ECOLOGIA • CULTURA • SUSTENTABILIDADE • EDUCAÇÃO • CIDADANIA
n° 17 / novembro de 2014 • Ano II
CONHEÇA OS GANHADORES DO PRÊMIO EMBRACO 2014 AS NOVAS INVESTIDAS DO INSTITUTO CHICO MENDES PARA O FUTURO DE JOVENS
CONHEÇA A PEDRA DOS OLHOS E TODA A SUA ATRATIVIDADE
SUMÁRIO EXPEDIENTE editor responsável
Flávio Guimarães matérias
Jorge Freitas Francisco Dantas Giselly Albuquerque capa e diagramação
Flávio Guimarães para anunciar
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contato@delta.com.br
4 EcoLógico Caminha ecológica movimenta a Pedra dos Olhos
6 EcoNotícia Prêmio Embraco de Ecologia premia cinco projetos
8 EcoApoio Intituto Chico Mendes de Conservação ajuda jovens de Mambaí (GO)
EcoLógico
CAMINHADA ECOLÓGICA MOVIMENTA A PEDRA DOS OLHOS AOS DOMINGOS
Trilha ecológica permite que participantes apreciem as belezas naturais do Parque da Fonte Grande
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uem curte uma bela paisagem e radicalidade não pode perder a oportunidade de fazer a caminhada ecológica na Pedra dos Olhos. A trilha guiada acontece aos domingos, das 8 às 13 horas, com saída da sede administrativa do Parque da Fonte Grande. Para participar, os interessados devem fazer a inscrição pelo telefone 33813521 ou na própria sede. As pessoas seguem um percurso de aproximadamente 5 km, incluindo Trilha da Pedra da Batata, Mirante do Sumaré, Mirante da Cidade, Estrada Tião
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Sá, Mirante do Mangue, Trilha da Caverna dos Morcegos, Trilha do Alpinista, Pedra dos Olhos, Vale do Ganda, Ruínas da Fazenda Boa Vista e Centro de Educação Ambiental Parque da Fonte Grande. O diretor do Parque da Fonte Grande, Wagner Lamego Farias, o educador ambiental Wilson de Souza e alguns guias vão acompanhar e monitorar a trilha. Wilson explica a importância do passeio: “Nosso principal objetivo é potencializar as ações de fiscalização e educação ambiental no entorno da Pedra dos Olhos.
Neste ano, fizemos 28 anos de parque, então resolvemos expor para os cidadãos as belezas naturais através da caminhada ecológica, a fim de que todos sejam um agente multiplicador do entorno”.
PROGRAMAÇÃO A caminhada ecológica acontecerá neste domingo (9) e nos próximos dias 16, 23 e 30. A trilha é recomendável para quem já pratica alguma atividade física. Menores de 18 anos devem estar acompanhados dos responsáveis. É obrigatório o uso de sapato fechado - de preferência tênis -, levar uma garrafa de água para se hidratar, alimentos leves e se responsabilizar pela destinação do seu lixo. Recomenda-se o uso de protetor solar, boné ou viseira e repelentes. Em caso de fortes chuvas, o evento será transferido para o domingo seguinte.
COMO CHEGAR? Quem está a pé pode chegar ao Parque da Fonte Grande passando pela rua Antônio Dell Antonia, em Fradinhos, ou pela rua Alziro Viana, no Centro. Quem está de carro pode seguir pela rodovia Serafim Derenzi ou pela Estrada Tião Sá, no bairro Grande Vitória.
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EcoNotícia
PRÊMIO EMBRACO DE ECOLOGIA PREMIA CINCO PROJETOS
Campeãs comemoram conquista do Troféu Quero-Quero Foto: Marcelo Caetano,Divulgação / Deco
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Embraco, realizou na noite de quarta-feira (27) a cerimônia de entrega do 21º Prêmio Embraco de Ecologia. Na categoria Transformação, foi premiada a Escola Municipal Doutor Hans Dieter Schmidt, com o projeto “Espaço Escolar Interativo”, que vai transformar um ambiente não utilizado da escola em um local adequado a inúmeras propostas de aprendizagem. Os vencedores receberam o Troféu Quero-Quero e recursos financeiros que possibilitarão a implantação do projeto premiado. O valor total da premiação será de R$ 56 mil, sendo R$ 8 mil para cada uma das quatro escolas vencedoras na categoria Ação e R$ 24 mil para a vencedora na categoria Transformação. Dos 45 projetos inscritos, 15 foram selecionados para a fase de defesa oral e julgados por uma comissão formada por quatro especialistas: Cleiton Vaz, profes-
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sor-doutor dos cursos de Engenharia da Univille; Nilton Manoel Lacerda Adão, mestre em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina e professor do Senai; Raquel Luisa Pereira Carnin, Doutora e pesquisadora em Engenharia de Materiais e Vanessa Weber Leite, especialista em responsabilidade social e corporativa. O Prêmio Embraco de Ecologia é realizado desde 1993 e tem como objetivo estimular a educação ambiental e conscientizar as novas gerações para a sustentabilidade, ao envolver diretores, professores e alunos integrando o tema ao cotidiano escolar e da comunidade. Os projetos inscritos no prêmio devem ser baseados em três pilares: gestão, infraestrutura e conteúdo pedagógico, conforme orienta a metodologia Espaço Educadores Sustentáveis e Com-Vida (Conselhos de Meio Ambiente e Qualidade de Vida), do Ministério da Educação.
As escolas podem inscrever seus projetos em duas categorias: Ação e Transformação. A categoria Ação contempla ideias que têm um impacto imediato na gestão e no plano pedagógico da escola. Já na categoria Transformação, os projetos devem também propor melhorias na infraestrutura da instituição. Dessa categoria só participam escolas que já foram vencedoras do Prêmio. Destacado pelo Guia Exame de Sustentabilidade 2013 como exemplo de relacionamento entre empresa e comunidade, o Prêmio Embraco de Ecologia teve as inscrições abertas neste ano com o 1º Seminário de Educação Ambiental de Joinville. O evento trouxe à cidade especialistas de reconhecimento nacional na área de educação ambiental para debater e trocar experiências com educadores e entidades que já adotam o conceito de Espaço Educador Sustentável nas escolas.
CATEGORIA TRANSFORMAÇÃO
• Escola Municipal Doutor Hans Dieter Schmidt - Jardim Paraiso O projeto “Espaço Escolar Interativo” vai transformar um ambiente não utilizado da escola em um local aprazível para alunos e educadores, adequado a inúmeras propostas de aprendizagem. Currículo e gestão serão articulados com o espaço físico para uso pedagógico, ambiental, esportivo e de lazer. Toda a ação e todo o material utilizados nesta transformação serão objetos de estudo, propiciando mudanças de atitude em favor de um viver mais sustentável.
CATEGORIA AÇÃO
meio natural, desencadeando emoções e inspirando ações sustentáveis com a comunidade escolar e local. O espaço será uma ferramenta para o enriquecimento da prática pedagógica e de experiências visando o reaproveitamento de materiais. • Escola de Educação Básica Lea Maria Aguiar Lepper - Saguaçu O projeto “O Parque dos Quero-queros” vai construir um ambiente de lazer utilizando pneus - material de difícil decomposição. O espaço será destinado à socialização, aprendizagem e, principalmente, à convivência com práticas sustentáveis, promovendo a interação entre alunos, comunidade e meio ambiente. • Escola Municipal Professora Eladir Skibinski - Aventureiro O projeto “Vivenciando sensações: jardim sensorial” vai desenvolver um espaço para estimular a percepção multissensorial, com estímulos visuais, auditivos, palativos, gustativos e táteis. O Jardim foi idealizado como um local acessível para alunos com algum tipo de deficiência, já que na escola funciona um pólo de Atendimento Educacional Especializado. • Centro de Educação Infantil Espinheiros - Comasa O projeto “Enchente da maré – uma aventura no berçário do mar” prevê a construção de um observatório, onde as crianças possam acompanhar a dinâmica de vida do manguezal, construindo conhecimento através de pesquisas e experiências e criando um vínculo afetivo e responsável com o ecossistema.
• Centro de Educação Infantil Alegria de Viver - Paranaguamirim O projeto “Natureza com amor, aprendizado com arte” vai possibilitar vivências com arte relacionando-as ao
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EcoApoio
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO AJUDA JOVENS EM MAMBAÍ (GO)
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agricultura familiar da Área de Proteção Ambiental (APA) Nascentes do Rio Vermelho (GO) está envelhecendo. Com poucos atrativos econômicos na região, os jovens estão saindo dos assentamentos de Mambaí, no estado de Goiás. Para mudar as perspectivas de futuro desta população, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está apoiando o projeto “Agroflorestas do Cerrado: alternativa econômica e conservação da sociobiodiversidade no nordeste goiano”, que incentiva a agricultura familiar dentro da Unidade de
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Conservação (UC). O projeto surgiu como uma fonte de renda e de esperança para as famílias que vivem na região. “As pessoas aqui passavam o dia sem ter muito o que fazer. Hoje eles plantam, colhem, comem e ainda vendem o que produzem”, contou o vice-presidente da Associação de Agricultores do Assentamento do Atoleiro, João Paulo Vieira da Silva. Essa é uma proposta que dissemina conceitos e técnicas agroflorestais como forma de fortalecer os assentamentos. Pelo
projeto, as famílias assentadas na Unidade de Conservação aprendem os conceitos e técnicas básicas dos Sistemas Agroflorestais (SAFs), como a cobertura do solo, a extratificação florestal e a diversidade biológica. Elas recebem também os insumos necessários para o plantio como sementes, mudas e adubo. “Todos estes benefícios acabam se pulverizando para além do assentamento contemplado, pois os agricultores influenciam seus parentes, amigos, as escolas visitam as áreas, disseminando os conhecimentos e práticas para outras comunidades”, contou Eduardo Barroso, um dos idealizadores do projeto e chefe-substituto da Área de Proteção Ambiental Nascentes do Rio Vermelho. Para os agricultores da APA que possuem lotes pequenos com terra fraca e pouca água, o projeto trouxe a possibilidade de plantar com qualidade. “O material orgânico trazido pela equipe do projeto me ajuda muito. Hoje eu planto milho, mandioca, cana-de-açúcar”, comemorou o agricultor Rosalino Ribeiro. Entre as vantagens oferecidas à natureza pelo projeto estão a recuperação de áreas degradadas, criação de novos corredores ecológicos, recuperação da umidade do solo e da infiltração da água da chuva, combate a erosão do solo, recuperação de nascentes, regulação do micro-clima e prevenção de incêndios florestais. O projeto O projeto “Agroflorestas do Cerrado: alternativa econômica e conservação da sociobiodiversidade no nordeste goiano” surgiu a partir do contato do ICMBio com os Projetos de Assentamentos localizados dentro da APA Nascentes do Rio Vermelho e de um diagnóstico simplificado realizado pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB/CDS). A partir deste diagnóstico, uma série de iniciativas se desenvolveram para fortalecer a agricultura familiar dentro da APA. O
próximo passo foi estabelecer uma estratégia para focar em uma comunidade pequena, para as soluções serem testadas e, se for o caso, expandidas para o entorno da UC. A proposta é patrocinada pelo Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPPECOS) do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), em que a Associação Atoleiro inscreveu e aprovou o projeto “Agroflorestas do Cerrado”. Sobre a Unidade de Conservação A APA Nascentes do Rio Vermelho foi criada em 2001 para proteger o patrimônio espeleológico composto por mais de 150 cavernas já catalogadas, dentre elas as maiores do estado de Goiás, além de gerar alternativas socioeconômicas que promovam o uso sustentável dos recursos naturais da região, seja por meio do ecoturismo ou da agroecologia. A UC abrange os municípios de Mambaí, Damianópolis, Buritinópolis e Posse, no Estado de Goiás. Nela, vivem cerca de 250 famílias em 7 Projetos de Assentamento, além de uma população com grande presença e influência da Agricultura Familiar.
Atividade em campo
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