Entre Nerds & Otakus 25 e 26.11.2017

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FORTALEZA, CEARÁ SÁBADO E DOMINGO,25 E 26 DE NOVEMBRO DE 2017

Q

uando os planos de parceria entre Marvel e Netflix vieram a público, o personagem Justiceironãohavia sequer sido mencionado. Já existiam adaptações em longas, o primeiro de 1989 com Dolph Lundgren no papel principal, em 2004 foi a vez de Thomas Jane no papel e Ray Stevenson em 2008. Porém, apesar de terem seus méritos, nenhum deles empolgou muito. Finalmente, na segunda temporada de ‘Demolidor’, vimos um Frank Castle fazendo jus ao dos quadrinhos. Jon Bernthal encarnou, sem dúvida, o Justiceiro de carne e osso em sua versão definitiva. Com uma interpretação visceral, o ator segurou metade da trama e foi unanimidade entre os fãs como melhor coisa daquele segundo ano da série do Homem Sem Medo. Tendo causado uma boa impressão, foi natural que ganhasse uma produção própria.

Bandido bom O Justiceiro foi criado nos anos 1970 e a ideia era a de jogar no universo fantástico da Marvel um herói possível. Castle não tem poderes, é apenas um fuzileiro muito bem treinado que mata bandidos movido pela vingança. O antiherói por vezes cruzou o cami-

JON BERNTHAL

interpreta Frank Castle, o Justiceiro, pela segunda vez, agora em uma série própria

Muito tiro, porrada e bomba Justiceiro, personagem apresentado na segunda temporada de Demolidor, ganha série própria na Netflix e não decepciona nho de personagens em collants coloridos que não aprovavam seus métodos e o tratavam como mais um vilão. E foi exatamente assim que ele surgiu na série da Netflix. A despeito de sua alcunha em português, para ele não existe justiça, mas sim punição, o que, na maioria das vezes, se traduz em uma bala nos miolos.

Crime e castigo A série continua do ponto em que ‘Demolidor’ parou. Frank Castle continua sua caçada aos criminosos que tiveram relação com a morte de sua família. Nos primeiros minutos ele já conclui sua missão e abandona a identidade de

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DIÁRIO DO NORDESTE

Justiceiro. A história avança alguns meses e Castle, agora Pete Castiglione, leva uma vida normal como parte de uma equipe de demolição. Ainda assombrado pela morte da família, ele não consegue seguir em frente. Somos apresentados a alguns amigos de seu passado enquanto fuzileiro e, finalmente, conhecemos Micro (Microchip nas HQs), responsável por uma pista encontrada na antiga casa de Frank. O hacker entra em contato e consegue despertar a fagulha de vingança no Justiceiro novamente ao revelar que talvez a história da morte de sua família tivesse desdobramentos ainda mais complexos.

A série segue com um bom ritmo, aprofunda a trama iniciada em ‘Demolidor’ e inclui um enredo secundário que poderia ser totalmente descartado, não fosse pelo desfecho memorável. Ainda assim, a primeira metade não empolga como poderia, mas depois segue de forma mais frenética, tornando ‘O Justiceiro’ a melhor das séries Marvel/Netflix desde a primeira temporada de ‘Demolidor’. Com uma trilha sonora inspirada, atuações muito competentes e muita violência gráfica, a produção ainda dá algumas escorregadas (como a apologia armamentista), mas que não comprometem o resultado, e possui momentos brilhantes, como as alucinações de Frank em alguns momentos chave. A tradição de séries Marvel/ Netflix que começou com Karen Page e Claire Temple se mantém e temos uma personagem feminina forte, a agente Dinah Madani coadjuvando a história. Os 13 episódios de O Justiceiro estão disponíveis na Netflix desde 17 de novembro e a única dúvida que resta é quando estreará a segunda temporada. *Texto produzido com a colaboração de Rafael M. Vasconcelos, sócio da Aceccine

Festa

Esquenta da estreia O próximo filme da franquia Star Wars estreia no próximo dia 14, mas no dia 02, os fãs da saga já tem um encontro marcado na baladaStarWars:EpisódioÓrbita da S1 Produções. A produtora é conhecida poreventos temáticosnerds e de cultura pop e promete uma inesquecível experiência durante esta festa. Escolha seus trajes de acordo com o lado: sombrio ou da luz. Uma boa ideia também é ir à caráter para concorrer ao prêmio para a melhor fantasia. Na programação, dançarinas, bazar e drinques temáticos, confrontos de sabre de luz e batalhas com sabre de espuma. Os ritmos serão pop (lado da luz) e rock (lado sombrio) tocados por DJs e pela banda L2TP com os vocalistas Natasha Maciel e Jeff Pereira. Mais informações Star Wars: Episódio Órbita Dia 02/12, às 21h no Órbita Bar. Valores:R$20(meia),R$40(inteira) e R$30 promocional (confirmandopresençanoeventodoFacebook - http://bit.ly/sworbita).


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