Jornal o Aprendiz - Março - 2015

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Os Manifestos Rosacruzes o triênio 1614, 1615 e 1616, circularam pela Europa, a partir da Alemanha livros e panfletos que ficaram conhecidos como Os Manifestos Rosacruzes. A divulgação dos Manifestos provocou o foi chamado de o Furor Rosacruz. A professora e historiadora Frances Yeates intitulou uma obra sua de

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O Iluminismo Rosacruz. Neste artigo consideraremos que o período Iluminista começa com Os Manifestos Rosacruzes sendo que esses períodos variam de acordo com cada estudioso. A Causa de todo o furor é hoje bem compreensível para todos nós: Desde o início da re-

nascença (1300 a 1600) que se ansiava por mudanças em diversas áreas da vida humana, especialmente nas artes, filosofia e ciências. A Reforma Luterana já havia, em 1517, iniciado as manifestações explícitas de anseio por transformações profundas. As resistências apareceram nas ações da contra reforma. A Reforma gerou um certo equilíbrio de forças e poder político e possibilitou escritos, manifestos e a expressão de pensamento religioso de homens que são categorizados como Reformadores Radicais, isto é, defendiam um pensamento religioso que vai muito além do simplesmente crer, mas que busca impelir o homem para uma reforma completa de seu sentir, pensar e, consequentemente, uma mudança em seu agir. No centro dos Manifestos Rosacruzes está Johann Valentin Andreae. Segundo os historiadores, não há mais nenhuma dúvida de que

Andreae foi o seu autor. Na época seus autores ficaram no anonimato, pois liberdade de expressão religiosa teve início mais de dois séculos depois. Mas ele não estava só! Andreae pertencia ao que é chamado de Circulo de Tumbingen. Um grupo de homens ligados à Universidade de Tumbingen sendo seu principal mentor o magistrado Tobias Hess. Após 310 anos, teve início em 1924 um movimento que hoje é conhecido como Escola Espiritual da Rosacruz Áurea. E hoje, 400 depois da divulgação dos Manifestos Rosacruzes, estão presentes as condições ideais para a realização dos seus ideais. Todas as quartas-feiras às 20h00 a Rosacruz Áurea, através de seu Núcleo de Ribeirão Preto, apresenta, publicamente, os princípios básicos do pensamento Gnósticos dos Rosacruzes Clássicos e, acrescenta a esses princípios, as orientações para que cada buscador da Verdade dê os primeiros passos na senda da renovação, do renascimento.

As reuniões informativas são realizadas no seguinte endereço: Rua Vicente de Carvalho, 426 Vila Seixas - Ribeirão Preto/SP. Visite nossa biblioteca virtual e tenha acesso a cursos on line em www.rosacruzaurea.org.br


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Outros complementos em uma Mandala Pessoal

ecordando, nos últimos artigos eu falei sobre como escolher as bases numéricas, as cores, as formas e as pedras nas Mandalas pessoais. Hoje vou abordar um tema bem específ ico que diz respeito aos "fios" colocados como contornos nas minhas Mandalas. No meu ponto de vista eles são um complemento estético no conjunto final da Mandala. Porém depois de muito me utilizar deles acabei descobrindo um bom sentido energético para eles. Eu mesma é que componho cada fio que uso na elaboração de uma Mandala Pessoal e faço este processo em silencioso respeito e entoando Mantras variados, conforme inspiração do momento ou Hopono-

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pono. E assim a cada pedra colocada no fio vai também a energia deste Mantra. Sobre o material usado na confecção destes fios, a princípio eu sempre trabalhava com material de armarinhos, miçangas ou vidrilhos. Até que uma dia uma amiga me chamou a atenção para o brilho dos Cristais Swarovski. Fiquei apaixonada. O brilho deles é inconfundível e conferem uma leveza ímpar ao trabalho final. Desde então passei a usá-los em meus trabalhos. Devo dizer que são economicamente falando muito mais caros, porém sua beleza é ímpar. Também podem ser usadas as miçangas de vidro que tem um brilho especial. Na composição dos fios, gosto de trabalhar com a Numerologia do Nome da Pessoa, e assim vou colocando tantas miçangas que indicam número de poder, mais tantas outras de outra cor que indicam o número da alma, volto para a anterior e assim vou até completar o diâmetro em cm x 3, 12 que me dá o perímetro da cir-

cunferência que quero cobrir. Este é um trabalho que exige muita paciência, concentração e sobretudo silêncio. A não ser que a pessoa tenha uma excelente capacidade de concentração não existe a me-

nor possibilidade de elaborar e fazer Mandalas em um ambiente com muito falatório. O mesmo processo de ir entoando Mantras eu também utilizo quando trabalho no acabamento com pontilhismo.

Colaboração: Marina Elisa Costa Baptista Filósofa e Mandalista (16) 3630-4459 | 99753-6949 NOVO EMAIL: marinaelisa60@gmail.com www.facebook.com/MandalasPorMarinaElisaGaleria

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Uma carta de George Carlin

eorge Carlin, comediante dos anos 70 e 80, não é surpreendente que pudesse escrever algo tão eloqüente: "O paradoxo do nosso tempo é que temos edifícios mais altos e temperamentos mais reduzidos, estradas mais largas e pontos de vista mais estreitos. Gastamos mais, mas temos menos, compramos mais, mas desfrutamos menos. Temos casas maiores e famílias menores, mais conforto e menos tempo. Temos mais graduações acadêmicas, mas menos sentimentos comuns, maior conhecimento, mas menor capacidade de julgamento. Mais peritos, mas mais problemas, melhor medicina, mas menor bem-estar. Bebemos demasia-

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do, fumamos demasiado, desperdiçamos demasiado, rimos muito pouco. Movemo-nos muito rápido, nos irritamos demasiado. Mantemo-nos muito tempo acordados, amanhecemos cansados. Lemos muito pouco, vemos televisão demais e oramos raramente. Multiplicamos o nosso patrimônio, mas reduzimos os nossos valores. Falamos demasiado, amamos demasiado pouco e odiamos muito freqüentemente. Aprendemos a ganhar a vida, mas não a vivê-la. Adicionamos anos às nossas vidas, não vida aos nossos anos. Conseguimos ir à lua e voltar, mas temos dif iculdade em cruzar a rua para conhecer um novo vizinho. Conquistamos o espaço exterior, mas não o interior. Temos feito grandes coisas, mas nem por isso melhor. Limpamos o ar, mas contaminamos a nossa alma. Conquistamos o átomo, mas não os nossos preconceitos. Escrevemos mais, mas aprendemos menos. Planejamos mais, mas desfrutamos menos.

Aprendemos a apressar-nos, mas não a esperar. Produzimos computadores que podem processar mais informação e difundi-la, mas nos comunicamos cada vez menos e menos. Estamos no tempo das comidas rápidas e digestões lentas, de homens de grande estatura e de pequeno caráter, de enormes ganhos econômicos e relações humanas superficiais. Hoje em dia, há dois ordenados, mas mais

divórcios, casas mais luxuosas, mas lares desfeitos.São tempos de viagens rápidos, fraldas descartáveis,moral descartável, encontros de uma noite, corpos obesos,e pílulas que fazem tudo, desde alegrar e acalmar, até matar.São tempos em que há muito na vitrine e muito pouco no armazém. Tempos em que a tecnologia pode fazerte chegar esta carta, e em que tu podes optar por partilhar estas refle-

xões ou simplesmente excluí-las. Lembra-te de passar algum tempo com os teus entes queridos, porque eles não estarão aqui para sempre. Lembra-te de ser amável com quem agora te admira, porque essa pessoa crescerá muito rapidamente e se afastará de ti. Lembra-te de abraçar quem está perto de ti, porque esse é o único tesouro que podes dar com o coração, sem que te custe nenhum um centavo. Lembra-te

Colaboração: Dra. Maria do Vale Oba - Especialista em Acupuntura (16) 3234-3862 | 99196-5217 | 3904-8414 - mariaoba@hotmail.com

de dizer "te amo" ao teu companheiro e aos teus entes queridos, mas, sobretudo, diga com sinceridade. Um beijo e um braço podem curar uma ferida, quando se dão com toda a alma. Dedica tempo para amar e para conversar, e partilha as tuas idéias mais apreciadas. E nunca esqueças: A vida não se mede pelo número de vezes que respiramos, mas pelos extraordinários momentos que passamos juntos".


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O que é Terapia de Casal e de Família? ta é trabalhar a dinâmica familiar: as relações e os conflitos; a comunicação e a conjugalidade; as concepções de saúde mental e as questões de sexualidade. O terapeuta vai buscar ampliar as alternativas

os dias atuais, se percebe que há muitas vezes a valorização de comportamentos individualistas, narcisistas e competitivos e família que é um espaço emocional com práticas de apoio mútuo, afetividade, criação de valores, onde o que deveria sobressair é a preocupação com o cuidar, muitas vezes é vista como uma força negativa que "aprisiona" e cria "laços de dependência", levando a situações em que as diferenças geram muitas crises, discórdias e infelicidades. Lealdade, tolerância, ajuda e/ou apoio mútuos, tendem a ser desvalorizados e/ou diminuídos e isto tem gerado e agravado sintomas de ansiedade, depressão, inseguranças, ciúmes, traição, violência, e outros. A terapia de casal trata estes sintomas, que são muitas vezes individuais, porém construídos por dinâmicas de relacionamento não produtivas. É uma terapia voltada para o casal e/ou a família quando estes se encontram em crises e relações conflituosas de quaisquer tipo, natureza ou intensidade. O papel do Terapeu-

significando situações traumáticas e protegendo os indivíduos na construção de relacionamentos saudáveis, respeitosos e amorosos. É uma forma de atendimento que sur-

giu nos anos 50 e tem crescido como opção terapêutica em função de sua efetividade no tratamento dos problemas atuais: de indivíduos em suas diversas relações, conquistando harmonia e paz.

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de resolução dos conflitos, fortalecendo a autonomia individual (incentivando as pessoas a fazer boas escolhas e com ética), numa conversação construtiva (fruto de diálogo e reflexão) e vai incentivar a prática da responsabilidade relacional (a percepção de como as ações de cada um e os seus efeitos, afeta a si mesmo e o outro no relacionamento conjugal). Por isso o atendimento pode ser individual, pode ser com o casal e/ou com todo o grupo familiar. Seus maiores benefícios estão em desatar os nós que impedem a comunicação e a interação saudável da pessoa em suas relações familiares, promovendo a construção de consensos, res-

Colaboração: Maria Beatriz Rossatti CRESS nº 44.243 Terapeuta Familiar pela UNIFESP/SP (16) 9.9777-2501 vivo | 9.8154-1882 tim mbeatrizros@gmail.com

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Instabilidade permanente

onde buscar socorro no planeta Terra do século XXI? Nas instituições, filosofia, arte, religião, ciência, psicanálise, nos ETs, na mídia? A televisão apesar das exceções de bons programas, precisa de tragédias, exibe um festival de paradoxos, desastres, medo. Embora a informação ser necessária, ela se torna um melodrama enfadonho, repetitivo, a violência castrada e adocicada pelo midiático. As sociedades de alto consumo se fazem

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sobressair como vitoriosas, são mestras em ensinar a compulsão de compras, criam necessidades e objetos cada vez mais sofisticados: a arte da semi-ótica triunfante. Ninguém se toca mais. Para quê? O toque é perigoso, o outro pode lhe tirar do eixo. Goze comprando. Mais asséptico é o celular, a Internet para se estabelecer roteiros de inteireza e presença na comunicação com o outro. O on-line em tempo real desfaz a indignação provocada por um festival de bestialidade. Se o desejo criado pelos hormônios extrapolar pelos poros, mate-o, racionalize-o, pré-fabrique uma região idílica aonde possa se esconder do outro nos fiapos do tempo. O cinismo do Ocidente contamina tudo. Corta-se uma cabeça hoje, amanhã já é notícia velha. Os homens se

matam uns aos outros com muita ordem, logística, diplomacia, normose, religiosidade, sentimento nacionalista, pressa e censo de dever cumprido. Até a angústia o único sentimento do qual não se consegue livrar o corpo é escamoteado pelas trans-anfetaminas que simula um admirável mundo que está por vir. Ele não virá, já está instalado. Como é possível viver o corpo com envolvimento real se já o fabricamos nos manuais de instrução? Toque é só com o sexo banal. Entregar-se ao estar aqui traz foco, presença, estar consciente, cultivar sentimentos é perigoso para os que detêm o poder. Por isso o lixo televisivo que entorpece, é a ferramenta mais importante para acelerar a globalização. Apesar dos be-

nefícios da informação e dos fantásticos progressos da ciência, o marketing é ferramenta de poder, pode inflamar ou anestesiar os toques do coração, banaliza, vicia, acelera e aformoseia as imagens. Cria pílulas de saudosismo, futurologia, é um sem jeito de estar no mundo. Algumas tradições e mitos af irmam que há milhões de anos aqui viveram raças alienígenas e protoplasmaram o homem. "Em Gênesis 1:26 disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança", e tenha ele domínio so-

bre peixes, aves, animais domésticos e todos os répteis que rastejam sobre a Terra". Será que essas raças conheciam o Amor? Ou excluíram a compaixão e por isso implodiram? Para integrar o jogo de opostos é preciso uma entrega verdadeira. Mas, entregar o quê, a quem? Os nossos criadores sob a inspiração, poder e mestria amorosa do Criador Maior inocularam uma mônada divina em nosso corpo e nos deram a enxada

do livre-arbítrio para que cultivássemos a Terra e discerníssemos entre o Bem e o Mal, o certo e o errado. Talvez por isso vivemos com saudades do Éden, criamos, foguetes, satélites, biomas artificiais que nos livrarão das intempéries, pragas, doenças e da morte física. Foge-se e critica-se a aceitação do absurdo e da graça como frutos do delírio, ou atribuí-se esses estados ao panContinua na página 7


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Continuação da página 6

teão de alucinógenos que remendam e douram a instabilidade permanente, não conseguindo extirpar a selvageria e a violência ontológica estampada no projeto civilizatório?

Apesar de a consciência ter avançado em muitas disciplinas ainda é impotente para promover o amor e a paz no mundo. A Fundação Teosófica Raja em Itapecerica da Serra promoveu um seminário sobre a com-

paixão. Nesse lugar imantado de estudos e reflexão pudemos, nestes quatro dias de carnaval aprofundar o quanto se precisa descobrir o amor no coração, orando, meditando, praticando a autoobservação diária, e en-

quanto isso não acontecer e atingir toda a humanidade, a instabilidade crescerá a níveis insuportáveis. A escolha é nossa. Ou mergulhamos numa introspecção profunda à procura do nosso Buda interno, da força

Crística que habita nos corações de cada um e faz vivenciar a compaixão com todos os seres, a partir das vísceras, ou nos tornaremos cada

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vez mais robôs cibernéticos e o What`s app será uma ferramenta de comunicação ultrapassada num zap de tempo.

Colaboração: Marcos Zeri Ferreira Membro do Grupo de Estudos Teosóficos Ahimsa (16) 3237-3696 | ferreirajoias@terra.com.br

Marshall Rosenberg o criador da Comunicação Não-violenta Marshall Rosenberg, em 1961 obteve seu PHD em psicologia clínica pela Universidade de Wisconsin - Madison. No começo dos anos sessenta, em sintonia com o movimento dos direitos civis americano, Rosenberg começou a trabalhar como orientador educacional em escolas e universidades que abandonavam a segregação racial, processo este que não pôde ser chamado de transição pacífica. Durante este período tenso, porém frutífero, Rosenberg providenciava treinamento em técnicas comunicativas. Foi neste pano de fundo que desenvolveu um método comunicativo chamado Comunicação nãoviolenta (CNV).

A Comunicação Não-Violenta serve de guia para resolução de conflitos em mais de 65 países ao redor do mundo, nos diversos continentes. A CNV também é aplicada no desenvolvimento de novos sistemas sociais, orientado em prol de parceria e o compartilhamento de poder, principalmente na área de educação, e também no caso de Círculos Restaurativos, prática de Justiça Restaurativa aplicada em mais de 11 países. Nos diversos exemplos sociais da aplicação de CNV encontra-se a prioridade de considerar os valores comuns entre todos, uma atitude baseada na empatia. Rosenberg viajava para mediar conflitos e levar programas de paz a regiões assoladas por guerras, como Sérvia-Croácia e Ruanda, mas o interessante é notar que sua estratégia serve também para apaziguar os combates verbais do nosso dia-a-dia. Segundo Marshall Rosenberg, é na maneira como falamos e ouvimos os outros que está a chave para o problema das desavenças e discórdias.

Revista dos Vegetarianos - Edição 101 Por: R$ 12,50 Não é sorte ou azar. O que fazer para prevenir o Câncer. Ele não aparece por acaso. Como minimizar os riscos com a alimentação correta e outros cuidados para você se manter sempre saudável. Coco versátil - Os benefícios da água, da polpa, do óleo e do leite dessa poderosa fruta. Dia a dia vegetariano - Nutricionista explica o que comer no café da manhã, almoço, lanche e jantar. Leites vegetais - 14 opções para você preparar essas bebidas em casa. 8 receitas gourmet - Como usar castanhas e frutas para colorir e sofisticar suas saladas. Escolha seu arroz - Vantagens e desvantagens do branco, do parboilizado e do integral. Aprenda a combinar frutas com outros alimentos. http://www.europanet.com.br/site/ index.php?cat_id=935


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