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Nordestino
Do solo seco saem gritos e gemidos Querendo arrebatar o calor ardente do Sertão Seu povo que por natureza, teimoso é Não abandonam a sua terra As gotas de água são iguais a lágrimas Não encharcam, logo evaporam antes mesmo De caírem no chão
Terra sofrida que agoniza Na infertilidade rachada de dor Mas seu povo destemido Desviam os seus medos E suportam o calor ardente do seu lugar
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Do silêncio Na linha do horizonte Surge o grito que não é de aflição
Mas por aquele que vem
Ai, Ai, que emoção Lá vem ele O rio São Francisco Banhar o meu Sertão.
autora Lúcia Sousa