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SUMÁRI O
05 Painel digital 06 diretoria 07 editorial 08 charge 09 entrevista 12 Fala, indústria 22 giro da indústria 44 sindicatos 56 dicas 58 radar industrial 60 quanto você pagou? 62 artigo
capa
28 Lugar de Vacina é no braço O esforço colaborativo entre o Sistema FIEMS e o poder público tem como alvo a saúde de toda a população
14 inovação Com tecnologia, indústria de Campo Grande será a primeira do Brasil a produzir ovo em pó orgânico
24 Quando a conta não fecha Para Longen, reajuste nos preços do gás natural vai prejudicar empresas e reduzir as chances de recuperação de empregos
50 sesi SESI disponibiliza 53 mil doses de vacinas contra a gripe para trabalhadores da indústria em MS
61 quem te conhece que te compre Indústria de chapéus estilosos em Rio Verde tem feito a cabeça de fashionistas por todo o País
38 senai Pellets a partir de cascas de coco verde e outras biomassas residuais
18 fiems Por soluções inovadoras que melhorem a competitividade das indústrias Sistema Fiems inaugura Startup 4 •
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46 iel IEL reforça que não existe idade para aprender ou para tentar uma vaga de estágio
PAINEL DIGITAL
SISTEMA FIEMS NA REDE Fique por dentro dos nossos destaques nas redes sociais
Você sabe a diferença entre a CoronaVac, AstraZeneca e a Pfizer? Arrasta para o lado e entenda um pouco mais sobre elas! Vacinação é proteção!
Os Jogos Olímpicos, em Tóquio, reunirão atletas de elite e muito mais que isso, contará ao mundo histórias emocionantes e exemplos de superação.
A dinâmica em grupo é um etapa importante do processo seletivo. Os recrutadores os recrutadores avaliam a forma com que você lida com o trabalho em grupo e principalmente como interage com os demais participantes. Então confira as dicas para mandar bem!
O Big Boss despertou a força e clamou pelo retorno do mais sábio entre os Jedis: Mestre Yoda. Sem contra-ataques, sem ameaças fantasmas e muito menos vingança, o mentor de Luke Skywalker deixou um recado para os jovens Padawans do SENAI MS. #maythe4thbewithyou
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DIRET O R I A Presidente: Sérgio Marcolino Longen 1ª Vice-pres.: Claudia Pinedo Zottos Volpini 2º Vice-pres.: Alonso Resende do Nascimento 3º Vice-pres.: José Francisco Veloso Ribeiro 1º Vice-Pres Regional: Luiz Claudio Sabedotti Fornari 2º Vice-Pres Regional: Roberto José Faé 3º Vice-Pres Regional: Romildo Carvalho Cunha 4º Vice-Pres Regional: Régis Pereira Borges 5º Vice-Pres Regional: Lourival Vieira Costa 6º Vice-Pres Regional: Gilson Kleber Lomba 1º Secretário: Silvana Gasparini Pereira 2º Secretário: Antônio Carlos Nabuco Caldas 3º Secretário: Zigomar Burille 1º Tesoureiro: Altair da Graça Cruz 2º Tesoureiro: Edis Gomes da Silva 3º Tesoureiro: Nilvo Della Senta
SI STEMA FI EMS Chefe de Gabinete da Presidência: Robson Del Casale Diretor Executivo: Anatole Verlaine Etges Superintendente do Sesi/MS: Régis Pereira Borges Diretor Regional do Senai/MS: Rodolpho Caesar Mangialardo
Diretores: João Batista de Camargo Filho Antônio Breschigliari Filho Julião Flaves Gaúna Marcelo Alves Barbosa Alfredo Fernandes Marcelo De Carli Ferreira Cláudio George Mendonça Marismar Soares Santana Regis Luís Comarella Walter Ferreira Cruz Walter Gargione Adames Vagner Rici Silvio Roberto Padovani Omildson Regis Guimarães José Eduardo Maksoud Rahe
Superintendente do I EL/MS: Silvio Marães
Conselho Fiscal: Efetivos: Milene de Oliveira Nantes Ivo Cescon Scarcelli Lenise de Arruda Viegas
Revista da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul
Suplentes: Egon Hamester Edson Luiz Germano de Souza Delegados Suplente junto à CNI: Efetivos: Sérgio Marcolino Longen Claudia Pinedo Zottos Volpini Suplentes: Roberto José Faé José Francisco Veloso Ribeiro
Gestora de Comunicação: Ana Paula Dantas Cruz Chefe de redação: Sandra (DRT/MS 138) Jornalistas: Flávia Melo (MTB/MS 1032) Ângela Schafer (MTB/MS 1083) Flávia Galdiole (MTB/SP 63663) Fotos: Dicom/Fiems Endereço: Avenida Afonso Pena, 1.206 - 4º Andar Bairro Amambaí - Campo Grande/MS - 79.005-901 E-mail: dicom@sfiems.com.br Site: www.fiems.com.br Fone: (67) 3389-9017 As opiniões contidas em artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, o posicionamento do Sistema Fiems Revista Mensal - 10 mil exemplares
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ED ITOR I A L
VACINA NO BRAÇO DE TODOS
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s consequências da pandemia da covid-19 são onipresentes. Todos os países sentiram em algum momento e em graus variáveis essa emergência sanitária, mesmo os mais preparados. Em Mato Grosso do Sul não foi diferente. Há mais de um ano estamos gerenciando a manutenção daquele que é o principal ativo de qualquer empresa, a vida humana. Nesse período estamos direcionando nossos esforços para a preservação de vidas e colocamos a saúde no centro de nossas ações. Estamos cientes e defendemos que apenas a vacina para toda a população vai nos devolver a segurança necessária para o que sabemos fazer de melhor: contribuir para o crescimento de nosso Estado. É por isso que o Sistema FIEMS está engajado no movimento Unidos pela Vacina, em parceria com a Energisa. Foi a nossa forma de adotar todos os municípios sul-matogrossenses e os ajudar na eliminação de todas as barreiras ao ato de vacinar. Para nós é impensável que uma unidade de saúde não possa imunizar a população por falta de algodão, álcool 70% ou mesmo geladeiras para o armazenamento das vacinas. Não conseguiríamos atender a todas as prefeituras que nos procuraram se não tivéssemos a colaboração dos empresários de nosso Estado, que não negaram integrar essa corrente em favor da saúde da nossa população. Temos, ainda, que ressaltar o trabalho do governo do Estado que, apesar de todos os
percalços, nos coloca como líderes da vacinação no País. Se o cuidado com a vida está no centro de nossas prioridades, a retomada do crescimento econômico não poderia ser negligenciada. Prezando pelas medidas de biossegurança, contribuímos para o lançamento do movimento Em Frente MS, para a recuperação dos setores de bares, restaurantes, hotéis, pousadas, eventos e artistas. Não foram poucas as vezes que as necessárias restrições de circulação limitaram o faturamento desses segmentos, forçando muitos a demitir e, até, a fechar as portas. Em parceria com o governo do Estado, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, a Fecomércio, a Faems e o Sebrae, ouvimos os segmentos e elaboramos propostas que serão, agora, avaliadas pelo executivo estadual. Quanto aos artistas, estamos elaborando editais para a garantia da renda interrompida neste período de crise. Essas são as formas de salvaguardar a existência de um Estado forte, pujante, que vai sair dessa crise ainda maior e com mais oportunidades. Nesse caminho, não vamos nos desviar do nosso principal desejo: vacina no braço de todos.
SÉRGIO LONGEN Presidente do Sistema Fiems
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ENTREVISTA
MARCELO VINHAES DIRETOR PRESIDENTE DA ENERGISA EM MATO GROSSO DO SUL “A Energisa entrou no movimento Unidos pela Vacina nacionalmente. A gente entende que, para a retomada do País, além de ser uma questão de saúde pública, as empresas também têm que ter esse lado de olhar pela população, pela sociedade.”
O
engenheiro eletricista Marcelo Vinhaes nasceu no Recife, mas gosta de dizer que não é apenas pernambucano. Desde que ingressou na Energisa, em 2000, aos 21 anos, adotou outros estados por onde passou. É assim que se considera um pouco sergipano, mineiro e, há sete anos, sul-mato-grossense.
Como diretor-presidente da Energisa, em Mato Grosso do Sul, Vinhaes busca contribuir para o desenvolvimento local. As últimas ações afetam diretamente o enfrentamento à covid-19, com o movimento Unidos pela Vacina, em parceria com a FIEMS.
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Por que houve a decisão de a Energisa ingressar no movimento Unidos pela Vacina? Quais foram os motivos que levaram uma concessionária de energia a entrar em uma questão sanitária? A Energisa entrou no movimento Unidos pela Vacina nacionalmente. A gente entende que, para a retomada do País, além de ser uma questão de saúde pública, as empresas também têm que ter esse lado de olhar pela população, pela sociedade. E vimos que a única solução para a crise que enfrentamos é a vacina. E não adianta dizer que existe um tratamento a, b ou c que vai resolver, porque não existe solução para o que vivemos que não seja vacinar todo mundo. Então, vimos a possibilidade do movimento ajudar o País a acelerar o gesto vacinal. Esses são os motivos da nossa participação nesse projeto. Quais segmentos se envolveram mais? No Mato Grosso do Sul tivemos o apoio de todos os segmentos. Então, quando eu procurei o presidente da FIEMS, Sérgio Longen, foi iniciado o trabalho com os empresários. E não houve um que dissesse não, eu não quero. Todos os empresários se uniram, porque eu acho que é consenso. É uma coisa tão óbvia. É consenso para todos que a vacina, facilitar o gesto vacinal, buscar solução para que a vacina vá o mais rápido possível para o braço do sul-mato-grossense, do brasileiro, é o melhor caminho para que a gente retome a vida normal, retome a economia, retome os empregos e faça o Mato Grosso do Sul crescer. Como está caminhando o projeto hoje? Quais são os próximos passos? Já fizemos boa parte da entrega dos refrigeradores. São geladeiras que vão para as unidades de pronto-atendimento em saúde, onde de fato estará a vacina. E estamos fazendo com a FIEMS as entregas dos demais itens. Para a FIEMS foram enviados diversos itens destinados aos postos de 10 •
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saúde. De início vocês receberam demandas de mais de 40 municípios. Quais são essas demandas? A prioridade é a vacina e esse é o nosso principal desafio, mas as prefeituras pedem pequenas coisas. Além da geladeira, que já comentamos, os municípios pedem algodão, álcool em gel, caixas de isopor, caixas térmicas. São equipamentos em que você pode dizer: “poxa, nossa, mas a prefeitura não pode comprar isso?” Às vezes, o processo de órgão público, que envolve questões de licitação e legislação, é lento. Então, a iniciativa privada pode ajudar para dar celeridade a esse processo. Cada dia que
a gente perde por um processo burocrático de um órgão público, a iniciativa privada consegue superar isso de forma muito mais ágil. Existem demandas que não foram atendidas? Algum pedido específico, mais difícil? As maiores demandas, ou seja, os itens mais caros estão completamente atendidos. Restam pequenas coisas, que são detalhes, até pelos próprios doadores, que estão já envolvidos. Entendemos que vamos conseguir cobrir 100% do Estado. O movimento Unidos pela Vacina preconiza a imunização de todos os brasileiros até setembro de 2021. Devido
“É consenso de todos que a vacina, facilitar o gesto vacinal, buscar solução para que a vacina vá o mais rápido possível para o braço do sul-mato-grossense, do brasileiro, é o melhor caminho para que a gente retome a vida normal, retome a economia, retome os empregos e faça o Mato Grosso do Sul crescer.”
- MARCELO VINHAES
Diretor presidente da Energisa em Mato Grosso do Sul
à dificuldade na chegada do imunizante, essa meta pode não ser cumprida. Ainda assim, o trabalho vai continuar? O movimento atuou em duas frentes. Uma foi a que tentou trazer a vacina para o País. E essa foi a frente que acho que foi mais difícil, porque os laboratórios internacionais não vendiam para a iniciativa privada e os laboratórios que já estavam aprovados no Brasil não tinham mais vacinas para vender. Ou seja, se você comprasse a vacina estaria lá na frente, para entrega no futuro. O projeto Unidos pela Vacina previa comprar imunizantes para que fossem 100% doados para o SUS. Só que foi possível agir nessa frente. Assim, decidimos sanar as dificuldades de vários governos atualmente. Foi então que identificamos que alguns municípios não podem não aplicar a vacina porque não têm uma geladeira. Não pode não aplicar uma vacina porque faltou álcool para passar na pessoa ali, para ter cuidado. Eu dou um exemplo do que aconteceu aqui, quando ecebi ligações de pessoas preocupadas, aflitas, porque teriam que fechar postos de saúde. Isso aconteceria porque a geladeira da unidade queimou e não havia outro equipamento. Então eu pedi: o pessoal, coloca a geladeira no caminhão e entrega lá, para esse posto ficar aberto no fim de semana e não ter problema de concentrar essas pessoas no ponto de vacinação e acabar aglomerando as pessoas. Além da atuação para garantir a saúde da população, há outro movimento integrado pela FIEMS que prevê a recuperação econômica do Estado. Entre os principais questionamentos apresentados pelos setores ouvidos (bares, restaurantes, hotéis, pousadas, eventos e artistas) está o custo da energia elétrica. O senhor participou das discussões. Como pode ser resolvido esse ponto? A cadeia de energia elétrica é desafiadora. Então, estamos vivendo um momento de bastante dificuldade no setor elétrico em
virtude das poucas chuvas, da estiagem, que vive o Brasil. Temos reservatórios no Brasil operando abaixo de 30% de capacidade. Nessa linha, o governo federal vem tomado uma série de medidas para conter essa escassez de energia, mas são medidas que irão encarecer o produto. Entre os exemplos está o acionamento de térmicas. Sabemos desse desafio, que é o custo da energia, que é desafiador. Desde o início da pandemia, a Energisa tentou entender o momento do empresário, da sociedade e ela vem tratando cada caso pontualmente. Então, às vezes, você tem um empresário que você olha para o cenário e vê que, realmente, a atividade dele está passando por bastante dificuldade, realmente ele não está conseguindo operar ou trabalhar em virtude de restrições municipais ou estaduais, questões necessárias. Nós estamos focados na questão da saúde e da economia. Por isso, precisamos trabalhar e operar com restrições. E estamos analisando isso. De cada um desses empresários, para tentar ajudar, facilitar, parcelar, alongar dívida. Então a gente tem buscado essa análise. Ou seja, uma análise pontual baseada na atividade, baseada no cenário que envolve o município, para que possa tratar, para que possa cuidar. Como a Energisa se adaptou as regras impostas pela pandemia? Olha, eu falo que a energia elétrica tem que ser a base do desenvolvimento. Então, assim, a gente nunca pode parar. E muitos pararam. Não foi nosso caso. Não podemos parar porque na hora em que a coisa melhorar, na hora que a economia melhorar, a gente vai precisar crescer, tem que ter energia. Então, assim, a gente ficou trabalhando igual formiguinha, quietinha, mas durante todo esse período da pandemia investindo aqui no Mato Grosso do Sul estamos há sete anos já e investimos quase R$ 2 bilhões no sistema elétrico. E continuamos a trabalhar para fornecer energia e quando a sociedade precisar crescer, estaremos à disposição.
“A prioridade é a vacina e esse é o nosso principal desafio, mas as prefeituras pedem pequenas coisas. Além da geladeira, que já comentamos, os municípios pedem algodão, álcool em gel, caixas de isopor, caixas térmicas.”
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FALA, INDÚSTRIA
Eu sempre acreditei que a solução para essa pandemia passaria pela união da sociedade civil. Essa organização é fundamental para superarmos essa crise e reforçarmos a importância do SUS (Sistema Único de Saúde), que é o melhor sistema de saúde do mundo” L U I Z A H E L E N A TRA JA N O Empresária - Magazine Luiza, Shark Tank e outras empresas
Vamos fazer o levantamento dessas demandas de Porto Murtinho e capacitar o empresário, os funcionários e a comunidade, para que, até a inauguração da ponte, possamos ter um aporte necessário para lidar com o crescimento que está por vir” G R A CI E I RY A R R U DA coordenadora do CIN (Centro Internacional de Negócios) de Mato Grosso do Sul
O drive-thru de testes rápidos da FIEMS será muito importante para monitorarmos os casos de Covid-19 também em pessoas assintomáticas e ajudará a complementar nossas outras estratégias” JOS É MA U R O F I L HO secretário municipal de Saúde de Campo Grande
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Com a coordenação do Unidos pela Vacina, assumimos a responsabilidade que considero ainda maior que repasses financeiros: envolver lideranças e fortalecer uma rede solidária e eficaz para acelerar a vacinação” MARCELO VINHAES MONTEIRO Diretor-presidente da Energisa
Gostaria de parabenizar todos que estão trabalhando na linha de frente dessa operação de guerra que estamos vivendo e também reforçar a importância do esforço dos comandantes dessa operação, representados pelos nossos secretários de Saúde e também pelo presidente da FIEMS, Sérgio Longen, que comanda o setor industrial do nosso Estado” PAUL O CORRÊA presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul
O apoio do Sistema FIEMS nas ações de combate à Covid-19 tem sido fundamental. O Albano Franco, que hoje funciona como drive-thru, até recentemente serviu de ponto de logística de insumos e equipamentos hospitalares” GERAL DO RESENDE secretário Estadual de Saúde
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I N O VA Ç Ã O
Galinha dos ovos
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Com tecnologia, indústria de Campo Grande será a primeira do Brasil a produzir ovo em pó orgânico
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alinha dos ovos de ouro existe apenas no imaginário de quem cresceu lendo parábolas. Já a galinha dos ovos em pó, ou melhor, a indústria de ovo orgânico em pó é plenamente possível. A Ovox Brasil será construída em Campo Grande (MS) e terá suporte do IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), localizado em Dourados (MS). O projeto inclui desenvolvimento do planejamento estratégico, com definição da capacidade produtiva, até o processo de spray dryer, que consiste na secagem de diferentes produtos líquidos utilizando uma corrente de ar quente controlada até que esse produto se transforme em pó. Segundo o gerente do SENAI de Dourados, Rogério Mattos, já existem algumas empresas que fabricam ovo em pó no Brasil, mas o ovo orgânico em pó ainda não. “É um produto inovador e para nós é motivo de orgulho ser procurado por essa empresa para auxiliarmos em todo o projeto industrial, do planejamento até o produto finalizado. Isso reforça nossa expertise em tecnologia e inovação e nossa missão em oferecer soluções para apoiar o desenvolvimento da indústria de Mato Grosso do Sul”. A coordenadora do IST Alimentos e Bebidas, Maria Carolina Silva Pego, explicou que a principal vantagem do ovo em pó está no tempo de validade, que pode chegar a um ano, enquanto o ovo in natura precisa ser consumido em, no máximo, 28 dias. “Além disso, o ovo em pó não é comum na culinária doméstica, mas na culinária industrial ele é muito útil para padronizar a produção de forma mais eficaz, porque o tamanho do ovo pode variar conforme espécie. E também a fábrica ganha em armazenagem”. Ela ainda reforçou que a composição do ovo em pó é a mesma do ovo in natura e detalhou a produção. “No processo de spray dryer, nós
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Confira as principais vantagens do ovo em pó
Reduz o risco de contaminação por salmonella ou qualquer outra bactéria presente em alimentos crus;
Rende mais: um quilo pode virar 80 porções de ovo frito ou mexido, com 51 gramas cada;
Não muda a cor ou sabor do alimento, se comparado à versão in natura;
Facilita na hora de preparar as receitas, já que os ovos in natura têm diferentes tamanhos e, portanto, pesos;
Possui os mesmos valores nutricionais do ovo in natura;
Pode ser transportado mais facilmente para qualquer lugar;
Por ser uma importante fonte de proteína, pode enriquecer outros alimentos.
retiramos a água. Então, na hora de utilizar o produto em pó, é preciso acrescentar um pouco de água. Para a realização desse processo, o ovo é pasteurizado para ser desidratado. Ao final, quando se torna pó, ele é embalado, geralmente em latas semelhantes às utilizadas para armazenar leite ninho”. Ainda conforme Maria Carolina Pego, a empresa Ovox Brasil já é cliente do SENAI há alguns anos. “Quando a empresa ainda era apenas produtora de ovos, fomos procurados para auxiliá-los no controle de qualidade para certificação da Iagro. Agora, quando decidiram implantar a indústria, nos procuraram novamente e, para nós do IST Alimentos e Bebidas, é motivo de muita satisfação, porque estamos fidelizando o cliente e mostrando que nosso trabalho vai além de serviços de metrologia, mas também envolve diversas consultorias em diferentes áreas”. O empresário Marcos Roberto Ferreira de Rezende relatou que a ideia de instalação de uma fábrica de ovo orgânico em pó surgiu, principalmente, para ampliar o tempo de validade do produto e, assim, poder buscar novos mercados. “Basicamente o tempo de prateleira foi o maior motivo para que investíssemos nesse novo produto, mas também é mais fácil de transportar e de armazenar, sem perder nenhum dos nutrientes e continuar oferecendo um produto de qualidade para os nossos clientes”. Para ele, o SENAI é um parceiro fundamental desde quando iniciou a granja Pocó, onde são produzidos os ovos orgânicos. “Quando pensei em montar uma indústria, não pensei duas vezes e nem cheguei a procurar outras opções. Vim direto ao SENAI, porque é uma instituição de referência em tecnologia, com uma equipe técnica altamente qualificada e que sempre apresentou excelentes soluções para as minhas demandas”, finalizou. MS INDUSTRIAL | 2020 • 17
FIEMS
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INOVAÇÃO
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SEGURA
Por soluções inovadoras que melhorem a competitividade das indústrias, Sistema Fiems inaugura Startup
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ferecer soluções, garantir vantagem competitiva e acompanhar o ritmo de inovação do mercado. Tudo isso está cada vez mais possível em Mato Grosso do Sul, que passou a contar com a Startup do Sistema FIEMS, o novo marco da inovação tecnológica em Mato Grosso do Sul. “Vamos ter aqui uma equipe para atender o empresário e ajudá-lo nessa busca por soluções inovadoras que melhorem a competitividade das indústrias. Esta startup está linkada com outros hubs de startup do Brasil e do mundo e, desta forma, vamos trazer informações sobre novas tecnologias na produtividade”, afirmou o presidente da FIEMS, Sérgio Longen. Na avaliação do presidente, para inovar, o empresário necessita de segurança e a Startup do Sistema FIEMS garante esse salto competitivo ao empresário. “É por isso que as startups tornam a inovação mais segura, oferecendo ao industriário todas as condições para que tenha eficiência operacional, redução de custo e liderança”. Conforme o gerente da Startup do Sistema FIEMS, Odilon Moura, o local foi desenvolvido para ser referência para o desenvolvimento local. “A Startup foi justamente desenvolvida pelo Sistema FIEMS para ser uma referência para as empresas em soluções, negócios e inovação”. Odilon comentou ainda sobre a reunião com a equipe da Unimed e sobre as estratégias que podem ser adotadas nessa parceria. “Falamos sobre o desenvolvimento de novos produtos, novas estratégias de mercado, na área digital e também a possibilidade de a empresa usufruir de toda nossa estrutura para capacitação profissional”. Em favor do empresariado, a estrutura foi colocada em fun-
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O que é a startup do Sistema FIEMS? A Startup do Sistema FIEMS é um HUB de inovação, um ponto de encontro dos players de mercado, dedicado a fomentar soluções, ideias e empresas que atendam e alavanquem a indústria.
Quais serviços/produtos serão oferecidos? - HUB (Aceleração, mentoria, eventos e hospedagem de startups) - EdTECH (Desenvolvimento de Plataformas e conteúdos educacionais de vanguarda para indústria e sistema S) - FAB LAB (Laboratório de testes e prototipação em escala, tanto físico quanto virtual)
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Quais são os conteúdos desenvolvidos? A Startup do Sistema FIEMS desenvolveu-se no segmento de EdTtech, com criação de conteúdos de vanguarda para o ensino interativo e gamificado. Desenvolvimento de plataforma de microserviços Startup Conecta, que diminuirá o tempo “go to Market” de aplicações relacionadas ao universo da indústria. Na linha do FabLab: desenvolvimento de uma linha de projetos educacionais práticos para aplicação dos conceitos de FabLab em escolas. O Projeto HUB permite a hospedagem de outras startups do setor e o desenvolvimento de editais de inovação em linha com as necessidades e interesses da indústria.
Quem serão os principais beneficiados com a Startup do Sistema FIEMS?
cionamento em junho. O prédio de três pavimentos, que conta com 587,99 metros quadrados construídos em área total de 600 metros quadrados, começou a ser construído em janeiro de 2019 e recebeu investimentos de R$ 3,23 milhões. “É uma estrutura dinâmica projetada com ajuda de técnicos e usuários de startup de outras localidades, que colaboraram com o nosso projeto. É um ambiente realmente de inovação para facilitar a vida de quem mexe no dia a dia com inovação”, completou Longen. A Startup do Sistema FIEMS também já está estabelecendo
parcerias para oferecer estrutura em soluções, negócios e inovação às empresas de Mato Grosso do Sul. O edifício moderno, projetado estrategicamente para atender as demandas de inovação, tecnologia, capacitação e projetos agradou os representantes da Unimed. Também de olho no desenvolvimento local está a Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e Agronegócio de Campo Grande), que enviou uma equipe técnica ao Centro de Inovações e à Startup do Sistema FIEMS, para alinhar parcerias.
A cidade de Campo Grande e o Estado de Mato Grosso do Sul são os grandes beneficiados pela Startup do Sistema FIEMS, que contribui para a construção de um ecossistema de inovação regional alavancado nos interesses e necessidades da indústria. O grande mérito do projeto é permitir que o Sistema FIEMS seja o ponto de encontro de todos os stakeholders envolvidos na cadeia industrial, passando pela oferta de inovação, desde os fornecedores à formação e mão de obra, dando celeridade e ritmo a esse desenvolvimento.
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GIRO DA INDÚSTRIA C E L UL O SE EM A LTA Mato Grosso do Sul alcançou a terceira posição no ranking do setor celulose e papel, os dados são da CNI. A participação do Estado de São Paulo na produção nacional de celulose e papel caiu de 50,31%, no biênio 2007-08, para 32,01%, em 2017-18. Ainda assim, São Paulo continua sendo o maior produtor, seguido por Paraná, que responde por 14,03% da produção nacional. A perda relativa de São Paulo se deve, sobretudo, ao crescimento de Mato Grosso do Sul, que saiu do 14.º lugar no ranking dos maiores produtores de celulose e papel, com 0,23% da produção nacional, para a terceira posição, com 11,09% da produção nacional.
ES T O Q UE I N DÚS TRI A A Sondagem Industrial, pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), mostra que os empresários encerraram abril com nível de estoque efetivo próximo do planejado. Desde o segundo semestre do ano passado, a indústria opera com estoques baixos, muito inferiores ao desejado pelos empresários. Essa situação atingiu nível crítico entre setembro e outubro de 2020 e permaneceu até março deste ano. A pesquisa mostra ainda que a atividade industrial segue acima em relação ao mesmo mês em anos anteriores. A UCI (Utilização da Capacidade Instalada) ficou em 68% em abril de 2021, percentual idêntico ao do mês anterior.
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IND ÚS T R IA DA CE L UL O S E Mato Grosso do Sul vai receber o maior investimento privado do País nos próximos três anos. A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, anunciou que vai investir R$ 14,7 bilhões na construção de uma nova indústria de celulose. O Projeto Cerrado será instalado em Ribas do Rio Pardo e terá capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano. A previsão é de que a unidade entre em operação no primeiro trimestre de 2024 e, até lá, o município deve receber mais de 10 mil trabalhadores na fase de obras.
NOVA F E R R O E S T E O governo de Mato Grosso do Sul apresentou ao Ministério da Infraestrutura um estudo que mostra a viabilidade do Corredor Oeste de Exportação. A apresentação foi feita pelo coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, em uma reunião com a participação dos governadores Reinaldo Azambuja (MS) e Ratinho Junior (PR), do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas e do secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Produção e Agricultura Familiar). O levantamento revelou que Mato Grosso do Sul terá a maior redução de custo de transporte com a Nova Ferroeste, podendo chegar a 30% em relação ao frete rodoviário. A Nova Ferroeste deve atender a uma demanda de transporte de 26 milhões de toneladas de carga. Ao final dos 60 anos de concessão, a projeção é de que a malha ferroviária esteja transportando 38 milhões de toneladas de carga anuais.
R O TA B I O C E Â NI C A
I ND Ú S TR IA D E T R A NS F O R MA ÇÃ O
Lançado em Porto Murtinho, o programa “Cidade Empreendedora” conta com a participação do Sistema S em Mato Grosso do Sul para o desenvolvimento da região, que deve alavancar com a viabilização da Rota Bioceânica, corredor que liga o Brasil ao Paraguai, Argentina e Chile. O programa Cidade Empreendedora, em parceria com a prefeitura, visa promover a transformação da economia e impulsionar o desenvolvimento local a partir do fortalecimento dos pequenos negócios. A FIEMS, por meio do IEL e do CIN/MS (Centro Internacional de Negócios de Mato Grosso do Sul), vai ajudar a fomentar uma frente de capacitação, ajudando a qualificar a população e preparar a mão de obra local para os novos empreendimentos que devem surgir na cidade em virtude da Rota Bioceânica.
Levantamento realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontou que Mato Grosso do Sul está entre os cinco estados brasileiros com maior crescimento no valor adicionado pela Indústria de Transformação em todo o País. Nos últimos 10 anos, a Indústria de Transformação do MS saltou 6 posições no ranking nacional. Atualmente, MS responde pelo 12.º maior valor adicionado pela Indústria de Transformação em todo o Brasil. A expectativa é que, nos próximos levantamentos, MS esteja entre os dez principais estados brasileiros em relação ao valor produzido pela Indústria de Transformação.
E X PO R TA ÇÕ E S D E IND US T R IA L IZA D O S Dados da CNI mostram que durante a pandemia as exportações de produtos industrializados cresceram em ritmo mais lento que as de básicos e que os totais no primeiro trimestre de 2021, na comparação com o mesmo período do ano passado. Elas aumentaram apenas 3,6%, enquanto as exportações de básicos tiveram alta de 23,5%. As exportações totais subiram 14,3% na mesma base de comparação. Com o resultado no primeiro trimestre, a participação de industrializados na pauta exportadora caiu de 46% no primeiro trimestre de 2020 para 42% no primeiro trimestre deste ano. Enquanto isso, as exportações de produtos básicos ampliaram sua participação no mesmo período de 2021, subindo de 54% para 58%. MS INDUSTRIAL | 2020 • 23
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reajuste de 39% por metro cúbico no preço do gás natural, anunciado em abril pela Petrobras, não vai trazer benefícios à indústria, aos distribuidores e, tampouco, aos consumidores sul-matogrossenses. Na avaliação do presidente da FIEMS (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, este novo reajuste é um descompasso diante da fragilidade econômica vivida pelo Brasil atual. “Como você pode ter no Brasil 2,5%, 3,5% de inflação e como é que você pode ter um reajuste de 39% num produto que é a base da economia da indústria? Na média de energia hoje, o reajuste é 15%, 20%, 30%, 18%, 27%. Ou seja, você vê que há um descontrole das contas públicas e dos números administrados pelo governo federal”. O reajuste passou a valer a partir de 1º de maio para as distribuidoras. O índice, de 39% aplicado pela estatal, resulta da política adotada pelo governo Federal, que vincula o preço do petróleo à taxa de câmbio. A atualização de preços é trimestral, tendo como referência os preços de janeiro, fevereiro e março para maio, junho e julho. No período de janeiro, fevereiro e março, o petróleo teve alta de 38%. Outro ponto que impactou no reajuste foi a desvalorização do real. Ainda segundo a Petrobras, quando for considerada a medida por milhão de BTU, unidade de medida utilizada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido e cotada em dólar, o reajuste chega a 32%.
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- SÉRGI O L ONGEN presidente Fiems
Na média de energia hoje, o reajuste é 15%, 20%, 30%, 18%, 27%. Ou seja, você vê que há um descontrole das contas públicas e dos números administrados pelo governo federal ”
REAVALIAÇÃO DA ECONOMIA EM TODOS OS NÍVEIS DE GOVERNO Para Sérgio Longen, o País necessita de ações que considerem o momento econômico. “Eu entendo que nós precisamos reavaliar a economia como um todo, em nível federal, para que possamos melhorar a base da economia a nível estadual nas empresas e nos negócios”. Além da escolha por atrelar o preço do petróleo ao câmbio, há ainda a atualização do produto pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), que registrou, no período de março de 2020 a março de 2021, alta de 31%. “Os nossos indicadores estão desnivelados. Em primeiro lugar, eu acredito que nós precisamos
de um rearranjo da economia em nível nacional. As coisas públicas estão perdendo um pouco de referência, principalmente na base econômica”, alerta o presidente da FIEMS. Hoje, os reajustes prejudicam a produção industrial, a competitividade dos empresários e reduz as chances de recuperação do estoque de empregos já prejudicado pela pandemia de covid-19. Caso a situação não seja repensada, as dificuldades serão acentuadas, analisa o presidente da FIEMS. “A gente vê um desemprego enorme. Cada vez mais os governos federal, estadual e municipal tentam um rearranjo para fazer com que as ações políticas possam dar subsídio à economia, e a gente percebe as dificuldades que existem”.
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LUGAR DE
VACINA É NO BRAÇO
O esforço colaborativo entre o Sistema FIEMS e o poder público tem como alvo a saúde de toda a população
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mobilização do Sistema FIEMS para propor e executar soluções destinadas à recuperação socioeconômica de Mato Grosso do Sul começou desde que foi decretada a emergência sanitária da covid-19 pela OMS (Organização Mundial de Saúde), no primeiro trimestre de 2020, e não parou desde então. Esse posicionamento é explicado pelo presidente da FIEMS, Sérgio Longen, como necessário, urgente e flexível. “O nosso objetivo é trabalhar saúde, não existe economia sem ela. Por isso estamos atuando e nos adaptando ao que surgir para oferecermos as respostas à medida em que a pandemia nos impõe novas necessidades”. Ainda em 2020, o Sistema FIEMS doou 390 mil máscaras faciais distribuídas em 30 municípios. “Por parte do SENAI e SESI, assumimos a produção de álcool 70%, doamos aventais hospitalares e consertamos 115 respiradores, que contribuíram para o tratamento de doentes em 17 municípios”. O presidente ainda lembrou do trabalho de referência em SST (Segurança e Saúde do Trabalho), que foi direcionado à adaptação dos locais de trabalho para as diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde). “Conseguimos atender 2.375 empresas em 53 municípios em parceria entre SESI e Sebrae de Mato Grosso do Sul. E são empresas de todos os segmentos. Para ter uma ideia, atendemos bancos, supermercados, restaurantes e comércio”. Quando, mesmo com os diversos esforços coletivos, a pandemia não recrudesceu, foi apontada a necessidade de intervir com maior vigor para proteger a saúde da população. “Entendemos que isto também é dever da iniciativa privada, e nós não fugimos ao nosso dever. Bem ao contrário, sempre atuamos em parceria com o poder público e conseguimos envolver ainda mais a iniciativa privada no trabalho de garantir a saúde”. COOPERAÇÃO PARA VENCER A COVID-19 Da crise, contudo, emergiram intervenções com o envolvimento da iniciativa privada para a solução de um problema que é coletivo. Entre os exemplos bem-sucedidos, apontados por Sérgio Longen, estão os movimentos Unidos pela Vacina e o Em Frente MS, integrados pela FIEMS. Os dois movimentos consolidaram a participação da FIEMS no esforço de resposta à pandemia como expressão direta de que só ficaremos bem quando todos estiverem bem. “Assim que foi declarada a pandemia, movemos todo o Sistema FIEMS para fazer tudo o que fosse necessário para garantir a saúde de nossos colaboradores e da população. Isso só foi possível acontecer devido à nossa capacidade de adaptação e inovação. Também conduzimos ações de cooperação entre a iniciativa privada e o poder público, porque compreendemos que é preciso distribuir 30 •
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C APA Doação de respiradores hospitalares
PRINCIPAIS AÇÕES DO SISTEMA FIEMS DURANTE A PANDEMIA:
Produção por impressão 3D e doação de
572 faceshields
(protetores faciais)
Produção e doação de
28.840 litros de álcool
Produção e doação de
390 mil máscaras de tecido
a preocupação e agir de maneira conjunta”. UNIDOS PELA VACINA Nessa linha, a FIEMS, em parceria com a Energisa, mobilizou a iniciativa privada para integrar o Unidos pela Vacina, movimento encabeçado pela empresária Luiza Trajano. O objetivo do movimento é oferecer soluções que eliminem as barreiras para que toda a população seja vacinada até setembro de 2021. Em Mato Grosso do Sul, a organização do movimento conseguiu envolver 42 empresas que atuaram em diversas frentes, como a doação de insumos básicos ambulatoriais (algodão, seringa, esparadrapo, luvas, máscaras de segurança, etc). “Nós empresários, por meio do programa Unidos pela Vacina, com a Energisa e FIEMS, adotamos os 79 municípios. Recebemos demandas de 49 municípios e as suas necessidades emergenciais. Eu mesmo mandei 11 freezers com capacidade de refrigeração de - 80ºC para que as Secretarias de Saúde pudessem armazenar as vacinas da Pfizer. Algumas não podiam receber vacinas dessa farmacêutica porque não tinham condições de garantir o armazenamento, e nós continuamos a trabalhar para que isso aconteça. Estamos atendendo aos municípios sob a coordenação do secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, que tem atuado 32 •
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muito bem diante de todo esse problema”. O esforço colaborativo também permitiu a doação de 289 geladeiras, entregues a secretarias de saúde municipais para garantir o adequado armazenamento das doses dos imunizantes contra a covid-19. As geladeiras foram entregues como parte integrante do Programa de Eficiência Energética da Energisa. “Estamos direcionando esforços para encurtar a pandemia. Com a coordenação do Unidos pela Vacina, assumimos a responsabilidade que considero ainda maior que os repasses financeiros: envolver lideranças e fortalecer uma rede solidária eficaz para acelerar a vacinação”, detalhou o presidente da Energisa em Mato Grosso do Sul, Marcelo Vinhaes. CUIDAR DA POPULAÇÃO ATÉ QUE A VACINA CHEGUE AO BRAÇO DE TODOS Por ação direta da FIEMS, os municípios também vão receber capacetes elmo, equipamentos de fundamental importância para a recuperação não invasiva dos doentes da covid-19. E o ideal do movimento não foi abalado nem mesmo com os problemas do governo federal em garantir as doses necessárias
para a execução do PNI (Plano Nacional de Imunização). “Nós sabemos que é preciso haver doses e que há problemas para que cheguem ao braço de toda a população, mas isso não nos desanima. Por isso, também, fizemos a doação de capacetes elmo para as prefeituras e para as unidades de saúde de Campo Grande. Nós sabemos o quanto esses equipamentos são ainda necessários”. Longen ainda lembra que o Sistema FIEMS não foi intimidado com as macroquestões da pandemia e intensificou a resposta, reafirmando parcerias e apontando soluções para prevenção da doença e o cuidado a quem, infelizmente, foi contaminado pelo SarsCov-2, o coronavírus causador da covid-19. Nessa linha foram oferecidos à Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande) o Pavilhão de Exposições Albano Franco para a montagem de um drive-thru de vacinação. Em funcionamento desde abril, o trabalho no pavilhão vai prosseguir até que seja concluída a imunização no município. Como forma de reconhecimento dos trabalhadores da saúde no local, a FIEMS montou um espaço de descanso e lanches, para garantir o bem-estar de quem atua em tão importante
Atend
2.5
com pr
dimento gratuito a mais de
500
empresas rotocolos de biossegurança Movimento Unidos Pela Vacina em Mato Grosso do Sul
Compra de capacetes elmos (capacete de respiração assistida) para prefeituras do Estado
Drive-thru para testagem em massa de Covid-19: 10.000 testes em Campo Grande, 5.000 em Dourados e 1.000 em Caarapó
Manutenção de
152
respiradores hospitalares pelo SENAI
Programa Compre de MS para valorizar os produtos sul-mato-grossenses
Coordenação, junto com a Energisa, do movimento Unidos Pela Vacina em Mato Grosso do Sul
Consultoria gratuita de redução de desperdício
Apoio pa de ponto contra a Dourado Dom Teo
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Estrutura no Albano Franco para drive-thru de vacinação contra a covid-19 em Campo Grande
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Manutenção de
Atendimento gratuito a mais de
152
2.500
empresas com protocolos de biossegurança
respiradores hospitalares pelo SENAI
Programa Compre de MS para valorizar os produtos sul-mato-grossenses
Compra de Coordenação, junto com a Energisa, do movimento Unidos Pela Vacina em Mato Grosso do Sul
capacetes elmos (capacete de respiração assistida) para prefeituras do Estado
Ferramenta gratuita para diagnóstico de maturidade em biossegurança para empresas
Drive-thru para testagem em massa de covid-19: 10.000 testes em Campo Grande, 5.000 em Dourados e 1.000 em Caarapó
Consultoria gratuita de redução de desperdício
Produção e doação de
Apoio para a instalação de ponto de vacinação contra a covid-19 em Dourados (Pavilhão Dom Teodardo Leitz)
150
aventais hospitalares para a Prefeitura de Três Lagoas
Programa Em Frente MS para a retomada da economia do Mato Grosso do Sul
momento para a cidade. “É a nossa forma de agradecimento aos trabalhadores da saúde que estão aqui, se revezando das 7 horas às 11 horas da noite. Alguns são voluntários e compreendem a importância deste momento ”. TESTAR A POPULAÇÃO PARA CONTROLAR A CIRCULAÇÃO DO VÍRUS DA COVID-19 Além do Pavilhão Albano Franco, estão em avaliação pelo executivo municipal campograndense os espaços da antiga escola do SESI e do Clube do Trabalhador, para incrementar a rede de vacinação contra a covid-19 na cidade e dar mais
Disponibilização de Estrutura no Albano Franco para drive-thru de vacinação contra a covid-19 em Campo Grande
opções à população. Ainda na Capital de Mato Grosso do Sul, o Sistema FIEMS disponibilizou 10 mil testes gratuitos para diagnóstico da covid-19. Em sistema de drive-thru, pessoas sintomáticas ou não têm a oportunidade de fazer o exame swab (com o uso de um cotonete longo e estéril), cujo resultado fica pronto em até 2 horas e é fornecido por WhatsApp. “Vamos implantar estes testes em Dourados, já implantamos em Caarapó e recebemos o pedido de Corumbá. Esse é um instrumento que permite o controle das pessoas infectadas e que, muitas vezes, não sabem e contaminam outras pessoas”.
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cursos EAD gratuitos pelo SENAI para a população
Na cidade de Dourados, onde o agravamento da covid-19 forçou a imposição de medidas restritivas, o Sistema FIEMS implantou, no Pavilhão de eventos Dom Teodardo, um drive-thru para a aplicação de vacinas. A colaboração atendeu ao pedido do prefeito do município, Alan Guedes, que esteve reunido com o presidente da FIEMS em Campo Grande. “O presidente Sérgio Longen se colocou à disposição para nos ajudar com a implementação de um novo drive-thru de vacinação na cidade, o que vai nos ajudar a ampliar a base vacinal e melhorar o atendimento na nossa cidade”, comemorou o prefeito. MS INDUSTRIAL | 2020 • 35
MS EM FRENTE - MOVIMENTO PELA RETOMADA DA ECONOMIA DE MATO GROSSO DO SUL As ações de combate e prevenção à covid-19 ocorrem em paralelo ao trabalho que articula a recuperação econômica de Mato Grosso do Sul. Por conta das medidas sanitárias necessárias ao controle da pandemia, empresários de todos os setores assistiram à contração dos rendimentos, muitos precisaram demitir e, até, fechar as portas. Entre os setores penalizados estão os de bares, restaurantes, empresários do setor de eventos, hotéis, pousadas e artistas. Foi a partir desses segmentos que o movimento Em Frente MS foi lançado, com intervenções iniciais em Campo Grande. Longen revela que essa não foi uma escolha aleatória, mas fruto da avaliação dos segmentos econômicos mais penalizados pela necessidade de restringir a circulação de pessoas e, em consequência, do coronavírus causador da covid-19. “Conversamos eu, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja; o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa; e o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, e identificamos quem estava pior. Iniciamos, assim, o trabalho”. Além da FIEMS, o Em Frente MS foi integrado por representantes de entidades e do governo do Estado. O executivo sul-mato-grossense se fez presente no movimento por meio da Secretaria de Infraestrutura e da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar. Participam, ainda, a Fecomércio, a Faems, a Abrasel, o Sebrae e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Os resultados dos pleitos dos representantes dos setores de Campo Grande foram apresentados ao titular da pasta de Infraestrutura, Eduardo Riedel, e ao presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Paulo Corrêa. Foi também com base nas discussões que o governo do Estado lançou o pacote de retomada da economia, com a injeção de R$ 763 milhões. O pacote foi dividido em três eixos: financeiro, microcrédito e fiscal. Diretamente para os setores de bares, restaurantes, eventos e para o turismo, serão repassados R$ 6 milhões. Os recursos serão
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Programa Em Frente MS para a retomada da economia do Mato Grosso do Sul
C APA distribuídos para mil profissionais, que vão receber R$ 1 mil pelo período de seis meses. Também para esses segmentos foi definida a concessão da isenção total de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) até dezembro de 2022 aos empresários optantes do Simples Nacional. Quem não for optante do Simples terá direito a abatimento de 7% a 2% no valor da alíquota. O pacote ainda definiu o adiantamento de parte do décimo terceiro salário dos servidores estaduais como forma de fomentar o comércio, a reforma do patrimônio cultural e editais para incentivo a artistas. Na avaliação de Sérgio Longen, a definição do pacote surpreendeu pela rapidez e por superar as propostas originalmente apresentadas. Já o presidente da Assembleia Legislativa lembrou da importância da articulação da FIEMS para a materialização do pacote. “Falta aprovar na assembleia para a gente dar a legitimidade para todas essas ações. E nós não vamos faltar ao governo nesse momento e aos setores também não, nós fomos lá trabalhamos a assunto junto ao Sérgio Longen. Levantamos tudo que é preciso. E, agora, a Assembleia vai rapidamente aprovar esse projeto”. Para o secretário de Estado de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul, os benefícios apresentados no projeto do executivo estadual refletem a harmonia entre os setores público e privado. “Quando o presidente Sérgio Longen se dispôs a auxiliar e trazer os segmentos interessados para discussão e o governo se propôs a ouvi-los e a montar uma estrutura e estratégia de apoio que fosse efetiva junto com a Assembleia Legislativa para que isso tramitasse e fosse levado adiante para haver um resultado concreto. Foi um trabalho muito importante do setor privado liderado pelo nosso amigo Sérgio Longen”. E o presidente da FIEMS ressalta que as ações para minimizar os efeitos da pandemia não serão interrompidos. “Nossa motivação está na certeza de que não há economia sem a garantia da saúde das pessoas. É simples assim. A verdade é que só existe uma forma de sair dessa crise sanitária, que é garantir a vacina para todos. Lugar de vacina é no braço. Nossa meta é fazer chegar a vacina para todos e, enquanto isso não acontecer, colaborar para prevenir a população da doença, sem descuidar de quem, infelizmente, adoeceu”. MS INDUSTRIAL | 2020 • 37
SENAI
INSIGHTS E INOVAÇÃO Pellets a partir de cascas de coco verde e outras biomassas residuais
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N
a onda da sustentabilidade e buscando soluções inovadoras que melhorem a produtividade das indústrias brasileiras, o ISI Biomassa (Instituto SENAI de Inovação em Biomassa), localizado em Três Lagoas (MS), iniciou um projeto, em parceria com a empresa cearense Regenera do Brasil, para transformar resíduos de biomassas brasileiras, como cascas de coco verde e restos de castanha de caju e açaí, em pellets. Os novos produtos nada mais são do que biocombustíveis sólidos em formato semelhante a uma cápsula de remédio, e servem para alimentar fornos e lareiras. São muito usados principalmente para uso doméstico em casas de regiões com temperaturas mais baixas. De acordo com o pesquisador do ISI Biomassa, Hélio Merá de Assis, o projeto surgiu a partir da necessidade de valorizar biomassas com baixo valor no mercado ou com nenhum aproveitamento financeiro. “Tratam-se de resíduos que, até então, eram destinados a aterros ou não tinham uma destinação adequada”, afirmou Hélio Merá. Ele acrescentou que a Regenera do Brasil procurou o ISI Biomassa para firmar uma parceria de desenvolvimento e uma tecnologia abordando essa temática.
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CASCA DE COCO in natura
pré-processada
BAMBU
in natura
CASTANHA DE CAJU in natura
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Ainda conforme o pesquisador do SENAI, o processo de peletização é um adensamento da biomassa. “Isso implica em regar um produto final com menor volume, melhoria em aspectos logísticos de transporte e armazenagem”. O processo tem início na seleção das biomassas residuais, com avaliação das propriedades físico-químicas. Posteriormente é realizado um pré-tratamento com processos de fragmentação, padronização granulométrica (tamanho das partículas) e ajuste de umidade. “As biomassas selecionadas e pré-tratadas são homogeneizadas de acordo com percentuais otimizados e introduzidas na planta de peletização, nesta etapa o material é adensado para gerar os pellets”, detalhou Hélio Merá. O pesquisador explica que o projeto está 95% completo e o foco da empresa detentora do produto é o mercado consumidor europeu. Ele foi viabilizado após receber recursos não reembolsáveis da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). A estatal ofereceu, ainda, acompanhamento e toda a estrutura de pesquisa necessária para o desenvolvimento da proposta. “Começamos o projeto de pesquisa em 2020 e recebemos um investimento da Embrapii de R$ 130 mil. O que certamente contribuiu para o avanço dos estudos”.
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SINDICATOS Sindicato
Presidente
Telefone
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO DE CORUMBÁ - SIACO CORUMBÁ
Edis Gomes da Silva
99987-1604
edis@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS EXTRATIVAS DE CORUMBÁ - SINDIECOL CORUMBÁ
Irma Tinoco Atagiba Asseff
99925-8687
irma.lindinha@hotmail.com
Alfredo Fernandes
99983-8477
aefe@terra.com.br
Lenise de Arruda Viégas
99962-2471
la_viegas@hotmail.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE CORUMBÁ - SINDICOM CORUMBÁ
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO DE CORUMBÁ - SINDIVESC CORUMBÁ
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE CORUMBÁ - SIMEC
Marcelo de Carli
98126-5758
postofronteirao@terra.com.br
CORUMBÁ
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SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO DO ESTADO DE MS - SINDUSCON CAMPO GRANDE
Amarildo Miranda Melo
3387-8884 3387-1608
SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO, TECELAGEM E FIAÇÃO DE MS - SINDIVEST CAMPO GRANDE
José Francisco Veloso Ribeiro
3324-1963
sindivestms@fiems.com.br veloso@fiems.org.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DO ESTADO DE MS - SIMEMAE CAMPO GRANDE
Nilvo Della Senta
3324-1963
simemae@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDIGRAF CAMPO GRANDE
Altair da Graça Cruz
3325-6161
sindgraf@uol.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA DO ESTADO DE MS - SINDEPAN CAMPO GRANDE
Marcelo Alves Barbosa
3324-1963
sindpan@fiems.com.br
SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS IND. DE MÓVEIS EM GERAL, MARCENARIAS CARPINTARIAS, SERRARIAS, TANOARIAS, MADEIRAS COMPENSADAS E LAMINADAS, AGLOMERADOS E CHAPAS DE FIBRAS DE MADEIRAS, DE CORTINADOS E ESTOFADOS NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDMAD CAMPO GRANDE
Antônio Carlos Nabuco Caldas
3324-1963
sindmadms@fiems.org.br
superintendencia@sindusconms.com.br
Sindicato
Presidente
Telefone
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDAL CAMPO GRANDE
Roberto Hollanda
3324-3499
roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FABRICAÇÃO DO AÇÚCAR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDAÇUCAR CAMPO GRANDE
Roberto Hollanda
3324-3499
roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DE PEQUENO E MÉDIO - SINERGIA CAMPO GRANDE
Roberto Hollanda
3324-3499
roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br
SINDICATO DAS EMPRESAS DO VESTUÁRIO INDUSTRIAL DA REGIÃO SUL DO MS - SINVESUL DOURADOS
Gilson Kleber Lomba
3421-5995
sinvesul@hotmail.com
Fabricio Berton
3324-1963
sindiplastms@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PAPEL E CELULOSE DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINPACEMS CAMPO GRANDE
Élcio Trajano
3324-1963
sinpacems@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SILEMS CAMPO GRANDE
Milene de Oliveira Nantes
3324-1963
silems@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FRIO, CARNES E DERIVADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SICADEMS CAMPO GRANDE
Ivo Cescon Scarcelli
3383-1511
sicadems.ind@gmail.com
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CERÂMICAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDICER CAMPO GRANDE
Natel Henrique Farias de Moraes
3324-1963
sindicer.ms@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDICAL CAMPO GRANDE
João Batista Camargo
3324-1963
sindicalms@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SIAMS CAMPO GRANDE
Sérgio Marcolino Longen
3324-1963
sindicato@siams.org.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DOS VESTUÁRIO, TECELAGEM E FIAÇÃO DE TRÊS LAGOAS - SINDIVESTIL TRÊS LAGOAS
Marcelo Galassi
3324-1963
sindivestms@fiems.com.br
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PLÁSTICOS E PETROQUÍMICAS DE MATO GROSSO DO SUL - SINDIPLAST
CAMPO GRANDE
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IEL
Senhora ESTAGIARIA IEL reforça que não existe idade para aprender ou para tentar uma vaga de estágio
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QUEM PODE ESTAGIAR? O estudante deve ter idade mínima de 16 anos, estar matriculado e frequentando o ensino regular em instituições de Ensino Superior, educação profissional, Ensino Médio, da educação especial e dos anos finais do Ensino Fundamental ou na modalidade profissional EJA (Educação de Jovens e Adultos). E o mais importante de tudo: ter boa vontade e visão de futuro.
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F
ácil não é a palavra que define a vida para Ana Paula Nogueira. Casar muito jovem e dedicar a maior parte da vida à família, fez com que ela interrompesse os estudos ainda na sétima série do Ensino Fundamental. Retomar a vida acadêmica parecia um sonho distante. Nos últimos cinco anos, contudo, Ana Paula decidiu transformar as dificuldades em oportunidades. Depois de duas separações, e com as filhas criadas, ela procurou novamente as salas de aula e o resultado veio mais rápido do que imaginava. Um passo de cada vez e a Ana Paula conseguiu terminar o Ensino Fundamental. Veio, então, o EJA, a conclusão do Ensino Médio e o salto mais importante na vida acadêmica, o ingresso na faculdade de Administração. Agora, no quinto semestre, a futura administradora vê cada passo como uma conquista. Mesmo na universidade existia uma importante lacuna no percurso de Ana Paula, que o preencheu com uma vaga de estágio, obtida após procurar o IEL poucos dias antes de completar 40 anos. “É um sonho para mim. Eu transformei muito a minha vida nos últimos anos e estou realizada com a mulher que me tornei, estar com pessoas boas, realizada profissionalmente. Ainda tenho muitos sonhos, mas sou muito
CADASTRE SEU CURRÍCULO Mesmo que a vaga que atenda ao seu perfil não esteja disponível de imediato, o currículo pode
grata por esse momento e vou aproveitar ao máximo”. Hoje, Ana Paula trabalha ao lado da Evelyn Carmen Saquete, de 23 anos, que é veterana no estágio. A colega conta que desde o início as duas se identificaram bastante e que Ana é uma profissional empenhada. “A Ana Paula é muito dedicada. Desde o primeiro dia ela pergunta tudo, não tem preguiça de aprender e é muito fácil de trabalhar ao lado dela”. Nunca é tarde para abraçar uma oportunidade Ana Paula é um exemplo claro de que nunca é tarde para retomar os sonhos, especialmente de estudar e ter uma profissão. Felizmente, ela não é a única. Em Mato Grosso do Sul, 50.939 estudantes estão cadastrados no SNE (Sistema Nacional de Estágio), 639 deles têm entre 30 e 55 anos. Os dados são de 2019 até agora. De acordo com a Coordenação de Carreira do IEL, a importância de o candidato olhar para o estágio como uma oportunidade única. Além de ser uma porta de acesso à carreira profissional, pode ser a chance que ele estava procurando, já que muitas empresas efetivam o estagiário quando a experiência é boa para ambos.
ser cadastrado no banco de estágio do IEL. E, quando a tão almejada vaga abrir, o Instituto entra em contato e recruta o candidato, isso pode ser feito pelo site www.ms.iel. org.br/
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SES I
XÔ GRIPE !! 50 •
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SESI disponibiliza 53 mil doses de vacinas contra a gripe para trabalhadores da indústria em MS
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m meio à pandemia provocada pelo novo coronavírus, o SESI disponibilizou 53 mil doses de vacinas contra a gripe para imunizar colaboradores e trabalhadores do setor industrial em Mato Grosso do Sul. O número é mais que o dobro em comparação com a campanha do ano passado, quando foram compradas 22 mil doses. A intenção nesta campanha é aumentar o número de trabalhadores da indústria imunizados. O presidente da FIEMS, Sérgio Longen, reforçou o comprometimento da FIEMS com a saúde da comunidade e destacou que a Federação está pronta para iniciar a campanha de imunização assim que as vacinas chegarem. “Anualmente nós fazemos a vacinação nas nossas empresas, para garantir a saúde dos trabalhadores. Nós esperamos, inclusive, multiplicar essa compra de mais vacinas, caso seja necessário. E dessa maneira também contribuir para o combate à pandemia”. A campanha, que começou em abril, foi dividida em três etapas: vacinação dos funcionários das indústrias, dependentes dos funcionários e a última etapa, com as doses remanescentes, para aqueles que não estão ligados à indústria. Ou seja, para a população em geral, que tenha interesse em adquirir a vacina. Mais de 700 doses foram distribuídas de forma gratuita para os cola boradores do Sistema FIEMS. Já as indústrias interessadas puderam adquirir as doses pa ra seus funcioná rios com preços mais acessíveis, abaixo do valor de mercado. Além disso, dependentes de funcionários do setor puderam ter acesso à vacina também com desconto.
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SENSAÇÃO DE SEGURANÇA
O nível de produtividade de uma indústria está diretamente relacionado à saúde dos trabalhadores. Preocupada com essa questão, a indústria gráfica Pontual, localizada em Campo Grande (MS), foi a primeira a adquirir as doses de vacina disponibilizadas pelo SESI contra a gripe para imunizar os 15 funcionários que trabalham na empresa. Na avaliação do empresário Julião Gaúna, a área de SST do SESI desenvolve um trabalho de excelência com as empresas. “A gráfica Pontual sempre foi parceira da instituição e sempre usou os seus serviços. Essa vacinação é importante porque nos dá segurança para que a empresa continue ativa, com empresários saudáveis para realizar nossos trabalhos”. Para a auxiliar administrativo Daniela Cachoeira, receber a vacinação da gripe no local de trabalho é reconfortante e passa uma sensação de valorização. “A gente se sente mais seguro e fica menos preocupado com a situação que vivemos nesse momento. Enquanto aguardo a vacina da covid-19, já garanti minha vacina de H1N1”. Na mesma linha, o trabalhador Vagner Viana, que atua na área de corte e vinco da gráfica Pontual, ressaltou que a ação de vacinação traz sensação de segurança neste período de pandemia. “É muito bom ver essa preocupação da empresa com seus funcionários. Todos os anos recebemos a vacina da gripe aqui, eu acho muito bom essa oportunidade”.
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O gerente do SST (Segurança e Saúde no Trabalho) do SESI, Michel Klaime, destacou que em meio a pandemia da covid-19, a saúde do trabalhador passou a ser uma preocupação ainda maior para a Federação das Indústrias. “Quanto antes for realizada a imunização, maior é o percentual de cobertura. Melhor para todos, pois conseguimos reduzir a circulação do vírus na população. Por isso dobramos o número de doses nessa campanha de vacinação, em comparação com a campanha passada”. TIPOS DE VACINA - As doses de vacinas compradas são do tipo trivalente e quadrivalente, que imuniza contra os vírus da gripe, influenza A, influenza B, e uma segunda cepa do vírus da influenza B. A vacinação contra a gripe auxilia no diagnóstico mais rápido da covid-19. Como os sintomas das duas doenças são semelhantes, se o paciente com suspeita chegar ao prontoatendimento e tiver se vacinado contra a gripe, a equipe médica pode descartar a hipótese da doença e se concentra r no diagnóstico do novo coronavírus. A médica do SST do SESI, a pneumologista Paola Brito, destacou a importância da vacinação contra a gripe nesse momento que estamos vivendo de pandemia. “A vacinação da gripe é importante por vários motivos, primeiro para diminuir a incidência de casos de gripe comum e influenza. Em segundo lugar, ela diminui a hospitalização nesse momento de pandemia que estamos com hospitais lotados, já que a vacina reduz a evolução para casos mais graves. Por isso, nesse momento a adesão à vacina da gripe é fundamental ”.
MS INDUSTRIAL | 2020 • 55
DICAS
COLOCAR O CARRO NA BANGUELA NÃO ADIANTA Com alta constante da gasolina, SENAI dá 5 dicas para economizar combustível
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SE DIRIGIR MAIS NA CIDADE DO QUE NA ESTRADA, OPTE POR CARROS COM MOTORES 1.0
Motores mais potentes significam carros mais potentes e que atingem uma velocidade maior num espaço de tempo menor, trazendo, na maior parte das vezes, mais conforto. No entanto, carros com motor 1.0 são mais econômicos na cidade, onde não é necessário usar velocidades muito altas. “Já para quem dirige na estrada, os motores mais indicados são 1.4 e 1.6, que são mais econômicos, porque atingem uma velocidade maior num curto espaço de tempo. No entanto, os motores 2.0 nunca são indicados se a intenção é economizar gasolina, pois são muito grandes e consomem bem mais combustível sem necessidade”, lembra Iwan Garcia, instrutor do SENAI.
NA ESTRADA, A MÉDIA DE VELOCIDADE MAIS ECONÔMICA É DE 90 A 110 KM/H. NA CIDADE, O IDEAL É TENTAR MANTER A MESMA VELOCIDADE PELA MAIOR PARTE DO TEMPO. Segundo o instrutor do SENAI, a marcha mais econômica a ser utilizada no carro é a quinta, mas muitas vezes só é possível usá-la em rodovias ou em vias expressas. “A velocidade econômica depende de cada veículo, pois é baseada na rotação de torque máximo do motor, que varia entre as marcas, mas a média costuma ser entre 90 e 110 km/h”. No perímetro urbano, o aconselhável é buscar uma velocidade constante dentro do maior tempo possível e nunca colocar a quinta marcha numa velocidade menor do que 60 km/h. “É mais difícil manter uma velocidade constante dentro da cidade, porque há semáforos, quebra-molas e ruas preferenciais, mas aqueles que arrancam o carro com tudo assim que o sinal fica verde para frear logo em seguida realmente costumam gastar mais gasolina”, destacou Iwan.
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AR-CONDICIONADO LIGADO CONSOME MAIS GASOLINA, MAS CARRO COM VIDROS ABERTOS TAMBÉM.
Ligar ou não ligar o ar-condicionado do automóvel? Se o questionamento envolve apenas a dúvida sobre o consumo de gasolina, escolha o que é mais confortável. Isso porque o ar-condicionado ligado realmente consome mais gasolina, principalmente em veículos de motor 1.0, que na cidade apresentam um consumo maior entre 7% e 10%. Dirigir com as janelas do carro abertas, no entanto, faz com que o consumo de gasolina seja praticamente o mesmo. “Com os vidros abertos, entra mais ar, causando o que chamamos de arrasto aerodinâmico. Ou seja, o automóvel acaba ficando mais pesado e, por isso, consome mais gasolina. Então dirigir com os vidros fechados e o ar desligado é uma dica boa para os dias frios. No calor, o motorista pode escolher o que é mais confortável, porque entre vidros abertos e ar ligado, o consumo de gasolina será praticamente o mesmo”, detalhou o instrutor.
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FAÇA A MANUTENÇÃO REGULAR DO SEU CARRO
Trocar as velas de ignição a cada 20 mil quilômetros rodados, o filtro de ar e o combustível do motor a cada 15 mil quilômetros e manter a limpeza dos bicos injetores são boas formas de economizar gasolina. “No Brasil temos de 22% a 24% de álcool anidro na gasolina e o álcool hidratado com 5% de água. O álcool suja bastante o sistema de alimentação do motor, aumentando o consumo de combustível”.
FAÇA A CALIBRAGEM REGULAR DO PNEU “Já percebeu que pneus mais murchos deixam a direção mais pesada? É porque o atrito com o asfalto é maior e é preciso de mais força, logo, mais combustível para fazer com que o carro ande”, ressalta Iwan Garcia, que indica calibragem do pneu semanalmente, geralmente entre 28 e 30 PSI. E se o assunto é pneu, o instrutor também não recomenda trocá-los por outros de medidas diferentes. “Também é fundamental fazer regularmente o alinhamento e o balanceamento das rodas”.
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RADAR INDUSTRIAL
E MP R E GO Com a abertura de 1.270 postos formais de trabalho em Mato Grosso do Sul só em abril e de 4.010 vagas de emprego no acumulado de janeiro a abril, o setor industrial do Estado foi responsável por 20% do total de vagas abertas no período indicado, conforme levantamento do Radar FIEMS, com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego. As atividades industriais que mais abriram vagas no mês de abril foram fabricação de álcool (+554), construção (+397), fabricação de celulose (+155), fabricação de brinquedos e jogos recreativos (+134), fabricação de conservas de peixes (+59) e abate de suínos (+57). Já as atividades que mais abriram vagas no acumulado de janeiro a abril foram construção (+1.531), fabricação de álcool (+784), fabricação de celulose (+617), fabricação de açúcar (+466), fabricação de brinquedos e jogos recreativos (+306) e confecção de peças do vestuário (+165).O conjunto das atividades industriais em Mato Grosso do Sul encerrou abril de 2021 com o total de 137.341 trabalhadores empregados, indicando, até aqui, um aumento de 3% em relação ao fechamento do ano anterior, quando o contingente ficou em 133.331 funcionários.
E X P O R TA ÇÃ O
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A receita das exportações de produtos industriais alcançou US$ 387,9 milhões em Mato Grosso do Sul no mês de maio. É o que demonstra o boletim de exportações do Radar Industrial da FIEMS (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul). Segundo o coordenador da UNIP (Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas) da FIEMS, Ezequiel Resende Martins, a receita indica crescimento de 23% em relação ao mesmo mês de 2020, quando o valor ficou em US$ 316,1 milhões. Esse foi o melhor resultado já registrado para o mês de maio em toda a série histórica da exportação de produtos industriais de Mato Grosso do Sul. O economista explica que a análise do volume exportado aponta crescimento de 1% na comparação mensal. Já no acumulado de janeiro a maio de 2021, a receita total alcançou US$ 1,595 bilhão, indicando elevação de 7% em relação ao mesmo período de 2020, quando o valor ficou em US$ 1,491 bilhão. Essa é a maior receita já alcançada com a exportação de produtos industriais nos cinco primeiros meses do ano. Também é apontado resultado positivo na análise do volume exportado no acumulado deste ano, chegando a 7%. Já a participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 50% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul. Os primeiros cinco meses do ano indicaram, ainda, que a participação está em 57%. MS INDUSTRIAL | 2020
PROD UÇÃ O IN D UST RIA L A produção industrial de Mato Grosso do Sul alcançou em abril de 2021 o melhor resultado já registrado para o mês em toda a série histórica iniciada em 2010, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da FIEMS. O levantamento foi realizado entre os dias 3 e 12 de maio junto a 55 empresas. A pesquisa apontou que 80% das empresas industriais do estado apresentaram estabilidade ou aumento na produção (53% das empresas com produção estável e 27% com crescimento). Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em 32 pontos percentuais. Com esse desempenho, o índice de evolução da produção fechou abril de 2021 com crescimento de 16 pontos na comparação com igual mês do ano anterior e de 7 pontos sobre a média histórica obtida para o mês”. Além disso, a utilização da capacidade instalada foi a mais alta para o mês de abril nos últimos sete anos. Em abril, 75% dos empresários ouvidos disseram que a utilização da capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês. Já o patamar médio de utilização da capacidade total ficou em 70%, indicando aumento de 12 pontos percentuais em relação a abril de 2020. Por fim, o indicador de utilização efetiva em relação ao usual fechou o mês de abril em 46,1 pontos, resultado 6 pontos acima da média histórica obtida para o mês.
D E S E MP E N H O IN D UST RIA L - IGD I O IGDI (Índice Geral de Desempenho Industrial) de Mato Grosso do Sul, que foi criado pelo Radar Industrial da FIEMS e é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial, alcançou em abril 55,1 pontos. Esse foi o melhor resultado já registrado para o mês, com crescimento de 16,6 pontos sobre abril de 2020 e de 7,9 pontos sobre a média histórica obtida para o mês. O levantamento apontou que 80% das empresas industriais do Estado reportaram estabilidade ou crescimento da produção. Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em 32 pontos percentuais. Essa melhora também se refletiu na utilização média da capacidade instalada que, no mesmo comparativo, aumentou de 58% para 70% do total. A pesquisa apontou, ainda, que 75% dos respondentes disseram que a utilização da capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês. Já os índices de intenção de investimento e confiança seguiram em patamares positivos com 57,0 e 57,4 pontos, respectivamente. Por fim, com os dados consolidados constata-se que o IGDI permanece acima dos 50 pontos. Indicando que, na média geral, o nível de atividade industrial percebido pela maior parte dos empresários respondentes foi satisfatório no mês de abril. MS INDUSTRIAL | 2020 • 59
QUANTO VOCÊ P A G O U ?
INDICADOR DE ARRECADAÇÃO 2020
mato grosso do sul R$ milhões
Evolução ICMS
2021
1.156 1.046
1.015
1.014
1.074
969 869
1.049
927
896
888
1.064
1.018
840
841
722
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
Janeiro a dezembro de 2020
r$ 11.094.691.296
ABRIL
JUNHO
MAIO
janeiro a abril de 2020
r$ 3.567.259.136
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
janeiro a abril de 2021
r$ 4.292.177.741
OUTUBRO
NOVEMBRO
Variação No período
DEZEMBRO
20,32%
Fonte: Boletim de arrecadação de tributos estaduais - CONFAZ / Minstério da Economia. Elaboração: SFIEMS COEP
EXPECTATIVA DO MERCADO • DESEMPENHO ESPERADO EM 2021 COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO AO MÊS ANTERIOR
JUNHO (04/06)
MAIO (07/05)
Índice oficial de inflação - IPCA (%)
5,44
5,06
Aumento (piora)
Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$)
5,30
5,35
Queda
Taxa básica de juros Selic fim de período (%a.a.)
5,75
5,50
Aumento (piora)
PIB (% do crescimento)
4,36
3,21
Aumento (melhora)
Produção Industrial (% do crescimento)
6,10
5,50
Aumento (melhora)
Investimento Direto no País (US$ Bilhões)
57,65
55,01
Aumento (melhora)
Inflação dos Preços Administrados (%)
8,27
8,11
VARIÁVEIS
Fonte: Banco Central do Brasil - Boletim Focus de 04 de junho e 07 de maio.
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Aumento (piora)
Quem te conhece INDÚSTRIA DE CHAPÉUS ESTILOSOS EM RIO VERDE TEM FEITO A CABEÇA DE FASHIONISTAS POR TODO O PAÍS Admiradora do mundo da moda e seguidora das blogueiras de estilo quando esse segmento da internet “ainda era mato”, tudo o que a então recém-formada em Direito Maria Luara Pires, de Rio Verde (MS), desejava, há cerca de seis anos, era um chapéu estiloso para chamar de seu. Sempre atenta aos lançamentos, não conseguia encontrar uma marca interessante e modelos que a agradassem, porque ou tinham muito o estilo do campo ou muito o estilo de praia. Foi então que decidiu desenhar algo que fosse do próprio gosto e se encaixasse no que desejava. O primeiro chapéu foi um sucesso assim que postou no seu perfil pessoal de Instagram. Depois foi fazendo outros modelos, que também chamaram a atenção das amigas e conhecidas e, incentivada pelo marido, decidiu criar uma marca. Desse modo, surgiu a Malu Pires, marca de chapéus
genuinamente sul-mato-grossense e, logo em seguida, o primeiro showroom. Estrategicamente, o local escolhido para montar o primeiro espaço físico para expor os produtos foi São Paulo. “As principais blogueiras de moda na época se concentravam na região Sudeste e isso motivou minha escolha. Eu já sabia quem eram influencers interessantes e que poderiam se identificar com minha proposta. Fui fazendo contatos e hoje a marca é um sucesso no País”, recorda Maria Luara Pires. E engana-se quem pensa que a Malu Pires é a queridinha só no universo feminino. Há ainda modelos masculinos e, até, infantis. Os chapéus são produzidos com palha 100% brasileira e natural. “Eu fiz questão de exaltar as nossas características e os produtos locais. Por isso a palha natural. No entanto, hoje já temos chapéus de juta e de tecido
também”. O modelo carro-chefe da marca é o “Paris”, inspirado na sofisticação francesa e imaginado para ser usado no inverno. A ideia era que ele fosse usado com looks mais sóbrios e neutros, mas foi ganhando espaço em todas as ocasiões e fez a cabeça de várias celebridades, como Flávia Alessandra, Juliana Paes, Gusttavo Lima, Larissa Manoela e outras. Feito à mão, o modelo apresenta aba e topo retos, tanto na versão tradicional quanto na Monet, que é arrematada com viés na borda. Está disponível em palha, juta e tecido (linho), com design macio, confortável e respirável. Colorido ou cru, acompanha faixa na cor da escolha do cliente, podendo ser personalizada com letras bordadas. Ficou interessado? A Malu Pires tem venda online pelo site https://www.malupires. com.br/ e o perfil no Instagram da marca é @malupires.
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A RT IG O
O BRASIL NÃO PODE ESPERAR! - ROB SON B RAGA
Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
O recrudescimento da pandemia da Covid-19 no 1º trimestre deste ano aumentou as incertezas sobre a recuperação da economia brasileira. Para reverter esse quadro adverso devemos concentrar esforços na vacinação da população. Em paralelo, precisamos atuar em duas outras frentes. A primeira é a adoção de medidas emergenciais que ajudem a sobrevivência das empresas e a manutenção dos empregos. A segunda é a implementação de políticas públicas e reformas estruturantes, que possibilitem uma retomada consistente e um crescimento sustentado de economia. Para contribuir com o debate, a CNI elaborou o documento “Propostas da Indústria para o Brasil vencer a crise e voltar a crescer”, no qual apresenta medidas cruciais para o país a afastar os obstáculos trazidos pelo coronavírus e, também, a superar problemas que há muitos anos dificultam o nosso crescimento econômico. As soluções para vencer a crise são conhecidas. Tratase da reedição de medidas emergenciais implantadas pelo Governo em 2020, que foram essenciais para o enfrentamento da primeira onda da pandemia. Felizmente, algumas iniciativas importantes nessa direção já foram restabelecidas, como o auxílio emergencial para pessoas mais carentes. Também foi retomado o programa que autoriza a redução proporcional da jornada e dos salários.
A expectativa da indústria é que, brevemente, o governo e o Congresso reeditem medidas destinadas a aliviar o caixa das empresas. Entre essas iniciativas, está o restabelecimento dos programas especiais de crédito para capital de giro, o adiamento dos pagamentos dos tributos federais por 90 dias e o posterior parcelamento desses débitos. É indispensável, ainda, o ressarcimento imediato dos saldos credores de tributos federais. Essas ações de curto prazo devem ser combinadas com políticas que preparem o país para voltar a crescer. Nos últimos dez anos, a taxa média de crescimento da economia brasileira foi de apenas 0,3%. No mesmo período, a nossa indústria de transformação encolheu, em média, 1,6% ao ano. Não devemos nos conformar nem repetir esses números inexpressivos. O país precisa crescer a taxas médias de, no mínimo, 3% ao ano, criar mais empregos e elevar a renda da população. Para isso, é necessário reduzir o Custo Brasil, aumentar a produtividade e a competitividade das nossas empresas. A prioridade da agenda estruturante deve ser a aprovação de uma reforma tributária ampla, que abranja os três entes da Federação, simplifique o sistema de arrecadação, reduza a cumulatividade, e desonere investimentos e exportações. É igualmente importante fazer uma reforma administrativa
que aumente a eficiência do Estado e racionalize gastos com pessoal. Isso vai contribuir para equilibrar as contas públicas e para melhorar a confiança dos investidores na economia brasileira. Junto com as reformas, é indispensável estabelecer marcos regulatórios para as áreas de meio ambiente e de infraestrutura que incentivem os investimentos. A agenda do crescimento requer, ainda, o aperfeiçoamento dos incentivos à inovação e ao desenvolvimento tecnológico, e a implantação das redes 5G para transmissão de dados. São imprescindíveis, também, ações que promovam a inserção das empresas brasileiras no mercado global. Somos a favor da abertura comercial, mas é preciso fazer uma recalibragem no projeto anunciado pelo governo nessa área, de forma que ele seja implementado de forma gradual, por meio de acordos comerciais e em paralelo à redução do Custo Brasil e à adoção de políticas de estímulo à competitividade e aos investimentos. Quanto mais cedo o país adotar medidas para enfrentar essa conjuntura desfavorável, mais rapidamente as empresas aumentarão a capacidade de investir e de manter empregos. Mas não basta apenas vencer a crise. Para que a retomada da economia seja consistente e se inaugure um ciclo de desenvolvimento sustentável, é necessário acelerar a agenda de reformas estruturais. O Brasil não pode mais esperar.
O conteúdo publicado nesta página é de inteira responsabilidade do autor e as opiniões no texto não representam o posicionamento do Sistema Fiems 62 •
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Sebrae.
O clique da transformação da sua empresa.
Tudo no mundo se transforma: os conceitos, os meios, o consumo, as habilidades, os modelos de negócio. E você, tá esperando o que para dar o PLAY da transformação?
SAIBA COMO O SEBRAE PODE TRANSFORMAR A SUA EMPRESA.
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