PIPAS Ceará

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O Projeto PIPAS elaborou e validou, com apoio do CNPq, Ministério da Saúde e Fundação Bill e Melinda Gates, o primeiro instrumento brasileiro de avaliação de desenvolvimento infantil em larga escala, que possibilita também o monitoramento dos cuidados oferecidos às crianças. Os dados são coletados por meio de um aplicativo para celular, desenvolvido com apoio da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal durante as campanhas de multivacinação. A seguir são apresentados os resultados da onda do Projeto PIPAS no estado do Ceará, realizada em 2019.

O PIPAS-C D S

RÁ EA

ETA PA

www.facebook.com/projetopipas/

2019 Junho

Apoio à elaboração de planos de ação municipais voltados ao DI.

Estabelecimento de parceria com SESA (FMCSV e Instituto de Saúde)

Reunião com gestores municipais

Desenvolvimento de aplicativo e sistema informatizado para coleta e gerenciamento dos dados.

Elaboração e validação de um instrumento para avaliação do desenvolvimento infantil de rápida aplicação.

(SESA, FMCSV e Instituto de Saúde)

Realização do inquérito nos municípios durante as campanhas nacionais de multivacinação.

Setembro

Treinamento dos coordenadores municipais (Instituto de Saúde)

Capacitação dos entrevistadores

Cruz

Barroquinha

(Municípios)

Meruoca

Maracanaú Pentecoste

Outubro

Fortaleza

Coleta de dados 07 a 25 de outubro

Itaitinga

Paramoti

Novembro

Caridade

Apresentação dos resultados para estado e municipios

Itaiçaba Quixadá

(Instituto de Saúde)

Tabuleiro do Norte

Jaguaribe

IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES VOLTADAS AO DESENVOLVIMENTO INFANTIL EM MUNICÍPIOS DO CEARÁ

PIPAS Ceará em números Cuidadores entrevistados

Catarina Orós Cedro

7.038

Locais de Imunização

186

Entrevistadores

462

Supervisores de Campo

77

Recusas

2020 Fevereiro

Oficina com gestores municipais

9,9%

(SESA, FMCSV e Instituto de Saúde)

As faixas etárias com maior representação foram 37 a 48 meses (19%) e 49 a 59 meses (16%).

Elaboração dos planos de ação (Municípios)

Domínios de atenção integral

Mães que tiveram 7 ou mais consultas de pré-natal

Parto cesária

67%

77%

Consultas de rotina da criança na UBS

56%

Amamentação na 1ª hora de vida

72%

53%

17%

26%

6 meses

Crianças de 6-24 meses que receberam 5 grupos alimentares no dia anterior

16%

0-6 meses

40%

46%

84%

30%

Recebeu informação sobre desenvolvimento infantil (DI) de um profissional

63%

Foi questionado por algum profissional sobre DI

85%

46%

Depressão materna

5%

Participa de algum programa de primeira infância

23%

Crianças que foram engajadas em 4 ou mais atividades de estímulo nos 3 dias anteriores à entrevista

Cuidadores que adotam práticas de disciplina punitiva

30% 69%

Sem coleta de lixo

31%

Sem água tratada

28%

Sem fossa séptica

3º Grito 25%

26%

Gravidez na adolescência

18%

61%

79%

41%

64%

10%

24%

32%

59%

75%

88%

19%

40%

41%

80%

25%

58%

2%

8%

3%

34%

51%

72%

22%

41%

34%

85%

2%

47%

4%

48%

4%

56%

11%

24%

Convívio com pessoas que usam álcool/drogas

11%

6%

15%

A criança fica sob cuidados de outra criança < 10anos

2%

1%

6%

9%

22%

83%

97%

8%

29%

0%

50%

0%

69%

2%

68%

5%

20%

13%

48%

15%

Crianças matriculadas na creche ou pré-escola

65%

4-5 anos 91%

0-3 anos 17%

Crianças que não frequentam creche/escola porque não tem vaga ou não podem pagar

78%

37%

4-5 anos 22%

4-5 anos

16%

89%

0-3 anos

0-3 anos

42%

66%

Domicílios:

Crianças que não possuem livros infantis

Aprendizagem Oportuna

72%

(Ler, cantar, brincar, contar histórias, levar para passear, nomear/contar/desenhar)

Recebe Bolsa Família

92%

2º Palmada 49%

63%

Mulheres chefes de família

84% 1º Castigo 73%

20%

(refrigerante, biscoito, salgadinho ou bala, etc.)

Recebeu e leu a Caderneta da Criança

68%

77%

89%

(leite, frutas, verduras e legumes, carnes e ovos, feijão e cereais e tubérculos)

Crianças que receberam pelo menos 1 alimento ultraprocessado no dia anterior

Contato pele/pele na primeira hora de vida

Segurança e Proteção

40%

≥ 2 anos

42%

5 meses

90%

1-2 anos

Crianças que receberam leite materno no dia anterior à pesquisa

51%

4 meses

28%

< 1 ano

60%

3 meses

48%

78%

53%

2 meses

68%

4-5 anos

92%

1 mês

Cuidados Responsivos

84%

41%

0-3 anos

Crianças menores de 6 meses em aleitamento materno exclusívo

Nutrição

49%

Crianças que receberam visita domiciliar na 1ª semana de vida

78%

Saúde

Representam o menor e o maior valor dentre os municípios que participaram da pesquisa.

Legenda

0-3 anos 8%

Crianças em creche/escola particular

4-5 anos 9%

0-3 anos

48%

8%

Crianças que ficam 2 ou mais horas em frente à telas todos os dias

4-5 anos 24%

13%

das crianças apresentaram suspeita de problemas no desenvolvimento infantil 9%

19%

O que pode influenciar o desenvolvimento infantil? Como o Projeto PIPAS pode auxiliar as ações de Primeira Infância nos municípios?

Além de disponibilizar indicadores sobre os cuidados oferecidos às crianças e o DI, a pesquisa identificou fatores de risco que podem influenciar negativamente o DI, como:

Desemprego do chefe da família

Baixa escolaridade materna

Fumo durante a gestação

Cuidador que não recebeu informação sobre DI

Socioeconômicos

Biológicos

Relacionados aos cuidados

Insegurança alimentar

Prematuridade

Por outro lado, verificamos que fatores protetivos desde a gestação que podem influenciar de forma positiva, por exemplo:

Ter acesso a creche/escola

Ter acesso a livros infantis

Fatores protetivos

Crianças que o cuidador relata ter problema de desenvolvimento

Verificou-se que as crianças cujas famílias participam de programas sociais tiveram pior desempenho na

Ser engajado em atividades de estimulação

avaliação do DI. Isso mostra que esses programas estão conseguindo alcançar as crianças em situação de maior vulnerabilidade e com maior risco de não alcançarem seu pleno potencial de desenvolvimento.

Espera-se que os resultados do Projeto PIPAS possam ajudar os municípios no planejamento de ações que tenham impacto no DI de acordo com a realidade local.

Lições aprendidas Viabilidade da pesquisa em municípios de pequeno, médio e grande porte populacional.

Boa receptividade dos cuidadores para responder à pesquisa.

Alto grau de mobilização e engajamento dos municípios

Importância do apoio da SESA e da colaboração Estado-municípios

Possibilidade da coleta de dados com uso de aplicativos em celulares.

Referência:

Realização:

Apoio:

Venancio, S. I., Teixeira, J. A., de Bortoli, M. C., & Bernal, R. T. I. (2022). Factors associated with early childhood development in municipalities of Ceará, Brazil: a hierarchical model of contexts, environments, and nurturing care domains in a cross-sectional study. The Lancet Regional Health-Americas, 5, 100139. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2667193X21001356#! Contato: soniav@isaude.sp.gov.br


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