittal é crescer junto com Três Lagoas, contribuindo para a consolidação da cadeia produtiva da construção civil. A cidade possui boa logística, oferta de infraestrutura adequada e, principalmente, disponibilidade de pessoas com boa formação e que querem se engajar no projeto da empresa”, completou Francisco José do Rego Coelho. Com uma unidade compacta, e de alta tecnologia a empresa que está há oito anos na cidade, investe em programas de ampliação e consolidação de mercado. Com aportes contínuos em manutenção dos ativos da unidade. E prevê crescimento para o ano de 2021. “Mesmo nesse cenário de pandemia em nosso país, as expectativas são muito boas. Temos uma previsão de crescimento da produção para esse ano na unidade de Três Lagoas de 16% na comparação com ano anterior”, finalizou Francisco José do Rego Coelho.
MS INDUSTRIAL | 2020 • 29
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MS INDUSTRIAL | 2020
C APA
O MAR MERCADO tá pra peixe Indústria frigorífica de Mato Grosso do Sul vai do boi ao peixe e Estado é hoje o maior exportador de tilápia do País, com perspectivas de aumentar ainda mais MS INDUSTRIAL | 2020 • 31
C APA
uando ouve a palavra frigorífico, boa parte das pessoas já imagina um boi no abate ou aquela picanha sendo cortada para o churrasco de domingo. Natural, afinal só em Mato Grosso do Sul há 50 estabelecimentos desse segmento que atuam apenas com bovinos. No entanto, há no Estado 132 indústrias frigoríficas, conforme a última RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), que empregam um total de 33,9 mil trabalhadores e operam no abate de bovinos, aves, suínos, peixes e até jacarés. O número demonstra a força e a variedade da indústria frigorífica de Mato Grosso do Sul. Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a sociedade como um todo acredita que a indústria frigorífica de Mato Grosso do Sul consiste apenas na bovinocultura e reconhece a carne bovina como a maior produção de proteína do Estado. “O que não é verdade. Temos também grande produção de suínos, aves e peixes, que vem se consolidando de forma interessante”, afirma. Ele destacou que Mato Grosso do Sul lidera a produção de tilápia no País, exportando grande parte da produção. “Visitei há alguns anos uma unidade produtora que na época produzia 100 toneladas de tilápia por dia. Além disso, temos fazendas de tilápia com a produção de ração que estão fazendo a diferença na industrialização do Estado”, completa. FOMENTO – Apesar de a produção de carne bovina ser a mais expressiva em Mato Grosso do Sul, com a maior quantidade de frigoríficos deste segmento, o segmento de pescados também tem ganhado força no Estado e recentemente passou a contar com um importante instrumento de apoio à produção, o Propeixe (Programa Estadual de Fortalecimento da cadeia produtiva do peixe), que foi lançado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) com a expectativa de duplicar o processamento de peixes até 2022.
32 •
MS INDUSTRIAL | 2020
MS INDUSTRIAL | 2020 • 33
C APA Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com sete polos de produção de pescado, distribuídos nas regiões Norte, Centro, Sudoeste, fronteira, Grande Dourados, Cone Sul, sendo a maioria de pequenos produtores e com a Costa Leste concentrando a grande produção de tilápia. São 1.338 piscicultores mapeados, 2.441 hectares de tanques escavados e 1.767 unidades de tanques redes, que produziram em 2019/2020 o total de 20,3 mil toneladas de tilápia e 3,6 mil toneladas de peixes nativos. De acordo com o titular da Semagro, o setor está em expansão no Estado com nove unidades de processamento de peixe em fase de projeto ou construção. “Temos investimentos sendo realizados em cinco municípios do Estado com previsão de início em 2021 o que mostra o potencial para crescimento do setor e a necessidade de apoio do Governo. O programa foi construído juntamente com o setor produtivo para ter efetividade e vem no momento ideal. Entre as nossas metas com o Propeixe está mais que dobrar a produção, aumentar a capacidade de processamento e posicionar Mato Grosso do Sul entre os 5 maiores produtores do País - hoje somos o oitavo”, afirma o secretário. Entre os objetivos do Propeixe, está a simplificação de normas e procedimentos além da adequação da carga tributária sobre o produto visando maior competitividade. O programa ainda prevê o apoio à viabilidade de crédito e recursos financeiros ao setor e premiação para os produ34 •
MS INDUSTRIAL | 2020
QUANTIDADE DE INDÚSTRIAS FRIGORÍFICAS EM MS BOVINOS
50 14,6 MIL
ESTABELECIMENTOS
TRABALHADORES
12 8,3 MIL
ESTABELECIMENTOS
AVES
TRABALHADORES
SUÍNOS
9 7,9 MIL
ESTABELECIMENTOS
TRABALHADORES
3 680
ESTABELECIMENTOS
PEIXES
TRABALHADORES
DEMAIS
(Subprodutos do abate, fabricação de produtos de carne e fabricação de produtos do pescado)
INDÚSTRIA FRIGORÍFICA TOTAL NO MS
58 2,4 MIL
ESTABELECIMENTOS
TRABALHADORES
58 2,4 MIL
ESTABELECIMENTOS
TRABALHADORES
tores, nos moldes do Precoce MS e Leitão Vida. A partir do Propeixe, o Governo do Estado espera chegar a produção de 36 mil toneladas de peixe em 2021, aumentando a capacidade de processamento para 37 mil toneladas. Também pretende chegar a utilização de 70% da capacidade instalada da indústria local em 2021, saindo dos atuais 58%. EXPORTAÇÕES - O Estado também lidera o ranking de maior exportador de tilápia do Brasil, sendo responsável por 84,84% das vendas externas brasileiras do produto. Em 2020, os valores das exportações de tilápia de Mato Grosso do Sul aumentaram 10,49% em relação a 2019, índice acima da média de crescimento da piscicultura nacional, que ficou em 4,4% no mesmo período - conforme levantamento da Embrapa Pesca e Aquicultura. O desempenho sul-matogrossense é destacado na Nota Técnica sobre as Exportações de Tilápia, elaborada pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Segundo a nota, mesmo sob os efeitos da pandemia, os valores das vendas externas de tilápia produzida no Estado saíram de US$ 5,04 milhões em 2019, para US$ 5,57 milhões no ano passado. De acordo com a Nota Técnica da Semagro, ao longo do ano de 2020 houve oscilação nas exportações, com queda no segundo trimestre, tanto para Mato Grosso do Sul como para o Brasil, provavelmente decorrente
MS INDUSTRIAL | 2020 • 35
C APA da pandemia. O último trimestre do ano também fechou com queda em relação aos três meses anteriores. O maior patamar de crescimento alcançado foi no primeiro trimestre de 2020 com um crescimento de cerca de 120% em relação ao primeiro trimestre de 2019, tanto para Mato Grosso do Sul como para Brasil. Os principais destinos das exportações de tilápia produzida em Mato Grosso do Sul em 2020 foram os Estados Unidos, Canadá e Tanzânia. As operações com o mercado norte-americano somaram US$ 5,28 milhões, com incremento de 5,18% em relação a 2019. As vendas externas para o mercado canadense caíram 25,78%, totalizando US$ 277,7 mil no ano passado. Em contrapartida, a Tanzânia surgiu como novo destino, com US$ 55,2 mil em exportações. LOGÍSTICA PRECISA - O bom desempenho nas exportações se deve, em grande parte, ao frigorífico GeneaSeas, localizado no município de Aparecida do Taboado (MS) e que tem capacidade de abate de 80 toneladas de tilápia por dia, número que deve ser ampliado em dois anos, quando a unidade poderá abater 120 toneladas de pescado por dia. A expansão faz parte dos planos da empresa de ampliar sua atuação e passar a distribuir para todos os países da América Latina. Atualmente, a maior parte da produção do GeneSeas é para abastecer o mercado interno, sendo distribuída em todos os Estados brasileiros e presente nas
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MS INDUSTRIAL | 2020
SENAI DÁ SUPORTE PARA INSTALAÇÃO DA 1ª INDÚSTRIA DE TILÁPIA ENLATADA DE MATO GROSSO DO SUL
O Senai está dando suporte para a instalação da 1ª indústria de tilápia enlatada de Mato Grosso do Sul. O empreendimento da Frescomares, grupo que já tem unidades em Navegantes (SC) e Mossoró (RN), será construído em uma área de 13 mil metros quadrados no município de Itaporã (MS) e terá suporte do Senai inicialmente para aprovação de financiamento e, posteriormente, para projetos executivos de montagem da indústria. Segundo o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, a parceria com a Frescomares deve ainda se expandir para serviços de tecnologia e inovação e também na oferta de cursos de qualificação profissional para preparar a mão de obra da região. “Nós ficamos agradecidos pelo reconhecimento como suporte para um produto inovador como a tilápia enlatada em Itaporã. Estamos de portas abertas para novas oportunidades com relação à educação profissional e às consultorias para que a indústria comece preparada para ter excelentes resultados”, afirmou. O diretor-executivo da Frecomares, Márcio Rabello, explicou que o novo empreendimento receberá investimento total de R$ 20 milhões, com previsão de início das obras já em abril deste ano já a produção deve começar em 2022. “Teremos inicialmente 120 trabalhadores e, depois de três anos, esse número deverá triplicar. Com certeza o apoio do Senai está sendo fundamental nessa fase ainda de aprovação, com o suporte para o projeto de financiamento, e queremos continuar com parcerias futuras, conforme o projeto evolua”, destacou. Ele reforçou o interesse em consultorias estratégicas oferecidas pelo Senai no Estado, em tecnologia e inovação. “Teremos em breve uma reunião com o IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), localizado em Dourados (MS), para ajudar com os processos para o nosso produto, que é extremamente inovador, e também vamos querer alinhar uma parceria para qualificar nossa mão de obra. Com certeza a expertise do Senai aqui no Estado será de extrema importância para melhorarmos nossos processos e produtos”, finalizou.
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C APA
principais redes de supermercadistas, desde o atacado ao varejo, mas também há um grande mercado nos Estados Unidos, Canadá, Taiwan, Tailândia, Coreia do Sul e Japão. Segundo o diretor comercial do GeneSeas, Gabriel Pires, para Estados Unidos e Canadá existe toda uma organização da operação logística para que os filés de tilápia cheguem frescos até o destino final. “A carga precisa sair exatamente às 18h de Aparecida do Taboado em caminhões refrigerados até o aeroporto de Guarulhos (SP) com toda a documentação organizada para a exportação. No início da manhã saem os primeiros voos comerciais e é neles que colocamos nossos paletes devidamente resfriados. Em menos de 48 horas nossos peixes estão nos Estados Unidos prontos para o consumo
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MS INDUSTRIAL | 2020
e sem a necessidade de serem congelados”, explicou. Ele ainda destacou que a demanda por pescados brasileiros vem aumentando exponencialmente nos Estados Unidos e, por isso mesmo, a empresa hoje conta com um centro de distribuição para os americanos. “Quem também ocupa esse mercado é a China, maior produtora de pescados do mundo, mas atualmente a preferência tem sido por peixes brasileiros, que apresentam uma qualidade maior. E por isso a GeneSeas tem investido cada vez mais na produção da clean tilápia, que na tradução significa tilápia limpa, ou seja, com boas práticas, em águas fluidas, sem antibióticos”, detalhou Gabriel Pires.
GeneSeas é a Rota Bioceânica, que ligará o Brasil ao Chile, passando por Paraguai e Argentina. Com o novo corredor, a expectativa é que a empresa ganhe o mercado asiático e se consolide ainda mais como uma grande exportadora de tilápia e já se planeja para uma nova ampliação na produção. “Nós entendemos que esse novo corredor vai ser uma excelente oportunidade para expandirmos ainda mais nosso mercado, porque tornará mais fácil o transporte até o Chile e a chegada dos nossos produtos até a Ásia. A China domina atualmente esse mercado, mas a demanda por pescados no mundo é muito grande e há espaço para todos”, completou Gabriel Pires.
ROTA BIOCEÂNICA – Outro ponto que está no radar da
INTEGRAÇÃO – No segundo semestre de 2020, o grupo Pluma,
que detém a Bello Alimentos, decidiu ampliar a área de atuação – que é de frangos, com frigoríficos em Itaquiraí e em Aparecida do Taboado – e adquiriu a empresa Mar e Terra, localizada em Itaporã, para criar a primeira integradora de peixes de Mato Grosso do Sul. Em Itaporã, será feita a ampliação do frigorífico, instalação de uma fábrica de ração e a integração com os produtores, para que sejam inseridos na cadeia produtiva. O Grupo Pluma prevê investir em torno de R$ 100 milhões até 2024, quando deve chegar a 200 empregos diretos e 600 indiretos no município. A previsão é produzir alevinos, ração e trabalhar com peixes de tanque e redondos, com alta tecnologia.
EXPANSÃO – Tanto o GeneSeas como o Mar e Terra têm suas produções de tilápia, mas a demanda por pescados atualmente é tão grande que os dois frigoríficos ainda absorvem a produção da Tilabrás, localizada no município de Selvíria, e que produz de 8 a 10 mil toneladas de peixe por ano. O empresário Nicolas Landolt explicou que desse total, 50% são destinados para os frigoríficos GeneSeas e Mar e Terra e 50% vão para frigoríficos do Estado de São Paulo. “Nós temos ainda o projeto de expansão das nossas atividades e de construir um frigorífico. Gostaríamos que fosse em Mato Grosso do Sul, porque já temos a produção no Estado, mas ainda estamos estudando a viabilidade do projeto”, concluiu.
VEJA ONDE ESTÃO OS FRIGORÍFICOS
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SENAI
ALIMENTO EM UM
GOLE IST Alimentos e Bebidas usa tecnologia para otimizar sopa engarrafada de indústria paulista
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MS INDUSTRIAL | 2020
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O
produto por si só já é super inovador: uma sopa engarrafada, sem adição de conservantes, aromatizantes ou corantes, com prazo de validade de oito meses, sem necessidade de ser resfriado. No entanto, a You Foods, indústria de alimentos localizada em São Paulo (SP), acredita que a “You drink me” pode ser ainda mais inovadora, melhorar o sabor e ter um tempo de validade ainda maior. Nesse sentido, a You Foods procurou o IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), localizado em Dourados (MS), para otimizar sua produção. Com uso de uma variedade de tecnologias e inovações, foram feitos testes e pesquisas para melhorar a qualidade e o sabor da sopa engarrafada e também o emprego de um bottom, uma espécie de bateria, que foi colocado entre o produto para medir os níveis de tempo e temperatura do processo de esterilização, gerando, em seguida, um gráfico com todas as informações. Segundo a coordenadora do IST Alimentos e Bebidas, Maria Carolina Silva Pego, também foram testados novos tipos de tratamento térmico para controlar a acidez da sopa. “O IST Alimentos e Bebidas ainda simulou uma análise sensorial para conferir com os técnicos do laboratório se o sabor final do produto continuava agradável”, detalhou, completando que receber a demanda de uma empresa de São Paulo, uma região onde há a maior concentração de indústrias alimentícias do País, e conseguir apresentar soluções que atendam às expectativas da empresa é motivo de muita satisfação. Maria Carolina Pego acrescenta que o objetivo do IST Alimentos e Bebidas é ser referência em pesquisa e inovação, bem como no controle de qualidade, para ajudar no desenvolvimento da indústria de Mato Grosso do Sul e de outros Estados do Brasil. Para a empresária Maria Angélica Andrade, uma das sócias da
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MS INDUSTRIAL | 2020
You Foods, a experiência com o IST Alimentos e Bebidas não poderia ter sido melhor. “Quando tivemos a ideia de fazer essa sopa pronta para o consumo, tivemos todos os cuidados de criar um produto natural e diferente de tudo o que há no mercado e procuramos diversos especialistas. Viemos para Mato Grosso do Sul porque foi a unidade do Senai que mais tinha condições de atender as nossas demandas”, explicou a empresária Maria Angélica Andrade. Ela disse que o objetivo inicial era aumentar o prazo de validade da sopa “You drink me”, mas que a parceria com o IST Alimentos e Bebidas deve se estender para ampliar a linha de produtos da You Foods. “Nós estamos realmente muito satisfeitas com todo o atendimento que estamos recebendo e com toda a tecnologia que vem sendo empregada nos processos. Nosso produto é algo inovador, muito novo no mercado, e queremos continuar com essas inovações, oferecendo para os consumidores um alimento prático, gostoso e saudável”, finalizou. Serviço – Os interessados nos serviços do IST Alimentos e Bebidas podem obter mais informações pelo telefone (67) 34112636. MS INDUSTRIAL | 2020 • 43
SINDICATOS Sindicato
Presidente
Telefone
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO DE CORUMBÁ - SIACO CORUMBÁ
Edis Gomes da Silva
99987-1604
edis@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS EXTRATIVAS DE CORUMBÁ - SINDIECOL CORUMBÁ
Irma Tinoco Atagiba Asseff
99925-8687
irma.lindinha@hotmail.com
Alfredo Fernandes
99983-8477
aefe@terra.com.br
Lenise de Arruda Viégas
99962-2471
la_viegas@hotmail.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE CORUMBÁ - SINDICOM CORUMBÁ
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO DE CORUMBÁ - SINDIVESC CORUMBÁ
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE CORUMBÁ - SIMEC
Marcelo de Carli
98126-5758
postofronteirao@terra.com.br
CORUMBÁ
44 •
MS INDUSTRIAL | 2020
SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO DO ESTADO DE MS - SINDUSCON CAMPO GRANDE
Amarildo Miranda Melo
3387-8884 3387-1608
SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO, TECELAGEM E FIAÇÃO DE MS - SINDIVEST CAMPO GRANDE
José Francisco Veloso Ribeiro
3324-1963
sindivestms@fiems.com.br veloso@fiems.org.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DO ESTADO DE MS - SIMEMAE CAMPO GRANDE
Nilvo Della Senta
3324-1963
simemae@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDIGRAF CAMPO GRANDE
Altair da Graça Cruz
3325-6161
sindgraf@uol.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA DO ESTADO DE MS - SINDEPAN CAMPO GRANDE
Marcelo Alves Barbosa
3324-1963
sindpan@fiems.com.br
SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS IND. DE MÓVEIS EM GERAL, MARCENARIAS CARPINTARIAS, SERRARIAS, TANOARIAS, MADEIRAS COMPENSADAS E LAMINADAS, AGLOMERADOS E CHAPAS DE FIBRAS DE MADEIRAS, DE CORTINADOS E ESTOFADOS NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDMAD CAMPO GRANDE
Antônio Carlos Nabuco Caldas
3324-1963
sindmadms@fiems.org.br
superintendencia@sindusconms.com.br
Sindicato
Presidente
Telefone
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDAL CAMPO GRANDE
Roberto Hollanda
3324-3499
roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FABRICAÇÃO DO AÇÚCAR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDAÇUCAR CAMPO GRANDE
Roberto Hollanda
3324-3499
roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DE PEQUENO E MÉDIO - SINERGIA CAMPO GRANDE
Roberto Hollanda
3324-3499
roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br
SINDICATO DAS EMPRESAS DO VESTUÁRIO INDUSTRIAL DA REGIÃO SUL DO MS - SINVESUL DOURADOS
Gilson Kleber Lomba
3421-5995
sinvesul@hotmail.com
Fabricio Berton
3324-1963
sindiplastms@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PAPEL E CELULOSE DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINPACEMS CAMPO GRANDE
Élcio Trajano
3324-1963
sinpacems@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SILEMS CAMPO GRANDE
Milene de Oliveira Nantes
3324-1963
silems@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FRIO, CARNES E DERIVADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SICADEMS CAMPO GRANDE
Ivo Cescon Scarcelli
3383-1511
sicadems.ind@gmail.com
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CERÂMICAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDICER CAMPO GRANDE
Natel Henrique Farias de Moraes
3324-1963
sindicer.ms@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDICAL CAMPO GRANDE
João Batista Camargo
3324-1963
sindicalms@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SIAMS CAMPO GRANDE
Sérgio Marcolino Longen
3324-1963
sindicato@siams.org.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DOS VESTUÁRIO, TECELAGEM E FIAÇÃO DE TRÊS LAGOAS - SINDIVESTIL TRÊS LAGOAS
Marcelo Galassi
3324-1963
sindivestms@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PLÁSTICOS E PETROQUÍMICAS DE MATO GROSSO DO SUL - SINDIPLAST
CAMPO GRANDE
MS INDUSTRIAL | 2020 • 45
IEL
IEL pretende abrir 3,3 mil vagas de estágio ao longo do ano em Mato Grosso do Sul
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MS INDUSTRIAL | 2020
CHANCE DE
MS INDUSTRIAL | 2020 • 47
QUEM PODE ESTAGIAR? Qualquer estudante, com idade mínima de 16 anos, matriculado e frequentando o ensino regular em instituições de Ensino Superior, educação profissional, Ensino Médio, da educação especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, na modalidade profissional da Educação de Jovens e Adultos (EJA), pode estagiar.
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MS INDUSTRIAL | 2020
O
estágio é um processo de aprendizagem indispensável para quem deseja se preparar para enfrentar os desafios de uma carreira e também pode ser a porta de entrada para uma trajetória profissional muito bemsucedida. O programa de estágio do IEL tem justamente o objetivo de desenvolver profissionais para o trabalho e para a vida. Neste ano, o IEL pretende ofertar 3.300 vagas de estágio nos 79 municípios, as oportunidades alcançam estudantes do ensino médio e ensino superior, isso representa um aumento de 28,6% na comparação com 2020 na oferta de vagas de estágio. São muitas oportunidades para sair à frente e fazer diferença no mercado de trabalho. Visto que as empresas estão cada vez mais exigentes na hora da contratação de um estagiário, uma dica importante da coordenadora da área de desenvolvimento de carreira do IEL, Rosângela Ramos, é que os estudantes que desejam uma oportunidade no mercado de trabalho mantenham o pacote office atualizado, tenham uma boa postura profissional, bom relacionamento interpessoal, boa comunicação, ser pontual, e se mostrar disponível para aprender sempre. “O estágio é uma forma do estudante aprender mais sobre sua
O IEL AJUDA VOCÊ!
Através do IEL o candidato pode participar do programa de estágio, desenvolvendo suas habilidades, ser incluído no processo de recrutamento e seleção e também participar no programa Foco na Carreira. São várias opções
área de atuação, tendo a oportunidade de desenvolver suas competências e habilidades, ao lado de profissionais experientes”, pontuou Rosângela Ramos. Foi exatamente o que aconteceu com o funcionário público Vicente Mota. Pernambucano, ele lembra que entrou no mercado de trabalho por meio de um estágio no IEL. “Na época eu cursava Secretariado Administrativo na Universidade Federal, procurei o Instituto e me inscrevi no estágio, a partir daí cresci muito profissionalmente”, lembrou. Após terminar o curso e concluir o estágio Vicente decidiu fazer outra faculdade, cursou direito e depois mudou-se para Mato Grosso do Sul, hoje trabalha na área de gestão ambiental e dá o exemplo para o filho de 23 anos. Vitor Melchids, está no terceiro semestre do curso superior de Administração e agora é a vez dele se inscrever no programa de estágio. O pai fez questão de acompanha-lo na hora de fazer a inscrição no programa de estágio. O estudante interessou-se pelas possibilidades oferecidas pelo IEL. “Eu faço administração porque também é próximo da área de vendas, que é a minha preferida, gostei das oportunidades e se tudo der certo quero começar logo meu estágio”, afirmou.
para alcançar sucesso nas escolhas profissionais e pessoais! Para o estudante concorrer às vagas de estágio do IEL, basta estar matriculado em uma instituição de ensino e realizar o seu cadastro no site do Instituto.
Serviço - Todas as informações estão no site: http://www.ms.iel.org.br. MS INDUSTRIAL | 2020 • 49
SES I
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MS INDUSTRIAL | 2020
O “NOVO NORMAL”
HÍBRIDO Para garantir segurança de alunos e colaboradores, escolas do Sesi, no Estado, têm aulas presenciais e remotas.
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P
ara garantir o escalonamento dos alunos e, assim, evitar aglomerações, o ano letivo de 2021 começou em fevereiro nas sete unidades do Sesi em Aparecida do Taboado, Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju, Naviraí e Três Lagoas com aulas nas modalidade híbrida, ou seja, presenciais e também remotas. A medida foi estabelecida pela Rede de Ensino do Sesi no Estado, pensando na biossegurança dos mais de 2.500 estudantes e colaboradores da instituição. Segundo a analista técnica de educação do Sesi, Glaucia Campos, o retorno das aulas foi um momento muito esperado pelos alunos, pais e professores e que toda a Rede foi preparada para receber os estudantes com total segurança. “As sete escolas do Sesi no Estado estão preparadas para um acolhimento seguro e com toda sua equipe pedagógica pronta para dar todo suporte necessário. É uma imensa satisfação receber nossos alunos e alunas, pois esse foi um momento muito esperado por todos. A saudade é imensa, assim como o desejo de que nosso ano letivo seja ainda mais rico de compartilhamento e trocas de conhecimento”, completou. Um comitê técnico multidisciplinar formado por profissionais do Sesi desenvolveu todos os protocolos de biossegurança para o retorno das aulas na modalidade presencial e as sete escolas receberam adaptações físicas, com sinalização de segurança, álcool em gel, distanciamento de carteiras e bancos, espaços de higienização na entrada das unidades. Todos os professores, colaboradores e funcionários terceirizados das escolas realizaram testagem para Covid-19 antes do
As sete escolas do Sesi no Estado estão preparadas para um acolhimento seguro e com toda sua equipe pedagógica pronta para dar todo suporte necessário ” - GLAUCI A CAMPOS ANALISTA DE EDUCAÇÃO DO SESI
retorno das aulas - os exames devem ser refeitos a cada 15 dias - e passaram por treinamentos sobre as medidas de biossegurança necessárias para receber os estudantes. O diretor da Escola do Sesi de Campo Grande, Murilo Augusto Oliveira Júnior, destacou que foram várias semanas de preparação de toda a estrutura da escola e de treinamentos. “Desde o ano passado começamos um trabalho interno implementando os planos de biossegurança, realizando treinamentos com nossos funcionários, montando todos os equipamentos de transmissão de aulas, para garantir a qualidade do atendimento dos estudantes em aulas remotas. Estamos preparados para receber nossos alunos, de forma acolhedora e segura”, pontuou. MS INDUSTRIAL | 2020 • 53
Para o retorno das aulas, os pais e os alunos receberam cartilhas com as orientações de medidas de biossegurança dentro e fora da escola, como, por exemplo, o uso de máscara, higienização das mãos, distanciamento social, não compartilhar materiais e alimentos, entre outras. A estudante Manuela Ribeiro de 11 anos, do 5º ano do Ensino Fundamental da Escola do Sesi de Campo Grande, chegou para o primeiro dia de aula acompanhada da mãe, Rosana Marques, e contou sobre a ansiedade do retorno das aulas presenciais e da nova escola. “É muito melhor aulas presenciais porque nas escolas temos mais experiências. Ano passado eu fiquei estudando só em casa, então estou feliz de voltar para a escola”, contou Manuela Ribeiro. A mãe dela, Rosana Marques, que é bancária, falou sobre as orientações para os pais e os alunos sobre os protocolos de biossegurança e anova rotina dentro da escola. “O Sesi passou todas as informações, deu todo o amparo sobre as medidas de biossegurança dentro da escola, isso foi fundamental, fez a gente se sentir acolhida e segura com esse retorno. Estamos confiantes”, explicou. No primeiro dia de aula, terçafeira (02/02) os alunos receberam um kit com uma garrafinha para água e duas máscaras com íon de prata, apontada por pesquisadores como uma tecnologia capaz de eliminar o vírus. Logo na entrada, os alunos passam pela área de higienização das mãos, pés, e aferição de temperatura. Os horários de entrada e saída foram escalonados para evitar tumulto. E dentro das salas de aula a quantidade de alunos será limitada respeitando a lotação 54 •
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Minha mãe explicou que vou ter que usar a máscara o tempo todo, usar álcool em gel, não colocar a mão na boca, manter a distância, fazer tudo para ficar segura” - I S A B E L A LIN O SID RA L estudante, 10 anos
máxima prevista por decretos municipais. Todas as aulas são transmitidas online para os alunos que estão assistindo de forma remota. Também na unidade em Campo Grande, onde mais de 500 alunos retornaram as aulas, a estudante Isabela Lino Sidral, de 10 anos, contou que já recebeu em casa orientações dos pais sobre as mudanças de rotina necessárias. “Minha mãe explicou que vou ter que usar a máscara o tempo todo,
usar álcool em gel, não colocar a mão na boca, manter a distância, fazer tudo para ficar segura”, explicou. Em Naviraí, 251 alunos retornaram às aulas e a diretora Paula Nudimila de Oliveira Silva falou da ansiedade e alegria dos estudantes no início de um novo ciclo. “Apesar de todas as mudanças na rotina dentro da instituição, o primeiro dia foi tranquilo. Não tivemos tumulto, as pessoas estão preocupadas com a segu-
rança, então respeitam o distanciamento social, cuidando da higiene. Sentimos que essa nova realidade auxiliou no processo de organização da nossa nova rotina na instituição”, contou. Em Três Lagoas as aulas iniciaram apenas de forma remota por determinação da prefeitura, as aulas presenciais foram liberadas apenas a partir do dia 18 de fevereiro, com a liberação da vigilância sanitária. MS INDUSTRIAL | 2020 • 55
DICAS
COMO SE COMPORTAR NO HOME OFFICE? A pandemia acelerou uma tendência que timidamente se aproximava das práticas convencionais de trabalho - o home office, que surge como uma alternativa para as empresas continuarem sendo produtivas em meio ao cenário adverso de pandemia. De acordo com uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), 80% dos gestores das empresas brasileiras aprovam o regime de teletrabalho. O home office é uma modalidade de trabalho em que basicamente o colaborador está em um ambiente de trabalho fora da sua organização, o que requer a mesma postura profissional de
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quando estava dentro de sua organização o que ao mesmo tempo possibilita autonomia e a proximidade da família. Esta modalidade de trabalho veio para ficar! Confira as dicas da coordenadora de desenvolvimento empresarial do IEL, Jackeline Magalhães, sobre como o profissional deve se portar em home office para otimizar os resultados.
É preciso atenção para as distrações que o conforto de casa pode propiciar, como animais de estimação, afazeres domésticos, filhos e demais familiares que geralmente tem uma dificuldade de associar o estar em casa com o descanso e atividades em conjunto, por isso, algumas dicas são importantes para quem quer atuar em home office:
Busque um ambiente tranquilo de trabalho, com foco na concentração, produtividade;
Organize suas atividades domésticas e atividades familiares;
Tenha cuidado com a aparência, cuidado com cabelos, barba e roupas já que é muito frequente reuniões virtuais;
Tenha um local de trabalho só seu, como mesa e cadeira confortáveis, local arejado, com a luminosidade necessária e com internet de qualidade;
Faça a gestão do seu tempo.
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RADAR INDUSTRIAL
E MP R E GO O setor industrial de Mato Grosso do Sul, composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, encerrou o ano de 2020 com o total de 132.186 trabalhadores empregados, indicando um aumento de 5,5% em relação ao fechamento do ano anterior, quando o contingente ficou em 125.300 funcionários, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Em dezembro do ano passado, a indústria registrou saldo negativo de 1.367 postos formais de trabalho em Mato Grosso do Sul, resultado de 3.496 contratações e 4.863 demissões. Por outro lado, no acumulado do ano, a Indústria foi responsável pela abertura de 6.886 vagas, resultado de 60.560 contratações e 53.674 demissões, garantindo ao setor industrial a condição de maior gerador de postos formais de trabalho em Mato Grosso do Sul no ano de 2020, respondendo por 49% do total. As atividades industriais que mais abriram vagas no mês de dezembro foram fabricação de produtos de pastas celulósicas, papel, cartolina e papelão (+112), manutenção e reparação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras (+77), abate de aves (+73), abate de suínos (+43) e fabricação de produtos alimentícios não especificados (+40).
E X P O R TA ÇÃ O A receita com a exportação de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul em janeiro alcançou US$ 239,7 milhões, indicando recuo de 26% em relação ao mesmo mês de 2020, quando o valor ficou em US$ 322,7 milhões, conforme levantamento do Radar Industrial da fiems. Em relação ao volume, a queda ficou em 28%. Esse foi o pior resultado das exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul para o mês de janeiro, considerando os últimos sete anos. Quanto à participação relativa, a indústria foi responsável por 80% de toda a receita de exportação do estado no primeiro mês de 2021. Os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Açúcar e Etanol”, “Óleos vegetais”, “Metalmecânica”, “Couros e peles”, “Extrativo mineral” e “Alimentos e bebidas”.
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PROD UÇÃ O IN D UST RIA L Apesar do ritmo menos intenso, comum para o período, a produção industrial alcançou o melhor resultado já registrado para o mês de janeiro em Mato Grosso do Sul, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. O índice de evolução da produção industrial no Estado encerrou o mês de janeiro em 47,4 pontos, indicando o melhor desempenho já registrado para o mês em toda a série histórica. No atual levantamento, 70% das empresas industriais do estado apresentaram estabilidade ou aumento na produção (50% das empresas com produção estável e 20% com crescimento). Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em 3 pontos percentuais. Com esse desempenho, o índice de evolução da produção fechou janeiro de 2021 com crescimento de 2,0 pontos na comparação com igual mês do ano anterior e de 6,6 pontos sobre a média histórica obtida para o mês.
D E S E M P E N H O IN D UST RIA L - IGD I O IGDI (Índice Geral de Desempenho Industrial) de Mato Grosso do Sul, que foi criado pelo Radar Industrial da Fiems e é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial, alcançou 56,0 pontos em janeiro, mesmo patamar registrado em igual mês do ano anterior, repetindo, deste modo, o melhor resultado já registrado para o mês em toda a série e indicando crescimento de 7,2 pontos sobre a média histórica obtida para o mês. Neste levantamento, 70% das empresas industriais do estado reportaram crescimento ou estabilidade da produção. Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em 3 pontos percentuais. Essa melhora também se refletiu na utilização da capacidade instalada que alcançou o maior patamar já registrado para o mês de janeiro, com 68% de utilização média da capacidade total. É importante ressaltar que 70% dos respondentes disseram que a utilização da capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês. Já os índices de intenção de investimento e confiança permaneceram em patamares elevados com 63,7 e 64,1 pontos, respectivamente. Por fim, com os dados consolidados, constata-se que o IGDI permanece acima dos 50 pontos, indicando que, na média geral, o nível de atividade industrial percebido pela maior parte dos empresários respondentes foi satisfatório no mês de janeiro. MS INDUSTRIAL | 2020 • 59
QUANTO VOCÊ P A G O U ?
INDICADOR DE ARRECADAÇÃO 2020 1.046
mato grosso do sul R$ milhões
Evolução ICMS
2021 1.046 1014 969 869
924
896
888
848
840
841
722
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
Janeiro a dezembro de 2020
r$ 11.094.691.296
ABRIL
JUNHO
MAIO
janeiro a fevereiro de 2020
r$ 1.756.865.013
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
janeiro a fevereiro de 2021
r$ 2.092.039.863
OUTUBRO
NOVEMBRO
Variação No período
DEZEMBRO
19,08%
Fonte: Boletim de arrecadação de tributos estaduais - CONFAZ / Minstério da Economia. Elaboração: SFIEMS COEP
EXPECTATIVA DO MERCADO • DESEMPENHO ESPERADO EM 2021 COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO AO MÊS ANTERIOR
MARÇO (05/03)
FEVEREIRO (05/02)
Índice oficial de inflação - IPCA (%)
3,98
3,60
Aumento (piora)
Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$)
5,15
5,01
Aumento
Taxa básica de juros Selic fim de período (%a.a.)
4,00
3,50
Aumento (piora)
PIB (% do crescimento)
3,26
3,47
Queda (piora)
Produção Industrial (% do crescimento)
4,37
5,00
Queda (piora)
52,50
60,00
Queda (piora)
5,17
4,44
VARIÁVEIS
Investimento Direto no País (US$ Bilhões) Inflação dos Preços Administrados (%)
Fonte: Banco Central do Brasil - Boletim Focus de 05 de março e 05 de fevereiro.
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Aumento (piora)
Quem te conhece RURAL FOODS INOVA COM COMIDA CONGELADA USANDO TÉCNICA QUE MANTÉM NUTRIENTES E SABOR DO ALIMENTO Quem é do ramo de cozinha ou familiarizado com o mundo da gastronomia já deve ter ouvido falar do termo francês “sousvide”, que na tradução literal significa “sob vácuo”. Trata-se de uma técnica de cozinha em que se coloca comida em uma embalagem apropriada selada a vácuo em baixa temperatura por um tempo maior que o tradicional com o objetivo de manter a integridade do alimento, evitando a perda de umidade e sabor. Em Campo Grande, a indústria Rural Foods usou como base a técnica para produzir alimentos congelados como forma de oferecer comida natural, saudável e prática. Ao invés das tradicionais marmitas, encontrados no mercado, a empresa oferece porções individuais, com mais de 30 opções, que vão desde caldo de mandioca, macarrão de abobrinha, tiras de filé mignon quatro queijos, farofa com bacon e banana da terra e
o tradicional arroz carreteiro, carro-chefe da empresa. “A ideia de oferecer porções individuais é para tornar tudo mais prático e permitir a maior variedade para o cliente, que monta seu próprio prato conforme suas preferências, diferente do que acontece com serviços de marmitas prontas, por exemplo. Com porções individuais, cada pessoa pode formar o prato do jeito que preferir”, explicou o empresário Pedro Aiolfi Rodrigues Belo. Outro diferencial da Rural Foods é o fato de que todos os alimentos são produzidos com o objetivo de oferecer uma refeição saudável, com ingredientes naturais e de qualidade. O consumidor recebe tudo congelado e embalado à vácuo, o alimento já vem pronto. Para preparar basta tirar os alimentos do congelador e colocar direto na água fervente ou micro-ondas. “É realmente um prato práti-
co, gostoso, com todos os nutrientes e extremamente saudável. Estamos no mercado desde 2018, vendendo por meio do ecommerce e usando muito a tecnologia para mostrar nosso projeto. Acredito que nessa correria que vivemos, a possibilidade de ter à mão uma comida gostosa, natural e prática facilita muito e é uma das coisas que as pessoas têm buscado. Além de disponibilizar seus produtos para pessoas físicas, a Rural Foods também fornece em atacado para bares e cafés e também está abrindo a possibilidade de parcerias para hotéis, que podem ter os pratos prontos no congelador, à disposição dos clientes, com a possibilidade de oferecer refeições prontas a qualquer horário. “São poucos minutos de água quente ou de micro-ondas e o alimento está pronto para ser montado no prato e consumido”, finalizou Pedro Belo.
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ART IG O
ÂNIMO RENOVADO PARA AS REFORMAS - ROB SON B RAGA
Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
O início da vacinação contra a Covid-19, após um ano extremamente difícil para a saúde das famílias e para a economia global, renovou o ânimo das pessoas em todo o mundo. É reconfortante perceber a volta da esperança nos olhos de quem já teve a oportunidade de receber uma das vacinas que os cientistas desenvolveram em tão pouco tempo. À medida que o número de imunizados crescer, a rotina vai gradativamente se restabelecer, impulsionando a retomada da atividade econômica, mas é preciso garantir a criação de outras condições para o crescimento. Em todos os países, os governantes devem aproveitar o momento de relativo otimismo para melhorar o ambiente de negócios, retirar os obstáculos ao setor produtivo e estimular os investimentos e a criação de empregos. Obviamente, sairão na frente as nações cujo arcabouço institucional e normativo já se mostrava, no período anterior à pandemia, propício ao exercício mais adequado da capacidade empreendedora. No caso do Brasil, será necessário um trabalho mais intenso, de modo a fixar bases concretas para um novo período de expansão. Mais até do que antes, precisamos de reformas urgentes. Felizmente, os recém-eleitos
presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado tomaram posse ressaltando a necessidade de vacinar com mais celeridade toda a população e de votar e aprovar propostas indispensáveis para o reerguimento da economia brasileira. Também o Poder Executivo, especialmente por meio de declarações de membros da equipe econômica, reforçou o desejo de implantá-las. Dessa maneira, é possível que o novo ciclo de reformas seja, enfim, viabilizado. Como sabe qualquer pessoa que tenha ousado abrir uma empresa no Brasil, a reforma mais imprescindível e inadiável é a tributária. Complexo e anacrônico, o atual sistema de cobranças de impostos impõe ao contribuinte um número absurdo de obrigações claramente desnecessárias. Além disso, as empresas têm custos substanciais para calcular e efetuar o pagamento dos tributos e na administração das diversas declarações exigidas pelo Fisco. Não há país desenvolvido que imponha tamanho desconforto às empresas e aos trabalhadores. Do mesmo modo, é muito difícil obter o pleno desenvolvimento com um Estado que sirva como um forte contrapeso a atrapalhar o dinamismo empresarial, como ocorre no Brasil. Por isso,
necessitamos tanto de uma reforma administrativa para dar mais eficiência ao aparato estatal, que deve aprender a fazer mais com menos – em outras palavras, prestar um serviço público de boa qualidade com custos menores. Espera-se, também, que essa reforma contribua no esforço em favor do reequilíbrio das contas públicas, que foram ainda mais deterioradas no período da pandemia. Estamos todos cansados das diversas restrições e dos prejuízos causados pelo coronavírus há mais de um ano. Porém, com a imunização proporcionada pela vacina, que será progressiva, já começamos a respirar novos ares. Aos poucos, o turismo, o comércio e a produção industrial vão crescer em níveis mais satisfatórios, trazendo de volta os empregos perdidos. Nosso desafio é enorme, mas será mais facilmente vencido se o Congresso e o governo conseguirem assegurar a realização das reformas, adotando, também, todas as medidas pontuais requeridas para garantir o crescimento. Devemos trabalhar com determinação, persistência e muita confiança no futuro. *O artigo foi publicado na edição de fevereiro da Revista Indústria Brasileira
O conteúdo publicado nesta página é de inteira responsabilidade do autor e as opiniões no texto não representam o posicionamento do Sistema Fiems
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Sebrae.
O clique da transformação da sua empresa.
Tudo no mundo se transforma: os conceitos, os meios, o consumo, as habilidades, os modelos de negócio. E você, tá esperando o que para dar o PLAY da transformação?
SAIBA COMO O SEBRAE PODE TRANSFORMAR A SUA EMPRESA.
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