DIRETRIZES DA OFICINA DE INFORMÁTICA EDUCATIVA NO PERÍODO INTEGRAL
OBJETIVOS GERAIS A Oficina de Informática Educativa da Escola em Período Integral tem a intenção de potencializar, aos alunos participantes deste projeto, o acesso às diversas tecnologias. O uso do computador, articulado com os demais recursos disponíveis nas escolas, amplia o significado da utilização das mídias como ferramentas para o desenvolvimento de ideias e projetos e possibilita torná-las elementos de sua cultura, de seu cotidiano, criando meios para evolução do pensamento, raciocínio lógico, assim como todo o desenvolvimento cognitivo do aluno. Propõe-se
trabalhar
conceitos
e
conteúdos
psicopedagógicos
(desenvolvimento do aprendiz unindo corpo-mente-emoção), cognitivos, trabalhados em todos os ciclos para o reforço do aprendizado das disciplinas tradicionais
dentro
de
uma
abordagem
interdisciplinar;
informativos,
abordando temas da atualidade para que o aluno compreenda como a tecnologia interfere em seu dia-a-dia e operacionais, envolvendo o aprendizado das ferramentas básicas, tais como editores de textos, planilhas, softwares diversos e web 2.0. Portanto visa utilizar o computador como uma ferramenta educacional para a melhoria da qualidade de ensino, tendo os alunos o papel de agentes ativos neste processo e os professores o papel de facilitadores do ensinoaprendizagem. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES As atividades propostas em Informática Educativa devem: - conduzir ao aprimoramento do ensino-aprendizagem, transformando as funções do professor-informador em professor-animador e o aluno-ouvinte em aluno-pesquisador.
- contribuir para formação de uma memória científica, cultural e artística, com atividades visando pesquisa, planejamento, produção e exibição e avaliação dos materiais educacionais. - propiciar o diálogo e, ensinar o respeito aos diferentes pontos de vista, na medida em que todos contribuem para a realização das atividades (educador e educando), favorecendo a aprendizagem cooperativa. - levar em conta que o mundo contemporâneo está exigindo dos indivíduos que sejam capazes de manter-se continuamente atualizados, de lidar com uma quantidade imensa de conhecimentos e informações para compor e incrementar a sua própria formação, de estabelecer contatos e relações internacionais, de ter uma atuação responsável diante das questões sociais e ambientais etc. - desenvolver o trabalho em equipe, a autonomia e a responsabilidade, a capacidade de solucionar problemas; - Explorar a possibilidade de interagir com outras classes, outras séries, outros colégios, outros estados, países, enfim sem fronteiras, utilizando a internet, email, blog, chat’s, fóruns. - Sensibilizar para a existência de novas tecnologias, auxiliando as atividades de leitura, escrita e raciocínio lógico. - utilizar a Língua Portuguesa e a Tecnologia para a produção de veículos de comunicação (elaboração do jornal da escola ou rádio escola) Acrescentamos ainda que os alunos sem dúvida precisam aprender a usar Word, Excel, PowerPoint (ou, naturalmente, softwares equivalentes). Mas eles precisam também aprender o que é que podem fazer, com Word, Excel, e PowerPoint para construir competências que possam se traduzir na melhoria da qualidade de sua vida: *O desafio maior não é conseguir que os participantes venham a digitar em Word um texto que lhes é previamente fornecido: é que, usando Word, aprendam a escrever uma carta, a redigir um currículo, a fazer uma proposta de trabalho. *O desafio maior não é conseguir que venham a introduzir fórmulas em Excel que façam com que o programa some automaticamente uma coluna de números: é que aprendam para que servem planilhas eletrônicas, como pode
ser usado para planejar e controlar finanças ou estoques, para acompanhar fluxo de caixa, para estabelecer preços. *O desafio maior não é conseguir que venham a elaborar alguns slides em PowerPoint: é que aprendam a falar em público com clareza e postura com a ajuda de PowerPoint. AVALIAÇÃO A avaliação ocorrerá a partir da participação efetiva dos alunos nas atividades desenvolvidas no laboratório de informática, tanto na elaboração e desenvolvimento de projetos, pesquisa de temas, apresentação e organização de ideias. O professor deve ficar atento à evolução dos alunos no manuseio das
tecnologias,
na
adequação
dos
recursos
tecnológicos
para
necessidades do projeto e observar a evolução do olhar crítico do aluno.
as
Educação Infantil e Ensino Fundamental I 1º ao 5º ano
A proposta para esta faixa etária é que seja trabalhado com Temas Geradores. Cada escola deverá definir quais os temas serão trabalhados no Período Integral e as aulas de informática deverão contagiar os alunos a dramatizar, criar, contar e divulgar de diversas maneiras (impressas e virtuais). Desta forma estaremos desenvolvendo, entre outras habilidades, a linguagem oral e escrita. A utilização do computador como ferramenta de incentivo à leitura também possibilita a realização de atividades lúdicas que contribuem para atrair a atenção e o interesse desses leitores iniciantes. Espera-se que as crianças passem a ler e a escrever mais, utilizando as TIC’s.
Ensino Fundamental II
6º ao 9º ano A seguir propomos para cada bimestre uma oficina. Planeje com a equipe escolar qual o tema ou a forma mais adequada a cada série/ano.
1º bimestre - Oficina de Jornal O trabalho sistemático com jornal na sala de aula favorece o desenvolvimento de habilidades indispensáveis à formação de pessoas críticas e comprometidas com a construção de uma sociedade, onde todos possam discutir e deliberar sobre as decisões que afetam a vida das pessoas e suas relações com o meio ambiente. E, para intervir, é necessário conhecer... O hábito de ler nos traz, além da informação, o prazer de partilhar conhecimentos, atuar e ser protagonista da própria história, vivendo em comunidade. Quem tem o hábito de ler se expressa melhor, dá opiniões, faz associações, argumenta, desenvolve o poder de síntese, indução, dedução, análise, classificação, desvela e revela a rede de relações da qual fazemos parte e ainda propõe soluções locais para problemas universais. O espaço para o desenvolvimento da leitura e da livre expressão encoraja a troca, fortalece a auto-estima, a identidade e constrói a cidadania da criança, do adolescente e do adulto. Objetivos • • • • • • • • • • • • • • •
Fornecer à escola um recurso pedagógico dinâmico, permanentemente atualizado e viável na sala de aula. Promover a leitura crítica do aluno e maior proximidade com o veículo jornal. Promover a utilização do jornal como veículo de formação de cidadania. Promover maior proximidade do aluno e do professor com o veículo jornal e proporcionar um conhecimento mais amplo da região. Incorporar novos conhecimentos via leitura de matérias jornalísticas. Motivar o aluno a participar de pesquisas na comunidade a partir de temas estudados na sala de aula gerados através do jornal. Incentivar melhor domínio e manejo da linguagem oral e escrita. Proporcionar a interdisciplinaridade e a sociabilização. Incentivar a prática da reflexão, comparação, análise, síntese e conclusão das informações e conhecimento adquiridos. Promover a leitura entre os membros das famílias dos alunos, bem como entre os funcionários da escola. Viabilizar a atuação do jornal como recurso de apoio didático para todas as disciplinas curriculares. Democratizar as informações e gerar ações sociais mais freqüentes nas escolas. Conhecer o processo de produção de jornal regional. Questionar a realidade social, favorecendo a formação de opinião melhor embasada, levando a mudanças de posicionamento e atitudes. Desenvolver no aluno o gosto pela leitura a aprofundamento na interpretação e compreensão.
Saiba mais! modelo de jornal (deve ser alterado de acordo com as necessidades, ou até mesmo buscar outras fontes)
Tipos de Jornais: Jornal online, também é um recurso muito prático, pois não demanda custo, impressão, basta divulgação para todos terem acesso. Jornal Falado (Telejornal) Jornal Mural: Fácil e prático, porém precisa ser “visto” na escola Jornal impresso Veja exemplos de jornal: http://www.mundojovem.pucrs.br/jornais-2010.php
2º bimestre – Oficina de Rádio O rádio está presente nos quatro cantos do país. A seguir, dez motivos para levá-lo para a escola: 1. O rádio desenvolve a expressão; 2. ajuda as crianças a perder a inibição para falar em público; 3. exercita o raciocínio lógico; 4. leva o aluno a descobrir — e mostrar aos outros — seus talentos; 5. eleva a auto-estima; 6. permite conhecer e utilizar novas tecnologias; 7. estimula a imaginação e a criatividade; 8. dá um sentido concreto ao conhecimento escolar; 9. promove a cidadania e favorece a interdisciplinaridade. 10. favorece a interdisciplinaridade. Veja a reportagem na íntegra... O termo rádio escolar diz respeito a possibilidade de utilização dos recursos da mídia rádio, no desenvolvimento de projetos educativos dentro dos espaços escolares. Nesse contexto alunos e professores passam da condição de consumidores, para a categoria de produtores de mídia, através da ação de criar programas de rádio. Isso permite que estudantes e professores exercitem um olhar crítico em relação aos conteúdos veiculados pelas diversas mídias. A ideia contida aqui é que esses estudantes possam fazer uso da rádio não só para criar momentos de entretenimento e lazer na hora do recreio, tocando músicas ou dizendo recadinhos aos colegas. A rádio na escola deve ir além disso, construindo propostas de cidadania engajando os alunos em projetos de colaboração para a melhoria das relações entre as pessoas, que discutam questões ligadas a construção do projeto de vida, sexualidade, saúde, meio ambiente, ao combate à todas as formas de discriminação e preconceito, entre outras. Utilizem da criatividade, explorando recursos disponíveis na escola como: celular, gravador. RádioWeb Na oficina de radioweb, os alunos participam de atividades de produção de roteiro radiofônico, produção de pauta, operação de gravador digital, edição de áudio com o gravador de som do Windows ou o software livre Audacity, produção de vinhetas com efeitos sonoros e trilhas, técnicas de locução e criação de blog específico para áudio, podcasts, que consistem em índices cronológicos ou remissivos dos arquivos de áudio, que podem ser ouvidos através de programas próprios (os agregadores ou podcatchers) ou baixados para download. Explicação do que é podcast em http://pt.wikipedia.org/wiki/Podcast/ Exemplos de temas e podcasts em http://teiacast.com.br/indice-depodcasts/ http://www.guanabara.info/guanacast/
3º bimestre – História em Quadrinhos Considerando as histórias em quadrinhos como um importante recurso de aprendizagem, pois traz a ludicidade, a criatividade e o prazer da leitura para dentro de nossas salas de aulas. Além de entreter, as HQs podem auxiliar no processo de ensinoaprendizagem dos mais diversos conteúdos de forma interdisciplinar. Acrescento ainda a facilidade e praticidade de utilização do recurso. O software permite a inserção de outras imagens e até mesmo de fotos que possibilita aos alunos a realização de HQ’s em que eles seriam os personagens, bastando utilizar uma câmara digital. O professor pode estipular o tema das HQ’s de acordo com seus objetivos e a atividade pode se estender conforme o interesse e participação dos alunos. Por tratar-se de um recurso muito rico seguramente colaborará para estimular a leitura, escrita, criatividade, podendo ser realizado em grupo, o que vem fechar a ideia de que a interação gera conhecimentos, colabora com a construção – reconstrução de aprendizagens. HagáQuê - Software gratuito de edição de histórias em quadrinhos Disponível em: http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/downloads.php?lang=ptBR ou em http://www.hagaque.cjb.net/ Mais informações e tutorial disponíveis em: http://penta3.ufrgs.br/tutoriais/hagaque/ http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/explicacao.php?lang=pt-BR
4º bimestre - Vídeo A expectativa da oficina é promover um espaço de leitura e experimentação da linguagem audiovisual de forma simples, com poucos recursos, algo que possa estimular a criatividade e o interesse dos alunos para produção de vídeo. As oficinas de vídeo devem estar articuladas a um projeto pedagógico para a formação cidadã. O vídeo, assim como a fotografia, o rádio, a internet podem favorecer o aprendizado de conteúdos diversos, a pesquisa, a livre expressão e opinião, o reconhecimento e a valorização das identidades, a promoção de canais de diálogo entre estudantes, jovens, professores, familiares, agentes culturais, moradores das comunidades, etc. O vídeo entra na escola como um dos componentes da alfabetização visual, da leitura e produção de imagens. Para produzir um vídeo é necessário trabalhar em equipe, exercitar a cooperação entre os participantes, que devem primeiramente planejar qual será o Tema, escrever o roteiro, definir figurinos, cenários, etc. Os vídeos podem ser realizados pelos estudantes, entretanto, os professores e funcionários participam cedendo entrevistas ou atuando como figurantes na ficção. Não há necessidade de termos um rigor técnico, um produto bonito (perfeito), para os trabalhos de vídeo na escola. O trabalho com câmeras em aparelho celular ou câmeras fotográficas digitais (essas domésticas) pode ser um bom começo. Estes aparelhos possuem algumas limitações técnicas, mas que podem até mesmo contribuir com o processo criativo. Existem alguns exercícios como a produção de imagem em sequência, “vídeo-poema”(ex. em http://www.videosurf.com/video/aprendi-william-shakespeare-71740291), “vídeo-carta” (ex. carta da terra escrita no ano 2070, disponível em http://www.youtube.com/atch?v=JW-DzkZM6YM), imagens para sons, “gravar editando”, etc, que facilitam o trabalho do professor e geram um produto simples. O Movie Maker: O Windows Movie Maker é um software de edição de vídeos que vem junto com a instalação do Windows. Ele é um programa simples e de fácil utilização, o que permite que pessoas sem muita experiência em informática possam adicionar efeitos de transição, textos personalizados e trilha sonora a seus filmes.