Arte e psicologia

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ARTE E UMA VIDA!!!

Neste blog descreve a nível da psicologia da Arte, o meu percurso enquanto artista, relacionando-a com as várias vertentes da psicologia tanto das neurociências como na psicologia positiva, e os seus diferentes métodos, como o experimental, Psicanalítico, genético e clinico: congrego os meus trabalhos ás seguintes teorias com a autorrepresentação como análise e desconstrução do meu Eu (dando exemplos visuais das minhas obras referentes aos variados temas), á teoria da Gestalt adaptada à arte, e abordo ainda dos meus processos criativos, existentes nas varias obras que a frente mostro aplicando relatando através nelas a teoria da Arte e terapia.

Desde sempre e reconheço na minha identidade, que tenho uma ligação especial ou podemos chamar aptidão para as artes em geral, talvez por ter sido estimulada nesse sentido; desde pequena que frequentei colégios escolas, em que os tempos e as disciplinas que me davam mais contentamento eram as de carácter prático artístico, fui sempre estimulada pelos mestres que também reconheciam este à-vontade, sempre me colocaram em desafia-o a minha criatividade pelos mais variados processos


construtivos. Desta forma a minha percepção para as artes deu-me uma representação mental com um significado informativo significativo e essencial para que posso dizer hoje que me fez artista plástica e performance.Aplico aqui sem dúvida a perspetiva ecológica de Brofembrenmer privilegiada, dos seres humanos a sua participação enquanto seres biopsicológicos, diferentes contextos como forma de perceção e explicação do seu desenvolvimento.

Relato ainda uma experiencia que tive por volta dos 6 anos em que vivi uma situação traumática para uma criança, sofri de maus tratos por parte de uma ama; e nessa altura quando foi detetado, os meus pais tiveram que recorrer a uma profissional de psicologia, a psicóloga na altura valeu-se da terapia pelo desenho afim de eu relatar as situações que tinha sido subtida.

De facto as situações menos boas que vivi eram muitas vezes preocupantes pois para o normal de uma criança da minha idade estavam a afetar-me o sucesso escolar assim como os meus comportamentos socialmente com outras crianças e com os meus pais, essa situação só foi resolvida quando revelei a um familiar que apesar de não ter muita lidação comigo, na altura foi com ela que senti área de conforto, abri o segredo mas sempre a pedir segredo da situação que vivia pois estava convencida que o mal era meu e que a ama tinha o poder de me retirar aos meus pais. Enfim posto isto, os meus pais tomaram as devidas providências e retiraram-me da guarda da ama. Assim como avisaram os pais das outras crianças. Depois fui para um colégio e ai com os devidos estímulos por parte das educadoras, descobriram o meu dom para a música e para cantar.


Música sem dúvida era naquela altura o meio pelo qual eu mais facilmente me exprimia, embora recebesse no colégios os devidos estímulos em casa, os meus pais eram pessoas que não se interessavam nem muito por música nem por outras áreas artísticas, o que originou em mim uma falta de auto-estima e no meu valor artístico e foi assim durante anos, apenas cantava em festas por graça; mas sempre presente através dos meus pais que seguir a música ou qualquer área relacionada com as artes não era futuro, que tinha era que estudar para realmente seguir outra profissão que me desse sustento, foi nesta altura que fui apagando e deixe de lado as minhas manifestações artísticas, mas durante a adolescia o dom veio a revelar-se novamente quando ganhei um concurso a cantar, ai os meus pais começaram a perceber e também com ajuda de alguns professores que me valorizavam e reconheciam o dom, que tinham uma filha que inevitavelmente estaria com seu futuro sempre ligado de alguma forma as artes em geral. Mas mesmo assim e devido também á educação que eles receberam sempre tentaram direccionaram para ideologia de vida, que consistia a sua semelhança: o ideal é ter um trabalho fixo e ter um ordenado ao fim do mês para pagar as contas, enfim eu nessa altura então em semelhança e a deles, consegui um emprego ao qual tive sete anos vinculada de balconista nas lojas Singer, chegando mesmo a chefe de loja até porque tive sempre muito entendimento em organização de trabalho em grupo e reconhecer valores em cada pessoa. Mas de facto até nesse trabalho a veia artista de vez enquanto aparecia e revelava-se, e até era apreciada por colegas e por vezes até constituía dinâmicas ao incentivo de vendas.

Mas ruptura aconteceu, após os sete anos de trabalho e estando presa numa loja um dia inteiro, e por cada vez menos ter contacto com as coisas que me faziam feliz como estar ao ar livre, dançar cantar, pintar, entrei numa depressão psicossomática em que cada vez que entrava numa grande superfície (centro comercial ou locais com muita gente) o meu corpo prenunciava-se com mau estar físico e baixas de tensão assim como uma angústia enorme. Foi então por ordem medica fui proibida de voltar a exercer a minha profissão na altura enquanto trabalhadora num grandioso Centro Comercial. Posto isto ainda fiquei, em casa durante dois anos um pouco desnortear-se em relação ao meu futuro mas experimentando


áreas diferentes dos interesses ligados a antiga profissão, então inevitavelmente começaram os meus interesses artísticos a renascer e a direccionar o meu tempo livre para fazer aquilo que realmente gostava.

Comecei a participar em alguns concursos de estátuas Vivas com personagens elaboradas por mim, e que me ajudaram a encontrar-me, foi nessa altura que tomei a decisão de voltar a estudar, desta vez animação sociocultural, foi um curso de três anos mas de uma valia supre valiosa para a pessoa que sou hoje, pois tive acesso as mais variadas disciplinas como sociologia, psicologia, expressão corporal, expressão plástica e ainda estagie durante três anos em sítios como um centro ocupacional para idosos Benfica, na Casa Pia em Xabregas (na biblioteca), por ultimo com Portadores de deficiência variadas, em Marvila; foi verdadeiramente activo mas com resultados soberbos ao nível da minha formação pessoal e por sua vez ao encontro do que a arte e as suas mais variadas vertentes pode contribuir para a construção de uma sociedade melhor.


Este Quadro, em seu fundo conceptual, tem o pode chamar a aplicação da psicologia enquanto terapia, pois quando foi elaborado, iniciou-se com um intuito de resolver emoções relativas a uma situação traumática, respeitantes a um acidente no Ultimo rio selvagem (á data) de Portugal, Rio Sabor, situado a norte de Portugal distrito de Bragança em que foi organizada uma manifestação contra a implantação de uma barragem que iria dissipar aquele rio e toda a sua fauna envolvente, eu estava na altura a recuperar de uma depressão psicossomática e a convite de duas amigas que sabiam da minha situação fui sem hesitar abraçar esta causa, até para sair do meio que me estava a provocar essa mesma depressão.

Isto aconteceu em Março de 2007 e sendo inverno choveu que provocou a subida o caudal do rio não prevista pela organização pois eles tinham feito um reconhecimento mas uma semana antes, os equipamentos também com o qual estavam a fazer aquela descida do rio não eram os mais apropriados, e o que seria uma descida de quatro horas passaram a ser doze horas com agravante de estar-mos sem comida e luz a partir de determinada altura do dia, especificamente a situação que me marcou indubitavelmente, foi a determinada altura da descida, numa talvegue (onde rio faz uma queda de água) que estava a passar como tinha apreendido seguir o espelho de água a determinada altura e devido ao meu colega que seguia comigo a canoa virou para dentro do remoinho que ali formava devido a força das águas ali fiquei a lutar pela vida , vi a minha mãe e o meu pai pensei que nunca iria sair daquela situação com vida, ao longe ouvia os gritos para não desistir mas era impossível lutar contra tanta força; deixei-me ir a determinada altura vi tudo escuro em espiral direito ao fundo; passado não sei quanto tempo, pois para mim toda a situação, pareceu-me uma eternidade comecei-a a sentir o que chamo de águas leves e delas comecei a mergulhar ao regresso á vida e a um renascer, muitos dos que assistiram ao acidente me comtemplaram dizendo:”-pensei que não ias sobreviver.”


O relato anterior e da viagem e

aventura no rio que tinha

como intuito tirar-me da depressão e

angustia que vivia na altura,

teve os seus resultados: primeiramente

deu-me novamente o gosto

pela vida assim como me reavaliar os

meus

futuro, quanto aos meus desejos e

aptidões artísticas que até a

data andavam reprimidas em segundo

comecei a desenvolver mais as

minhas habilidades para artes tanto de

representação

objectivos

enquanto

como

a

pintura e escultura.

Quando regressei ao meu quotidiano,

era prática recorrente estar

sempre a falar com todas as pessoas

do acidente e de como este

tinha sido traumático mas ao mesmo

tempo regeneradora de toda a

minha pessoa, na altura eu própria

comecei a ter essa noção que

estava a tornar-se o único tema que

tinha como tal tinha que

eteriza-lo de uma vez por todas então

decidi começar a pintar um

quadro que a partida terapeuticamente

falando, iria pôr nele todo o

que apoquentava enquanto indivíduo.

O resultado final teve entre muitas formas, em figura central uma árvore que em mim representava a vida, um humanóide vindo do céu em remoinho que representam também os meus pais que vi debaixo de água quando estava no remoinho (obstáculos da vida) e a maneira como via o mundo que estava cheio de ganância e injustiça social que tinha vivido e que resultou na depressão; as águas douradas representam elas a forma como ultrapassei e a descoberta da minha razão.


A minha performance “Era aquários” e tudo que esta representa em termos da sua própria mensagem está relacionada, com uma ideologia que a data me preenchia em termos ideológicos, o renascer o tomar consciência da vida da e Psicologia metafísica e todos os seus parâmetros abordados, da relatividade empírica.

A ciência do homem e o universo, e a suas influências astrais estão interligadas no sentido que influenciam toda a dinâmica planetária, em maior destaque o manifesto ou fenómeno das mares, e o elemento Água também ele parte integrante no nosso corpo físico, este que nos faz perspectivar e reconhecer o meio circundante em constante mudança ao longo das varias gerações de metamorfoses, tanto se manifestam também a nível psicologia, nível social, e do próprio indivíduo. Na obra minha obra “Era Aquarius” retrata um anjo dourado, que com um jarrão dá água, agradece ao universo e depois cheirar três rosas, espalha, em forma de onda o amor e vida. Para além disso tem uma “play-list” de música que procurei transformar toda a sua envolvência e a sua própria dinâmica de movimentação encontra-se em sincronização com as ondas musicais. Quando actuo com esta performance, faço quer acompanhada quer acompanhada com outras pessoas que também elas de forma livre apreenderam a interagir comigo, costumo dizer que esta estátua esta sempre apta a transformar se e a receber interacção do meio onde atua.

O público normalmente dá-lhe os mais variados significados, porque eu por opção não costumo usar placa com título, isto porque gosto e acho que é necessário o público sentir a obra e sonhar e idealizar por ele próprio as suas referências e significados, em cultivo do seu espírito crítico. Da minha parte só são surpreendidos com o quadro vivo que criei assente nos meus estudos e influências vivenciais.


Na última obra que escolhi embora

se encontre em fase de elaboração

escolhi falar nela e no processo de

construção. Que insiro um conjunto de

palavras-chaves para resultar numa

obra com uma mensagem conceptual

reflectiva “Do que é o Tempo”, e

de como ele passa e delimita as nossas

rotinas e vivencias desde que

nascemos e que nos é instituído que ele

existe e que pode ser contabilizado.

Neste projecto recorri a uma sequência

de etapas: primeiramente elaborou

um “brainSortm” em que lancei

palavras-chave e questões tais como: “Tempo”, “Horas”, “Vida”, e o que são as nossas percepções gráficas, a comunicação visual que este tem, e sua percepção a nível da forma. Ainda procurei juntar alguns elementos que representam para mim como um receptáculo de memórias, mas é apenas uma arca de madeira ou como gosto de lhe chamar Báu das memórias, pois tem acompanhado a minha vida e algumas outras obras que fiz ou eventos que participei.

Já em segunda fase iniciei esboços em caderno gráfico a fim de suportarem os estudos de como aplicar a ideia aos conceitos estudados, em seguida a delimitações e aptidões, existido delimitações no processo criativo, pois foi um trabalho lançado na disciplina de laboratório multimédia III, em que o desafio principal tinha que ser uma instalação que comportasse um conceito “Tempo” e também ter a componente de interactividade; nessa altura pensei juntar as minhas aptidões de mais-valia, então como já foi referenciado, faço um trabalho de performance a cerca de 8 anos (Estátua Viva); como tal para mim essa quase sempre a forma que dou preferência para abordar a vida e aquilo que quero passar ou mostrar ao meio envolvente, como tal depois deste desafio também quis integrar na obra e representar parte dela dando a representação um corpo desde do seu estado fetal até ao momento que falece.

Para opulentar serão projectadas fotografias que me acompanham desde sempre, que retratam varias fases da minha vida; e ainda como figura da duplicidade do tempo, vou usar umas fotografias que trabalho com efeito espelho, de mais variadas imagens que vão desde da Água, Fogo e Terra.


Descrevendo a ideia que pretendo alcançar com esta performance: do baú saem as imagens, em frente a sua projecção acontece numa parede dos pés ao tecto, eu estarei no chão em posição fetal, ao começo da performance; as imagens estarão a ser projectadas do baú com som evolvente criado para o mesmo propósito envolver toda a instalação e quem ela passa. A minha performance consiste em estar dentro de uma manga de tecido branco afim deste também ainda receber parte da própria projecção, primeiramente estarei em forma fetal, e depois ao longo de aproximadamente duas horas vou-me movimentando e dando as mais variadas formas ao tecido.

Desta forma posso referir em termos

de psicologia da arte que estou a

usar signos que são de relevância

significativa

para

percepção

humana como o volume de um corpo

que

ultrapassa

o

limite Bidimensional, e a reta que se

que

convergem no seu efeito espelho,

assim como o seus conjuntos de

planos em superposições que vão

existir quando o publico circular

para ver a performance, a luz nesta

instalação vai dar origem a uma

representação

importância de onde esta erradia, vai

ser ela que comanda a variação tonal

forma

com

as

a

imagens

gráfica

dando

e vai ser por causa dela que terão consciência ou noção da obra. As cores também elas estão implícitas, nas imagens e na sua projecção representando a parte emocional existente nas imagens assim como simbolicamente serão associadas a uma linha de tempo emocional da vida até a morte.

Em titulo de conclusão todos os meus processos criativos, foram de alguma forma assentes de em as mais variadas ideologias que albergam a psicologia da arte, dando importância para o meu desenvolvimento tanto quanto indivíduo como ser humano, que sou parte intrigante das minhas experiencias mais variadas e de maior ou menor pertinência. Acredito que a minha aptidão natural para as artes resulta dos estímulos que vivi desde de criança mas também são intrínsecos pois tenho uma predisposição para ver o mundo de forma idílica mas com os “pês assentes no chão” pois tudo que faço tem a sua mensagem que nasce quer de forma espontânea quer de forma de um estudo conceptual, ou ainda em ultimo e a que preferencialmente destaco Co-criação que revelo aqui como a mais estimulante para mim, pois acredito que junto e juntando diferentes aptidões conseguem-se o que chamo obras mais enriquecidas de valores de união.


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