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Guia de Planejamento e Orientações Didáticas – Professor – 4ª série

Guia de Planejamento e Orientações Didáticas Professor – 4ª série

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Guia de Planejamento e Orientações Didáticas Professor – 4a série 2a edição

PROFESSOR(A): ____________________________________________________________ TURMA: ____________________________________________________________________

São Paulo, 2010

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Governo do Estado de São Paulo

Prefeitura da Cidade de São Paulo Prefeito Gilberto Kassab

Governador José Serra

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Alexandre Alves Schneider Secretário Célia Regina Guidon Falótico Secretária Adjunta

Vice-Governador Alberto Goldman Secretário da Educação Paulo Renato Souza

DIRETORIA DE ORIENTAÇÃO TÉCNICA Regina Célia Lico Suzuki

Secretário-Adjunto Guilherme Bueno de Camargo Chefe de Gabinete Fernando Padula Coordenadora de Estudos e Normas Pedagógicas Valéria de Souza Coordenador de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo José Benedito de Oliveira Coordenador de Ensino do Interior Rubens Antônio Mandetta de Souza Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação Fábio Bonini Simões de Lima Diretora de Projetos Especiais da FDE Claudia Rosenberg Aratangy Coordenadora do Programa Ler e Escrever Iara Gloria Areias Prado

Elaboração e Implantação do Programa Ler e Escrever - Prioridade na Escola Municipal Iara Gloria Areias Prado Concepção e Elaboração deste Volume Angela Maria da Silva Figueredo Armando Traldi Júnior Aparecida Eliane de Moraes Carlos Bifi Dermeval Santos Cerqueira Ivani da Cunha Borges Berton Jayme do Carmo Macedo Leme Kátia Lomba Bräkling Leika Watabe Márcia Maioli Margareth Aparecida Ballesteros Buzinaro Silvia Moretti Rosa Ferrari Regina Célia dos Santos Câmara Rogério Ferreira da Fonseca Rogério Marques Ribeiro Rosanea Maria Mazzini Correa Suzete de Souza Borelli Tânia Nardi de Pádua Consultoria Pedagógica Kátia Lomba Bräkling Célia Maria Carolino Pires Editoração Teresa Lucinda Ferreira de Andrade Os créditos acima são da publicação original de março de 2008.

Agradecemos à Prefeitura da Cidade de São Paulo por ter cedido esta obra à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo para atender aos objetivos do Programa Ler e Escrever. Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas

S239L

São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Ler e escrever: guia de planejamento e orientações didáticas; professor – 4º série / Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da Educação; adaptação do material original, Marisa Garcia, Andréa Beatriz Frigo. – 2. ed. São Paulo : FDE, 2010. 372 p. : il. Inclui bibliografia. Obra cedida pela Prefeitura da Cidade de São Paulo à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo para o Programa Ler e Escrever. Documento em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 1. Ensino Fundamental 2. Ciclo I 3. Ensino da escrita 4. Ensino de matemática 5. Atividade Pedagógica 6. Programa Ler e Escrever 7. São Paulo I. Fundação para o Desenvolvimento da Educação. II. Garcia, Marisa. III. Frigo, Andréa Beatriz. IV. Título. CDU: 372.4(815.6)

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Ler e Escrever em primeiro lugar

Prezada professora, prezado professor Este Guia é parte do Programa Ler e Escrever que chega ao seu quarto ano presente em todas as escolas de Ciclo I da Rede Estadual bem como em muitas das Redes Municipais de São Paulo. Este Programa vem, ao longo de sua implantação, retomando a mais básica das funções da escola: propiciar a aprendizagem da leitura e da escrita. Leitura e escrita em seu sentindo mais amplo e efetivo. Vimos trabalhando na formação de crianças, jovens e adultos que leiam muito, leiam de tudo, compreendam o que leem; e que escrevam com coerência e se comuniquem com clareza. Isso não teria sido possível se a Secretaria não tivesse desenvolvido uma política visando ao ensino de qualidade. Ao longo dos últimos três anos foram muitas as ações que concretizam esta política: o estabelecimento das 10 metas para educação, que afirmaram e explicitaram o compromisso de todas as instâncias da Secretaria na busca da melhoria da qualidade do ensino; a publicação dos documentos curriculares; a seleção de professores coordenadores para os diferentes segmentos da escolaridade; medidas visando estabilizar as equipes nas escolas; a criação do IDESP, para bonificar o trabalho coletivo e dar apoio às equipes das escolas em maiores dificuldades; o acompanhamento sistemático da CENP às oficinas pedagógicas das Diretorias; os encontros de formação com os professores coordenadores; o aumento das HTPCs para professores de Ciclo 1, garantindo assim tempo de estudo, planejamento e avaliação da prática pedagógica; o envio de acervos literários, publicações e outros materiais à sala de aula para dar mais op-

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ções aos professores; o programa de manutenção das escolas que tem agilizado as reformas e atendido às emergências com mais rapidez. Mais recentemente, definimos novas jornadas de trabalho, criamos regras claras para garantir o trabalho dos temporários, passando a exigir um exame para todos os que vierem a dar aulas. Mais importante, definimos novas regras para os concursos de ingresso, que serão feitos em duas etapas, com um curso de formação a ser oferecido pela Escola de Formação de Professores de São Paulo. Finalmente, temos a proposta de Valorização Pelo Mérito, um projeto que promove uma melhoria radical nas carreiras do Magistério do Estado de São Paulo e que reconhece o esforço individual do professor no seu constante empenho por melhorar a qualidade de nossa educação. O norte está estabelecido, os caminhos foram abertos, os instrumentos foram colocados à disposição. Agora é momento de firmar os alicerces para tudo que foi conquistado permaneça. Assim, é tempo de deixar que cada escola e cada Diretoria, com apoio da SEE, assumam, cada vez mais, a responsabilidade pela tomada de decisões, a iniciativa pela busca de soluções adequadas para sua região, sua comunidade, sua sala de aula. Sempre sem perder de vista cada aluno e sua capacidade de aprender.

Paulo Renato Souza Secretário da Educação do Estado de São Paulo

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Introdução

Este Guia de orientações que você está recebendo foi produzido tomando-se como referência as expectativas de aprendizagem para a 4a série do Ciclo I e é mais uma ferramenta que visa auxiliá-lo no planejamento de situações didáticas de leitura, escrita e matemática, de modo a favorecer um ensino eficaz e uma aprendizagem efetiva de todos os seus alunos. Conforme proposto pelo programa Ler e Escrever, a grande prioridade em nossa rede de ensino é a formação de leitores e escritores competentes. Para isso, é preciso que os alunos possam interagir, a partir da leitura e da escrita, com textos de gêneros diferentes e com distintos propósitos sociais. Nesse sentido, as propostas que encontrará no material consideram tanto a aprendizagem de aspectos discursivos da linguagem e padrões de escrita como o desenvolvimento da competência leitora em suas diversas dimensões, o que exige que os alunos tenham acesso a diferentes gêneros linguísticos para que possam conhecê-los e observem suas funções e estruturas de organização. As opções de organização do tempo didático, conforme têm sido observadas em outras publicações do programa, são pelo trabalho com projetos e sequências didáticas e pela proposta de atividades permanentes de leitura, escrita e análise e reflexão sobre a linguagem e a língua. O primeiro projeto se organiza em torno das lendas, por ser um rico gênero literário, por meio do qual os alunos podem se familiarizar com a linguagem usada nesse tipo de texto, além de também ter a possibilidade de emitir opiniões e fazer indicações posteriores. Uma vez que as lendas têm autoria indeterminada e são transmitidas através dos tempos pela oralidade, entrar em contato com elas é igualmente importante para que os alunos ampliem seu repertório da cultura oral.

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Do mesmo modo, é interessante que observem como a magia pode, em determinados momentos, servir como explicação àquilo que era desconhecido, atendendo à curiosidade do homem sobre suas origens e os fenômenos da natureza. O segundo projeto aborda o tema “Universo ao meu redor” e tem o propósito de fazer uso da leitura e da escrita para aprender. Para que isso aconteça, os alunos deverão entrar em contato com diferentes tipos de textos informativos, imagens e outras fontes de pesquisa, como livros, revistas especializadas, internet ou entrevistas com especialistas, de forma a obter informações e aprofundar o conhecimento a respeito de um tema. Ao pesquisar um assunto, deverão coletar, organizar e discutir informações, além de terem a oportunidade de, também eles, compartilhar o que aprenderam com os demais, seja por meio de registros escritos ou de apresentações orais (nesse caso, aprendendo a apresentar um seminário). Organizamos também duas sequências didáticas. Uma delas, “Lendo notícias para ler o mundo”, tem como finalidade expor os alunos à prática da leitura e escrita tendo o jornal como suporte. O jornal, caracterizado por uma organização própria na qual categorias de assuntos estão divididas em cadernos, permite uma leitura prazerosa ao mesmo tempo que seletiva, uma vez que se pode escolher o que se deseja ler entre textos diferentes, com situações de comunicação também diversas, como ocorre com reportagens, classificados, anúncios, tirinhas e notícias. Outra sequência didática proposta tem o título “Caminhos do verde” e visa auxiliar os alunos na construção da competência de ler para se informar, consultando materiais que tenham informações que favoreçam o planejamento de passeios. Trata-se de uma proficiência que implica a construção de procedimentos de busca de informações em material de leitura de diversas naturezas, como jornais, artigos de divulgação científica, mapas e roteiros. Além disso, requer do aluno a utilização das informações em um planejamento efetivo das atividades e, inclusive, uma avaliação da viabilidade da mesma considerando pertinência, adequação e custos.

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Há também uma sequência didática de estudo da pontuação de discurso direto e indireto em gêneros literários – contos, crônicas, lendas e fábulas – e uma sequência didática de estudo da ortografia, abrangendo as regularidades morfológico-gramaticais, uso do -ICE ou -ISSE, -ANÇA ou -ANSA. Todas essas atividades foram propostas em torno das expectativas de aprendizagem para o 4a série do Ciclo I, conforme consta no documento “Orientações Curriculares do Estado de São Paulo, Língua Portuguesa e Matemática, Ciclo I”, produzido pela FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação. Desse modo, são objetivos do trabalho criar o ambiente e propor situações de práticas sociais de uso da escrita aos quais os alunos não têm acesso para que possam interagir intensamente com textos dos mais variados gêneros, identificar e refletir sobre seus diferentes usos sociais, produzir textos e, assim, construir as capacidades que lhes permitam participar das situações sociais pautadas pela cultura escrita. Na segunda parte deste Guia, você terá as orientações para o trabalho com Matemática, uma vez que os conteúdos dessa área, juntamente com os de outras, devem ter como objetivo a busca de uma formação integral, dirigida para a CIDADANIA. Este material foi elaborado seguindo a concepção de que ensinar matemática é criar situações didáticas que contribuam para os alunos colocarem em jogo os conhecimentos adquiridos, descobrindo que esses nem sempre são suficientes para resolver as situações propostas e, portanto, há a necessidade de buscar novas estratégias e ideias com a exposição das suas próprias hipóteses, da escuta de outras opiniões, do confronto de ideias, o que promove um novo patamar de conhecimento. Nesse sentido, o seu papel deverá ser o de mediar as análises e as discussões produzidas pelos alunos, intervindo de forma a colocar questões que transformem a sala da aula num espaço investigativo. Para os alunos aprenderem, é preciso que percebam sentido nas atividades, pois assim haverá maior envolvimento. Nesse processo é necessário que os alunos possam:

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explicar os procedimentos pessoais que utilizaram para solucionar os problemas, de forma que os colegas possam entender;

desenvolver uma argumentação que justifique suas escolhas (por exemplo, para solucionar um problema, a organização de um número, a representação do deslocamento de uma pessoa ou objeto no espaço etc.);

saber ouvir a argumentação de um colega e as explicações do professor;

saber questionar a opinião dos colegas e do professor para manter ou não a sua opinião;

Todas as atividades se estruturam para que os alunos possam atingir os seguintes objetivos: ■

resolver situações-problema, a partir da interpretação de enunciados escritos ou orais, desenvolvendo procedimentos de planejar, executar e avaliar, revisando o que e como se fez;

verificar as soluções encontradas, comunicando os resultados e comparando-as com as de outros colegas, validando ou não as respostas encontradas;

fazer comunicações matemáticas, apresentando resultados precisos ou aproximados, fazendo uso da linguagem oral e de representações matemáticas, estabelecendo relações entre elas.

O material está organizado de modo que os conteúdos não percam a natureza do saber matemático produzido socialmente. As atividades estão distribuídas por blocos de conteúdo: números, operações e resolução de problemas (aditivos e multiplicativos), espaço e forma, grandezas e medidas e tratamento da informação. Em cada exercício apresentado você encontrará:

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Título – Nome da atividade.

Objetivos – O que se pretende que os alunos aprendam com esta atividade.

Planejamento – Apresenta informações de como deve ser a organização da atividade, qual material necessário e o tempo aproximado de duração da mesma.

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Encaminhamento – Informa a sequência de etapas que podem contribuir com o êxito da atividade, além de trazer elementos teóricos para apoiar as suas discussões com os alunos.

Existem ainda, em algumas atividades, orientações de: ■

O que mais fazer? – São sugestões que podem complementar o trabalho que está sendo desenvolvido com os alunos.

O que é importante discutir com o aluno – Nesse item destacamos alguns aspectos matemáticos que são importantes e imprescindíveis e devem ser discutidos no decorrer da atividade.

Por último, deve-se destacar que este material contém sugestões de atividades e dos encaminhamentos. Você poderá reorganizá-las, recriá-las a partir do levantamento do conhecimento de seus alunos. As atividades estão organizadas por blocos de conteúdo, mas é muito importante que você utilize, na mesma semana, conteúdos de diferentes naturezas – números, operações, grandezas e medidas, espaço e forma e tratamento da informação, pois, como o conhecimento se constrói pelo estabelecimento de relações e generalizações, não é produtivo fragmentá-lo em blocos, como se fossem “informações estanques”. Esperamos que este material contribua com seu trabalho! Ele tem como objetivo fundamental apoiar sua ação na tarefa de ensinar. Bom trabalho e sucesso nessa empreitada! Equipe responsável pelo Programa Ler e Escrever

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Sumário Expectativas de aprendizagem para a 4a série do Ciclo 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Língua Portuguesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Matemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Avaliação da aprendizagem Língua Portuguesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 A função das pautas de observação na avaliação e no planejamento do professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Matemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Dos instrumentos de acompanhamento dos avanços dos alunos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Do diagnóstico ao planejamento das intervenções didáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Situações que a rotina deve contemplar Língua Portuguesa Sugestão para a organização da rotina semanal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Quadro da rotina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Matemática Sugestão para a organização da rotina semanal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Quadro da rotina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Atividades de Língua Portuguesa Projeto didático – Uma lenda, duas lendas, tantas lendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Etapa 1 – Levantando conhecimentos prévios sobre o gênero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Atividade 1 – Para início de comversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Etapa 2 – Compartilhando o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Atividade 2 – Compartilhando o projeto e organizando o trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Etapa 3 – Ampliando os saberes sobre lendas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Atividade 3A – Conhecendo um pouco mais as lendas (1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Atividade 3B – Comhecendo um pouco mais as lendas (2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Atividade 3C – Ampliando o repertório de lendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 Atividade 3D – Roda de leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Atividade 3E – Lendas de outros tempos e lugares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Atividade 3F – As lendas e o fantástico universo indígena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Atividade 3G – Nova roda de leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Atividade 3H – Comparando versões de uma lenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Atividade 3I – Mais uma roda de leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

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Atividade 3J – Analisando aspectos linguísticos das lendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Atividade 3K – Analisando o discurso nas lendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

Etapa 4: Selecionando as lendas, reescrevendo-as e revisando os textos . . . . . 82 Atividade 4A – Reescrevendo coletivamente uma lenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 Atividade 4B – Reescrevendo trechos de uma lenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Atividade 4C – Selecionando as lendas para serem reescritas, planejando a reescrita e reescrevendo-as. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 Atividade 4D – Revisando as lendas e editorando-as . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 Etapa 5 – Edição e preparação final da coletânea… . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Atividade 5A – Produzindo as ilustrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Atividade 5B – Organizando a coletânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Atividade 5C – Preparando a apresentação oral da lenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 Etapa 6 – Avaliação final do trabalho desenvolvido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 Atividade 6 – Avaliação final do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94

Projeto didático “Universo ao meu redor” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 Etapa 1 – Por onde anda o Universo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 Atividade 1 – Levantando conhecimentos prévios sobre o tema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 Etapa 2 – Compartilhando o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Atividade 2 – Compartilhando o projeto e organizando o trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Etapa 3 – Estudando sobre meio ambiente, desmatamento e sustentabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 Atividade 3A – Desequilíbrios provocados pelo homem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 Atividade 3B – O desmatamento e sua influência em diferentes problemas ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 Atividade 3C – O desmatamento no Brasil e no mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 Atividade 3D – A mata atlântica e sua história . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117 Atividade 3E – O símbolo dourado da mata atlântica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 Atividade 3F – A vida na mata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128 Atividade 3G – Desmatamento e sustentabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 Etapa 4 – Estudo e planejamento do seminário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 Atividade 4 – Planejando o seminário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 Etapa 5 – Estudo e planejamento da exposição oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 Atividade 5A – Investigando saberes dos alunos a respeito de uma exposição oral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 Atividade 5B – Analisando recursos da organização interna de uma exposição oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 Atividade 5C – Planejando uma exposição oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143

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Etapa 6 – Avaliação do trabalho desenvolvido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146 Atividade 6 – Avaliação final do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146

Sequência didática da leitura “Caminhos do verde” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 Etapa 1 – Atividades de lazer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 Atividade 1A – Pesquisar diversos portadores, buscando indicações de atividades de lazer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 Atividade 1B – Organizando dicas de lazer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Atividade 1C – Descobrindo o lazer em sua cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 Etapa 2 – Conhecer a mata atlântica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Atividade 2 – Procurando indicações de passeios que incluam conhecer a mata atlântica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Etapa 3 – Passeio ao Jardim Botânico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 Atividade 3 – Estudando o passeio ao Jardim Botânico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 Etapa 4 – Reinvestindo o conhecimento aprendido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169 Atividade 4 – Recomendações para outro passeio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169

Sequência didática “Lendo notícias para ler o mundo” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171 Etapa 1 – Apresentação da sequência didática e investigação inicial da proficiência do aluno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173 Atividade 1A – Identificando notícias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173 Atividade 1B – Lendo e estudando uma notícia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 Atividade 1C – Explorando os cadernos do jornal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180 Atividade 1D – Recuperando o contexto de produção de uma notícia . . . . . . . . . . . . . 182 Atividade 1E – As partes que compõem uma notícia – visão geral . . . . . . . . . . . . . . . . . 185 Etapa 2 – Estudo de características da linguagem escrita do gênero . . . . . . . . . . 187 Atividade 2A – As marcas do contexto de produção no título e no texto das notícias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187 Atividade 2B – Compartilhando diferentes notícias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191 Atividade 2C – As declarações e os efeitos que provocam no leitor . . . . . . . . . . . . . . . 192 Atividade 2D – O olho da notícia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 Atividade 2E – O lead e a sua função na organização da notícia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 Atividade 2F – A ordem dos fatos em uma notícia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202 Atividade 2G – Reescrevendo uma notícia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204

Sequência didática “Estudo de pontuação” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 Atividade 1 – Lendo uma crônica para contextualizar o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207 Atividade 2 – Estudando maneiras de introduzir as falas dos personagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212

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Atividade 3 – As marcas linguísticas do discurso direto e indireto . . . . . . . . . . . . . . . . . 214 Atividade 4 – Ampliando a reflexão sobre as marcas do discurso direto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216 Atividade 5 – As aspas e mais uma possibilidade de uso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219 Atividade 6 – Reinvestindo o conhecimento aprendido – pontuando diálogos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221 Atividade 7 – Alterando o discurso em um conto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223

Sequência didática “Estudo da ortografia” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225 Palavras terminadas em -ISSE e -ICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226 Atividade 1 – Lendo o poema e comentando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227 Atividade 2 – Estudando palavras do poema e ampliando o repertório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229 Atividade 3 – Testando as descobertas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230 Atividade 4 – Completando o quadro de descobertas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232 Palavras terminadas em -ANSA e -ANÇA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234 Atividade 1 – Lendo o poema e comentando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234 Atividade 2 – Estudando a ortografia das palavras selecionadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236 Atividade 3 – Ampliando a análise das palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 238 Atividade 4 – Testando as descobertas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240

Atividades de Matemática Orientações didáticas gerais para o desenvolvimento das atividades de Matemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244 Números. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244 Atividade 1 – Os números na contagem das populações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 246 Atividade 2 – Escritas abreviadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 248 Atividade 3 – Os números racionais no contexto diário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252 Atividade 4 – Dividindo figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254 Atividade 5 – Usando a calculadora para fazer descobertas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 260 Atividade 6 – Comparando os números racionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262 Atividade 7 – Jogo das representações decimais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264 Cálculos e operações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266 Resolução de problemas do campo aditivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266 Resolução de problemas do campo multiplicativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266 Atividade 8 – Analisando dados populacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268 Atividade 9 – Qual é a pergunta? (1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270 Atividade 10 – Qual é a pergunta? (2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272

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274 Atividade 12 – Estimando para não errar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 276 Atividade 13 – Desafios para dividir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 278 Atividade 14 -- As representações decimais no cotidiano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 Atividade 15 – Calculando porcentagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285 Atividade 16 – Trabalhando com probabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290 Espaço e forma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293 Atividade 17 – Traçando a rota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294 Atividade 18 – Oriente-se! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296 Atividade 19 – As formas geométricas ao nosso redor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 299 Atividade 20 – Conhecendo os poliedros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 301 Atividade 21 – Contando faces, arestas e vértices . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 303 Atividade 22 – Planificações de sólidos geométricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 Atividade 23 – Os polígonos: ângulos e lados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 310 Atividade 24 – Contando vértices e ângulos do polígono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313 Atividade 25 – Figuras planas – parte e todo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315 Atividade 26 – Aumentando e diminuindo figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319 Grandezas e medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322 Atividade 27 – Observando a temperatura em diferentes lugares . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323 Atividade 28 – Diferentes países, diferentes moedas: quanto vale o real? . . . . . 325 Atividade 29 – Medidas do dia a dia: comprimento e massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328 Atividade 30 – O contorno das figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333 Atividade 31 – Qual é a área. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336 Atividade 32 – Área ou perímetro? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339 Atividade 33 – Que horas são? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343 Atividade 34 – Contando o tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344 Atividade 35 – Antes ou depois do meio-dia? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348 Tratamento da informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350 Atividade 36 – Leitura de tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351 Atividade 37 – Leitura de gráficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 354 Atividade 38 – Traçando gráficos de linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 358 Atividade 39 – Gráficos de setores (pizza) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 362 Atividade 11 – Desafios para multiplicar

.................................................

Atividade 40 – Coletando informações para a construção de gráficos e tabelas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 368

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Expectativas de aprendizagem para a 4a série do Ciclo I A Secretaria Estadual da Educação (SEE) reconhece e assume a importância de estabelecer expectativas e metas de aprendizagem para os alunos, em cada um dos anos dos ciclos, a fim de orientar o planejamento didático dos professores e, principalmente, nortear o currículo do Ensino Fundamental. As atividades que você encontrará neste material estão organizadas de acordo com as expectativas de aprendizagem previstas para o 4a série do Ciclo I, na sua nova versão e publicação, constituindo-se em mais uma ferramenta para o trabalho do professor, no sentido de favorecer a aprendizagem de seus alunos.

Língua Portuguesa As expectativas de aprendizagem para o ensino da Língua Portuguesa nos anos iniciais do Ensino Fundamental orientam-se em torno da comunicação oral, da leitura e da escrita. Em relação à oralidade, pretende-se que os alunos sejam capazes de adequar seu discurso às diferentes situações de comunicação oral, observando o contexto e seus interlocutores. Na leitura, deverão estar habilitados a ler diferentes textos, considerando as características dos gêneros textuais e seus propósitos comunicativos. Ao escrever, deverão ser capazes de redigir textos diversos, adequando os diferentes gêneros às situações de comunicação, às intenções de quem escreve e aos leitores, os destinatários dos textos. A seguir, relacionamos as expectativas que se pretende alcançar por meio das atividades propostas nos projetos, sequências didáticas e atividades permanentes constantes deste material.

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AO FINAL DA 4a SÉRIE DO CICLO I ESPERA-SE QUE OS ALUNOS SEJAM CAPAZES DE: Na comunicação oral

Na leitura

Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram:  ouvir com atenção;  intervir sem sair do assunto tratado;  formular e responder perguntas, justificando suas respostas;  explicar e compreender explicações;  manifestar e acolher opiniões;  argumentar e contra-argumentar;

Apreciar textos literários.

Planejar e participar de situações de uso da linguagem oral, sabendo utilizar alguns procedimentos de escrita para organizar sua exposição.

Na escrita, considerando-se a produção de textos e a reflexão sobre a língua

Reescrever e/ou produzir textos de autoria utilizando Selecionar os textos de acordo com os propósitos de sua leitura, procedimentos de escritor:  planejar o que vai sabendo antecipar a natureza escrever considerando a de seu conteúdo e utilizando intencionalidade, o interlocutor, a modalidade de leitura mais o portador e as características adequada. do gênero; Utilizar recursos para  fazer rascunhos; compreender ou superar  reler o que está escrevendo, dificuldades de compreensão tanto para controlar a durante a leitura (pedir ajuda aos progressão temática, quanto colegas e ao professor, reler o para melhorar outros aspectos trecho que provoca dificuldades, discursivos ou notacionais do continuar a leitura com a intenção texto; de que o próprio texto permita  revisar textos (próprios e de resolver as dúvidas ou consultar outros), em parceria com os outras fontes). colegas, assumindo o ponto de vista do leitor com a intenção de evitar repetições desnecessárias (por meio de substituição ou uso de recursos da pontuação); evitar ambiguidades; articular partes do texto; garantir concordância verbal e nominal;  revisar textos (próprios e de outros), do ponto de vista ortográfico.

Avaliação de aprendizagem Ao nos referirmos à avaliação da aprendizagem dos alunos é importante lembrar que nosso objetivo maior é fazer com que todos os alunos possam utilizar a leitura e a escrita de modo competente e, para isso, não basta avaliar apenas as crianças, mas também o processo de ensino e aprendizagem, fazendo as modificações necessárias no planejamento e intervenções didáticas para melhor alcançarmos as metas educacionais a que nos propomos. É importante considerar também que o processo de avaliação deve ser contínuo e, por isso, não é preciso realizar atividades distintas das habituais para avaliar as

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crianças. Portanto, o que aqui se apresenta são alguns critérios para que os professores possam melhor analisar e avaliar o que se passa na sala de aula, particularmente o avanço dos alunos em relação às expectativas de aprendizagem. A seguir, você encontrará um quadro em que se encontram as expectativas, atividades cotidianas e os itens a serem observados, que indicam se o aluno alcançou as metas para esse momento do ciclo. Lembre-se de registrar o que observou e faça uso de suas anotações para melhor intervir junto a seus alunos. Expectativa de que os alunos sejam capazes de:

Atividade

Observar se o aluno...

Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram ouvir com atenção, intervir sem sair do assunto tratado, formular e responder perguntas justificando suas respostas, compreender explicações, manifestar e acolher opiniões, argumentar e contra-argumentar.

Roda de curiosidades.

Expõe sua opinião sobre o que foi lido, complementa informações com conhecimentos que já possui e ouve os colegas com atenção, tanto nas situações coletivas como nos momentos de trabalho em duplas.

Roda de biblioteca. Conversas realizadas a partir de leituras compartilhadas coletivas ou em duplas. Discussões relacionadas aos projetos.

Expõe oralmente conteúdos aprendidos durante os projetos utilizando uma linguagem mais formal. Fundamenta suas ideias não apenas em opiniões pessoais, mas também em informações aprendidas. Refere-se às falas de seus colegas ou da professora para associar às suas próprias ideias. Sabe contrapor suas ideias às de outros retomando os argumentos utilizados e rebatendo-os com os seus próprios.

Planejar e participar de situações de uso da linguagem oral sabendo utilizar alguns procedimentos de escrita para organizar sua exposição.

Atividades de comunicação oral.

Comunica-se com uma linguagem formal, sem ter de, necessariamente, ler. Organiza slides ou cartazes relacionados à sua fala, sem ser uma repetição dela, mas um complemento.

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Expectativa de que os alunos sejam capazes de:

Atividade

Observar se o aluno...

Apreciar textos literários.

Leitura pelo professor.

Escuta atentamente.

Roda de biblioteca.

Compara textos lidos ou ouvidos. Identifca seus autores e gêneros preferidos, buscando, por conta própria na sala de leitura ou na própria classe, textos dos quais goste. Faz indicações literárias aos seus colegas apoiando-se em características da trama, personagens, autor ou gênero.

Selecionar os textos de acordo com os propósitos de sua leitura, sabendo antecipar a natureza de seu conteúdo e utilizando a modalidade de leitura mais adequada.

Leitura pelo aluno.

Utiliza títulos, subtítulos, sumários ou índices para descartar textos que não interessam aos seus propósitos. Faz uma leitura global para separar o que pode lhe interessar. Sabe dizer por que escolhe ou descarta um texto/ portador apoiando-se em informações do conteúdo do texto, do seu portador ou do gênero.

Utilizar recursos para superar difculdades de compreensão durante a leitura (pedir ajuda aos colegas e ao professor, reler o trecho que provoca difculdades, continuar a leitura com intenção de que o próprio texto permita resolver as dúvidas ou consultar outras fontes).

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Leitura pelo aluno.

Pede ajuda aos colegas e ao professor, relê o trecho que provoca dificuldades, continua a leitura com intenção de que o próprio texto permita resolver as dúvidas ou consulta outras fontes, como dicionário ou glossário.

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Expectativa de que os alunos sejam capazes de:

Atividade

Observar se o aluno...

Reescrever e/ou produzir textos de autoria utilizando procedimentos de escritor: planejar o que vai escrever considerando a intencionalidade, o interlocutor, o portador e as características do gênero; fazer rascunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progressão temática quanto para melhorar outros aspectos, discursivos ou notacionais, do texto.

Produção de texto pelo aluno.

Planeja o que vai escrever, considerando os propósitos de seu texto e se a linguagem está adequada; faz rascunhos; relê o que escreve e altera quando não se dá por satisfeito.

Participa das discussões em torno dos textos, propondo mudanças e justifica suas propostas remetendo-se ao provável leitor. Propõe substituição de palavras repetidas; identifica problemas de concordância e procura solucioná-los.

Revisar textos (próprios e de outros), em parceria com os colegas, assumindo o ponto de vista do leitor com intenção de evitar repetições desnecessárias (por meio de substituição ou uso de recursos da pontuação); evitar ambiguidades; articular partes do texto; garantir concordância verbal e nominal. Revisar textos (próprios e de outros) do ponto de vista ortográfico.

Revisão de textos.

Fica atento aos aspectos ortográficos trabalhados em classe.

Professor, considere que: A Roda de Curiosidades é uma situação em que os alunos, sentados em círculo, com a mediação do professor, trazem notícias, objetos ou informações sobre temas diversifcados para conversar a respeito. A Roda de Biblioteca é uma situação em que os alunos, num dia estipulado para fazer empréstimo de livros do acervo da classe ou da biblioteca (sala de leitura) da escola, compartilham impressões e fazem recomendações a respeito dos livros lidos. A Leitura Compartilhada é aquela em que o professor lê, e os alunos têm o mesmo texto em mãos para poder acompanhar a leitura.

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SITUAÇÕES QUE A ROTINA DEVE CONTEMPLAR Considerando-se os conteúdos tratados em cada uma das propostas e as possibilidades de articulação entre elas, assim como as necessidades de aprendizagem dos alunos, sugerimos a seguinte ordenação para as propostas de trabalho e organização da rotina:  Projeto “Uma lenda, duas lendas, tantas lendas...” – no primeiro semestre, aproximadamente duas vezes por semana.  Projeto “Universo ao meu redor” – no segundo semestre, aproximadamente duas vezes por semana.  Sequência didática “Caminhos do verde” – no primeiro semestre; aproximadamente uma vez por semana.  Sequência didática “Lendo notícias para ler o mundo” – no segundo semestre; aproximadamente uma vez por semana.  Sequência didática “Estudo de pontuação” – aproximadamente uma vez por semana.  Sequência didática “Estudo da ortografia” – aproximadamente uma vez por semana. Evidentemente, há outras possibilidades de organização dessa rotina ao longo da semana e do ano; porém, é preciso levar em conta os objetivos de cada um dos projetos e das sequências didáticas, além dos desafios que os alunos precisam enfrentar diante de cada uma das propostas. Parece-nos mais coerente que as modalidades organizativas sejam distribuídas ao longo da semana, de modo que os alunos tenham a oportunidade de conviver com a variedade de textos sugeridos. Além do mais, não seria produtivo organizar o trabalho com os dois projetos em um único semestre, pois são muitas as tarefas que tanto o professor quanto o aluno precisarão realizar. Considerando que o projeto didático “Universo ao meu redor” e a sequência didática “Caminhos do verde” se organizam a partir de textos que tratam de questões ambientais, o mais adequado é que sejam distribuídos entre os dois semestres. Recomendamos iniciar pela sequência “Caminhos do verde”, pois permite ao professor dispor de mais tempo para planejar um passeio ao Jardim Botânico, opção interessante e um dos conteúdos tratados na sequência. Com o objetivo de promover um melhor aproveitamento dos alunos em relação ao estudo de ortografia e pontuação, sugerimos que haja, pelo menos, uma aula semanal de cada uma das respectivas sequências, intercalando-se apenas os dias em que serão tratadas. Para que os alunos se apropriem dos conteúdos relativos à ortografia e pontuação é importante que sejam acompanhados constantemente e que se avalie a necessidade de complementar as atividades deste material com outros exercícios de sistematização, que podem ser propostos no caderno do aluno ou em folhas avulsas. É importante lembrar que essas aprendizagens se pautam no uso frequente desses conteúdos pelos alunos que, ao valorizarem a escrita e a pontuação corretas, precisam observar, com atenção, o modo como escrevem, em todas as suas produções.

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Sugestão do quadro da rotina semanal 2ª-feira

3ª-feira

4ª-feira

5ª-feira

6ª-feira

1o semestre Projeto sobre lendas

Sequência didática Projeto sobre Ortografia lendas

Sequência didática Sequência didática Pontuação Caminhos do verde

Sequência didática Projeto sobre Ortografia Universo ao meu redor

Sequência didática Sequência didática Pontuação Leitura de notícias

2o semestre Projeto sobre Universo ao meu redor

Matemática As expectativas de aprendizagem para o ensino da Matemática estão agrupadas em cinco grandes blocos temáticos (números, operações, espaço e forma, grandezas e medidas, tratamento da informação), traduzidas nas atividades que devem ser distribuídas e trabalhadas ao longo do ano. No entanto, é importante ressaltar que se deve levar em conta qual é a situação inicial de conhecimento que os alunos possuem para se fazer os ajustes necessários no planejamento.

Números  Compreender e utilizar as regras do sistema de numeração decimal, para leitura e escrita, comparação, ordenação e arredondamento de números naturais de qualquer ordem de grandeza.  Reconhecer e fazer leitura de números racionais no contexto diário nas representações fracionária e decimal.  Explorar diferentes significados das frações em situações-problema: parte e todo, quociente e razão. Escrever números racionais de uso frequente nas representações fracionária e decimal e localizar alguns deles na reta numérica.  Comparar e ordenar números racionais de uso frequente nas representações fracionária e decimal.  Identificar e produzir frações equivalentes, pela observação de representações gráficas e de regularidades nas escritas numéricas.

Operações  Analisar, interpretar, formular e resolver situações-problema, compreendendo diferentes significados das operações com números naturais.  Resolver adições com números naturais, por meio de estratégias pessoais e do uso de técnicas operatórias convencionais, do cálculo mental e da calculadora, e usar métodos de verificação e controle de resultados pelo uso do cálculo mental ou da calculadora.  Resolver subtrações com números naturais, por meio de estratégias pessoais

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e do uso de técnicas operatórias convencionais, do cálculo mental e da calculadora, e usar estratégias de verificação e controle de resultados pelo uso do cálculo mental ou da calculadora.  Resolver multiplicações com números naturais, por meio de técnicas operatórias convencionais, do cálculo mental e da calculadora, e usar estratégias de verificação e controle de resultados pelo uso do cálculo mental ou da calculadora.  Resolver divisões com números naturais, por meio de técnicas operatórias convencionais, do cálculo mental e da calculadora, e usar estratégias de verificação e controle de resultados pelo uso do cálculo mental ou da calculadora.  Analisar, interpretar, formular e resolver situações-problema, compreendendo diferentes significados da adição e subtração envolvendo números racionais escritos na forma decimal.  Calcular o resultado da adição e subtração de números racionais na forma decimal, por meio de estratégias pessoais e pelo uso de técnicas operatórias convencionais.  Resolver problemas que envolvem o uso da porcentagem no contexto diário, como 10%, 20%, 50%, 25%.  Identificar as possíveis maneiras de combinar elementos de uma coleção de objetos e de contabilizá-las usando estratégias pessoais.  Explorar a ideia de probabilidade em situações-problema simples.

Espaço e forma  Descrever, interpretar e representar por meio de desenhos a localização ou a movimentação de uma pessoa ou um objeto, e construir itinerários.  Reconhecer semelhanças e diferenças entre poliedros (como os prismas, as pirâmides e outros).  Identificar relações entre o número de elementos – como faces, vértices e arestas – de um poliedro.  Explorar planificações de alguns poliedros e corpos redondos.  Identificar semelhanças e diferenças entre polígonos, considerando seu número de lados e de ângulos.  Compor e decompor figuras planas e identificar que qualquer polígono pode ser composto a partir de figuras triangulares.  Ampliar e reduzir figuras planas pelo uso de malhas quadriculadas.

Grandezas e medidas  Utilizar unidades usuais de tempo em situações-problema.  Utilizar unidades usuais de temperatura em situações-problema.  Utilizar o sistema monetário brasileiro em situações-problema.  Utilizar unidades usuais de comprimento, massa e capacidade em situações-problema.

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 Calcular perímetro de figuras desenhadas em malhas quadriculadas ou não.  Compreender a área como a medida da superfície de uma figura plana.  Calcular área de retângulos ou quadrados desenhados em malhas quadriculadas ou não.  Resolver situações-problema que envolvam o significado de unidades de medidas de superfície.  Utilizar medidas como centímetro quadrado, metro quadrado, quilômetro quadrado e alqueire.

Tratamento da informação  Resolver situações-problema utilizando dados apresentados de maneira organizada, por meio de tabelas simples ou tabelas de dupla entrada.  Resolver situações-problema em que os dados são apresentados por meio de gráficos de colunas ou gráficos de barras.  Ler informações apresentadas de maneira organizada por meio de gráficos de linha.  Ler informações apresentadas de maneira organizada por meio de gráficos de setor.  Construir tabelas e gráficos para apresentar dados coletados ou obtidos em textos jornalísticos, científicos e outros.

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Avaliação de aprendizagem Língua Portuguesa A função das pautas de observação na avaliação e no planejamento do professor Neste Guia foram propostas pautas para a observação dos conhecimentos sobre os gêneros estudados e sobre as convenções da escrita que podem ser encontradas no interior dos projetos e sequências didáticas. As pautas de observação podem se tornar importantes aliadas do professor para acompanhar o desenvolvimento das aprendizagens de seus alunos. A ideia é, periodicamente, diagnosticar os saberes dos alunos, quanto aos conteúdos propostos para a 4a série e, com base nessas informações, replanejar seu trabalho e suas intervenções. Mas o que é uma pauta de observação? A pauta de observação consiste na organização e registro sistemático de informações sobre os conhecimentos dos alunos, tanto inicial (antes do desenvolvimento de um projeto ou sequência), quanto processual (durante o processo de ensino e aprendizagem) e final – momento em que o professor pode avaliar o alcance dos objetivos de ensino atingidos com o trabalho realizado.

De posse das pautas de observação (ortografia, pontuação, conhecimento sobre os gêneros) e da comparação dos resultados, identifique as necessidades gerais do grupo e dos alunos que precisam de mais ajuda. Esse procedimento é essencial. É verdade que no dia a dia você obtém muitas informações acerca do que cada aluno sabe. As pautas de observação servem justamente para fortalecer essas impressões e, ao mesmo tempo, garantir um melhor acompanhamento do processo. Sempre há alunos que não chamam tanto a atenção e não costumam pedir ajuda (são tímidos ou preferem não se manifestar). Mostram, ao longo do ano, avanços menos significativos do que seria esperado, indicando que necessitam de um acompanhamento próximo. As pautas de observação são registros importantes para se organizar uma síntese das aprendizagens e das necessidades dos alunos, permitindo ao professor planejar melhor seu trabalho em sala de aula.

De posse das pautas de observação, organize duplas de modo que os dois parceiros colaborem um com o outro, considerando os objetivos de cada uma das atividades. Após ter orientado os alunos a realizar determinada atividade, caminhe entre eles e observe seus trabalhos, especialmente daqueles que têm mais dificuldades.

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É importante circular pela classe enquanto os alunos trabalham, por diversos motivos: avaliar se compreenderam a proposta; observar como estão interagindo; garantir que as informações circulem e que todos expressem o que sabem e não sabem. Quando necessário, procure questionar e interferir, evitando criar a ideia de que qualquer resposta é válida. Observe também se o grau de dificuldade envolvido na proposta não está muito além do que podem alguns alunos, se não está excessivamente difícil para eles. Cada atividade propõe desafios destinados a favorecer a reflexão dos alunos. Muitas vezes você deverá fazer ajustes: questionar alguns para que reflitam um pouco mais, oferecer pistas para ajudar os inseguros.

Matemática Também em Matemática a avaliação de aprendizagem tem o papel de informar ao professor o alcance dos objetivos previstos, onde e como fazer as mudanças necessárias para ajustar o processo do ensino à aprendizagem por parte dos alunos. Com o procedimento de avaliação, a ideia é ir além de uma simples verificação para saber se os alunos são capazes de utilizar técnicas e algoritmos que solucionem as quatro operações ou, ainda, escrever e interpretar números em determinada sequência. É preciso que os objetivos de ensino possam prever ações que desenvolvam nos alunos a capacidade de:  empenhar-se na realização das atividades propostas, utilizando todo o conhecimento construído quando se requer a resolução de novas situações-problema;  expor as dúvidas e reconhecer a necessidade de rever o que ainda não aprendeu;  utilizar-se de estratégias pessoais para resolver determinado problema, dispondo-se a expor suas ideias;  interagir, estabelecendo uma postura de escuta atenta para entender as explicações do professor e/ou dos colegas;  formular argumentos, expondo-os a fim de que sejam validados ou refutados pelos colegas, avançando cada vez mais na linguagem matemática;  reconhecer tanto os seus avanços quanto a necessidade de continuar aprendendo.  Contextualizar o conhecimento matemático, estabelecendo relações com a vida cotidiana, e também descontextualizá-lo, generalizando e transferindo conhecimentos a outros contextos.

Dos instrumentos de acompanhamento dos avanços dos alunos Este Guia, assim como os demais produzidos para o Programa Ler e Escrever, propõe alguns instrumentos de acompanhamento dos avanços dos alunos, que permitirão planejar melhor as ações didáticas que compõem sua rotina de trabalho.

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Além desses, você professor poderá dispor de um conjunto de atividades e outros instrumentos de observação de aproveitamento que ajude a ter um foco mais ajustado dos avanços e das dificuldades de cada aluno. Porém, é importante lembrar que os instrumentos de avaliação utilizados precisam ser elaborados de forma bastante criteriosa, permitindo observar quais conhecimentos foram ou não apropriados pelos alunos, como organizam a linguagem matemática para se comunicar, como resolvem os problemas apresentados etc. a) Para diagnosticar o conhecimento numérico dos alunos Antes de prosseguir no planejamento em relação a números, é preciso que você verifique qual é o conhecimento numérico de todos os seus alunos, até que ordem de grandeza produzem e interpretam convencionalmente e em qual grandeza surgem as dificuldades. Se muitos alunos ainda não compreenderam as regularidades da formação do sistema de numeração decimal, muito provavelmente poderão se deparar com dificuldades nos estudos de cálculo e operações. E, ainda, de nada adiantará introduzir o conceito dos números racionais – previstos para a 4a série do Ciclo I – sem antes os alunos terem descoberto as regularidades dos números naturais. Caso assim seja, será preciso que o professor retome os conteúdos não dominados pela turma e, a partir deles, avance na construção de novos conhecimentos. b) Sobre os conhecimentos referentes ao cálculo e à resolução de problemas Ao longo do ano, os alunos deverão desenvolver habilidades referentes à resolução de problemas e cálculo. Para isso é necessário trabalhar diferentes atividades relacionadas às operações nos campos aditivo e multiplicativo. O ensino das operações não se reduz ao ensino de técnicas operatórias e ao seu treino mecânico. Experiências têm mostrado que muitos alunos conseguem realizar o cálculo das quatro operações sem se utilizar de algoritmos convencionais. Isso não significa, no entanto, abandonar o algoritmo no trabalho matemático; significa não enfatizar a técnica pela técnica, mas aliá-la ao cálculo mental construído com compreensão. Resolver problemas requer que os alunos aprendam a:  ler e interpretar o que precisa ser resolvido;  saber selecionar os dados imprescindíveis para a sua resolução;  identificar dados que não são relevantes para a resolução do problema;  dispor a planejar estratégias mais adequadas, verificando sua eficácia e qual é a operação que o ajudará a chegar ao resultado;  colocar em prática as estratégias e a operação e verificar a adequação ou não da resposta a que chegou.

Do diagnóstico ao planejamento das intervenções didáticas Diante do exposto, para decidir qual a melhor situação didática a ser apresentada, deve-se planejar intervenções no sentido de buscar que todos os alunos avancem em re-

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lação à compreensão do sistema de numeração e na capacidade de resolver problemas propostos. É preciso realizar uma avaliação periódica – as sondagens – para verificar:  o que sabem a respeito da escrita dos números;  quais estruturas aditivas e multiplicativas costumam utilizar para resolver problemas;  quais recursos utilizam para fazer os cálculos. É importante que essas avaliações aconteçam em atividades específicas, separadas, mas no mesmo período de tempo, uma vez que o conhecimento numérico auxilia na realização de operações e resolução de problemas. Nesse sentido, são propostas as seguintes sondagens:  números – maio e outubro;  resolução de problemas do campo aditivo – maio e outubro;  resolução de problemas do campo multiplicativo – maio e outubro.

Orientações para a sondagem da escrita de números  Para essa sondagem, sugerimos que seja feito um ditado de números, individualmente.  Entregue meia folha de sulfite e peça que escrevam o nome e a data. Faça o ditado de números de diferentes grandezas e de modo que não apareçam na ordem crescente ou decrescente. Sugerimos os seguintes números: J mês de março: 95 – 905 – 1.005 – 5.000 – 9.523 – 10.001 – 31.435 – 67.308 – 159.002; J mês de setembro: 750 – 70.050 – 20.000 – 1.020 – 9.354 – 60.504 – 384.752 – 2.302.000.  Recolha o ditado dos alunos e analise a escrita. Em seguida, registre suas observações na Pauta de Observação de Números – no 1, na página 30.  Faça o registro a cada sondagem realizada. Compare as informações registradas, observando o percurso do avanço do conhecimento numérico de cada um dos alunos, pois isso ajudará você a reorganizar as ações didáticas de intervenção para que os alunos ampliem cada vez mais o conhecimento sobre os números.

Orientações para a sondagem dos campos aditivo e multiplicativo e suas representações Para realizar a sondagem sobre o conhecimento dos alunos a respeito das estruturas aditivas e multiplicativas e perceber quais fatores interferem em seu desempenho quanto à natureza e representação, recomendamos que os alunos realizem a resolução de problemas individualmente.  Prepare-se com antecedência, lendo e analisando a natureza de cada situação-problema.

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 Prepare a folha com os quatro enunciados dos problemas de cada campo para cada aluno.  Explique a situação de diagnóstico aos seus alunos, esclarecendo que essas atividades estão sendo realizadas para se ter um conhecimento do que eles sabem e do que precisam aprender; portanto, deverão realizá-las sem ajuda dos colegas. Nesse sentido, recomende que cada um resolva-as da melhor forma que puderem.  Esclareça que as dúvidas deverão ser dirigidas a você professor. Oriente-os para que façam os registros para comunicar suas estratégias de solução da forma mais clara possível, seja utilizando a técnica operatória ou outra forma de registro (desenhos, esquemas etc.).  Se na sua turma ainda houver alunos que não conseguem ler com autonomia, faça uma leitura de cada enunciado em voz alta.  Organize a classe em grupos de quatro crianças e acompanhe um grupo por vez, enquanto as demais se dedicarão a outra atividade possível de ser realizada de forma autônoma e, também, com a ajuda dos colegas.  É importante que o acompanhamento seja feito dessa forma, pois é possível que você precise de maior esclarecimento sobre como o seu aluno chegou à solução do problema, uma vez que alguns podem fazer uso de um procedimento que não esteja suficientemente explícito para o preenchimento da pauta de observação.  Após o término da atividade, recolha as folhas e faça a análise dos registros, tendo por base a pauta de observação para os campos aditivo (página 31) e multiplicativo (página 32). Faça esse registro a cada sondagem realizada.  Recomenda-se que realize as sondagens dos campos aditivo e multiplicativo em diferentes dias.  Compare as informações dessas pautas e de outros instrumentos diários de observação. Assim será possível você avaliar os progressos de seus alunos e buscar outras propostas didáticas.

Sugerimos os seguintes problemas do campo aditivo para o:  Mês de maio 1. O número de alunos matriculados nas 4as séries de uma escola era de 187 no mês de fevereiro. No final de maio esse número foi para 220. Em quanto alterou o número de alunos matriculados nessa escola, de fevereiro a maio? 2. Fátima foi contar a sua coleção de adesivos. No total são 95, sendo que 35 são do Garfield e 30 da Hello Kitty. Quantos são da Turma da Mônica? 3. No jogo do bafo, Renato iniciou com 109 figurinhas. Ganhou 18 figurinhas na primeira partida. No final do jogo contou novamente e percebeu que estava com 87 figurinhas. O que aconteceu da segunda partida até o final do jogo? 4. Marcela nasceu em 1999 e Carla, em 1995. Quem é a mais velha? Qual a diferença de idade entre as duas meninas?

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 Mês de outubro 1. Em fevereiro e agosto um professor de Educação Física costuma pesar os alunos. Em agosto ele verificou que o seu aluno Edson tinha 48 quilos. Sabendo-se que ele engordou 3 quilos, quanto pesava Edson em fevereiro? 2. Beto e André fazem coleção de selos. Juntos têm 136. Sabendo que Beto tem 49, quantos selos tem André? 3. No começo do mês de maio, Sérgio tinha no banco 320 reais que recebeu no primeiro mês de trabalho. Toda semana ele vai ao banco verificar o saldo de sua conta. Na segunda semana guardou 45 reais que recebeu de um amigo. No final do mês foi verificar novamente o saldo e viu que estava com 135 reais. O que aconteceu entre a terceira e a quarta semana? 4. Ana e Paula resolveram competir nadando durante 30 minutos, sem nenhuma parada. Ana conseguiu nadar 565 metros e Paula, 35 metros a mais. Quantos metros nadou Paula?

Sugerimos os seguintes problemas do campo multiplicativo para o:  Mês de maio 1. João vai passar alguns dias na praia e está levando 7 bermudas e 12 camisetas. Quantas combinações de bermudas e camisetas ele poderá fazer, sem haver repetição? 2. Pedro precisa azulejar uma parede e calculou que para cada fileira precisará de 12 azulejos e para cada coluna, 15. Quantos azulejos ele precisará providenciar? 3. Na barraca de frutas de seu Pedro, 12 laranjas custam 3 reais. Quanto Joana vai pagar por 36 laranjas? 4. Carlos tem 12 anos. Seu pai tem o triplo da idade dele. Quantos anos tem o pai de Carlos?  Mês de outubro 1. Numa lanchonete os sucos podem ser vendidos em 3 tamanhos de copo: pequeno, médio e grande. Sabendo-se que há 15 combinações de suco e copos possíveis, sem que se repitam, quantos tipos de frutas estão disponíveis para fazer os sucos? 2. Em uma malha quadriculada distribuída pela professora há 25 quadradinhos em cada fileira e 23 em cada coluna. Quantos quadradinhos há nessa malha quadriculada? 3. Se uma caixa com 80 canetas custa 48 reais, quanto custarão 20 canetas? 4. No fim de semana, Márcio e André verificaram a quilometragem de seus carros. André fez o cálculo e observou que durante a semana andou a metade do que andou Márcio. Sabendo-se que Márcio andou 210 quilômetros nessa semana, quantos quilômetros percorreu André?

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menores que 100

de 100 a 1.000

Escreve números maiores que 1.000

A realização da sondagem fará sentido apenas no contexto da leitura e discussão dos seguintes referenciais teóricos: Parra, Cecília. Didática da Matemática: reflexões psicopedagógicas. Porto Alegre: Artmed, 2006. Cap. 5. Brizuela, Bárbara M. Desenvolvimento matemático na criança: explorando notações. Porto Alegre: Artmed, 2006. Cap. 2. Sem esta base teórica, esta sondagem pode ser pouco útil ou mesmo de difícil operacionalização.

TOTAL

Nome dos alunos Observações

4 convencionalmente

Legendas: usando algarismos 1 sem relação com o número que foi ditado fazendo uso 2 de “coringas” 3 apoiando-se na fala

Turma: _____ Professor(a): _________________________ Série do Ciclo I ______

EMEF _________________________________________________________

ESCRITA DE NÚMEROS – Data ____/____/____

Pauta de Observação I


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Ideia

Resultado

1 - Transformação Ideia

Resultado

2 - Composição com uma das partes conhecidas

Legendas: A – Acerto NR – Não realizou AE – acertou a estratégia, mas se enganou na contagem/no cálculo

Nome

Problemas Ideia

Resultado

Ideia

Resultado

2a transf.

3 - Transformação composta 1 transf.

a

Ideia

Resultado

4 - Comparação

Turma: _____ Professor(a): _________________________ Série do Ciclo I ______

EMEF _________________________________________________________

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DO CAMPO ADITIVO – Data ____/____/____

Pauta de Observação II

Observações


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resultado

ideia

ideia

resultado

2 - Configuração retangular

1 - Combinatória

Legendas: A – Acerto NR – Não realizou AE – acertou a estratégia, mas se enganou na contagem/no cálculo

Nome dos alunos ideia

resultado

3 - Proporcionalidade

Problemas

ideia

resultado

4 - Comparação

Observações

Turma: _____ Professor(a): _________________________ Série do Ciclo I ______

EMEF: ______________________________________________________

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DO CAMPO MULTIPLICATIVO – Data ___/___/___

Pauta de observação III


SITUAÇÕES QUE A ROTINA DEVE CONTEMPLAR

Língua Portuguesa Sugestão para a organização da rotina semanal Considerando-se os conteúdos tratados em cada uma das propostas e as possibilidades de articulação entre elas, assim como as necessidades de aprendizagem dos alunos, sugerimos a seguinte ordenação para as propostas de trabalho e organização da rotina: a. projeto “Uma lenda, duas lendas, tantas lendas...” – três vezes por semana no primeiro semestre; b. projeto “Universo ao meu redor” – três vezes por semana no segundo semestre; c. sequência didática “Caminhos do verde” – uma vez por semana no primeiro semestre; d. sequência didática “Lendo notícias para ler o mundo” – uma vez por semana no segundo semestre; e. sequência didática “Estudo de pontuação” – uma vez por semana; f. sequência didática “Estudo da ortografia”: palavras terminadas em -ISSE/-ICE e palavras terminadas em -ANSA/-ANÇA – uma vez por semana. Evidentemente, há outras possibilidades de organização dessa rotina ao longo da semana e do ano, porém é preciso levar em conta os objetivos de cada um dos projetos e das sequências didáticas e os desafios que os alunos precisarão enfrentar diante de cada uma das propostas. Parece-nos mais coerente que as modalidades organizativas sejam distribuídas ao longo da semana, de modo que os alunos tenham a oportunidade de conviver com a variedade de textos sugeridos. Além do mais, não seria produtivo organizar o trabalho com os dois projetos em um único semestre, pois são muitas as tarefas que tanto o professor quanto o aluno precisarão realizar. Considerando que o projeto didático “Universo ao meu redor” e a sequência didática “Caminhos do verde” se organizam a partir de textos que tratam de questões ambientais, o mais adequado é que sejam distribuídos entre os dois semestres. Recomendamos iniciar pela sequência “Os caminhos do verde”, pois permite ao professor dispor de mais tempo para planejar um passeio ao Jardim Botânico, opção interessante e um dos conteúdos tratados na sequência. Também para lidar com a distribuição do tempo e melhor organização do trabalho semanal, sugerimos que o professor intercale a sequência de pontuação e ortografia. Uma semana se trabalha com a pontuação e a outra com a ortografia, ou o inverso.

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Quadro da rotina 2a-feira

3a-feira

4a-feira

5a-feira

6a-feira

Matemática Sugestão para a organização da rotina semanal Ao planejar a rotina de Matemática, é preciso prever situações didáticas em que se contemplem os cinco blocos de conteúdos, quais sejam: números, operações, grandezas e medidas, espaço e forma e tratamento da informação. Reitera-se, assim, a necessidade de organizar situações didáticas em que os alunos:  produzam e interpretem números naturais e decimais presentes em situações de uso;  resolvam problemas dos campos aditivo e multiplicativo;  tenham oportunidades de utilizar o cálculo mental, a estimativa e, ainda, o cálculo com algoritmos convencionais;  possam refletir e utilizar diferentes unidades de medidas;  precisem observar a localização e o deslocamento de pessoas e objetos no espaço real e virtual, descrever percursos utilizando-se de uma linguagem própria para esse propósito, observar e explorar as características das formas dos objetos e das figuras geométricas;  produzam e interpretem tabelas e gráficos sempre dentro de uma situação-problema.

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Na primeira semana de aula, é importante fazer um levantamento do que os alunos sabem sobre cada um desses conteúdos. Organize, por exemplo, uma roda de conversa perguntando sobre de que atividades matemáticas gostam mais, em quais têm mais dificuldades e, também, trazendo jornais, revistas ou qualquer material impresso em que precisem ler as informações numéricas, quer seja em uma manchete, um gráfico, uma tabela. Você ainda pode propor fazer uma visita aos espaços da escola para que alunos novos a conheçam; para isso, poderá solicitar aos que já conhecem o espaço que escrevam em um papel orientações de como chegar a um determinado lugar do prédio, algo semelhante à brincadeira “Caça ao tesouro”. Também, em outro dia, podem-se planejar situações de jogos para verificar como e quais procedimentos utilizam para realizar cálculos, e assim por diante. Cartas de baralho, dados e palitos coloridos podem ajudar. Dessa forma, você poderá ter a primeira informação sobre os conhecimentos matemáticos de seus alunos. O planejamento da rotina deve ter como referência as demandas de aprendizagem mapeadas por meio das sondagens propostas e do registro de observações do desempenho dos alunos. Esse roteiro poderá ser reorganizado ao longo do ano, dependendo dos avanços e dificuldades dos alunos. No entanto, segue uma sugestão inicial de distribuição das atividades contemplando os diferentes blocos de conteúdos durante a semana. Assim, inicialmente as atividades de interpretação e produção de números, exploração de regularidades, comparação e ordenação de números, bem como de investigação de valor posicional, podem ser realizadas duas vezes na semana. Além das atividades com números naturais, nesse volume está presente o trabalho com números racionais nas formas fracionária e decimal. Desse modo, além de continuar propondo atividades de reflexão sobre os números naturais, é preciso organizar situações em que os alunos observem o uso cotidiano dos racionais e comecem a refletir sobre a sua organização e regularidade. Nesse sentido, eles utilizarão o conhecimento que têm para avançar na ampliação do campo numérico. Para isso, propomos o recurso da utilização da calculadora como mais um instrumento para se colocar problemas e para análise das produções escritas numéricas. Quanto às atividades de cálculo, podem ser organizadas duas vezes na semana. É interessante que no início do ano se privilegiem as situações de resolução de problemas no campo aditivo e, à medida que as crianças avancem na compreensão dessas ideias, se incluam as atividades do campo multiplicativo. Elas devem ser realizadas para que os alunos continuem ampliando a compreensão dos significados das operações envolvidas (aditivas e multiplicativas). Para isso, as situações serão organizadas de modo que eles façam conjecturas sobre as diferentes maneiras de se obter um resultado – usando cálculo mental, estimativa, algoritmos convencionais e não convencionais – e analisem as suas estratégias e a dos colegas, compartilhando as diferentes ideias e procedimentos. Vale recomendar que não se pode esquecer de incluir atividades que utilizem a subtração e a divisão. O trabalho com grandezas e medidas poderá ser realizado uma vez por semana.

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Neste material são propostas situações-problema do cotidiano para que os alunos compreendam como se dá a sucessão do tempo – como se organizam e se utilizam os instrumentos sociais de medida de tempo (calendário, relógio) e em que situações se usam as diferentes medidas (massa, comprimento, capacidade e temperatura), relacionando-os com os respectivos instrumentos de medição. E, obviamente, resolver problemas abrangendo grandezas e medidas. Destacam-se ainda estudos sobre perímetro e área, tão presentes no cotidiano – portanto, conhecimentos necessários aos alunos. Geometria – espaço e forma é um conteúdo possível de trabalhar desde o início do ano, como se pode observar nas atividades propostas neste material. É interessante que se reserve uma aula por semana, alternando as atividades entre espaço e forma. As atividades desse bloco visam propor experiências de localização e deslocamento de pessoas e objetos no espaço, descrevendo-os com uma linguagem que considere pontos de referência e corresponda às demandas para isso, além de situações em que os alunos tenham a oportunidade de observar diferentes corpos geométricos e refletir sobre suas propriedades. As atividades sobre o tratamento de informação também poderão estar presentes uma vez por semana, com a finalidade de fazer os alunos construírem procedimentos para coletar, organizar, interpretar e comunicar dados, utilizando tabelas, gráficos etc. Esse conteúdo, no entanto, estará presente de maneira transversal em diferentes situações-problema referentes aos demais conteúdos da área de matemática. É importante ressaltar que há propostas que precisam seguir determinada sequência. Outras atividades, por terem um caráter que exige frequência constante, são sugestões que poderão ser propostas tais como estão e poderão adotar nova versão, modificando-se, por exemplo, os dados, a complexidade dos números etc. Não se esqueça de planejar atividades que poderão ser propostas a título de lição de casa. Essas tarefas poderão ser de exercitação de cálculos, realização de situações-problema de complexidade menor, enfim, atividades que os alunos possam realizar com autonomia e que não precisem depender de um adulto para auxiliá-los.

Quadro da rotina 2a-feira

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3a-feira

4a-feira

5a-feira

6a-feira

Matemática

Matemática

Matemática

Matemática

Matemática

Cálculo e operações no campo aditivo ou multiplicativo

Números naturais Tratamento de Informação

Cálculo e operações no campo aditivo ou multiplicativo

Números naturais Grandezas e medidas

Espaço e forma Números racionais

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Atividades de Língua Portuguesa

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PROJETO DIDÁTICO “UMA LENDA, DUAS LENDAS, TANTAS LENDAS...” O objetivo maior de um projeto sobre lendas é ampliar a capacidade dos alunos no uso das práticas de linguagem, de modo que se tornem cada vez mais competentes na oralidade, leitura e escrita. Vale lembrar também que, ao conhecer e apreciar lendas, os alunos podem compreender melhor a sua e outras culturas, o que favorece o respeito às diferenças. Para que isso se dê, é importante garantir a realização de sequências didáticas, bem como atividades permanentes, tais como a “Roda de leitura”. Nesse caso, é interessante que haja momentos específicos para a leitura do professor e outros, também na escola, para a leitura dos alunos, situações em que poderão escolher qual lenda lerão entre várias oferecidas. A “Roda de biblioteca”, ocasião em que devem levar um livro para ler em casa e devolvê-lo em data combinada, também é importante para garantir a prática da leitura. No desenvolvimento das atividades, a discussão temática das lendas – articulando aos textos informações sobre sua origem, região de circulação e personagens – é fundamental para a recuperação do contexto de produção das mesmas e, em especial, dos sentidos que veiculam. Além disso, é importante que o planejamento das atividades fique claro para os alunos, de modo que eles possam compreender tanto os conteúdos com os quais vão lidar no projeto, quanto quais serão as suas responsabilidades em cada etapa do mesmo.

Para saber mais As lendas são de autoria anônima, transmitidas pela tradição oral através dos tempos. Lidam com problemas humanos universais, em que o homem tenta compreender e explicar os mistérios do universo tecendo tramas narrativas. Assim, as lendas foram criadas por homens de diferentes tempos e lugares como uma maneira de explicar o que não conheciam, como o surgimento da Terra, o dia e a noite e outros fenômenos da natureza. Nesse gênero, o bem e o mal se confundem, assim como o humano e o fantástico. Daí o aparecimento de monstros, heróis, deuses e vários seres imaginários que misturam fatos reais e históricos com outros, irreais, produtos da imaginação.

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ORGANIZAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE TR ABALHO Sugerimos uma coletânea de lendas preferidas da classe como produto final para este projeto. É interessante providenciar um cartaz a ser construído coletivamente para anotar o título de cada nova lenda lida no grupo. Essa listagem-inventário será útil no momento de escolher as lendas que serão selecionadas para formar a coletânea da classe. No entanto, o professor tem outras opções, como: gravar lendas lidas em um CD e presentear pessoas da comunidade ou ainda preparar uma apresentação de lendas para outra turma ou para os pais, as quais podem ser lidas ou contadas pelos alunos. Considerando e ampliando os propósitos já descritos, este projeto tem duração prevista de quatro meses letivos, considerando-se duas aulas semanais. Está organizado em momentos específicos, os quais podem compreender mais de uma atividade, por estarem vinculadas a um mesmo objetivo. São elas: 1. Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos. 2. Compartilhamento do projeto com a classe. 3. Ampliação do repertório dos alunos a respeito das lendas. 4. Atividades de apreciação e reflexão sobre a língua a partir de lendas. 5. Atividades de produção escrita. 6. Atividades de revisão de texto. 7. Atividades de edição do material produzido (incluindo-se o estudo e a produção das ilustrações). 8. Encerramento do projeto. Ao fazer o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos é possível saber quais são os conhecimentos que eles já têm sobre o gênero lendas. É importante que, ao longo do trabalho, você continue levantando e avaliando o que os alunos já aprenderam e em que deverá investir nas situações didáticas posteriores. Para que o projeto tenha sentido e propósito, os alunos devem compartilhar dos objetivos e fundamentos que o justificam. Assim, compartilhar o projeto com o grupo implica socializar com os alunos a proposta desse projeto, bem como suas etapas de realização e tarefas necessárias para se chegar ao produto final escolhido. Sabendo-se quais são os conhecimentos que os alunos têm sobre o gênero e tendo partilhado o trabalho com eles, é importante ampliar o repertório que possuem sobre as lendas. Nesse momento, invista em seu universo literário, lendo para eles lendas de diferentes épocas e lugares. No entanto, optamos pelas lendas brasileiras como foco principal do trabalho em leitura e escrita, por permitirem que os alunos conheçam melhor os traços de sua cultura e origens. É importante lembrar que, embora seja necessário dar a conhecer aos alunos várias lendas já no início do trabalho, também é preciso fazê-lo ao longo das aulas, promovendo a leitura de lendas no início e durante o projeto. As atividades de apreciação e reflexão sobre a língua a partir de lendas têm o objetivo de tornar observáveis aos alunos os elementos que caracterizam o gênero lendas,

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isto é, promover a identificação de semelhanças e diferenças que definem as lendas tal como são. Além disso, essas atividades também pretendem tornar-se situações de apreciação de textos bem escritos, em que os alunos possam identificar os acertos do escritor ao escolher determinados recursos linguísticos. Nos momentos de produção escrita pretende-se que os alunos observem como procedem os escritores durante as situações de escrita. Assim, cabe a você ajudá-los a se organizar para a escrita de textos, apontando-lhes as características da linguagem que se usa para escrever e ajudando-os a controlar o que já escreveram, bem como o que ainda falta. Entendendo-se que as etapas descritas não precisam ser necessariamente estanques e podem integrar-se para atingir os objetivos maiores de um projeto de linguagem, optou-se aqui por vincular, em alguns momentos, atividades de ampliação do repertório de lendas, possibilidades de reflexão sobre a língua e situações de produção escrita circunstanciais, a fim de atingir metas mais amplas numa mesma situação didática. Os momentos de revisão do texto podem ocorrer durante a escrita dos mesmos, mas é interessante promover também situações posteriores de revisão, em que as crianças possam distanciar-se do que escreveram, alternando as condições de produtor da escrita e leitor. Para que a revisão seja produtiva é preciso eleger focos específicos, uma vez que os alunos não têm condições de examinar e aprimorar várias questões ao mesmo tempo. Assim, pode-se escolher, por exemplo, focar a revisão ora no discurso escrito, ora nas questões de ortografia, pontuação e paragrafação. Vale também lembrar que, para auxiliar os alunos a desenvolver bons procedimentos de revisão de texto, a natureza dessa tarefa exige que ela se dê em vários e diferentes momentos, bem como com diversos textos. Feito isso, é hora de passar para a edição do material produzido, visando sempre à conclusão do produto final escolhido. Nessa etapa os alunos devem observar portadores como o que elegeram para ser o produto final, analisando como se organizam graficamente, como são ilustrados, que informações contêm além do texto, com que formatos se apresentam. O encerramento do projeto se dá quando da socialização do produto final com os destinatários previamente determinados. No caso de uma apresentação, faz-se necessário preparar o espaço em que esta se dará, organizando recursos e materiais, além de ajudar os alunos a se preparar para as exposições orais que porventura venham a realizar. Observar e estudar como outras pessoas se apresentam oralmente pode ajudar os alunos a se predispor e antecipar como, também eles, devem proceder.

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ORGANIZAÇÃO GER AL DA SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES (considerando-se 32 aulas, distribuídas em quatro meses de trabalho) Etapa

Atividade

1

Levantando conhecimentos prévios sobre o gênero

Atividade 1: Para início de conversa.

2

Compartilhando o projeto

Atividade 2: Compartilhando o projeto e organizando o trabalho.

3

Ampliando os saberes sobre lendas Atividade 3A: Conhecendo um pouco mais as lendas (1). Atividade 3B: Conhecendo um pouco mais as lendas (2). Atividade 3C: Ampliando o repertório de lendas. Atividade 3D: Roda de leitura. Atividade 3E: Lendas de outros tempos e lugares. Atividade 3F: As lendas e o fantástico universo indígena. Atividade 3G: Nova roda de leitura. Atividade 3H: Comparando versões de uma lenda. Atividade 3I: Mais uma roda de leitura. Atividade 3J: Analisando aspectos linguísticos das lendas. Atividade 3K: Analisando o discurso nas lendas.

4

Selecionando as lendas, reescrevendo-as e revisando os textos

Atividade 4A: Reescrevendo coletivamente uma lenda. Atividade 4B: Reescrevendo trechos de uma lenda. Atividade 4C: Selecionando as lendas para serem reescritas, planejando a reescrita e reescrevendo-as. Atividade 4D: Revisando as lendas e editorando-as.

5

Edição e preparação final da coletânea

Atividade 5A: Produzindo as ilustrações. Atividade 5B: Organizando a coletânea. Atividade 5C: Preparando a apresentação oral da lenda.

6

Avaliação final do trabalho desenvolvido

Atividade 6: Avaliação final do trabalho.

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ETAPA 1: LEVANTANDO CONHECIMENTOS PRÉVIOS SOBRE O GÊNERO ATIVIDADE 1: PARA INÍCIO DE CONVERSA Objetivo  Levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre lendas.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade é coletiva, e é interessante promover um ambiente acolhedor para a leitura do texto.  Quais os materiais necessários? Texto que será lido – cópia para todos os alunos da folha de Atividade 1.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Proponha aos alunos que façam a leitura compartilhada do texto que você vai ler. Isso significa que eles deverão ler, silenciosamente e em seu material, o mesmo texto que você lerá em voz alta.  Lembre-se que seu objetivo nesse momento deve ser “convidar” os alunos à leitura de uma lenda e, para que possam ter prazer em ouvi-la e apreciá-la, é importante que você se prepare anteriormente para que possa encantá-los, e assim ler fluentemente, em bom volume e com entonação adequada.  Terminada a leitura, inicie uma roda de conversa, perguntando-lhes se: J conheciam ou não essa história; J conhecem uma outra versão dessa história; J sabem que tipo de história é (observe se vão reconhecê-la como uma lenda); J conhecem outras lendas; J sabem algo sobre esse gênero.  Caso os alunos desconheçam esse gênero, é interessante não fazer uma exposição inicial a respeito, mas ajudá-los a observar o que caracteriza esse tipo de texto. Analise com eles: J qual é o tema da história; J que fenômeno explica; J como o explica: científica ou fantasticamente; J como organiza essa explicação: que elementos da natureza estão presentes, quem são as personagens, o que fazem na história, a que conclusão a narrativa conduz o leitor.

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 Após essa discussão, comente com eles a origem dessa lenda, nomeando-a como tal. Trata-se de uma lenda venezuelana, que pertence à tradição indígena dos waraos, que vivem na região Leste da Venezuela, no delta do rio Orinoco. Explique-lhes que ubá é um tipo de canoa indígena.

ATIVIDADE 1: PARA INÍCIO DE CONVERSA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Acompanhe com atenção a leitura do texto que seu professor fará.

Atividade do aluno

 Ajude os alunos a elencar as características desse gênero, chamando sua atenção para o fato de que está ligada ao surgimento do dia e da noite, personificados pelo sol e a lua.

O DONO DA LUZ No princípio, todo mundo vivia nas trevas. Os waraos procuravam o que comer na escuridão, e a única luz que conheciam provinha do fogo que obtinham da madeira. Não existiam então nem o dia nem a noite. Um dia, um homem que possuía duas filhas ficou sabendo que existia um jovem que era dono da luz. Então, chamou a filha mais velha e disse-lhe: – Vá até onde se encontra o jovem dono da luz e traga-o para mim. Ela fez sua trouxa e partiu. Mas encontrou pela frente muitos caminhos e acabou tomando um que a levou até a casa do veado. Ali conheceu o animal e acabou se distraindo a brincar com ele. Em seguida, voltou à casa do pai, porém sem trazer a luz. Então o pai decidiu enviar a filha mais nova. – Vá até onde se encontra o jovem dono da luz e traga-o para mim. A jovem tomou o caminho certo e, depois de muito andar, chegou à casa do dono da luz e disse-lhe: – Vim para conhecê-lo, ficar um pouco com você e obter a luz para meu pai. O dono da luz lhe respondeu: – Eu já esperava por você. Agora que chegou, viverá comigo. Então o jovem pegou um baú de junco que tinha a seu lado e, com muito cuidado, abriu-o. A luz iluminou imediatamente seus braços e seus dentes brancos. Iluminou também os cabelos e os olhos negros da jovem. Foi assim que ela descobriu a luz. O jovem, depois de mostrar a luz à moça, voltou a guardá-la.

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Atividade do aluno

Todos os dias, o dono da luz a tirava do baú para que se fizesse a claridade e ele pudesse se distrair com a jovem. E assim foi passando o tempo. Até que a moça se lembrou de que tinha de voltar para casa e levar ao pai a luz que viera buscar. O dono da luz, que já tinha ficado amigo da moça, deu a ela, de presente, a luz. – Tome a luz, leve-a para você. Assim poderá ver tudo. A jovem regressou à casa do pai e entregou-lhe a luz fechada no baú de junco. O pai pegou o baú, abriu-o e pendurou-o num dos paus que sustentavam a palafita em que moravam. De imediato, os raios de luz iluminaram a água do rio, as folhas dos mangues e os frutos do cajueiro. Quando, nos vários povoados do delta do rio Orinoco, espalhou-se a notícia de que existia uma família que possuía a luz, os waraos começaram a vir conhecê-la. Chegaram em suas ubás do rio Araguabisi, do rio Mánamo e do rio Amacuro. Eram ubás e mais ubás, cheias de gente e mais gente. Até que chegou um momento em que a palafita já não podia aguentar o peso de tanta gente maravilhada com a luz. E ninguém ia embora, pois ninguém queria continuar vivendo na escuridão, já que com a claridade a vida era muito mais agradável. Por fim, o pai das moças não pôde mais suportar tanta gente dentro e fora de sua casa. – Vou pôr um fim nisto – disse. – Todos querem a luz? Pois lá vai ela! E com um soco quebrou o baú e atirou a luz ao céu. O corpo da luz voou para o leste, e o baú, para o oeste. Do corpo da luz fez-se o sol, e do baú em que ela estava guardada surgiu a lua, cada um de um lado. Mas, como eles ainda estavam sob o impulso da força do braço que as lançara longe, sol e lua andavam muito rápido. O dia e a noite eram, assim, muito curtos, e a cada instante amanhecia e anoitecia. Então o pai disse à filha mais nova: – Traga-me uma tartaruga. Quando a tartaruga chegou às suas mãos, esperou que o sol estivesse sobre sua cabeça e lançou-a a ele, dizendo-lhe: – Tome esta tartaruga. É sua, é um presente que lhe dou. Espere por ela. A partir desse momento, o sol ficou esperando a tartaruguinha. E, no dia seguinte, ao amanhecer, viu-se que o sol caminhava lentamente, como a tartaruga, exatamente como anda hoje em dia, iluminando até que a noite chegue. (Fonte: Como surgiram os seres e as coisas, Coedição latino-americana, 1987.)

Agora, converse com seus colegas:  Vocês já conheciam essa história ou outra parecida com essa?  Qual é o tema dessa história?  Como ela explica o surgimento do dia e da noite?  Essa é uma explicação científica ou fantástica?

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 Quem são os personagens que a compõem?  Onde se passa toda a trama?  Por que você acha que os venzuelanos contavam essa história uns aos outros?  Você já ouviu falar na palavra LENDA? Sabe o que significa?

ETAPA 2: COMPARTILHANDO O PROJETO ATIVIDADE 2: COMPARTILHANDO O PROJETO E ORGANIZANDO O TRABALHO Objetivos  Conhecer o projeto que será desenvolvido na classe, bem como a maneira pela qual o trabalho será desenvolvido.  Planejar as ações que serão realizadas.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada coletivamente.  Quais os materiais necessários? Lousa, para anotar as etapas combinadas coletivamente. É interessante copiá-las depois em um cartaz que possa ser afi xado na classe, ao qual se possa retornar para conferir em que momento do projeto se encontram.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Solicite aos alunos que se sentem em círculo, pois vocês farão uma roda de conversa.  Retome com eles as conversas a esse respeito tidas até então, procurando envolvê-los no desenvolvimento do projeto. Explique que o projeto desse semestre será sobre LENDAS, como o texto que leram na aula anterior, e apresente o título do mesmo: “Uma lenda, duas lendas, tantas lendas...”.  Vocês têm várias opções para a escolha do produto final. Entretanto, aqui sugerimos uma coletânea das lendas preferidas pelo grupo, as quais serão reescritas e depois socializadas com a comunidade.  Apresente para os alunos o projeto que será desenvolvido, indicando: J título do projeto: “Uma lenda, duas lendas, tantas lendas...”; J produto final: elaboração de uma coletânea de lendas – que serão reescritas –, escolhidas entre aquelas de que a classe mais gostar.

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 Depois de apresentar o projeto, pergunte-lhes o que precisarão estudar para poder elaborar o produto final. Oriente-os para que cheguem a alguns conteúdos fundamentais: J precisarão saber o que é uma coletânea e como se organiza; J precisarão conhecer melhor as lendas para poder reescrevê-las de modo que fiquem bem interessantes para o leitor; J precisarão conhecer muitas lendas para poder escolher as que a classe mais gostar; J precisarão estudar como um livro pode ser organizado, para elaborarem um que todos queiram ler.  Registre os aspectos principais da discussão na lousa. Pergunte-lhes de que maneira acham que podem aprender sobre todos os aspectos que indicaram e anote as sugestões. Incorpore as sugestões na rotina programada para o desenvolvimento do projeto.  Planeje e organize com os alunos as possíveis etapas de trabalho: J definição do produto final considerando o destinatário do mesmo; J levantamento de possíveis fontes para conhecer melhor as lendas; lembre-os de que poderão contar com a comunidade para isso; J leitura de lendas diversas para poder escolher aquelas que irão para a coletânea; J escolha das lendas a serem reescritas; J reescrita das lendas; J revisão dos textos, para que todos possam ser lidos e compreendidos por qualquer pessoa; J organização e edição da coletânea; J apresentação do trabalho (a coletânea poderá circular entre as classes, na forma de intercâmbio, ou entre as casas dos alunos, para que possam ser compartilhadas também com suas famílias).  Explique, ainda, que esse projeto vai envolver atividades de vários tipos: leitura de textos feita pelo professor; roda de leitura, na qual eles apresentarão lendas que escolherem do acervo pessoal ou da sala de leitura da escola; atividades para reescrita de lendas; atividades para aprender a respeito da origem das lendas ao longo da história.

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ETAPA 3: AMPLIANDO OS SABERES SOBRE LENDAS ATIVIDADE 3A: CONHECENDO UM POUCO MAIS AS LENDAS (1) Objetivos  Ampliar conhecimento prévio sobre o gênero, discutindo sua definição e as diferentes origens.  Ampliar o repertório de lendas.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada coletivamente, com socialização de discussões ao final, para sistematização de conhecimentos.  Quais os materiais necessários? Textos a serem lidos, que constam das folhas da Atividade 3A.  Qual é a duração? Duas aulas de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos para apresentação das finalidades da atividade.  Oriente-os para que abram seu livro na página correspondente à Atividade 3A e façam a leitura compartilhada de cada uma das lendas apresentadas, acompanhando a leitura do professor  Leia com os alunos a lenda “Santo Tomás e o boi que voava”.  Depois, leia a lenda “Beowulf e o dragão”. Solicite que os alunos acompanhem a leitura. Aproveite para estabelecer relações com o filme (A lenda de Beowulf), lançado no começo de 2008. Pesquise sobre os atores, tire cópias de propagandas de lançamento publicadas no jornal, por exemplo.  Para terminar, leia “A lenda da vitória-régia”.  A cada leitura, recupere o contexto de produção das diferentes lendas, comentando com os alunos algumas informações: J “Santo Tomás e o boi que voava”: lenda que remonta aos primeiros séculos do Cristianismo, quando estas tinham a finalidade de relatar a vida dos santos ou mártires, de modo a oferecer bons exemplos de vida para as pessoas. Sua origem é latina (europeia). Trata-se de uma lenda do tipo religioso. J “Beowulf e o dragão”: lenda do povo dinamarquês, na qual um herói – Beowulf – salva a população de dragões assassinos. É uma lenda do tipo em que o herói é pessoa da comunidade, bravo, corajoso, que enfrenta perigos para

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salvar esse povo, tornando-se herói nacional. À diferença dos contos de fadas, o interesse do herói não é o bem-estar da princesa, mas de um povo todo. Machado (1994) informa que Beowulf é um herói típico das culturas primitivas, daqueles que saíam pelo mundo enfrentando perigos e matando monstros. A origem dessa lenda é nórdica e é do tipo extraordinário ou sobrenatural. J “A lenda da vitória-régia”: trata-se de lenda indígena que explica o surgimento da vitória-régia. As lendas indígenas, em geral, são muito próximas do mito, por explicarem aspectos da criação do mundo. Trata-se de uma lenda naturalista.  Na lousa, vá anotando os comentários relevantes sobre cada uma das lendas, chamando a atenção dos alunos para que observem: J a que época essa lenda se refere; J qual povo a conta; J qual seria a finalidade da lenda.  Peça que anotem, no quadro correspondente, as observações socializadas coletivamente, pois elas serão necessárias na aula seguinte. SANTO TOMÁS E O BOI QUE VOAVA

BEOWULF E O DRAGÃO

A LENDA DA VITÓRIA-RÉGIA

Época a qual se refere Origem

Atividade do aluno

Propósito

ATIVIDADE 3A: CONHECENDO UM POUCO MAIS AS LENDAS (1) NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

1. Acompanhe a leitura que seu professor fará da lenda intitulada “Santo Tomás e o boi que voava”. Sabendo que é uma lenda e conhecendo o seu título, de que você acha que esse texto tratará? Converse com seu professor e demais colegas a esse respeito.

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Contam os fastos da ordem de São Domingos que, achando-se Santo Tomás de Aquino na sua cela, no convento de São Jacques, curvado sobre obscuros manuscritos medievais, ali entrou, de repente, um frade folgazão, que foi exclamando com escândalo: – Vinde ver, irmão Tomás, vinde ver um boi voando! Tranquilamente, o grande doutor da igreja ergueu-se do seu banco. Deixou a cela e, vindo para o átrio do mosteiro, pôs-se a olhar o céu, protegendo os olhos com as mãos. Ao vê-lo assim, o frade jovial desatou a rir com estrondo.

Atividade do aluno

SANTO TOMÁS E O BOI QUE VOAVA

– Ora, irmão Tomás, então sois tão crédulo a ponto de acreditardes que um boi pudesse voar? – Por que não, meu amigo? – tornou o santo. E com a mesma singeleza, fora da sabedoria: – Eu preferi admitir que um boi voasse a acreditar que um religioso pudesse mentir. (Machado, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p. 97.)

2. Converse com seu professor e demais colegas sobre as seguintes questões:  Essa lenda se parece com as lendas que você conhecia? Em quê? Explique.  De que época você acha que é essa lenda?  Qual você acha que é a finalidade dela? 3. Agora, acompanhe a leitura que seu professor fará de outra lenda, intitulada “Beowulf e o dragão”. Comente com seus colegas: Você já ouviu falar nessa lenda? Quando? Conhece a história? Acompanhe a leitura a partir do texto apresentado a seguir.

BEOWULF E O DRAGÃO Havia um rei dinamarquês que era valente na guerra e sábio nos tempos de paz. Vivia num castelo esplêndido. Recebia muitos convites e dava festas maravilhosas. Mas tudo isso era bom demais para durar eternamente. Um dia, no final de uma festa, todos ouviram um ruído estranho. Era o dragão Grandel, que saíra do lago e entrara no castelo. Engoliu o primeiro homem que encontrou e gostou tanto do sangue humano que atacou muitos outros. Deixou um rastro vermelho como marca de sua passagem. Desse dia em diante, a vida no castelo mudou completamente. O terrível Grandel aparecia todas as noites, matava os homens, bebendo seu sangue, e carregava o corpo para o lago. Nem mesmo os guerreiros mais fortes conseguiam vencê-lo, e o castelo acabou sendo abandonado. Depois de doze anos, esta história chegou aos ouvidos de Beowulf, um cavaleiro jovem e corajoso, capaz de vencer trinta homens ao mesmo tempo.

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Atividade do aluno

Quando soube da desgraça que tinha se abatido sobre os súditos do rei dinamarquês, ficou comovido e não pensou duas vezes. Escolheu catorze combatentes e partiu para a Dinamarca. – Quem é você? – perguntou-lhe o rei. – Sou Beowulf, viemos libertá-lo do terrível Grandel. O rei sentiu o coração encher-se de esperança. Deu uma grande festa. Enquanto todos celebravam, um estranho assobio atravessou o castelo. As portas de ferro caíram por terra e o terrível Grandel entrou pela sala. Os olhos brilhavam, a boca cuspia fogo e as garras eram espadas que rasgavam o chão. Mas antes que ele conseguisse engolir um guerreiro, sentiu uma dor insuportável. Beowulf havia se lançado na direção do dragão e apertava sua garganta com uma força igual a de trinta homens. Grandel se retorceu, urrou, mas não conseguiu se soltar. Foi empurrado por Beowulf até o lago e morreu. O rei agradeceu ao herói e a vida voltou para o castelo. Mas no fundo do lago, uma velha feiticeira, a mãe de Grandel, resolveu vingar a morte de seu filho. Penetrou na grande sala do castelo e aprisionou o conselheiro do rei. – Caro Beowulf – disse o rei –, preciso novamente de sua ajuda. Nesse mesmo dia, Beowulf e o rei montaram a cavalo e foram até o lago. Boiando sobre as águas, estava a cabeça ensanguentada do conselheiro. Beowulf mergulhou imediatamente, até que chegou no antro dos monstros. Viu uma mulher horrorosa sentada em cima de ossadas humanas. Era a mãe de Grandel. A bruxa se atirou sobre ele. Beowulf foi mais rápido. Sua espada cortou a garganta da velha. Mas ela continuou a atacá-lo. Nisso, o cavaleiro avistou uma espada gigantesca. Agarrou-a e arrancou a cabeça da velha. Foi só então que ele viu, ao lado, o corpo monstruoso de Grandel. Beowulf também lhe cortou a cabeça e carregou-a até a superfície. Mas depois que Beowulf libertou a Dinamarca desse monstro sinistro, sentiu muitas saudades de seu próprio país. Seu tio havia acabado de morrer. E como ele era o único herdeiro, foi coroado rei. Governou durante cinquenta anos com sabedoria e justiça. Foi quando novamente recebeu notícias de que um dragão incendiava a Dinamarca. Não perdeu tempo. Convocou sua tropa e viajou para enfrentar o monstro. O animal o esperava. De sua garganta saíam chamas envenenadas e uma fumaça verde. Os cavaleiros de Beowulf apavoraram-se e fugiram; Beowulf viu-se só diante do monstro. Mas havia alguém a seu lado: Wiglaf, o mais jovem dos homens de sua tropa. Esquecendo-se da espada, Beowulf atacou o dragão com tanta força que nem parecia que havia envelhecido. O monstro grunhiu e o sangue escorreu do ferimento de sua garganta. Mesmo assim Beowulf foi atingi-lo com o golpe mortal e percebeu que sua espada havia se partido ao meio.

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– Estou a seu lado, meu rei. Era Wiglaf, que imediatamente atacou o dragão, ferindo-o mortalmente. O dragão estendeu a pata e atingiu o rei com suas garras venenosas. Beowulf sentiu o veneno penetrar nas profundezas de seu corpo. Antes que a vida o deixasse, disse: – Eu te nomeio rei, fiel Wiglaf. E como prova disso, aqui está o meu anel.

Atividade do aluno

Estava condenado. Então ouviu uma voz:

Estas foram as últimas palavras do célebre matador de dragões, Beowulf. Ele morreu tranquilo, porque sabia que seu sucessor era o mais corajoso de todos os homens, o melhor de todos os guerreiros, e que reinaria com justiça, trazendo felicidade a seu povo. (Machado, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p. 99-100.)

4. Converse com seu professor e demais colegas sobre as seguintes questões:  Essa lenda é mais parecida com as que você já conhecia? Em quê? Explique.  Em que essa lenda se parece com a que foi lida antes?  De que época você acha que é essa lenda?  De onde vem essa lenda? De que povo?  Qual você acha que é a finalidade dessa lenda? 5. Agora, acompanhe a leitura da “Lenda da vitória-régia”. Comente com seus colegas e professor: Você já conhece essa lenda? De que ela trata?

A LENDA DA VITÓRIA-RÉGIA A enorme folha boiava nas águas do rio. Era tão grande que, se quisesse, o curumim que a contemplava poderia fazer dela um barco. Ele era miudinho, nascera numa noite de grande temporal. A primeira luz que seus pequeninos olhos contemplaram foi o clarão azul de um forte raio, aquele que derrubara a grande seringueira, cujo tronco dilacerado até hoje ainda lá estava. “Se alguém deve cortá-la, então será meu filho, que nasceu hoje”, falou o cacique ao vê-la tombada depois da procela. Ele será forte e veloz como o raio e, como este, ele deverá cortá-la para fazer o ubá com que lutará e vencerá a torrente dos grandes rios...” Talvez, por isso, aquele curumim tão pequenino já se sentisse tão corajoso e capaz de enfrentar, sozinho, os perigos da selva amazônica. Ele caminhava horas, ao léu, cortando cipós, caçando pequenos mamíferos e aves; porém, até hoje, nos seus sete anos, ainda não enfrentara a torrente do grande rio, que agora contemplava.

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Atividade do aluno

Observando bem aquelas grandes folhas, imaginou navegar sobre uma delas, e não perdeu tempo. Pisou com muito cuidado – os índios são sempre muito cautelosos – e, sentindo que ela suportava o seu peso, sentou-se devagar, e com as mãozinhas improvisou um remo. Desceu rio abaixo. É verdade que a correnteza favorecia, mas, contudo, por duas vezes quase caiu. Nem por isso se intimidou. Navegou no seu barco vegetal até chegar a uma pequena enseada onde avistou a mãe e outras índias que, ao sol, acariciavam os curumins quase recém-nascidos embalando-os com suas canções, que falam da lua, da mãe-d’água do sol e de certas forças naturais que muito temem. Saltando em terra, correu para junto da mãe, muito feliz com a façanha que praticara: “Mãe, tenho o barco. Já posso pescar no grande rio?” “Um barco? Mas aquilo é apenas um uapê; é uma formosa índia que Tupã transformou em planta.” “Como, mãe? Então não é o meu barco? Você sempre me disse que eu um dia haveria de ter meu ubá...” “Meu filho, o teu barco, tu o farás; este é apenas uma folha. É Naia, que se apaixonou pela lua...” “Quem é Naia?”, perguntou curioso o indiozinho. “Vou contar-te... Um dia, uma formosa índia, chamada Naia, apaixonou-se pela lua. Sentia-se atraída por ela e, como quisesse alcançá-la, correu, correu, por vales e montanhas atrás dela. Porém, quanto mais corriam, mais longe e alta ela ficava. Desistiu de alcançá-la e voltou para a taba. “A lua aparecia e fugia sempre, e Naia cada vez mais a desejava. “Uma noite, andando pelas matas ao clarão do luar, Naia se aproximou de um lago e viu, nele refletida, a imagem da lua. “Sentiu-se feliz; julgou poder agora alcançá-la e, atirando-se nas águas calmas do lago, afundou. “Nunca mais ninguém a viu, mas Tupã, com pena dela, transformou-a nesta linda planta, que floresce em todas as luas. Entretanto uapê só abre suas petalas à noite, para poder abraçar a lua, que se vem refletir na sua aveludada corola. “Vês? Não queiras, pois, tomá-la para teu barco. Nela irás, por certo, para o fundo das águas. “Meu filho, se se sentes bastante forte, toma o machado e vai cortar aquele tronco que foi vencido pelo raio. Ele é teu desde que nasceste. “Dele farás o teu ubá; então, navegarás sem perigo. “Deixa em paz a grande flor das águas...” Eis aí, como nasceu da imaginação fértil e criadora de nossos índios, a história da vitória-régia, ou uapê, ou iapunaque-uapê, a maior flor do mundo. (Machado, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p. 105-106.)

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 E essa lenda, é mais parecida com alguma das que você já conhecia? Em quê? Explique. Com a ajuda de seus colegas e também do professor, preencha o quadro a seguir. SANTO TOMÁS E O BOI QUE VOAVA

BEOWULF E O DRAGÃO

A LENDA DA VITÓRIA-RÉGIA

Atividade do aluno

6. Agora, converse com seu professor e demais colegas sobre as seguintes questões:

Época a qual se refere Origem Propósito

ATIVIDADE 3B: CONHECENDO UM POUCO MAIS AS LENDAS (2) Explique aos alunos que vocês lerão novamente cada uma das lendas da aula anterior para seguir a proposição das atividades. Faça a leitura compartilhada das mesmas e, depois, releia também com eles o quadro que preencheram sobre a época, origem e finalidade das lendas. A seguir, organize os alunos em duplas e explique-lhes que, a partir do quadro anterior, deverão comparar as três lendas e preencher uma nova tabela, analisando o que as lendas apresentadas têm em comum e o que têm de diferente. Sugestão de preenchimento do quadro: QUADRO COMPARATIVO DAS TRÊS LENDAS O QUE AS LENDAS TÊM EM COMUM?

O QUE AS LENDAS TÊM DE DIFERENTE?

 Todas têm um ensinamento a passar para o leitor: o exemplo da crença contra a mentira; o exemplo da coragem e fidelidade a um povo; o exemplo da crença enganosa nas aparências.  Nenhuma delas tem autor.  Todas explicam aspectos da cultura de um povo.  Os protagonistas são seres humanos comuns.  Os fatos narrados são tratados como episódios da vida real de um povo, e não como invenções.

 Cada lenda tem uma origem diferente.  Todas utilizam personagens como exemplos de referência para os ensinamentos, mas são muito diferentes entre si: um santo, um herói guerreiro; uma pessoa comum da tribo.  Em duas delas há a presença de elemento extraordinário.

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Atividade do aluno

Quando todos tiverem terminado, oriente-os a formar um grande grupo novamente, para que possam socializar o que cada dupla descobriu.

ATIVIDADE 3B: CONHECENDO UM POUCO MAIS AS LENDAS (2) NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Para realizar esta atividade, você lerá novamente, com seu professor, as lendas da aula anterior. Depois, reúna-se com seu colega e procure descobrir o que as três histórias têm em comum e quais são as diferenças entre elas. A seguir, converse com ele e organizem, na tabela abaixo, as informações levantadas. QUADRO COMPARATIVO DAS TRÊS LENDAS O QUE AS LENDAS TÊM EM COMUM?

O QUE AS LENDAS TÊM DE DIFERENTE?

ATIVIDADE 3C: AMPLIANDO O REPERTÓRIO DE LENDAS Objetivos  Ampliar o repertório sobre lendas.  Identificar expressões linguísticas presentes nas lendas.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade inicialmente é coletiva, e os alunos podem permanecer em suas carteiras. Depois, eles se organizarão em duplas, previamente definidas pelo professor.

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 Quais os materiais necessários? Texto que será lido, que consta da folha de Atividade 3C; lendas lidas anteriormente que se encontram no livro do aluno, caderno de classe, quadro comparativo das três últimas lendas lidas.  Qual é a duração? Uma aula de 60 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos para apresentação das finalidades da atividade.  Oriente-os para que saibam que, no primeiro momento, trabalharão coletivamente e, depois, em duplas indicadas por você. Planeje-as de modo que os alunos possam colaborar um com o outro; não se esqueça também de analisar se a interação entre a dupla pode ser efetivamente produtiva.  Leia a lenda com os alunos. Informe-os que é de origem tupi, que era uma nação indígena que, depois, uniu-se aos guaranis, dando origem à nação tupi-guarani.  Pergunte a eles se entenderam a lenda, se têm algum aspecto para comentar e, em seguida, retome o quadro analítico que compara as três lendas lidas na Atividade 3A, recuperando as características indicadas como comuns aos três textos. Retome cada ponto e analise “A lenda do papagaio Crá-Crá” em cada um de seus aspectos: J O que essa lenda procura explicar? J Qual aspecto da cultura do povo brasileiro essa lenda revela? J Quem são os protagonistas, as personagens? J Os fatos narrados são tratados como episódios comuns da vida das pessoas?  Terminada a leitura e a discussão, lembre-se de registrar o nome da lenda na lista-inventário elaborada com os nomes das lendas lidas até o momento. Esta lenda comporá o inventário e, ao final das leituras, será uma das que poderão – ou não – compor a coletânea da classe. Essa decisão será tomada posteriormente, quando o repertório estiver composto.  Após esse momento, inicie a análise coletiva da escrita dessa lenda, salientando a presença da ênclise na utilização dos pronomes, como por exemplo: assou-os, sapecaram-lhe, comendo-os.  Depois disso, chame a atenção dos alunos para as expressões utilizadas no texto, como, encontrou em vez de achou; sapecaram-lhe, para dizer que queimaram de leve; arranhavam a garganta em vez de machucavam; os frutos em vez de as frutas etc.  Solicite aos alunos que registrem, em seu caderno, as expressões levantadas coletivamente por vocês. Quando tiverem terminado de identificar as expressões de “A lenda do papagaio Crá-Crá”, peça-lhes que se reúnam em duplas, previamente definidas por você, e complementem a lista de expressões analisando também outras duas lendas entre as que foram lidas até o momento. Quando tiverem terminado, socialize as informações observadas pelos alunos,

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Atividade do aluno

registrando, num cartaz, as expressões levantadas. Elas poderão ser úteis para consultas posteriores, quando as crianças tiverem que reescrever as lendas para a coletânea.

ATIVIDADE 3C: AMPLIANDO O REPERTÓRIO DE LENDAS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

1. Vocês lerão “A lenda do papagaio Crá-Crá”. Trata-se de uma lenda de origem indígena – tupi – e, à medida que foi sendo contada, acabou incorporada e transformada pelo povo, circulando, depois, pelo Brasil todo. Esse modo de contar, a linguagem presente nessa versão da lenda, é mais típico das regiões Sul e Sudeste do país.

A LENDA DO PAPAGAIO CRÁ-CRÁ Conta a lenda que, antigamente, morava em um vilarejo um menino muito guloso. Tudo que via, queria comer, e a gula era tanta, a pressa de comer era tamanha, que ele tinha costume de engolir a comida sem mastigá-la. Uma vez sua mãe encontrou frutos de batoí e assou-os na cinza. O filho, sem querer esperar, comeu todos os frutos, tirando-os diretamente do fogo e, como sempre, engoliu-os sem pestanejar. Os frutos do batoí são frutos cuja polpa viscosa se mantém quentíssima por muito tempo. Comendo-os tão quentes, sapecaram-lhe a garganta, de forma que doía muito e queimavam-lhe o estômago. O menino, tentando vomitar os frutos comidos, começou a fazer força para expulsá-los. Arranhava a garganta grunhindo crá-crá-crá! Mas os frutos não saíam... e entalaram na garganta, sufocando-o. No mesmo momento, cresceram-lhe as asas e as penas e ele tornou-se um papagaio. Voou pra longe. Até hoje pode-se ouvi-lo vagando pelas matas do lugar, voando e gritando “crá-crá-crá”! (Machado, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p. 105-106.)

2. Retome o quadro com as características das lendas analisadas e comente com seu professor e colegas: essa lenda contém as características comuns às demais lendas até o momento? Para explicar, procure responder às seguintes questões:

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ASPECTOS

INFORMAÇÕES OBSERVADAS

O que essa lenda procura explicar?

Esta lenda revela um aspecto da cultura do povo brasileiro. Qual é ele?

Atividade do aluno

ANALISANDO “A LENDA DO PAPAGAIO CRÁ-CRÁ”

Quem são os protagonistas? São pessoas comuns? Os fatos narrados são tratados como episódios comuns da vida das pessoas? Explique. Há outros aspectos importantes a ser considerados?

3. Com seus colegas e com a ajuda de seu professor, releia “A lenda do papagaio Crá-Crá” observando as expressões que foram utilizadas para contar a história. Anote-as em seu caderno. 4. Agora, sente-se com sua dupla de trabalho e procurem, em seu livro, as lendas que foram lidas. Escolha duas delas para fazer a mesma análise, anotando, cada um em seu caderno, as expressões interessantes que encontrarem. Depois, compartilhe o trabalho com os demais colegas da turma.

ATIVIDADE 3D: RODA DE LEITURA Objetivos  Ampliar o repertório de lendas da classe.  Apropriar-se de comportamento leitor nas atividades de apresentação e indicação de textos lidos.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade é coletiva; os alunos deverão ficar em círculo.  Quais os materiais necessários? Cada aluno com a obra que leu (livro retirado da Sala de Leitura, caso a escola a possua. Se assim não for, é necessário que o professor pesquise e indique uma biblioteca pública próxima à escola,

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para que os alunos possam fazer o empréstimo de livros). Cartaz de referência para inventário de lendas, para inclusão das lidas e identificação das que forem indicadas para a coletânea.  Qual é a duração? Cerca de duas aulas de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos sobre a finalidade da atividade e como ela se desenvolverá:

Parte A – 1a Aula  Explique aos alunos que deverão ir à Sala de Leitura (ou à biblioteca pública próxima à escola) e, com ajuda de um bibliotecário ou funcionário responsável, selecionar um livro que contenha uma ou mais lendas para realizar a leitura (é importante combinar esse momento com antecedência com a pessoa responsável).  A partir de sua escolha, realizar a leitura tendo claro o objetivo de indicar ou não o livro lido à sua turma. Para tanto, você, professor, poderá oferecer um roteiro para essa indicação conforme segue.

ROTEIRO PARA INDICAÇÃO DE LEITURA 1. Apresente a obra que você leu, informando: a. título; b. autor; c. editora; d. como a obra se organiza (só lendas brasileiras, só apresenta uma lenda etc.). Nesse momento você pode dar uma lida rápida no índice, se achar interessante para os colegas; não se esqueça também de mostrar-lhes o livro; e. se tem ilustrações, de que tipo são – observe se são pinturas, gravuras, fotografias; se são coloridas, se explicam ou não informações do texto (e mostre-as para seus colegas) – e dê a sua opinião sobre elas. 2. Comente a lenda que você leu, informando: a. título; b. origem da lenda (se houver informação sobre isso no livro); c. em que região costuma circular; d. tema, ensinamento ou fenômeno que explica; e. personagens; f. mostre as ilustrações da lenda; g. se há relações que se possa estabelecer com alguma lenda do inventário da classe ou outra que você conheça. 3. Apresente um pequeno resumo da lenda, comentando: a. se gostou ou não e por quê;

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b. se recomendaria – ou não – para compor a coletânea da classe, esclarecendo o motivo de sua afirmação ou negação; c. se quiser, pode ler um trecho da lenda também ou, pelo menos, aquele que você considerou mais interessante ou bonito.  Os alunos não precisam registrar por escrito todas essas informações. Mas é interessante que tenham um mapa de acompanhamento das leituras que fizerem de maneira independente, nas atividades de leitura de escolha pessoal, comentadas na roda.  Para tanto, você pode orientá-los para que tenham colado no caderno, ou arquivado em uma pasta, um roteiro como o da página seguinte. Esse mapa pode ser de grande valia para você acompanhar o desempenho de seu aluno quanto a preferências pessoais, extensão de obras que seleciona e complexidade das mesmas; quais obras ele conseguiu terminar, quais abandonou e por quê.  Na apresentação, esteja atento para o tipo de indicações que o aluno faz sobre o material lido, em especial, se ele recomenda que a lenda apresentada componha a coletânea ou não. Se ele recomendar, pode contar a lenda toda para a classe.  De qualquer maneira, ao final de cada apresentação, o título da lenda recomendada será registrado no inventário.

Parte B – 2a aula  Organize o revezamento entre eles, pois nem todos contarão o que leram nessa aula. Informe que a roda sempre se organizará pela apresentação de um dos três (ou quatro) grupos constituídos. Esses grupos, definidos a priori, deverão se apresentar segundo o cronograma combinado previamente.

ATIVIDADE 3D: RODA DE LEITURA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Agora você irá participar de uma roda de leitura. Você já sabe que, nesses momentos, deve comentar o que leu, recomendando – ou não – para seus colegas.

Atividade do aluno

 Defina um máximo de apresentações por dia, considerando o número de alunos da classe e o tempo disponível para essa aula.

Neste momento, estamos estudando lendas, e a sua tarefa foi selecionar uma obra na sala de leitura ou biblioteca pública e comentá-la, de maneira que essa obra possa, por um lado, compor nosso inventário de lendas e, por outro, ser indicada para compor a coletânea que a classe organizará.

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Atividade do aluno

Segue abaixo um roteiro de indicação de leitura para que você se oriente para executar essa atividade.

ROTEIRO PARA INDICAÇÃO DE LEITURA 1. Apresente a obra que você leu, informando: a. título; b. autor; c. editora; d. como a obra se organiza (só lendas brasileiras, só apresenta uma lenda etc.). Nesse momento você pode até dar uma lida rápida no índice, se achar interessante para os colegas; não se esqueça de mostrar-lhes o livro também; e. se tem ilustrações, de que tipo são – observe se são pinturas, gravuras, fotografias; se são coloridas, se explicam ou não informações do texto (mostre-as para seus colegas) e dê sua opinião sobre elas. 2. Comente a lenda que você leu, informando: a. título; b. origem da lenda (se houver informação sobre isso no livro); c. em que região costuma circular; d. tema, ensinamento ou fenômeno que explica; e. personagens; f. se constam ilustrações da lenda; g. se há relações que se possa estabelecer com alguma lenda do inventário da classe ou outra que você mesmo conheça. 3. Apresente um pequeno resumo da lenda, comentando: a. se gostou ou não e por quê; b. se recomendaria – ou não – para compor a coletânea da classe, explicando o motivo de sua afirmação ou negação; c. se quiser, pode ler um trecho da lenda também ou, pelo menos, aquele que você considerou mais interessante ou bonito. Ao final da apresentação, não esqueça de registrar a lenda lida no inventário da classe, caso ela tenha sido recomendada para compor a coletânea.

ATIVIDADE 3E: LENDAS DE OUTROS TEMPOS E LUGARES Objetivos  Ampliar o repertório sobre lendas.  Aprender a recontar oralmente um texto.  Comparar lendas de diferentes épocas e lugares.

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Planejamento  Como organizar os alunos? Inicialmente, divida a turma em pequenos grupos (quatro crianças no máximo, para que o trabalho seja mais produtivo).  Quais os materiais necessários? Textos que serão lidos e constam das folhas da Atividade 3E.  Qual é a duração? Duas aulas de 40 minutos (é recomendável prever também um terceiro momento, para avaliar o reconto feito para outras turmas).

Encaminhamento Parte A – 1a aula  Dividida a turma em grupos e inicie a atividade pedindo que abram seu livro na página em que se encontram os textos da Atividade 3E.  A seguir, comente com eles que a referida lenda tem o título “Narciso”, e levante possíveis antecipações que possam ser feitas a partir dele (é provável que já tenham ouvido esse nome ou algo a ele relacionado). Explique que essa lenda pertence à mitologia grega e é recontada desde a Antiguidade (para saber mais, leia as informações complementares a seguir). É interessante também mostrar-lhes, no mapa, onde fica a Grécia.  Solicite-lhes, então, que iniciem, individualmente, a leitura silenciosa da lenda. Terminada essa leitura, oriente-os a comentar, cada qual em seu grupo, o que compreenderam da história. Nesse momento, é interessante determinar um tempo para que ocorra a discussão em grupos, e também para socializar e listar, na lousa, alguns itens essenciais para orientar a observação dos alunos: J De que trata a lenda? J Quem são os personagens? J Onde se passa a história? J O que a lenda procura explicar? J Que outros comentários poderiam fazer a respeito dessa lenda?  Enquanto os alunos realizam essa discussão, é importante que você circule pela sala, ouça o que eles dizem e ajude-os a compreender melhor o que leram, mediando a conversa entre eles no sentido de ampliar seus elementos de análise.  Concluídas as conversas em pequenos grupos, é hora de socializar a análise do conto, pedindo que cada grupo relate o que foi observado. Nesse momento, é fundamental que o professor realize a mediação entre o que os alunos venham a comentar e os aspectos essenciais a serem analisados, ajudando-os a compreender bem o que leram. Sugerimos que a primeira aula dessa etapa seja concluída nesse momento.

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Para saber mais A lenda de Narciso, surgida provavelmente da superstição grega segundo a qual contemplar a própria imagem prenunciava má sorte, possui um simbolismo que fez dela uma das mais duradouras da mitologia grega. Narciso era um jovem de singular beleza, filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. No dia de seu nascimento, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria figura. Indiferente aos sentimentos alheios, Narciso desprezou o amor da ninfa Eco – segundo outras fontes, do jovem Amantis –, e seu egoísmo provocou o castigo dos deuses. Ao observar o reflexo de seu rosto nas águas de uma fonte, apaixonou-se pela própria imagem e ficou a contemplá-la até consumir-se. A flor conhecida pelo nome de Narciso nasceu, então, no lugar onde ele morrera. Em outra versão da lenda, Narciso contemplava a própria imagem para recordar os traços da irmã gêmea, morta tragicamente. Foi, no entanto, a versão tradicional, reproduzida no essencial por Ovídio em Metamorfoses, que se transmitiu à cultura ocidental por intermédio dos autores renascentistas. Parte B – 2a aula  Na aula seguinte, os alunos retomarão a lenda comentada, primeiramente acompanhando a leitura que você fará delas no livro de textos.  Explique-lhes que a proposta dessa aula é preparar-se para fazer o reconto oral dessa lenda para outras turmas. Para isso, é importante combinar a apresentação previamente com outros professores com os quais se possa fazer parceria para a atividade. Além do mais, é necessário organizar e combinar com a turma um cronograma de apresentações, a fim de não interferir na rotina de trabalho das classes colaboradoras.  Ao se preparar para o reconto, os alunos devem dominar bem o conteúdo da história, ou seja, devem conhecer em detalhes a lenda que irão recontar. Para isso, é importante que façam várias leituras da mesma. Sugerimos algumas modalidades: J ler duas vezes, silenciosamente, e outra, em voz alta, para os colegas de seu grupo; J ler, com os colegas do grupo, dramatizando a lenda (ler assumindo um dos personagens ou no papel de narrador); J ler a lenda em casa, como tarefa, para que alguém o ouça.  Dominando a narrativa em si, podem recontá-la aos colegas, primeiro em pequenos grupos, depois para o grupo todo, oferecendo-se espontaneamente. É importante orientá-los nesse reconto, chamando-lhes a atenção para que observem: J todas as partes (começo, meio e fim do conto) e as informações necessárias para que os ouvintes compreendam a história;

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J fluência de fala, tom de voz e expressividade ao caracterizar um personagem, diferenciando sua fala da do narrador; J altura da voz e postura corporal para que todos ouçam a lenda; J expressões linguísticas próprias da narrativa, que enriquecem o reconto.  Se houver possibilidade, é interessante gravar o reconto dos alunos, para que possam se ouvir, analisar e aprimorar o trabalho.  Enquanto um colega reconta, os demais devem observá-lo e apontar o que está adequado, sugerir melhorias e fazer apreciações sobre o modo de contar. Essa é uma situação interessante, de parceria e troca, mas que exige combinar previamente uma atitude positiva daqueles que se manifestarão a respeito do reconto alheio. Para isso, devem lembrar-se de incentivar quem fala, evitando risos ou comentários depreciativos.  Pode-se sugerir aos alunos que se caracterizem para a apresentação, preparando um cenário, vestindo-se a caráter ou providenciando objetos de cena que representem o ambiente onde a lenda se passa.

ATIVIDADE 3E: LENDAS DE OUTROS TEMPOS E LUGARES NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 A seguir, proceder para o reconto nas respectivas turmas e horários, fazendo uma posterior avaliação coletiva do mesmo.

1. Leia, silenciosamente, a lenda sobre um conhecido personagem da mitologia grega chamado Narciso.

NARCISO Mitologia grega

Há muito tempo, na floresta, passeava Narciso, o filho do sagrado rio Kiphissos. Era lindo, porém tinha um modo frio e egoísta de ser. Era muito convencido de sua beleza e sabia que não havia no mundo ninguém mais bonito que ele. Vaidoso, a todos dizia que seu coração jamais seria ferido pelas flechas de Eros, filho de Afrodite, pois não se apaixonava por ninguém. As coisas foram assim até o dia em que a ninfa Eco o viu e imediatamente se apaixonou por ele.

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Atividade do aluno

Ela era linda, mas não falava; o máximo que conseguia era repetir as últimas sílabas das palavras que ouvia. Narciso, fingindo-se de desentendido, perguntou: – Quem está se escondendo aqui perto de mim? – … de mim – repetiu a ninfa assustada. – Vamos, apareça! – ordenou. – Quero ver você! – … ver você! – repetiu a mesma voz em tom alegre. Assim, Eco aproximou-se do rapaz. Mas nem a beleza e nem o misterioso brilho nos olhos da ninfa conseguiram amolecer o coração de Narciso. – Dê o fora! – gritou, de repente. – Por acaso pensa que eu nasci para ser um da sua espécie? Sua tola! – Tola! – repetiu Eco, fugindo de vergonha. A deusa do amor não poderia deixar Narciso impune depois de fazer uma coisa daquelas. Resolveu, pois, que ele deveria ser castigado pelo mal que havia feito. Um dia, quando estava passeando pela floresta, Narciso sentiu sede e quis tomar água. Ao debruçar-se num lago, viu seu próprio rosto refetido na água. Foi naquele momento que Eros atirou uma flecha direto em seu coração. Sem saber que o reflexo era de seu próprio rosto, Narciso imediatamente se apaixonou pela imagem. Quando se abaixou para beijá-la, seus lábios se encostaram na água e a imagem se desfez. A cada nova tentativa, Narciso ia ficando cada vez mais desapontado e recusando-se a sair de perto da lagoa. Passou dias e dias sem comer nem beber, ficando cada vez mais fraco. Assim, acabou morrendo ali mesmo, com o rosto pálido voltado para as águas serenas do lago. Esse foi o castigo do belo Narciso, cujo destino foi amar a si próprio. Eco ficou chorando ao lado do corpo dele, até que a noite a envolveu. Ao despertar, Eco viu que Narciso não estava mais ali, mas em seu lugar havia uma bela flor perfumada. Hoje, ela é conhecida pelo nome de “narciso”, a flor da noite. Agora, comente essa lenda com seus colegas, observando:  De que trata a lenda?  Quem são os personagens?  Onde se passa a história?  O que a lenda procura explicar?  Que outros comentários poderiam ser feitos a respeito dessa lenda? Agora, acompanhe, com atenção, a leitura que seu professor fará dessa lenda. A seguir, prepare-se para recontá-la a colegas de outras turmas.

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ATIVIDADE 3F: AS LENDAS E O FANTÁSTICO UNIVERSO INDÍGENA Objetivos  Ampliar o repertório de lendas.  Descrever um personagem.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade é coletiva e os alunos podem permanecer em suas carteiras.  Quais os materiais necessários? Texto que será lido, que consta da folha de Atividade 3F.  Qual é a duração? Uma aula de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos para apresentação das finalidades da atividade. Oriente-os informando que, no primeiro momento, trabalharão coletivamente e, a seguir, em duplas indicadas por você. Planeje-as de modo que os alunos possam colaborar um com o outro na produção do texto. Não se esqueça também de analisar se a interação entre a dupla pode resultar efetivamente produtiva.  Leia a lenda com a classe, em voz alta, apresentando as indicações fundamentais de sua origem, que constam do texto inicial das atividades dos alunos. Terminada a leitura, converse com eles sobre o que entenderam da lenda, perguntando-lhes: J Vocês já conheciam essa história ou outra como essa? J Qual é o tema dessa história? J O que essa lenda explica? J Essa é uma explicação científica ou fantástica? J Quem são as personagens que a compõem? J Onde se passa a trama? J A lenda começa dizendo que “Certo índio da aldeia de Guaraíra, em momento de retorno sentimental à vida selvagem, esquecido das lições que recebia, matou uma criança. Matou e comeu...”. Você imagina por que ele matou uma criança e a comeu? Já ouviu falar em ANTROPOFAGIA? J Por que você acha que os portugueses queriam tanto fazer com que os índios brasileiros abandonassem o hábito canibal? Essa lenda explica o surgimento do peixe-boi, e o faz de modo fantástico. Traz também a questão da antropofogia indígena, e é preciso contextualizá-la aos alunos

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como o hábito de comer carne humana, também conhecido como canibalismo, eliminado da prática indígena pelo processo de catequização portuguesa. Ao tocar nesse assunto, é importante eximir-se de conotações moralistas, abordando apenas aspectos culturais e sociológicos, ampliando a concepção dos alunos, provavelmente fundamentada no de senso comum (para saber mais, consulte as informações abaixo). Ao fim da discussão sobre a lenda, faça um levantamento do que os alunos já sabem a respeito do peixe-boi, se já o viram etc. Depois proponha que realizem, por escrito, sua descrição. Para isso, deverão sentar-se em duplas predefinidas e combinar o que irão escrever. Oriente-os a consultar a imagem para ampliar sua observação.

Para saber mais LAGOA DAS GUARAÍRAS Ao chegar ao litoral de Tibau do Sul, próximo ao porto ou no mirante do pórtico da cidade, a primeira paisagem que se avista é a das mansas águas da Lagoa das Guaraíras. Essa lagoa, que já teve suas águas puramente doces e, devido aos desígnios da natureza, foi aberta ao mar, hoje é uma das principais atrações de Tibau do Sul. Além de servir de rota para a praia de Malembá e destinos mais distantes, como Natal (pela beira-mar), a lagoa é base de uma das mais importantes atividades econômicas do município, a carcinicultura (criação de camarões). As águas das Guaraíras banham quatro municípios, e a pesca artesanal, feita em canoas, é um show à parte a se assistir. Mas a Lagoa das Guaraíras também se serve do turismo, com longos passeios de barco, lancha e canoa, pesca esportiva e até bananaboat. Ela possui vários portos e ancoradouros em toda a sua extensão e uma história de batalhas, tragédias e reconstrução, existindo até uma ilha histórica, a do Flamengo, com ruínas de um forte holandês. A fauna e a flora são privilegiadas, pois a lagoa tem uma extensa área de mangue, fonte de alimentos e berço de diversas espécies.

Antropofagia é o ato de consumir uma parte, várias partes ou a totalidade de um ser humano. O sentido etimológico original da palavra “antropófago” (do grego anthropos, “homem”, e phagein, “comer”) foi sendo substituído pelo uso comum, que designa o caso particular de canibalismo na espécie humana. A prática, conforme afirmam antropólogos e arqueólogos, era encontrada em algumas comunidades ao redor do mundo. Foram encontradas evidências na África, América do Sul, América do Norte, ilhas do Pacífico Sul e nas Caraíbas (ou Antilhas). Na maioria dos casos, consiste num tipo de ritual religioso/ mágico como uma forma de prestar seu respeito e desejo de adquirir as suas características. Nos dias atuais, os poucos casos de canibalismo de humanos registrados na história da sociedade ocidental moderna estão ligados a situações-limites,

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satisfação do instinto de sobrevivência do indivíduo perante uma opção de vida ou morte. Exemplo disso ocorreu em 1972, quando um avião da Força Aérea do Uruguai, que transportava a seleção de rúgbi, despenhou na Cordilheira dos Andes. Apenas 16 pessoas se salvaram. O estoque de alimentos a bordo acabou rapidamente, e o único meio encontrado pelo grupo para sobreviver foi recorrer aos corpos dos colegas mortos. Do ponto de vista legal, o canibalismo de humanos, quando não se trata de uma situação-limite, enquadra-se como crime de mutilação e profanação de cadáver e um grave desrespeito pela dignidade da pessoa humana. Segundo os valores da sociedade ocidental, é um ato repugnante e imoral. Na época em que os portugueses chegaram ao Brasil, havia na terra algumas tribos de índios canibais. Mas os nativos não viam a carne humana como um mero petisco. Eles devoravam seus inimigos por vingança e acreditavam que, ao comer seu corpo, adquiriam o seu poder, os seus conhecimentos e as suas qualidades. Desta forma, não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes. O processo de catequese promovido pelos jesuítas acabou com o canibalismo no Brasil. Hoje em dia, a tribo dos ianomâmis ainda conserva o hábito de comer as cinzas de um amigo morto em sinal de respeito e afeto.

ATIVIDADE 3F: AS LENDAS E O FANTÁSTICO UNIVERSO INDÍGENA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

(Disponível em: <http://www. wikipedia.org/>.)

1. Acompanhe a leitura que seu professor fará de “A lenda da Lagoa das Guaraíras” Trata-se de uma história da época da colonização brasileira, do tempo em que os portugueses aqui chegaram. Com eles vieram os padres jesuítas, que começaram a catequizar os índios. Você sabe o que é “catequizar”? Catequização: instrução que os jesuítas – padres portugueses que vieram para o Brasil assim que foi descoberto – davam aos índios, para ensinar-lhes a religião cristã. Essa instrução era dada oralmente, por meio de histórias bíblicas. No processo de catequização, os portugueses pretendiam que os índios abandonassem traços de sua cultura e assumissem os costumes portugueses. Essa lenda fala um pouco disso: da ameaça que representava para os portugueses a antropofagia, que era o costume de os índios comerem carne humana, e de como consideravam importante que esse traço cultural fosse eliminado.

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Atividade do aluno

A LENDA DA LAGOA DAS GUARAÍRAS Certo índio da aldeia de Guaraíra, em momento de retorno sentimental à vida selvagem, esquecido das lições que recebia, matou uma criança. Matou e comeu. O povo e os parentes da pequena vítima reagiram veementemente. Não preocupavam, àquela altura, se prejudicariam o trabalho paciente, mas superficial, dos padres da Companhia Jesuítica. A família queria que fossem tomadas providências para terminar com a tradição cultural da antropofagia, que recomeçara sem que se esperasse, ameaçando a cultura branca europeia. O superior da Missão não pôde se omitir na circunstância, mas não podia usar de violência, segundo a norma invariavelmente adotada nos métodos da catequese dos discípulos de Santo Inácio. Tinha, porém, que impor o castigo exigido. E mandou que o índio, farto das carnes da criança, ficasse dentro d’água até que fosse chamado. Assim, o índio ficou lá, mas quando procurado não foi encontrado. Foi quando começou a aparecer nas águas da lagoa um peixe-boi indo e vindo de um lado para o outro. Alta noite, o que se ouvia, subindo das águas salgadas da lagoa, era o gemido pavoroso de tremer, horripilante, dolorido, inesquecível. O castigo devia perdurar por muitos anos, segundo sentença do missionário. Os pescadores iam pescar e voltavam; a rede, enxuta, sem peixe nenhum. Antes mesmo de eles lançarem a rede, o peixe-boi aparecia varejando a canoa com toda a velocidade possível. De lá de baixo subia o gemido cortante, agoniado e rouco, como se alguém estivesse afogando. Era o índio que devorara a criança. Os gemidos eram mais feios, mais lancinantes, pungentes, mais magoados nas noites de luar. E quando a mareta se erguia, via-se ao reflexo da lua o dorso do peixe-boi que subia à superfície. O pior era a incerteza. O peixe-boi aparecia em toda a parte. Uma noite estava lá no canto do Borquei. Outra, no córrego das Capivaras. Na Barra do Tibau, em especial, vinham aos ouvidos os urros tremendamente feios, medonhos, apavorantes!!! Singular destino dessa lagoa. Quando menos se espera, o mar a devolve. Depois retoma. Tudo é um precioso mistério. Em Tibau do Sul, Rio Grande do Norte, na Lagoa das Guaraíras. (Adaptado de “Crônicas” por Hélio Galvão (Derradeiras cartas da praia). Disponível em: <http://ifolclore.vilabol.uol.com.br/lendas/index.htm>. Acesso em: 27 dez. 2007. Gravuras de Hans Stadem, Viagens ao Brasil. Marburgo, 1556.)

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3. Agora, sente-se com sua dupla de trabalho e, juntos, façam a descrição do peixe-boi. Vocês podem consultar as imagens para realizar a tarefa.

O PEIXE-BOI

Atividade do aluno

2. Pense e converse com seus colegas: Esta lenda contém as características comuns às demais lendas lidas até o momento? Por que isso acontece?

ATIVIDADE 3G: NOVA RODA DE LEITURA Objetivos  Ampliar o repertório de lendas da classe.  Apropriar-se de comportamento leitor nas atividades de apresentação e indicação de textos lidos.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade é coletiva; os alunos deverão ficar em círculo.  Quais os materiais necessários? Cada aluno ficará com a obra que leu. Cartaz de referência para inventário de lendas, para inclusão das lidas e identificação das que forem indicadas para a coletânea.  Qual é a duração? Duas aulas de 40 minutos.

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Encaminhamento  Os mesmos apresentados para a Atividade 3D.  Observação: Não serão apresentadas orientações específicas para a página do aluno. Siga as orientações que constam da página do aluno prevista para a Atividade 3D.

ATIVIDADE 3H: COMPARANDO VERSÕES DE UMA LENDA Objetivos  Ampliar o repertório de lendas.  Comparar duas versões de uma lenda.  Analisar recursos de linguagem diferenciados para expressar ideias similares.

Planejamento  Como organizar os alunos? Inicialmente, a atividade é coletiva, e os alunos podem permanecer em suas carteiras. Num segundo momento, eles deverão reunir-se em duplas indicadas pelo professor. Devido ao volume dos textos desta atividade e considerando a necessidade de análise detalhada de recursos linguísticos, é importante formar duplas heterogêneas, garantindo que um par com menor fluência de leitura e compreensão tenha o suporte de um leitor mais competente.  Quais os materiais necessários? Textos que serão lidos e constam da folha de Atividade 3H.  Qual é a duração? Duas aulas de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos para apresentação das finalidades da atividade. Oriente-os para que saibam que, no primeiro momento, trabalharão coletivamente e, depois, nas duplas indicadas por você.  Planeje as duplas de modo que os alunos possam colaborar um com o outro na produção do texto. Não se esqueça também de analisar se a interação entre os componentes da dupla pode resultar efetivamente produtiva.

Parte A – 1a aula  Antes de iniciar a leitura propriamente, reúna os alunos e converse com eles, contextualizando algumas questões importantes sobre a lenda dessa aula. J Explique que esta é a mais popular e a única lenda genuinamente gaúcha, mostrando-lhes a que estado brasileiro se refere. Ela manifesta o repúdio

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aos maus-tratos no ser humano. Reflete a consciência do povo gaúcho que deliberadamente condenou a agressão e a brutalidade da escravidão. J A lenda do Negrinho do Pastoreio também é contada no Uruguai e na Argentina, lugares onde praticamente a escravidão inexistiu. Essa “exportação” ocorreu devido à sua beleza e proximidade territorial. J A versão mais antiga dessa história é a de propriedade de Apolinário Porto Alegre, “O crioulo do Pastoreio”, de 1875, quando ainda existia a escravidão no país. João Simões Lopes Neto publicou, em 1913, as Lendas do Sul, fazendo algumas alterações, como introduzir o baio, as corujas e a Nossa Senhora. J Essas informações podem ser encontradas na obra de J. Simões Lopes Neto e também em Lendas brasileiras, de Câmara Cascudo. A seguir, leia a primeira versão da lenda para os alunos, em voz alta, orientando a análise das expressões e palavras do texto, de modo que possam perceber as expressões típicas da variedade local gaúcha. Saliente que essa é uma marca interessante das lendas, dado que no texto caracteriza a variedade da região – ou época – na qual a lenda circula (ou circulou) preferencialmente, em especial, porque essas lendas são transmitidas de forma oral. É provável que os alunos precisem de ajuda para compreender várias expressões que aparecem nessa versão. É uma boa oportunidade para acionar estratégias de leitura, como inferir significados pelo contexto. Explore-os, oralmente, com os alunos.  Certifique-se que compreenderam questões essenciais, como: J Qual é o tema dessa história? J Como ela explica o surgimento desse ícone religioso? J Essa é uma explicação científica, fantástica ou de fé? J Eles conhecem alguma outra lenda similar? J Quem são os personagens que a compõem? J Onde se passa a trama? A seguir, peça que se reúnam em duplas previamente definidas e leiam juntos a segunda versão. Chame a atenção das crianças para que observem que a história é essencialmente a mesma, mas podem aparecer variações, tanto em relação ao conteúdo da história, quanto em relação à linguagem utilizada para construir a narrativa. Oriente-os para que analisem também as semelhanças entre as duas versões.

Parte B – 2a aula  Retome com os alunos as duas versões, fazendo uma leitura compartilhada, mas corrida, das mesmas.  Socialize as variações de conteúdo e linguagem que observaram na aula anterior e peça que façam anotações dessas semelhanças e diferenças em seu caderno, enquanto discutem. A hablidade de discutir e fazer anotações simultaneamente é um procedimento interessante, que favorece bons hábitos de estudo, mas que precisa de orientação. Por isso, faça o registro escrito, na lousa,

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Atividade do aluno

do que considera importante anotar, enquanto os alunos fazem o mesmo em seus cadernos.

ATIVIDADE 3H: COMPARANDO VERSÕES DE UMA LENDA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

1. Seu professor lerá para você uma lenda intitulada “O Negrinho do Pastoreio”. Trata-se de uma lenda meio africana, meio cristã, muito contada no final do século XIX pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular no Sul do Brasil, em especial no Rio Grande do Sul.

O NEGRINHO DO PASTOREIO No tempo dos escravos, havia um estancieiro muito ruim, que levava tudo por diante, a grito e a relho. Naqueles fins de mundo, fazia o que bem entendia, sem dar satisfação a ninguém. Entre os escravos da estância havia um negrinho, encarregado do pastoreio de alguns animais, coisa muito comum nos tempos em que os campos de estância não conheciam cerca de arame; quando muito, havia apenas alguma cerca de pedra erguida pelos próprios escravos, que não podiam ficar parados, para não pensar bobagem... No mais, os limites dos campos eram aqueles colocados por Deus Nosso Senhor: rios, cerros, lagoas. Pois de uma feita, o pobre negrinho, que já vivia as maiores judiarias nas mãos do patrão, perdeu um animal no pastoreio. Pra quê! Apanhou uma barbaridade atado a um palanque e, depois, cai-caindo, ainda foi mandado procurar o animal extraviado. Como a noite vinha chegando, ele agarrou um toquinho de vela e uns avios de fogo, com fumo e tudo, e saiu campeando. Mas nada! O toquinho acabou, o dia veio chegando e ele teve que voltar para a estância. Então, foi outra vez atado ao palanque e dessa vez apanhou tanto que morreu, ou pareceu morrer. Vai daí, o patrão mandou abrir a “panela” de um formigueiro e atirar lá dentro, de qualquer jeito, o pequeno corpo do negrinho, todo lanhado de laçaço e banhando em sangue. No outro dia, o patrão foi com a peonada e os escravos ver o formigueiro. Qual não é a sua surpresa ao ver o Negrinho do Pastoreio: ele estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos.

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Desde aí, o Negrinho do Pastoreio ficou sendo o achador das coisas extraviadas. E não cobra muito: basta acender um toquinho de vela, ou atirar num canto qualquer naco de fumo. (Domínio público)

2. Converse com seu professor e colegas:

Atividade do aluno

O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão da santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.

 Qual é o tema dessa história?  Como ela explica o surgimento desse ícone religioso?  Essa é uma explicação científica, fantástica ou de fé?  Eles conhecem alguma outra lenda similar?  Quem são os personagens que a compõem?  Onde se passa a trama? 3. Agora você lerá outra versão dessa mesma história. Fique atento e observe semelhanças e diferenças entre elas, considerando que podem ser de conteúdo ou na linguagem, isto é, as histórias podem trazer informações divergentes ou dizer o mesmo de outro modo. Depois, você registrará suas descobertas no caderno.

NEGRINHO DO PASTOREIO Era o tempo da escravidão, e um menino negrinho, pretinho que nem carvão, humilde e raquítico era escravo de um fazendeiro muito rico, mas por demais avarento. Se alguém necessitasse de um favor, não se podia contar com este homem. Não dava um níquel a ninguém e seu coração era a morada de uma pedra, não nutria qualquer sentimento por ninguém, a não ser por seu filho, um menino tão malvado quanto seu pai, pois, afinal, a fruta nunca cai muito longe da árvore. Estes dois eram extremamente perversos e maltratavam o menino-escravo desde o raiar do dia, sem lhe dar trégua. Este jovenzinho não tinha nome, porque ninguém se deu sequer o trabalho de pensar algum para ele; assim, respondia pelo apelido de “Negrinho”. Seus afazeres não eram condizentes com seu porte físico, não parava o dia inteiro. O sol nascia e lá já estava ele ocupado com seus afazeres e mesmo ao se pôr, ainda se encontrava o Negrinho trabalhando. Sua principal ocupação era pastorear. Depois de encerrar seu laborioso dia, juntava os trapos que lhe serviam de cama e recebia um mísero prato de comida, que não era suficiente para repor as energias perdidas pelo sacrificado trabalho. Mesmo sendo tão útil, considerado mestre do laço e o melhor peão-cavaleiro de toda a região, o menino era inúmeras vezes castigado sem piedade. Certa vez, o estanceiro atou uma carreira com um vizinho que se gabava de possuir um cavalo mais veloz que seu baio. Foi marcada a data da corrida, e o

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Atividade do aluno

Negrinho ficou encarregado de treinar e montar o famoso baio, pois sabia seu patrão não haver ninguém mais capaz que ele para tal tarefa. Chegando o grande dia, todos os habitantes da cidade, vestindo suas roupas domingueiras, se alojaram na cancha da carreira. Palpites discutidos, apostas feitas, inicia-se a corrida. Os dois cavalos saem emparelhados. Negrinho começa a suar frio, pois sabe o que lhe espera se não ganhar. Mas, aos poucos, toma a dianteira e quase não há dúvida de que seria vencedor. Mas eis que o inesperado acontece: algo assusta o cavalo, que para, empina e quase derruba Negrinho. Foi tempo suficiente para que seu adversário o ultrapassasse e ganhasse a corrida. E agora? O outro cavalo venceu. Negrinho tremia feito “vara verde” ao ver a expressão de ódio nos olhos de seu patrão. Mas o fazendeiro, sem saída, deve cobrir as apostas e põe a mão no lugar que lhe é mais caro: o bolso. Ao retornarem à fazenda, o Negrinho tem pressa para chegar à estrebaria. – Aonde pensa que vai? – pergunta-lhe o patrão. – Guardar o cavalo, sinhô! – balbuciou bem baixinho. – Nada feito! Você deverá passar trinta dias e trinta noites com ele no pasto e cuidará também de mais trinta cavalos. Será seu castigo pelo meu prejuízo. Mas ainda tem mais. Passe aqui que vou lhe aplicar o devido corretivo. O homem apanhou seu chicote e foi em direção ao menino: – Trinta quadras tinham a cancha da corrida, trinta chibatadas vais levar no lombo e depois trate de pastorear a minha tropilha. Lá vai o pequeno escravo, doído até a alma levando o baio e os outros cavalos a caminho do pastoreio. Passou dia, passou noite, choveu, ventou e o sol torrou-lhe as feridas do corpo e do coração. Nem tinha mais lágrima para chorar e então resolveu rezar para a Nossa Senhora, pois como não lhe foi dado nome, dizia-se afilhado da Virgem. E foi a “santa solução”, pois Negrinho aquietou-se e então, cansado de carregar sua cruz tão pesada, adormeceu. As estrelas subiram aos céus e a lua já tinha andado metade de seu caminho quando algumas corujas curiosas resolveram chegar mais perto, pairando no ar para observar o menino. O farfalhar de suas asas assustou o baio, que se soltou e fugiu, sendo acompanhado pelos outros cavalos. Negrinho acordou assustado, mas não podia fazer mais nada, pois ainda era noite e a cerração, como um lençol branco, cobria tudo. E, assim, o negrinho-escravo sentou-se e chorou... O filho do fazendeiro, que andava pelas bandas, presenciou tudo e apressou-se em contar a novidade ao seu pai. O homem mandou dois escravos buscá-lo. O menino até tentou explicar o acontecido para o seu senhor, mas de nada adiantou. Foi amarrado no tronco e novamente açoitado pelo patrão, que depois ordenou que ele fosse buscar os cavalos. Ai dele que não os encontrasse!

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Danado como ele só e não satisfeito com o que já fizera ao escravo, o filho do fazendeiro aproveitou a oportunidade de praticar mais uma maldade: dispersar os cavalos. Feito isso, correu novamente até seu pai e contou-lhe que Negrinho havia encontrado os cavalos e os deixara fugir de propósito. A história se repete, e dois escravos vão buscá-lo, só que dessa vez seu patrão está decidido em dar cabo dele. Amarrou-o pelos pulsos e surrou-o como nunca. O chicote subia e descia, dilacerando a carne e picoteando-a como guisado. Negrinho não aguentou tanta dor e desmaiou. Achando que o havia matado, seu senhor não sabia que destino dar ao corpo. Enterrá-lo lhe daria muito trabalho e, avistando um enorme formigueiro, jogou-o lá. As formigas acabariam com ele em pouco tempo, pensou.

Atividade do aluno

Assim, Negrinho teve que retornar ao local do pastoreio e para ficar mais fácil sua procura, acendeu um toco de vela. A cada pingo dela, deitado sobre o chão, uma luz brilhante nascia em seu lugar, até que todo lugar ficou tão claro quanto o dia e lhe foi permitido, desta forma, achar a tropilha. Amarrou o baio e, gemendo de dor, jogou-se ao solo desfalecido.

No dia seguinte, o cruel fazendeiro, curioso para ver de que jeito estaria o corpo do menino, dirigiu-se até o formigueiro. Qual sua surpresa quando o viu em pé, sorrindo e rodeado pelos cavalos e o baio perdido. O Negrinho montou-o e partiu a galope, acompanhado pelos trinta cavalos. O milagre tomou o rumo dos ventos e alcançou o povoado, que se alegrou com a notícia. Desde aquele dia, muitos foram os relatos de quem viu o Negrinho passeando pelos pampas, montado em seu baio e sumindo em seguida por entre nuvens douradas. Ele anda sempre à procura das coisas perdidas, e quem necessitar de seu ajutório, é só acender uma vela entre as ramas de uma árvore e dizer: Foi aqui que eu perdi Mas Negrinho vai me ajudar Se ele não achar Ninguém mais conseguirá! (Disponível em: <http://www.rosanevolpatto.trd.br/lendanegrinhopastoreio.html>.)

ATIVIDADE 3I: MAIS UMA RODA DE LEITURA Objetivos  Ampliar o repertório de lendas da classe.  Apropriar-se de comportamento leitor nas atividades de apresentação e indicação de textos lidos.

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Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade é coletiva, e os alunos deverão ficar em círculo.  Quais os materiais necessários? Cada aluno deverá estar com a obra que leu. Cartaz de referência para inventário de lendas, para inclusão das lidas e identificação das que forem indicadas para a coletânea.  Qual é a duração? Duas aulas de 40 minutos.

Encaminhamento  Os mesmos apresentados para a Atividade 3D. Observação: Não serão apresentadas orientações específicas para a página do aluno. Siga as orientações que constam da página do aluno prevista para a Atividade 3D.

ATIVIDADE 3J: ANALISANDO ASPECTOS LINGUÍSTICOS DAS LENDAS Objetivo  Analisar as lendas considerando as características linguísticas presentes no material lido até o momento: J Identificar o tema central de cada lenda lida, explicitando o que ela explica ou pretende ensinar. J De que maneira começam as diferentes lendas lidas: o que apresentam no primeiro parágrafo e com quais expressões iniciam?

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em grupos de quatro.  Quais os materiais necessários? Textos das lendas lidas e questões orientadoras da análise (quadro de análise), que consta da folha de Atividade 3J.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e a maneira como se desenvolverá. Oriente-os a respeito da organização em grupos de quatro.  Leia a consigna da atividade e faça, coletivamente, a análise da lenda “O dono da luz”, para que os alunos se familiarizem com a tarefa. Focalize como a história se inicia (“No princípio, todo mundo vivia nas trevas...”), anotando o título da lenda e seu início na lousa, conforme o quadro a seguir. Lembre-se de discutir e anotar também o tema da lenda, que explicação ou ensinamento a caracteriza.

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TÍTULO DA LENDA

COMO INICIA

TEMA CENTRAL

O dono da luz Santo Tomás e o boi que voava Beowulf e o dragão A lenda da vitória-régia A lenda do papagaio Crá-Crá A lenda de Narciso A lenda da Lagoa das Guaraíras O Negrinho do Pastoreio

ATIVIDADE 3J: ANALISANDO ASPECTOS LINGUÍSTICOS DAS LENDAS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 A seguir, deixe que os alunos continuem o trabalho. Passe nos grupos e vá orientando-os de maneira que consigam observar os aspectos importantes.

1. Retome as lendas lidas até o momento e analise o modo como as narrativas começaram, assim como o tema central que cada uma aborda. Para organizar melhor as informações, preencha o quadro a seguir. TÍTULO DA LENDA

COMO INICIA

TEMA CENTRAL

O dono da luz Santo Tomás e o boi que voava Beowulf e o dragão A lenda da vitória-régia A lenda do papagaio Crá-Crá A lenda de Narciso A lenda da Lagoa das Guaraíras O Negrinho do Pastoreio 2. Apresente as observações do grupo para os demais colegas e o professor, discutindo-as. A seguir, elaborem, coletivamente, um registro que sintetize as observações gerais sobre as lendas e as dicas para serem utilizadas na posterior reescrita das lendas.

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ATIVIDADE 3K: ANALISANDO O DISCURSO NAS LENDAS Objetivos  Ampliar o repertório de lendas.  Analisar as diferenças entre os discursos direto e indireto para poder utilizá-los em posterior reescrita.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada coletivamente no início e, depois, individualmente.  Quais os materiais necessários? Texto que consta na página da Atividade 3K.  Qual é a duração? Uma aula de 60 minutos.

Encaminhamento  Proponha a leitura compartilhada da lenda “Maria Pamonha”, mas antes explore com os alunos antecipações possíveis a partir do título: o que sabem sobre “pamonha”, qual sua relação com o nome “Maria”, qual será o assunto tratado nessa lenda?  A seguir, acompanhe os alunos na leitura e compreensão do texto, assegurando-se de que entenderam a trama, identificaram os personagens e a ambientação do conto, observaram o “ensinamento” que a lenda procura explicar. É interessante observar as repetições que aparecem, propositalmente, mas que também trazem um elemento novo (cintada, espetada, sapatada), e por que se optou por usar esse recurso.  Concluída a compreensão do texto, oriente-os a reler os trechos sublinhados e ajude-os a identificar a diferença presente no modo de explicitar o que foi dito pelos personagens, a fim de que observem as possibilidades presentes no discurso direto e no indireto. Nesse momento, é importante esclarecer o que caracteriza um e outro.  A seguir, copie o primeiro trecho na lousa. Peça que identifiquem onde estão presentes o discurso direto e o indireto: “... Uma tarde, os garotos da fazenda perguntaram-lhe como se chamava – discurso indireto – e ela respondeu com um fiozinho de voz: – Maria...” – discurso direto.  Discuta com eles como a conversa entre os garotos e a menina poderia se dar de modos diferentes, transformando um tipo de discurso em outro: J Uma tarde, os garotos da fazenda perguntaram-lhe como se chamava – discurso indireto, que poderia ser transformado em direto: Uma tarde, os garotos da fazenda perguntaram-lhe: “Como você se chama?” , ou ainda, “Qual o seu nome?”.

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J E ela respondeu com um fiozinho de voz: “Maria” – discurso direto, que poderia ser transformado em indireto: E ela respondeu, com um fiozinho de voz, que se chamava Maria.  É importante chamar a atenção das crianças para que observem o uso de dois-pontos e travessão no discurso direto, e sua ausência no indireto, e que utilizar um ou outro é uma escolha do escritor no momento em que produz um texto. Assim, também eles poderão fazer uso desses recursos ao reescreverem as lendas para a coletânea.

ATIVIDADE 3K: ANALISANDO O DISCURSO NAS LENDAS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 A seguir, proponha que, no caderno, eles transformem o discurso indireto em direto e vice-versa dos demais trechos sublinhados no texto do livro. Depois, socialize as possíveis soluções encontradas pelos alunos para que possam conferir a tarefa e também ampliar as possibilidades de construção de diálogos.

1. Acompanhe, com atenção, a leitura que seu professor fará da lenda “Maria Pamonha”. Depois, faça o que se pede.

MARIA PAMONHA Lenda latino-americana

Certo dia apareceu na porta da casa-grande da fazenda uma menina suja e faminta. Nesse dia, deram-lhe de comer e de beber. E no dia seguinte também. E no outro, e no outro, e assim sucessivamente. Sem que as pessoas da casa se dessem conta, a menina foi ficando, ficando, sempre calada e de canto em canto. Uma tarde, os garotos da fazenda perguntaram-lhe como se chamava e ela respondeu com um fiozinho de voz: – Maria. E os garotos, às gargalhadas, fecharam-na numa roda e começaram a debochar dela: – Maria, Maria Pamonha, Maria, Maria Pamonha… Uma noite de lua cheia, o filho da patroa estava se arrumando para ir a um baile, quando Maria Pamonha apareceu no seu quarto:

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Atividade do aluno

– Me leva no baile? – pediu-lhe. O jovem ficou duro de espanto. – Quem você pensa que é para ir dançar comigo? – gritou. – Ponha-se no seu lugar! Ou quer levar uma cintada? Quando o rapaz saiu para o baile, Maria Pamonha foi até o poço que havia no mato, banhou-se e perfumou-se com capim-cheiroso e alfazema. Voltou para casa, pôs um lindo vestido da filha da patroa e prendeu os cabelos. Quando a jovem apareceu no baile, todos ficaram deslumbrados com a beleza da desconhecida. Os homens brigavam para dançar com ela, e o filho da patroa não tirava os olhos de cima da moça. – De onde é você? – perguntou-lhe, por fim. – Ah, eu venho de muito, muito longe. Venho da Cidade de Cintada – respondeu a garota. Mas o rapaz a olhava tão embasbacado que não percebeu nada. Quando voltou para casa, o jovem não parava de falar para a mãe da beleza daquela garota desconhecida que ele vira no baile. Nos dias que se seguiram, procurou-a por toda a fazenda e pelos povoados vizinhos, mas não conseguiu encontrá-la. E ficou muito triste. Uma noite sem lua, dez dias depois, o jovem foi convidado para outro baile. Como da primeira vez, Maria Pamonha apareceu no seu quarto e disse-lhe com sua vozinha: – Me leva no baile? E o jovem voltou a gritar-lhe: – Quem você pensa que é para ir dançar comigo? Ponha-se no seu lugar! Ou quer levar uma espetada? Logo que o jovem saiu, Maria Pamonha correu para o poço, banhou-se, perfumou-se, pôs outro vestido da filha da patroa e prendeu os cabelos. De novo, no baile, todos se deslumbraram com a beleza da jovem desconhecida. O filho da patroa aproximou-se dela, suspirando, e perguntou-lhe: – Diga-me uma coisa, de onde é você? – Ah, ah, eu venho de muito, muito longe. Venho da Cidade de Espetada – respondeu a jovem. Mas ele nem se deu conta do que ela estava querendo lhe dizer, de tão apaixonado que estava. Ao voltar para casa, não se cansava de elogiar a desconhecida do baile. Nos dias que se seguiram, procurou-a por toda a fazenda e pelos povoados vizinhos, mas não conseguiu encontrá-la. E ficou mais triste ainda. Uma noite de lua crescente, dez dias depois, o rapaz foi convidado para outro baile. Pela terceira vez, Maria Pamonha apareceu em seu quarto e disse-lhe com aquele fiozinho de voz: – Me leva no baile?

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– Quem você pensa que é para ir dançar comigo? Ponha-se no seu lugar! Ou quer levar uma sapatada? Outra vez, Maria Pamonha vestiu-se maravilhosamente e apareceu no baile. E outra vez todos ficaram deslumbrados com sua beleza. O jovem dançou com ela, murmurando-lhe palavras de amor, e deu-lhe de presente um anel. Pela terceira vez, ele lhe perguntou:

Atividade do aluno

E pela terceira vez ele gritou:

– Diga-me uma coisa, de onde é você? – Ah, ah, ah, eu venho de muito, muito longe. Venho da Cidade de Sapatada. Mas como o rapaz estava quase louco de paixão, nem se deu conta do que queriam dizer aquelas palavras. Ao voltar para casa, ele acordou todo mundo para contar como era bela a jovem desconhecida. No dia seguinte, procurou-a por toda a fazenda e pelos povoados vizinhos, sem conseguir encontrá-la. Tão triste ele ficou que caiu doente. Não havia remédio que o curasse, nem reza que o fizesse recobrar as forças. Triste, triste, já estava a ponto de morrer. Então Maria Pamonha pediu à patroa que a deixasse fazer um mingau para o doente. A patroa ficou furiosa. – Então você acha que meu filho vai querer que você faça o mingau, menina? Ele só gosta do mingau feito por sua mãe. Mas Maria Pamonha ficou atrás da patroa e tanto insistiu que ela, cansada, acabou deixando. Maria Pamonha preparou o mingau e, sem que ninguém visse, colocou o anel dentro dele. Enquanto tomava o mingau, o jovem suspirava: – Que delícia de mingau, mãe! De repente, ao encontrar o anel, perguntou, surpreso: – Mãe, quem foi que fez este mingau? – Foi Maria Pamonha. Mas por que você está me perguntando isso? E antes mesmo que o jovem pudesse responder, Maria Pamonha apareceu no quarto, com um lindo vestido, limpa, perfumada e com os cabelos presos. E o rapaz sarou na hora. E casou-se com ela. E foram muito felizes. 2. Em seu caderno, copie os trechos sublinhados transformando o discurso direto em indireto e vice-versa. Lembre-se de usar dois-pontos, parágrafo e travessão quando necessário! 3. Ao terminar, compartilhe com seu professor e colegas o modo como foi construindo os diálogos entre os personagens.

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ETAPA 4: SELECIONANDO AS LENDAS, REESCREVENDO-AS E REVISANDO OS TEXTOS ATIVIDADE 4A: REESCREVENDO COLETIVAMENTE UMA LENDA Objetivos  Acompanhar a produção coletiva de um texto, dando ideias sobre o que e como escrever.  Utilizar expressões próprias da escrita de lendas, fazendo uso de algumas marcas de oralidade e bons recursos linguísticos presentes no texto original.  Ao escrever, garantir a sequência temporal dos acontecimentos do texto.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada coletivamente.  Quais os materiais necessários? Textos lidos e que constam no livro do aluno; fotocópias do texto que irão reescrever e revisar e/ou projetor para socializá-lo.  Qual é a duração? Duas aulas de 50 minutos.

Encaminhamento  Antes de mais nada, vale retomar com os alunos que reescrever algo não é reproduzir, fielmente, as palavras de um texto (o que caracterizaria uma cópia), e sim reproduzir a trama, o enredo, mas de um modo próprio, com as suas palavras. Isso garante que, tendo o conteúdo dominado, sabendo o que devem escrever, os alunos podem dedicar-se a refletir sobre como fazê-lo do melhor modo.  Para ter sucesso nessa empreitada, precisam pôr em jogo o que já aprenderam, como diferentes modos de iniciar a narrativa, quando usar o discurso direto e indireto, como enriquecer a lenda com descrições de personagens e ambientes, quais expressões linguísticas e regionalismos são mais ou menos apropriados, como provocar emoções e manter o interesse do leitor.  É relevante também, enquanto a história é escrita propriamente, auxiliar os alunos a considerarem o leitor e as características das lendas, bem como ir lendo enquanto escrevem para conferir a intenção comunicativa e também se não estão esquecendo informações importantes, além de corrigirem possíveis erros ortográficos e gramaticais. Nesse sentido, você deve escrever exatamente o que e como os alunos lhe ditarem, a fim de poder ajudá-los no processo de revisão e melhoria do texto, que acontecerá posteriormente.

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Parte A – 1a aula Ao iniciar a atividade, converse com os alunos sobre o propósito da mesma e a maneira como se desenvolverá.  Explique que farão a releitura de uma das lendas do livro do aluno. A escolha poderá ser feita por você ou mediante votação no grupo, que precisa saber que a história escolhida e reescrita será a primeira a compor a coletânea, inaugurando-a.  Escolhida a lenda, peça que façam a leitura silenciosa da mesma.  A seguir, inicie o processo de reescrita, conversando com a turma sobre a importância de desenvolver bons procedimentos de escrita, de modo que qualquer leitor possa compreender o texto. Para isso, combine com os alunos que o texto será produzido considerando-se algumas etapas: J Planejar o que se vai escrever, tendo em mente quem serão os leitores da coletânea e as características que observaram nas lendas que já conhecem (ver observações abaixo). J Fazer uma primeira versão, com perspectiva de rascunho (ler enquanto se está escrevendo para controlar questões de discurso – referentes à expressão das ideias – e também notacionais – referentes à ortografia e à pontuação). J Revisar o texto produzido, observando se está claro e coerente, e corrigir aspectos ortográficos e gramaticais. J “Passar a limpo” a versão final, que comporá a coletânea.  Ao planejar a escrita da narrativa, retome alguns aspectos próprios da escrita de lendas: J Iniciar a lenda diretamente, sem definir de forma precisa tempo e lugar e sem muitas descrições. Para isso, utilizar expressões como “Conta a lenda que...”; “Contam... que...”; “Havia um...”; “Um certo... em...”. J Não apresentar explicitamente os ensinamentos e explicações que o texto pretende passar. Ao contrário, estes devem vir diluídos ao longo do texto. J As lendas que contêm explicações de fenômenos naturais apresentam menos falas de personagens, organizando-se pelo discurso narrativo, sem referência às falas propriamente ditas. As demais lendas utilizam discurso direto, marcado de diferentes maneiras: por dois-pontos, parágrafo e travessão; ou por dois-pontos, parágrafo e aspas. J É possível utilizar expressões de variedades regionais.  Como o escriba da turma, registre um esquema da lenda, que deverá conter as ações principais da narrativa e servir de consulta enquanto se procede à redação. Essa pequena síntese, escrita em itens, precisa conter todas as partes e informações essenciais para garantir a clareza e a coerência da história. Faça referência ao esquema constantemente, ajudando os alunos nessa verificação até concluírem a primeira versão da reescrita. Combine com as crianças que o texto “dormirá” por alguns dias para que possam, depois, melhorar a construção do mesmo.

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Parte B – 2a aula  Concluído o rascunho, tem início a revisão. Lembramos a importância de que realizem essa tarefa decorridos alguns dias da escrita da primeira versão, pois isso permitirá às crianças alternar os papéis de escritor e leitor.  Para que os alunos possam participar da revisão, todos devem ter acesso ao texto que será alterado. Desta forma, ele pode ser fotocopiado ou exibido por meio de outro recurso audiovisual, como o retroprojetor, ou, ainda, um programa de computador. O importante é que, enquanto você anota as alterações no original, as crianças possam acompanhá-lo.  Primeiramente, ajude-os a observar se a história está coerente, se tem clareza, se há repetições desnecessárias de palavras, quais podem ser substituídas (por sinônimos ou pronomes, por exemplo, bem como usando vírgulas ou suprimindo o sujeito). Observe com eles se as partes do texto estão articuladas, se faltam informações, se podem enriquecer a narrativa com alguma descrição mais detalhada, que expressões linguísticas são mais ou menos favoráveis para produzir bons efeitos estéticos no texto.  Depois, revise o texto com eles do ponto de vista ortográfico, considerando as questões estudadas, assim como o uso adequado de maiúsculas e da pontuação.  Concluída a revisão, decida com os alunos como o texto final será apresentado, como “passarão a limpo” essa versão, podendo optar se vão copiá-lo à mão ou digitá-lo, quem fará essa tarefa, se haverá ilustração e como será.

ATIVIDADE 4B: REESCREVENDO TRECHOS DE UMA LENDA Objetivos  Reescrever o início de uma lenda considerando diversos inícios possíveis.  Fazer uso de recursos de linguagem explorados ao longo do projeto.  Trabalhar em parceria, negociando possibilidade de construção de texto.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada inicialmente em duplas definidas pelo professor e depois socializada coletivamente.  Quais os materiais necessários? Texto que consta na página da Atividade 4B; folha pautada para produzir a reescrita.  Qual é a duração? Uma aula de 50 minutos.

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Encaminhamento  Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa da “Lenda do papagaio Crá-Crá”. A seguir, comente com eles a história, auxiliando-os a se recordar da trama e dos personagens.  Oriente-os, então, a reescrever o início dessa lenda, que está em negrito no texto original. Eles trabalharão em duplas conforme sua indicação e devem produzir dois textos diferentes que recontem o mesmo trecho da lenda que leram.

ATIVIDADE 4B: REESCREVENDO TRECHOS DE UMA LENDA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Quando terminarem, devem revisá-lo, corrigindo o que for preciso, seja de discurso, ortografia, pontuação ou gramática. Depois, podem escolher um dos textos que fizeram para ler para os colegas.

1. Junto a sua dupla de trabalho, releia silenciosamente “A lenda do papagaio Crá-Crá”.

A LENDA DO PAPAGAIO CRÁ-CRÁ Conta a lenda que, antigamente, morava em um vilarejo um menino muito guloso. Tudo que via, queria comer, e a gula era tanta, a pressa de comer era tamanha, que ele tinha costume de engolir a comida sem mastigá-la. Uma vez sua mãe encontrou frutos de batoí e assou-os na cinza. O filho, sem querer esperar, comeu todos os frutos, tirando-os diretamente do fogo e, como sempre, engoliu-os sem pestanejar. Os frutos do batoí são frutos cuja polpa viscosa se mantém quentíssima por muito tempo. Comendo-os tão quentes, sapecaram-lhe a garganta, de forma que doía muito e queimavam-lhe o estômago. O menino, tentando vomitar os frutos comidos, começou a fazer força para expulsá-los. Arranhava a garganta grunhindo crá-crá-crá! Mas os frutos não saíam... e entalaram na garganta, sufocando-o. No mesmo momento, cresceram-lhe as asas e as penas e ele tornou-se um papagaio. Voou pra longe. Até hoje pode-se ouvi-lo vagando pelas matas do lugar, voando e gritando “crá-crá-crá”! (Machado, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p. 105-106.)

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Atividade do aluno

2. Observem que o início dessa lenda está em negrito. Esse trecho deverá ser reescrito por vocês de dois modos diferentes. Para isso, utilizem a folha pautada entregue por seu professor. 3. Fiquem atentos às possibilidades de escrita que já foram abordadas em aula, lembrando-se de que as lendas começam remetendo-se ao passado, mas sem definir um tempo específico. Vocês poderão optar pelo discurso direto ou indireto quando acharem mais apropriado, e podem enriquecer a lenda com descrições de personagens e ambientes. 4. Quando terminarem, façam uma boa revisão do texto, observando se faltam informações ou se há erros de gramática ou ortografia. 5. Finalmente, escolham a versão que lhes pareceu mais interessante para ler para os colegas.

ATIVIDADE 4C: SELECIONANDO AS LENDAS PARA SEREM REESCRITAS, PLANEJANDO A REESCRITA E REESCREVENDO-AS Objetivos  Selecionar a lenda que será reescrita.  Planejar a reescrita da lenda, a partir de material de referência e do contexto de produção.  Reescrever a lenda, considerando o planejado.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em três etapas: coletivamente, para decidir quem escreverá qual lenda; em duplas, para planejar colaborativamente a lenda; individualmente, para a reescrita da lenda escolhida.  Quais os materiais necessários? Cópia para todos os alunos das recomendações para reescrita, que constam da Atividade 4A. Folhas avulsas para planejamento e reescrita das lendas.  Qual é a duração? Duas aulas de 50 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e sobre a maneira como ela será conduzida.  Desenvolva-a por partes, orientando os agrupamentos a cada vez.  Na primeira etapa, organize o coletivo da classe para decidir a respeito de quem reescreverá qual lenda. Pegue o cartaz com o inventário de lendas e, para come-

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çar, decidam quais das lendas lidas poderão compor a coletânea, de acordo com a preferência da classe e com os possíveis interesses dos leitores.  A seguir, entre as lendas selecionadas, solicite que os alunos manifestem sua preferência, escolhendo a que querem reescrever. Anote os nomes dos alunos ao lado dos títulos das lendas. Assegure-se de que cada um conheça bem a lenda que irá reescrever. É interessante que leiam antes, para evitar omissão de informações.  A seguir, retome as indicações que os alunos fizeram sobre o que considerar quando fossem escrever as lendas, registro elaborado na Atividade 4A.  Retome, depois, o contexto de reescrita da lenda: reescrever aquelas de que a classe mais gostou, para alunos da 1a à 4a série, compondo um livro-coletânea para constituir o acervo da sala de leitura.  Oriente os alunos para considerarem a adequação da linguagem ao leitor, de modo que ele possa compreender o texto.  Solicite que se organizem em duplas, que você precisará formar de acordo com a contribuição que possam dar um para o outro. Oriente-os para que planejem a reescrita, elaborando uma relação dos aspectos que não podem faltar, na ordem em que devem ser apresentados. Oriente-os, ainda, para que planejem, juntos, cada um dos textos, como foi feito quando fizeram a reescrita coletiva.  Depois do planejamento, o trabalho será individual. Cada um, de posse de seu planejamento, reescreverá a sua lenda. Lembre aos alunos que, enquanto redigem a história propriamente dita, devem considerar o leitor e as características das lendas, bem como ir lendo enquanto escrevem para conferir a intenção comunicativa e também se não estão esquecendo informações importantes, além de corrigirem possíveis erros ortográficos e gramaticais.  Peça-lhes que, antes de lhe entregar o material, revejam o planejamento e se os textos estão adequados ao contexto de produção.

Esta é uma tarefa individual, e é importante que as crianças possam trabalhar concentradas. Caso precisem de ajuda, oriente-as a levantarem a mão e aguardar até que sejam atendidas por você, que se dirigirá até elas para auxiliá-las. Talvez isso seja necessário para lembrá-las de fatos ou trechos da história.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 4C: SELECIONANDO AS LENDAS PARA SEREM REESCRITAS, PLANEJANDO A REESCRITA E REESCREVENDO-AS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Nesta atividade você realizará quatro tarefas: selecionará as lendas que comporão a coletânea do projeto; escolherá a lenda que você irá reescrever; planejará a reescrita da lenda; reescreverá a lenda. Fique atento para as orientações de seu professor. Alguns lembretes para você, quando for planejar e reescrever a lenda escolhida:  Considere que você reescreverá uma das lendas de que a classe mais gostou, para alunos da 1a à 4a série, compondo um livro-coletânea para constituir o acervo da sala de leitura.  Considere que seu texto deve estar adequado a essas características o máximo possível, pois isso garantirá que o leitor o compreenda.  Considere os aspectos abaixo, estudados ao longo das atividades, como orientadores do planejamento e reescrita: J Iniciar a lenda diretamente, sem definir precisamente tempo e lugar e sem muitas descrições. J Utilizar expressões como: “Conta a lenda que...”; “Contam... que...”; “Havia um...”; “Um certo... em...” ou outra com sentido similar. J Não apresentar explicitamente os ensinamentos ou explicações que o texto pretende passar; ao contrário, estes devem vir diluídos ao longo do texto. J As lendas que contêm explicações de fenômenos naturais apresentam menos fala de personagem, organizando-se pelo discurso narrativo, sem referência às falas propriamente ditas. Considere isso na reescrita. As demais lendas utilizam discurso direto, marcado de diferentes maneiras: por dois-pontos, parágrafo e travessão; ou por dois-pontos, parágrafo, aspas. J É possível utilizar expressões de variedades regionais e escrever mais à vontade se a situação de produção possibilitar, isto é, se considerar que os leitores pensados compreenderão o texto. J Elaborar uma relação dos aspectos que precisarão constar na lenda, na ordem em que devem ser apresentados. J Lembre-se que, enquanto redige a história propriamente dita, deve considerar o leitor e as características das lendas, bem como ir lendo enquanto escreve para conferir a intenção comunicativa e também se não está esquecendo informações importantes. Fique atento também para corrigir possíveis erros ortográficos e gramaticais.

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 Antes de entregar seu texto para o professor, lembre-se de dar uma conferida para ver se não está faltando nada do que foi planejado.

ATIVIDADE 4D: REVISANDO AS LENDAS E EDITORANDO-AS Objetivos  Revisar os textos escritos, de acordo com o que foi planejado.  Refazer os textos, considerando as necessidades apontadas pelo professor.  Editorar o texto, considerando as especificidades do projeto do livro.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em três etapas: coletivamente, para que você possa comentar alguma necessidade comum de aprendizagem; em duplas, para a revisão de cada texto; individualmente, para passar a limpo e fazer a editoração.  Quais os materiais necessários? Cópia para todos os alunos a respeito das recomendações para reescrita, que constam da Atividade 4A.  Qual é a duração? Duas aulas de 50 minutos.

Encaminhamento Parte A – 1a aula  Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e a maneira como ela será conduzida.  Desenvolva-a por partes, orientando os agrupamentos a cada vez.  Na primeira etapa, converse com toda a classe a respeito de alguma necessidade coletiva que tenha observado quando fez a leitura dos textos.  Oriente os alunos quanto ao que deverão revisar no texto, observando se fizeram uso do que já aprenderam, como pensar em diferentes modos de iniciar a narrativa, se usaram o discurso direto e indireto e se o fizeram corretamente, se enriqueceram a lenda com descrições de personagens e ambientes, se utilizaram expressões linguísticas e regionalismos de forma apropriada, se conseguiram provocar emoções e manter o interesse do leitor.  Depois disso, devem verificar e corrigir os trechos assinalados por você, que terá indicado questões de ortografia, gramática e pontuação a serem corrigidas. Avise que trabalharão em duplas e indique quais são os parceiros considerando a possibilidade de contribuição recíproca que apresentem.  Devolva o texto para os alunos e solicite que as duplas o analisem considerando os itens apontados no processo de planejamento – recuperar quadro orien-

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tador e planejamento – e as suas observações. Devem analisar um texto de cada parceiro da dupla separadamente, até terem revisto as duas lendas que foram reescritas.

Parte B – 2a aula  Quando forem refazer, a atividade será individual. Explique que, tendo o texto corrigido e revisado, precisarão “passá-lo a limpo”, o que significa copiá-lo já sem erros ou questões a resolver.  Para isso, combinem se o farão escrevendo à mão ou digitando. Caso utilizem o computador como ferramenta de trabalho, solicite que coloquem o texto no padrão decidido: tamanho, tipo de letra, cor etc.

ETAPA 5: EDIÇÃO E PREPARAÇÃO FINAL DA COLETÂNEA ATIVIDADE 5A: PRODUZINDO AS ILUSTRAÇÕES Objetivo  Preparar as ilustrações das lendas da coletânea.

Planejamento  Como organizar os alunos? No início, a atividade será realizada coletivamente; depois será individual.  Quais os materiais necessários? Livros com várias ilustrações, diversos materiais para a realização de desenhos, fotos de jornais e revistas, materiais para fazer colagem, tintas e pincéis.  Qual é a duração? Cerca de duas aulas de 50 minutos.

Encaminhamento Parte A – 1ª aula: Analisando ilustrações em livros diversos  Para realizar as próprias ilustrações de suas lendas, os alunos precisam, primeiro, conhecer diversas ilustrações de outros livros e materiais. Para subsidiá-los nessa tarefa, é importante selecionar previamente materiais com diferentes tipos de ilustrações e analisá-las com eles, apontando: J Que estilos podem ser observados, com a utilização de que técnicas (nos livros em geral, podemos encontrar ilustrações mais ou menos estilizadas ou próximas de um desenho de observação, por exemplo. Também podemos

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ver ilustrações que lembram pinturas, ou que são desenhos, ou ainda fotografias e gravuras que utilizam técnicas diversas). J Ilustrações mais e menos detalhadas, em que se observam desenhos isolados ou cenas completas. J Ilustrações coloridas e feitas em preto e branco.  Chame a atenção deles para o modo como as ilustrações se relacionam com o contexto escrito da história, isto é, se apenas complementam a narrativa ou trazem para o leitor informações e detalhes que não estão descritos na história, e por isso têm um papel fundamental na composição final de um trabalho.  Além disso, a disposição espacial das ilustrações faz diferença, uma vez que podem estar vinculadas ao texto ou não, estar mais ou menos em evidência, ocupar uma página ou duas.  Explique aos alunos que tanto a finalidade quanto a técnica de compor as ilustrações são escolhas que deverão fazer quando se dedicarem às ilustrações que realizarão sozinhos, e que poderão utilizar os materiais de referência para consultar durante o trabalho (por isso, deixe-os disponíveis).  Se for possível, providencie livros em que se possa comparar tipos de ilustrações diferentes de uma mesma lenda.  Quando tiverem terminado de analisar os recursos disponíveis, é hora de preparar um ambiente propício e com materiais artísticos adequados para que os alunos comecem o processo de ilustração de suas próprias lendas.

Parte B – 2a aula: Ilustrando as lendas da coletânea  Nesse momento, os alunos precisam escolher os materiais com que vão trabalhar e dispor-se a isso. No entanto, oriente-os para que façam um esboço de sua ilustração, considerando o que foi discutido a respeito. Essa é uma etapa importante, que pode ser alterada caso seja preciso, mas que os ajudará a se organizar, planejando suas ações.  À medida que forem se sentindo prontos, podem iniciar o processo de ilustração, contando com o auxílio do professor e colegas para aperfeiçoarem o trabalho.

ATIVIDADE 5B: ORGANIZANDO A COLETÂNEA Objetivo  Montar o livro-coletânea observando as partes que compõem um livro.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será coletiva no início; depois, os alunos trabalharão em pequenos grupos, por divisão de tarefas.

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 Quais os materiais necessários? Livros diversos para análise, folhas pautadas para organizar um rascunho, folhas para passar o rascunho a limpo ou computadores para digitação e edição final.  Qual é a duração? Duas aulas de 50 minutos.

Encaminhamento  Disponha livros diversos pela classe. Reúna os alunos em roda e oriente o trabalho. Explique que, para que possam eles mesmos organizar um livro, precisam antes observar como os livros se apresentam, de que partes são compostos. Para isso, peça que circulem pela sala e observem os materiais, anotando as seções ou partes que conseguirem identificar nos livros expostos.  Quando tiverem terminado, reúna-os novamente e faça um levantamento do que descobriram, anotando os itens na lousa. Essa será uma referência importante para que depois as tarefas possam ser distribuídas nos grupos.  Lembre-se que algumas partes são essenciais e não poderão faltar, pois fazem parte de todos os livros: J capa, considerando-se as informações que lhe são imprescindíveis: título, autor e ilustrador; J página de apresentação; J índice; J página de rosto.  Vocês terão que decidir juntos sobre algumas seções que igualmente são comuns, mas não imprescindíveis: J página de apresentação (explicando o projeto, por exemplo); J dedicatória; J glossário.  Também deverão combinar se o livro será paginado ou não, relacionando esse dado com o índice.  Toda essa exploração e tomada de decisões deverá ocorrer na primeira aula desta atividade. Decidida a organização da coletâna, divida os alunos em grupos e distribua as tarefas, solicitando que cada um se concentre num primeiro rascunho da parte que lhe cabe: quem fará a capa, o índice, a página de apresentação, a indicação dos autores; se haverá ou não ilustrações além daquelas feitas individualmente, por lenda, e quem a fará. Combinem também cores, fonte e tamanho de letra, tipo de material usado para confeccionar a capa, se o livro será encadernado ou espiralado.  Nesse momento, circule pelos grupos, ajudando-os no que precisarem. Faça o mesmo na aula seguinte, em que deverão se dedicar a fazer o que foi combinado, até que o livro-coletânea esteja pronto.

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ATIVIDADE 5C: PREPARANDO A APRESENTAÇÃO ORAL DA LENDA Objetivo  Preparar a apresentação oral da lenda.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada coletivamente, em duplas e individualmente. Coletivamente será organizada a apresentação; em duplas será realizado o estudo das lendas que serão apresentadas; individualmente serão apresentadas cada uma das lendas, em um ensaio de estudo.  Quais os materiais necessários? Texto da lenda para estudo. Cartaz para organização do trabalho de preparação da apresentação oral.  Qual é a duração? Cerca de duas aulas de 50 minutos.

Encaminhamento Parte 1 – Organizando a apresentação e compartilhando tarefas  Para iniciar, discuta com os alunos como a apresentação será organizada, quais os materiais que serão necessários e quem será o responsável por cada trabalho.  Organize em um cartaz um esquema da apresentação: ambientação, com os livros em exposição; abertura, com a fala de um responsável que explique o evento; apresentação de envolvidos (decidir quem fala o quê, por exemplo: alunos que comentam o que foi o projeto para eles, seu envolvimento com as lendas etc.; professor que conta as questões envolvidas e as aprendizagens realizadas etc.); apresentação oral de algumas lendas; encerramento.  Identifique os materiais necessários para a organização da apresentação e quem será responsável pela organização de cada aspecto.

Parte 2 – Estudo do texto para apresentação oral  Decida, junto com o grupo, quais serão as apresentações – não é bom que todos apresentem, pois a cerimônia ficaria muito longa. Assim, sorteie ou veja quem, espontaneamente, gostaria de recontar sua lenda. Lembre aos alunos que aqueles que não se apresentarem nesse momento serão contemplados pela leitura do livro-coletânea.  Forme duplas de estudo: os alunos leem as lendas e, depois, estudam como melhor apresentá-las oralmente, considerando entonação, gestual, dicção etc. O que for apresentar estuda e o parceiro apoia, analisa, critica, ajuda a adequar a fala.

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 Oriente-os para o fato de não ser preciso decorar o texto, mas apenas saber dizê-lo de maneira adequada e interessante para os convidados.

Parte 3 – Ensaio da apresentação Depois do estudo, os que vão se apresentar ensaiam diante da classe. Quando um se apresenta, os demais analisam e auxiliam o colega a se preparar melhor para a apresentação, dando dicas etc.

ETAPA 6: AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO DESENVOLVIDO ATIVIDADE 6: AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO Objetivo  Realizar uma avaliação colaborativa do trabalho desenvolvido, considerando os diferentes aspectos: a reescrita do texto; a participação nas atividades durante o desenvolvimento; a elaboração do produto final.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será individual.  Quais os materiais necessários? Pauta de autoavaliação.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos sobre a finalidade da atividade e sobre a maneira como se desenvolverá.  Comente que preencherão uma pauta de autoavaliação que ajuda a refletir a respeito do que deveriam aprender sobre as lendas. Contudo, explique que, nessa pauta, não há perguntas a respeito da atitude dos alunos durante o trabalho, e que essa avaliação será feita oralmente. Conversando com os alunos, levante questões sobre como foi trabalhar com o colega e depois sozinho, o que puderam aprender com seus parceiros, como foi a participação e atitude de colaboração de cada um, como foi o processo de negociação de ideias quando tinham que decidir algo, como foi dividir tarefas e qual a responsabilidade com que cada um assumiu sua parte.  Feito isso, distribua as pautas de autoavaliação, leia-as com os alunos explicando cada item e oriente-os sobre o que fazer. Cuide para que os alunos estejam, também, com seus textos em mãos.

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Observações do professor

Procurou escrever sem erros de ortografia?

Você escreveu de maneira legível?

Você utilizou letra maiúscula sempre que necessário?

Você procurou utilizar os sinais de pontuação adequados ao que pretendia dizer?

Você organizou os parágrafos de maneira adequada?

A ilustração estava adequada ao texto?

O texto foi apresentado de maneira atrativa para o leitor?

A ordem em que foram apresentados estava correta?

Você apresentou os fatos essenciais da narrativa?

Considera que o leitor conseguirá compreender o texto com facilidade?

Você utilizou expressões de variedades regionais no seu texto?

Você utilizou, no início, expressões como: “Conta a lenda que...”; “Contam... que...”; “Havia um...”; “Um certo... em...”? Você evitou apresentar os ensinamentos explicitamente, procurando diluí-los ao longo do texto?

Você evitou muitas descrições?

Você iniciou a lenda diretamente, falando genericamente de tempo e lugar?

Você colocou o título?

Você reescreveu a lenda preservando a sua finalidade?

Aspectos a serem observados

Sim

Não

Aluno:_________________________________________ Data:______________

Pauta de avaliação – REESCRITA DE LENDA

Projeto “UMA LENDA, DUAS LENDAS, TANTAS LENDAS...”

Preciso rever


Para terminar, é importante que você avalie, também, a adequação das atividades planejadas para os seus alunos às necessidades e possibilidades de aprendizagem deles, verificando se há mudanças que são necessárias e de que natureza são. É essa avaliação que orientará os inevitáveis ajustes a serem feitos na ação docente e, dessa forma, garantirá a ela uma qualidade cada vez melhor.

PROJETO DIDÁTICO “UNIVERSO AO MEU REDOR” Em Língua Portuguesa, quando se fala em estudar um tema se fala, necessariamente, em desenvolver três habilidades básicas: LER, FALAR E ESCREVER. Nas séries finais do Ensino Fundamental é cada vez mais importante que se exija dos alunos ler, comunicar-se oralmente e escrever como instrumentos importantes para a aprendizagem de conteúdos de outras áreas. Daí a necessidade de incorporar os usos “acadêmicos” da leitura, da fala e da escrita. Isso poderá fazer com que os alunos tenham mais oportunidades para utilizar ferramentas que lhes permitam a aprendizagem de vários conteúdos. Assim, este projeto propõe o estudo de um assunto em particular, o que permite a realização de atividades em que os alunos precisam ler para se informar e comparar diferentes fontes de informação. Também têm a oportunidade de selecionar informações relevantes, escrever para registrar o que aprenderam, fazer resumos, produzir legendas, esquemas e textos informativos, bem como comunicar oralmente o que aprenderam, em forma de seminário, por exemplo. Considerando a natureza do tema escolhido e a necessidade de discussão a respeito dele, dentro do ambiente escolar, o seminário pode ser um evento interativo bastante adequado, já que se trata de uma situação didática que congrega pessoas para falar, discutir e apresentar ideias a respeito das mais diversas questões, além de ter que ler e registrar o que descobriram. O seminário é uma reunião de pessoas – especialistas, de fato, ou não; estando mais para estudiosos no assunto do que para especialistas, propriamente –, realizada para estudar determinado tema. É uma situação comunicativa que prevê várias exposições orais de aspectos diferenciados de um tema comum. Por isso, é uma situação privilegiada de estudo nas mais diversas áreas: História, Matemática, Geografia, Educação Física, ou seja, presta-se ao trabalho com todas as áreas do currículo escolar. No seminário, essas exposições orais são articuladas por um mediador, com a finalidade de buscar melhor compreensão por meio da troca de informações e reflexão sobre o tema. As exposições podem ser sustentadas por recursos materiais diversos, como retroprojetor, slides, vídeo, Powerpoint, datashow, quadros sinóticos, músicas, fotografias, apresentações musicais e de dança, ou seja, tudo o que for mais adequado para esclarecer a audiência sobre o tema, inclusive por esquema escrito que sintetize as principais ideias focalizadas.

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No trabalho proposto neste Guia, o foco estará na leitura e compreensão de textos informativos, no registro de informações e na preparação de uma exposição oral, neste caso um seminário. Em uma exposição oral, aspectos como altura e tom de voz, clareza na dicção, ritmo, gestual e atitude corporal são itens que precisam ser foco de ensino, pois implicam a melhor compreensão dos ouvintes. Sua condição de discurso oral coloca, ainda, a possibilidade, ou mesmo a necessidade, de se elaborar material de apoio para a fala, como fichas que funcionam como lembretes sobre os pontos relevantes dentro do assunto tratado. A organização de um seminário e de cada umas das exposições orais que o compõem precisa dar-se em dois grandes eixos: O da alimentação temática: situações de estudo e aprofundamento sobre o tema que será foco da exposição oral. Para tanto, esse projeto propõe o desenvolvimento de uma sequência de atividades de leitura inicial – ler para aprender –, sínteses (essencial para a constituição do caderno de resumos ou folders de divulgação), leituras de infográficos, com a intenção de munir o aluno de material para a exposição oral. O discursivo: que prevê a organização do evento comunicativo, que é o seminário e o planejamento da exposição oral, propriamente, considerando todos os aspectos citados. Para tanto, este projeto apresenta atividades que possibilitam a abordagem das características do seminário, bem como do processo de planejamento colaborativo do mesmo, assim como o estudo das características do gênero – exposição oral. Quanto à relevância do tema proposto para estudo, consideramos que se trata de um tempo, quando parar e pensar a respeito das ações humanas que têm provocado prejuízos ao planeta é essencial e indispensável. E, sendo assim, nada mais pertinente do que criar um espaço de discussão a respeito de atitudes cotidianas responsáveis. O estudo mais específico do desmatamento da mata atlântica coloca em foco a análise das condições nas quais se encontra esse bioma brasileiro, o mais rico em biodiversidade e, também, o mais dizimado, sendo que apenas cerca de 8% de sua área original ainda se encontra preservada. Compreender, então, quais ações humanas são responsáveis por essa condição parece fundamental para que se possa, por um lado, evitar a manutenção dessas ações e, por outro, compreendendo os efeitos das mesmas, procurar reverter o quadro atual em ações colaborativas e coletivas de recuperação e preservação do ecossistema. Fica, assim, proposto o tema: “Mata atlântica, desmatamento e desenvolvimento sustentável”.

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ORGANIZAÇÃO GER AL DA SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES Etapa

Atividade

1

Por onde anda o universo?

Atividade 1: Levantando conhecimentos prévios sobre o tema.

2

Compartilhando o projeto

Atividade 2: Compartilhando o projeto e organizando o trabalho.

3

Estudando sobre meio ambiente, desmatamento e sustentabilidade

Atividade 3A: Desequilíbrios provocados pelo homem. Atividade 3B: O desmatamento e sua influência em diferentes problemas ambientais. Atividade 3C: O desmatamento no Brasil e no mundo. Atividade 3D: A mata atlântica e sua história. Atividade 3E: O símbolo dourado da mata atlântica. Atividade 3F: A vida na mata. Atividade 3G: Desmatamento e sustentabilidade.

4

Estudo e planejamento do seminário

Atividade 4: Planejando o seminário.

5

Estudo e planejamento da exposição oral

Atividade 5A: Investigando saberes dos alunos a respeito de uma exposição oral. Atividade 5B: Analisando recursos da organização interna de uma exposição oral. Atividade 5C: Planejando uma exposição oral.

6

Avaliação do trabalho desenvolvido

Atividade 6: Avaliação final do trabalho.

ETAPA 1: POR ONDE ANDA O UNIVERSO? ATIVIDADE 1: LEVANTANDO CONHECIMENTOS PRÉVIOS SOBRE O TEMA Objetivos  Recuperar os conhecimentos prévios sobre o tema, montando um mapa geral dos desequilíbrios do planeta provocados pelo homem, suas causas e suas consequências.  Iniciar uma discussão a respeito das questões ambientais da atualidade.

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 Relacionar as questões discutidas com o fator desmatamento, para que possamos estabelecer, na próxima atividade de abordagem temática do projeto, uma relação com o tema mata atlântica, desmatamento e desenvolvimento sustentável.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será desenvolvida em grupos de quatro participantes, com exposições coletivas posteriores à discussão em grupo.  Quais os materiais necessários? Textos que serão lidos – cópia para todos os alunos da folha de Atividade 1.  Qual é a duração? Cerca de 50 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e sobre como estarão organizados para desenvolvê-la.  Oriente-os para que organizem grupos de quatro participantes para a realização das atividades. Nos itens 1, 2 e 3, oriente os alunos para que discutam com o grupo cada uma das questões apresentadas. Oriente-os para que estabeleçam relações entre “doenças da terra” e desequilíbrios no planeta provocados pela ação humana.

ATIVIDADE 1: LEVANTANDO CONHECIMENTOS PRÉVIOS SOBRE O TEMA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

No item 3, deixe que expliquem da maneira como entenderem os problemas, suas causas, suas consequências, pois a intenção é realizar um levantamento prévio de saberes dos alunos, uma vez que isso os auxiliará na reflexão orientada.

1. Reúna-se com seu grupo e leia o texto apresentado a seguir. Ele é a parte introdutória de um material publicado sobre meio ambiente. Observem as expressões dos animais: não parece que estão meio preocupados? E aquele cartaz do papagaio, o que vocês acham que significa? Agora, respondam:  Vocês consideram que a Terra está mesmo doente?  Se responderem sim, quais seriam as doenças da Terra? Expliquem.  Registrem as observações de vocês no caderno.

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Atividade do aluno

TEXTO 1 A Terra está mesmo doente?

(Fonte: adaptado de Instituto Unibanco/Fundação Victor Civita. Meio ambiente conhecer para preservar – v. 1. Encarte da revista Escola, São Paulo, n. 161, p. 1A, abr. 2003.)

2. Apresentem as observações para os demais colegas e discutam-nas com a classe e o professor. 3. Agora, leiam o texto 2 apresentado a seguir.

TEXTO 2 Áreas férteis transformadas em desertos, florestas devastadas, plantas e bichos ameaçados de extinção, rios, lagos e mares poluídos, substâncias tóxicas no ar que respiramos... uma diversidade de problemas decorrentes, unicamente, da falta de cuidado do homem com o planeta.  Que relação vocês percebem entre esse texto e a atitude dos animais do primeiro texto? Expliquem.  E entre esse texto e as “doenças da Terra”? Junto a seus colegas de grupo, tente explicar cada um dos tópicos apresentados nesse texto, identificando seus efeitos na vida das pessoas. Acrescentem a esses tópicos outros que você e a classe tenham identificado na reflexão coletiva. Registrem as suas reflexões no caderno.

ETAPA 2: COMPARTILHANDO O PROJETO ATIVIDADE 2: COMPARTILHANDO O PROJETO E ORGANIZANDO O TRABALHO Objetivos  Conhecer o projeto e a maneira pela qual o trabalho será desenvolvido na classe.  Planejar as ações que serão realizadas.

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Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada coletivamente.  Quais os materiais necessários? Quadro com planejamento inicial do trabalho, organizado pelo professor. Quadro para serem registrados os aspectos que os alunos gostariam de investigar sobre o conteúdo. Os alunos farão anotações em seus cadernos.  Qual é a duração? Cerca de 50 minutos.

Encaminhamento Após a escolha do tema e a eleição dos conteúdos a serem estudados pelos alunos e do texto que será produzido, é hora de compartilhar o objetivo do projeto e propor aos alunos a sua realização. É nessa etapa que se discutem os propósitos do trabalho e as possibilidades de produtos finais para destinatários reais (que permitam, preferencialmente, criar laços com a comunidade). Neste caso, propomos como produto final a realização de um seminário em que os alunos possam socializar o que aprenderam.  Inicie uma roda de conversa retomando com os alunos os comentários sobre meio ambiente realizados na aula anterior, procurando envolvê-los no desenvolvimento do projeto.  Pergunte se imaginam por que foi feita a pergunta sobre desmatamento de florestas na atividade anterior, entre tantas outras ações humanas que provocam problemas ambientais graves para o planeta. Explique que o desmatamento foi selecionado, pois o projeto aprofundará a discussão a respeito dele, focalizando o que vem acontecendo com a mata atlântica, o bioma mais rico em diversidade do planeta.  Explique que para desenvolver o estudo a respeito de um tema é necessário fazê-lo em etapas e, para isso, precisam distinguir o que já sabem, que hipóteses o grupo tem, para depois identificarem o que ainda necessitam aprender. Também precisarão, durante o estudo, elencar quais são as informações mais relevantes e como serão organizadas para a confecção do produto final.  Organize um cartaz para organização e consulta dessas questões, distinguindo o que já sabem e o que precisam saber (este item pode já ser redigido em forma de perguntas).  A seguir, levante com os alunos possíveis fontes de informação em que poderão encontrar respostas às suas dúvidas, como livros, revistas, enciclopédias, internet, textos jornalísticos, documentários. Além disso, poderão entrevistar especialistas e pessoas da comunidade.  Durante a pesquisa, propriamente, os alunos exercitarão importantes propósitos da linguagem, que se referem a ler para aprender, para se apropriar das características e da linguagem própria do texto informativo e também farão uso da escrita com função expositiva. Terão a oportunidade de coletar, selecionar, organizar e socializar informações, e é interessante combinar previamente de

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que modo farão o registro do que forem aprendendo. Para isso, poderão usar o caderno, folhas avulsas ou ainda elaborar um pequeno portfólio, em que possam arquivar os materiais de estudo que levantarem.  Informe que, ao final dos estudos, a classe organizará um seminário a respeito da questão, o qual terá apresentação dirigida aos alunos da 3a série.  Pergunte se sabem o que é um seminário e colete as informações que possuem a respeito. Explique, de modo geral, o que vem a ser um seminário, adiantando aos alunos que estudarão o que é um seminário e como organizá-lo mais à frente.  Ofereça-lhes informações gerais sobre o projeto e, a seguir, defina o desenvolvimento das atividades.

O projeto  Tema: “Universo ao meu redor”.  Produto final: seminário temático, que discutirá: J ações humanas que provocam problemas ambientais; J consequências dessas ações para a vida das pessoas; o desmatamento; J os biomas brasileiros principais e a biodiversidade; J a mata atlântica como um dos biomas mais ricos em diversidade do planeta; J sustentabilidade: o que é?; J ações que podem garantir a sustentabilidade da vida na Terra em relação ao desmatamento.  Finalidade do seminário: informar e conscientizar os demais alunos sobre a importância da sua ação para a organização de uma vida sustentável, percebendo as consequências da mesma para a qualidade da vida no planeta, de modo que se sintam incentivados a mudar suas atitudes.  Público: alunos de todas as 3as séries da escola.

Atividades que serão desenvolvidas no projeto  Estudo dos temas que cada grupo apresentará.  Estudo sobre seminário.  Estudo sobre exposição oral e suas características.  Preparo da exposição oral que será realizada.  Organização final do seminário.  Apresentação do seminário.  Avaliação do trabalho realizado.

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ETAPA 3: ESTUDANDO SOBRE MEIO AMBIENTE, DESMATAMENTO E SUSTENTABILIDADE ATIVIDADE 3A: DESEQUILÍBRIOS PROVOCADOS PELO HOMEM Parte A – 1a aula Nessa aula, os alunos tomarão contato com alguns verbetes e definições que se referem ao meio ambiente e esclarecem alguns dos danos causados pelo homem à natureza.

Objetivos  Ampliar conhecimentos prévios sobre o tema, compreendendo as relações entre homem e meio ambiente.  Conhecer os verbetes, identificando características desse tipo textual.  Ler e compreender textos informativos apresentados na forma de esquemas.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em pequenos grupos e depois haverá uma discussão coletiva.  Quais os materiais necessários? Textos e quadro esquemático que constam na Atividade 3A. Os alunos farão anotações em seus cadernos.  Qual é a duração? Duas aulas de 50 minutos.

Encaminhamento  Explique aos alunos que, para iniciar o estudo, farão uma primeira leitura de textos que os ajudarão a se familiarizar com o tema.  Comente que, durante a leitura, encontrarão textos com “palavras difíceis” com as quais é importante se familiarizar. Para compreendê-las, deverão guiar-se pelo contexto das frases, discutindo o que entenderam com os colegas do grupo.  Oriente os alunos para que leiam e estudem os verbetes (veja informações adicionais abaixo). Enquanto leem e conversam, passe pelos grupos e vá orientando a leitura e a reflexão dos alunos, no sentido de que percebam: J que as consequências não estão diretamente ligadas a nenhum problema porque se encontram ligadas a vários deles ao mesmo tempo; cada uma das consequências da ação humana acontece por uma combinação de fatores, e não por um fator isolado. Para auxiliá-los nessa reflexão, recorra ao quadro “Desequilíbrios provocados pelo homem”;

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J que o desmatamento é uma ação do homem que acarreta várias consequências para a vida dele.  Oriente os alunos para que organizem os verbetes no caderno ou em uma pasta, de maneira que possam constituir, de fato, um pequeno dicionário sobre o meio ambiente.

Parte B – 2a aula  Concluída a leitura dos verbetes e a anotação de observações no caderno, inicie uma discussão coletiva, solicitando que cada pequeno grupo exponha o que entendeu a respeito de cada verbete. Esse é um importante momento de esclarecer dúvidas e ampliar a compreensão dos alunos, que talvez precisem de ajuda para estabelecer relação entre as definições apresentadas pelos textos.  Aproveite para retomar, coletivamente, o quadro esquemático da página 107 (Desequilíbrios provocados pelo homem) e verifique as relações de causa e consequência que o mesmo apresenta, garantindo que as crianças compreenderam as noções ali apresentadas.  A seguir, oriente os alunos para que voltem ao quadro inicial de problemas ambientais levantados por eles, analisando de que maneira o estudo contribuiu para a ampliação e o aprofundamento da compreensão do assunto.

Para saber mais Verbete é o nome que se dá a cada um dos artigos, também chamados entradas, de um dicionário, de uma enciclopédia ou de outro livro ou obra de referência que organiza informações dessa maneira. Os verbetes de dicionário são entradas, definições de palavras e explicações e notas sobre algo. Na organização de uma enciclopédia, os verbetes dão explicações e notas. Muitas vezes cada artigo de uma enciclopédia é chamado de verbete. Geralmente um verbete em uma enciclopédia pode dar uma maior explicação, nota, organização e melhoramento no texto enciclopédico. (Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/verbete>.)

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

ATIVIDADE 3A: DESEQUILÍBRIOS PROVOCADOS PELO HOMEM

1. Leia com seus colegas de grupo os verbetes sobre o efeito estufa, chuvas ácidas, desertificação, biodiversidade, ecossistema e erosão. Eles apresentam uma relação dos problemas ambientais da atualidade, suas causas e também suas consequências.

EFEITO ESTUFA A poluição do ar é uma das principais causas do aquecimento. A superfície terrestre reflete uma parte dos raios solares, mandando-os de volta para o espaço. Uma camada de gases se concentra ao redor do planeta, formando a atmosfera, e alguns deles ajudam a reter o calor e a manter a temperatura adequada para garantir a vida por aqui. Nas últimas décadas, muitos gases poluentes vêm se acumulando na atmosfera e produzindo uma espécie de capa que concentra cada vez mais calor perto da superfície da Terra, aumentando ainda mais a temperatura global. É o chamado efeito estufa. Outro problema que afeta diretamente o clima é a devastação das matas, pois elas ajudam a manter a umidade e a temperatura do planeta. Infelizmente, o desmatamento já eliminou quase metade da cobertura vegetal do mundo. (Disponível em: <http://recreionline.abril.uol.com.br/fique_dentro/ciencia/natureza. conteudo_233685.shtml>. Data de acesso: 17 nov. 2007.)

CHUVA ÁCIDA Considerada um dos maiores problemas ambientais do mundo contemporâneo. O termo designa genericamente a chuva, neve ou neblina com alta concentração de ácidos em sua composição. A principal medida para a redução desse tipo de fenômeno é o uso de combustíveis alternativos ou a utilização de carvão com menor teor de enxofre. (Disponível em: <http://guiadoscuriosos.ig.com.br/index.php?cat_id=50655>. Acesso em: 17 nov. 2007.)

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Atividade do aluno

DESERTIFICAÇÃO O fenômeno consiste na perda da produtividade biológica e econômica do solo de uma região. O uso de agrotóxicos, o desmatamento de florestas e o mau uso da terra são seus principais causadores. Um quarto do planeta está ameaçado pela desertificação, e pesquisas mostram que 135 milhões de pessoas no mundo já tiveram que deixar o local onde moravam por causa dela. (Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.uol.com.br/glossario/b.shtml>. Acesso em: 17 nov. 2007.)

BIODIVERSIDADE O termo abrange toda a variedade das formas de vida, espécies e ecossistemas em uma região ou em todo o planeta. Em todo o mundo, estima-se que existam pelo menos 14 milhões de espécies vivas. Como não é distribuída uniformemente pela Terra, ela é maior em ambientes com abundância de luz solar, água doce e clima mais estável. Segundo a Conservation International, o Brasil é considerado megabiodiverso, pois possui mais de 70% das espécies vegetais e animais do planeta. (Disponível em: <http://www.faber-castell.com.br/>. Acesso em: 17 nov. 2007.)

O QUE É ECOSSISTEMA? É o conjunto dos relacionamentos que a fauna, flora, micro-organismos e o ambiente, composto pelos elementos solo, água e atmosfera mantêm entre si. Todos os elementos que compõem o ecossistema se relacionam com equilíbrio e harmonia e estão ligados entre si. A alteração de um único elemento causa modificações em todo o sistema, podendo ocorrer a perda do equilíbrio existente. Se, por exemplo, uma grande área com mata nativa de determinada região for substituída pelo cultivo de um único tipo de vegetal, pode-se comprometer a cadeia alimentar dos animais que se alimentam de plantas, bem como daqueles que se alimentam desses animais. (Disponível em: <http://www.faber-castell.com.br/>. Acesso em: 17 nov. 2007.)

O QUE É EROSÃO? A erosão é um processo que faz com que as partículas do solo sejam desprendidas e transportadas pela água, vento ou pelas atividades do homem. A erosão faz com que apareçam no terreno atingido sulcos, que são pequenos canais com profundidade de até 10 cm, ravinas, que têm profundidade de até 50 cm, ou voçorocas com mais de 50 cm de profundidade. O controle da erosão é fundamental para a preservação do meio ambiente, pois o processo erosivo faz com que o solo perca suas propriedades nutritivas, impossibilitando o crescimento de vegetação no terreno atingido e causando sério desequilíbrio ecológico.

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 Quantas dessas consequências vocês acham que têm alguma ligação com desmatamento das florestas? Expliquem. DESEQUILÍBRIOS PROVOCADOS PELO HOMEM PRINCIPAIS CAUSAS AR-CONDICIONADO REFRIGERADORES SPRAYS AEROSSÓIS PRODUÇÃO DE ESPUMA PLÁSTICA

PROBLEMAS DECORRENTES CFC CLOROFLUORCARBONO

CONSEQUÊNCIAS DIMINUIÇÃO DA ÁGUA POTÁVEL

BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO

Atividade do aluno

2. Quando terminarem a leitura, respondam:

AQUECIMENTO GLOBAL SUPERPOPULAÇÃO, CULTIVO E PASTAGENS EM EXCESSO

SOLOS MALNUTRIDOS E EROSÕES

DESMATAMENTO

DESERTIFICAÇÃO

DIMINUIÇÃO DE ALIMENTOS E DESEQUILÍBRIO NA CADEIA ALIMENTAR

QUEIMADAS MATAS E FLORESTAS

FUMAÇA

EFEITO ESTUFA

FÁBRICAS QUEIMA DE COMBUSTÍVEL FÓSSIL

MAIS DESERTOS E MENOS OXIGÊNIO

EXTINÇÃO DE ESPÉCIES

MATANÇA DE ANIMAIS

LIXO

POLUIÇÃO DO AR CHUVA ÁCIDA

DIMINUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE

PRODUTOS QUÍMICOS NA AGRICULTURA POLUIÇÃO DA ÁGUA ESGOTO LANÇADO NOS RIOS ATERROS MUNICIPAIS

DOENÇAS E FOME EM MASSA POLUIÇÃO DO SOLO

LIXO TÓXICO USINA NUCLEAR

RADIOATIVIDADE

ENVENENAMENTO DA VIDA AQUÁTICA E DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

EXTINÇÃO DA VIDA NA TERRA

3. Depois de ter discutido o que entendeu junto a seu grupo, anote em seu caderno as informações mais importantes sobre cada um dos temas apresentados. 4. A seguir, apresente a reflexão do grupo para a classe e discutam-na coletivamente.

ATIVIDADE 3B: O DESMATAMENTO E SUA INFLUÊNCIA EM DIFERENTES PROBLEMAS AMBIENTAIS Objetivos  Ampliar conhecimento prévio sobre o tema, focalizando as consequências do desmatamento para a vida do planeta.  Utilizar procedimentos de estudo de textos de divulgação científica.

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 Articular informações de verbetes para resolver dúvidas de compreensão de texto.  Identificar aspectos principais em trechos de texto, de modo a elaborar sínteses do mesmo.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada de duas maneiras: coletivamente e em duplas.  Quais os materiais necessários? Texto que será lido – folha de Atividade 3B.  Qual é a duração? Duas aulas de 50 minutos.

Encaminhamento Parte A – 1a aula  Converse com os alunos para apresentação dos propósitos da atividade e oriente-se quanto ao desenvolvimento do trabalho.  Depois de anunciar que o texto trata de alguns problemas graves do planeta, leia com os alunos a primeira parte do texto “A escassez da água”, auxiliando-os a utilizar os procedimentos de estudo (ensine-os a fazer anotações na margem esquerda da folha, identificando do que trata o trecho do texto, grifar tópicos fundamentais para a compreensão do assunto e reescrever, com suas próprias palavras, o que entenderam de expressões ou termos que consideraram “difíceis” durante a leitura). Enquanto leem, comente o que diz o texto, certificando-se que os alunos compreenderam o que está escrito.  Deixe que as duplas deem prosseguimento à atividade, realizando a leitura da segunda parte do texto. Oriente-os para que utilizem os mesmos procedimentos de estudo empregados no texto inicial.

Parte B – 2a aula  Depois do estudo em duplas, é hora de os alunos apresentarem o trabalho aos demais colegas. Peça às duplas que exponham as ideias que julgaram ser mais importantes, socializando o conteúdo dos demais textos. Certifique-se que compreenderam o que dizem e ajude-os a identificar as ideias principais, caso tenham dificuldade em tê-lo feito nas duplas.  No processo de estudo, é importante ouvir os alunos a respeito dos aspectos que consideram importantes e, sempre que julgar que houve algum equívoco, problematize a questão, ouvindo outras indicações e estimulando-os a expor suas ideias. Mesmo que a resposta seja adequada, solicite que o aluno relate como chegou a ela, explique a sua posição e mostre os procedimentos utilizados para identificar essa ou aquela informação.  Para finalizar, retome a última questão, solicitando que os alunos identifiquem qual ação humana está presente como causa de todos os problemas apresen-

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ATIVIDADE 3B: O DESMATAMENTO E SUA INFLUÊNCIA EM DIFERENTES PROBLEMAS AMBIENTAIS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

tados no texto. Essa pergunta estabelece relação direta com um dos temas do projeto, que é o desmatamento.

1. Com seu parceiro de trabalho, leia os textos apresentados a seguir. Eles demonstram alguns dos problemas ambientais atuais, suas causas e consequências para a vida do planeta. Em cada um, faça anotações nas margens do texto ou no caderno sobre o que considerar importante e identificando as ideias principais.

A ESCASSEZ DA ÁGUA A água disponível na Terra só será suficiente para mais 20 anos. De todo o líquido hoje disponível no planeta, 97% é água salgada dos mares e oceanos e 2% corresponde à água doce não disponível por estar solidifi cada em geleiras e icebergs. Menos de 1% da água existente na superfície terrestre é potável. Apesar de anunciada, essa crise é agravada por diferentes fatores. O fator mais importante é o crescimento demográfico acelerado. No ano 2000, 6 bilhões de pessoas habitavam a Terra. Na época, essa era a metade da população que, segundo os especialistas, a Terra poderia abrigar. Essa população mais do que duplicou em 50 anos, pois em 1950 viviam 2,5 bilhões de pessoas na Terra. O crescimento, como se vê, é aceleradíssimo. Quando se considera, conforme informação da ONU, que hoje cerca de 1,3 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável, então só podemos concluir que a situação ficará mais grave. Outro fator que interfere na escassez de água do planeta é o desflorestamento desenfreado, que compromete as áreas de nascentes e as matas que ficam à beira dos cursos de água (matas ciliares). Além desses, há também a ocupação irregular do espaço, que destrói as regiões dos mananciais e o avanço agrícola, que frequentemente causa assoreamento nos leitos dos rios. (Fonte: adaptado de Instituto Unibanco/Fundação Victor Civita. Meio ambiente conhecer para preservar – v. 1. Encarte da revista Escola, São Paulo, n. 161, p. 1A, abr. 2003.)

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Atividade do aluno

OS DANOS À ATMOSFERA A atmosfera do nosso planeta funciona como uma capa protetora dele; uma capa que mantém a temperatura equilibrada tanto de noite como de dia, permitindo que não escape calor absorvido do Sol e mantendo o planeta aquecido para que a vida seja possível. É isso que se denomina de efeito estufa. Sem esse cobertor natural, a vida na Terra não seria possível, pois a temperatura média do planeta seria de 17 ºC negativos e sua superfície permaneceria coberta de gelo. O problema é que essa capa vem sendo agredida tanto pelo desflorestamento quanto pela queimada desenfreada de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, pois isso provoca o aumento de gás carbônico na atmosfera e, dessa maneira, o planeta fica mais quente. Os pesquisadores afirmam que as maiores consequências desse aquecimento são os invernos cada vez mais rigorosos; a ocorrência de chuvas torrenciais e outras perturbações meteorológicas; a diminuição da espessura da camada de gelo polar no verão. Além disso, também a temperatura dos oceanos tem aumentado, o que provoca enorme impacto na cadeia da vida marinha e outros problemas. Outro problema da atmosfera terrestre é a destruição da camada de ozônio, que protege contra o câncer de pele e outros efeitos negativos da radiação ultravioleta emitida pelos raios solares. Segundo os cientistas, os gases emitidos pelos refrigeradores e outros produtos industrializados – clorofluorcarbono (CFC) – têm destruído as moléculas desse escudo protetor, que é a camada de ozônio, provocando o aparecimento de um gigantesco buraco que, em certas ocasiões, chega a atingir 31 milhões de quilômetros quadrados.

A AMEAÇA À BIODIVERSIDADE A biodiversidade do planeta tem sido terrivelmente ameaçada nos últimos tempos, provocando a destruição de inúmeras espécies da flora e da fauna. No Brasil, campeão mundial em número de espécies, dois ecossistemas encontram-se em situação crítica: a mata atlântica e o cerrado, que figuram na lista dos 25 ambientes mais ameaçados do mundo. As causas dessa catástrofe são as seguintes: a exploração de madeira, o avanço das fronteiras agrícolas, a caça e a extração ilegais e a devastação das florestas.

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Hoje se tem consciência de que o planeta não é apenas a fauna e a fora excluindo-se delas o homem. O ser humano é uma das espécies que habita a Terra, relacionando-se com as demais de variadas maneiras. Portanto, meio ambiente não é algo que se situa fora do homem; ao contrário, o homem constitui o meio ambiente. Por outro lado, o planeta não é de um, mas de todos. A natureza não é propriedade de pessoas isoladas que habitam espaços definidos, mas patrimônio da humanidade. Dessa forma, todos têm direito a ar puro, água, qualidade de vida. Essa compreensão pode estar ainda difusa para muitas pessoas, mas, a cada dia, fica mais evidente.

Atividade do aluno

A LUTA PELA SUSTENTABILIDADE DO PLANETA

Junto com essa compreensão, também é necessário vir a consciência de que foi a ação de cada um que veio transformando o planeta ao longo dos séculos. Assim, é a ação de cada um, também, que pode reverter esse quadro. É urgente, então, a mudança efetiva de hábitos e atitudes de todas as pessoas que habitam esse planeta, na direção de se construir a sustentabilidade da vida na Terra. 2. Depois de ter lido os textos, comentando-os com seu colega, socialize suas anotações com o restante da classe. 3. A seguir, responda: Qual é a ação humana apresentada como causa de todos os problemas de que o texto fala? Explique.

ATIVIDADE 3C: O DESMATAMENTO NO BRASIL E NO MUNDO Objetivos  Compreender o que são os hotspots.  Reconhecer a importância dos critérios utilizados para a elaboração do conceito.  Identificar os hotspots brasileiros, caracterizando-os.  Compreender a gravidade da ameaça que o desmatamento apresenta para o planeta.  Ler infográficos articulando seus elementos verbais (legendas) e extraverbais (imagens, ícones, representação cartográfica) constitutivos, de modo a construir significado.  Sintetizar informações de textos lidos, elaborando resumos de estudo.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada, inicialmente, no coletivo; depois em duplas e, por último, individualmente.

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 Quais os materiais necessários? Textos que serão lidos – cópia para todos os alunos da folha de Atividade 3C.  Qual é a duração? Três aulas de 50 minutos.

Encaminhamento Parte A – 1a aula  Inicie essa aula com o grupo todo reunido. Faça a leitura compartilhada do enunciado da atividade, discutindo as questões que, na sua avaliação, precisam de auxílio para que sejam compreendidas. Depois, peça que leiam o verbete – sobre espécies endêmicas – e articule-o com o texto do enunciado, que esclarece a definição de hotspot.  A seguir, faça, com os alunos, uma leitura do infográfico, articulando com ele os textos-sínteses de cada hotspot. Leia antes a legenda, focalizando os ícones apresentados e o seu sentido, pois é isso que possibilitará a interpretação correta dos textos com as informações de cada hotspot. Se for possível na sua escola, utilize os computadores do laboratório de informática e acesse o infográfico na sua versão eletrônica (endereço indicado em nota de rodapé).  Durante a leitura, apresente questões como: J Qual região conserva a menor área em relação à de origem? J Quais as ameaças mais frequentes às regiões? J Qual a área máxima que ainda resiste nas regiões apontadas? J Qual região tem mais espécies endêmicas ameaçadas?  Oriente os alunos para que leiam o verbete sobre espécies endêmicas, de forma a melhor compreenderem o conceito, articulando-o com o infográfico.  Focalize, na discussão, as características da mata atlântica, tema das próximas leituras e discussões.

Parte B – 2a aula  Peça aos alunos que se reúnam em duplas e façam, no caderno, o que é pedido: J Copie do texto o trecho que define hotspot. J O infográfico que você leu mostra os dez hotspots mais críticos do planeta. Qual deles se encontra no Brasil? J Qual é o hotspot que tem mais espécies endêmicas ameaçadas de extinção? J No infográfico, sublinhe a principal ameaça que assola as montanhas do Sudeste chinês.  Quando terminarem, socialize as respostas, pedindo que os alunos expliquem também que recursos utilizaram para encontrar as informações solicitadas. Essa é uma boa oportunidade de socializar procedimentos de localização de informações em infográficos, o que pode ajudar alunos que tenham alguma dificuldade.

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Parte C – 3a aula  O objetivo desta aula é que os alunos vivenciem diferentes maneiras de apresentar uma mesma informação. Para isso, deverão reler o infográfico e localizar o hotspot 4, que aborda a ameaça à biodiversidade da costa leste africana.  Coletivamente, os alunos deverão transformar as informações apresentadas num pequeno texto informativo, a ser redigido por todos, mas no qual você será o escriba. Oriente-os a refletir sobre a necessidade de “dizer” as mesmas informações, porém de um modo mais elaborado. Chame a atenção deles para o fato de que, em um infográfico, as informações são apresentadas de forma sucinta, com poucas palavras, e com imagens que funcionam como legendas. Esse é um modo de favorecer a leitura rápida da informação.  Explique-lhes também que o mesmo pode ser dito sem tanta economia de palavras, por meio de um texto dissertativo, que explica as informações utilizando frases completas.

ATIVIDADE 3C: O DESMATAMENTO NO BRASIL E NO MUNDO NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Para que possam compreender melhor, faça com eles o exercício de transformar o hotspot 4 em um pequeno texto informativo. Quando terminarem, peça que escolham outro hotspot e façam o mesmo, mas agora individualmente. Deverão realizar essa tarefa no caderno de classe.

1. Junto a seu professor e amigos, leia e discuta o texto abaixo. Depois, analise e comente com sua turma o infográfico apresentado a seguir, que faz parte da reportagem “Onde a biodiversidade está mais ameaçada no planeta?”, publicada no site Planeta Sustentável. Trata-se de material que apresenta – entre 34 pontos indicados por diversas organizações ambientais – os dez pontos mais críticos do planeta onde a biodiversidade se encontra ameaçada. Esses pontos são chamados de hotspots: são locais que possuem ao menos 1.500 espécies de plantas endêmicas e já perderam 70% ou mais de suas áreas originais. Juntas, as 34 regiões ocupam menos de 3% da superfície do planeta, mas concentram 50% de todas as espécies vegetais e 42% de todos os vertebrados da Terra. (Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.uol.com.br/noticia/ambiente/ conteudo_239360.shtml>. Acesso em: 5 jan. 2008.)

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Atividade do aluno

Esse nome – hotspot – foi criado em 1988 pelo ambientalista britânico Norman Myers para resolver um dos maiores dilemas dos cientistas preocupados com a conservação do planeta: quais os critérios para criar uma área de preservação do ambiente, mantendo a riqueza de espécies na Terra? “Ao observar que a biodiversidade não está igualmente distribuída pelo planeta, Myers procurou identificar as regiões que concentram, nesse quesito, os mais altos níveis, e se perguntou onde as ações de conservação seriam mais urgentes. Esses locais, os hotspots, são, então, um tipo de pronto-socorro das espécies, áreas de rica biodiversidade e ameaçadas no mais alto grau, portanto, prioritárias para os ambientalistas.” (Disponível em: <http://revistaescola.abril.uol.com.br/online/sequenciadidatica/ PlanoAula_25383.shtml>. Acesso em: 5 jan. 2008.)

Analise os dez pontos indicados no mapa, articulando a ele os textos das legendas apresentados a seguir. Depois, descubra: a. Que região compreende o hotspot brasileiro apontado nesse mapa? b. O que é que faz dele um hotspot? c. Qual a principal ameaça à região? d. Quanto ainda resta da mata original? e. Quantas espécies endêmicas encontram-se ameaçadas?

ESPÉCIES ENDÊMICAS São as espécies que só são encontradas em determinadas regiões geográficas específicas (em geral, nas regiões de origem). Para alguns autores, é sinônimo de espécie nativa. 2. Reúna-se com seu colega de trabalho e responda, no caderno, as questões a seguir: a. Copie do texto o trecho que define hotspot. b. O infográfico que você leu mostra os dez hotspots mais críticos do planeta. Qual deles se encontra no Brasil? c. Qual é o hotspot que tem mais espécies endêmicas ameaçadas de extinção? d. No infográfico, sublinhe a principal ameaça que assola as montanhas do Sudoeste chinês. e. Quando terminarem, contem aos demais o que descobriram e também como fizeram para encontrar as informações solicitadas. 3. Escolha um dos hotspots do infográfico e, em seu caderno, escreva um texto que explique as mesmas informações. Lembre-se de usar frases completas, e não legendas ou palavras-chave.

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Extensão Original Extensão Atual Espécies Endêmicas ameaçadas Principal ameaça

HOTSPOT 1

HOTSPOT 2

MATA ATLÂNTICA

CARIBE

A floresta tropical que cobre grande parte da costa brasileira atinge também o território de nossos vizinhos Uruguai, Paraguai e Argentina.

Concentra diversos ecossistemas como florestas tropicais e regiões semiáridas.

Atividade do aluno

Legendas

229.549 km2. 2

1.233.875 km . 22.955 km2 (10% da cobertura original). 99.944 km2 (8,1% da cobertura original). 209. 90. Ocupação humana.

Desmatamento para a agricultura e inserção de espécies estrangeiras.

HOTSPOT 3

HOTSPOT 4

MADAGASCAR

FLORESTAS DA COSTA LESTE AFRICANA

A ilha africana tem grande diversidade de ecossistemas, como florestas tropicais e secas e um deserto.

Concentram florestas secas e úmidas que abrigam uma grande variedade de primatas. 291.250 km2.

600.461 km2. 29.125 km2 (10% da cobertura original). 2

60.046 km (10% da cobertura original). 12. 169. Desmatamento para agricultura. Erosão gerada pelo desmatamento.

HOTSPOT 5

HOTSPOT 6

CHIFRES DA ÁFRICA

BACIA DO MEDITERRÂNEO

Região árida, é o hábitat da maioria das espécies de antílopes do mundo.

Originalmente apresentava uma flora quatro vezes maior que todo o continente europeu.

1.659.363 km2.

2.085.292 km2.

82.968 km2 (5% da cobertura original).

98.009 km2 (4,7% da cobertura original).

18.

34.

Desmatamento para pastagem e extração mineral.

Ocupação humana.

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Atividade do aluno

HOTSPOT 7

HOTSPOT 8

MONTANHAS DO SUDOESTE CHINÊS

INDOCHINA

Hábitat original de uma das mais ricas faunas de clima temperado, a região tem altitudes que podem chegar a 7.558 metros.

Coberta principalmente pelas florestas tropicais do Sudeste Asiático. Apesar da devastação, nos últimos doze anos, foram descobertas seis novas espécies de mamíferos.

262.446 km2. 20.996 km2 (8% da cobertura original). 8. Caça, extração de madeira e queimada para criação de pastos.

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2.373.057 km2. 118.653 km2 (5% da cobertura original). 78. Desmatamento para agricultura e extração da madeira.

HOTSPOT 9

HOTSPOT 10

FILIPINAS

SUNDALAND

As mais de 7 mil ilhas que compõem o arquipélago eram compostas originalmente por extensas florestas tropicais.

A região, que cobre a Indonésia, a Malásia e outras ilhas do arquipélago do Sudeste Asiático, é dominada pelas florestas tropicais.

297.179 km2.

1.501.063 km2.

220.803 km2 (7% da cobertura original).

100.571 km2 (6,7% da cobertura original).

151.

162.

Extração de madeira.

Extração de madeira.

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ATIVIDADE 3D: A MATA ATLÂNTICA E SUA HISTÓRIA Objetivos  Ampliar o conhecimento a respeito das características da mata atlântica: sua extensão, estados que abrange, localização geográfica, paisagens, ações humanas que provocam desmatamento.  Identificar razões para a preservação da mata.  Utilizar procedimentos de estudo de textos de divulgação científica.  Identificar aspectos principais em trechos de texto, de modo a elaborar sínteses do mesmo.  Comparar dois textos para estabelecer semelhanças e diferenças sobre o que dizem, ampliando as informações a respeito de um determinado tema.  Utilizar definições para estabelecer relações e ampliar o conhecimento sobre a mata atlântica.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em vários momentos, sendo uns de maneira coletiva e outros em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópia da Atividade 3D.  Qual é a duração? Cerca de quatro aulas de 40 minutos.

Encaminhamento Parte A – 1a aula  Solicite que os alunos, em silêncio e individualmente, leiam o texto “Mata atlântica: da exuberância à devastação”.  A seguir, de maneira coletiva, oriente o estudo do texto. Durante o estudo, vá discutindo com os alunos, retomando conceitos, detalhando explicações e ampliando informações. Enquanto isso, recorra a um mapa com a divisão política do Brasil e indique os estados em que se encontravam a mata atlântica original e atual.  Lembre-se que os textos informativos têm termos próprios da linguagem científica, na qual palavras se referem muitas vezes a conceitos. Frequentemente, é preciso auxiliar os alunos a compreenderem o que dizem, explicitando relações com informações que nem sempre, sozinhos, teriam condições de compreender. Alguns exemplos são termos como floresta original, Produto Interno Bruto (PIB), relação predatória e supressão de florestas, entre outros.  Depois disso, oriente-os para que se organizem em duplas (pense sempre em quem pode colaborar efetivamente com o outro – agrupamentos produtivos). Solicite que elaborem uma síntese que contemple as seguintes informações: J desde quando a mata atlântica vem sendo devastada, por quem e como; J extensão da mata atlântica original; J motivos que têm provocado o desmatamento.

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 Na ficha de atividades é solicitado aos alunos que elaborem uma síntese esquemática sobre o assunto. Antes de proceder a essa parte da atividade, converse com eles, explique o que são os esquemas (ver abaixo) e oriente-os a respeito de como elaborar uma síntese esquemática. Esquemas são representações gráficas sintéticas de ideias, fatos, conceitos, princípios, modelos, processos, entre outros conhecimentos. Visam evidenciar e, assim, facilitar a compreensão e a comunicação das relações estruturais, hierárquicas ou de causalidade entre os diversos elementos que compõem essas informações. (Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/esquema>.)

 Solicite que os alunos – mais uma vez em duplas – leiam o texto seguinte, buscando complementar as informações do texto anterior.

Parte B – 2a aula  Explique aos alunos que na atividade a seguir, em duplas, farão uma comparação entre dois trechos do texto e que, nessa tarefa, é possível identificar semelhanças e diferenças entre as informações quando se estabelece um paralelo entre elas. Mostre-lhes que, ao comparar dados, é comum usar termos como: Enquanto uns... outros...; ao mesmo tempo em que uns..., os demais...; para uns e para outros... ou ainda, Tanto para..., quanto para..., assim como palavras e expressões afins, que revelem que se estabelece um paralelismo entre as informações.  A seguir, solicite a apresentação das ideias de cada dupla e discuta-as coletivamente. Os alunos deverão, depois da discussão, retomar suas anotações para complementá-las.

Parte C – 3a aula  Peça aos alunos que leiam as definições de BIOMA e ECOSSISTEMA e ajude-os a estabelecer relações entre os aspectos fundamentais entre elas. Aqui, vale destacar com eles que um bioma abrange diferentes ecossistemas, e que a fauna e a flora compõem as comunidades biológicas de um bioma.

Parte D – 4a aula  Para terminar a atividade, a ideia é discutir sobre a questão “Por que é necessário preservar a mata atlântica?”. Os textos lidos até o momento oferecem referências suficientes para essa discussão. Se você considerar necessário, amplie a lista consultando as referências apresentadas.  Leia o texto apresentado, evidenciando outros aspectos importantes sobre a preservação da mata. São questões que podem contribuir para a ampliação da síntese final, a ser elaborada coletivamente, tendo você como escriba, e registrada posteriormente pelos alunos, no caderno.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

ATIVIDADE 3D: A MATA ATLÂNTICA E SUA HISTÓRIA

MATA ATLÂNTICA: DA EXUBERÂNCIA À DEVASTAÇÃO Diogo Dreyer

A mata atlântica foi, muito provavelmente, uma das primeiras visões que a tripulação de Cabral teve quando chegou ao Brasil. Nessa época, a exuberância da mata se estendia desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e ocupava mais de 1 milhão de quilômetros quadrados. Os primeiros desbravadores das terras tupiniquins descreveram, durante anos, a mata atlântica como uma floresta intocada, de enorme riqueza natural, que levou muitos dos que aqui chegaram no início da colonização a acreditar que o “paraíso na Terra” estava nas Américas. A floresta era ocupada por grupos indígenas tupis relativamente numerosos, como os tupinambás, que já praticavam a agricultura, mas em perfeito estado de harmonia com a vida vegetal e animal. Em contrapartida, a relação do colonizador com a floresta e seus recursos foi, desde o início, predatória. Os colonos não percebiam a importância dos benefícios ambientais que a cobertura florestal nativa trazia, além de serem motivados pela valorização da madeira e do lucro fácil. Esses fatores levaram à supressão de enormes áreas da floresta para a expansão de lavouras e assentamentos urbanos e à adoção de práticas de exploração seletiva e exaustiva de espécies como o pau-brasil – o que aconteceu antes mesmo da exploração do ouro e das pedras preciosas. [...] “Terra Brasilis”, como ficou conhecida a nova colônia de Portugal, teve a origem de seu nome diretamente ligada à exploração do pau-brasil e, portanto, ao início da destruição da mata atlântica. Calcula-se que 70 milhões de árvores foram levadas para a Europa. Atualmente, a espécie vive graças ao trabalho de grupos ambientalistas que fazem seu replantio. Novo Mundo: sinônimo de riqueza fácil A exploração predatória da mata atlântica não se limitou ao pau-brasil. Outras madeiras de alto valor para a construção naval, edificações, móveis e outros usos – como tapinhoã, canela, canjerana e jacarandá – foram intensamente exploradas. Segundo relatórios da virada do século XIX, em Iguape, cidade do

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Atividade do aluno

litoral sul do estado de São Paulo, não havia mais dessas árvores num raio de sessenta quilômetros da cidade. O mesmo se repetiu em praticamente toda a faixa de florestas costeiras do Brasil. A maioria das matas consideradas “primárias” e hoje colocadas sob a proteção das unidades de conservação foram desfalcadas já há dois séculos. [...] Além da exploração dos recursos florestais, existia também um significativo comércio exportador de couros e peles de onça (que chegaram ao valor de 6 mil-réis, o equivalente ao preço de um boi na época), veado, lontra, cutia, paca, cobra, jacaré, anta e de outros animais; de penas e plumas e de carapaças de tartarugas. Não é à toa que quase todas esses animais estão em processo de extinção. A esse modelo predatório de exploração dos recursos da flora e da fauna somou-se o sistema de concessão de sesmarias por parte de Portugal, favorecendo a combinação altamente destrutiva da mata atlântica. O proprietário recebia gratuitamente uma sesmaria e, após explorar toda a mata e consumir seus recursos, a passava adiante por um valor irrisório, solicitando outra ao governo; ou simplesmente invadia terras públicas. Firmava-se o conceito de que o solo era um recurso descartável, pois não fazia sentido manter uma propriedade e zelar por suas condições naturais e sua fertilidade, já que ela poderia ser substituída por outra sem custo. Destruir, passar a propriedade adiante e receber outra era um excelente negócio. “Em se plantando, tudo dá.” No mesmo período de extração do pau-brasil, as terras férteis do Nordeste do país e que estavam na mata atlântica eram utilizadas para a produção do açúcar. A floresta ia sendo derrubada e, em seu lugar, surgiam imensos canaviais. A madeira ia para fornos a lenha, usados no processo de fabricação de açúcar, além de servir para fazer caixotes para o embarque do produto para a Europa. Depois do século XVII, a floresta continuou sendo derrubada para outros usos da terra. No século XVIII, a descoberta do ouro em Minas Gerais abriu grandes feridas na mata, mas foi o Ciclo do Café que mais a devastou. O Ciclo começou a se expandir ainda naquele século e se arrastou até a metade do século XIX, principalmente em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. Resultados catastróficos A exploração madeireira da mata atlântica teve importância econômica nacional até muito recentemente. Segundo dados do IBGE, em meados de 1970, a mata atlântica ainda contribuía com 47% de toda a produção de madeira em tora no país, num total de 15 milhões de metros cúbicos – produção drasticamente reduzida para menos da metade (7,9 milhões) em 1988 devido ao esgotamento dos recursos ocasionado pela exploração não sustentável. Atualmente, a mata atlântica sobrevive em cerca de 100 mil km2. Seus principais remanescentes concentram-se nos estados das regiões Sul e Sudeste,

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Segundo estudos recentes – realizados pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o Instituto Socioambiental e publicados em 1998 –, entre os anos de 1990 e 1995, mais de meio milhão de hectares de florestas foram destruídos em nove estados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que concentram aproximadamente 90% do que resta da mata atlântica no país. Uma extensão equivalente a mais de 714 mil campos de futebol foi literalmente eliminada do mapa em apenas cinco anos, a uma velocidade de um campo de futebol derrubado a cada quatro minutos. Essa destruição foi proporcionalmente três vezes maior do que a verificada na floresta amazônica no mesmo período.

Atividade do aluno

recobrindo parte da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira, onde o processo de ocupação foi dificultado pelo relevo acidentado e pela pouca infraestrutura de transporte.

Se isso continuar a acontecer, em 50 anos, o que sobrou da mata atlântica fora dos parques e outras categorias de unidades de conservação ambientais será eliminado completamente. Vale lembrar que esses desmatamentos não estão ocorrendo em regiões distantes e de difícil acesso. Ao contrário, derruba-se impunemente enormes áreas de florestas a poucos quilômetros de cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Da mata atlântica original, sobraram 456 manchas verdes, irregularmente distribuídas pela costa atlântica brasileira. Embora isso represente apenas 7% da floresta original de 100 milhões de hectares praticamente contínuos, ainda é uma vasta área, equivalente aos territórios da França e da Espanha juntos. Além disso, salvar a mata atlântica é uma questão de “sobrevivência econômica”: em suas imediações, vivem hoje cerca de 100 milhões de pessoas e, pela sua delimitação geográfica, circulam 80% do Produto Interno Bruto nacional (PIB). O que chamamos de mata atlântica são, na verdade, várias matas que têm em comum o fato de estarem próximas ao oceano Atlântico e em áreas de campos e mangues. São lugares bastante úmidos, onde chove muito durante todo o ano. Isso garante a permanência constante de rios e riachos e a imensa manutenção da variedade de espécies vegetais e animais, a biodiversidade. Por causa das condições exclusivas que a floresta proporciona, muitos animais só são encontrados na mata atlântica, um refúgio para espécies que, fora dela, já teriam desaparecido. (Disponível em: <http://www.educacional.com.br/reportagens/mataatlantica/default. asp>. Acesso em: 2 dez. 2009.)

1. Junto a seu colega, em seu caderno, elabore uma síntese – que pode ser esquemática – e que contenha: J desde quando a mata atlântica vem sendo devastada, por quem e como; J manifestações históricas que demonstraram preocupações com o meio ambiente;

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Atividade do aluno

J extensão da mata atlântica original e atual; J motivos que têm provocado o desmatamento. 2. Releia o trecho a seguir. A floresta era ocupada por grupos indígenas tupis relativamente numerosos, como os tupinambás, que já praticavam a agricultura, mas em perfeito estado de harmonia com a vida vegetal e animal. Em contrapartida, a relação do colonizador com a floresta e seus recursos foi, desde o início, predatória. Os colonos não percebiam a importância dos benefícios ambientais que a cobertura florestal nativa trazia, além de serem motivados pela valorização da madeira e do lucro fácil. Esses fatores levaram à supressão de enormes áreas da floresta para a expansão de lavouras e assentamentos urbanos e à adoção de práticas de exploração seletiva. 3. Agora, junto com seu par de trabalho, façam uma comparação entre o modo como índios e portugueses lidavam com a floresta, estabelecendo semelhanças e diferenças entre eles. Anotem suas ideias abaixo, para depois discutir com a turma.

4. Leia as definições de bioma e ecossistema, relacionando as informações que têm em comum ou aquelas que estão relacionadas.

BIOMA Bioma é um conjunto de diferentes ecossistemas. [...] são as comunidades biológicas, ou seja, as populações de organismos da fauna e da flora interagindo entre si e interagindo também com o ambiente físico. [...] O Brasil tem seu território ocupado por seis biomas em terra firme e um bioma marinho. (Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Biomas_brasileiros>. Acesso em: 2 dez. 2009.)

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Ecossistema é o conjunto dos relacionamentos que a fauna, a flora, micro-organismos e o ambiente, composto pelos elementos solo, água e atmosfera, mantêm entre si. Todos os elementos que compõem o ecossistema se relacionam com equilíbrio e harmonia e estão ligados entre si. A alteração de um único elemento causa modificações em todo o sistema, podendo ocorrer a perda do equilíbrio existente. Se, por exemplo, uma grande área com mata nativa de determinada região for substituída pelo cultivo de um único tipo de vegetal, pode-se comprometer a cadeia alimentar dos animais que se alimentam de plantas, bem como daqueles que se alimentam destes animais.

Atividade do aluno

ECOSSISTEMA

(Disponível em: <http://wiki.educartis.com/wiki/index.php?title=Ecossistema>. Acesso em: 2 dez. 2009.)

Converse com seu professor e colegas e discutam: Por que a mata atlântica é um importante bioma brasileiro? 5. Considerando o que foi lido até o momento sobre a mata atlântica, leia o texto abaixo e converse com a classe sobre o seguinte aspecto: J Por quais motivos é importante cuidar da mata atlântica, impedindo a sua devastação?

POR QUE SALVAR A MATA ATLÂNTICA? Não faltam razões para salvar a mata atlântica. Seus mananciais abastecem as cidades e comunidades do interior. Sua presença contribui para regular o clima, a temperatura, a umidade e as chuvas, proporcionando melhor qualidade de vida a 70% da população brasileira. Além disso, a mata atlântica é campeã em biodiversidade de espécies animais e vegetais. E só esse aspecto justificaria a preservação. Um hectare de floresta no Nordeste dos Estados Unidos contém dez espécies de árvores, enquanto um hectare da mata atlântica abriga 450 espécies. (Adaptado de Instituto Unibanco/Fundação Victor Civita. Meio ambiente conhecer para preservar – v. 5. Encarte da Revista Escola, edição 161. São Paulo: Editora Abril, 2003.)

6. Para concluir este estudo, elabore, junto com seus colegas e professor, uma síntese sobre a necessidade de preservar a mata atlântica. Registre suas conclusões no espaço abaixo.

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ATIVIDADE 3E: O SÍMBOLO DOURADO DA MATA ATLÂNTICA Objetivos  Conhecer o animal símbolo da preservação da mata atlântica.  Relacionar desmatamento e regeneração da mata.  Utilizar procedimentos de estudo de textos informativos: fazer antecipações a partir do título, selecionar ideias relevantes, produzir uma ficha técnica, elaborar sínteses, levantar fontes de informação

Planejamento  Como organizar os alunos? Eles trabalharão individualmente no início, depois em duplas e, por último, coletivamente.  Quais os materiais necessários? Folhas da Atividade 3E para todos os alunos.  Qual é a duração? Duas aulas de 40 minutos

Encaminhamento Parte A – 1a aula  Peça aos alunos que leiam o título do primeiro texto. Levante com eles possíveis antecipações a respeito do tema e do que será lido e o que imaginam que o texto trará de novas informações. Depois, peça que leiam o texto silenciosamente para confirmar ou não suas hipóteses.  Quando tiverem terminado, socialize o resultado: as antecipações foram corretas? Que novas informações o material apresentou? De onde essas informações foram retiradas? Quem as organizou para que pudéssemos lê-las?  Oriente-os a fazer um resumo para registrar o que aprenderam com a leitura, lembrando-os de não esquecerem o título e as informações principais tratadas no texto.

Parte B – 2a aula  Agora que já sabem quem é o símbolo da mata atlântica, convide a turma a conhecer um pouco melhor esse animal. Peça que leiam, silenciosamente, o segundo texto e depois se reúnam em dupla para preencher a ficha técnica desse animal e responder as perguntas.  Antes, explique que a ficha técnica apresenta as ideias principais de um tema ou estudo, como acontece no resumo. Mas, diferentemente deste, a ficha se caracteriza pelo registro breve das informações, que são escritas em itens, por categorias ou subtemas.

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 No caso do mico-leão, os recortes temáticos já estão definidos, e para preencher essa ficha, os alunos precisarão selecionar as informações no texto.

ATIVIDADE 3E: O SÍMBOLO DOURADO DA MATA ATLÂNTICA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Depois, devem responder, no caderno, as questões cujas respostas também exigem seleção de informações.

1. Leia o texto abaixo e depois converse com seu professor e colegas a respeito das informações que ele traz. Quando terminar, faça um resumo em seu caderno, lembrando-se de indicar o título e as ideias principais.

O MICO-LEÃO-DOURADO AJUDANDO NA PRESERVAÇÃO DA MATA O mico-leão-dourado está para a mata atlântica assim como o semeador está para a plantação. A espécie é um importante dispersor de sementes e, ao desempenhar esse papel, auxilia na regeneração da mata – cujo desmatamento é o principal problema associado a sua extinção. Além de ser um grande consumidor dos mais diversos tipos de frutos, esse pequeno primata espalha as sementes por onde passa, podendo ligar áreas isoladas de mata. Originário do Rio de Janeiro, o mico-leão-dourado habitava toda a baixada litorânea do estado, mas, atualmente, pode ser encontrado em apenas seis municípios. Para proteção da espécie foram criadas três unidades de conservação, e uma delas é a Reserva Biológica União. Ela foi transformada em reserva pelo Ibama em 1998 pelo fato de ter recebido seis grupos de mico-leões-dourados advindos de áreas isoladas e ameaçadas pela escassez de mata. Hoje, já são mais de trinta grupos, com uma média de seis animais cada, contribuindo para manter e aumentar a variabilidade genética da espécie. O consumo de grande quantidade e variedade de frutos faz do mico-leão-dourado um importante dispersor. Após uma “refeição”, o mico-leão-dourado leva entre uma hora e uma hora e meia para defecar. Um intervalo curto como esse faz com que o animal se alimente várias vezes ao dia e defeque nos locais mais diversos.

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Atividade do aluno

O mico engole grande parte das sementes dos frutos, que saem intactas nas fezes e em condições de germinar. A outra parte é cuspida pelo animal e, mesmo dessa forma, a atuação do mico é benéfica, pois, ao ingerir a polpa, ele diminui os riscos de mortalidade da semente por fungos e predadores. Para as sementes, é importante que sejam depositadas longe da árvore-mãe para haver menor competição por espaço e menos chance de predação. O mico-leão-dourado costuma defecar em locais distantes daquele onde se alimentou, numa média de 105 metros, podendo alcançar quase um quilômetro. “Apenas 5,8% das sementes foram depositadas até 10 metros do local de origem, enquanto 82,02% ficaram entre dez e duzentos metros, distância considerada favorável para a germinação”, explica a pesquisadora Aline Moraes. Além disso, ela comenta que os micos-leões-dourados alocam a grande maioria das sementes em lugares adequados para a germinação. Ou seja, se o fruto é originário de uma região mais úmida, o mico costuma levar a semente para um local de condições semelhantes. Esse comportamento também favorece a germinação. O mico-leão-dourado é um dos primatas mais ameaçados de extinção do mundo. Estudos sobre seu comportamento irão contribuir para a preservação da espécie, de seu hábitat, e da própria Reserva Biológica União, uma das poucas áreas remanescentes de mata atlântica. (Texto adaptado de Agência USP de Notícias. Original disponível em: < http://www.usp.br/agen/bols/2006/rede1949.htm>.)

Agora que você já descobriu qual é o animal símbolo da mata atlântica, que tal saber um pouco mais sobre ele? 2. Leia o texto abaixo em silêncio. Junte-se a seu colega de trabalho e converse com ele sobre o que descobriu.

MICO-LEÃO-DOURADO O mico-leão-dourado é o símbolo da luta pela conservação da mata atlântica. Isso porque ele é um importante dispersor de sementes, o que auxilia na regeneração das florestas. Esse raríssimo primata é um animal pequeno, que mede cerca de sessenta centímetros. Possui um belo pelo dourado e uma juba em torno da cabeça, o que deu origem ao seu nome. Seus pelos são sedosos e, ao sol, adquirem um belíssimo brilho. O mico-leão também é conhecido por sauí, sagui, sagui-piranga, sauí vermelho e mico. É um dos mais raros primatas do planeta, encontrado apenas em pequenas áreas florestais do Rio de Janeiro. Lá, vive nas copas das árvores, procurando seus alimentos preferidos.

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Quando o macho encontra uma fêmea, fica com ela por toda a vida. Entre os micos-leões, o recém-nascido não passa mais do que quatro dias pendurado à mãe. Depois disso, é o pai quem o carrega, cuida dele, o limpa e penteia. A mãe só se aproxima na hora da mamada. Cada fêmea dá à luz de um a três filhotes em cada gestação, que pode ocorrer até duas vezes por ano.

Atividade do aluno

O mico-leão-dourado gosta de viver em grupos de aproximadamente seis indivíduos, tem hábitos diurnos e é onívoro: come frutos, insetos, ovos, pequenos pássaros e lagartos.

O mico-leão vive, em média, quinze anos. O tráfico de animais fez com que fosse muito caçado para servir como animal de estimação e ser exibido em zoológicos. Por causa disso, e também pela destruição de seu hábitat, está ameaçado de extinção. Atualmente, ganhou uma área especial de proteção: a Reserva Biológica de Poço das Antas, no Rio de Janeiro. (Fontes: Revista Recreio, v. 1, Mata atlântica – Coleção De Olho no Mundo e site www.saudeanimal.com.br.)

3. A seguir, completem a ficha técnica do mico-leão-dourado e respondam as perguntas. Corpo Alimentação Hábitat Hábitos Longevidade a. Por que o mico-leão-dourado é o símbolo da preservação da mata atlântica? b. Copie o trecho do texto que cita outros nomes pelos quais o mico-leão-dourado é conhecido. c. Escreva uma informação que você ache interessante sobre a vida em família desse animal.

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ATIVIDADE 3F: A VIDA NA MATA Objetivos  Conhecer a fauna e a flora da mata atlântica.  Selecionar informações.  Aprender a fazer uma pesquisa, em classe.

Planejamento  Como organizar os alunos? Num primeiro momento, os alunos trabalharão individualmente. Depois, em duplas  Quais os materiais necessários? Texto descrito na página da Atividade 3F, livros, revistas, computador e outros materiais para pesquisa.  Qual é a duração? Duas aulas de 50 minutos

Encaminhamento Parte A – 1a aula  Peça aos alunos que abram seu livro na página em que se encontra a Atividade 3F e oriente-os a ler o título do texto, levantando suposições a respeito de que tratará a aula.  Antes de procederem à leitura, propriamente, comente com eles que Ilha Grande é um município de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, e tem praias maravilhosas. Seria interessante mostrar imagens da internet ou mapas e folders do lugar.  Converse com eles e procurem levantar, antes da leitura, que relações é possível estabelecer entre esse lugar e a mata atlântica. Explore com eles também o significado das palavras fauna e flora.  Quando tiverem concluído, peça que comecem a leitura do texto em silêncio. Ele deverá ser comentado coletivamente, antes do final da aula.  A seguir, peça que completem o quadro de fauna e flora, classificando os seres que aparecem segundo o conceito de fauna e flora.

Parte B – 2a aula  Retome o assunto da aula anterior explicando aos alunos que nessa aula vocês farão uma pesquisa para ampliar o conhecimento sobre a fauna e a flora da mata atlântica.  Para isso, selecione previamente materiais diversos para pesquisa, como livros, revistas científicas, enciclopédias e álbuns de animais. Caso seja possível, providencie também um computador com internet, bom aliado no processo de busca de informações.

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 Essa aula será destinada a ensiná-los a fazer pesquisa, a encontrar informações específicas, mais do que ampliar o repertório dos alunos a respeito da flora e da fauna. Para que isso aconteça, é necessário que você oriente os alunos em relação à possibilidade de guiar-se pelo índice, índice remissivo, quando houver, títulos e subtítulos, paginação, seções em revistas, uso de legendas, bem como ensinar a acessar a internet.

ATIVIDADE 3F: A VIDA NA MATA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Leia o texto abaixo e conheça alguns importantes representantes da fauna e da flora brasileiras.

Atividade do aluno

 Sugerimos que inicialmente lembre os alunos a respeito dos objetivos da pesquisa, de forma que não percam de vista a intencionalidade da leitura. Também pode fazer uma breve explanação sobre as fontes de pesquisa e como usá-las. De todo modo, ao longo do trabalho, é imprescindível que você circule entre as duplas e ajude os alunos nas dúvidas que apresentarem.

MATA ATLÂNTICA NA ILHA GRANDE A Ilha Grande abriga rica fauna e flora representativas da região, muitas espécies de aves – papagaio, pica-pau, tiés, sabiás, saracuras etc. Diferentes macacos, esquilos, tatus, pacas, ouriços, águas-vivas, cobras, lagartos etc. Algumas espécies já ameaçadas de extinção, como é o caso do macaco bugio. A fauna endêmica é formada principalmente por anfíbios (grande variedade de anuros), mamíferos e aves. É uma área em que chove muito, por causa das elevações do planalto e das serras. A variedade da flora da mata atlântica sempre despertou o interesse de viajantes, artistas, naturalistas e comerciantes estrangeiros. Na Ilha Grande, algumas espécies da flora brasileira acabam se destacando, como os jequitibás, por seu porte majestoso, o gravatá, as orquídeas e as bromélias, pelo vistoso e muitas vezes inesperado colorido, e as quaresmeiras, que, no princípio do ano, salpicam de um roxo muito vivo as encostas e vales. No caso do pau-brasil, no entanto, foram as razões históricas e econômicas que o colocaram em destaque. A Constituição Federal de 1988 coloca a mata atlântica como patrimônio nacional, junto com a floresta amazônica brasileira, a Serra do Mar, o Pantanal mato-grossense e a zona costeira. A derrubada da mata secundária é regulamentada por leis posteriores; já a derrubada da mata primária é proibida. ONGs e lide-

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Atividade do aluno

ranças comunitárias vêm pressionando os órgãos públicos para que implementem medidas legais que deem à Ilha Grande um mínimo de sustentabilidade. (Texto adaptado de: <http://www.ilhagrande.org/sys>.)

2. A partir do que leu, preencha o quadro abaixo. FAUNA E FLORA DA MATA ATLÂNTICA FAUNA

FLORA

3. Agora, junto com seu professor e amigos, faça uma pesquisa e amplie o quadro, completando-o com outros animais da mata atlântica que não aparecem no texto. Lembre-se de consultar o índice e os subtítulos presentes nos livros e revistas. Você também pode fazer uma busca na internet. As legendas de fotos e imagens podem ajudá-lo.

ATIVIDADE 3G: DESMATAMENTO E SUSTENTABILIDADE Objetivos  Compreender as causas do desmatamento.  Relacionar desmatamento com sustentabilidade.  Identificar ações que podem ser praticadas para garantir a sustentabilidade do planeta em relação à preservação da biodiversidade.  Elaborar uma definição de sustentabilidade.  Utilizar procedimentos de estudo de textos de divulgação científica.  Articular informações de dois textos para construir um conceito.  Identificar aspectos principais em trechos de texto, de modo a elaborar sínteses do mesmo.

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Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em vários momentos: alguns de maneira coletiva e outros em duplas.  Quais os materiais necessários? Folha da Atividade 3G para todos os alunos e caderno de classe.  Qual é a duração? Cerca de quatro aulas de 40 minutos.

Encaminhamento Parte A – 1a aula  Solicite que os alunos leiam o texto “Algumas causas do desmatamento”. Depois da leitura, organize o estudo do texto, tal como previsto nas atividades anteriores, socializando o que descobriram com a leitura. Quando terminarem, solicite que registrem no caderno as principais ideias do texto.

Parte B – 2a aula  Oriente a leitura dos excertos das falas de alguns dos conselheiros do movimento Planeta Sustentável. Depois da leitura, coordene uma roda de conversa orientada pelas questões propostas na atividade. Você poderá assistir aos vídeos citados para ter ideia do todo das declarações. Caso sua escola tenha uma sala do ACESSA, você pode, também, levar os alunos para assistir esses vídeos. Esta é uma oportunidade interessante para promover a pesquisa em diversas fontes de informação.

Parte C – 3a aula  Depois da conversa, faça a leitura compartilhada e o estudo do texto “Trilha da sustentabilidade”. Faça, primeiro, uma leitura integral do texto. Depois, comece a leitura de estudo, discutindo com os alunos aspectos importantes contidos em cada parágrafo. Sugestão: 1o parágrafo: Elaboração do conceito de sustentabilidade: anos 1980. Aceitação mundial. 2o parágrafo: ONU conclui que é preciso mudar padrões de produção e consumo mundiais. Isso gera movimento mundial. 3o parágrafo: Filantropia, responsabilidade social e sustentabilidade. Sustentabilidade: cuidar. 4o parágrafo: Sustentabilidade: compromisso com o futuro; caminho; prever impactos da ação humana. 5o parágrafo: Sustentabilidade: exercício cotidiano de responsabilidade.  Depois desse estudo, oriente os alunos para que, considerando o texto lido e as ideias que apresenta, assim como a análise das falas dos conselheiros,

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elaborem uma definição de sustentabilidade. Organize-os em grupo com quatro participantes e determine o tempo que será utilizado para essa tarefa. Ao final, solicite que apresentem a definição do grupo e consolide a reflexão de todos em uma única definição coletiva que contemple aspectos constitutivos das várias definições.

Parte D – 4a aula  Ajude os alunos a identificar, na vida cotidiana, situações em que podem contribuir para uma relação sustentável com o mundo ao seu redor.

Atividade do aluno

 Reúna-os em quartetos e solicite que andem pela escola, pensando como podem ajudar na sustentabilidade dentro da instituição. Algumas formas estão relacionadas com a coleta seletiva de lixo, com o reaproveitamento de papel, evitando desperdício, com o consumo cuidadoso de água e energia. Solicite que anotem suas ideias para depois socializarem com os colegas. A seguir, peça que façam o mesmo em sua casa e também compartilhem as ideias com a classe.

ATIVIDADE 3G: DESMATAMENTO E SUSTENTABILIDADE NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Temos conversado, até o momento, sobre o desmatamento e as ações humanas que costumam provocá-lo. Neste momento, vamos estudar um pouco mais a esse respeito. Para tanto, leia o texto apresentado a seguir. Depois, anote as ideias principais de cada subtema em seu caderno.

ALGUMAS CAUSAS DO DESMATAMENTO O modelo econômico adotado Para sobreviver e desenvolver-se, os seres humanos, desde sua origem, precisaram produzir seus próprios meios de subsistência, transformando a natureza ou intervindo nela. Isso começou a partir das economias primitivas baseadas na caça, na pesca e no extrativismo madeireiro. Prosseguiu com o desenvolvimento da agricultura pecuária, acentuando-se ainda mais com o processo de urbanização e industrialização. O modelo de desenvolvimento econômico escolhido tem influência direta na forma e intensidade de utilização dos recursos naturais. O processo de industrialização baseado na exploração de recursos como água, petróleo, madeira

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O modelo de desenvolvimento e as ações governamentais que favorecem a exploração desenfreada de recursos naturais contribuem para o aparecimento de uma cultura de desrespeito ao meio ambiente, expressa em atitudes como jogar lixo nas ruas, praias e parques, na destruição de áreas verdes, frequentemente substituídas por cimento e azulejo nos imóveis e condomínios residenciais, na pavimentação sem planejamento de ruas e estradas, no desperdício de água e energia elétrica.

Atividade do aluno

e minerais, entre outros, bem como na concentração da população nos centros urbanos e na agropecuária predatória, provocou profundas mudanças no meio ambiente, caminhando para o esgotamento de recursos indispensáveis à própria sobrevivência da humanidade. [...]

Muitas coisas que compramos contribuem para a devastação da floresta tropical. Madeiras nobres, como mogno, peroba e imbuia, são exemplos clássicos. Plantações de frutas tropicais são frequentemente encontradas em áreas onde no passado havia uma floresta tropical ou mata nativa.

O crescimento da população mundial O crescimento da população mundial intensifica a necessidade de áreas cada vez maiores para a produção de alimentos e técnicas que aumentem a produtividade da terra, o que diminui as florestas e amplia as áreas destinadas a lavouras de monocultura e criação de animais, com consequente diminuição da diversidade de espécies animais e vegetais.

A urbanização A urbanização contribui para a diminuição das áreas florestadas na periferia das cidades, agravando o desequilíbrio do meio ambiente, principalmente quando o desmatamento e a ocupação ocorrem em áreas de mananciais ou de risco, poluindo e diminuindo a água potável disponível na região. A destruição da floresta decorre do desmatamento de encostas dos morros, assim como do incontrolável corte de madeira, da agricultura, da produção de carvão vegetal e da ocupação imobiliária desordenada. Algumas companhias estão ainda envolvidas em grandes projetos industriais que destroem a floresta tropical. Algumas áreas da floresta tropical são ricas em metais preciosos, como o ouro e a prata. Grandes depósitos de alumínio, ferro, zinco e cobre também são encontrados. A exploração industrial de minérios e a afluência de mineiros nas áreas de matas não exploradas resultam inevitavelmente em desflorestamento. A contaminação pelo mercúrio (usado na extração de ouro) também é comum. [...]

As queimadas As queimadas, amplamente utilizadas para limpar o terreno na expansão das fronteiras agrícolas, visando à instalação de projetos agropecuários, geral-

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Atividade do aluno

mente de monocultura, como a soja ou cana-de-açúcar, aceleram o processo de empobrecimento do solo. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1991, a área devastada da Amazônia chega a 11.100 km2, ou seja, 0,3% da floresta. No Amapá e em Rondônia, a metade da área cultivável foi devastada. As queimadas, nesse ano, provocaram nuvens de fumaça que alcançaram a África e a Antártida. [...]

Rodovias e hidroelétricas A construção de grandes hidroelétricas também causa a destruição de matas e produz profundas alterações no meio ambiente. A abertura de grandes rodovias, como a Transamazônica, sem planejamento de preservação ambiental, favorece a instalação de projetos agropecuários e indústrias de mineração industrial que provocam poluição e aumentam a demanda de carvão vegetal, ampliando, dessa forma, o desmatamento e a destruição da fauna e da fora. Estimula ainda a expansão do garimpo, que, por sua vez, contribui para a ocupação descontrolada e a devastação das florestas. 2. Agora, mais uma vez, junto a seu professor e demais colegas, você vai estudar o texto. Pegue lápis e o marca-texto e mãos à obra! Seu professor vai orientá-lo. 3. Leia, a seguir, o que pensam algumas autoridades no assunto sobre sustentabilidade. Os textos que você vai ler foram transcritos de um vídeo dos conselheiros do movimento Planeta Sustentável.

OPINIÕES DE ALGUNS CONSELHEIROS, AO RESPONDEREM SOBRE O QUE É SUSTENTABILIDADE: “É você agir de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável. [...] Trata-se de uma solução para um problema que a gente causou por não prestar atenção nisso. É a gente imaginar agora que a gente está construindo o futuro.” (Caco de Paula – coordenador do Planeta Sustentável)

“É a gente perceber o nosso papel de habitantes provisórios do mundo [...] porque a gente tem que deixar pras próximas gerações um mundo um pouco melhor. [...] É respeito conosco, com nossos sonhos, com nossos desejos e com tudo que nos cerca, que nos diz respeito e que nos toca. É a natureza, o respeito urbano, é a gentileza, é separar lixo. É o maior tema da nossa época e o tema mais global que pode existir, porque diz respeito a nós mesmos e aos outros.” (Leandro Sarmatz – redator-chefe de Vida Simples)

“É projeto conjunto, para ser construído em conjunto. [...] Todo mundo pensa que não tem nada a ver com essa palavra. E tem! Eu tenho a ver, você tem a

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(Zulmira de Souza – Repórter Eco – TV Cultura)

Atividade do aluno

ver. A forma como eu consumo água, como eu consumo roupa, como eu consumo energia elétrica, sapato, carro, tudo isso é sustentabilidade. É a forma como nós atuamos no mundo. Ou nós somos sustentáveis, ou não. Sustentabilidade pra mim é isso. É você se colocar no mundo pensando em qual é o papel que você tem aqui.”

4. Converse com seus colegas e professora: a. De quais depoimentos você mais gostou? Por quê? b. O que todos eles têm em comum? Explique. c. Que recado você acredita que os conselheiros quiseram dar às pessoas com seus depoimentos? d. Que relação você vê entre as causas do desmatamento e a ideia de sustentabilidade? 5. Você irá, agora, elaborar no seu caderno, junto com seus colegas de grupo, uma definição de sustentabilidade. Consulte, para tanto, o texto apresentado a seguir, que você deve estudar, orientado pelo professor.

TRILHA DA SUSTENTABILIDADE Adalberto Wodianer Marcondes

[...] Nos anos 80 a Organização das Nações Unidas (ONU) encomendou um estudo à então primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland. [...] Foi a primeira vez que um conceito para sustentabilidade foi expresso e mundialmente aceito. De acordo com o relatório, “ser sustentável é conseguir prover as necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras em garantir suas próprias necessidades”. Foi também a primeira vez que um estudo patrocinado pela ONU chega à conclusão de que é preciso mudar os atuais padrões de produção e consumo adotados pelas diversas sociedades da Terra, de forma a preservar os recursos e serviços ambientais necessários à sobrevivência humana. Desde então existe um grande movimento de governos, empresas e ONGs que buscam criar parâmetros para o desenvolvimento sustentável. [...] Existe na Bíblia um antigo provérbio que muito bem se aplica na definição dos conceitos de Filantropia, Responsabilidade Social e Sustentabilidade: dar o peixe a quem tem fome é Filantropia, ensinar a pescar para garantir o alimento é Responsabilidade Social, no entanto, cuidar da qualidade da água do rio, preservar suas margens e suas nascentes, cuidar para que não seja poluído e nem assoreado, e que existam peixes para sempre, é Sustentabilidade.

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Atividade do aluno

A sustentabilidade é um compromisso com o futuro, não é uma meta que possa ser atingida, mas um caminho que [...] [se deve] trilhar em busca de melhores soluções para os problemas humanos, sejam eles econômicos, sociais ou ambientais. Este compromisso com o futuro se expressa de diversas maneiras e em distintos graus [...]. O fundamental é que esteja sempre permeando qualquer decisão [...]. Nenhuma ação humana [...] está isenta de impactos e todos eles devem estar previstos de forma a poderem ser neutralizados ou minimizados. Ser sustentável é, portanto, o exercício cotidiano da responsabilidade. (Fonte: Jornal Envolverde. Disponível em: < http://rbb.org.br/portal pages/publico/ expandir/fbb>. Acesso em: 10 jan. 2008. O autor é diretor de redação da Agência Envolverde, recebeu em 2006 o Prêmio Ethos de Jornalismo.)

6. Para finalizar nossos estudos sobre o tema, reúna-se com seu grupo. Vocês circularão pela escola, procurando identificar como podem contribuir para a sustentabilidade. Anotem as ideias no caderno para contribuir com sua turma.

ETAPA 4: ESTUDO E PLANEJAMENTO DO SEMINÁRIO ATIVIDADE 4: PLANEJANDO O SEMINÁRIO Objetivo  Planejar, uma a uma, todas as tarefas do seminário, definindo os responsáveis.

Planejamento  Como organizar os alunos? No início a atividade é coletiva; depois, os alunos serão divididos em grupos.  Quais os materiais necessários? Quadro com as características de um seminário (escrito na lousa ou em papel pardo); quadro para que sejam indicadas as tarefas e seus responsáveis (a ser afixado na classe também).  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos a respeito do propósito da atividade e da maneira como será desenvolvida.

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 Para começar, retome as características do seminário, discutidas na Atividade 2, e organize-as em um cartaz afixado na classe. Retome, ainda, o quadro do projeto.  Para explicar aos alunos o que é um seminário e como se organiza e apresenta, aponte os seguintes aspectos: J Para iniciar os trabalhos, cada grupo deve reunir-se e elaborar um plano geral: que assuntos serão tratados (é interessante definir isso coletivamente, retomando com os alunos o que estudaram e acreditam ser interessante expor para a 3a série), de quais fontes de pesquisa dispõem, como será feita a divisão de tarefas (eles precisam considerar quem redigirá a exposição por escrito, quem fará os cartazes; podem fazer também transparências, apresentações de Power Point ou usar outros recursos audiovisuais), o que cada membro do grupo fará, quem responderá às perguntas dos alunos ouvintes). J Pode-se elaborar fichas-guia para a apresentação oral. Essas fichas contêm um esquema com os tópicos que serão abordados e não devem apresentar frases redigidas, uma vez que sua função é apenas servir de lembrete, de guia para a exposição oral. J A exposição oral deverá ser “ensaiada” e cronometrada, para que o seminário seja bem apresentado e não ultrapasse o tempo disponível. J Um membro apenas ou todos do grupo podem participar da exposição oral. No caso de todos os membros participarem da exposição, cada um “ensaiará” sua parte, tendo o cuidado de não quebrar o encadeamento dos tópicos do Sumário.  É importante fazer um roteiro inicial planejando essas questões, e você deve acompanhar os alunos nesse processo.  Oriente-os para a elaboração de uma lista de tarefas que devem ser desenvolvidas pela classe para a realização do seminário. A seguir, comece, com os alunos, a planejar o trabalho e definir responsabilidades.  Comece pelos temas que serão tratados. Solicite que os alunos levantem temas possíveis e vá anotando na lousa. Considerando o estudo feito, os seguintes temas parecem adequados: J ações humanas que provocam problemas ambientais e as consequências dessas ações para a vida das pessoas; J o desmatamento como causa comum a muitos dos desequilíbrios provocados e o conceito de hotspot; J a mata atlântica: história, extensão, população, paisagens, causas do desmatamento, fauna, flora e demais características; J desmatamento: causas gerais; J sustentabilidade.  A seguir, divida a classe em seis grupos e peça para que cada integrante escolha um tema. Juntos, definam, por fim, um título para o seminário e iniciem o planejamento em pequenos grupos.

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ETAPA 5: ESTUDO E PLANEJAMENTO DA EXPOSIÇÃO ORAL ATIVIDADE 5A: INVESTIGANDO SABERES DOS ALUNOS A RESPEITO DE UMA EXPOSIÇÃO ORAL Objetivos  Compreender como se organiza e realiza uma exposição oral.  Por meio de uma produção inicial – planejamento e apresentação de uma exposição oral a respeito do tema do seminário que coube ao grupo –, tomar ciência do que já sabem sobre uma exposição oral e o que ainda precisam aprender.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada de duas maneiras: em grupo, para planejamento da exposição; no coletivo, para apresentação à classe.  Quais os materiais necessários? Textos estudados na sequência de atividades de leitura e anotações que os alunos fizeram no decorrer do trabalho.  Qual é a duração? Duas aulas de 50 minutos.

Encaminhamento  Solicite que os alunos se reúnam nos grupos definidos para o seminário e planejem a fala do grupo sobre o tema que lhes coube, considerando o tempo, os interlocutores (alunos da 3a série) e as finalidades do evento (exposição oral sobre o tema).  Oriente-os para que prevejam, inclusive, recursos extraverbais (cartazes, imagens, vídeos, mapas, esquemas, entre outros) que usariam para apresentar. Defina o tempo a ser utilizado para tanto.  Solicite que resolvam de que maneira a apresentação acontecerá: se por um dos integrantes apenas, se por mais de um. Oriente-os para que utilizem recursos de apoio para a fala (anotações esquemáticas, por exemplo).  Esse momento é apenas de investigação a respeito do que os alunos já sabem sobre como realizar uma exposição oral. A sua função é investigar esses saberes selecionando os aspectos que merecem mais atenção, mais investimento e, na medida do possível, colocá-los em evidência para os grupos. Serão apresentadas várias atividades com a intenção de trabalhar os diferentes aspec-

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tos que implicam a produção de uma exposição oral. No entanto, você não precisará trabalhar todas, apenas as que forem mais adequadas para atender às necessidades de aprendizagem de seus alunos. Assim, utilize a pauta de observação apresentada a seguir para identificar os saberes já constituídos pelos seus alunos e as necessidades de aprendizagem em função dos objetivos colocados: realizar uma exposição oral.

EXPOSIÇÃO OR AL – PAUTA DE OBSERVAÇÃO Aluno: ASPECTOS

SIM

NÃO

ÀS VEZES

O expositor... ... estabeleceu um bom contato com a audiência? ... procurou incentivar a audiência a ouvir sua exposição por meio de perguntas intrigantes, curiosas, exemplos incentivadores ou outros recursos? ... delimitou bem o tema, procurando esclarecer a audiência a esse respeito? ... apresentou em sua conclusão algum aspecto reflexivo para o interlocutor? ... utilizou recursos de apoio que o auxiliaram para não se perder na fala? ... ajustou a sua linguagem e recursos à audiência?  Os alunos realizarão a exposição e você observará cada uma delas, a partir dessa pauta. Ao término das exposições (que podem ser seis, uma por grupo), você terá um mapa inicial da proficiência da classe para o gênero, com uma representação interessante, posto que, ainda que apenas um integrante de cada grupo fale, os alunos trabalharam em grupo.  De posse das observações, você analisará as informações e selecionará, entre as atividades propostas na sequência que virá a seguir, aquelas que considerar mais apropriadas para trabalhar com seus alunos, em função das necessidades de aprendizagem deles.

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RECOMENDAÇÕES AO EXPOSITOR Aspectos que um expositor deve incorporar à sua fala:  Quando iniciar a exposição, ser simpático, cativar o grupo. Isso fará com que prestem mais atenção;  falar do tema que vai ser apresentado, colocando uma questão que provoque curiosidade nos ouvintes. Isso também fará com que fiquem atentos para o que vai ser apresentado, além de incentivar a reflexão sobre o tema;  mostrar aos ouvintes, com clareza, o caminho que será percorrido durante a exposição. Isso deixa a audiência preparada para o que vem e auxilia na hora de fazer as anotações sobre o que for exposto;  apresentar o caminho utilizando esquemas de apoio, como um cartaz ou transparência que indique o que será tratado. É uma boa estratégia, pois deixa a fala do expositor mais clara;  usar recursos gráficos, cartazes, imagens, vídeos e mapas, pois isso não só ajuda a entender o tema como faz a audiência prestar mais atenção.

Aspectos que um expositor deve evitar:  Entrar logo no assunto, sem explicar a maneira como a fala vai se organizar. Isso deixa o ouvinte sem saber o que vai acontecer, sem orientação para organizar as anotações sobre a fala;  ficar muito preso aos esquemas de apoio, pois isso faz com que o expositor perca contato com o grupo, dispersando-o. Para que isso não aconteça, deve-se estudar muito bem o que vai ser dito, o que dá mais segurança no momento da exposição;  fazer toda a exposição sem utilizar recursos extraverbais;  não prestar muita atenção aos ouvintes, para verificar se estão com “cara de dúvida”. Esse procedimento permite ao expositor ajustar sua fala, replanejar explicações.

ATIVIDADE 5B: ANALISANDO RECURSOS DA ORGANIZAÇÃO INTERNA DE UMA EXPOSIÇÃO ORAL Objetivos  Estudar diferentes expressões que podem ser utilizadas para articular as diversas partes de uma exposição oral, encadeando-as adequadamente para: J apresentar o tema; J apresentar o plano de exposição; J introduzir exemplo;

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J introduzir explicações sobre termos difíceis; J sintetizar a exposição realizada e preparar para a conclusão; J concluir.  Analisar o propósito das expressões nos diferentes enunciados, relacionando as escolhas feitas à finalidade e ao sentido produzido.  Constituir um repertório de expressões que podem ser utilizadas no planejamento da exposição oral.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em duplas, com momentos de discussão coletiva.  Quais os materiais necessários? Cópia para todos os alunos da folha de Atividade 5B.  Qual é a duração? Cerca de 50 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e a maneira como se desenvolverá.  Distribua a folha de atividades e solicite aos alunos que, em duplas, realizem cada uma das tarefas propostas. Vá orientando as duplas, passando pelas carteiras, problematizando aspectos que pareçam equivocados.

ATIVIDADE 5B: ANALISANDO RECURSOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DE UMA EXPOSIÇÃO ORAL NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Na discussão da ordem a ser estabelecida entre os trechos que contêm as expressões, solicite que cada dupla justifique suas escolhas, explicando as fi nalidades de cada um.

1. Conversamos, em atividades anteriores, sobre a maneira pela qual uma exposição oral se organiza. Considerando esse estudo, leia com seu colega as expressões apresentadas a seguir e numere-as na ordem em que devem aparecer na exposição oral.

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Atividade do aluno

ORDEM

EXPRESSÕES ARTICULADORAS DA FALA Agradeço muito a atenção de vocês e espero que eu tenha contribuído para... Hoje vou conversar com vocês sobre..., assunto muito importante para... Para tanto, vou começar falando de...; depois, vou abordar a questão de... e, para terminar, apresentarei a vocês... Para terminar, gostaria ainda de dizer que... Então, vamos lá. Pra começar vamos falar de..., quer dizer... Um exemplo disso é... Bom, eu poderia, então, resumir essa fala em três pontos: o primeiro... o segundo... o terceiro...

2. Agora, explique: com qual finalidade cada uma dessas expressões seria utilizada em uma exposição oral? 3. Analise os excertos de exposições orais apresentados a seguir. Bom, a minha exposição será sobre as causas do desmatamento da mata atlântica, tema importante não só pra se compreender o que é que as pessoas vêm fazendo que têm provocado esse efeito, mas também pra gente poder parar de continuar fazendo. Só assim esse cenário muda.

Então eu gostaria de dizer que a minha fala será sobre a mata atlântica. Sabe, afinal, hoje ela só tem 8% da sua extensão original, e o prejuízo da sua destruição não só pro Brasil, mas pra humanidade, é muito grande.

Então... vocês já ouviram falar na mata atlântica, certo? Mas vocês sabiam que hoje só 8% dela ainda permanece? Sabiam que todo o resto já foi destruído? Então... é sobre isso que vou falar hoje, sobre o desmatamento da mata atlântica.

Vou falar pra vocês de um assunto que me preocupa muito: o desmatamento da mata atlântica. Vocês sabiam que mais de 80% dela já foi destruído? Querem saber como? Então, é exatamente sobre isso que vou falar hoje. Agora, responda:  Qual a finalidade de cada um desses trechos na exposição oral?  Qual maneira de falar você achou mais interessante? Por quê?

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4. Leia os trechos de fala apresentados a seguir. Analise para que serve cada um. “A mata atlântica é rica em espécies endêmicas, quer dizer, aquelas espécies que só existem na mata atlântica, entende? Em nenhum outro lugar mais.”

“Os hotspots, entende, as regiões mais devastadas e, ao mesmo tempo, mais ricas em espécies endêmicas, entende, deixa eu falar, aquelas espécies que só existem naquele lugar mesmo, e não em outro...” Responda:  Qual a preocupação do expositor, em cada um?  Observe a expressões que foram utilizadas para introduzir o exemplo. Que outras você conhece que também poderiam ser utilizadas no mesmo lugar? Faça uma lista delas.

Atividade do aluno

“A destruição das florestas provoca, também, a disseminação de doenças endêmicas, isto é, aquelas doenças que só existiam em determinada região, que ficavam restritas àquela parte da floresta, lá escondidas... Se a mata não existe mais, as doenças se alastram...”

ATIVIDADE 5C: PLANEJANDO UMA EXPOSIÇÃO ORAL Objetivo  Planejar uma exposição oral, considerando todos os aspectos discutidos até o momento.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será, inicialmente, coletiva e, depois, em grupos.  Quais os materiais necessários? Todo o material utilizado no projeto.  Qual é a duração? Três aulas de 50 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e sobre a maneira como se desenvolverá.  Retome, com eles, todos os materiais que serão utilizados no planejamento da exposição, explicitando quais as contribuições de cada um para esse processo.

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 Ressalte a necessidade de retomarem o conteúdo estudado para que não cometam nenhuma incorreção sobre o tema.  Estude o quadro apresentado a seguir e ofereça-lhes referências a respeito de como planejar.

PLANEJAMENTO DA EXPOSIÇÃO OR AL Recursos necessários: retroprojetor, lâminas, cartazes, vídeo. ETAPA

CONTEÚDO

RECURSO

Introdução do tema

Apresentação do tema: ações humanas que provocam problemas ambientais e as consequências dessas ações para a vida das pessoas.

Lâmina de retroprojetor com o título e com imagens dos diferentes problemas.

Apresentação do plano da exposição

Apresentação das partes da exposição: a. ____________________ b. ___________________ c. ____________________

Lâmina de retroprojetor com quadro contendo os tópicos.

Desenvolvimento do tema

Parte 1:

Lâmina com quadro esquemático.

 Apresentar pergunta que problematize a primeira questão, do tipo: “O que acontece com o planeta quando você joga óleo de cozinha no ralo da pia? Você sabe?”.  Explicar o que acontece.  Relacionar com o fato de que a cada ação nossa tem uma consequência para a vida do planeta.  Apresentar esquema de desequilíbrios provocados pela ação humana.  Falar sobre a relação entre ação, desequilíbrio e problema ecológico.

(...)

(...)  Terminado o planejamento, oriente-os a tomarem as decisões a respeito de quem, no grupo, ficará responsável por cada tarefa: solicitar recursos técnicos; elaborar cartazes, quadros; elaborar a síntese para conter no convite do evento; expor.  Depois, é hora de ensaiar a fala: os alunos podem elaborar fichas de apoio para a exposição e ensaiar, procurando articular a fala com recurso extraverbal, ainda que não o tenha em versão final (é só imaginarem que estão apresentando).  Esse ensaio deve ser previsto em grupo e, depois, em classe, para análise e contribuição dos demais colegas.

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 No ensaio é importante estar atento para aspectos como: clareza na pronúncia das palavras, ritmo de fala, altura de voz, gestual e atitude corporal.  A seguir, oriente os alunos para que respeitem os prazos de elaboração dos materiais e planejem um último ensaio.  Não se esqueça de marcar as reuniões com os grupos, inclusive com o responsável pela elaboração do convite. Providencie para que seja produzido e reproduzido com antecedência, de forma que os alunos possam se preparar para o estudo.

ATIVIDADE 5C: PLANEJANDO UMA EXPOSIÇÃO ORAL NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Cuide para que a organização do seminário garanta que, nesse processo, os grupos consigam compartilhar saberes construídos por meio de recursos diversos que contemplem as práticas de leitura, escrita e oralidade.

1. Nesse momento, você e seu grupo planejarão a exposição oral que farão. Tenha em mãos todo o material utilizado no projeto. 2. Retome, com a ajuda de seu professor, um a um os materiais, analisando seus conteúdos e revendo de que maneira pode auxiliá-lo na tarefa de planejar a exposição. 3. Estude, com o professor, o quadro de apoio para o planejamento. 4. Reúna-se com seu grupo e planeje a exposição oral. Nesse processo, considere: a. a adequação da exposição às finalidades do projeto e às crianças para quem vão falar; b. as características de uma exposição oral, que você já estudou com seu professor e grupo classe; c. os recursos extraverbais a serem utilizados (cartazes, fitas de vídeo, esquemas etc.). 5. Uma vez planejada a fala com seu grupo, decidam quem ficará responsável por cada uma das tarefas: solicitar recursos técnicos; elaborar cartazes, quadros; elaborar a síntese para conter no folder do evento; expor. 6. Planejem a fala, elaborando fichas que podem orientar o expositor. 7. Ensaiem a exposição, inicialmente no grupo (escolham um lugar tranquilo para fazê-lo) e, depois, na classe. No ensaio, estejam atentos para: a. pronunciar as palavras com clareza; b. não falar rápido ou lento demais;

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c. não falar alto demais ou baixo demais; d. ter uma atitude de aproximação com a audiência, não ficando muito distante dela, atentando para suas expressões de compreensão ou não, de aceitação ou não das ideias expostas; e. não gesticular demais nem de menos. 8. Lembrem-se de que é preciso seguir etapas durante o seminário: a. introduzir o tema, comentando brevemente o assunto que será exposto; b. apresentar um plano da exposição, o que pode ser feito por meio de esquemas, cartazes ou projeções; c. desenvolver o tema, fazendo a exposição em si; d. fazer uma síntese do que foi tratado, elaborando conclusões essenciais sobre o tema.

ETAPA 6: AVALIAÇÃO DO TRABALHO DESENVOLVIDO ATIVIDADE 6: AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO Objetivo  Realizar uma avaliação colaborativa do trabalho desenvolvido, considerando os diferentes aspectos: o estudo temático, o planejamento da exposição oral, o planejamento do seminário, considerando os diferentes grupos, a participação nas atividades durante o desenvolvimento, a elaboração do produto final.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será em grupo para a autoavaliação da exposição oral, e coletiva para a avaliação do processo de trabalho.  Quais os materiais necessários? Pauta de autoavaliação e pauta de avaliação do desenvolvimento do trabalho, ambas apresentadas na atividade.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Distribua as pautas de autoavaliação (Atividade 6, do aluno), leia-as com os alunos explicando cada item e oriente-os sobre o que fazer. Certifique-se de que os alunos também estejam com seus textos em mãos.

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ATIVIDADE 6: AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Para terminar, é importante que você também avalie a adequação das atividades planejadas aos seus alunos, às suas necessidades e possibilidades de aprendizagem, verificando se há mudanças que são necessárias e de que natureza são. É essa avaliação que orientará os inevitáveis ajustes a serem feitos na ação docente e, dessa forma, garantirão a ela uma qualidade cada vez melhor.

Projeto “Universo ao meu redor” Pauta de autoavaliação – Exposição oral Grupo: Data: ASPECTOS

SIM

NÃO

ÀS VEZES

O expositor: Estabeleceu um bom contato com a audiência? Procurou incentivar a audiência a ouvir sua exposição por meio de perguntas intrigantes, curiosas, exemplos incentivadores ou outros recursos? Delimitou bem o tema, procurando esclarecer a audiência sobre isso? A conclusão conseguiu mostrar a importância do tema e motivar os demais a refletir sobre suas atitudes? Utilizou bons recursos de apoio que o auxiliaram para não se perder na fala? Ajustou a sua linguagem e recursos à audiência? Observações

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Atividade do aluno

Projeto “Universo ao meu redor” Pauta de avaliação colaborativa Processo de trabalho Aluno: Data: ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

SIM

NÃO

ÀS VEZES

Nos momentos de trabalho coletivo, a classe cooperou, realizando as tarefas propostas? No trabalho em grupo houve disponibilidade para cooperar no cumprimento das tarefas? Os grupos trabalharam a contento? (cumpriram suas tarefas, socializaram encaminhamentos) O espaço para socialização de trabalho desenvolvido pelos diferentes grupos foi garantido? No trabalho em duplas houve, de fato, colaboração com o colega? Nos ensaios da exposição oral houve disponibilidade e empenho de todos em colaborar para que a apresentação do colega fosse a melhor possível? Os produtos finais de cada grupo foram realizados de maneira satisfatória? As tarefas individuais foram realizadas de maneira a não comprometer o trabalho do grupo? Observações do professor

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA DA LEITUR A “CAMINHOS DO VERDE” Esta sequência de atividades tem como propósito principal auxiliar os alunos na construção da competência para consultar materiais que forneçam informações sobre o planejamento de passeios. Trata-se de uma proficiência que implica a construção de procedimentos de busca de informações em material de leitura de diversas naturezas, como jornais, textos de divulgação científica, mapas e roteiros. Além disso, requer do aluno a utilização das informações em um planejamento efetivo das atividades, envolvendo, inclusive, avaliação da viabilidade da mesma, considerando pertinência, adequação e custos. As capacidades de leitura mobilizadas são várias:  localização de informações;  comparação de informações de diferentes textos (organizados em diferentes gêneros);  realização de redução de informação semântica e generalização; avaliação das propostas segundo critérios de viabilidade e condições pessoais; apreciação estética e afetiva;  de aspectos implicados no passeio, entre outras capacidades. Além disso, requerem sempre a utilização de procedimentos de leitor de um grau de letramento significativo. Uma leitura efetivamente cidadã. Nas situações de análise de recomendações, roteiros e mapas de localização é importante chamar a atenção dos alunos para os portadores em que as informações se encontram, bem como para o modo como as apresentam, comparando recursos de linguagem similares ou não. Também é importante salientar os marcadores temporais e espaciais utilizados nos textos, bem como examinar, com eles, a presença de verbos de ação/deslocamento presentes.

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ORGANIZAÇÃO GER AL DA SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES

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Etapa

Atividade

1

Atividades de lazer

Atividade 1A: Pesquisar diversos portadores, buscando indicações de atividades de lazer. Atividade 1B: Organizando dicas de lazer. Atividade 1C: Descobrindo o lazer em sua cidade.

2

Conhecer a mata atlântica

Atividade 2: Procurando indicações de passeios que incluam conhecer a mata atlântica (selecionar, entre os materiais disponíveis, locais que podem ser adequados para os propósitos colocados).

3

Passeio ao Jardim Botânico

Atividade 3: Estudando o passeio ao Jardim Botânico. Estudar material disponível no site do Jardim Botânico sobre: a. localização geográfica do Jardim Botânico; b. história do mesmo; c. finalidades; d. projetos que desenvolve; e. visita possível e lugares previstos na visita; f. analisar o roteiro de visita disponível, estudando as especificidades de cada ponto de visita previsto e avaliando-os de acordo com critérios de preferência pessoal. Planejar uma visita considerando: a. localização do parque e endereço respectivo; b. meios de transporte necessários para se chegar ao local; c. custos com o passeio; d. providências que precisam ser tomadas para a realização do passeio; e. atitudes não recomendadas em Unidades de Conservação. Organização de dossiê de visita

4

Reinvestindo o conhecimento aprendido

Atividade 4: Recomendações para outro passeio (elaborar um texto de recomendações para o planejamento de um outro passeio, recuperando os procedimentos utilizados nessas atividades).

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ETAPA 1: ATIVIDADES DE LAZER ATIVIDADE 1A: PESQUISAR DIVERSOS PORTADORES, BUSCANDO INDICAÇÕES DE ATIVIDADES DE LAZER Objetivos  Conhecer meios e recursos para pesquisar sobre possibilidades de lazer colocadas para o paulistano.  Construir procedimentos de pesquisa de informações a partir de referências específicas de conteúdo.  Entrar em contato com portadores – e veículos – que podem ser fonte de informação a respeito do tema.  Desenvolver capacidades de localizar, inferir e generalizar informações.  Desenvolver procedimentos de leitura inspecional.

LEITURA INSPECIONAL Tem duas funções específicas: primeira, prevenir para que a leitura posterior não nos surpreenda; segunda, para que tenhamos chance de escolher quais materiais leremos, efetivamente. Trata-se, na verdade, de nossa primeira impressão sobre o livro. É a leitura que comumente desenvolvemos “nas livrarias”.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade é coletiva e os alunos podem ficar em círculo.  Quais os materiais necessários? Jornais, suplementos de jornais que contêm dicas culturais, revistas e outros materiais nos quais seja possível encontrar dicas de lazer.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e sobre como estarão organizados para desenvolvê-la. Oriente-os para que se organizem em círculo: trata-se de uma roda de leitura diferenciada, na qual pesquisarão materiais impressos que divulgam dicas de lazer. Antes de iniciar a leitura, converse com eles e levante o que fazem em seu tempo de lazer, o que conhecem a esse respeito. Observe como se orientam para fazer passeios e se já viram ou bus-

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caram, eles próprios, dicas de lazer em algum lugar. Caso isso não lhes seja familiar, leia alguns exemplos, comentando-os, para que saibam o que e onde podem procurar.  Solicite que escolham alguns dos materiais disponíveis no centro do círculo e procurem nos mesmos dicas de lazer: passeios (a parques de diversões, zoológico, jardins), shows, peças de teatro, museus, filmes, espetáculos de dança, clubes, restaurantes, bares, entre outros.  Explique que terão um tempo de 20 minutos para pesquisarem o material. A cada vez que encontrarem as informações procuradas, devem assinalar no material – usando marca-texto, deixando aberto na página, dobrando o cantinho da página, colocando um post-it etc.  Ao final dos 20 minutos, os alunos compartilharão com a classe o que e onde encontraram. Nesse momento, oriente-os para que indiquem: o portador (livro, revista), o nome (Folha de S.Paulo, Jornal da Tarde, O Estado de S. Paulo, revista Veja, entre outros), o tipo de caderno (Cotidiano, Ilustrada, Guia da Folha, entre outros), a seção, guias de cidade. Eles podem, também, ler alguma das recomendações que acharam interessantes.  Você deve finalizar a conversa procurando organizar, junto aos alunos, o tipo de portador no qual as recomendações são publicadas; o tipo de seção; o tipo de atividade que é objeto de recomendação.

ATIVIDADE 1B: ORGANIZANDO DICAS DE LAZER Objetivos  Identificar modos de se divertir na sua cidade.  Sistematizar possíveis fontes de informação de dicas de lazer.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em duplas e, depois, socializada coletivamente.  Quais os materiais necessários? Materiais consultados na aula anterior.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Distribua entre os alunos, que estarão reunidos em duplas, os materiais consultados na aula anterior.  Explique que deverão organizar as fontes, os portadores que têm em mãos e as dicas de lazer apontadas. Como exemplo, peça que leiam a seguinte anotação feita por você, na lousa:

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ONDE Jornal

O QUE (dicas de) Filmes, parques, shows

 Oriente-os a registrarem as informações encontradas em seu caderno. Quando tiverem terminado, socialize as informações que encontrarem e monte, com eles, um painel coletivo a ser exposto na classe para posteriores consultas.  É possível que algumas opções de lazer não apareçam (tais como exposições, oficinas, saraus, parques de diversão, parques temáticos, pontos turísticos/ históricos). Então, você poderá mencioná-las e pedir que, quando alguém encontrar alguma informação a respeito, traga para socializar com a turma.  Lembre-se que a internet também pode ser uma boa fonte de pesquisa quando os alunos são orientados a respeito do que e como buscar.

ATIVIDADE 1C: DESCOBRINDO O LAZER EM SUA CIDADE Objetivos  Conhecer melhor as opções de lazer dos paulistanos.  Selecionar informações específicas.  Aprender a recomendar passeios.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em duplas e depois, socializada coletivamente.  Quais os materiais necessários? Material que consta da Atividade 1C.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Peça aos alunos que se reúnam em duplas e leiam as dicas de lazer que constam da Atividade 1C. Quando terminarem, deverão responder às questões, selecionando as informações e fazendo o que é solicitado.  Antes de encerrar a aula, compartilhe as respostas das duplas, que deverão conferir o que fizeram e fazer as devidas correções, caso necessário.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 1C: DESCOBRINDO O LAZER EM SUA CIDADE NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Você vai ler agora as informações sobre três interessantes passeios que podemos fazer em São Paulo. Após ler os textos, responda as perguntas em seu caderno e faça o que se pede.

MUSEU DE ZOOLOGIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO A exposição de longa duração apresenta a história dos animais na Terra e as atividades de pesquisa do Museu de Zoologia. Além disto, o Museu organiza periodicamente uma nova exposição temporária. Terça-feira a domingo – das 10 às 17 horas Ingresso individual: R$ 4,00. MEIA ENTRADA  estudantes e professores desacompanhados da escola, mediante apresentação de comprovante: R$ 2,00;  alunos de escolas particulares em grupo com visita agendada;  alunos de escolas públicas e particulares em grupo com visita não agendada. GRATUIDADE  último domingo de cada mês (a partir de 2009);  idosos: acima de 60 anos;  crianças: até 6 anos;  alunos da rede pública com visita agendada;  acompanhantes de grupos (professores, guias, seguranças) com visita agendada.

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A Cidade das Abelhas é um lugar diferente, próprio para quem aprecia a natureza, localizada numa extensa área da mata atlântica. O passeio mostra toda a importância da vida das abelhas (considerada a mais útil das espécies no quadro dos insetos), aliado à ecologia e ao lazer. As atrações culturais são acompanhadas de escorregadores, pequena trilha ecológica e pula-pula (um brinquedo para crianças até 8 anos de idade com motivos de abelhinhas). As visitas não são monitoradas, mas temos todas as explicações bem visualizadas. Não é necessário agendar horário.

Atividade do aluno

CIDADE DAS ABELHAS

Estrada da Ressaca, km 7, Embu das Artes Terça a domingo, das 8 às 17 horas Ingressos R$ 15,00 Estacionamento gratuito

CATEDRAL DA SÉ Praça da Sé s/nº Das 8 às 19 horas. O meio de transporte mais prático é o metrô. O acesso à estação Sé é feito pelas linhas vermelha e azul. Há visitas monitoradas das 9 às 11h30 e das 13 às 17h30 (seg. a sex.), das 9 às 16h30 (sábado) e das 9 às 13 horas (domingo). R$ 4,00. A Catedral Metropolitana de São Paulo, a Catedral da Sé, é a maior igreja da cidade. Inspirada nas igrejas medievais europeias, começou a ser construída em 1913, mas as últimas torres previstas no projeto original só foram erguidas na década de 1990. Desde 2002, após mais de dois anos de grandiosa restauração, pode ser vista praticamente como foi planejada pelo arquiteto alemão Maximillian Hehl. Um dos pontos altos do passeio é a cripta. Fica embaixo do altar e é uma capela subterrânea de 619 metros quadrados. Antes era aberta ao público, mas como os túmulos de bronze e esculturas foram pichados, agora só é possível entrar lá durante as visitas monitoradas. Os vitrais dão um show. Quando tem sol, a luz os atravessa deixando o interior da igreja colorido. 1. Qual dos três passeios é o mais caro? 2. Em qual deles podemos conhecer melhor a vegetação da mata atlântica? 3. O que podemos aprender visitando cada um desses lugares? 4. Em que horário funciona o Museu de Zoologia da USP? 5. O que é preciso para entrar gratuitamente nesse museu? 6. Qual é o melhor meio de chegar à Catedral da Sé? 7. O que há embaixo do altar dessa igreja? 8. Qual é a idade-limite para brincar no pula-pula da Cidade das Abelhas?

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9. Qual desses passeios você gostaria de fazer? 10. Qual deles você recomendaria ao seu parceiro de trabalho da dupla? Justifi que sua resposta.

ETAPA 2: CONHECER A MATA ATLÂNTICA ATIVIDADE 2: PROCURANDO INDICAÇÕES DE PASSEIOS QUE INCLUAM CONHECER A MATA ATLÂNTICA Objetivos  Definir critérios de busca de indicações que incluam conhecer a mata atlântica.  Identificar nas indicações encontradas as que atendem ao critério definido.  Ler as recomendações e selecionar um passeio para ser feito.  Desenvolver procedimentos de leitura inspecional.  Desenvolver capacidades de localizar, inferir e generalizar informações.  Conhecer meios e recursos para pesquisar sobre possibilidades de lazer colocadas para o paulistano.  Construir procedimentos de pesquisa de informações a partir de referências específicas de conteúdo.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada coletivamente e os alunos poderão estar dispostos em círculo.  Quais os materiais necessários? Material de leitura utilizado na Atividade 2.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos para apresentação dos propósitos da atividade e de como se desenvolverá. Oriente-os para que retomem o material de leitura já investigado e procurem quais dessas indicações de passeios incluem conhecer a mata atlântica. Comece por solicitar-lhes que, considerando a lista de tipos de indicações e atividades de lazer encontradas em aula anterior, digam onde precisam procurar; na relação de quais tipos de passeios pode haver algum que inclua conhecer a mata atlântica. Espera-se que eles deduzam que precisa ser na parte em que estão relacionados passeios a parques.  Em seguida, oriente-os a fazer a busca. Organize um círculo de leitura dos passeios escolhidos e solicite que todos leiam as indicações que encontraram.

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Provavelmente encontrarão várias indicações de passeio a parques, mas sem referências sobre a possibilidade de se visitar a mata atlântica. Isso é preciso tematizar: pergunte aos alunos, depois de lerem a indicação, se é possível saber se o parque está em uma região de mata nativa. É possível que os alunos cheguem à conclusão de que os parques de São Paulo terão, necessariamente, mata nativa, já que a cidade está numa região de mata atlântica. No entanto, é preciso problematizar essa questão: trazer à tona o fato de que nos parques pode ter havido reflorestamento, e esse pode incluir espécies vegetais não nativas. Além disso, é importante informá-los também que alguns parques e reservas ambientais abertas ao público conservam vegetação de mata secundária, e não nativa, pois o reflorestamento se fez necessário para garantir a sobrevivência de espécies ameaçadas de extinção. Assim, deve-se ter informações precisas a respeito da vegetação local. Terminada a leitura da indicação, é necessária uma pesquisa a esse respeito. Evidentemente, não se tomará para pesquisar qualquer das indicações lidas, mas apenas aquelas que tiverem pistas sobre a possibilidade de haver mata nativa no parque. Aqui, você tem duas possibilidades: ou orienta os alunos para que eles mesmos façam a pesquisa ou você a realiza previamente e oferece o material para que eles analisem.  Na primeira possibilidade, você pode proceder assim: J Selecione os parques mais prováveis e levante as formas de se realizar essa pesquisa. Possivelmente, as indicações recairão sobre Jardim Botânico, Pico do Jaraguá, Parque Estadual da Cantareira, Parque Ecológico do Guarapiranga, Parque Ecológico Tietê. Os mais citados nas indicações dos jornais e revistas costumam ser Jardim Botânico e Zoológico, com outras indicações sazonais. J Depois dessa seleção, oriente-os para que definam modos de se realizar a pesquisa. Alguns deles: a. guia de São Paulo, impresso; b. sites eletrônicos; c. visita à Secretaria de Turismo para coleta de informações. Os meios mais práticos, por não requererem saída da escola, são os dois primeiros. Assim, organize com os alunos uma pesquisa a esse respeito. J Divida a classe em dois grupos de representantes, cada um com a incumbência de pesquisar em um suporte. O que for pesquisar na internet precisará contar com o apoio do professor orientador de informática educativa. O outro grupo precisará encontrar os guias para obter as informações. Cada grupo coleta as informações e traz para a classe para discussão, na aula seguinte. J Sugestão de sites: a. http://www.saopaulo.sp.gov.br/saopaulo. Nesse endereço, entrar em “CONHEÇA SÃO PAULO” e, depois, em “TURISMO”. Nessa página, entrar em “PARQUES” e, depois, selecionar o parque sobre o qual deseja informações. Imprimir as informações sobre cada um dos parques selecio-

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nados e levar para classe para leitura. As informações disponíveis, no entanto, podem ser insuficientes. b. http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/mapa_verde/asp/home.asp. Nesse endereço pode-se ter acesso a todos os parques da cidade de São Paulo. As informações, no geral, estão mais completas nesse endereço, mas só sobre os parques municipais. c. http://www.ibot.sp.gov.br/educ_ambiental/educar_conservar.htm. Esse é o endereço para realizar pesquisas sobre o Jardim Botânico. Site completo, apresenta inclusive os projetos de ecologia e educação desenvolvidos. J Feita a pesquisa, os alunos representantes socializam as informações com os colegas e, depois, você orienta a escolha do melhor parque. Sugerimos o Jardim Botânico. Inicialmente, porque é uma unidade de conservação e, depois, dada a própria finalidade dos jardins botânicos. Você poderá, nesse momento, ler o texto que se encontra no site do parque a esse respeito:

O PAPEL DOS JARDINS BOTÂNICOS O contato com o mundo natural cada vez mais está menor, devido o crescente processo de urbanização. Travar um contato direto com a beleza e a diversidade encontradas na natureza é um dos meios eficazes para aumentar o conhecimento e sensibilizar as pessoas na religação do ser humano com seu meio natural. Os jardins botânicos têm papel fundamental nesse processo educacional, cujo objetivo é ensinar a importância da vegetação, conservação da biodiversidade, pesquisas científicas e do desenvolvimento sustentável. Há mais de 1.600 jardins botânicos no mundo e, atualmente, 29 estão situados no território brasileiro, que juntos mantêm a maior coleção de espécies vegetais fora da natureza. (Disponível em: <http://www.ibot.sp.gov.br/educ_ambiental/opapel.htm>. Acesso em: 9 jan. 2008.)

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Áreas territorialmente definidas, criadas e regulamentadas legalmente (por meio de leis e decretos), que têm como um dos seus objetivos a conservação in situ da biodiversidade.

CONSERVAÇÃO IN SITU/EX-SITU Conservação in situ – “a conservação de ecossistemas e hábitats e a manutenção de populações viáveis de espécies em seus ambientes naturais e, no caso de espécies documentadas ou cultivadas, nas áreas onde elas desenvolveram suas propriedades diferenciadoras”. Conservação ex-situ – significa conservação de componentes da diversidade biológica fora de seus hábitats. (Disponível em: <http://www.fepr.org.br/>.)

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Além disso, há que se considerar que o Jardim Botânico desenvolve projetos educacionais relacionados com o trabalho de preservação do meio ambiente, inclusive com visitas monitoradas previstas.  Depois disso, você anuncia que nas próximas aulas se aprofundarão no estudo do passeio.  Na segunda possibilidade, você anuncia a sua escolha, informando que já efetuou a pesquisa. Pode contar aos alunos como fez, por exemplo, onde pesquisou, o que descobriu etc.

ETAPA 3: PASSEIO AO JARDIM BOTÂNICO ATIVIDADE 3: ESTUDANDO O PASSEIO AO JARDIM BOTÂNICO Objetivos  Definir critérios de busca de indicações que incluam conhecer a mata atlântica.  Identificar nas indicações encontradas as que atendem ao critério definido.  Ler as recomendações e selecionar um passeio para ser feito.  Desenvolver procedimentos de leitura inspecional.  Desenvolver capacidades de localizar, inferir e construir e generalizar informações.  Conhecer meios e recursos para pesquisar sobre possibilidades de lazer colocadas para o paulistano.  Construir procedimentos de pesquisa de informações a partir de referências específicas de conteúdo.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada ora em duplas, ora coletivamente.  Quais os materiais necessários? Folha da Atividade 3 para todos os alunos.  Qual é a duração? Quatro aulas de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos para apresentação das finalidades da atividade e de como se desenvolverá.

1a aula Refere-se ao estudo do Jardim Botânico enquanto instituição; sua finalidade, seu envolvimento com a educação, sua localização geográfica.

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 Peça aos alunos que leiam os textos 1 e 2, respectivamente “Histórico do Jardim Botânico de São Paulo” e “Projetos desenvolvidos”.  Leia com os alunos a primeira parte do texto, auxiliando-os a fazer uso dos procedimentos de estudo (anotações na margem esquerda da folha, identificando do que trata o trecho do texto, grifar tópicos fundamentais para a compreensão do assunto etc.). Deixe que as duplas deem continuidade à atividade de estudo do texto.  Defina um tempo para a leitura e, ao final, solicite que cada um apresente para a turma o que considerou importante no conteúdo do texto lido.

2a aula  Nessa aula, retome as informações da aula anterior lembrando a experiência constante no texto 2, em que foi relatada uma visita monitorada ao Jardim Botânico. Considere com os alunos a importância dessa zona de preservação da mata atlântica e proponha que sua turma também realize uma visita monitorada a esse lugar. Para encaminhar esse trabalho, converse com eles sobre o que é uma visita monitorada, já que é fundamental para que planejem uma possível visita.  Para começar, proponha a leitura compartilhada do texto 3 (“Visitas monitoradas”), chamando a atenção dos alunos para os aspectos práticos dessa visitação, como horários, preços e outras informações.  Depois, faça com eles um estudo do Roteiro de Visita, que inclui um mapa com todos os pontos previstos para visita. Faça a exploração desse mapa coletivamente, articulando o estudo do mesmo com as informações dos textos complementares. Chame a atenção dos alunos para as legendas, os pontos de referência, os possíveis trajetos, os nomes que aparecem em cada estação do passeio. Estude também com os alunos possíveis roteiros.  Quando terminarem, faça com eles uma lista das providências que devem ser tomadas para que o passeio seja possível.

3a aula Nessa aula serão conhecidos melhor alguns pontos da visita.  Proponha que os alunos se reúnam em duplas para ler os textos 1, 2, 3 e 4 (respectivamente “Trilha da nascente do Jardim Botânico”, “Conjunto estrutural A paz e a liberdade”, “Museu Botânico Dr. João Barbosa Rodrigues” e o último, sem título), e peça que assinalem, com marca-texto, as informações que julgarem mais importantes em cada um.  Quando terminarem, peça que conversem sobre as questões que seguem os textos, compartilhando suas ideias e opiniões posteriormente, com o grupo todo.

4a aula Nessa aula os alunos descobrirão modos possíveis de chegar ao Jardim Botânico. Ainda que exista a possibilidade de a turma fazer o passeio coletivamente, saindo

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juntos da escola, é interessante que cada um pense em como ir ao Jardim Botânico a partir da sua residência, caso queira fazer o passeio com a família.  Proponha a exploração do mapa de localização e as indicações de itinerários apontados na atividade. Esse momento será coletivo, mas depois as crianças poderão sentar-se em duplas para elaborar um possível roteiro de ida e volta, considerando alguns aspectos essenciais: J horário de saída de casa; J conduções que precisariam pegar, em sequência; J horário de chegada ao Jardim Botânico; J horário de saída do Jardim Botânico; J conduções que precisariam pegar para voltar para casa, em sequência; J horário provável em que chegariam em casa, de volta.

ATIVIDADE 3: ESTUDANDO O PASSEIO AO JARDIM BOTÂNICO NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Para finalizar, oriente a organização do dossiê do passeio, recomendando que estejam atentos para os horários de funcionamento do parque e, ainda, para o que não é permitido em uma Unidade de Conservação, como o Jardim Botânico.

1. Vamos conhecer melhor uma importante zona de preservação da mata atlântica. Faça a leitura silenciosa dos textos 1 e 2, lembrando-se de: a. ler cada um dos parágrafos e, usando seu lápis ou marca-texto, anotar, na margem esquerda do texto, palavras-chave que sintetizem o conteúdo; b. quando terminar a leitura dos textos, circular, nas anotações da margem, aquelas que você considera como as mais importantes. Esse procedimento vai auxiliá-lo quando for apresentar para a classe; c. conversar com sua turma sobre o conteúdo do seu texto, comentando o que mais lhe chamou a atenção. Ouça também as apreciações e, quando considerar que são essenciais e você não as observou, faça anotações para complementar sua leitura. Todos os textos que serão lidos foram retirados do site oficial do Jardim Botânico. (Disponível em: <http://www.ibot.sp.gov.br/educ_ambiental/>. Acesso em: 9 jan. 2008.)

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HISTÓRICO DO JARDIM BOTÂNICO DE SÃO PAULO FERNANDES DIAS PEREIRA

Atividade do aluno

Texto 1

Jardim de Lineu – Viveiro de plantas do Jardim Botânico

No final do século 19 a área do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga era uma vasta região com mata nativa, ocupada por sitiantes e chacareiros. Por ordem do governo as desapropriações na área vinham ocorrendo desde 1893, visando à recuperação da floresta, à utilização dos recursos hídricos e à preservação das nascentes do Riacho do Ipiranga. Em 1917 a região tornou-se propriedade do governo, passando a denominar-se Parque do Estado. Até 1928, serviu para captação de águas, que abasteciam o bairro do Ipiranga. Nesse mesmo ano o naturalista Frederico Carlos Hoehne foi convidado para construir um Horto Botânico na região. O Jardim Botânico de São Paulo foi oficializado em 1938 com a criação do Departamento de Botânica, na época órgão da Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo. Em 1969, o Parque do Estado, onde o Instituto de Botânica está localizado, passou a denominar-se Parque Estadual das Fontes do Ipiranga. [...] O Jardim Botânico de São Paulo pertence ao Instituto de Botânica que está inserido no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEF) situado na cidade de São Paulo, a 10 quilômetros do centro, fazendo divisa com o município de Diadema e outros bairros da capital. O PEF abrange uma área de 526 hectares, dos quais cerca de 345 ha são ocupados por vegetação remanescente de mata atlântica e 36,3 ha em área de visitação do Jardim Botânico. Integra 24 nascentes de água, dois aquíferos e é considerada a terceira maior reserva do município de São Paulo.

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A fauna é representada por muitas espécies de animais que, devido à preservação da mata, encontram alimento e refúgio para sobreviverem.

Texto 2

PROJETOS DESENVOLVIDOS

Atividade do aluno

Sua flora contém espécies de grande importância científica, ornamental, medicinal, econômica, assim como raras e endêmicas e em perigo de extinção.

Projeto Jardim Botânico vai à escola O Jardim Botânico de São Paulo, administrado pelo Instituto de Botânica, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, foi contemplado no segundo semestre de 2005, por intermédio da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, com o projeto “Jardim Botânico vai à escola”, coordenado pela pesquisadora Tânia Maria Cerati, da área de educação ambiental. Para participar do projeto foi selecionada a Escola Estadual “Valentim Gentil” de Ensino Fundamental (Ciclo I), que funciona nos períodos manhã e tarde, tem 29 professores, totaliza 900 alunos e está situada próxima ao Jardim Botânico de São Paulo. O principal objetivo é estabelecer um processo educativo com a comunidade escolar por meio de ações de educação ambiental, de forma a divulgar o papel dos jardins botânicos na conservação da biodiversidade e na promoção da sustentabilidade socioambiental. Com visitas monitoradas ao Jardim Botânico de São Paulo, os alunos receberam informações sobre a vegetação e o meio ambiente. Para a realização de subprojetos, os professores tiveram curso de capacitação com palestras e oficinas, além de material didático de apoio para que pudessem desenvolver o projeto com seus alunos. Uma grande festa realizada no dia 25 de novembro de 2005 marcou o encerramento do projeto “Jardim Botânico vai à escola” (nesta escola) com exposição de trabalhos produzidos pelos alunos, apresentação de danças, teatro, jogo da memória com tema ambiental, além do filme ecológico O Jardim Botânico. O projeto foi iniciado em agosto de 2005 e teve duração de um semestre. De acordo com a bióloga, “as crianças passaram a ver o meio ambiente com outro olhar, os professores se sentiram muito satisfeitos com o projeto e acham que ele deve continuar”. Sendo um projeto itinerante, tem como linhas principais o enfoque participativo, o reconhecimento do saber local, a interdisciplinaridade e a flexibilidade para adaptações regionais. Para dar continuidade ao projeto em 2007, estamos buscando parcerias com a iniciativa privada para a participação de outra escola do entorno. Os interessados podem contatar a instituição, pelo telefone 5073-6300, ramais 229 e 252.

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Atividade do aluno

2. Nesta aula você vai conhecer melhor o Jardim Botânico, explorando o mapa do lugar. Como você já sabe, é possível fazer visitas monitoradas, mas antes é preciso obter informações importantes a respeito do funcionamento do parque. Leia o texto e o mapa, e depois ajude seu professor e colegas a elaborarem uma lista de providências necessárias para fazer esse passeio.

Texto 3

VISITAS MONITORADAS O Jardim Botânico de São Paulo oferece às escolas e grupos organizados visitas monitoradas em toda sua área de visitação. Alunos e professores recebem informações sobre: espécies da mata atlântica, plantas ameaçadas de extinção, plantas úteis para o homem, importância da conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos. A visita percorre importantes áreas como: Museu Botânico “Dr. João Barbosa Rodrigues”, estufas, Lago das Ninfeias, bosques e Jardim dos Sentidos. Durante a visita o grupo tem um acompanhamento de monitores especializados, além de contar com segurança em toda a área do Jardim Botânico. Horário de funcionamento: Quarta a domingo, das 9 às 17 horas. Fechado: Sexta-feira Santa, Natal e 1o de ano. Horário das visitas monitoradas: Período da manhã: iniciadas às 9h10. Período da tarde: iniciadas às 14 horas. Duração: de 1 a 2 horas, dependendo da faixa etária. Ingressos: Crianças até 10 anos e adultos acima de 65 anos e portadores de necessidades especiais mentais: isentos Estudantes R$ 1,00 Público em geral R$ 3,00 Visitas monitoradas: estudantes R$ 3,00 + valor do ingresso demais grupos R$ 6,00 + valor do ingresso Estacionamento: carro de passeio R$ 5,00 ônibus R$ 10,00 O pagamento é realizado na bilheteria do Jardim Botânico. Procedimentos para visitas escolares (somente com agendamento) Informações: Os interessados em agendar uma visita deverão ligar para o telefone (11) 5073-6300, ramais 229/252, procedendo conforme as informações abaixo:

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A escola deverá enviar um ofício, via fax, para o agendamento da visita com antecedência de 15 dias. Esse ofício deverá ser em papel timbrado da escola e conter: data da visita, período, número de alunos, série, telefone e fax para contato. A escola poderá optar pela visita com monitoria ou sem monitoria. Acompanhantes: 1 para cada 15 alunos (professor, pais, outros)

Atividade do aluno

Agendamento:

Termo de responsabilidade: A Seção de Educação Ambiental enviará à escola, após o agendamento, um termo de responsabilidade que deverá ser assinado pelo diretor da unidade escolar e entregue na bilheteria do Jardim Botânico no dia da visita. Esse termo deverá ser enviado à escola, via fax, juntamente às demais informações de valor de ingresso e monitoria. Todas as instituições devem apresentar o Termo de Responsabilidade, devidamente assinado, no momento da entrada do grupo. 3. Com seu professor, estude, ponto a ponto, todos os lugares pelos quais você passará se for realizar essa visita, desde quando entra no parque até quando sai. Para mais informações sobre alguns dos pontos pelos quais você passará, observe o mapa com atenção.

JARDIM BOTÂNICO DE SÃO PAULO Roteiro de Visitação

ILUSTRAÇÃO: ANA MARIA V. A. MARTINEZ

1 - Estacionamento 2 - Entrada do Jardim Botânico de São Paulo 3 - Alameda Fernando Costa 4 - Lanchonete e sanitários 5 - Espaço Cultural 6 - Área de Exposições e Serviços 7 - Museu Botânico “Dr. João Barbosa Rodrigues” 8 - Escadarias 9 - Jardim de Lineu e Espelho d’água 10 - Estufas Dr. Frederico Carlos Hoehne 11 - Orquidário Dr. Frederico Carlos Hoehne 12 - Palmeto histórico 13 - Lago das Ninfeias 14 - Sanitários 15 - Bosque das Imbuias

16 - Portão histórico 17 - Lago dos Sentidos 18 - Bosque dos Xaxins, das Samambaias e Lago do Bugio 19 - Conjunto Escultural A Paz e a Liberdade 20 - Bosque dos Passuarés 21 - Brejo natural 22 - Lago das Nascentes do Riacho do Ipiranga e Obelisco 23 - Bosque das Guaricangas 24 - Túnel de Bambu 25 - Trilha da Nascente 26 - Castelinho 27 - Mirante 28 - Bosque do Pau-Brasil

4. Agora que já conhece um pouco mais sobre o Jardim Botânico, os projetos que desenvolve e sobre a visita monitorada que se pode fazer, vamos conhecer um possível roteiro de visitação. Após a leitura dos textos a seguir, responda às questões correspondentes.

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Atividade do aluno

Texto 1

TRILHA DA NASCENTE DO JARDIM BOTÂNICO A trilha da nascente do Riacho do Ipiranga, inaugurada no dia 4 de junho de 2006, está instalada no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEF), um dos últimos remanescentes de mata atlântica bem preservada na região metropolitana de São Paulo. Aberta no interior da reserva florestal, com 360 metros de extensão e três áreas de observação, o visitante vai percorrer inicialmente um trecho de mata em recuperação, seguindo para uma área com elevada diversidade de espécies, como samambaias, bromélias e palmitos, além de árvores imensas. No final do percurso, o visitante chegará a uma das nascentes do Riacho do Ipiranga. Com um deque de madeira apoiado em uma estrutura de eucalipto tratado, a Vista aérea do Jardim Botânico trilha, utilizada anteriormente apenas para pesquisa científica, foi construída de forma a não causar impactos negativos na mata, pois é totalmente elevada, chegando a atingir quatro metros de altura em alguns trechos, o que evita contato dos visitantes com o solo, mas que propicia aos mesmos chegar bem próximo às copas das árvores. Trata-se de uma trilha projetada obedecendo às normas de acessibilidade da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, permitindo o acesso a pessoas com mobilidade reduzida, como idosos, usuários de cadeira de rodas, entre outros. A duração do percurso é aproximadamente de 40 minutos. [...]

Texto 2

CONJUNTO ESCULTURAL “A PAZ E A LIBERDADE” Dentro da área de visitação do Jardim Botânico de São Paulo e próximo aos lagos formados pela água das nascentes que formam o Riacho do Ipiranga e ao Bosque dos Passuarés, pode-se contemplar o belíssimo conjunto escultural “A paz e a liberdade”, do artista plástico Luiz Antônio Cesário. As quatro esculturas representam os elementos da natureza: ar, fogo, terra, água, essenciais para a sobrevivência humana.

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Atividade do aluno

O conjunto que desperta a atenção para a paz e a liberdade integra-se à paisagem do Jardim Botânico de São Paulo, dando oportunidade ao público de apreciar a expressão da arte em meio à natureza.

Texto 3

O contato com o mundo natural está cada vez menor, devido ao crescente processo de urbanização. Travar um contato direto com a beleza e a diversidade encontradas na natureza é um dos meios eficazes para aumentar o conhecimento e para sensibilizar as pessoas na religação do ser humano com seu meio natural.

FERNANDES DIAS PEREIRA

MUSEU BOTÂNICO “DR. JOÃO BARBOSA RODRIGUES”

Os jardins botânicos têm papel fundamental nesse processo educacional, cujo objetivo é ensinar a importância da vegetação, conservação da biodiversidade, pesquisas científicas e do desenvolvimento sustentável. Há mais de 1.600 jardins botânicos no mundo e, atualmente, 29 estão situados no território brasileiro, que juntos mantêm a maior coleção de espécies vegetais fora da natureza.

Texto 4 No Museu Botânico encontram-se inúmeras amostras de plantas da flora brasileira, uma coleção de produtos extraídos de plantas, fibras, óleos, madeiras, sementes e também quadros e fotos representativos dos diversos ecossistemas do Estado. No conjunto arquitetônico-cultural do Jardim Botânico destacam-se, além do museu, o Jardim de Lineu – inspirado no Jardim Botânico de Uppsala, na Suécia –, as estufas históricas, o portão histórico de 1894 e o marco das nascentes do Riacho Ipiranga. (Disponível em: <http://www.saopaulo. sp.gov.br/saopaulo/ turismo/cap_parq_botan.htm>. Acesso em: 9 jan. 2008.)

Converse com seus colegas: a. O que você achou do roteiro? b. De que parte você não desistiria, de jeito nenhum? c. Se tivesse que priorizar alguns itens – por causa do tempo, por exemplo –, quais você priorizaria? d. Você acha que conseguiria realizar a visita sozinho, sem monitoria?

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Atividade do aluno

5. Agora, vamos descobrir como chegar até o Jardim Botânico. Estudem o mapa da localização do parque e, a seguir, as indicações de transportes que podem ser utilizados para se chegar até ele.

Metrô São Judas iário lexo V Compria Maluf Ma

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Jardim Botânico

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Zoológico

Parque Estadual das Fontes do Ipiranga

Localizado na Av. Miguel Estéfano, 3.031 – Água Funda, próxima às Avenidas dos Bandeirantes e Ricardo Jafet (ao lado do zoológico) CEP 04301-902 - São Paulo - SP - Brasil

Metrô: Estação São Judas

Ônibus: Ida – Jardim Clímax (4742) sai da Estação São Judas do Metrô Volta – Metrô São Judas (4742) Ida – Jardim São Savério (475-C) passa pela Praça da Árvore Volta – Term. Pq. D. Pedro II (475-C) Ida – Zoológico (4491) Volta – Term. Pq. D. Pedro II (4491)

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Sente com mais um colega e, juntos, elaborem os roteiros da ida e da volta ao Jardim Botânico, indicando: a. horário de saída de casa; b. conduções que você pegaria, em sequência; c. horário de chegada ao Jardim Botânico; d. horário de saída do Jardim Botânico;

Atividade do aluno

Considerando onde você mora, se você não fosse com um veículo próprio da família, quantos ônibus, metrô ou trem teria que utilizar?

e. conduções que você pegaria, em sequência; f. horário que chegaria na sua casa, de volta. Converse sobre o roteiro com os demais colegas de classe e professor. 6. Agora você está pronto para finalizar o planejamento da visita. Tome cada um dos levantamentos que você fez e organize um dossiê do passeio. Você pode conversar com seus pais sobre esse passeio, analisando a sua viabilidade. Não se esqueça de incluir nesse levantamento final os dias possíveis para se realizar a visita e, ainda, o horário de funcionamento do Jardim Botânico. Assim você pode prever a que horas terá que lanchar, por exemplo, para não se atrasar na hora da saída, pois tem que considerar a hora que o local fecha.

ETAPA 4: REINVESTINDO O CONHECIMENTO APRENDIDO ATIVIDADE 4: RECOMENDAÇÕES PARA OUTRO PASSEIO Objetivos  Retomar procedimentos de planejamento de passeio desenvolvidos durante as atividades anteriores.  Consultar informações em sinopses de recomendação, sabendo em quais portadores é possível obtê-las.  Pesquisar sobre o lugar, levantando dados sobre suas características, localização geográfica, acessibilidade.  Fazer levantamento de meios e tempo de transporte necessários para chegar ao local.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em duplas.  Quais os materiais necessários? Folhas das atividades realizadas até o mo-

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mento, para que os alunos possam recuperar os procedimentos, computadores com internet. Caso isso não seja possível, o professor poderá entrar pessoalmente no site recomendado e providenciar fotocópias das páginas necessárias para a realização da atividade.  Qual é a duração? Cerca de 60 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos para apresentação dos propósitos da atividade e de como se desenvolverá. Retome com eles todas as atividades realizadas, registrando-as na lousa, para que possam tomá-las como referência na elaboração das recomendações.  Oriente os alunos para que se organizem em duplas e, considerando todas as atividades realizadas, elaborem um texto que apresente recomendações para planejamento de passeios. Considere quem serão os destinatários possíveis, que podem ser leitores de uma revista ou jornal para crianças, ou ainda colegas de outras classes. Lembre que a finalidade será auxiliar os leitores a planejar adequadamente um passeio.  Para realizar a atividade, além dos materiais explorados até aqui, será necessário acessar a internet. Isso pode ser feito pelas duplas diretamente (no site <http://www.ambiente.sp.gov.br/parquevillalobos/>), se sua escola tiver classes do ACESSA. Caso não seja possível, você poderá providenciar fotocópias das páginas necessárias para a realização da tarefa.  Convide a turma para planejar a recomendação de um passeio a outro interessante parque de São Paulo: o Villa-Lobos.  Oriente-os que para elaborar essas recomendações deverão retomar todos os procedimentos que utilizaram em cada atividade, pois serão fundamentais para auxiliar os leitores a planejar adequadamente o passeio.  Na avaliação, retome com eles, um a um, os procedimentos de cada atividade e verifique se constam das recomendações.

Procedimentos avaliáveis  Consultar informações em sinopses de recomendação, sabendo em quais portadores é possível obtê-las.  Pesquisar sobre o lugar, levantando dados a respeito de suas características, localização geográfica, acessibilidade.  Fazer levantamento de meios e tempo de transporte necessários para se chegar ao local.  Avaliar as etapas do passeio – quando for o caso –, elaborando uma lista de prioridades, caso haja necessidade de desistir de algumas.  Avaliar procedimentos recomendáveis e não recomendáveis para o passeio, considerando sua natureza e especificidade.

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA “LENDO NOTÍCIAS PAR A LER O MUNDO” Por que uma sequência que envolve a leitura de notícias? Não há discordâncias a respeito de que uma das melhores maneiras de nos informarmos é lendo ou ouvindo as notícias no rádio, jornais da TV ou impressos, jornais eletrônicos e revistas. Desde que não seja “escolarizando” o portador, trabalhar com o jornal na escola é uma oportunidade ímpar de favorecer aos alunos o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita por meio de textos diversos, como notícias, entrevistas, tirinhas, propagandas, classificados, entre outros. São situações de comunicação real nas quais os alunos podem transitar, seja lendo, escrevendo ou revisando o que escreveram. Adquirir o hábito de ler o jornal, informando-se a respeito do que acontece, permite que os alunos desenvolvam senso crítico vivenciando situações em que podem tecer opiniões a respeito do que leram, argumentando e verificando a necessidade de compromisso com a veracidade dos fatos, sem a manipulação de informações. Comparar, por exemplo, a mesma notícia publicada em jornais diferentes contribui para que se possa “ler entrelinhas” dos fatos noticiados. Além disso, a leitura de jornal é frequentemente prazerosa. Uma vez que não é necessariamente linear, permite que o leitor escolha o que quer ler. Pode-se ler apenas as manchetes ou aprofundar em alguma notícia em que se tenha mais interesse. Podemos ler crônicas ou tirinhas para nos divertir, por exemplo, ou escolher cadernos específi cos, lendo-os por inteiro ou ainda apenas trechos. De todo modo, mesmo quando não nos detemos numa leitura mais profunda, conseguimos ficar minimamente informados. Também podemos nos informar a respeito de algo, selecionando informações que são relevantes segundo nossa intenção de leitura. Para transitar bem nesse portador, é interessante conhecer sua organização, além das convenções típicas desse gênero, como o uso de léxicos e conectivos próprios do texto jornalístico. Do mesmo modo, é preciso identificar os cadernos que o compõem e reconhecer os tipos textuais que acompanham o texto e também são fontes importantes de informação, como os gráficos e as tabelas. A proposta de uma sequência didática para o trabalho com notícias tem como finalidade a constituição das proficiências ligadas às práticas de leitura e escrita. Uma ressalva também precisa ser feita: a notícia, quando retirada do seu contexto específico de publicação – a data em que foi publicada, o momento histórico no qual diferentes fatos se articulavam e, por isso mesmo, foram noticiados e agrupados na página do jornal dessa ou daquela maneira –, acaba sendo descaracterizada. Tomaremos, então, a notícia como um documento que se busca estudar e compreender, recuperando, o melhor possível, o contexto no qual foi produzida, como condição mesmo de compreensão e interpretação de seu conteúdo.

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No jornal, a notícia articula-se com o entorno da página em que foi publicada, com a seção na qual se encontra, com os recursos extraverbais utilizados para compô-la, como fotografias, desenhos, gráficos, entre outros recursos, constituindo seus sentidos de maneira inevitável. Espera-se que ao desenvolver essa sequência os alunos:  possam se familiarizar com o jornal e como é sua estrutura organizativa;  identifiquem semelhanças e diferenças entre jornais e revistas;  passem a ler frequentemente jornais e revistas, reconhecendo os diferentes veículos como fontes de informação a respeito dos acontecimentos que cercam nosso cotidiano;  reconheçam que as notícias não são textos neutros, mas orientados pelas crenças e valores dos veículos que as produziram;  reconheçam a importância da análise do contexto de publicação da notícia para a composição de seu sentido.

ORGANIZAÇÃO GER AL DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA: DETALHAMENTO Etapa

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Atividade

1

Apresentação da sequência didática e investigação inicial da proficiência do aluno

Atividade 1A: Identificando notícias. Atividade 1B: Lendo e estudando uma notícia. Atividade 1C: Explorando os cadernos do jornal. Atividade 1D: Recuperando o contexto de produção de uma notícia. Atividade 1E: As partes que compõem uma notícia – visão geral.

2

Estudo de características da linguagem escrita do gênero

Atividade 2A: As marcas do contexto de produção no título e no texto das notícias. Atividade 2B: Compartilhando diferentes notícias. Atividade 2C: As declarações e os efeitos que provocam no leitor. Atividade 2D: O olho da notícia. Atividade 2E: O lead e a sua função na organização da notícia. Atividade 2F: A ordem dos fatos em uma notícia. Atividade 2G: Reescrevendo uma notícia.

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ETAPA 1: APRESENTAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA E INVESTIGAÇÃO INICIAL DA PROFICIÊNCIA DO ALUNO ATIVIDADE 1A: IDENTIFICANDO NOTÍCIAS Objetivos  Conhecer a proposta de trabalho e seus objetivos.  Saber quais os conhecimentos do grupo sobre o que vem a ser uma notícia.

Planejamento  Como organizar os alunos? Esse deve ser um momento coletivo.  Quais os materiais necessários? Cópia dos textos que serão analisados.  Qual é a duração? Cerca de 50 minutos.

Encaminhamento  Num primeiro momento, faça uma roda de conversa para investigar os conhecimentos que os alunos já têm sobre o jornal, socializando as ideias que surgirem. J O que é o jornal e para que serve. J Como se organiza. J Quem já leu ou costuma ler o jornal. J Quais jornais as crianças já conhecem.  Depois, esclareça os alunos sobre os objetivos desta atividade, que focaliza uma investigação sobre a notícia e como ela se desenvolverá.  Proponha a leitura compartilhada dos textos apresentados. Recupere as informações de cada texto, discutindo com eles os seus sentidos. Pergunte quais dos textos lidos podem ser considerados uma notícia. Solicite que expliquem por que consideram tais textos como notícia e vá registrando as explicações na lousa.  Para diferenciar as notícias dos demais textos, procure ressaltar – entre outros – os seguintes aspectos: J a notícia fala de um fato acontecido (ou que acontecerá); J no texto da notícia sempre estão presentes informações sobre a data do acontecimento (palavras como ontem, hoje, indicação do dia da semana, por exemplo); J as notícias sempre tratam de fatos que são importantes não apenas para uma pessoa, mas para um grupo delas;

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J elas podem ser muito breves, desde que informem o leitor sobre o que aconteceu, onde, com quem, quando. Esclarecer que alguns jornais – especialmente os eletrônicos – até mantêm uma seção de notícias breves.

Atividade do aluno

 Termine a atividade recuperando as justificativas pertinentes e deixando-as afi xadas em um cartaz.

ATIVIDADE 1A: IDENTIFICANDO NOTÍCIAS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Leia os textos apresentados a seguir e descubra quais deles são notícias. A seguir, explique as razões pelas quais você considera cada texto indicado como uma notícia.

Texto 1

NARIZ E ORELHAS NUNCA PARAM DE CRESCER O tecido cartilaginoso, que forma o nariz e as orelhas, não deixa de crescer nem mesmo quando o indivíduo torna-se adulto. Daí por que o nariz e as orelhas de um idoso são maiores do que quando era jovem. A face também encolhe porque os músculos da mastigação se atrofiam com a perda dos dentes. (Disponível em: <http://www.terra.com.br/curiosidades/>. Acesso em: 5 dez. 2007.)

Texto 2

GREENPEACE CRITICA A INDÚSTRIA, MAS POUPA OS CARROS CLÁUDIO DE SOUZA Enviado especial a Frankfurt, Alemanha

O grupo internacional ecológico Greenpeace faz um protesto bem à porta do 62o Salão de Frankfurt, na Alemanha, maior evento mundial da indústria automotiva, que abriu nesta quinta (13) ao público e vai até dia 23. Compõem a cena três carros (Audi, BMW e Volkswagen, todos alemães) caracterizados como porcos – pintados de rosa e com focinhos de mentira – e uma espécie de escultura imitando uma fumaça negra, estampada com o símbolo CO2 (dióxido de carbono, o gás emitido pelos carros). Perto dali, na torre de uma igreja, uma faixa com o desenho de outro rosado carrinho-porco.

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“Tudo que está sendo dito ou mostrado no salão em termos de soluções ambientais para os carros nós já adiantamos há 11 anos”, disse ao UOL o encarregado de assuntos automobilísticos do Greenpeace, Günter Hubmann. Para ele, o que se discute agora já deveria ter sido pensado há pelo menos duas décadas. [...] (Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/carros/especiais/frankfurt/2007>. Acesso em: 1 dez. 2007.)

Atividade do aluno

Tudo isso encimado com a acusação de “porcos do clima”. A referência, mais do que aos carros, é à indústria automobilística.

Texto 3

FIGURINHAS BRILHANTES DO ÁLBUM DA COPA DE 2006 Descrição Tenho todas as figurinhas brilhantes do álbum da Copa do Mundo de 2006. Uma de cada. Se você ainda não completou o seu álbum, essa é sua chance.

Dados adicionais da oferta Conservação: novo Estado de origem: São Paulo Cidade: São José dos Campos Preço: R$ 1,00 cada Dados de contato do anunciante Vendido por: Lucas E-mail: lqs_luquinhas@yahoo.com.br Telefone: (12) 9176-2000 e 3937-6814 Cidade: São José dos Campos UF: SP (Disponível em: <http://www.anunciosgratis.com.br/detail.php?siteid=62172&ab>. Acesso em: 18 nov. 2007.)

Texto 4

Escorpião (23/10 a 21/11) Quando quer algo ou alguém, você não desiste, nem mesmo ao enfrentar obstáculos. No entanto, se está a fim de um gato, evite contar com a sorte no começo do mês. Depois da primeira semana, aí sim, tudo de bom. Oportunidades de paquera e conquista vão rolar aos montes. Capriche no visual! Além de marcar presença, você vai mandar bem na azaração e irá arrasar numa aproximação. Ele: O romance com o fofo estará superprotegido. Mais cativante do que nunca, o gato vai ganhar seu coração, se é que ainda não ganhou. Uma grande paixão pode pintar na área. Prepare-se! (Disponível em: <http://www.uol.com.br/todateen/astrologia/previsoesshl>. Acesso em: 5 dez. 2007.)

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Atividade do aluno

Texto 5

ÁSIA: TIGRES MATAM VISITANTE EM ZOOLÓGICO NA ÍNDIA Um visitante foi morto em zoológico na Índia ao se aproximar de jaula para tirar uma foto de tigres de bengala. Os dois animais conseguiram alcançar o homem, arrancando sua mão esquerda, o que causou hemorragia fatal. O ataque ocorreu no recinto dos tigres de bengala do zoológico de Guwahati, Nordeste da Índia. A família do homem, identificado como Jayaprakash Bezbaruah, cinquenta anos, e dezenas de visitantes assistiram à cena. “O homem ignorou alerta dos tratadores, passando pela primeira barreira de proteção e colocando sua mão dentro do recinto que abriga um macho e uma fêmea”, disse Narayan Mahanta, responsável pelo zoológico. Com agências internacionais.

ATIVIDADE 1B: LENDO E ESTUDANDO UMA NOTÍCIA Objetivo  Recuperar alguns aspectos do contexto de produção de diferentes notícias, identificando os elementos que o constituem.

Planejamento  Como organizar os alunos? Esse deve ser um momento coletivo.  Quais os materiais necessários? Cópia do texto que será lido.  Qual é a duração? Cerca de 50 minutos.

Encaminhamento  Esclareça os alunos a respeito do objetivo da atividade.  Informe sobre a forma de desenvolvimento da atividade, que será coletiva.  Leia as primeiras informações sobre a “cabeça” do site e faça as perguntas indicadas, procurando as pistas que permitam ao aluno antecipar a quem se destinam as notícias do site, que assunto costumam tratar. É importantíssimo que os alunos percebam para quem está orientado o trabalho do site não apenas pela indicação “para crianças”, mas pelo título, por exemplo, bem-humorado e chamativo.  Informe os alunos de que lerão uma notícia, publicada no site referido, com o título que está indicado no material impresso. Solicite a eles que antecipem possíveis conteúdos para aquela notícia a partir do título.

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 Nesse processo de antecipações, espera-se que os alunos possam: J relacionar a ideia de ciência (assuntos tratados no site) e a palavra “Dino”, com dinossauro; J realizar alguma antecipação relacionada ao termo “saci”, procurando relacionar o que marca o saci (a falta de uma perna) e o que poderia marcar, igualmente, o Dino; J antecipar que, por se tratar de um fóssil de dinossauro, só podem encontrar ossadas, pois se refere a um animal extinto, e se o que falta ao saci é uma perna, deve faltar à ossada o osso respectivo.  Se os alunos não chegarem a essas antecipações, mesmo com sua intervenção, não tem problema. É preciso que todas sejam registradas para que, depois, você possa, com os alunos, checá-las quando da leitura do texto.  Leia a nova notícia com os alunos, estudando seu conteúdo. Nesse estudo, discuta com eles, uma a uma, as respostas às questões apresentadas, procurando garantir que os alunos compreendam: J que o Dino Saci é o fóssil do dinossauro encontrado no Rio Grande do Sul, assim chamado por tratar-se de um dinossauro cujo fêmur esquerdo não foi encontrado (por isso a referência ao Saci, personagem do folclore brasileiro); J que o fóssil recebeu um nome de brincadeira, dado pelos cientistas que o encontraram, que foi Sacisaurus agudoensis. O primeiro dos nomes é composto por saci, que se refere ao personagem do folclore brasileiro; e por saurus, que significa lagarto. Daí, “lagarto saci”. O segundo nome – agudoensis – refere-se ao lugar em que a ossada foi encontrada, Agudo. É importante chamar a atenção para o boxe que contém essa explicação sobre o local, assim como sobre os nomes científicos, dando as pistas para que os alunos estabeleçam as relações adequadas; J que os cientistas não chamaram o lagarto simplesmente de “lagarto-saci agudense” porque nomes científicos são dados em latim e não em português, e os paleontólogos quiseram que ficasse parecendo com essa língua, até para ficar mais engraçado mesmo. É importante chamar a atenção dos alunos para o boxe que explica o que é nome científico, dando pistas para que estabeleçam as relações necessárias; J que o Sacisaurus, por ter vivido na época em que os dinossauros começavam a se firmar na Terra, pode dar uma ideia de como seriam os primeiros herbívoros do grupo dos ornitísquios. Além disso, o achado reforça as suspeitas de que os dinossauros tenham origem na América do Sul; J que na época do surgimento dos dinossauros os continentes do planeta inteiro estariam reunidos em uma única grande massa de Terra conhecida como Pangeia (“terra inteira”, em grego). Assim, segundo o texto, alguns afirmam que a aparente origem sul-americana poderia ser mero resultado do fato de que, por aqui, as rochas da idade certa se mantiveram no lugar, enquanto parte delas foi arrastada pela erosão, constituindo outros continentes.

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Atividade do aluno

Para finalizar o estudo do texto, retome as antecipações feitas pelos alunos a respeito do conteúdo da notícia, verificando se foram confirmadas ou não pela leitura.

ATIVIDADE 1B: LENDO E ESTUDANDO UMA NOTÍCIA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Você vai ler, agora, uma notícia publicada em um site eletrônico. Antes, porém, dê uma olhada na identificação do site apresentada na primeira página:

O SITE QUE COLOCA CIÊNCIA NAS SUAS IDEIAS

Divulgação científica para crianças 2. Com seu professor e colegas de classe, converse sobre as seguintes questões: a. Quem você acha que são os leitores aos quais este site se destina? b. Como você descobriu? c. Que tipos de assuntos são tratados nesse site? d. Como você percebeu? 3. Você lerá, a seguir, uma notícia apresentada nesse site, intitulada “Dino Saci encontrado no Brasil”. Considerando as informações discutidas acima, a que você acha que se refere essa notícia? No caderno, anote as suas hipóteses.

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Calma lá! Não vá pensando que o bicho saía por aí pulando em uma perna só! O fóssil, encontrado por paleontólogos gaúchos, foi batizado com o nome científico de Sacisaurus agudoensis por brincadeira. Sacisaurus ou “lagarto saci” porque seu fêmur (osso da perna) esquerdo não foi encontrado. O bicho está entre os mais antigos do mundo já descobertos.

Atividade do aluno

DINO SACI ENCONTRADO NO BRASIL (8/11/2006)

(Disponível em: <http://www.pulganaideia.com.br/modulos/ pulganews/descricao.php?cod=23>.)

Paleontólogo é um detetive do passado, que estuda a flora e a fauna tentando descobrir como era a vida milhões de anos atrás. Ele procura “conhecer a evolução dos seres vivos, a idade relativa para o lugar onde os fósseis foram encontrados, reconstituir o ambiente em que o fóssil viveu, contar a história da Terra e, finalmente, identificar as rochas que podem conter substâncias minerais, como o carvão e petróleo”. (Adaptado do site “Pulga na Ideia”)

COMO ERA O BICHINHO? O Sacisaurus agudoensis viveu há cerca de 220 milhões de anos. Ele media aproximadamente 1,5 metro de comprimento (do focinho à cauda) e 0,5 metro de altura. Era um herbívoro, ou seja, um belo comedor de plantas. Por que o Dino Saci está agitando a galera da ciência? O Sacisaurus viveu em uma época em que os dinossauros começavam a se firmar na Terra. Seu jeito desengonçado dá uma ideia de como seriam os primeiros herbívoros do grupo dos ornitísquios, que se desenvolveriam até animais gigantescos como o Triceratops, com seus três chifres, ou Stegosaurus, dono de imensas placas nas costas. Ornitísquios: grupo de dinossauros ao qual pertenciam animais gigantescos como os Triceratops e Stegosaurus. O achado reforça as suspeitas de que os dinossauros tenham origem na América do Sul. Mas como na época os continentes do planeta inteiro estavam reunidos numa única grande massa de Terra conhecida como Pangeia (“terra inteira”, em grego), há gente que critica a ideia, dizendo que a aparente origem sul-americana poderia ser mero resultado do fato de que por aqui as rochas da idade certa foram preservadas, tendo sido erodidas em outros continentes. (Fonte: Folha On-line, 2/11/2006)

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Atividade do aluno

A mandíbula do Sacisauro agudoensis foi encontrada em Agudo (RS), pelo paleontólogo Jorge Ferigolo em 2000. Só depois de seis anos é que as escavações terminaram e a busca pelo fóssil se completou. (Fonte: Folha On-line, 2/11/2006)

4. Agora, vamos estudar a notícia. Junto com seus colegas e professor, converse sobre os seguintes aspectos: a. O que é o Dino Saci a que o título se refere? b. Os cientistas deram um nome científico de brincadeira para o fóssil encontrado. Explique: J o primeiro nome dado foi Sacisaurus. Esta palavra é composta por dois nomes diferentes. Explique quais são e o que cada um quer dizer; J o segundo nome foi agudoensis. Por que será que os paleontólogos deram esse sobrenome ao fóssil do dinossauro?; J o nome Sacisaurus agudoensis é o nome científico que os paleontólogos deram ao fóssil. Por que você acha que eles simplesmente não usaram “lagarto-saci agudense”? c. O texto aponta dois aspectos que caracterizariam a importância de se ter encontrado fóssil na América do Sul. Quais são eles? d. Segundo o texto, que crítica se faz à possibilidade de os dinossauros terem surgido na América do Sul? e. Retome as suas anotações feitas no caderno. Confira: a notícia tratou do assunto que você imaginava? Explique.

ATIVIDADE 1C: EXPLORANDO OS CADERNOS DO JORNAL Objetivos  Observar que o jornal possui uma estrutura própria.  Familiarizar-se com os cadernos que compõem o jornal.  Identificar quais são as nomenclaturas com que os diferentes jornais se referem aos mesmos cadernos.

Planejamento  Como organizar os alunos? Primeiro em círculo, coletivamente; depois, os alunos trabalharão em pequenos grupos.  Quais os materiais necessários? Vários jornais completos.  Qual é a duração? Uma aula de 50 minutos.

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Encaminhamento  Distribua os diferentes jornais pela classe. Considere a quantidade de alunos que você tem e providencie um jornal completo para cada grupo, pois eles precisarão vê-lo inteiro e, a seguir, analisar os cadernos que o compõem.  Faça um círculo de conversa e oriente-os: quando estiverem em pequenos grupos, devem manusear o jornal, observando que, internamente, vem dividido em partes, chamadas cadernos. Chame sua atenção também para a parte superior da primeira página do jornal, de cada caderno e de cada página, identifi cando o que têm de semelhanças e diferenças.  Peça que deem uma “passada de olhos” em cada caderno para descobrir de que tratam, trocando os cadernos entre si até que todos do grupo tenham visto todos eles.  Quando terminarem, deverão anotar, na página referente à Atividade 1C do livro do aluno, os nomes dos cadernos que descobriram e de que trata cada um.

ATIVIDADE 1C: EXPLORANDO OS CADERNOS DO JORNAL NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Quando todos tiverem concluído, reúna a turma para socializar o que aprenderam, e anote, na lousa, os diferentes nomes de cadernos e assuntos tratados que conseguiram identificar. Peça que os alunos complementem o que escreveram na própria página do livro do aluno.

1. Depois de ter folheado o jornal e visto como se organiza, anote suas observações sobre os cadernos. A seguir, comente com seu professor e colegas o que descobriu. Mas fique atento ao que seus companheiros vão dizer e anote as informações complementares que podem contribuir para seu aprendizado. EXPLORANDO OS CADERNOS DO JORNAL Nome do caderno

Assunto que trata

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ATIVIDADE 1D: RECUPERANDO O CONTEXTO DE PRODUÇÃO DE UMA NOTÍCIA Objetivos  Identificar as características de dois portadores de informação: a revista e o jornal.  Comparar revista e jornal, observando semelhanças e diferenças entre eles.  Observar diferenças entre portador e veículo de informação.

Planejamento  Como organizar os alunos? Primeiro coletivamente e, depois, em duplas.  Quais os materiais necessários? Diferentes jornais e revistas destinados a diferentes públicos, nos quais sejam publicadas notícias, conforme quadro que consta na Atividade 1C.  Qual é a duração? Cerca de 50 minutos.

Encaminhamento  Esclareça os alunos a respeito do propósito da atividade e informe-os sobre a maneira como ela será desenvolvida.  Distribua entre eles diversos jornais e revistas, procurando variar o público-alvo e as funções de leitura a que se destinam (revistas para crianças e para adultos, revistas científicas e de variedades, jornais para adultos e outros para crianças, jornais distribuídos nos faróis, basicamente contendo propagandas, jornais de bairro).  Peça que folheiem vários deles, observando formato, conteúdos e leitores possíveis para cada um dos materiais, segundo sua intenção de leitura.  Proponha que analisem os diferentes materiais, estudando sua organização: a constituição da primeira página do jornal, os diferentes cadernos (jornais) e seções (revistas), a capa das revistas, os recursos extraverbais presentes nas páginas, a presença de propaganda, a forma de distribuição dos textos em um jornal e em uma revista, os tamanhos das letras, entre outros aspectos.  Quando tiverem terminado, reúna-os em círculo novamente e socialize as descobertas que fizeram.  Ao orientar essa conversa coletiva, inicie a exploração pelo portador: primeiro jornais, depois revistas. Essa exploração pode ser feita por meio de questões orientadoras, como: J O que mais, além dos textos escritos, existe nas páginas dos jornais? J De que maneira os textos estão distribuídos nas páginas?

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J O tamanho das letras é sempre o mesmo? Por que você acha que isso acontece? J Como é organizado o jornal (ou a revista) inteiro? J De que maneira a primeira página de um jornal é organizada? J Que tipo de informações ela contém? Por que você acha que a organização é feita dessa forma? J De que maneira é organizada a capa de uma revista? Parece com a primeira página de um jornal? Por que você acha que a organização é feita dessa forma? J Há propagandas nos jornais? Muita ou pouca? E nas revistas? Por que você acha que há propaganda nesses portadores? As propagandas são as mesmas nos diferentes veículos? Como você explica isso?  Dessa discussão, procure garantir que os alunos compreendam que: J Nas páginas de jornais e revistas são publicados textos de gêneros diversos, como editoriais, crônicas, anúncios, propaganda, notícias, curiosidades, tirinhas, histórias em quadrinhos, entre outros. J Além desses textos, nos jornais e revistas são encontradas muitas fotografias, ilustrações, gráficos, infográficos, ícones, entre outros. J As notícias – assim como os demais textos – são dispostas em colunas tanto nos jornais, quanto em revistas; nos textos, os títulos sempre são escritos com letras maiores e mais visíveis, de forma a orientar e seduzir o leitor. J Um jornal é organizado em diferentes cadernos que abordam assuntos específicos (esportes, política, culinária, saúde, cotidiano, entretenimento, mundo, Brasil, meio ambiente, ciências, literatura, classificados, empregos, negócios, entre outros). Assim, pode-se dizer, também, que há segmentos de público aos quais cada caderno se destina prioritariamente, de maneira que o jornal seja o mais abrangente possível, atingindo os mais variados interesses; da mesma forma, e por razões semelhantes, as revistas se organizam em diferentes seções, com variedades temáticas; no entanto, sua abrangência é sempre menor que a de um jornal. J A primeira página de um jornal – e a capa de revista, de maneira semelhante – traz informações sobre tudo o que o jornal contém, funcionando como uma espécie de índice que serve tanto para organizar a leitura do leitor quanto para ser uma espécie de chamariz de leitores: as manchetes são importantíssimas nessa página. J A propaganda ocupa muito espaço do jornal, podendo chegar mesmo a uma porcentagem de 60% do total de suas páginas. Os anunciantes pagam para que a propaganda seja veiculada, o que significa que os jornais – e revistas – ganham dinheiro com isso e encontram estratégias cada vez mais eficazes para garantir que um número sempre crescente de pessoas compre o jornal e a revista para manter e ampliar o seu lucro. J Os jornais e revistas nem sempre veiculam as mesmas propagandas. Essas são definidas em função do perfil do leitor de cada veículo, incluindo seu poder de compra.

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 Depois, parta para a discussão sobre os contextos de publicação das notícias, diferenciando portador e veículo de informação. Leiam juntos e discutam a afirmação a seguir, estabelecendo a diferenciação entre eles. Revistas, jornais e livros são portadores textuais que podem ser impressos, televisivos, eletrônicos, radiofônicos. Os veículos são vários: revistas Época, Superinteressante, Ciência Hoje, entre outras; jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Metrô News, entre outros; jornais televisivos Jornal Hoje, Jornal Nacional, SBT Notícias, entre outros.  Nesse momento, procure garantir que os alunos compreendam que: J Notícias podem ser publicadas em revistas e jornais impressos, assim como em jornais e revistas eletrônicos, televisivos e, ainda, radiofônicos. J Os veículos são vários (revistas: Época, Superinteressante, Ciência Hoje, Nosso Amiguinho, Recreio etc.; jornais: Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Metrô News, Agora etc.; jornais televisivos: Jornal Hoje, Jornal Nacional, SBT Notícias, Jornal da Cultura, Metrópolis etc.). J Os leitores podem ser vários: crianças (Ciência Hoje das Crianças, Recreio, Nosso Amiguinho etc.); jovens, adultos, público feminino adulto (Cláudia, Caras, Ana Maria, Boa Forma etc.); adolescentes meninas (TodaTeen, Atrevida, Capricho etc.).

Atividade do aluno

 Quando tiverem terminado, peça-lhes que, em duplas, preencham o quadro do livro do aluno para sistematizar a comparação entre jornais e revistas.

ATIVIDADE 1D: RECUPERANDO O CONTEXTO DE PRODUÇÃO DE UMA NOTÍCIA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Após ter analisado vários jornais e revistas, observando as semelhanças e diferenças entre esses portadores, preencha o quadro abaixo com o auxílio de seu colega. JORNAL

REVISTA

SEMELHANÇAS DIFERENÇAS

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ATIVIDADE 1E: AS PARTES QUE COMPÕEM UMA NOTÍCIA – VISÃO GERAL Objetivo  Investigar características gerais de uma notícia no que se refere à sua organização interna.

Planejamento  Como organizar os alunos? Primeiro em grupos e, depois, coletivamente.  Quais os materiais necessários? Uma notícia da Atividade 1A (“Greenpeace critica a indústria, mas poupa os carros” ou “Ásia: tigres matam visitante em zoológico na Índia”); a notícia da Atividade 1B (“Dino Saci encontrado no Brasil”).  Qual é a duração? Cerca de 50 minutos.

Encaminhamento  Esclareça os alunos a respeito do propósito da atividade e informe sobre a maneira como ela se desenvolverá.  Solicite que formem grupos de, no máximo, três pessoas, tendo com eles os textos indicados.  Oriente-os para que analisem as partes que compõem uma notícia, registrando-as no quadro da atividade, focando em aspectos como: título, subtítulo, indicação de data e autoria, fotografias, boxes complementares.  Após terem observado aspectos iniciais, peça que analisem outras questões de organização da notícia, indicando: J Qual é o fato noticiado? J Onde ocorreu? J Como aconteceu? J Quando aconteceu? J Quem eram os envolvidos? J Por que ocorreu?  O olho e o lead ainda podem não ser observáveis para os alunos, mas isso não tem importância, dado que serão abordados em atividades posteriores. Além disso, os alunos podem não reconhecer o título como manchete, o que também não tem importância nesse momento.  Oriente-os a socializarem as observações feitas, comparando-as. Enquanto os alunos vão registrando as observações no livro, vá fazendo o mesmo na lousa, em um quadro semelhante.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 1E: AS PARTES QUE COMPÕEM UMA NOTÍCIA – VISÃO GERAL NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Em grupos, estudem as notícias prestando atenção nas partes em que estão organizadas e façam um registro. Listem todos os itens de que as notícias são compostas e marquem no quadro. Depois, compartilhem com seus colegas e professor as observações feitas e completem seu quadro com as contribuições dos outros grupos. ANALISANDO A ESTRUTURA DAS NOTÍCIAS “Ásia: tigres matam visitante em zoológico na Índia”

“Dino Saci encontrado no Brasil”

Título Subtítulo Data Autoria da notícia Possui fotografias? Possui boxes complementares? Qual é o fato noticiado? Onde ocorreu? Como aconteceu? Quando aconteceu? Quem eram os envolvidos? Por que ocorreu?

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ETAPA 2: ESTUDO DE CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM ESCRITA DO GÊNERO ATIVIDADE 2A: AS MARCAS DO CONTEXTO DE PRODUÇÃO NO TÍTULO E NO TEXTO DAS NOTÍCIAS Objetivos  Identificar nos títulos e no texto de notícias marcas linguísticas que revelem o leitor ao qual se destinam.  Compreender a necessidade de adequar o texto que escreve ao público ao qual se destina, de maneira a ajustá-lo aos interesses desse leitor e às suas possibilidades de compreensão.  Compreender a necessidade de ajustar a linguagem do texto às características do portador e do veículo, assim como às finalidades colocadas.  Reconhecer que as palavras que compõem uma manchete não são aleatórias, mas resultado de uma escolha intencional, feita com a finalidade de interessar o leitor para o conteúdo da notícia.  Reconhecer que essa escolha acaba por revelar os valores do veículo a respeito do fato e as imagens que tem do leitor.

Planejamento  Como organizar os alunos? Os alunos trabalharão ora coletivamente, ora em duplas.  Quais os materiais necessários? Folha de Atividade 2A e a notícia “Dino Saci encontrado no Brasil” (Atividade 1B).  Qual é a duração? Três aulas.

Encaminhamento  Esclareça os alunos sobre o propósito da atividade e a maneira pela qual se desenvolverá. Solicite que se organizem em duplas. Considerando o mapeamento dos saberes que eles têm sobre as características da notícia, forme parcerias de alunos que possam contribuir mutuamente para as aprendizagens pretendidas.

Parte 1 – 1a aula  Os alunos trabalharão, inicialmente, em duplas, para só depois socializarem a reflexão que fizeram.

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 Leia o texto com a classe, discutindo as ideias principais e, depois, solicite que trabalhem em duplas.  Quando terminarem, convide-os a compartilhar sua reflexão com os demais. Nessa primeira parte, espera-se que os alunos se sensibilizem para o fato de que o texto precisa ser ajustado às possibilidades de compreensão do leitor.

Parte 2 – 2a aula  Proceda do mesmo modo: leia a questão em voz alta, com a colaboração de todos. Determine um tempo para discussão e, depois, oriente-os para que compartilhem suas reflexões com os demais colegas.  Nos itens 2 e 3 espera-se que os alunos indiquem que o primeiro título parece ser de matéria destinada aos adolescentes; o segundo, aos interessados em questões relativas à agropecuária; o terceiro, às crianças; o quarto, a pessoas adultas e aos de mais idade; e o quinto, a quem se interessa por manter a forma.  É importante articular às respostas dos alunos as indicações das fontes, pois assunto e fonte são as pistas para a identificação de leitores possíveis e isso precisa ser explicitado a eles.  No item 4, espera-se que os alunos identifiquem as informações diferentes que constam dos títulos (profissão da pessoa, identificação de quem retirou o corpo, identificação de qual corpo – segundo o momento do processo de procura dos corpos –, recomeço da busca). Espera-se que eles reconheçam que, por exemplo: a escolha de começar por bombeiros ou por segundo focaliza a notícia no item que se considera como mais importante informar ou o que vai mais chamar a atenção do leitor; dizer mais um corpo ou o segundo faz diferença: por um lado, mais um corpo não é tão preciso; por outro, carrega uma carga pejorativa, de desconsideração para com o outro; dizer corpo de bacharel faz diferença porque não se trata do corpo de um cidadão qualquer, mas de alguém com um título.  Espera-se, finalmente, que reconheçam que essas escolhas podem ter sido decorrentes do que os escritores/editores consideraram relevantes para seus leitores. Além disso, a forma de tratamento revela valores por meio dos quais o veículo interpreta o fato.

Parte 3 – 3a aula  Retome com os alunos a reportagem indicada (“Dino Saci”) e oriente a reflexão coletiva sobre os itens pontuados.  No item 5, espera-se que sejam identificadas, de modo geral: J a maneira como o texto foi começado, chamando a atenção para um item do título, fazendo uma brincadeira que dota o texto de bom humor; J os subtítulos, que trazem as expressões “bichinho”, “galera”, aproximando a linguagem do texto do jeito de falar das crianças, dando leveza a um texto de caráter de divulgação científica.

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Parte 4  Recupere com os alunos a discussão a respeito de todas as atividades anteriores, procurando salientar que: J é muito importante, para quem vai escrever – e não apenas uma notícia –, considerar quem vai ler, qual será o melhor jeito de aproximar esse leitor do texto, fazendo com que ele queira lê-lo, assim como considerar o que esse leitor já sabe sobre o assunto para que se decida se alguma informação adicional precisa ser apresentada ou não; J exemplificar, citando o fato de que à notícia lida foram agregados vários boxes com informações adicionais para auxiliar o leitor na compreensão do texto. Além disso, foram usados recursos – o humor – e expressões, como as gírias, para deixar o texto mais leve – já que ele teria, necessariamente, que apresentar vocabulário mais técnico e científico, dada a sua natureza e finalidade: divulgação científica;

ATIVIDADE 2A: AS MARCAS DO CONTEXTO DE PRODUÇÃO NO TÍTULO E NO TEXTO DAS NOTÍCIAS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

J concluir, considerando que ajustar o texto a esses aspectos é, portanto, fundamental: garante que mais leitores o compreendam.

Parte 1 – Reflexão inicial Uma notícia não é escolhida aleatoriamente para compor um jornal, mas de acordo com o possível interesse que o público do jornal ou da revista em que será publicada (sejam impressos, da TV, do rádio ou eletrônicos) possa ter no assunto. Como já estudamos, um jornal ou uma revista organiza as matérias em cadernos, seções que se destinam a assuntos que possam interessar a públicos específi cos. Um jornal, por exemplo, sempre tem o caderno de esportes, de política, de economia, o que se destina ao tratamento de assuntos do cotidiano, ao entretenimento (filmes e espetáculos em cartaz, lançamentos de CDs, livros...), aos classificados de empregos, entre outros. Cada uma dessas partes do jornal tem um público específico, dentro de um público mais amplo que lê o que aquele veículo de comunicação publica, que compra aquele jornal. Esse público tem um perfil que mostra, de maneira geral, qual é a sua maneira de ver e viver a vida, o mundo e as pessoas, quais seus interesses gerais.

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Atividade do aluno

1. Considerando isso, responda: a. Por que é importante que o jornalista que vai escrever essa matéria para um jornal saiba disso? b. Converse com seu colega e, depois, anote suas observações. c. Quando todos terminarem, socialize a reflexão da dupla com o professor e demais colegas de classe.

Parte 2 – As indicações sobre o leitor presentes no título 2. Para estudarmos um pouco essa questão, leia os títulos das matérias e identifique a qual público parece destinar-se. Converse com seu colega e explique como é possível saber isso. J “Beep é nova arma de paquera no Japão” (Folha de S.Paulo, 8 jun. 1998). J “Piracicaba sedia eventos de ovinos e caprinos” (O Estado de S. Paulo, 24 jan. 2007). J “Pedala, menino!” (Folhinha, 20 jan. 2007). J “Velhice, envelhecimento, desamparo” (Revista E, dez. 2006). J “As armadilhas que engordam” (Boa Forma, jan. 2007). 3. Apresente suas conclusões para os demais colegas de classe e professor. 4. Leia os títulos das notícias apresentadas a seguir. a. “Busca recomeça e mais um corpo é retirado do metrô” (O Estado de S. Paulo, 17 jan. 2007). b. “Bombeiros retiram segundo corpo da cratera” (Folha de S.Paulo, 17 jan. 2007). c. “Segundo corpo é retirado da cratera de Pinheiros” (Jornal da Tarde, 17 jan. 2007). d. “Corpo de bacharel é retirado da cratera” (Todo Dia, 17 jan. 2007). Todos os títulos se referem à mesma notícia: a retirada de corpos de pessoas soterradas no desabamento das obras de uma das linhas do metrô, em janeiro de 2007. Os títulos, porém, são diferentes, pois as notícias foram publicadas em jornais diferentes. Analisando cada um, converse com seus colegas de classe e professor e responda:  Que informações são diferentes em cada título?  As quatro manchetes falam de corpos que foram retirados da cratera. Que diferença faz identificar o corpo como sendo de um bacharel, tal como aparece no título d?  Que diferença há entre a forma de iniciar os títulos b e c? Que efeito de sentido isso provoca em quem lê?  O título a diz que mais um corpo foi retirado da cratera. Que diferença há entre informar o leitor de que mais um corpo foi retirado e informar que o segundo corpo foi retirado?  Por que você acha que os jornalistas e editores do jornal fizeram essas escolhas?

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5. Junto com seu professor e colegas de classe, retome a notícia “Dino Saci encontrado no Brasil”. Já vimos que o site de onde a notícia foi retirada tem como leitores fundamentais as crianças. Considerando isso:  Identifique, no texto, expressões e recursos utilizados que indiquem quem são os leitores preferenciais do texto.

Atividade do aluno

Parte 3 – As pistas sobre o leitor e o veículo presentes no interior do texto

 Reflita e responda: que efeito você acha que essas expressões e recursos produzem em quem lê o texto? Se elas não fossem usadas, o efeito seria o mesmo? Explique e exemplifique. Imagine, por exemplo, se o texto começasse a partir de “O fóssil”, excluindo-se o trecho “Calma lá! Não vá pensando que o bicho saía por aí pulando em uma perna só”. Qual das duas maneiras de iniciar o texto é mais instigante para o leitor? Além disso, o texto também apresenta palavras em latim e outras mais técnicas, como fóssil herbívoro, Stegosaurus, ornitísquios, entre outros. A que se deve a presença desse tipo de palavra nessa notícia?

Parte 4 – Registrando reflexões finais 6. Para terminar essa reflexão, registre no caderno as conclusões mais importantes do que você estudou.

ATIVIDADE 2B: COMPARTILHANDO DIFERENTES NOTÍCIAS Objetivos  Relacionar jornal escrito e falado.  Ler e socializar notícias com os colegas.  Treinar a leitura em voz alta, preparando-se para ler para uma audiência.

Planejamento  Como organizar os alunos? Coletivamente no início; a seguir, em pequenos grupos.  Quais os materiais necessários? Notícias de jornal, uma para cada grupo da classe. É preciso também providenciar o número correspondente de cópias da mesma notícia para os integrantes do grupo (uma para cada criança).  Qual é a duração? Três aulas de 50 minutos.

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Encaminhamento  Divida a classe em pequenos grupos. Explique que a proposta final da atividade é promover uma leitura de notícia em voz alta, como acontece nos jornais televisivos. Como essa atividade exige preparação, ocorrerá em três aulas.  Na primeira aula, os alunos lerão uma notícia e deverão comentá-la, garantindo que todos do grupo a compreenderam bem. A seguir, precisarão dividir o texto e combinar quem lerá qual parte.  É interessante que, para introduzir essa aula, vocês assistam juntos trechos de telejornais, analisando como os apresentadores se comportam. Peça que observem o modo como falam, como se vestem, como dispõem as mãos, o corpo. Caso isso não seja possível, é importante levantar com os alunos o que sabem dos telejornais que já assistiram, pois deverão ler sua notícia aos demais representando um deles.  Lembre que, nos jornais de TV, as notícias muitas vezes são acompanhadas de fotos, imagens, vídeos, entrevistas. Assim, também eles, ao distribuir quem fará o que no grupo, podem combinar quem se responsabilizará por apresentar os complementos da notícia, que podem ser simulados por meio de cartazes, com figuras coladas, por exemplo. Podem também providenciar uma mesa que se aproxime dos cenários televisivos e vestir-se de modo semelhante. Saliente, porém, que o foco principal do trabalho é ler a notícia em voz alta.  Na segunda aula, peça aos alunos que se reúnam em seus respectivos grupos para “treinar” a leitura. Enquanto isso, circule entre eles, ajudando-os a aperfeiçoar aspectos da leitura em voz alta, fornecendo-lhes dicas.  Considere que os grupos devem ser heterogêneos no que diz respeito à leitura, mas não de modo discrepante, para não expor os alunos que ainda têm questões de leitura a ser resolvidas.  Na terceira aula os alunos lerão suas notícias para o grupo, que deverá fazer anotações sobre a leitura dos colegas para socializar no final, numa avaliação do trabalho.

ATIVIDADE 2C: AS DECLARAÇÕES E OS EFEITOS QUE PROVOCAM NO LEITOR Objetivos  Compreender o papel que as declarações desempenham em uma notícia: conferir veracidade à informação.  Identificar as diferentes maneiras de se apresentar uma declaração em um texto de notícia: por meio de discurso direto e por meio de discurso indireto, cada uma das maneiras provocando efeitos de sentido diferentes no leitor.

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Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Folha da Atividade 2C.  Qual é a duração? Cerca de 50 minutos.

Encaminhamento  Informe os alunos a respeito do propósito da atividade que será realizada. Oriente-os para que se organizem em duplas e explique a maneira pela qual a atividade se desenvolverá.  Apresente a primeira parte da atividade contextualizando a notícia e solicitando aos alunos que realizem antecipações. Anote as antecipações realizadas para conferi-las após a leitura.  Deixe que os alunos leiam, individualmente – mas podendo consultar o parceiro de dupla –, a notícia apresentada: J No item 2, solicite que cada aluno converse com seu parceiro sobre a notícia, a partir das perguntas apresentadas na atividade. Depois, coordene a discussão coletiva da notícia. J No item 3, é importante conduzir a discussão de modo que os alunos percebam que as declarações conferem maior confiabilidade aos fatos. Afinal, é o próprio envolvido se manifestando, são as suas palavras em destaque. Isto não significa que ele fale a verdade dos fatos; ao contrário, é um ponto de vista que está sendo apresentado na notícia, um ponto de vista que o veículo (o jornal ou a revista em questão) quer corroborar ou descartar, mas sempre o escolhido pelo veículo, o que revela sua orientação sobre o acontecido. No entanto, apresentar declarações verbais confere ao texto um “efeito de verdade”, maior confiabilidade, que acaba por dotar o texto de certa objetividade reiterada ou esclarecida pela declaração. J No item 4, é importante, antes de qualquer coisa, contextualizar a notícia, esclarecendo sobre o fato ocorrido no começo de 2007. Para tanto, é possível recorrer ao site de onde a notícia foi retirada (conferir endereço); porém, não é preciso tanto aprofundamento, pois a questão em foco não é propriamente temática. Em seguida, pretende-se que o aluno analise diferentes maneiras de apresentar declarações em uma notícia para se saber qual a melhor forma de influenciar o leitor. Evidentemente, espera-se que os alunos percebam que as palavras dos entrevistados são sempre muito eficientes para dotar o texto de confiabilidade, pois não se trata apenas da palavra do repórter, mas da palavra de alguém reproduzida tal como foi dita. O discurso do repórter, ao contrário, apresenta uma interpretação das palavras do outro, expressas indiretamente no texto. J No item 5, registrar os aspectos mais importantes da discussão realizada. De modo geral, referir-se a:

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a. finalidades da apresentação de declarações em uma notícia; b. maneiras de apresentação de declarações em uma notícia;

Atividade do aluno

c. efeitos que as diferentes maneiras provocam no leitor.

ATIVIDADE 2C: AS DECLARAÇÕES E OS EFEITOS QUE PROVOCAM NO LEITOR NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. A seguir será apresentada uma notícia que relata um fato ocorrido na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O título da notícia é “Enfermeira ajuda animais a ganharem novos lares em Santa Maria”, publicada no jornal Zero Hora, um dos maiores daquele estado. Considerando esse título, converse com seus colegas e professor e responda: a. De que forma uma enfermeira pode ajudar os animais? b. Que informações você imagina que a notícia trará a respeito do fato?

ENFERMEIRA AJUDA ANIMAIS A GANHAREM NOVOS LARES EM SANTA MARIA Mulher recolheu em dois meses cerca de 60 cães e gatos abandonados nas ruas da cidade O amor da enfermeira Marlise Flach Werle pelos animais tem salvo a vida de gatos e cachorros abandonados em Santa Maria. Em dois meses, ela já recolheu das ruas da cidade cerca de 60 animais, cuidou deles e encontrou um novo lar para os bichinhos. Desde junho, Marlise participa da sessão “Mascotes”, do jornal Diário de Santa Maria, na qual anuncia os animais para adoção. Ela conta que a ideia de procurar o jornal começou quando encontrou uma cadela que acabara de parir sete filhotes. – Quando voltei lá, a mãe dos cachorros estava morta; tive que trazer todos para casa. Mexendo um pouco mais no local em que eles estavam, vi que havia mais, ao todo eram 20 cachorros abandonados – conta ela, que carrega ração no seu carro.

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– Faço uma triagem antes de doar porque uma doação malfeita é pior do que o abandono – avalia ela. O cuidado e a atenção com os animais já rendeu boas histórias para Marlise. Ela conta que certa vez foi passear na sua cidade, Pirapó, e ficou sabendo de um cachorro que havia sido atacado por um ouriço e não conseguia comer nem beber água. Vendo o sofrimento do animal, Marlise contratou um laçador de rodeio, capturou o cão e tirou os espinhos.

Atividade do aluno

Aos poucos, Marlise começou a buscar os cachorros e os colocar para adoção. Para a sorte deles e a alegria de Marlise, todos foram encaminhados a novos lares. Além de buscar, cuidar e encontrar uma nova casa para os animais, Marlise ainda faz um acompanhamento depois que eles são adotados.

– Agora ele está bem, feliz e forte, ainda ficou meu amigo – conta Marlise, que recentemente foi mordida no braço por um pitbull, mas garante que vai continuar com o trabalho que faz. (Disponível em: <http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp>.)

2. Converse com seu parceiro e, depois, com os demais colegas e professor sobre as seguintes questões: a. Que tipo de animais recebem a atenção da enfermeira Marlise? b. O que ela faz por eles? c. De que forma a enfermeira auxilia os animais? d. Quando foi que ela teve a ideia de ajudá-los? e. A enfermeira afirma que faz uma triagem antes de doar “porque uma doação malfeita é pior que o abandono”. O que você acha que ela quis dizer com isso? f. Você acha que o trabalho de Marlise é importante? Por quê? g. Retome as anotações que seu professor fez antes de ler a notícia e responda: Quais antecipações que você fez se confirmaram? Quais não se confirmaram?

3. Releia o seguinte trecho da notícia: “– Quando voltei lá, a mãe dos cachorros estava morta; tive que trazer todos para casa. Mexendo um pouco mais no local em que eles estavam, vi que havia mais, ao todo eram 20 cachorros abandonados – conta ela, que carrega ração no seu carro.” a. Analise: de quem é essa declaração? b. Por que você acha que uma notícia contém declarações dos envolvidos no fato? c. Você acha que para o leitor faz diferença se a notícia utiliza ou não declarações? Explique.

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BOMBEIROS RETIRAM MAIS DOIS CORPOS EM CANTEIRO DO METRÔ Os bombeiros retiraram nesta quinta-feira mais dois corpos da cratera deixada pelo desabamento nas obras da estação Pinheiros do metrô, zona oeste de São Paulo. No total, desde a última sexta (12), dia do acidente, cinco corpos foram localizados.

APU GOMES/FOLHA IMAGEM

Atividade do aluno

4. Agora leia mais uma notícia. Trata-se de informações sobre o acidente que aconteceu na estação Pinheiros do metrô de São Paulo, que se encontrava em construção na época. Ocorreu um desabamento nas escavações realizadas e muitas pessoas foram vítimas.

Segundo o governador José Serra (PSDB), um dos corpos encontrados hoje é do motorista do micro-ônibus soterrado, Reinaldo Aparecido Leite, 40. O outro corpo – de um homem – ainda não foi identificado. Serra entrou na cratera vestindo uma máscara equipada com um equipamento que anula o odor gerado pela decomposição dos cadáveres. Serra ficou poucos minutos no local e classificou o trabalho dos bombeiros como “incrível”. Para o Corpo de Bombeiros, uma vítima do acidente permanece desaparecida, mas a hipótese de o office boy Cícero Augustino da Silva, 58, estar na cratera não é descartada. “Enquanto houver essa expectativa, vamos procurá-lo”, disse o capitão Mauro Lopes, dos bombeiros. A Polícia Civil investiga o paradeiro do office boy. A chuva que atingiu a cidade durante a madrugada atrasou as buscas, pois os trabalhos foram temporariamente suspensos. Pela manhã, o capitão Lopes disse que, devido à lama, as máquinas não conseguiam tração para puxar o micro-ônibus – ligado a um cabo de aço. Mais tarde, informou que os trabalhos haviam avançado, que o poste que prendia o micro-ônibus havia sido retirado e que o veículo seria serrado para a retirada das vítimas. [...] (Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u130672.shtml>. Acesso em: 10 nov. 2007.)

Converse com seus colegas e professora a respeito das seguintes questões: a. No terceiro parágrafo do texto da notícia você encontra uma declaração do capitão dos bombeiros Mauro Lopes. Leia-a e diga: do que se trata? b. Leia o quarto parágrafo e responda: que diferença você nota na forma de apresentar as declarações do capitão? Explique. c. Que efeito provoca no leitor cada uma das formas de apresentar as declarações do capitão? Explique.

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5. Considerando o que você analisou e discutiu, elabore, com o professor e demais colegas, um registro a respeito do papel das declarações nas notícias. Explique, também, de que forma elas podem ser apresentadas no texto.

ATIVIDADE 2D: O OLHO DA NOTÍCIA ENFERMEIRA AJUDA ANIMAIS A GANHAREM NOVOS LARES EM SANTA MARIA – (TÍTULO) Mulher recolheu em dois meses cerca de 60 cães e gatos abandonados nas ruas da cidade – (olho) O olho tem a mesma função do subtítulo, mas se distribui entre três a cinco linhas. Ele apresenta mais detalhes em relação ao título e introduz informações novas, que serão aprofundadas no corpo da notícia.

Objetivos  Identificar o olho na composição de uma notícia.  Compreender que a notícia pode recorrer ao olho na sua organização, mas que este não é elemento indispensável a toda notícia.  Reconhecer que o olho de uma notícia também tem a finalidade de chamar a atenção do leitor, destacando mais algumas informações que, na leitura, são acrescentadas ao título.

Planejamento  Como organizar os alunos? A princípio em duplas para discutir a questão; a seguir, coletivamente, para socializarem a discussão realizada com o restante da classe.  Quais os materiais necessários? Folha da Atividade 2D, notícias das atividades anteriores e – eventualmente – as demais analisadas em aula.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Informe os alunos a respeito do propósito da atividade que será realizada.  Oriente-os para que se organizem em duplas e explique a maneira pela qual a atividade será desenvolvida.  Oriente-os para que retomem a notícia indicada logo no início da atividade e analisem o olho. A intenção é que percebam o tipo de informação que o olho apresenta e a sua finalidade nas notícias. Para tanto, é importante apresentar questões como: As informações do olho são as mesmas que aparecem no título? Espera-se que os alunos consigam chegar à conclusão de que o olho tem a

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finalidade de chamar a atenção do leitor, assim como o título, oferecendo um pouquinho mais de detalhes sobre o noticiado: J No item 2, espera-se que os alunos comparem a nova notícia (sobre ladrões no Masp) com a anteriormente lida (sobre a enfermeira que ajuda animais), identificando o olho e analisando o tipo de informações que ele contém. É importante salientar que o olho da segunda notícia é mais extenso que o da primeira, e que isso se deve à importância da notícia e, ainda, a sua extensão (salientar, nesse momento, que o texto do material é apenas um trecho da notícia). J No item 3, é preciso retomar com os alunos outras notícias lidas anteriormente para que eles possam observar se elas possuem olho. É importante recorrer às notícias já lidas para que não se perca tempo com novas leituras. Mas sempre se pode recorrer, ainda, ao jornal do dia, o que é bastante interessante. J No item 4, o que se espera é que os alunos registrem o que puderam observar a respeito do olho. A saber: a. que nem todas as notícias têm olho. Desta forma, quando se vai produzir uma notícia é preciso saber que se pode recorrer a esse procedimento, mas que ele não é obrigatório; b. que o olho tem a finalidade de chamar a atenção do leitor, assim como o título, a manchete;

Atividade do aluno

c. que as informações do olho apresentam mais detalhes em relação ao título e introduzem informações novas, que serão aprofundadas no corpo da notícia.

ATIVIDADE 2D: O OLHO DA NOTÍCIA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Retome a notícia intitulada “Enfermeira ajuda animais a ganharem novos lares em Santa Maria”. Logo abaixo do título é apresentado um texto, destacado do corpo da notícia por estar escrito em negrito e com um tamanho de letra diferente. Esse pequeno texto chama-se “olho”:

Mulher recolheu em dois meses cerca de 60 cães e gatos abandonados nas ruas da cidade a. Que tipo de informação esse olho apresenta? b. Que relação essas informações estabelecem com o título e com o corpo da notícia? 2. Agora, leia a próxima notícia e analise: ela também possui olho? Caso possua, o tipo de informação que esse olho contém é do mesmo tipo que na notícia anterior? Explique.

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Crime demorou três minutos; bando usou pé de cabra e macaco hidráulico para invadir o museu mais importante da América Latina É a primeira vez em seus 60 anos que o Masp tem alguma obra furtada; não há previsão de quando o museu será reaberto

REPRODUÇÃO

AFRA BALAZINA KLEBER TOMAZ DA REPORTAGEM LOCAL

Atividade do aluno

LADRÕES INVADEM O MASP E LEVAM OBRAS DE PICASSO E DE PORTINARI

Com a ajuda de um macaco hidráulico e de um pé de cabra, ladrões levaram dois quadros, dos pintores Pablo Picasso e Candido Portinari, do Masp (Museu de Arte de São Paulo), o museu mais importante da América Latina. O crime demorou cerca de três minutos – os seguranças do museu nada perceberam. Foram furtadas as telas Retrato de Suzanne Bloch (1904, óleo sobre tela, 65 x 54 cm), do artista espanhol Picasso (1881-1973) e O lavrador de café (da década de 30, óleo sobre tela, 100 x 81 cm), do pintor brasileiro Portinari (1903-1962). O museu, cujo acervo é avaliado em mais de US$ 1 bilhão e inclui obras de Claude Monet e Vincent Van Gogh, não possui alarme nem sensores em suas obras. A segurança era feita por quatro vigias desarmados. Esse foi o maior roubo de arte na história do país em razão da importância das obras e de seu valor de mercado. [...] A direção do Masp não quis dar entrevistas. Por meio de nota, afirma que “ao longo dos seus 60 anos de atividades ininterruptas [...] nunca sofreu uma ocorrência desta natureza, razão pela qual foi instaurada uma sindicância interna”. O texto diz ainda que, como as obras estavam “em salas separadas e distantes”, eram alvos específicos da ação. “Ações semelhantes, infelizmente, têm ocorrido não só em grandes museus do mundo como também nos brasileiros, razão pela qual o Masp está acionando, além de nossa polícia local, a Interpol, a Polícia Federal e o Itamaraty para as providências devidas”, diz a nota. (Fonte: Folha de S.Paulo, Caderno Cotidiano, 21 dez. 2007.)

3. Retome, agora, todas as notícias que você leu até o momento nesse estudo e analise: a. Todas as notícias possuem olho? b. Por que é importante termos essa informação?

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4. Converse com seu professor e colega sobre as suas observações e anote-as no caderno, de forma que possam orientá-lo quando for produzir uma notícia.

ATIVIDADE 2E: O LEAD E A SUA FUNÇÃO NA ORGANIZAÇÃO DA NOTÍCIA Lead – Abertura de um texto jornalístico. Pode apresentar sucintamente o assunto, destacar o fato principal ou criar um clima para atrair o leitor para o texto. O tradicional responde a seis questões básicas: o quê, quem, quando, onde, como e por quê.

Objetivos  Identificar as informações que costumam compor o primeiro parágrafo de uma notícia.  Reconhecer a finalidade do primeiro parágrafo de uma notícia, que é chamar a atenção do leitor para a notícia, apresentando, de maneira destacada, mais algumas informações sobre o que será noticiado.  Identificar o nome que se costuma dar a esse primeiro parágrafo.

Planejamento  Como organizar os alunos? Estarão, inicialmente, discutindo em duplas para, depois, socializarem a discussão realizada com o restante da classe.  Quais os materiais necessários? Folha da Atividade 2E, notícias das atividades anteriores, indicadas na atividade e – eventualmente – as demais analisadas em aula.  Qual é a duração? Cerca de 30 minutos.

Encaminhamento  Informe os alunos a respeito do propósito da atividade que será realizada. Oriente-os para que se organizem em duplas e explique-lhes a maneira pela qual a atividade será desenvolvida.  Solicite que os alunos retomem as notícias indicadas, relendo os primeiros parágrafos de cada uma delas. Após a leitura, solicite que identifiquem os aspectos indicados. A intenção é orientar a observação dos alunos a respeito do tipo de informações que o primeiro parágrafo das notícias costuma conter:

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Para saber mais O lead (ou, na forma aportuguesada, lide) é, em jornalismo, a primeira parte de uma notícia, geralmente posta em destaque relativo, que fornece ao leitor a informação básica sobre o tema e pretende prender-lhe o interesse. É uma expressão inglesa que significa “guia” ou “o que vem à frente”. Na teoria do jornalismo, as seis perguntas básicas do lead devem ser respondidas na elaboração de uma matéria; são elas: “O quê?”, “Quem?”, “Quando?”, “Onde?”, “Como?”, e “Por quê?”. O lead, portanto, deve informar qual é o fato jornalístico noticiado e as principais circunstâncias em que ele ocorre. Já o lead do texto de reportagem, ou de revista, não tem a necessidade de responder imediatamente às seis perguntas. Sua principal função é oferecer uma prévia, como a descrição de uma imagem, do assunto a ser abordado. O lead deve ser mais objetivo, evitando a subjetividade e pautar mais para exatidão, linguagem clara e simples. Isso não significa, porém, que o lead deva ser burocrático. O leitor ganha interesse pela notícia quando o lead é bem elaborado e coerente. (Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/>.)

ATIVIDADE 2E: O LEAD E A SUA FUNÇÃO NA ORGANIZAÇÃO DA NOTÍCIA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

J Pretende-se, nos itens 2 e 3, que os alunos compreendam os aspectos relativos ao tipo de informação que o parágrafo contém, assim como sua finalidade – aspectos focalizados no excerto do último item. Nesse, são sistematizadas as observações que os alunos devem ter feito e, além disso, apresentadas informações novas a respeito do assunto. É necessário focalizá-las e orientar os alunos para a revisão de suas anotações anteriores, caso considerem necessário.

Continuando nosso estudo sobre o jornal, vamos analisar mais uma parte muito interessante dele: o primeiro parágrafo, que vem depois do título ou do olho, se houver. 1. Retome as seguintes notícias: a. “Ladrões invadem o Masp e levam obras de Picasso e de Portinari”; b. “Bombeiros retiram mais dois corpos em canteiro do metrô”; c. ”Enfermeira ajuda animais a ganharem novos lares em Santa Maria”.

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Atividade do aluno

Releia os primeiros parágrafos de todas essas notícias e identifique em cada um deles: a. Quem fez? b. O que fez? c. Quando fez? d. Onde fez? Foi possível identificar essas informações em todos os primeiros parágrafos? 2. Considerando essa análise, o que se pode dizer que todos os primeiros parágrafos das notícias têm em comum? Anote suas reflexões no caderno. 3. Leia o trecho seguinte e, depois, retome as suas reflexões registradas, complementado-as, caso considere necessário. “O primeiro parágrafo de uma notícia recebe o nome de lead. Em inglês, lead significa ‘conduzir’. Como o próprio nome já diz, esse primeiro parágrafo tem a intenção de atrair os leitores, destacando os fatos mais importantes ou algo que cause certa sensação no leitor, com o objetivo de levá-lo (conduzi-lo) à leitura do restante da notícia. O tipo de lead mais usado nas notícias que circulam nos jornais brasileiros, chamado de noticioso, apresenta um resumo dos fatos contados. Esse tipo de lead objetiva informar sobre o assunto, respondendo a questões do tipo ‘Quem?’, ‘Fez o quê?’, ‘A quem?’ (ou ‘O que aconteceu a quem?’), ‘Onde?’, ‘Quando?’, ‘Como?’, ‘Por quê?’ e ‘Para quê?’.” (Fonte: Barbosa, J.; Grupo Graphe. Notícia. São Paulo: FTD, 2001. p. 72-73. (Coleção Trabalhando com os Gêneros do Discurso. Relatar)

ATIVIDADE 2F: A ORDEM DOS FATOS EM UMA NOTÍCIA Objetivo  Reconhecer o critério de organização das informações em uma notícia – o de relevância –, e não o de sequência temporal dos acontecimentos.

Planejamento  Como organizar os alunos? Estarão, inicialmente, discutindo em duplas para, depois, socializarem a discussão realizada com o restante dos colegas.  Quais os materiais necessários? Atividade apresentada a seguir, notícias das atividades anteriores indicadas na atividade e – eventualmente – as demais analisadas em aula.  Qual é a duração? Cerca de 30 minutos.

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Encaminhamento  Informe os alunos a respeito do propósito da atividade que será realizada. Oriente-os para se organizarem em duplas e explique-lhes a maneira pela qual a atividade será desenvolvida.  Distribua as folhas de atividade e, antes que iniciem, leia com eles e explique qual é a proposta, orientando quanto ao preenchimento do quadro. Caso seja necessário, faça o desenho na lousa e preencha, coletivamente, o primeiro quadro.

ATIVIDADE 2F: A ORDEM DOS FATOS EM UMA NOTÍCIA NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Deixe que as duplas realizem a análise, fazendo intervenções junto àquelas que precisarem mais de sua ajuda. É importante orientar a reflexão para que ela possibilite aos alunos compreenderem que na notícia as informações vão sendo apresentadas aos poucos, aprofundando, cada vez mais, o relato com maior detalhamento. Isso possibilita ao leitor acompanhar a notícia até onde estiver satisfeito com o nível de informações, dispensando-o da leitura integral do texto.

1. Leia a notícia apresentada a seguir.

TERREMOTO EM MINAS É O 1o A REGISTRAR MORTE NO PAÍS, AFIRMA ESPECIALISTA O terremoto de 4,9 graus na escala Richter no norte de Minas Gerais é o primeiro a registrar uma morte, segundo o Obsis (Observatório Sismológico de Brasília), da UnB (Universidade de Brasília). O tremor foi sentido na comunidade rural de Caraíbas, distante 35 quilômetros de Itacarambi (MG), segundo o governo de Minas. Uma criança de cinco anos morreu esmagada pela parede de sua casa, que não resistiu ao abalo e caiu. Outras duas pessoas tiveram traumatismo craniano e quatro foram internadas com ferimentos leves. Segundo o governo de Minas, o tremor ocorreu na madrugada deste domingo e atingiu também, de forma mais leve, a cidade de Itacarambi e alguns pontos de Manga e Januária. Informações preliminares do Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil) mostram que no total sessenta casas foram atingidas. A Cedec informou que as famílias que tiveram suas casas destruídas serão removidas. Elas receberão cestas básicas, colchões e cobertores. A coordenadoria estuda ainda se outras remoções serão necessárias. (Fonte: adaptado de: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ ult95u353229.shtm>. Acesso em: 9 dez. 2007.)

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Atividade do aluno

2. Junto com seus colegas de classe e professor, converse sobre a notícia, procurando responder a questões como: a. Que fato é noticiado? b. Quando aconteceu? c. Onde aconteceu? d. Onde foi publicado? e. Quem se interessaria por uma notícia como essa? Expliquem. f. Por que vocês acham que esse fato virou notícia? 3. Vamos, agora, estudar a organização da notícia. Para tanto, reúna-se com mais um colega e juntos façam uma lista dos fatos relatados na notícia. Depois, numere-os, na ordem em que foram acontecendo na realidade. Registrem suas observações no caderno para depois compartilhar com o professor e demais colegas. 4. Considerando que:  uma notícia é escrita para informar os leitores sobre fatos que tenham importância para os mesmos;  o jornal deve possibilitar ao leitor uma informação rápida sobre o fato ou mais detalhes à medida que se lê o texto, respondam: a. Por que a notícia foi organizada dessa maneira? Registrem suas reflexões no caderno e depois socializem com o restante da turma.

ATIVIDADE 2G: REESCREVENDO UMA NOTÍCIA Objetivos  Reescrever uma notícia fazendo uso das questões linguísticas estudadas.  Revisar a produção escrita, observando aspectos discursivos e normativos.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade ocorrerá a princípio coletivamente e depois em duplas, sendo que cada dupla receberá apenas um papel.  Quais os materiais necessários? Notícias trabalhadas no livro do aluno.  Qual é a duração? Duas aulas de 40 minutos.

Encaminhamento  Reúna os alunos e proponha a reescrita de uma notícia, como se eles fossem os jornalistas.  Retome, oralmente, as notícias lidas no livro, listando-as na lousa. Divida os alunos em duplas heterogêneas e peça que cada uma escolha qual das notícias da lista deseja reescrever.

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 Feito isso, encaminhe-os para o trabalho, mas antes lembre-os de que: J A primeira versão será um rascunho, que será revisado e corrigido posteriormente. J Antes de se lançarem a escrever a notícia propriamente, deverão reler a que foi escolhida e planejar o que e como vão reescrever, considerando: a. Quais são os aspectos fundamentais do acontecido que devem aparecer e em que ordem? b. Haverá ou não depoimentos de entrevistados? c. Se houver, como serão os turnos de fala entrevistador/entrevistado? d. Haverá imagens? e. Como organizarão o título? f. Haverá ou não olho da notícia? g. Como será o lead?  Tendo essas respostas em mente, oriente-os para reescrever a notícia.  Na aula seguinte, peça que as duplas troquem as notícias entre si, para que corrijam uns aos outros. Oriente-os a observarem com atenção aspectos de discurso (coerência e clareza do texto, omissão de informações que comprometam a compreensão do leitor, adequação da escrita ao texto jornalístico) e também de ortografia, gramática e pontuação.  Quando os textos tiverem sido revisados pelos alunos, você deverá corrigi-los e devolvê-los às respectivas duplas para que façam as adequações necessárias.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA “ESTUDO DE PONTUAÇÃO” DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO EM GÊNEROS DA ESFERA LITERÁRIA: CONTOS, CRÔNICAS, LENDAS, FÁBULAS A pontuação que marca a fala do personagem, quando introduzida no discurso do narrador, comumente tratada como “pontuação de diálogo”, costuma ser trabalhada em classe de maneira linear e com a utilização de apenas um tipo de recurso gráfico: o travessão. Essa sequência didática busca retomar o assunto, mostrando a diversidade de possibilidades de utilização de recursos, assim como a diferença de emprego de um mesmo recurso por diferentes autores, revelando de que maneira as questões relacionadas a estilo pessoal também interferem nesse processo. Nos textos desta sequência de atividades são apresentadas três possibilidades de utilização de sinais gráficos para marcar a pontuação de diálogo, combinando alguns recursos: dois-pontos, parágrafo e travessão inicial; dois-pontos e aspas; dois-pontos, parágrafo e aspas. Essas possibilidades referem-se aos usos empregados por dois autores de crônicas: Luis Fernando Verissimo e Carlos Eduardo Novaes. Na sequência há também atividades que buscam apresentar maneiras fundamentais de introdução dos turnos de narração, em que se foca o discurso do personagem

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e do narrador: o discurso direto e o indireto, orientando a reflexão do aluno para a percepção das diferenças de efeitos de sentido que os usos de um ou outro implicam: o direto possibilita maior aproximação do leitor das reações efetivas do personagem; o indireto provoca maior distanciamento entre ambos, pelo fato de o narrador interpretar as intenções, reações e emoções do personagem. Discutidas essas maneiras de introdução dos discursos direto e indireto, passa-se para a reflexão sobre as marcas linguísticas dos dois turnos de narração e, só depois, para a pontuação do discurso direto. Além disso, a reflexão sobre as atividades também focaliza as diferentes maneiras de se indicar, textualmente, de quem é a fala no discurso direto: as fórmulas de se anunciar quem vai falar, as de se comentar quem está falando e as de se indicar quem acabou de falar, com as devidas marcas gráficas sinalizando-as. Foram utilizadas duas crônicas como referência para esse trabalho: uma de Novaes e outra de Verissimo. Nessa perspectiva, considerando que os textos de referência precisam ser interpretados e compreendidos, é fundamental que os contextos de produção dos textos sejam recuperados junto aos alunos e, para tanto, o professor precisa estar informado a respeito dos autores, seus estilos e a temática de suas obras, assim como das características do gênero, pois a escolha da pontuação também é decorrente da intenção de significação que se tem, o que também se relaciona com os conteúdos dizíveis pelo gênero, de modo geral.

ORGANIZAÇÃO GER AL DA SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES

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ATIVIDADE

TAREFA

1

Lendo uma crônica para contextualizar o estudo.

Ler o texto apresentado, ativando o conhecimento prévio sobre autor e gênero, para poder realizar antecipações a respeito do conteúdo. Discutir o conteúdo do texto, buscando a compreensão mais aprofundada do mesmo.

2

Estudando maneiras de introduzir as falas dos personagens.

Analisar duas maneiras de se introduzir a fala de personagem no discurso do narrador – o discurso direto e indireto –, reconhecendo os efeitos de sentido que produzem e nomeando-os adequadamente.

3

As marcas linguísticas do discurso direto e indireto.

Identificar a marca de primeira pessoa no discurso direto e de terceira pessoa no discurso indireto, relacionando-a com os efeitos de sentido decorrentes, discutidos na atividade anterior.

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4

Ampliando a reflexão sobre as marcas do discurso direto.

Identificar duas possibilidades de marcar no texto quem está falando: utilizando dois-pontos e aspas; ou dois-pontos, parágrafo e travessão. Reconhecer que há três possibilidades de explicar, no texto, quem está falando, identificando as marcas gráficas que são utilizadas em cada uma dessas possibilidades. Compreender que, em um diálogo, se não forem apresentadas as explicações textuais sobre quem fala, só é possível identificar o autor se forem duas as pessoas a falar e se souber a quem pertence pelo menos uma das falas do diálogo. Reconhecer que indicar textualmente as falas facilita a leitura.

5

As aspas e mais uma possibilidade de uso.

Identificar a maneira que o autor utiliza as aspas para marcar discurso direto no texto lido, comparando-a com a maneira encontrada no texto lido na atividade anterior, pontuando as diferenças. Constituir um repertório de marcas gráficas possíveis de serem utilizadas para marcar o discurso direto.

6

Reinvestindo o conhecimento aprendido – pontuando diálogos.

Reinvestir o conhecimento aprendido, pontuando diálogos em um trecho de crônica, identificando, entre as diferentes possibilidades estudadas, a que julgar mais adequada para criar os efeitos de sentido que pretender, considerando o tema e as finalidades do texto e mantendo a coerência de emprego.

7

Alterando o discurso em um conto.

Aplicar o que foi aprendido com uma crônica em um conto conhecido.

ATIVIDADE 1: LENDO UMA CRÔNICA PARA CONTEXTUALIZAR O ESTUDO Objetivo  Contextualizar os enunciados que serão tomados como referência para o estudo da introdução da fala do personagem no discurso do narrador.

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Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade é coletiva e os alunos podem permanecer em suas carteiras (a leitura da crônica será individual).  Quais os materiais necessários? Texto que será lido – cópia para todos os alunos da folha de Atividade 1.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e sobre como estarão organizados para desenvolvê-la. Apresente para a classe as primeiras questões, relativas à recuperação do contexto de produção do texto. Essas questões tematizam aspectos referentes a: J conhecimentos que os alunos possam ter (ou não) sobre o autor; J conhecimentos que os alunos possam ter (ou não) sobre o gênero crônicas: que costumam tratar de aspectos do cotidiano; que tomam os aspectos do cotidiano para elaborar uma crítica a eles; que podem utilizar o humor para isso.

Atividade do aluno

 Peça que leiam o texto que se encontra na Atividade 1, e, depois, discuta seu conteúdo, verificando se as antecipações realizadas se confirmaram e, ainda, aprofundando o tema a partir das questões apresentadas na atividade.

ATIVIDADE 1: LENDO UMA CRÔNICA PARA CONTEXTUALIZAR O ESTUDO NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. A crônica apresentada a seguir foi escrita por Carlos Eduardo Novaes. Você conhece esse autor? E uma crônica, você já leu? 2. O livro de onde foi retirada a crônica que você lerá intitula-se A cadeira do dentista e outras crônicas. Em sua opinião, esse título combina com crônicas? Por quê? 3. Agora, imagine: do que tratará uma crônica chamada “O marreco que pagou o pato”? 4. Converse com seu professor e seus colegas sobre cada uma das questões apresentadas. 5. Agora, leia a crônica apresentada a seguir.

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Carlos Eduardo Novaes

Semana passada, São Paulo, apesar de toda fama de que não pode parar, parou. E não foi num congestionamento. Parou para discutir o caso do marreco Quércia e sua marreca Amélia, presos e engaiolados durante 24 horas sob a acusação de poluírem o meio ambiente. Diante do fato eu fico aqui pensando que os paulistas já devem ter resolvido todos os seus grandes problemas urbanos. Sim, claro: quando um povo começa a prender marrecos é porque não tem mais nada para fazer.

Atividade do aluno

O MARRECO QUE PAGOU O PATO

O marreco Quércia – deixa-me explicar – ganha a vida honestamente como relações-públicas da casa Agro Dora, na Rua da Consolação, 208. Em seu trabalho passa os dias inteiros circulando pela calçada e atraindo fregueses para a loja. Na segunda-feira o gerente da loja foi surpreendido com a presença de um fiscal, que muito compenetrado perguntou se o marreco era de sua propriedade. Diante da resposta positiva, virou-se para o gerente e pediu: “Seus documentos?”. Leu atentamente um por um, devolveu-os e disse: “Agora deixe-me ver os documentos do marreco”. – O marreco não tem documentos – respondeu o gerente. – Nenhum? Nem título de eleitor? Certificado de reservista? Nada? Então eu acho que vou ter que prender o seu marreco. – O senhor não pode fazer uma coisa dessas – ponderou o gerente. – Não há nenhuma lei que obrigue marrecos a ter documento. – Não há? – desconfiou o fiscal. – Então espere um momentinho. Foi ao telefone e ligou para o chefe da repartição: “Alô, chefe? Encontrei um marreco passeando pela rua sem documento”. – Que está esperando? – vociferou o chefe. – Prenda-o por vadiagem. – Mas, chefe, é um marreco. Precisamos de uma lei para enquadrá-lo. O senhor sabe qual é o número dessa lei? – Não tenho a menor ideia. – Então pergunta se alguém aí sabe. – Alguém aí sabe – perguntou o chefe, voltando-se para os funcionários da repartição – quais são os documentos que um marreco necessita para transitar livremente pelas ruas? Não. Ninguém sabia. O chefe então sugeriu que o fiscal procurasse outro motivo para prender o marreco. “Mas que motivo?”, perguntou o fiscal, que era meio duro de imaginação. – O marreco está nu? – indagou o chefe. – Então prenda-o por atentado ao pudor.

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Atividade do aluno

O fiscal parou um pouco, pensou e não se lembrou de ter visto jamais um marreco vestido. Não, essa era demais. O chefe, já pensando no almoço de domingo, insistiu: “O marreco está parado em cima da calçada?”. – Está. – Então prenda-o por estacionar em local proibido. “Boa ideia”, pensou o fiscal. Voltou ao gerente, que estava parado na calçada ao lado do marreco, disfarçou, disse que iria perdoar a falta de documentos, “mas infelizmente tenho que levar o seu marreco por estar parado em local não permitido”. – Está certo – concordou, irritado, o gerente –, mas então chama o guincho. – Pra que guincho? – Meu marreco só sai daqui rebocado. Formou-se a maior confusão em torno do marreco. O fiscal querendo levá-lo de qualquer maneira, e o gerente, apoiado por dezenas de populares, defendendo a inocência do marreco. Nisso, chegou um segundo fiscal pouquinha coisa mais inteligente que o primeiro e decretou: “O marreco não pode ficar solto, é um agente da poluição”. – Agente de quem? – espantou-se um balconista da loja. – Garanto que não. O Quércia trabalha aqui há mais de dois anos. – E daí? – interveio um popular que estava do lado do fiscal. – Ele pode ter dois empregos. Vai ver que quando sai daqui faz um bico em alguma agência. – E você acha que o marreco, com esse bico, ainda precisa fazer outro? – A acusação é injusta – interrompeu o gerente –, o marreco não pode ser acusado de poluir. Se eu tivesse aqui um elefante soltando fumaça pela tromba está certo, mas o Quércia nem fuma. – Não interessa – afirmou o segundo fiscal, meio agressivo –, isso o senhor explica lá para o chefe. O marreco entrou na sede da Administração Regional da Sé cheio de ginga. Imediatamente o chefe destacou um funcionário para qualificá-lo: nome, endereço, estado civil, essas coisas. De gravata e camisa de manga curta, o burocrata sentou-se à máquina e começou: “Nome?”. O gerente com o marreco no colo respondeu: “Quércia”. – Quércia de quê? – De nada. – Como de nada? Ele não tem família? – Tem. É da família dos anatídeos. – Então – prosseguiu o funcionário batendo na máquina –, Quércia Anatídeo. Terminada a ficha o burocrata abriu uma gaveta e, enquanto procurava o material para tirar as impressões digitais, disse ao gerente: – Me dá aí o polegar do marreco.

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– Não? – disse o funcionário já contrariado porque não encontrava as almofadas para carimbos. – Então me dá o indicador. – O marreco também não tem indicador. – E o anular, tem? – Também não, senhor. – Poxa – chateou-se o burocrata –, então me dá aí qualquer dedo que estiver sobrando.

Atividade do aluno

– O marreco não tem polegar – desculpou-se o gerente.

O gerente precisou explicar que marreco não tinha dedo. Tinha pata. Ainda assim o funcionário já meio perturbado entendeu que o gerente se referia à companheira do marreco e perguntou: “Uma pata?”. – Não. Duas. – E ele vive bem com as duas? Custou pouco para desfazer a confusão. Encerrada essa fase, o funcionário encaminhou-se para outra sala, onde o marreco teria que tirar umas fotos três por quatro de identificação. O fotógrafo, repetindo gestos tão automáticos quanto a máquina, mandou o marreco subir na cadeira, esticar bem o pescoço, olhar para a frente e não se mexer. O marreco, mesmo sem entender nada, seguiu as instruções do fotógrafo. Quando o fotógrafo enfiou a cabeça por debaixo do pano preto – a máquina era daquelas antigas –, observou pelo visor que alguma coisa estava errada. Tornou a levantar a cabeça e indagou do funcionário: “Nós vamos fotografá-lo assim?”. – Assim como? – indagou o funcionário sem entender. – Sem gravata? – Não sei – disse o funcionário meio reticente –, mas eu acho que marreco não precisa botar gravata. – Acho melhor botar uma gravata nele – retrucou o fotógrafo –, você sabe como é o chefe: já disse que foto só de gravata. O funcionário tirou sua gravata, pediu um paletó emprestado a um datilógrafo, tiraram as fotos necessárias e depois engaiolaram o marreco. E não é que no dia seguinte a poluição em São Paulo diminuiu sensivelmente... (Fonte: Novaes, C. E. A cadeira do dentista e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1996. p. 77-81.)

6. Você deve ter conversado com seu professor e colegas que a crônica sempre toma um fato do cotidiano para poder fazer uma crítica – ainda que com muito humor – de algo que atinge todas as pessoas. Pensando nisso, responda: a. Que aspectos dessa crônica a tornaram engraçada? b. Você acha que a última afirmação do autor do texto é verdadeira? c. Que aspecto da vida das pessoas o autor critica com essa crônica?

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ATIVIDADE 2: ESTUDANDO MANEIRAS DE INTRODUZIR AS FALAS DOS PERSONAGENS Objetivos  Analisar duas maneiras de se introduzir o discurso do personagem na fala do narrador: o discurso direto e o indireto.  Reconhecer os efeitos de sentido que cada uma dessas maneiras produz no leitor.  Nomear cada uma das maneiras, com os termos linguísticos adequados (discurso direto/indireto).

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em duplas, com socialização de discussões ao final, para sistematização de conhecimentos.  Quais os materiais necessários? Texto que será lido – cópia para todos os alunos da folha de Atividade 2.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos para apresentação dos propósitos da atividade. Oriente-os a se organizarem em duplas para realizar as atividades.  Antes de encaminhar os alunos para o trabalho em duplas, peça que leiam os enunciados e verifiquem se têm alguma dúvida. Quando estiverem prontos, dê início aos trabalhos, mas acompanhe a reflexão de cada dupla, problematizando-a sempre que necessário.  As intenções da atividade são que o aluno perceba que o discurso direto aparenta retratar com mais fidelidade as reações e emoções de quem fala, do personagem. Já no discurso indireto temos essas emoções e reações interpretadas pelo narrador. Dessa forma, as reações do personagem são “limpas” pela fala do narrador, provocando um efeito de distanciamento entre o leitor e o personagem.  No último momento da atividade, acolha todas as reflexões das diferentes duplas, orientando-as para as conclusões acima expostas.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

ATIVIDADE 2: ESTUDANDO MANEIRAS DE INTRODUZIR AS FALAS DOS PERSONAGENS

1. Releia o trecho apresentado a seguir. Leu atentamente um por um, devolveu-os e disse: “Agora deixe-me ver os documentos do marreco”. – O marreco não tem documentos – respondeu o gerente. – Nenhum? Nem título de eleitor? Certificado de reservista? Nada? Então eu acho que vou ter que prender o seu marreco. – O senhor não pode fazer uma coisa dessas – ponderou o gerente. – Não há nenhuma lei que obrigue marrecos a ter documento. – Não há? – desconfiou o fiscal. – Então espere um momentinho. Foi ao telefone e ligou para o chefe da repartição: “Alô, chefe? Encontrei um marreco passeando pela rua sem documento”. 2. Compare com o trecho abaixo e responda: o que há de diferente nesse segundo trecho? Leu atentamente um por um, devolveu-os e pediu ao gerente para ver os documentos do marreco. O gerente avisou que o marreco não tinha documentos. O fiscal ficou surpreso e disse que, então, teria de prender o marreco. O dono do marreco ponderou que o animal não poderia ser preso, pois não havia nenhuma lei que o obrigasse a ter documentos. Diante disso, o fiscal ligou para a repartição e explicou o caso ao seu chefe. 3. Qual das maneiras de escrever você acha que dá a impressão de retratar com mais fidelidade as reações do falante diante da situação? Qual maneira de contar a história deixa o leitor mais distante das reações da personagem? Explique. 4. Se você tivesse que relacionar cada um dos trechos a uma das denominações apresentadas a seguir, que ligações estabeleceria? Explique. ( 1 ) Trecho 1

( ) Discurso Indireto

( 2 ) Trecho 2

( ) Discurso Direto

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Atividade do aluno

Registre a sua explicação, conforme modelo a seguir: O primeiro trecho seria denominado de discurso

porque

O segundo trecho seria denominado de discurso

porque

5. Apresente a reflexão da dupla aos demais colegas e professores, discutindo-a e revendo suas anotações, se for necessário.

ATIVIDADE 3: AS MARCAS LINGUÍSTICAS DO DISCURSO DIRETO E INDIRETO Objetivo  Identificar a marca de primeira pessoa no discurso direto e de terceira pessoa no discurso indireto, relacionando-as com os efeitos de sentido decorrentes, discutidos na atividade anterior.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será realizada em duplas, com socialização de discussões ao final, para sistematização de conhecimentos.  Quais os materiais necessários? Trechos do texto que serão lidos, que constam da folha da Atividade 3.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos para apresentação dos propósitos da atividade. Oriente-os a se organizarem em duplas para realizar a tarefa.  Antes do desenvolvimento das atividades, leia-as uma a uma com os alunos, orientando a sua reflexão. Depois, problematize com as duplas aspectos que considerar necessários. A intenção é que os alunos percebam que só no discurso direto aparecem verbos em primeira pessoa; o narrador reproduz literalmente, no seu texto, a fala do personagem. Entretanto, quando o narrador conta como o personagem falou algo, o verbo sempre vem na terceira pessoa.  Ao final, depois que os alunos tiverem realizado as tarefas propostas, solicite que apresentem suas reflexões para todos, discutindo-as e orientando o registro da descoberta.  Caso você considere que para os seus alunos é melhor realizar toda a atividade coletivamente, altere o modo de organização dos alunos.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

ATIVIDADE 3: AS MARCAS LINGUÍSTICAS DO DISCURSO DIRETO E INDIRETO

1. Retome os dois trechos da crônica apresentados na Atividade 2.

Trecho 1 Leu atentamente um por um, devolveu-os e disse: “Agora deixe-me ver os documentos do marreco”. – O marreco não tem documentos – respondeu o gerente. – Nenhum? Nem título de eleitor? Certificado de reservista? Nada? Então eu acho que vou ter que prender o seu marreco. – O senhor não pode fazer uma coisa dessas – ponderou o gerente. – Não há nenhuma lei que obrigue marrecos a ter documento. – Não há? – desconfiou o fiscal. – Então espere um momentinho. Foi ao telefone e ligou para o chefe da repartição: “Alô, chefe? Encontrei um marreco passeando pela rua sem documento”.

Trecho 2 Leu atentamente um por um, devolveu-os e pediu ao gerente para ver os documentos do marreco. O gerente avisou que o marreco não tinha documentos. O fiscal ficou surpreso e disse que, então, teria de prender o marreco. O dono do marreco ponderou que o animal não poderia ser preso, pois não havia nenhuma lei que o obrigasse a ter documentos. Diante disso, o fiscal ligou para a repartição e explicou o caso ao seu chefe. 2. Analise as palavras e expressões grifadas no primeiro trecho: há palavras com dois traços e outras com um traço só. Todas indicam, por exemplo, coisas que a gente faz ou sente. a. Qual a diferença entre as que estão grifadas com um traço e as que estão grifadas com dois traços? b. Quando é que aparece no texto cada um dos tipos de palavra? Para refletir sobre isso, leia a dica apresentada a seguir: “Eu faço”: o verbo – faço – está na primeira pessoa do singular – eu. “Ele faz”: o verbo – faz – está na terceira pessoa do singular – ele. 3. No segundo trecho há alguma palavra com a mesma característica das que foram grifadas com dois traços? Grife-as. O que você acha que explica isso?

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4. Considerando a dica apresentada, reflita e complete: O discurso indireto é escrito em O discurso direto pode estar escrito em

pessoa. e

pessoa.

5. Apresente as conclusões a que você e seu colega chegaram e discuta-as com a classe e o professor. Reveja-as, caso considerar necessário.

ATIVIDADE 4: AMPLIANDO A REFLEXÃO SOBRE AS MARCAS DO DISCURSO DIRETO Objetivos  Identificar duas possibilidades de marcar, no texto, quem está falando: utilizando dois-pontos e aspas; ou dois-pontos, parágrafo e travessão.  Reconhecer que há três possibilidades de explicar, no texto, quem está falando: anunciando quem irá falar antes de apresentar a fala do personagem; indicando quem está falando, no meio da fala do personagem; comentando quem acabou de falar, ao final da fala do personagem.  Identificar as marcas gráficas que são utilizadas em cada uma dessas possibilidades.  Compreender que, em um diálogo, se não forem apresentadas as explicações textuais sobre quem fala, só é possível identificar o autor se forem duas as pessoas a falar, e se souber a quem pertence, pelo menos, uma das falas do diálogo.  Reconhecer que indicar textualmente as falas facilita a leitura.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade será inicialmente em duplas, em seguida, coletivamente.  Quais os materiais necessários? Texto que será lido – cópia para todos os alunos da folha de Atividade 4.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos para apresentação do propósito da atividade. Oriente-os a se organizarem em duplas para realizar as atividades.  Da mesma forma que na atividade anterior, peça que eles leiam o enunciado das atividades e solicite que conversem com seus parceiros a respeito das questões focalizadas. Problematize com as duplas aspectos que considere necessários, orientando a reflexão dos alunos.  Ao final, solicite que socializem as reflexões, discutindo-as coletivamente.

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 Procure garantir que os alunos compreendam que, nos trechos analisados: J há duas possibilidades de marcar quem está falando: utilizando dois-pontos e aspas; ou dois-pontos, parágrafo e travessão; J há três possibilidades de explicar, textualmente, quem está falando: anunciando quem irá falar antes de apresentar a fala do personagem; indicando quem está falando, no meio da fala do personagem; comentando quem acabou de falar, ao final da fala do personagem. A cada uma dessas possibilidades correspondem marcas gráficas. As que foram indicadas no texto correspondem à utilização do travessão medial e inicial, que são utilizados para separar – ainda que articulando – a fala do personagem do restante do texto. No entanto, também seria possível marcar com aspas. É interessante selecionar exemplos, caso queira, e mostrar aos alunos.  Além disso, procure garantir que os alunos: J compreendam que, em um diálogo, se não forem apresentadas as explicações textuais sobre quem fala, só é possível identificar o autor se forem duas as pessoas a falar e, além disso, se for possível saber a quem pertence, pelo menos, uma das falas do diálogo;

ATIVIDADE 4: AMPLIANDO A REFLEXÃO SOBRE AS MARCAS DO DISCURSO DIRETO NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

J reconheçam que indicar textualmente as falas é um recurso interessante que auxilia a compreensão do leitor.

1. Releia o trecho apresentado a seguir. O marreco entrou na sede da Administração Regional da Sé cheio de ginga. Imediatamente o chefe destacou um funcionário para qualificá-lo: nome, endereço, estado civil, essas coisas. De gravata e camisa de manga curta, o burocrata sentou-se à máquina e começou: “Nome?”. O gerente com o marreco no colo respondeu: “Quércia”. – Quércia de quê? – De nada. – Como de nada? Ele não tem família? – Tem. É da família dos anatídeos. – Então – prosseguiu o funcionário batendo na máquina –, Quércia Anatídeo.

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Atividade do aluno

2. Agora, responda: a. No primeiro parágrafo desse trecho, de que maneira são marcadas as falas de um personagem? b. E no segundo? c. Que diferença você vê entre marcar de um jeito ou de outro? Explique. 3. Na última linha há o seguinte trecho: “prosseguiu o funcionário batendo na máquina”. a. Quem é que está apresentando essa informação? b. De que maneira é possível saber isso? c. Se não houvesse esse trecho, seria possível saber quem está falando? De que maneira? Qual das maneiras você considera mais próxima do leitor? Por quê? 4. Leia os trechos apresentados a seguir. Em todos eles há explicações sobre quem está falando. a. Em quais a maneira de apresentar essa explicação é semelhante à estudada no item 3? Por quê? b. Em quais é diferente? Por quê?

Trecho 1 – Está certo – concordou, irritado, o gerente –, mas então chama o guincho.

Trecho 2 – O marreco não tem documentos – respondeu o gerente.

Trecho 3 – A acusação é injusta – interrompeu o gerente –, o marreco não pode ser acusado de poluir. Se eu tivesse aqui um elefante soltando fumaça pela tromba está certo, mas o Quércia nem fuma.

Trecho 4 Terminada a ficha, o burocrata abriu uma gaveta e, enquanto procurava o material para tirar as impressões digitais, disse ao gerente: – Me dá aí o polegar do marreco. 5. Relacione cada trecho com o que pareça mais adequado: Explicação do Trecho 1 ( Explicação do Trecho 2 ( Explicação do Trecho 3 ( Explicação do Trecho 4 (

) ) ) )

( A ) Indica quem está falando. ( B ) Anuncia quem vai falar em seguida. ( C ) Comenta quem acabou de falar.

6. Agora vamos registrar algumas reflexões realizadas ao longo dessa atividade:

Primeira reflexão: As falas de um personagem podem ser indicadas no texto com os seguintes grupos de sinais: e

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Os sinais gráficos marcam a fala de um personagem. Além disso, é possível explicar de quem é a fala de três maneiras: anunciando as falas, indicando quem está falando ou, então, comentando quem falou. Essas maneiras são as seguintes:

Terceira reflexão:

Atividade do aluno

Segunda reflexão:

Quando o texto não anuncia quem vai falar nem explica quem está falando ou acabou de falar, é possível identificar quem fala da seguinte maneira:

ATIVIDADE 5: AS ASPAS E MAIS UMA POSSIBILIDADE DE USO Objetivos  Identificar a maneira pela qual o autor utiliza as aspas para marcar o discurso direto no texto lido, comparando-a com a maneira encontrada no texto anterior e pontuando as diferenças.  Constituir um repertório de marcas gráficas possíveis de serem utilizadas para marcar o discurso direto.

Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade é coletiva e os alunos podem permanecer em suas carteiras.  Quais os materiais necessários? Texto que será lido – cópia para todos os alunos da folha de Atividade 5.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos a respeito do propósito da atividade e de como ela se desenvolverá.  Leia a crônica, contextualizando-a para os alunos, perguntando se conhecem o autor, se já leram alguma de suas obras, se gostam das obras que leram.  Sobre o autor, Luis Fernando Verissimo, é possível obter fartas informações a respeito de sua vida e obra no seguinte endereço: http://portalliteral.terra.com. br/verissimo. A obra da qual a crônica foi coletada – que faz parte do acervo das salas de leitura das escolas da rede municipal – também apresenta informações biográficas do autor.

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 Além de comentar sobre o autor, pergunte aos alunos o que imaginam encontrar em um texto com o título “Comunicação”, considerando que se trata de uma crônica de humor. Enfim, procure fazer perguntas que ativem o repertório dos alunos, de modo que eles antecipem possíveis sentidos do texto.  Em seguida, leia, com eles, o trecho da crônica e provoque uma reflexão a partir das questões apresentadas na atividade. Levante hipóteses com os alunos a respeito de que objeto seria o referido no texto e, depois, leia a crônica inteira com eles, verificando, em cada trecho, as hipóteses levantadas, confirmando-as ou não.  No item 2, solicite que os alunos analisem o trecho apresentado identificando de que maneira são marcadas as falas dos personagens. Espera-se que identifiquem as aspas como outras marcas gráficas possíveis, identificadoras das falas.  A seguir, solicite que comparem essa pontuação com a do texto anterior, marcando a diferença de uso feita pelos dois autores: o primeiro não utiliza parágrafo para introduzir falas e o segundo, sim.

Atividade do aluno

 Solicite aos alunos que façam registro da descoberta feita e chame a atenção deles para o fato de que já estão constituindo um repertório de maneiras possíveis de se introduzir a fala do personagem no discurso do narrador. Você poderá, inclusive, montar um quadro no qual constem as diferentes maneiras estudadas e deixar afixado na classe, disponível para consulta.

ATIVIDADE 5: AS ASPAS E MAIS UMA POSSIBILIDADE DE USO NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Leia, agora, mais um trecho de crônica. Dessa vez, o autor é Luis Fernando Verissimo. A sua crônica intitula-se “Comunicação”, e você lerá a parte inicial dela.

COMUNICAÇÃO Luis Fernando Verissimo

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome? “Posso ajudá-lo, cavalheiro?” “Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...” “Pois não?” “Um... como é mesmo o nome?”

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“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.” “Sim, senhor.” “O senhor vai dar risada quando souber.” “Sim, senhor.” “Olha, é pontuda, certo?”

Atividade do aluno

“Sim?”

“O quê, cavalheiro?” “Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde se encaixa a outra ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?” (Fonte: Crônicas. São Paulo: Ática, 1994. p. 35-36. (Para gostar de ler, v. 7)

Bom, não sabemos se o vendedor já descobriu o que o homem deseja comprar... E você? Já tem alguma ideia? Converse com seus colegas de classe e professor. Depois disso, seu professor lerá com vocês o restante da crônica. Vamos ver se vocês descobrem o que ele quer comprar. Vá juntando as pistas. 2. Agora, volte ao trecho lido e analise: a. De que maneira são marcadas as falas dos personagens? Explique. b. Em que essa maneira difere da que usa o mesmo sinal gráfico no texto “O marreco que pagou o pato”? Explique. 3. Registre sua descoberta no caderno.

ATIVIDADE 6: REINVESTINDO O CONHECIMENTO APRENDIDO – PONTUANDO DIÁLOGOS Objetivo  Reinvestir o novo conhecimento sobre discurso direto e discurso indireto, pontuando diálogos em um trecho de crônica, identificando, entre as diferentes possibilidades estudadas, a que julgar mais adequada para criar os efeitos de sentido que pretende, considerando o tema e as finalidades do texto e mantendo a coerência de emprego ao longo do texto.

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Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade é individual e os alunos podem permanecer em suas carteiras. Contudo, podem consultar-se mutuamente caso tenham dúvidas.  Quais os materiais necessários? Texto que será lido – cópia para todos os alunos da folha de Atividade 6.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e sobre a maneira como será desenvolvida.  Retome com eles o quadro de possibilidades pelas quais é possível introduzir fala de personagem no discurso do narrador.  Oriente-os sobre a necessidade de escolherem os recursos – dois-pontos, parágrafo e aspas; dois-pontos e aspas, sem parágrafo; dois-pontos, parágrafo e travessão – de acordo com o efeito de sentido que considerarem mais adequado para o texto e suas finalidades.  Oriente-os para não alterarem o texto, o que implicará a escolha de discurso direto. Restará a eles, então, a escolha do recurso de pontuação e a maneira de utilizá-lo.  Oriente-os, ainda, para manter no texto inteiro a coerência de escolha, quer optem por uma possibilidade apenas, quer articulem duas delas, como Novaes, na primeira crônica.  Leia em voz alta o texto todo com os alunos, de modo que possam compreender qual a crítica que a crônica apresenta, o que poderá auxiliá-los a tomar a decisão sobre o recurso a ser utilizado.  Depois, solicite que retomem o trecho e o organizem, pontuando-o adequadamente.  Na revisão, procure marcar para os alunos a coerência de uso nas diferentes pontuações realizadas por eles. Se, por exemplo, optaram por dois-pontos, parágrafo e travessão, é preciso que se mantenha essa organização em todo o texto; se a opção foi pelo emprego das aspas para marcar a fala dos personagens, também é preciso manter a coerência em todo o texto. É interessante discutir que a opção por uma ou outra forma de pontuar tem relação com os efeitos de sentido que o autor desejou empregar no texto.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

ATIVIDADE 6: REINVESTINDO O CONHECIMENTO APRENDIDO – PONTUANDO DIÁLOGOS

1. Considerando suas anotações, reescreva o trecho a seguir pontuando os diálogos de maneira adequada. Trata-se de mais uma crônica de Carlos Eduardo Novaes, intitulada “No país do futebol”. Nela, um personagem presente em outras crônicas do autor, Juvenal Ouriço, famoso por ser “econômico”, tenta assistir a um jogo de futebol na TV da vitrine de uma loja de eletrodomésticos. Depois, seu professor lerá o restante da crônica para vocês.

NO PAÍS DO FUTEBOL Carlos Eduardo Novaes

Juvenal Ouriço aproximou-se de um vendedor parado à porta de uma loja de eletrodomésticos e perguntou Qual desses oito televisores os senhores vão ligar na hora do jogo? Qualquer um disse o vendedor desinteressado. Qualquer um não. Eu cheguei com duas horas de antecedência e mereço certa consideração. Pra que o senhor quer saber? Para já ir tomando posição diante dele. O vendedor apontou para um aparelho. Juvenal observou os ângulos, pegou a almofada que o acompanha ao Maracanã e sentou-se no meio da calçada. Ei, ei, psiu, chamou um mendigo recostado na parede da loja, como é que é meu irmão? Que foi? Perguntou Juvenal. Quer me botar na miséria? Esse ponto aqui é meu. Eu não vou pedir esmola. Então senta aqui a meu lado. Aí não vai dar pra eu ver o jogo. Na hora do jogo nós vamos lá para casa. Você tem TV a cores? Claro. Você acha que eu fico me matando aqui pra quê? (Fonte: Crônicas. São Paulo: Ática, 1994. p. 67-68. (Para gostar de ler, v. 7)

ATIVIDADE 7: ALTERANDO O DISCURSO EM UM CONTO Objetivo  Transformar discurso direto em indireto e vice-versa.

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Planejamento  Como organizar os alunos? A atividade é individual e os alunos podem permanecer em suas carteiras. Contudo, podem consultar-se mutuamente, caso tenham dúvidas.  Quais os materiais necessários? Texto que consta da folha de Atividade 7.  Qual é a duração? Cerca de 40 minutos.

Encaminhamento  Peça aos alunos para que abram o livro na página da Atividade 7. Comente com eles que esse texto é um trecho da história “João e Maria” e proponha a leitura compartilhada do mesmo.  Quando terminarem, explique que deverão observar os trechos em negrito e, depois, fazer o que se pede.

Atividade do aluno

 Ao término da atividade, proponha a correção na lousa, socializando as maneiras diferentes com que podem ter resolvido o exercício.

ATIVIDADE 7: ALTERANDO O DISCURSO EM UM CONTO NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Com seu professor e amigos, leia um trecho do conto “João e Maria”. Observe que há trechos com marcas diferenciadas, que serão usados por você a seguir.

JOÃO E MARIA A vida sempre fora difícil na casa do lenhador, mas naquela época as coisas haviam piorado ainda mais: não havia pão para todos. – Minha mulher, o que será de nós? Acabaremos todos por morrer de necessidade. E as crianças serão as primeiras… – Há uma solução… – disse a madrasta, que era muito malvada. – Amanhã daremos a João e Maria um pedaço de pão, depois os levaremos à mata e lá os abandonaremos. O lenhador disse que não queria nem ouvir falar de um plano tão cruel, mas a mulher, esperta e insistente, conseguiu convencê-lo. No aposento ao lado, as duas crianças tinham escutado tudo, e Maria desatou a chorar.

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João a tranquilizou e pediu para que não chorasse. Explicou que tinha uma ideia que poderia salvá-los. Esperou que o pai e a madrasta dormissem, saiu da cabana, catou um punhado de pedrinhas brancas que brilhavam ao clarão da lua e as escondeu no bolso. Depois voltou para a cama. No dia seguinte, ao amanhecer, a madrasta acordou as crianças.

Atividade do aluno

– João, e agora? Sozinhos na mata, estaremos perdidos e morreremos.

– Vamos cortar lenha na mata. Este pão é para vocês. Partiram os quatro. O lenhador e a mulher na frente e as crianças atrás. A cada dez passos, João deixava cair no chão uma pedrinha branca, sem que ninguém percebesse. Quando chegaram bem no meio da mata, a madrasta disse: – João e Maria, descansem enquanto nós vamos rachar lenha para a lareira. Mais tarde passaremos para pegar vocês. Após longa espera, os dois irmãos comeram o pão e, cansados e fracos como estavam, adormeceram. Quando acordaram, era noite alta e, do pai e da madrasta, nem sinal. – Estamos perdidos! Nunca mais encontraremos o caminho de casa! – soluçou Maria. – Esperemos que apareça a lua no céu e acharemos o caminho de casa – consolou-a o irmão. Quando a lua apareceu, as pedrinhas que João tinha deixado cair pelo atalho começaram a brilhar; seguindo-as, os irmãos conseguiram voltar até a cabana. 2. Releia apenas os trechos em negrito. Eles mostram o diálogo entre os personagens escritos pelo discurso direto. Em seu caderno, reescreva-os, passando para o discurso indireto. 3. Agora, observe os trechos sublinhados. Eles revelam a fala dos personagens de modo indireto. Imagine que você é o personagem que fala e reescreva-os, passando para o discurso direto. 4. Depois, partilhe suas ideias com o professor e os colegas e veja como eles resolveram essas questões.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA “ESTUDO DA ORTOGR AFIA” As sequências didáticas para trabalhar com as questões de ortografia são adequadas especificamente para o trabalho com as regularidades. Elas devem ser desenvolvidas com todos os alunos da classe quando você identificar essa necessidade em suas escritas, ou seja, quando parte significativa de seus alunos escreverem inadequadamente palavras com as terminações focadas.

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Com essa sequência de atividades pretende-se dar continuidade a uma discussão iniciada na 3a série do Ciclo I, envolvendo a escrita de palavras em que a grafia correta depende de um conhecimento gramatical. São palavras cuja definição da grafia correta depende de uma análise da classe gramatical a que pertencem. Trata-se das regularidades morfológico-gramaticais (Morais, 1998), ou seja, possíveis de ser inferidas a partir de um conhecimento – ainda que intuitivo – da categoria gramatical da palavra. Por isso, ao longo do trabalho, recorra aos conceitos de substantivo e de verbo – assim como de tempo verbal – já construídos pelos alunos, para orientá-los nas suas análises. Eles poderão, inicialmente, utilizar expressões como “nome” – para referirem-se a substantivo – ou “palavra que mostra as coisas que a gente faz” – para falarem de verbo. Posteriormente, mais ao final da sequência didática – ou em outras atividades –, você poderá apresentar os alunos à metalinguagem. Nessa sequência os alunos vão refletir sobre palavras terminadas com -ISSE/-ICE e -ANSA/-ANÇA, em atividades que vão conduzindo a observação do aluno para o aspecto em análise, tematizando as diferentes nuances a ser consideradas na inferência da regra subjacente à escrita. A finalidade principal desse trabalho é possibilitar ao aluno a análise da regularidade de escrita das palavras terminadas em -ISSE/-ICE e -ANSA/-ANÇA, a elaboração da regra respectiva e o uso da regra em escritas posteriores. PARA SABER MAIS SOBRE O TRABALHO COM ORTOGRAFIA, CONSULTE O GUIA DE ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA O PROFESSOR DO 2o ANO. LÁ VOCÊ ENCONTRARÁ ORIENTAÇÃO PARA O TRABALHO COM ORTOGRAFIA E UMA DIVERSIDADE DE PROPOSTAS DIDÁTICAS PARA O TRABALHO COM AS IRREGULARIDADES E VÁRIAS REGULARIDADES.

Expectativas de aprendizagem Espera-se que os alunos compreendam a regularidade que orienta a escrita de palavras: as terminadas com -ISSE e -ICE e as terminadas com -ANSA e -ANÇA, de maneira a possibilitar a tomada de decisão sobre a ortografia correta.

PALAVR AS TERMINADAS EM -ISSE E -ICE Organização geral da sequência didática ATIVIDADES

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1

Lendo o poema e comentando

2

Estudando palavras do poema e ampliando o repertório

3

Testando as descobertas

4

Completando o quadro de descobertas

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ATIVIDADE 1: LENDO O POEMA E COMENTANDO Objetivo  Contextualizar, por meio da leitura de um texto, as palavras de referência.

Planejamento  Quando realizar? Após uma primeira leitura do texto, para desencadear a reflexão sobre a questão ortográfica focalizada, de maneira a contextualizar palavras de referência.  Como organizar os alunos? Os alunos trabalharão coletivamente.  Quais os materiais necessários? Folha da Atividade 1 desta sequência.  Qual é a duração? Uma aula de 50 minutos.

Encaminhamento  Esclareça os alunos sobre os propósitos e desenvolvimento da atividade. Para iniciar o trabalho, leia o texto com eles.  Na leitura do texto inicial, é importante o trabalho com a antecipação de conteúdo em função de autor e título do texto. Fale um pouco da obra de Bandeira, situando os alunos em relação à temática de sua produção.

ATIVIDADE 1: LENDO O POEMA E COMENTANDO NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Esse procedimento é importantíssimo para que o texto contextualizador da questão ortográfica não seja tratado apenas como pretexto para trabalho gramatical. Além disso, é fundamental o trabalho de apreciação da obra, seja pelo viés do conteúdo, seja da forma. Assim, apresente aos alunos os excertos de Mariana e Edivaldo e solicite que os alunos comentem, comparando com o que acharam do texto lido. Comparar impressões sobre um texto é comportamento leitor fundamental.

Manuel Bandeira é um grande poeta brasileiro. Você já leu alguma obra dele? O poema que se encontra apresentado a seguir fala da impressão que uma namorada causa em seu namorado. O que será que diz?

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Atividade do aluno

1. Converse com seus colegas e professor sobre isso e, depois, leia o poema.

NAMORADOS Manuel Bandeira

O rapaz chegou-se para junto da moça e disse: – Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com a sua cara. A moça olhou de lado e esperou. – Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagartixa listada? A moça se lembrava: – A gente fica olhando… A meninice brincou de novo nos olhos dela. O rapaz prosseguiu com muita doçura: – Antônia, você parece uma lagartixa listada. A moça arregalou os olhos, fez exclamações. O rapaz concluiu: – Antônia, você é engraçada! Você parece louca. (Fonte: Bandeira, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1979.)

Mariana e Edivaldo também leram esse poema. Veja o que acharam dele. “Eu achei um poema engraçado... como é que se pode achar alguém parecido com uma lagarta? Deve ser porque a namorada era alta e desengonçada! Ou então porque ainda não tinha virado borboleta... ah... já sei... ela devia ser engraçada porque ainda era adolescente, mas ia ficar uma moça linda...! Que nem a lagarta que vira borboleta...” (Mariana, 10 anos) “Esse poema fala de uma coisa que acontece, às vezes, com a gente: a gente vê uma coisa e não consegue tirar os olhos e não sabe bem por quê... só sabe que gosta... É como o namorado... e como eu quando li esse poema... Ele é estranho, assim, simples, mas tem alguma coisa de bonito...” (Edivaldo, 11 anos) 2. E você? Qual a sua opinião sobre o poema? Concorda com Mariana? Com Edivaldo? Com os dois? Com nenhum deles? Converse com seus colegas e professor sobre isso.

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ATIVIDADE 2: ESTUDANDO PALAVRAS DO POEMA E AMPLIANDO O REPERTÓRIO Objetivo  Desencadear o processo de reflexão sobre o aspecto ortográfico, buscando a construção da regularidade e organizando os primeiros registros.

Planejamento  Quando realizar? Depois da leitura, focalizando as palavras de referência.  Como organizar os alunos? Os alunos trabalharão em duplas.  Quais os materiais necessários? Reprodução da atividade apresentada a seguir.  Qual é a duração? Uma aula de 50 minutos.

Encaminhamento  Esclareça os alunos sobre os propósitos e desenvolvimento da atividade. Discuta com eles o significado da palavra meninice, caso você considere necessário. A intenção é que não trabalhem com nenhuma palavra que não conheçam.  Oriente-os para que organizem palavras em dois grupos, tendo como referência o que observaram nas palavras MENINICE e DISSE. A intenção é orientar a observação pensando nas classes gramaticais a que pertencem as palavras, pois trata-se de uma regularidade morfológica: substantivos com essa terminação são escritos com C e verbos com SS (conjugados no pretérito, segunda pessoa do singular).  Num primeiro momento, deixe que observem e apontem tais regularidades na maneira como as palavras foram escritas (SS ou C). Depois, ressalte a dica apresentada: é para focalizar o olho do aluno para o tipo de palavra (verbo). A seguir, chame a atenção dos alunos para o fato de que DISSE é um verbo (eles podem definir como ALGUMA COISA QUE ALGUÉM FEZ) e MENINICE é um substantivo (o NOME DE ALGUMA COISA)  Vá orientando as duplas na sua reflexão e, depois, solicite que cada uma registre suas primeiras conclusões no caderno. Os alunos devem registrar a maneira como conseguiram perceber, mesmo sem a utilização de metalinguagem, como substantivo ou verbo.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 2: ESTUDANDO PALAVRAS DO POEMA E AMPLIANDO O REPERTÓRIO NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Vamos estudar duas palavras que foram utilizadas no poema que você acabou de ler: meninice e disse. Antes de qualquer coisa, reflita: o que significa meninice? Veja as possibilidades abaixo e converse com seu colega sobre quais sentidos seriam mais adequados de acordo com o poema: a. significa que a namorada fez uma brincadeira de menina; b. significa que, apesar de a namorada ser moça, naquela hora ela pareceu criança; c. significa que ela se lembrou de uma situação que viveu quando era criança. 2. Agora, vamos pensar sobre a forma como essas palavras foram escritas. Você deve ter percebido que, quando as falamos, ambas terminam com o mesmo som. Mas quando as escrevemos, utilizamos letras diferentes, não é mesmo? Por que será? 3. Leia as palavras a seguir e, depois, organize dois grupos: palavras escritas com -ISSE e palavras escritas com -ICE. mesmice – fugisse – tolice – doidice – fingisse – partisse – meninice – caretice burrice – meiguice – chatice – saísse – visse – ouvisse – risse – velhice 4. Junto a seu colega, analise: além de serem escritas da mesma forma, o que as palavras de cada grupo têm em comum? Uma pista: DIZER  DISSE

ATIVIDADE 3: TESTANDO AS DESCOBERTAS Objetivo  Possibilitar que os alunos experimentem utilizar o seu registro – que deve corresponder à regularidade observada – de modo a validar suas observações.

Planejamento  Quando realizar? Depois do primeiro registro de observação.

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 Como organizar os alunos? Os alunos trabalharão em duplas.  Quais os materiais necessários? Reprodução da atividade apresentada a seguir.  Qual é a duração? Uma aula de 50 minutos.

Encaminhamento  Organize os alunos em duplas. Esclareça sobre os propósitos e desenvolvimento da atividade. Esse será o momento de os alunos analisarem se suas observações realmente ajudam a tomar a decisão sobre a ortografia, reajustando-as, caso seja necessário.  Depois de realizada a atividade, solicite às duplas que apresentem suas conclusões para todos, lendo seu registro e explicando se tiveram que modificá-lo ou não.  Para checar se a ortografia está correta, oriente os alunos a, depois de realizarem todos os exercícios, consultarem o dicionário. Caso esteja correta, concluir com a elaboração da regra escrita. Para isso, peça aos alunos que ditem a regra ao professor, que será o escriba e, ao mesmo tempo, mediador da construção dessa norma.

ATIVIDADE 3: TESTANDO AS DESCOBERTAS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Vamos testar as descobertas feitas? 1. Complete as frases a seguir utilizando a ortografia correta. Use as suas descobertas para tomar a decisão sobre a ortografia. a. Mas que

Atividade do aluno

 Depois de validado o registro, pode-se recorrer ao uso de uma boa gramática para comparar a regularidade observada pelos alunos com a especificada na gramática. Esse procedimento valida e valoriza a produção dos alunos. Ao final da atividade, retome o registro e interfira de maneira que os alunos utilizem a metalinguagem, pois sua utilização é questão tanto da sistematização de um conteúdo quanto de economia nas atividades de reflexão sobre a língua e a linguagem.

! Eu jamais iria imaginar que ela iria à festa

com um sapato de cada cor! (doidice/doidisse) b. Antes que ele

latindo atrás dos carros no-

vamente – que tristeza! –, minha mãe tratou logo de prender o bichinho pela coleira. (fugisse/fugice)

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Atividade do aluno

c. Aquela festa estava mesmo uma d. Antes que ela

! (chatisse/chatice) os cabelos, resolveram

fazer o teste pra ver se ela não tinha alergia ao produto. (colorice/colorisse) Deu certo? Volte ao seu registro e o complete, caso considere necessário. Agora você já sabe: quando uma palavra terminar como essas que estudamos, para decidir se utilizamos SS ou C, é só lembrar que: quando a palavra for um quando for um

, utilizamos -ISSE; , empregamos -ICE.

ATIVIDADE 4: COMPLETANDO O QUADRO DE DESCOBERTAS Objetivo  Organizar o registro final da regularidade observada, de modo a elaborar material que ofereça pistas para o aluno tomar as decisões adequadas sobre a regularidade ortográfica estudada.

Planejamento  Quando realizar? Depois do ditado de reinvestimento.  Como organizar os alunos? Os alunos trabalharão individualmente.  Quais os materiais necessários? Reprodução da atividade apresentada a seguir.  Qual é a duração? 20 minutos.

Encaminhamento  Esclareça os alunos sobre os propósitos da atividade. Retome, com eles, a regularidade observada, relendo a regra que elaboraram coletivamente.  Leia o quadro que deverão completar, explicando as informações de cada coluna a partir do exemplo de referência.  Solicite que cada um escreva a primeira parte da regularidade, a relativa aos substantivos. Determine um tempo para isso e, a seguir, peça para que os alunos se manifestem, relatando como organizaram o registro. Nesse processo, complete o referido quadro para deixá-lo afixado na classe.  Depois disso, proceda da mesma forma em relação às palavras que são verbo. Deixe o quadro afixado na classe até que perceba certa autonomia dos alunos

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em relação ao procedimento de consulta para tomar as decisões a respeito da ortografia dessas palavras. O importante não é apenas os alunos memorizarem a regra, mas se apropriarem de procedimentos de consulta às regularidades.  Paralelamente a esse quando, você também poderá organizar um índice público – afixado na classe – das regularidades estudadas, que será complementado a cada estudo realizado. Assim, mesmo depois de retirados os quadros-síntese, os alunos saberão que, se aquela regularidade foi estudada, podem recorrer ao caderno de descobertas. A seguir, exemplo de registro possível.

DÚVIDA

ESCRITA CORRETA

EXPLICAÇÃO

COMO SABER?

Campo ou canpo? Tambor ou tanbor? Contente ou comtemte? Antes ou amtes?

CAMPO TAMBOR CONTENTE ANTES

Sempre que a sílaba seguinte começar com P ou com B, usa-se M para nasalizar. Quando começar com qualquer outra consoante – T, por exemplo – usa-se a letra N.

Consultando a regra.

Meninice ou meninisse? Criancice ou criancisse? Velhice ou velhisse?

MENINICE CRIANCICE VELHICE

Quando se tratar de substantivos, a terminação será sempre -ICE.

Consultar a regra. Buscar um exemplo de palavra semelhante.

Saísse ou saíce? Fugisse ou fugice? Risse ou rice?

SAÍSSE FUGISSE RISSE

Quando a palavra for verbo, a terminação será sempre -ISSE.

Consultar a regra. Buscar um exemplo de palavra semelhante.

ATIVIDADE 4 – COMPLETANDO QUADRO DE DESCOBERTAS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

ORTOGRAFIA – QUADRO-SÍNTESE DE REGISTRO DE DESCOBERTAS

1. Considerando o que foi estudado nas atividades anteriores, complete o quadro a seguir com suas descobertas. Dê uma olhada no registro de uma regra que você já conhece para redigir a sua nova descoberta.

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Atividade do aluno

Na primeira coluna você pode incluir quantos exemplos quiser. ORTOGRAFIA – QUADRO-SÍNTESE DE REGISTRO DE DESCOBERTAS DÚVIDA Campo ou canpo? Tambor ou tanbor? Contente ou comtemte? Antes ou amtes?

ESCRITA CORRETA

EXPLICAÇÃO

COMO SABER?

CAMPO TAMBOR CONTENTE ANTES

Sempre que a sílaba seguinte Consultando começar com P ou com B, usa-se a regra. M para nasalizar. Quando começar com qualquer outra consoante – T, por exemplo – usa-se a letra N.

PALAVR AS TERMINADAS EM -ANSA E -ANÇA Organização geral da sequência didática ATIVIDADES 1

Lendo o poema e comentando

2

Estudando a ortografia das palavras selecionadas

3

Ampliando a análise das palavras

4

Testando as descobertas

ATIVIDADE 1: LENDO O POEMA E COMENTANDO Objetivo  Contextualizar, por meio da leitura de um texto, as palavras de referência.

Planejamento  Quando realizar? Após uma primeira leitura do texto, a fim de desencadear a reflexão sobre a questão ortográfica focalizada, de maneira a contextualizar palavras de referência.  Como organizar os alunos? Os alunos trabalharão coletivamente.  Quais os materiais necessários? Reprodução da atividade apresentada a seguir.  Qual é a duração? Uma aula de 50 minutos.

Encaminhamento  Esclareça os alunos sobre os propósitos e desenvolvimento da atividade. Para iniciar o trabalho, leia o texto com eles.

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 Na leitura do texto inicial, é importante o trabalho com a antecipação de conteúdo em função de autor e título do texto. Fale um pouco da obra de Quintana, situando os alunos em relação à temática de sua produção. Esse procedimento é importantíssimo para que o texto contextualizador da questão ortográfica não seja tratado apenas como pretexto para o trabalho gramatical.

ATIVIDADE 1: LENDO O POEMA E COMENTANDO NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Depois, trabalhe com as impressões que os alunos tiveram do texto, de maneira a tematizar possíveis aspectos que não foram muito bem compreendidos. Você pode discutir, por exemplo, o sentido de “claros” no texto, articulando com a segunda parte da atividade.

Mário Quintana é outro grande poeta brasileiro. Era gaúcho, morava em Porto Alegre, em um hotel que até hoje existe. Ele mesmo se dizia “um homem fechado e solitário”, mas era pessoa de grande sensibilidade e escrevia com muita delicadeza e simplicidade. 1. Você já leu alguma obra dele? Veja só o que ele pensava sobre livros de poemas e crianças.

DA PAGINAÇÃO Os livros de poemas devem ter margens largas e muitas páginas em branco e suficientes claros nas páginas impressas, para que as crianças possam enchê-los de desenhos – gatos, homens, aviões, casas, chaminés, árvores, luas, pontes, automóveis, cachorros, cavalos, bois, tranças, estrelas – que passarão também a fazer parte dos poemas... (Fonte: Quintana, Mário. Apontamentos de história sobrenatural: poesias. São Paulo: Círculo do Livro, 1992. p. 228.)

2. Você já viu algum livro de poemas como esse que Quintana descreveu? 3. Como os livros costumam ser? Que diferença faria para quem lê, se fosse possível desenhar cada poema apresentado em um livro? 4. Você gostaria que os livros de poemas fossem assim? Por quê? 5. Converse com seus colegas e professor sobre isso. 6. Agora, vamos fazer um ensaio? Imagine que a página seguinte é uma página desse livro imaginário. Nela há um “claro” bem grande, como queria o poeta... Desenhe o poema da página, de modo que seu desenho passe a fazer parte dele. Experimente...!

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Atividade do aluno

NOTURNO ARRABALEIRO Os grilos... os grilos... Meu Deus, se a gente Pudesse Puxar Por uma Perna Um só Grilo, Se desfariam todas as estrelas! (Fonte: Quintana, Mário. Apontamentos de história sobrenatural: poesias. São Paulo: Círculo do Livro, 1992. p. 99.)

ATIVIDADE 2: ESTUDANDO A ORTOGRAFIA DAS PALAVRAS SELECIONADAS Objetivo  Desencadear o processo de reflexão sobre o aspecto ortográfico, buscando a construção da regularidade e organizando os primeiros registros.

Planejamento  Quando realizar? Depois da leitura, focalizando as palavras de referência para desencadear a reflexão sobre a questão ortográfica estudada, de maneira a contextualizar as palavras de referência.  Como organizar os alunos? Os alunos trabalharão em duplas.  Quais os materiais necessários? Reprodução da atividade apresentada a seguir.  Qual é a duração? Uma aula de 50 minutos.

Encaminhamento  Organize os alunos em duplas.  Esclareça-os sobre o propósito da atividade e seu desenvolvimento.  Oriente-os para que agrupem as palavras de acordo com a sua ortografia. A finalidade desse primeiro agrupamento é focalizar que só alguns verbos são escritos com S (amansa, descansa, cansa), mas nenhum substantivo o é.  Num segundo momento, espera-se refinar a reflexão dos alunos, tematizando o agrupamento das palavras escritas com Ç. A ideia é que agrupem várias palavras por classe gramatical, colocando de um lado substantivos e, de outro, verbos. Por isso a dica de colocação do artigo foi apresentada: só substantivos podem ser precedidos de artigo, não os verbos.

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 Oriente os alunos para que deem um nome para cada um dos grupos, pensando nos tipos de palavras que são. Podem nomear o primeiro grupo como “nomes”, por exemplo, e o segundo como “coisas que a gente faz” ou “ações”; não é necessário que utilizem a metalinguagem. Nesse momento, pergunte a eles se tiveram dificuldade em colocar determinadas palavras em um único agrupamento (dança, lança, balança). Explique que, dependendo do texto, essas palavras podem estar em ambos os grupos, pois podem ser verbo ou substantivo.  Dê alguns exemplos e diga que, se quiserem, podem colocar essas palavras nos dois grupos ou podem criar um terceiro, somente para as palavras que pertencem, simultaneamente, a ambos os grupos.  Nesse momento – a segunda tarefa – pretende-se que os alunos percebam que os substantivos são sempre escritos com Ç, mas que alguns verbos podem, também, ser escritos com Ç (dança, avança, alcança, lança, balança).

ATIVIDADE 2: ESTUDANDO A ORTOGRAFIA DAS PALAVRAS SELECIONADAS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

 Para finalizar a atividade, oriente-os para que elaborem novos registros – complementares dos anteriores – sobre a questão estudada.

1. Retome o primeiro poema. Vamos estudar duas palavras que constam dele: tranças e crianças. Você alguma vez teve dúvida para escrever palavras que terminam como essas? Ficou pensando se era com S ou Ç? Para tentar ajudar você a resolver esse tipo de dúvida, vamos estudar esse assunto. Para começar, leia as palavras a seguir e depois organize dois grupos no seu caderno: um de palavras escritas com Ç e outro com S. dança – esperança – avança – matança – andança – aliança poupança – cansa – descansa – amansa – alcança – herança segurança – liderança – lança – festança – balança 2. Junto com seu colega, você terá duas tarefas. a. Descubram o que têm em comum as palavras escritas com S, além do fato de serem escritas da mesma forma. Relacionem essa descoberta com a escrita dessas palavras e registrem sua conclusão no caderno. b. Analisem as palavras escritas com Ç e separem-nas em dois grupos, preenchendo um quadro em seu caderno, conforme modelo a seguir.

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Atividade do aluno

Dica Coloquem os artigos A, O, UM, UMA na frente de cada palavra. Vejam o que acontece. PALAVRAS ESCRITAS COM Ç GRUPO 1:

GRUPO 2:

3. Deem um título para cada grupo, de modo que indique o tipo de palavra que está presente em cada um. 4. Vocês devem ter encontrado palavras que cabem nos dois grupos, não é? Por que vocês acham que isso aconteceu? 5. Relacionem essa descoberta com a escrita dessas palavras e registrem sua conclusão no caderno. Quando uma palavra termina com o som -ANSA/-ANÇA, sempre escrevemos com Ç quando a palavra for um Os

também podem ser escritos com Ç.

ATIVIDADE 3: AMPLIANDO A ANÁLISE DAS PALAVRAS Objetivo  Aprofundar a reflexão sobre a regularidade ortográfica, de maneira a ampliar perspectivas e aprofundar a reflexão, chegando à compreensão da regularidade e à constatação de quais são as exceções.

Planejamento  Quando realizar? Depois da elaboração dos primeiros registros de observação dos alunos, de maneira a aprofundá-los e ampliá-los, conduzindo à elaboração de regularidades.  Como organizar os alunos? Os alunos trabalharão em duplas, com socialização final de registros.  Quais os materiais necessários? Reprodução da atividade apresentada a seguir.  Qual é a duração? Uma aula de 50 minutos.

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Encaminhamento  Organize os alunos em duplas. Esclareça-os sobre o propósito da atividade e seu desenvolvimento.  Nesse momento, pretende-se ampliar a reflexão dos alunos e aprofundá-la, possibilitando-lhes a percepção da regularidade e a constatação das exceções. Para tanto, a atividade oferece aos alunos algumas pistas que poderão auxiliá-los nessa tarefa. É preciso orientá-los no uso das informações apresentadas. Por exemplo: se apenas três verbos são escritos com S, se apenas um substantivo é escrito com S e se apenas um adjetivo é escrito com S, então, pode-se memorizá-los e deduzir que a regra é sempre grafar com Ç as palavras terminadas com -ANÇA, com exceção das palavras cansa, amansa, descansa, gansa e mansa. Pondere com eles a utilização dos demais substantivos, que são raros e, portanto, quase nunca utilizados.  Converse com os alunos sobre o porquê de se ressaltar, nas dicas, os verbos no infinitivo. Explique que só se encontram no dicionário nessa forma; por isso, precisam ser pesquisados assim. Sabendo sua terminação, pode-se deduzir que haverá as formas descansa para ele/ela/você descansa, por exemplo.  Oriente-os para que voltem aos seus registros e os reorganizem, considerando as dicas apresentadas. Nesse momento, antes de realizar o registro, devem socializar a discussão que tiveram. Indicação de possível registro: Quando as palavras terminarem em -ANÇA/-ANSA:  se for um substantivo, escrevemos sempre com Ç;  a maioria dos verbos se escreve com Ç;  só escrevemos com S se a palavra for um dos três verbos seguintes: cansa, descansa, amansa; se for o substantivo gansa, ou se for o adjetivo mansa.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 3: AMPLIANDO A ANÁLISE DAS PALAVRAS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Leiam as dicas apresentadas a seguir: DICA 1 No Novo Dicionário Aurélio Eletrônico (versão 5.11a), os únicos verbos com a terminação em estudo que são escritos com S são os seguintes: cansar, descansar, amansar. DICA 2 Também no Dicionário Aurélio, os únicos substantivos com a terminação em estudo que são escritos com S são os seguintes: gansa, hansa, kansa, mimansa, sansa, ansa. DICA 3 O mesmo dicionário mostra que há um adjetivo com essa terminação, que se escreve com S: mansa. Alguns dos substantivos indicados são muito pouco usados, como hansa, kansa, mimansa, sansa e ansa. Se você desejar, pode procurar o significado dos mesmos no dicionário. 2. Releiam suas descobertas e registrem em seu caderno suas conclusões fi nais, considerando tudo o que vocês analisaram.

ATIVIDADE 4: TESTANDO AS DESCOBERTAS Objetivo  Possibilitar que os alunos experimentem utilizar o seu registro – que deve corresponder à regularidade observada – de modo a validar suas observações.

Planejamento  Quando realizar? Depois do aprofundamento dos estudos sobre a regularidade e da elaboração dos registros finais a respeito do aspecto estudado.  Como organizar os alunos? Os alunos trabalharão em duplas, com socialização final de registros.  Quais os materiais necessários? Reprodução da atividade apresentada a seguir.  Qual é a duração? 20 minutos.

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Encaminhamento  Organize os alunos em duplas. Esclareça sobre o propósito da atividade e seu desenvolvimento. Nesse momento, os alunos deverão tomar decisões a respeito da ortografia correta, utilizando os registros elaborados.  Ao final da atividade, podem conferir se acertaram utilizando o dicionário, o que validará suas constatações.

ATIVIDADE 4: TESTANDO AS DESCOBERTAS NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Vamos testar as descobertas feitas? 1. Complete o texto a seguir utilizando a ortografia correta. Use as suas descobertas para tomar a decisão sobre a forma certa de escrever.

Atividade do aluno

 Além disso, você também poderá consultar, com os alunos, uma gramática, com a finalidade de validar e valorizar o estudo realizado por eles.

Depois de completar, se quiser, consulte o dicionário para conferir. Frederica estava com muito medo. Ela tinha medo de que aquela égua não fosse nada

(mança/mansa). Ainda tinha (lembransa/lembrança) do tombo que levara

do potro chucro de seu avô, naquelas primeiras férias no sítio. Seu avô lhe explicara que até o animal ter (confiança/confiansa) nos humanos levava um bom tempo, que até se conseguir

(amansar/amançar) o bicho era um custo!

Mas ela não podia deixar de montar, senão ia virar assunto na (vizinhança/vizinhansa) por muito tempo. O jeito era afastar o medo, botar a cabeça em outro lugar, mas tomar muito cuidado e se segurar muito bem. Esse Zé Paulo...! Por que é que tinha que fazer a festa de aniversário justo numa chácara, com direito a passeio a cavalo? E então, deu certo? Suas descobertas o auxiliaram a tomar as decisões? Agora, se achar que é necessário, volte aos seus registros e reformule-os.

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Atividades de Matemรกtica

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS GERAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE MATEMÁTICA As orientações apresentadas aqui têm por objetivo colaborar para que você possa encaminhar o seu trabalho em sala de aula. Incluem aspectos de organização da sala, dos agrupamentos dos alunos e encaminhamentos didáticos que estão relacionados à sua intervenção. As atividades não precisam ser seguidas de acordo com a numeração proposta no livro, exceto aquelas que dependem de uma sequência, como você poderá observar nas atividades dos conteúdos de Espaço e Forma, Grandezas e Medidas e Tratamento de Informação. Há que se lembrar que as atividades que seguem são referências para a elaboração de outras de mesma natureza, de acordo com as necessidades que você for identificando.

NÚMEROS Números naturais As atividades propostas neste material para estudo dos números naturais visam explorar a escrita numérica da maneira como esta se apresenta no cotidiano. Dessa forma, os alunos serão convidados a produzir e interpretar números que são apresentados em diversos portadores, tais como: jornais, revistas, folhetos de supermercados, entre outros. Assim, os alunos poderão colocar em jogo os conhecimentos que já possuem, fazer novos questionamentos, revisar e aprender mais sobre o sistema de numeração. A escrita de números se apresenta para os alunos como dado da realidade e, portanto, há a necessidade de entender como esse sistema de numeração funciona, para que serve e o contexto de sua utilização. Nesse sentido, as situações propostas devem favorecer a reflexão sobre a posicionalidade que cada algarismo ocupa dentro da escrita dos números, sem que para isso seja necessário o uso de materiais concretos, como amarradinhos de palitos para troca de bases, acreditando-se com isso que os alunos façam a transposição didática para o sistema decimal. Os alunos serão desafiados a observar, refletir e estabelecer regularidades que os ajudem a escrever e a interpretar outros números naturais.

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Aqui destacamos as seguintes atividades:  OS NÚMEROS NA CONTAGEM DAS POPULAÇÕES – Nesta atividade, os alunos irão realizar a leitura de textos e, a partir deles, comparar os números escrevendo-os por extenso.  ESCRITAS ABREVIADAS – O objetivo é discutir a leitura e a interpretação de números arredondados, da forma como aparecem nos diferentes portadores.

Números racionais Os números racionais surgiram como resposta à necessidade de informar com maior precisão determinada medida. Os egípcios já conheciam as frações há cerca de 5 mil anos, porém a representação decimal surgiu apenas no século 16 com Viète, que criou uma nova maneira de representar frações utilizando vírgula nos números. A pergunta que se faz é como ensinar os números racionais de modo que façam sentido, sem deformar esse objeto de conhecimento. A opção, mais uma vez, foi associá-los a situações do dia a dia para que os alunos atribuam significado e coloquem em jogo o conhecimento intuitivo, muitas vezes do senso comum. A partir daí serão propostas situações em que os alunos possam duvidar desses conhecimentos intuitivos e que lhes permitirão construir novos conhecimentos. O que se propõe é que eles descubram que algumas regras que já construíram sobre números naturais não são válidas para os números racionais. Por exemplo: para os alunos uma regra válida no campo dos números naturais é:  “quanto maior a quantidade de dígitos, maior é o número”, o que não vale no campo dos racionais, pois 3,2 é maior que 3,1345.  para se descobrir qual é o sucessor de 10, basta somar o 1, obtendo o 11, e isso também não vale para os racionais, pois entre 10 e 11 há infinitos números. As atividades propostas são:  OS NÚMEROS RACIONAIS NO CONTEXTO DIÁRIO – Trata-se de uma situação em que os alunos irão observar, em textos e manchetes de jornais, como esses números aparecem e como se pode interpretá-los.  DIVIDINDO FIGURAS – Tem como objetivo que os alunos estabeleçam a relação parte-todo e razão.  USANDO A CALCULADORA PARA FAZER DESCOBERTAS – Os alunos serão convidados a refletir sobre as regularidades dos números racionais, verificando que as regras de organização dos números naturais não valem para os decimais, tanto na sua forma de representação decimal como na fracionária.  COMPARANDO OS NÚMEROS RACIONAIS – Nesta atividade, os alunos farão análise de situações-problema que envolvem compra e venda e a partir delas tomarão decisões considerando as vantagens que se teria em cada situação.  JOGO DAS REPRESENTAÇÕES DECIMAIS – É uma situação em que os alunos irão colocar em jogo os conhecimentos construídos sobre os números racionais para poder compará-los.

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ATIVIDADE 1: OS NÚMEROS NA CONTAGEM DAS POPULAÇÕES Objetivo  Compreender e utilizar as regras do sistema de numeração decimal para interpretar e produzir números de qualquer ordem de grandeza.

Planejamento  Como organizar os alunos? Coletivamente e em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópia da Atividade 1A.

Encaminhamento  Converse com sua turma chamando a atenção sobre o fato de que os números estão presentes no dia a dia das pessoas e nos ajudam a compreender a realidade em que vivemos.  Pergunte se já ouviram falar em Censo Demográfico e se sabem como e quando é realizado em nosso país. Provavelmente alguns alunos devem ter recebido em suas casas a visita do recenseador e dirão que uma pessoa vem perguntar quantas pessoas moram naquela casa. Porém, talvez eles não saibam que a previsão de recenseamento deve-se dar de dez em dez anos.  Conte que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estimou a população do Brasil em 2006 e pergunte se eles têm ideia de quantos brasileiros eram nessa data. Ouça as respostas e vá avaliando-as com eles. Em seguida, escreva essa informação na lousa, ou seja, o número de brasileiros estimado em 2006 era de 186.000.000 de habitantes.  Pergunte como se lê esse número.  Antecipe o assunto dos textos da Atividade 1A e oriente para que leiam em duplas e, em seguida, realizem a atividade proposta.  Enquanto isso, anote todos os números referentes aos dados populacionais na lousa.  Quando observar que a maioria já terminou, socialize confrontando as diferentes respostas. Solicite aos alunos que defendam as suas ideias.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

1. Leiam os textos abaixo e respondam às questões solicitadas.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 1A

A cidade de São Paulo, capital do estado de São Paulo, é a mais populosa cidade do Brasil e de todo o Hemisfério Sul. No censo do ano 2000, a população do município era de 10.287.965 habitantes. Em 2005, a população chegou a 10.927.985. A região metropolitana da cidade de São Paulo é composta por cidades como as do ABCD, Osasco e Guarulhos, apenas para citar algumas. A população na região metropolitana da cidade chegou, em 2006, a cerca de 20.237.000 habitantes, o que a torna a metrópole mais populosa do Brasil e a terceira do mundo, depois de Tóquio e Cidade do México. a. Escreva por extenso os números que aparecem no texto relativos à população.

b. A população do município de São Paulo no ano 2000 era mais próxima de dez milhões ou de onze milhões de habitantes?

c. A população da região metropolitana de São Paulo em 2006 era mais próxima de vinte milhões ou de vinte e um milhões de habitantes?

Com essa população, a cidade de São Paulo tem uma imensa frota de automóveis particulares. São cinco milhões e oitocentos mil carros que circulam diariamente. Nos grandes feriados, parte dessa frota procura estradas para deixar a cidade. Estima-se que no ano de 2007, na Páscoa, cerca de um milhão e duzentos mil carros deixariam a capital. d. Reescreva o texto acima substituindo as escritas por extenso por escritas numéricas.

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O que mais fazer?  Ao longo do ano, proponha que os alunos observem a escrita de outros

números com muitos algarismos. Para isso, os textos que aparecem em jornais e revistas podem ser bastante úteis.  Nesse sentido, você pode propor em algumas aulas que eles façam a seleção desses números “grandes” em jornais e revistas, listando-os para que em outra data seja realizado um ditado de números.  Também os alunos podem pesquisar no laboratório de informática as dez cidades mais populosas do mundo, para que, depois, na sala, organizem um painel com esses números escritos em algarismos e também por extenso, servindo como referência para a escrita de outros números “grandes”.

O que é importante discutir com os alunos: É importante que eles observem que os números com várias ordens são escritos com espaço ou ponto para facilitar a sua leitura. Esse ponto ou espaço é usado a cada grupo de três algarismos, a partir da direita. O quadro numérico a seguir pode ser utilizado como recurso para que os alunos identifiquem as classes e as ordens e aprendam a utilizar o espaço ou ponto na escrita com algarismos. ...

Trilhões

...

C

D

Bilhões U

C

D

Milhões U

15a 14a 13a 12a 11a 10a

...

Milhares

U. Simples

C

D

U

C

D

U

C

D

U

9a

8a

7a

6a

5a

4a

3a

2a

1a

1

8

6

0

0

0

0

0

0

ATIVIDADE 2: ESCRITAS ABREVIADAS Objetivos  Ler e interpretar números, fazendo arredondamentos.  Ordenar números de qualquer ordem de grandeza.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópia da Atividade 2A.

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Encaminhamento  Diga aos alunos que hoje irão observar melhor como os números vêm escritos nas manchetes e nas notícias de jornais e revistas.  Distribua alguns jornais em que aparecem informações numéricas para que os alunos possam fazer essas observações sobre a escrita de números altos.  Em seguida, liste na lousa as observações feitas pelos alunos. É possível, por exemplo, que observem que alguns números vêm escritos uma parte com algarismos e outra por extenso, ou outros vêm escritos por extenso.  Mostre alguns exemplos de manchetes recortadas de jornais ou mesmo selecione trechos de textos para que os alunos possam observar a escrita dos números como nos exemplos abaixo: J Em 2006, a população mundial foi estimada em 6,8 bilhões de pessoas J Para o IBGE, em 2006, o Brasil chegou a 186 milhões de habitantes. J A modelo Cindy Crawford tem hoje 36,6 milhões de dólares. J De acordo com a ONU e a Comissão Mundial sobre a Água do Século 21, cerca de 1 bilhão e 700 milhões de pessoas sofreriam com a falta de água no ano 2000. J O México possuía uma população de 104 milhões e 900 mil pessoas em 2004. J Mônaco possui 1,95 km2 de área territorial. J Explique que na expressão 36,6 milhões de dólares o termo milhões refere-se ao número que vem antes da vírgula, ou seja, que deve ser lido como trinta e seis vírgula seis milhões de dólares. O que corresponderia numericamente a 36.600.000. J Você pode explicar também que a combinação de números e palavras facilita a compreensão da grandeza numérica, além de economizar espaço na diagramação do texto (diminuição dos espaços com zero).  Distribua a cópia da Atividade 2A para cada dupla de alunos, verificando se compreenderam o que devem fazer.  Enquanto as duplas resolvem a atividade, circule pela classe tirando dúvidas, fazendo perguntas para ampliar o conhecimento numérico das duplas e ajudando-os a organizar suas respostas.  Em seguida, socialize as soluções encontradas.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 2A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Os números abaixo estimam o número de habitantes da Região Norte do Brasil em 2005. Estado

População em 2005

Amazonas

3.232.330

Pará

6.970.586

Acre

669.736

Roraima

391.317

Amapá

594.587

Rondônia

1.534.594

Tocantins

1.305.728

1. Faça o arredondamento do número de habitantes dos estados do Acre, Roraima e Amapá, depois escreva os números que foram arredondados usando a palavra mil: O número 143.918 está mais próximo de 143.000 do que de 144.000?

Número

Arredondamento para a milhar mais próxima

Está mais próximo de 144.000.

Escreva com os algarismos seguidos da palavra mil

669.736 391.317 594.587 2. Faça o arredondamento do número de habitantes dos estados do Amazonas, Pará e Tocantins, depois escreva os números que foram arredondados usando a palavra milhões: Número

Arredondamento para a milhar mais próxima

Escreva com os algarismos seguidos da palavra milhões

3.232.330 6.970.586 1.305.728

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4. A notícia abaixo mostra o crescimento do comércio on-line no Brasil entre 2001 e 2006.

Uma loja ainda pequena

Atividade do aluno

3. Organize esses números em ordem crescente.

O comércio on-line no Brasil saiu de 550 milhões de reais em 2001 para 4,3 bilhões de reais neste ano – um aumento de 681%. Mas ainda representa só 2% das vendas totais do varejo.

2%

Participação no varejo

Vendas

Em 2005

2,5 bilhões de reais

Em 2006* 4,3 bilhões de reais Valor médio de cada compra

272 reais

Produtos mais vendidos

CDs e DVDs

*Estimativa

Fonte: e-bit

(Disponível em: <http://veja.abril.com.br/291106/imagens/negocios1.gif>.)

Com base nos dados da notícia, responda: a. Quanto o comércio on-line faturou em 2001?

b. Quanto o comércio faturou em 2006?

c. Vamos representar os faturamentos de 2005 e 2006 no quadro para entender melhor como são lidos e escritos esses números:

Bilhões

Milhões

Milhares

Unidades

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O que mais os alunos podem fazer?  Proponha que cada aluno componha três números com os algarismos 4,

8 e 11 e depois peça que um dite para o outro.  Em seguida, proponha que um deles escreva o número ditado de forma abreviada.  Essas atividades podem ser feitas com maior frequência no início do ano e diminuir à medida que você observar o avanço dos alunos.

O que é importante:  Fazer com que os alunos explicitem as estratégias que utilizam para fa-

zer a leitura e a escrita de números “grandes”.  O quadro posicional é um recurso para que os alunos compreendam onde

estão as classes e as ordens, separem de 3 em 3 os algarismos e aprendam a utilizar o ponto ou as palavras mil, milhões e bilhões adequadamente.

ATIVIDADE 3: OS NÚMEROS RACIONAIS NO CONTEXTO DIÁRIO Objetivo  Ler números racionais no contexto diário, nas representações fracionárias e decimais.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópia da Atividade 3A.

Encaminhamento  Converse com os alunos e diga que hoje farão uma atividade de leitura de números com vírgula ou na forma de fração.  Distribua a cópia da Atividade 3A e peça que um aluno leia o enunciado e explique a tarefa a ser realizada. Certifique-se de que todos compreenderam.  Caso os alunos não saibam como fazer a leitura, você pode propor algumas situações em que apareçam números racionais, fazendo o registro para a montagem de um quadro que servirá de apoio para a escrita de outros números racionais.  Quando perceber que a maioria das duplas terminou a tarefa, socialize as dúvidas que você foi anotando no decorrer da atividade; por exemplo: como as duplas fizeram para “descobrir” as soluções e como se liam os números.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

1. Leia os itens abaixo e escreva no caderno como se leem os valores que aparecem:

Atividade do aluno

ATIVIDADE 3A

a. A maior parte da superfície do planeta Terra é ocupada pela água. Em outras palavras, a água ocupa 2/3 do planeta e o restante, 1/3, é ocupado por terra. b. O impeachment é um ato previsto na Constituição da República que pode destituir, inclusive, o presidente da República. Para autorizar a instauração do impeachment são necessários 2/3 dos votos. No caso do Brasil, que tem 513 deputados, seriam necessários 342 para se aprovar o impeachment. c. Tenho R$ 1,00 para dividir igualmente entre quatro crianças. Cada criança deverá receber R$ 0,25, ou seja, 1/4 do total. d. O homem mais alto do mundo é o ucraniano Leonid Stadnik, que mede 2,55 metros, 19 centímetros a mais que o chinês Xi Shun, que está no livro Guinness de recordes. 2. Complete a tabela: Valor

Como se lê

3,5 kg R$ 0,75 12,30 m 7/12 dos meses do ano tem 31 dias 25/100 dos filmes foram vendidos 1/4 xícara de açúcar R$ 3,25

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O que mais os alunos podem fazer? Você pode propor situações de leitura de números racionais semelhantes a esses para que os alunos ampliem e percebam regularidades na leitura e na escrita desses números.

O que é importante informar aos alunos:  que na leitura de frações (a/b) cujo denominador é um número maior que

10 acrescenta-se o termo avos, como, por exemplo, 3/47 (três quarenta e sete avos).  que na leitura de uma fração cujo denominador (b) é 10, 100 ou 1.000 eles deverão ler o número do numerador e, depois, usar as terminologias: décimos, centésimos ou milésimos, como no exemplo: 5/10 – cinco décimos; 12/100 – doze centésimos; 5 /1.000 – cinco milésimos.

ATIVIDADE 4: DIVIDINDO FIGURAS Objetivo  Explorar diferentes significados das frações em situação-problema: parte-todo e razão.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópia da Atividade 4A e uma folha de sulfite por aluno.

Encaminhamento  Distribua a folha da atividade e peça para que façam a leitura do enunciado.  Certifique-se de que todos entenderam a tarefa a ser realizada.  Percorra a sala observando quais são as estratégias utilizadas pelas diferentes duplas e anote as que considerar mais interessantes para serem socializadas.  Quando você perceber que os alunos já resolveram todas as atividades, faça a socialização na lousa.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

1. Encontre três maneiras diferentes de dividir cada retângulo em quatro partes

Atividade do aluno

ATIVIDADE 4A

iguais.

a. Se você pintar uma das partes de cada figura, essa parte, em relação ao todo, como pode ser representada na forma fracionária? 2. Encontre maneiras diferentes para dividir igualmente um hexágono (polígono de seis lados).

a. Se você pintar duas das partes de cada figura, qual é a fração correspondente?

3. Divida os círculos abaixo em: a. Quatro partes iguais

b. Se você pintar duas das partes, como poderá representar a parte pintada?

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Atividade do aluno

c. Oito oitavos

d. Se você pintar quatro partes, como pode representar essas partes pintadas?

e. O que vocês observaram em relação às partes que foram pintadas nas duas figuras?

O que mais fazer?  Você pode propor atividades complementares como a 4B para que os

alunos reflitam sobre a relação parte-todo.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Nas figuras abaixo, que estão quadriculadas, escreva uma representação fracionária que indique a relação entre a parte pintada e o todo.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 4B

a.

b.

c.

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Atividade do aluno

2. Agora pinte em cada figura a parte correspondente à escrita representada. a. 2/6

b. 5/16

c. 25/50

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Pinte dois terços desta coleção de círculos.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 4C

2. Pinte os círculos abaixo de três cores diferentes: vermelho, verde e amarelo, de tal forma que haja a mesma quantidade de círculos de cada cor.

3. Complete a afirmação abaixo utilizando-se de números em forma fracionária: a. Pode-se dizer que há melhos e círculos de cada cor.

de círculos amarelos, de verdes. O que quer dizer que há

de verde

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O que é importante discutir com os alunos: É importante que o professor, durante o desenvolvimento das atividades, discuta os diferentes significados dos números racionais:  relação entre um número e o total de partes: por exemplo, quando dividimos uma barra de chocolate em três partes iguais e comemos duas delas, dizemos que comemos 2/3 do chocolate;  razão, ou seja, índice comparativo entre duas quantidades de mesma grandeza, como, por exemplo: “2 de cada 3 habitantes de uma cidade são imigrantes”, ou, para cada “2 copos de farinha, usamos 3 ovos”;  outro significado que as frações podem ter é o de quociente (divisão de um número inteiro por outro). O número racional pode exprimir um quociente. Para o aluno essa situação se diferencia da interpretação anterior, pois dividir um chocolate em 3 partes e comer 2 dessas partes é uma situação diferente daquela em que é preciso dividir 2 chocolates para 3 pessoas. No entanto, nos dois casos, o resultado é representado pela mesma notação: 2/3.

ATIVIDADE 5: USANDO A CALCULADORA PARA FAZER DESCOBERTAS Objetivo  Comparar números racionais representados na forma decimal.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópia da Atividade 5A e calculadoras.

Encaminhamento  Diga à turma que irão fazer novas descobertas sobre os números racionais.  Distribua a cópia da atividade para cada aluno e uma calculadora para cada dupla.  Peça que leiam o enunciado da atividade e a seguir solicite a um aluno que explique para a classe qual é a tarefa a ser realizada.  Enquanto as duplas realizam a atividade, observe a discussão dos alunos registrando o que eles estão pensando para comparar os números.  O que se espera é que, ao observarem os números obtidos na divisão, os alunos concluam que, quando um número é dividido por números maiores que ele, os resultados serão cada vez menores.

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ATIVIDADE 5A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Você irá usar a calculadora para descobrir o resultado das divisões abaixo.

Atividade do aluno

 Também é preciso que os alunos possam discutir que o “tamanho” da escrita numérica funciona como um bom indicador da ordem de grandeza no caso dos números naturais (2.003 é maior que 200), mas na comparação entre os decimais essa regra não é válida. Dessa forma, é preciso que os alunos concluam que para comparar números na representação decimal deve-se primeiro comparar os números que estão antes da vírgula e depois verificar o primeiro número após a vírgula.

1÷2 1÷3 1÷4 1÷5 1÷6 1÷7 1÷8 1÷9 1 ÷ 10

1. Observe os resultados obtidos e responda: a. O número obtido na divisão 1 ÷ 3 é maior ou menor que na divisão 1 ÷ 2?

b. O número obtido na divisão 1 ÷ 6 é maior ou menor que na divisão 1 ÷ 4?

c. O número obtido na divisão 1 ÷ 10 é maior ou menor que na divisão 1 ÷ 10?

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Atividade do aluno

2. O que você percebeu nos resultados quando se aumenta o número a ser dividido por 1?

3. Será que isso acontece também em outras divisões com outros números naturais? Tente usar outro número (diferente de 1), dividindo-o novamente por 2, 3, 4..., como fez na atividade anterior.

4. Então, como podemos formular um jeito de comparar os números racionais na forma decimal?

ATIVIDADE 6: COMPARANDO OS NÚMEROS RACIONAIS Objetivo  Comparar e ordenar números racionais de uso frequente nas representações fracionária e decimal.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópia da Atividade 6A.

Encaminhamento  Inicie conversando com os alunos sobre as diferentes situações em que temos de comparar dois números racionais e decidir qual é o maior. Proponha algumas situações, como, por exemplo: J Luciana anda 1,5 km para chegar à escola e Alexandra, 1,35 km. Quem caminha mais? J O preço de 1 kg de feijão no mercado Bom de Preço custa R$ 4,50, enquanto no mercado Tabom o preço de 500 gramas é R$ 2,50. Em qual mercado o feijão está mais barato?  Distribua a cópia da Atividade 6A para os alunos.  Nessa atividade a intenção é que os alunos façam a comparação entre diferentes números racionais representados nas formas fracionária e decimal.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Leia os problemas a seguir e responda as questões propostas:

Atividade do aluno

ATIVIDADE 6A

1. Em uma padaria no centro da cidade, Joana pagou R$ 18,00 por um quilo de presunto. Já em outra padaria de bairro, José comprou 1,5 kg desse mesmo presunto também por R$ 18,00. Quem conseguiu economizar? Por quê?

2. André, Flávio, Ana e Beatriz resolveram fazer uma competição de bicicleta. Combinaram que venceria aquele que percorresse maior distância em 15 minutos. Observe na tabela abaixo o desempenho de cada um: André

2,250 km

Flávio

2,50 km

Ana

2,450 km

Beatriz

2,350 km

Quem ganhou a competição? 3. Uma pesquisa realizada numa escola concluiu que dos 64 alunos da turma das 4as séries, 1/8 dos alunos gosta de rock, 3/8 preferem pagode e 2/8, funk. O restante não tem uma única preferência. Baseando-se nos resultados dessa pesquisa, responda: a. Qual o tipo de música de maior preferência?

b. Qual o de menor preferência?

c. Pode-se afirmar que os que não têm uma única preferência representam a mePor quê? tade dos alunos das 4as séries?

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ATIVIDADE 7: JOGO DAS REPRESENTAÇÕES DECIMAIS Objetivo  Comparar números racionais de uso frequente nas representações fracionária e decimal.

Planejamento  Como organizar os alunos? Grupos de quatro alunos.  Quais os materiais necessários? Cartas com diferentes números decimais para cada grupo.

Encaminhamento  Diga que hoje irão brincar com um jogo bastante interessante em que precisarão comparar números na representação decimal.  Distribua a regra do jogo para os alunos e em seguida faça uma leitura compartilhada. Se necessário, vá fazendo pausas para discutir as eventuais dúvidas que forem surgindo a respeito do jogo.  Garanta que todos tenham entendido a regra.  Percorra os grupos enquanto jogam, observando se há discordâncias na comparação desses números.  Se for o caso, faça perguntas retomando as regras de comparação de números decimais; por exemplo: Que número devemos olhar inicialmente? O que está antes ou depois da vírgula? Se o primeiro número depois da vírgula for igual, qual número deverá ser observado? etc.  Registre as dúvidas que considerar importantes para que você possa problematizá-las posteriormente.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

ATIVIDADE 7A

Regra do Jogo dos Decimais Materiais necessários:  28 cartas Como jogar  Embaralhar as cartas e distribuir entre os 4 jogadores. A face marcada com os números deve ficar virada para a mesa.  Simultaneamente os jogadores viram a carta mostrando os números.  Quem tiver a carta com valor maior leva as 4 cartas.  O jogo termina quando acabarem todas as cartas.  O vencedor será aquele com maior quantidade de cartas.

1

1,2

1,3

1,17

2

2,4

2,8

2,23

4

4,8

4,5

4,31

7

7,01

7,10

7,010

9

9,5

9,05

9,50

11

14

14,03

14,02

14,1

11,9

11,01

11,19

O que mais fazer?  Você pode também elaborar o mesmo jogo, com números racionais na re-

presentação fracionária.

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CÁLCULOS E OPER AÇÕES Resolução de problemas do campo aditivo Os cálculos e as operações no campo aditivo pressupõem um trabalho conjunto das situações aditivas e subtrativas pela estreita conexão existente entre elas. O que vai determinar se a operação é de adição ou subtração é o lugar em que se coloca a incógnita. As situações didáticas que foram selecionadas permitem aos alunos que ampliem o trabalho com os diferentes significados do campo aditivo: composição, transformação e comparação.1 Algumas das atividades propostas neste material:  ANALISANDO DADOS POPULACIONAIS – A ideia nesta atividade é que os alunos possam interpretar, comparar e operar com números naturais na ordem dos milhões em situações-problema.  QUAL É A PERGUNTA? (1) – As situações formuladas têm como objetivo que os alunos sejam capazes de analisar os dados de uma situação-problema, compreendendo os significados da adição e da subtração.  AS REPRESENTAÇÕES DECIMAIS NO COTIDIANO – Essa atividade tem por objetivo analisar, interpretar e resolver situações-problema, compreendendo diferentes significados da adição e da subtração abrangendo números racionais escritos na forma decimal, utilizando-se de estratégias pessoais e pelo uso de técnicas operatórias convencionais.

Resolução de problemas do campo multiplicativo O senso comum trata a ideia da multiplicação como sendo de adição de parcelas iguais, no entanto “A conexão entre multiplicação e adição está centrada no processo de cálculo da multiplicação: o cálculo da multiplicação pode ser feito usando-se a adição repetida porque a multiplicação é distributiva em relação à adição. Exemplo: 8 × 4 = (4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4) Do ponto de vista conceitual, existe uma diferença significativa entre adição e multiplicação, ou seja, entre o raciocínio aditivo e o raciocínio multiplicativo. Raciocínio aditivo: o todo é igual à soma das partes. Se quisermos saber qual o valor do todo, somamos as partes: 3 + 4 = .... Se quisermos saber o valor de uma parte, subtraímos a outra parte do todo: 7 – 3 = .... Se quisermos comparar duas quantidades, analisamos que parte da maior quantidade sobra se retirarmos dela uma quantia equivalente à outra parte: 4 – 3 = 1 1 Brasil, Secretaria Municipal de Educação: SMES/2007 – Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do Professor do 2º ano, v. 1, p. 182-184.

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Raciocínio multiplicativo: Relação fixa entre duas variáveis (duas grandezas ou duas quantidades). Qualquer situação multiplicativa envolve duas quantidades em relação constante entre si. Exemplo: Uma caixa de bombons contém 25 bombons; quantos bombons há em cinco caixas? Variáveis: números de caixas e números de bombons A relação fixa: 25 bombons em cada caixa Tânia comprou 3 metros de fita. Cada metro custa R$ 1,50. Quanto pagou ao todo? Variáveis: metro e reais A relação fixa: R$ 1,50 o metro”.2 É necessário considerar a multiplicação como um instrumento importante na resolução de problemas de contagem, além de oferecer oportunidade às crianças, desde as séries iniciais, a terem contato com a proporcionalidade. As situações didáticas foram selecionadas de modo a permitir que os alunos ampliem o trabalho de exploração com os diferentes significados do campo multiplicativo: proporcionalidade, comparação multiplicativa ou divisão comparativa, combinatória e configuração retangular.3 Algumas das atividades propostas neste volume:  QUAL É A PERGUNTA? (2) – O objetivo é que os alunos possam formular e resolver situações-problema, compreendendo os diferentes significados da multiplicação e da divisão envolvendo números naturais.  DESAFIOS PARA MULTIPLICAR – A atividade propõe a resolução da multiplicação com números naturais utilizando-se da decomposição dos mesmos.  ESTIMANDO PARA NÃO ERRAR – A proposta é a resolução de multiplicações através de cálculo mental ou por técnica operatória convencional, buscando estratégias de verificação e controle de resultados pelo uso da estimativa e/ou da calculadora.  DESAFIOS PARA DIVIDIR – O objetivo proposto é que os alunos possam resolver divisões com números naturais, por meio de técnicas operatórias convencionais, cálculo mental e calculadora, e usar estratégias de verificação e controle de resultados.  CALCULANDO PORCENTAGEM – Discutir com os alunos o conceito de porcentagem para que eles possam resolver problemas que envolvem este conceito em situações do contexto diário.  TRABALHANDO COM PROBABILIDADE – A ideia é que os alunos possam compreender que muitas situações do dia a dia acontecem ao acaso, mas que é possível antecipar as chances de alguns fatos ocorrerem.

2 Nunes, Terezinha et al. Introdução à Educação Matemática: os números e as operações numéricas. São Paulo: Proem Editora Ltda, 2001. 3 São Paulo, Secretaria Municipal de Educação: Diretoria de Orientação Técnica. Guia de planejamento e orientações didáticas para o professor do 2o ano do ciclo 1. São Paulo: SME/DOT, 2007, v. 2, p. 257-259.

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ATIVIDADE 8: ANALISANDO DADOS POPULACIONAIS Objetivo  Interpretar, comparar e operar com números naturais na ordem dos milhões em situações-problema.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas ou trios.  Quais os materiais necessários? Dados populacionais pesquisados pelos alunos e cópia da Atividade 8A.

Encaminhamento  Solicite com antecedência que os alunos tragam informações sobre números de população das capitais brasileiras. Para isso recomenda-se que você determine a variável (quantas pessoas vivem em determinado lugar, quantas moram em casa ou apartamento, quantas crianças estudam em escolas públicas). Com sua ajuda, no laboratório de informática, os alunos podem fazer uma pesquisa na internet.  Faça um levantamento de quantos alunos trouxeram essa pesquisa, pois será preciso garantir que, em cada agrupamento, pelo menos um aluno tenha esses dados.  Pergunte aos alunos como e onde conseguiram os dados, comparando assim as diferentes fontes.  Distribua a cópia da atividade informando que nela consta uma tabela também com os dados numéricos sobre a população, cuja fonte é o IBGE. Oriente-os para que em dupla comparem os números da tabela com os dados que trouxeram. Provavelmente existirão valores diferentes, pois irá depender da fonte de informação e da data em que os dados foram colhidos.  Em seguida, os alunos deverão analisar os dados contidos na tabela e responder as questões propostas.  Observe como está sendo a discussão nos diferentes grupos e incentive-os a ler os números.  Na socialização, solicite que os alunos explicitem o procedimento de comparação de números, perguntando, por exemplo: Como fazem para saber qual é a cidade com o maior número populacional e o menor? Como fazem para saber o segundo e o terceiro município mais populoso? Contam o número de algarismos? E quando a quantidade de algarismos é igual, como procedem?  Para responder às questões c e d, será necessário informar quais os estados que fazem parte da Região Sudeste.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Segue abaixo uma tabela com dados populacionais das maiores cidades do Brasil.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 8A

POPULAÇÕES RESIDENTES EM 1/7/2006 (Fonte: IBGE/2006) Cidade

População

Cidade

População

Belém (PA)

1.428.368

Guarulhos (SP)

1.283.253

Belo Horizonte (MG)

2.399.920

Manaus (AM)

1.688.524

Brasília (DF)

2.383.784

Porto Alegre (RS)

1.440.939

Campinas (SP)

1.059.420

Recife (PE)

1.515.052

Curitiba (PR)

1.788.559

Rio de Janeiro (RJ)

6.136.652

Fortaleza (CE)

2.416.920

Salvador (BA)

2.711.372

Goiânia (GO)

1.220.412

São Paulo (SP)

11.016.703

1. Com base nos dados acima, responda: a. Qual o município mais populoso do Brasil? E o menos populoso? b. Quais são os municípios que estão em segundo e terceiro lugar respectivamente?

c. Identifique os municípios apresentados na tabela que ficam na Região Sudeste e calcule aproximadamente o total de suas populações.

d. Identifique os municípios apresentados na tabela que ficam nas outras regiões e calcule aproximadamente o total de suas populações.

e. O que você pode concluir comparando o total de população dos municípios da Região Sudeste e de outras regiões?

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ATIVIDADE 9: QUAL É A PERGUNTA? (1) Objetivo  Formular e resolver situações-problema, compreendendo diferentes significados da adição e da subtração envolvendo números naturais.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em trios.  Quais os materiais necessários? Cópia da Atividade 9A.

Encaminhamento  Converse com sua turma sobre o fato de que apenas saber fazer cálculos não ajuda a resolver problemas. É preciso, também, ler e compreender bem cada situação para solucioná-la de forma adequada. Ou seja, diante de um problema é preciso ter claro o que a pergunta está solicitando de modo a selecionar os dados necessários e escolher então a operação mais conveniente para resolvê-lo.  Diga, então, que na atividade que vai propor agora deverão analisar alguns enunciados de problemas, porém perceberão que não há pergunta em nenhum deles e esta será justamente a tarefa: formular as questões para que o problema seja de possível solução.  Organize os alunos em grupos de três e peça que leiam e respondam as questões da Atividade 9A.  Esse é um tipo de atividade aberta, e poderão surgir diferentes perguntas. Mas é preciso ficar claro que a pergunta deve ser compatível com os dados do enunciado.  No item 1, por exemplo, alguns grupos poderão elaborar uma questão como: “Qual é a diferença de idade entre o avô e a avó de Paulo?”. Outro poderia apresentar uma questão como: “Qual é a idade dos avós de Paulo?”.  Observe que nesses enunciados, em que é possível formular mais do que uma questão, a resolução poderá se dar por meio da adição ou da subtração, dependendo de qual foi a pergunta elaborada.  Se os seus alunos não estiverem familiarizados com esse tipo de atividade, recomenda-se que realize coletivamente uma das questões.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Para cada uma das situações abaixo você vai formular uma pergunta que possa ser respondida por meio de uma adição ou de uma subtração. Você deve também apresentar a resposta à pergunta que formular.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 9A

1. O avô de Paulo nasceu em dezembro de 1934 e a sua avó, em dezembro de 1939. ? . 2. Fui ao mercado com certa quantia em dinheiro. Gastei R$ 65,00 e, chegando em casa, vi que ainda restava R$ 18,00 na minha carteira. ? . 3. Em um único dia, o gerente de um restaurante que serve almoço e jantar serviu 273 refeições. Ele serviu 109 refeições no horário do almoço. ? . 4. O gasto de uma família foi de R$ 840,00 em janeiro e de R$ 950,00 em fevereiro. ? . 5. Daniela é doceira. Ontem ela fez, na parte da manhã, 157 brigadeiros para uma festa de aniversário. No final do dia, Daniela verificou que tinha feito um total de 400 brigadeiros. ? .

O que mais fazer? É importante propor, também, que os alunos formulem enunciados de problemas para serem trocados entre os grupos. Consulte sugestões de atividades no Guia de planejamento e orientações didáticas para o professor do 2o ano – v. 1 (p. 192-194) e v. 2 (p. 234-243).

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ATIVIDADE 10: QUAL É A PERGUNTA? (2) Objetivo  Formular e resolver situações-problema, compreendendo diferentes significados da multiplicação e da divisão envolvendo números naturais.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 10A.

Encaminhamento  Os alunos vão receber na Atividade 10A alguns enunciados de problemas. Mas esses problemas ainda estão “sem perguntas”, e essa será a tarefa.  Lembre que nesse tipo de atividade poderão surgir diferentes perguntas, mas estas precisam ser compatíveis com os dados da proposta.  Durante a socialização, chame a atenção para o fato de que as perguntas formuladas podem ser diferentes e, dependendo delas, as operações a serem utilizadas também irão variar. Por exemplo, no item 1, duas das perguntas possíveis são: J Quanto Tito pagou por cada uma das camisas?

Atividade do aluno

J Quanto Tito pagaria por 6 camisas iguais a essas?

ATIVIDADE 10A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Para cada uma das situações abaixo você vai formular uma pergunta que possa ser respondida por meio de uma multiplicação ou de uma divisão. Você também deve apresentar a resposta à pergunta que formular. 1. Tito comprou três camisas de mesmo preço e gastou R$ 105,00. ? .

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? . 3. Para consumo de 15 dias o gerente de um restaurante compra 75 latas de azeite. ?

Atividade do aluno

2. Vovô quer dar R$ 25,00 a cada um de seus 5 netos.

. 4. Marta tem 8 saias e 9 blusas. ? . 5. A mãe de Beto fez para a festa de aniversário 12 tipos de sanduíches com diversos tipos de recheios e 3 tipos de pães. Ela usou apenas um tipo de recheio. ? . 6. Num auditório, as cadeiras estão organizadas em 12 fileiras e 13 colunas. ? . 7. Numa fábrica de doces são empacotadas diariamente 1.920 balas em embalagens onde cabem duas dúzias de balas. ? .

O que é importante discutir: O objetivo é que os alunos percebam a estreita relação existente entre a divisão e a multiplicação. O que determinará qual dessas duas operações deverá ser utilizada será o lugar da incógnita, ou seja, o resultado que se quer encontrar.

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ATIVIDADE 11: DESAFIOS PARA MULTIPLICAR Objetivo  Resolver operações de multiplicação com números naturais utilizando-se da decomposição dos mesmos.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 11A.

Encaminhamento  Organize a classe em duplas e entregue a cópia da Atividade 11A aos alunos, informando que terão aproximadamente 10 minutos para descobrir como Laís, aluna de uma turma da 4a série, resolveu a multiplicação.  Percorra a classe observando a discussão de algumas duplas e registre o que considerar importante a ser socializado.  Após o tempo estabelecido, abra a discussão solicitando que uma dupla explique a análise que fizeram do procedimento de multiplicação da Laís. Esse procedimento por decomposição é importante, uma vez que com o seu uso compreenderão as propriedades da operação.  Pergunte à classe se concorda com a explicação feita pela dupla. Caso haja discordância, confronte as diferentes opiniões para, se possível, chegarem a uma conclusão.  Verifique se alguma dupla pensou em um procedimento semelhante a este, por exemplo: decompondo o primeiro fator (12 em 10 + 2). Assim, poderão dizer que essa conta pode ser feita também da seguinte forma: (13 × 10) + (13 × 2) = 130 + 26 = 156.  Em outra aula, ou como lição de casa, proponha outras multiplicações para serem realizadas utilizando-se esse procedimento.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Veja como Laís, aluna de outra classe, resolveu a multiplicação 13 × 12 sem armar a conta.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 11A

(13 × 10) + (13 × 2) = 130 + 26 = 156 1. Discuta com o seu colega como ela chegou à resposta.

2. Agora, converse com a sua professora e outros colegas para chegarem a uma conclusão de como Laís resolveu a multiplicação sem armar as contas.

3. Resolva no seu caderno as operações abaixo, usando o mesmo procedimento que Laís. a. 25 × 12

c. 46 × 15

b. 18 × 21

d. 38 × 16

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ATIVIDADE 12: ESTIMANDO PARA NÃO ERRAR Objetivo  Resolver multiplicações por meio de cálculo mental ou por técnica operatória convencional, buscando estratégias de verificação e controle de resultados pelo uso da estimativa e/ou da calculadora.

Planejamento  Como organizar a classe? Coletivamente e depois individualmente.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 12A e calculadoras.

Encaminhamento  Diga aos alunos que no dia a dia às vezes precisamos saber o resultado exato de uma conta, mas outras vezes basta um resultado aproximado, ou seja, realizamos o que se chama de estimativa.  Coloque a seguinte situação-problema para os alunos: A mãe de Pedrinho precisa comprar balas para o aniversário dele. Sabendo que virão 15 crianças e cada uma ganhará 12 balas, qual a quantidade aproximada de balas que ela deverá comprar? Como nesse caso não precisa ser um resultado exato, solicite aos alunos que pensem como fazer para chegar ao resultado aproximado.  Se nenhum aluno conseguir explicitar um procedimento, relembre a discussão realizada na Atividade 11A.  Em seguida, proponha a realização da Atividade 12A individualmente, mas diga que, se precisarem, podem trocar ideias com um colega.  Ao abrir a discussão, solicite que um aluno socialize com a turma como pensou para se chegar ao resultado.  Pergunte se alguém resolveu de outro modo.  Compare os diferentes procedimentos discutindo aqueles que são mais econômicos.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Sem armar as contas, circule o resultado aproximado de cada operação. Em seguida, utilize a calculadora para conferir os resultados.

Operação

Atividade do aluno

ATIVIDADE 12A

Resultado aproximado

23 × 21

43

480

630

12 × 80

960

800

96

35 × 25

455

875

65

12 × 135

250

1.600

1.000

2. Dos quatro resultados indicados para cada multiplicação, circule aquele que deve ser o exato, de acordo com sua estimativa. Depois, confira sua resposta com a calculadora.

Operação 21 × 100

Qual é o resultado exato? 210

2.000

2.100

2.200

22 × 80

1.760

1.660

176

166

12 × 12

124

144

164

184

45 × 20

90

100

800

900

25 × 40

100

500

1.000

1.500

O que mais fazer? Sempre que forem propostos problemas e contas de multiplicação, oriente os alunos a fazerem antes uma estimativa de modo a evitar erros.

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ATIVIDADE 13: DESAFIOS PARA DIVIDIR Objetivo  Resolver divisões com números naturais, por meio de técnicas operatórias convencionais e cálculo mental, empregando estratégias de verificação e controle de resultados pelo uso do cálculo mental ou da calculadora.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 13A.

Encaminhamento  Coloque na lousa, em forma de chaves, a divisão de 17 por 3 e efetue a operação.  Pergunte se sabem os nomes dos elementos de uma divisão. Caso nenhum aluno saiba, informe que o 3 é chamado de divisor, o 17 é o dividendo, o 5 é o quociente e o 2 é o resto. Diga que saber o nome desses elementos ajudará na comunicação de dados sobre uma divisão. Faça um cartaz com essas informações e deixe-o exposto na sala para que os alunos possam consultá-lo sempre que necessário.  Organize os alunos em duplas e peça que respondam o item 1 da atividade.  Observe que poderão existir diferentes estratégias corretas, pois, ao dividirmos 3.795 por três, poderíamos dividir 1.000, 1.000 e 1.000, sobrando 795 para continuar a ser dividido. Já se escolhêssemos 1.200, 1.200 e 1.200, sobraria 195 para continuar a ser dividido.  Convide uma dupla para explicar o que entenderam da maneira pela qual Leonardo resolveu a divisão. Se considerar que essa explicação não é suficiente, verifique se há outras duplas que possam refutar ou ampliar a conclusão daquela dupla.  Quando chegarem a um acordo, utilizem as informações discutidas para ajudar a entender o procedimento utilizado por Antônio, no item 2.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Observe o registro de Leonardo, que precisa distribuir 3.795 cestas básicas para três instituições. Discuta com um colega como ele fez para saber quantas cestas cada instituição receberá.

1.000 3.795

1.000

200 795

1.000

200 200

60 195

60 60

Atividade do aluno

ATIVIDADE 13A

5 15

5 5

Cada instituição receberá 1.265 cestas. a. Escreva abaixo como Leonardo resolveu essa divisão:

2. Agora, observe outra forma de dividir utilizada por Antônio, um colega de Leonardo.

3. 7 9 5

3

3. 0 0 0

1. 0 0 0

795

200

600

30

195

30

90

5

105 90

1. 2 6 5

15 15

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Atividade do aluno

a. Há alguma semelhança com a maneira que Leonardo dividiu? Por quê?

3. Resolva as divisões abaixo usando o mesmo procedimento de Antônio.

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a. 114 ÷ 2

b. 414 ÷ 3

c. 256 ÷ 4

d. 546 ÷ 5

e. 347 ÷ 6

f. 964 ÷ 7

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ATIVIDADE 14: AS REPRESENTAÇÕES DECIMAIS NO COTIDIANO Objetivo  Analisar, interpretar e resolver situações-problema, compreendendo diferentes significados da adição e da subtração envolvendo números racionais escritos na forma decimal, utilizando-se de estratégias pessoais e pelo uso de técnicas operatórias convencionais.

Planejamento  Como organizar os alunos? Inicialmente com a classe toda e depois em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 14A.

Encaminhamento  Retome com a turma as situações em que aparecem os números decimais no nosso dia a dia. Provavelmente dirão que esse tipo de representação numérica está presente nos valores monetários. Lembre-os de que, além dessa situação, faz-se o uso dos decimais para registrar peso, altura, distância, temperatura.  Diga que dessa vez o desafio será resolver problemas em que deverão operar com esses números.  Em seguida, distribua a folha de Atividade 14A aos alunos e oriente-os para que leiam o enunciado e resolvam apenas o primeiro problema. Aguarde alguns minutos até perceber que a maioria já terminou. Enquanto isso, observe como cada aluno está resolvendo as operações e registre as diferentes maneiras e as diferentes respostas.  Com base no que observou durante a realização individual do problema, convide os alunos que utilizaram diferentes procedimentos na realização da operação para socializarem como fizeram. Peça que cada um justifique tanto a maneira como realizou a operação como o resultado a que chegou.  O objetivo é que você discuta com a classe e valide os diferentes procedimentos de cálculo utilizados por diferentes alunos, mostrando que não há apenas um correto.  Se um dos alunos utilizou o algoritmo convencional, peça-lhe que explique aos colegas como fez. Se perceber que está cometendo equívocos, faça os ajustes necessários.  Diga que agora resolverão os problemas 2 e 3 usando o algoritmo convencional.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 14A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Se você precisasse comprar 6 bilhetes de metrô cujo preço unitário é R$ 2,30, quanto gastaria?

a. Registre abaixo como realizou o cálculo para chegar ao resultado.

b. Verifique com seus colegas o resultado. Há diferenças nas respostas? Se houver, registre abaixo.

2. Pedro e Antônio participaram de uma competição de atletismo. A modalidade que escolheram foi corrida de 100 metros rasos. O campeão será o que apresentar o menor tempo em qualquer uma das provas. Os tempos registrados foram: Pedro

Antônio

1a Prova

10,08 segundos

11,42 segundos

2a Prova

9,87 segundos

9,76 segundos

3a Prova

12,03 segundos

11.38 segundos

a. Quem ganhou a competição?

b. Qual a diferença, em segundos, entre os competidores em cada prova?

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Atividade do aluno

c. Registre abaixo a conta que fez.

O que é importante discutir: Ao socializar os cálculos utilizando o algoritmo convencional, é preciso que os alunos percebam que os números de cada ordem devem estar alinhados, como no exemplo abaixo. Como efetuamos a seguinte operação 13,78 – 9,45? DEZENA SIMPLES

UNIDADE SIMPLES

1

3

_ TOTAL

9 4

, , ,

DÉCIMOS

CENTÉSIMOS

7

8

4

5

3

3

É preciso que observem que os algarismos que ocupam ordem de mesmo nome estão alinhados. Centésimos abaixo de centésimos, décimos abaixo de décimos e assim por diante. Desse modo, a vírgula fica abaixo da vírgula.

O que mais fazer? É importante que você proponha com certa frequência outras situações-problema em que os alunos precisem operar com números na representação decimal. Seguem exemplos de algumas atividades em que apenas exercitarão as operações.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 14B NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Uma costureira utiliza elástico para confeccionar calções esportivos. Para cada calção ela precisa de 0,89 m de elástico. Ela recebeu uma encomenda de 11 calções. Ela mediu o elástico que tem em sua oficina e verificou que há 3,36 m. O elástico que ela possui é suficiente para confeccionar os 11 calções? Justifique.

2. Luciana gastou numa papelaria R$ 3,55, depois fez algumas compras no varejão de verduras. Ela levou R$ 10,00 para os gastos e retornou com R$ 2,27. Quanto ela gastou no varejão de verduras?

3. O esquema a seguir mostra a distância, em quilômetros, entre quatro cidades: A, B, C e D. A 1,63 km 4,76 km

B 6,79 km

D 10,80 km

C

Analisando as informações do esquema, responda: a. Qual a distância da cidade A até C, passando por B? b. Qual a distância da cidade D até B passando por A? c. Qual a diferença, em quilômetros, entre as distâncias de A até D e B até C?

d. Qual a diferença, em quilômetros, entre as distâncias de A até C e D até B?

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Atividade do aluno

4. Dê o resultado das seguintes operações: a. 34,78 + 22,43 b. 126,59 – 87,66 c. 29 – 14,38 5. O resultado de 76 – 37,13 é: a. 37,87

b. 38

c. 38,87

d. 39,87

6. Qual número está faltando para tornar a operação verdadeira, nas alternativas abaixo: 45,33 + 238 –

= 137 = 109,21 + 27 = 227,89 – 38,2 = 47,17

ATIVIDADE 15: CALCULANDO PORCENTAGEM Objetivo  Resolver problemas que envolvem o uso da porcentagem no contexto diário.

Planejamento  Como organizar os alunos? Coletivamente.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 15A.

Encaminhamento  Distribua inicialmente a cópia da Atividade 15A para cada aluno. Peça-lhes que leiam cada manchete prestando atenção aos números que aparecem junto a um símbolo.  Pergunte se conhecem o símbolo %. Certamente alguns alunos terão essa informação; nesse caso, confirme que se chama porcentagem.  Converse com sua turma sobre o fato de que lidar com porcentagens é muito importante para resolver problemas no dia a dia.  Pergunte em que situações já viram esse símbolo, confirmando que é comum aparecer nos folhetos de propagandas de vendas de produtos por lojas. Também é usado ao se calcular reajuste salarial, índices de aumento de empregos ou taxas de desempregos no estado ou país, aumento da produção interna

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bruta, o PIB etc. Se possível, leve jornais e prospectos que apresentem essas informações e disponibilize-as aos alunos para que observem.

Atividade do aluno

 Verifique com a classe o que sabem sobre o significado de porcentagem e peça que registrem na folha de atividade. Nesse momento, não será necessário que se formalize uma definição, pois a próxima atividade trará maiores esclarecimentos.

ATIVIDADE 15A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Leia as manchetes e os cartazes abaixo.

Número de celulares cresce 21% em 2007 e ultrapassa 120 milhões

9/8/2007 Em julho, IBGE estima crescimento de 14% na safra de grãos

O PÚBLICO MÉDIO DO CAMPEONATO NACIONAL SE REDUZIU EM MAIS DE 20% ENTRE OS ANOS DE 1980 E 1990.

Compre eletrodomésticos com até 15% de desconto

Pelo menos 40% dos brasileiros adultos tinham peso acima do ideal e 10% eram obesos. 1. Veja que há números que estão acompanhados com o símbolo %. Você sabe o nome desse símbolo e o que ele significa? Discuta com sua turma e registre abaixo as conclusões.

O que mais fazer?  Distribua cópias da atividade a seguir e faça uma leitura compartilhada,

garantindo que todos possam se aproximar da explicação apresentada no texto.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Atividade do aluno

ATIVIDADE 15B

Entendendo melhor a porcentagem Como vocês já discutiram, a porcentagem está presente nas mais variadas situações do cotidiano, como em resultados de pesquisas, na compra e venda, quando se calculam descontos, juros de prestações, de serviços, de impostos... Saber interpretar as informações expressas em porcentagem é muito importante para a tomada de decisões, como no caso de qual é a melhor forma de pagar uma mercadoria, entre outras coisas. Também já sabem que o símbolo % significa porcentagem. Mas o que significa porcentagem? Indica uma parte em relação a 100. Entenda melhor observando a malha quadriculada abaixo. Veja essa folha que tem 10 × 10 de quadradinhos. Você já deve ter calculado que são 100 quadradinhos. Imagine que eles representam 100 pessoas, entre crianças e adultos, que residem em uma rua. A parte pintada representa número de crianças.

1. Dos 100 moradores da rua, quantas crianças há?

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Atividade do aluno

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2. Podemos dizer que, de 100 moradores, 30 são crianças. É o mesmo que escrevermos que 30/100 – trinta centésimos – dos moradores dessa rua são crianças. Ou, ainda, que elas são 30% nessa rua. Com base nessas informações, observe as seguintes malhas quadriculadas e represente a parte pintada na forma fracionária e em porcentagem. a.

=

%

b.

=

%

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ O anúncio das Lojas Real divulgava a seguinte oferta:

Atividade do aluno

ATIVIDADE 15C

Aproveite a oferta das Lojas Real Todas as mercadorias com 25% de desconto!

1. Discuta com o seu grupo o que significa um desconto de 25%.

2. Conforme foi discutido na aula anterior, porcentagem significa uma parte em relação a 100. Então, no caso das Lojas Real, o desconto é de 25 reais a cada 100 reais. a. Quanto se pagará por uma mercadoria que custa R$ 100,00?

E o que acontece com um ferro elétrico cujo preço é R$ 60,00? Quanto será um desconto de 25%?

Vamos descobrir!

b. Quando dizemos que 50% dos alunos da classe gostam de futebol, significa que a metade da classe prefere esse esporte. Por exemplo, se a sua turma fosse composta de 40 alunos e 50% deles gostassem de futebol, quantos alunos seriam? O que você fez para descobrir?

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Atividade do aluno

c. Para calcular 50% de certo número é preciso dividi-lo por 2; então, se o ferro elétrico custa 60 reais, quanto seria 50% desse valor?

d. Agora para achar os 25% ficou mais fácil, porque 25 + 25 = 50, o que quer dizer que 25 é a metade de 50. Calcule agora o desconto de 25% dos R$ 60,00.

O que é importante discutir nessa atividade: O objetivo é que os alunos, para chegarem ao cálculo de 25%, estabeleçam a relação com a porcentagem conhecida – 50% –, pois certamente muitos deles têm a informação de que esta corresponde à metade. Portanto, para se encontrar 25% será preciso dividir um dado valor por 4.

ATIVIDADE 16: TRABALHANDO COM PROBABILIDADE Objetivo  Explorar a ideia de probabilidade em situações-problema simples.

Planejamento  Como organizar os alunos? A princípio em duplas ou trios e depois coletivamente.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 16A para cada dupla, dados e moedas para cada grupo.

Encaminhamento  Comente com os alunos que os acontecimentos ocorrem no nosso dia a dia quase sempre ao “acaso”, mas muitas vezes podemos tentar prever alguns deles. Um exemplo é a previsão do tempo. Chame a atenção para o fato de que as informações são previsões e que, por isso, não estão determinadas a priori, podendo ocorrer tanto uma coisa quanto outra.  Para que os alunos possam levantar hipóteses sobre o “acaso”, diga-lhes que irão testar algumas das probabilidades apresentadas na folha de atividades que lhes será entregue.

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 Você pode organizar a classe em duplas ou trios, mas a discussão será coletiva.  No item 1, os alunos deverão verificar que existe 1 em 6 possibilidades, ou seja, 1/6.

ATIVIDADE 16A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Hoje vocês vão tentar adivinhar qual é a chance de sair o número 6 no lançamento de um dado. Discuta com o seu grupo e registre a conclusão nas linhas abaixo.

Atividade do aluno

 No item 2, pela probabilidade deverá sair 3 vezes se o dado for lançado 18 vezes, mas esclareça que poderá também sair um pouco mais ou menos, pois é uma “probabilidade”, e não uma certeza.

2. Se um dado for lançado 18 vezes, quantas vezes, provavelmente, sairá o número 5?

3. Experimente agora lançar o dado 18 vezes. Anote na tabela abaixo quantas vezes cada face saiu e confronte com a resposta que vocês deram no item 2. Faces do dado

Quantas vezes saiu cada número? 4. O que vocês observaram?

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O que mais fazer?

Atividade do aluno

Você pode propor aos alunos que façam a mesma tentativa com as moedas, perguntando qual é a chance de sair “cara” jogando-se a moeda 10 vezes. Também segue outra sugestão abaixo.

ATIVIDADE 16B NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Em um parque de diversões existe uma barraca com duas roletas. João resolveu tentar sua sorte. Veja as roletas: Roleta 1 6

Roleta 2 1

6

5

1

5

1

4

2

2

4

3

3

2

Responda às questões abaixo: a. Se João precisa tirar o número 4, qual a roleta que ele deverá escolher? Por quê?

b. E se precisa tirar o número 1, qual a roleta que ele deve escolher? Por quê?

c. Se ele girar a roleta A, qual a chance de sair o número 2? E na roleta B?

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ESPAÇO E FORMA A presença desse conteúdo neste volume se justifica pela necessidade de desenvolver nos alunos habilidades de visualizar, interpretar e construir representações do espaço e da forma. O mundo está impregnado de formas, tanto nos elementos da natureza quanto nos objetos criados pelos homens, e, dessa maneira, é vasto o conhecimento que os alunos trazem para a escola relacionado ao mundo das formas. Os alunos devem continuar ampliando seu conhecimento em relação às formas, mas também sobre a localização desses objetos e pessoas no espaço. O nosso desafio, portanto, é fazer com que os alunos avancem nesse conhecimento – do espaço perceptivo – para o conhecimento do espaço representativo, para melhor entender e interagir com o meio em que vivem. As situações didáticas planejadas neste material preveem um avanço na capacidade de os alunos estabelecerem pontos de referências para se localizar no espaço e saber dar informações mais precisas para outras pessoas chegarem ao destino desejado. São conhecimentos que ajudam a desenvolver a capacidade de orientação e a ampliar as relações entre objetos. O mesmo se dá em relação ao conhecimento do mundo das formas, pois, à medida que vão interagindo com elas por meio da observação e da experimentação, os alunos começam a diferenciar suas características e a perceber suas propriedades e, assim, podem conceituar outras categorias de formas. As atividades propostas são: a. Em relação à localização e ao deslocamento:  TRAÇANDO A ROTA – É uma atividade que tem o propósito de fazer com que os alunos observem a importância de identificar pontos de referência para se chegar a determinado lugar quando não se conhece o trajeto.  ORIENTE-SE! – É uma situação que traz a discussão sobre os pontos cardeais como referência. b. Em relação às formas:  AS FORMAS GEOMÉTRICAS AO NOSSO REDOR e CONHECENDO OS POLIEDROS – Foram organizadas para que os alunos possam perceber as semelhanças e as diferenças entre os sólidos geométricos.  CONTANDO FACES, ARESTAS E VÉRTICES – É uma atividade que visa à identificação das relações entre o número de faces, vértices e arestas de um poliedro.  PLANIFICAÇÕES DE SÓLIDOS GEOMÉTRICOS – Essa atividade visa explorar a planificação de alguns poliedros e corpos redondos, estabelecendo as diferenças entre esses entes geométricos.  OS POLÍGONOS: ÂNGULOS E LADOS – O objetivo é que os alunos possam perceber as semelhanças e as diferenças entre polígonos considerando seu número de lados e ângulos.

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 CONTANDO VÉRTICES E ÂNGULOS DO POLÍGONO – Nessa atividade os alunos se aproximarão das noções de ângulos, identificando-os nos polígonos.  FIGURAS PLANAS – PARTE E TODO – A ideia aqui é explorar a formação de figuras planas a partir da composição e decomposição de outras figuras planas e de diferentes tipos de malhas.  AUMENTANDO E DIMINUINDO FIGURAS – A proposta dessa atividade é que os alunos possam ampliar ou diminuir figuras, a partir de diferentes tipos de malhas.

ATIVIDADE 17: TRAÇANDO A ROTA Objetivo  Descrever, interpretar e representar a localização ou o deslocamento de uma pessoa ou um objeto.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 17A.

Encaminhamento  Organize uma roda de conversa perguntando aos alunos em que rua moram, em que bairro sua residência está localizada e como chegam à escola (andando ou utilizando alguma condução).  Pergunte a eles quantas quadras aproximadamente andam de casa até a escola.  Convide pelo menos dois alunos para explicarem o trajeto que realizam diariamente; para isso, sugira que façam desenhos na lousa para ajudar nessa tarefa. Deixe que cada aluno explique o seu caminho sem nenhuma interferência, mas no decorrer da exposição anote pontos que mereçam ser discutidos posteriormente para que os alunos possam conhecer mais facilmente as noções de localização e deslocamento e, assim, utilizar cada vez melhor a linguagem apropriada para isso.  Em seguida, distribua cópia da atividade para os alunos, solicitando que leiam o enunciado da tarefa a ser realizada.  Na socialização, peça que um aluno dite o trajeto de onde está Júlia até o cinema e registre o texto na lousa. Questione a classe se está clara essa orientação, se a linguagem está adequada. É importante que os alunos se apropriem das noções do que são ruas paralelas, perpendiculares, cruzamentos, pois o uso desse vocabulário os ajudará a observar os principais pontos de referência quando forem orientar alguém ou receber orientações sobre determinado trajeto.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Júlia marcou com a sua turma de ir ao cinema. Como ela é nova na cidade, chegou à esquina da Rua São Paulo com a Rua Pedro Álvares Cabral e não sabia como fazer para chegar ao cinema.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 17A

Ela ligou para a sua amiga Sônia, que lhe falou que a rua do cinema é paralela . De onde está, deve andar quadras até chegar à Rua . Esta rua é perpendicular à rua do cinema, que fica na Rua . Que outro caminho você indicaria para Júlia chegar ao cinema?

Rua São Paulo

Av. Brasil

Rua Maranhão

Rua Pedro Álvares Cabral

Rua Tiradentes Cine Estrela

Rua D. Pedro I

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ATIVIDADE 18: ORIENTE-SE! Objetivo  Reconhecer que os pontos cardeais são referências muito usadas por algumas pessoas para orientar-se em determinado espaço.

Planejamento  Como organizar os alunos? Inicialmente em grupos de quatro alunos e depois coletivamente.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 18A, plantas ou mapas que contenham uma rosa-dos-ventos.

Encaminhamento  Distribua para cada grupo plantas ou mapas (atlas geográfico) e chame a atenção para a figura da rosa-dos-ventos.  Pergunte se sabem o que ela representa e o porquê de essa imagem estar presente em todos os mapas.  Anote na lousa o que os alunos falarem.  Em seguida distribua cópia da Atividade 18A para cada aluno e faça uma leitura compartilhada sobre a rosa-dos-ventos. Instrua-os a não fazer ainda o item 2 da atividade.  Confronte as informações contidas no texto com as anotações feitas na lousa e questione o que se confirma, modifica ou amplia.  Convide um aluno para mostrar para a classe os pontos cardeais tendo a rosa-dos-ventos como referência.  Agora, oriente-os que prossigam fazendo o item 2 da atividade em duplas para em seguida fazer a socialização e confrontar as diferentes respostas.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Observe a imagem abaixo. Em que lugares você já viu essa figura? Sabe para que ela serve?

Atividade do aluno

ATIVIDADE 18A

N NW

NE

W

E SE

SW S N – Norte

NE – Nordeste

E – Leste

SE – Sudeste

S – Sul

SW – Sudoeste

W –Oeste

NW – Noroeste

Rosa-dos-ventos Essa figura representa a rosa-dos-ventos e é muito utilizada para orientar a navegação de aviões, navios, caminhadas em matas, trilhas etc. Ela representa os pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste) e os pontos colaterais (Nordeste, Sudeste, Noroeste e Sudoeste). Observe que a rosa-dos-ventos sempre está presente nos mapas para indicar o Norte e o sentido oposto – Sul –, apontando ainda a direção Leste-Oeste (respectivamente, o nascer e o pôr do sol). O conhecimento sobre os pontos cardeais é importante também para um engenheiro, quando projeta uma casa, um prédio ou uma indústria. Ele tem que saber os movimentos que o Sol realiza durante o dia e durante o ano para planejar corretamente a posição das portas e janelas, e para isso é necessário orientar-se através dos pontos cardeais. Numa indústria ou residência, janelas bem posicionadas podem economizar energia com iluminação.

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Atividade do aluno

2. Agora, observe o mapa do município de São Paulo (que está em destaque) e a rosa-dos-ventos apresentada abaixo e responda:

Francisco Morato Franco da Rocha

Santa Isabel Mairiporã

Cajamar Pirapora do Bom Jesus

Caieiras

Arujá Guarulhos

Guararema

Santana do Parnaíba

Itaquaquecetuba

Barueri

Vargem Grande Paulista

Poá

Osasco

Jandira Itapevi

Carapicuíba

Embu

Taboão da Serra

São Paulo

Ferraz de Vasconcelos

S. Caetano do Sul

Mogi das Cruzes Salesópolis Biritiba-Mirim

Suzano Mauá

Diadema

Cotia

Santo André

Itapecerica da Serra

Embu-Guaçu

Ribeirão Pires Rio Grande da Serra Bertioga

São Bernardo do Campo

São Lourenço da Serra

N

Cubatão Santos

Juquitiba

Guarujá

São Vicente

Oceano Atlântico

NO

NE L

O

Itanhaém

SO

a. Encontre duas cidades que fazem fronteiras com:

SE S

O lado leste da cidade de São Paulo.

O lado nordeste da cidade de São Paulo.

O lado norte da cidade de São Paulo.

b. Uma pessoa mora em Itapecerica da Serra. É correto afirmar que ela mora a sudeste do município de São Paulo?

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ATIVIDADE 19: AS FORMAS GEOMÉTRICAS AO NOSSO REDOR Objetivo  Reconhecer semelhanças e diferenças entre poliedros (prismas, pirâmides e outros).

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Moldes de formas geométricas, cartolina, lápis, régua, borracha.

Encaminhamento  Diga que na aula de hoje irão aprender mais sobre as formas dos objetos, pois se trata de conhecimento importante, uma vez que o mundo a nossa volta está repleto das mais variadas formas: alguns objetos são arredondados, outros não; há ainda os que têm formatos retangulares, outros triangulares; alguns têm bicos ou pontas, outros são mais “retos”.  Pergunte aos alunos que formas têm as embalagens dos produtos que são utilizados em suas casas. A finalidade dessa conversa inicial é a de verificar se eles já possuem algum conhecimento sobre os sólidos geométricos.  Diga que construirão algumas formas geométricas que serão úteis para os estudos que farão nas aulas seguintes.  Distribua os diferentes moldes e as folhas de cartolina para cada grupo construir as formas.  Recomende que construam as formas com bastante capricho; para isso, oriente-os a recortarem os contornos com cuidado e a dobrarem bem os vincos.  Passe pelos grupos e, à medida que vão montando as caixas, faça perguntas no sentido de que estabeleçam relação de cada forma com objetos do mundo real.

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Atividade do aluno

MOLDES

2

5

1

3 4

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ATIVIDADE 20: CONHECENDO OS POLIEDROS Objetivo  Reconhecer semelhanças e diferenças entre poliedros (prismas, pirâmides e outros).

Planejamento  Como organizar os alunos? Coletivamente e em duplas.  Quais os materiais necessários? As formas construídas na atividade anterior e cópias da Atividade 20A.

Encaminhamento  Diga à turma que nessa aula vão observar melhor e descobrir características dos corpos geométricos que construíram na aula anterior.  Pergunte se eles sabem os nomes de cada uma delas. Se não souberem, você pode informar.  Pergunte aos alunos o que esses corpos geométricos têm em comum. O esperado é que digam que todos têm cantos e pontas. Então, informe que irão estudar os corpos que não são arredondados.  Solicite que observem o cubo e contem quantos lados ele tem. Depois informe que em geometria não se diz “lado”, e sim face. Assim, o correto é dizer que o cubo tem 6 faces.  Distribua cópia da Atividade 20A para os alunos lendo o item 1 em voz alta e solicitando a eles que registrem nas linhas a conclusão do grupo. Também leia o item 2 e dê ênfase a essa informação.  O item 3 poderá ser realizado coletivamente, porém garantindo que todos participem. Para isso, é interessante convidar aqueles alunos que se mostram mais tímidos.  No item 4, organize as duplas. Os alunos possivelmente poderão confundir-se ao observar as figuras, pois elas representam os sólidos. Talvez não percebam que a vista é frontal e que há faces laterais e base nos prismas.  Circule pela sala e converse com eles para verificar se está ocorrendo tal fato. Caso esteja, recorra a um dos poliedros construídos e pergunte se conseguem visualizar a(s) face(s) que está(ão) de frente para você, professor. Provavelmente irão dizer que não conseguem ver, mas sabem que existe tal face.  O que se espera no item 5 é que os alunos observem que um grupo de figuras é formado com corpos que tem “pontas” e o outro, com corpos que não têm “pontas”.  Informe então que o grupo dos que têm “pontas” denomina-se pirâmides, enquanto no outro grupo estão os prismas.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 20A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Hoje você vai observar as características das formas geométricas que construiu na aula anterior. O que elas têm em comum? Discuta com a sua turma e registre abaixo.

2. Essas formas são chamadas de poliedros. Em grego, poli significa muitos e edro, face, com o que podemos concluir então que poliedro significa muitas faces. 3. Observe cada poliedro que você montou e conte as faces de cada um.

Corpos geométricos

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Número de faces

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Atividade do aluno

4. Abaixo estão as representações de outros poliedros. Você consegue perceber todas as faces de cada poliedro desenhado?

5. Com o seu colega de dupla, separe as figuras acima em dois grupos e discuta o que cada grupo tem em comum. Escreva abaixo de cada figura A ou B, conforme a conclusão a que você e seu colega chegaram. Qual é a característica das formas do: Grupo A? Grupo B? 6. Após a discussão com toda a classe, qual foi a conclusão? Grupo A? Grupo B?

ATIVIDADE 21: CONTANDO FACES, ARESTAS E VÉRTICES Objetivo  Identificar relações entre o número de faces, vértices e arestas de um poliedro.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? As formas geométricas construídas na Atividade 19 e cópias da Atividade 21A.

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Encaminhamento  Inicie a aula retomando as características das formas geométricas construídas na Atividade 19, ou seja, que elas têm “cantos”, “quinas” e “pontas”. Comente que esses nomes são de uso comum, mas em geometria as “pontas” são chamadas vértices, e os “cantos”, arestas.  Solicite aos alunos que observem as formas e identifiquem os vértices em cada uma delas.  Diga que as atividades a seguir os ajudarão a observar melhor os vértices e as arestas. Distribua, então, cópia da Atividade 21A, fazendo a leitura compartilhada do enunciado.  No item 2, os alunos preencherão a tabela com a quantidade de vértices e arestas de cada poliedro: J Poliedro 1 – Pirâmide de base triangular; J Poliedro 2 – Prisma de base triangular; J Poliedro 3 – Paralelepípedo (caso especial de prisma); J Poliedro 4 – Prisma de base pentagonal; J Poliedro 5 – Cubo (caso especial de prisma).  No item 3, o que se espera é que os alunos descubram que, somando-se o número de faces com o número de vértices e subtraindo-se o número de arestas dos sólidos, o resultado será sempre 2. Com base nessa descoberta, desafie-os a descobrir o número de faces dos poliedros 4 e 5.  Caso não consigam descobrir, deixe esse desafio para uma próxima aula.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Vamos descobrir as características dos poliedros que foram construídos:

Atividade do aluno

ATIVIDADE 21A

1. Pegue o sólido número 1. Faça uma marca (x) em cada uma de suas faces. Você consegue ligar duas dessas marcas com um traço de lápis, sem passar por cima de uma dobra?

a. Veja a figura abaixo: Essas dobras são como fronteiras entre duas faces. Pois bem, essas fronteiras recebem o nome de arestas. Uma aresta pertence sempre a duas faces.

X X X

E o que você observa no encontro das arestas?

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Atividade do aluno

2. Agora, observe os cinco poliedros e preencha a tabela abaixo. Peça ajuda do professor para saber os nomes de cada um.

Poliedro

Número de arestas

Número de vértices

Descubra um segredo sobre os poliedros: 3. Nos poliedros 1, 2 e 3, além das arestas e dos vértices, conte também as faces, preenchendo a tabela abaixo.

Poliedro

Número de arestas

Número de vértices

Número de faces

1 2 3 4. Em cada um deles, some o número de vértices com o número de faces. Do resultado obtido, retire o número de arestas. O que você observou?

5. Como essa descoberta pode ajudar a descobrir o número de faces dos poliedros 4 e 5?

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ATIVIDADE 22: PLANIFICAÇÕES DE SÓLIDOS GEOMÉTRICOS Objetivo  Explorar planificações de alguns poliedros e corpos redondos.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Embalagem de creme dental (uma caixa na forma de paralelepípedo), cola, tesoura e cópia da Atividade 22A.

Encaminhamento  Pergunte qual a diferença entre os moldes e as formas que montaram. É interessante que você anote as falas dos alunos.  Os moldes são as planificações dos sólidos geométricos e são compostos de figuras planas. Pergunte quais figuras planas compõem cada uma das formas montadas. Se não souberem nomear os polígonos, isto não será motivo de preocupação no presente momento, pois nas atividades seguintes os alunos poderão, aos poucos, se apropriar desse vocabulário.  Faça com os alunos a planificação de uma caixa de creme dental – ou de uma caixa maior na forma de um paralelepípedo –, abrindo-a. Represente essa planificação no papel com auxílio de um lápis para contornar a caixa aberta. Peça que observem quais figuras compõem a planificação dessa caixa (no caso, polígonos de 4 lados).

 Em seguida, distribua a Atividade 22A para cada aluno e peça-lhes que a leiam e a resolvam em duplas.  Na socialização procure sistematizar o que são corpos redondos e não redondos.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 22A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Recorte e monte os sólidos e responda a questão:

9

8

a. Os sólidos que você montou têm partes arredondadas? Por essa razão eles não são considerados poliedros. Você lembra o que significa poliedro? Os sólidos que não são poliedros são chamados de corpos redondos. São eles:

esfera

esfera

cone

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cilindro

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Analise a figura abaixo, que representa a planificação de um poliedro:

Atividade do aluno

ATIVIDADE 22B

a. Você conseguiria montar uma caixa com este molde? Por quê?

b. Considerando a base deste poliedro, complete o quadro com as características que deve ter este corpo geométrico. Número de arestas Número de vértice Número de faces c. Qual é o nome do poliedro?

ATIVIDADE 22C NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. A figura abaixo representa um pedaço de cano metálico. Qual polígono representa a planificação desse cilindro?

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Atividade do aluno

2. Abaixo, temos a figura de um cubo sendo planificado e, ao lado, três tipos diferentes de planificações do cubo. Encontre outras possíveis planificações do cubo.

O que é importante discutir com os alunos:  que não é possível planificar a superfície de uma bola.  que existem 11 maneiras de planificar o cubo. Esse conhecimento é im-

portante, pois empresas que fabricam caixas para presente na forma de cubo precisam minimizar o desperdício de material; eles compram pranchas de papelão para serem cortadas conforme o desejo do cliente.

ATIVIDADE 23: OS POLÍGONOS: ÂNGULOS E LADOS Objetivo  Identificar semelhanças e diferenças entre polígonos, considerando seu número de lados e de ângulos.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias das Atividades 23A e 23B.

Encaminhamento  Distribua cópia da Atividade 23A para os alunos e peça para discutirem em duplas, garantindo que todos tenham entendido o enunciado da tarefa a ser realizada.

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 Ande pela classe, observando e registrando as discussões que julgar importante socializar.  Após aproximadamente 10 minutos, abra a discussão com a classe toda, solicitando que uma dupla inicie as observações que fizeram acerca das figuras dos dois grupos.  Pergunte se outras duplas tiveram outras ideias, confrontando os diferentes pontos de vista. O que se espera é que os alunos percebam que no grupo 1 as figuras são todas fechadas e seus lados são compostos por retas, enquanto no grupo 2 algumas figuras são abertas, apesar de serem desenhadas com linhas retas, e outras, apesar de fechadas, são desenhadas com linhas curvas. Não é o caso de você fornecer essa informação antecipadamente, mas pode lançar perguntas para que os alunos cheguem a essa conclusão. Pergunte, por exemplo: O que todas as figuras do grupo 1 têm em comum? Como são as figuras do grupo 2? Repare nas linhas que compõem as figuras do grupo 1. Como são elas?  Informe que as figuras do grupo 1 são chamadas de polígonos. Distribua, agora, cópia da Atividade 23B e peça que um aluno leia em voz alta apenas o item 1.

ATIVIDADE 23A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Observe as figuras dos dois grupos e discuta com o seu colega as questões que seguem: Grupo 1

Grupo 2

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Atividade do aluno

 Desenhe alguns polígonos na lousa e convide um aluno para que identifique as informações lidas naquelas figuras.

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Atividade do aluno

1. Como são as figuras do grupo 1?

2. E as do grupo 2?

Registre as conclusões a que chegaram após a discussão com os demais colegas da classe: Grupo 1 Grupo 2

ATIVIDADE 23B NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Na atividade anterior, você e seus colegas observaram algumas características dos polígonos.

O QUE É UM POLÍGONO? Do grego, POLI significa muitos e GONO, ângulos; então, literalmente, polígono significa muitos ângulos. Mas, em geometria, uma figura plana para ser polígono precisa ser uma figura fechada, e seus lados formados por segmentos de reta consecutivos.

2. Pegue algumas varetas ou canudinhos plásticos e verifique qual a quantidade mínima de varetas ou canudinhos necessária para construir um polígono. Lembre-se que um polígono precisa ser uma figura fechada. a. Quantos lados tem essa figura que você formou? b. Qual é o nome dessa figura? c. O que você pôde concluir?

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tri = 3

hepta = 7

tetra = 4

octo = 8

penta = 5

enea = 9

hexa = 6

deca = 10

4. Com base nas informações acima, desenhe figuras com diferentes lados e tente descobrir o nome de cada uma. Número de lados

Figura

Atividade do aluno

3. Os polígonos podem ter 3 ou mais lados; veja como alguns prefixos matemáticos ajudam a identificar o número de lados de um polígono:

Nome

3

4

5

Pentágono

6

7

ATIVIDADE 24: CONTANDO VÉRTICES E ÂNGULOS DO POLÍGONO Objetivo  Conhecer algumas noções sobre ângulos identificando-os nos polígonos.

Planejamento  Como organizar os alunos? Coletivamente e depois em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 24A.

Encaminhamento  Pergunte aos alunos se já ouviram em uma locução de futebol a expressão “O jogador chutou a bola no ângulo” e o que significa. É bem provável que digam que a bola acertou o canto do gol, ou a quina do gol.

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 Peça que um aluno desenhe na lousa um gol indicando onde o jogador poderia ter acertado a bola.  Informe que, em geometria, a palavra “ângulo” é bastante usada, e então chame a atenção para as retas que formam a haste e o travessão do gol. Pergunte se sabem o nome desse ponto (vértice) em que se encontram essas duas retas. Então diga-lhes que, em um polígono, cada dois lados com um vértice em comum forma um ângulo.  Desenhe alguns polígonos na lousa e convide alguns alunos a identificarem os ângulos em cada uma das figuras.  Distribua cópia da Atividade 24A para os alunos e peça que resolvam individualmente e depois confiram as respostas com um colega.

Atividade do aluno

 O que se espera que os alunos observem é que como os ângulos se formam nos vértices, então, o número de vértices é igual ao número de ângulos.

ATIVIDADE 24A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Observe os polígonos abaixo e complete com as informações. Polígono

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Nome

Número de vértices

Número de ângulos

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2. O que você observou em relação aos números de vértices e ângulos? Troque ideias com seu colega e anote abaixo a conclusão.

ATIVIDADE 25: FIGURAS PLANAS – PARTE E TODO Objetivo  Compor e decompor figuras planas.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas, porém cada aluno realizará a atividade individualmente.  Quais os materiais necessários? Cópias de malhas e da Atividade 25A.

Encaminhamento  Conte aos alunos que muitos artistas plásticos se utilizaram de conhecimentos da geometria para fazer seus quadros.  Se possível, leve algumas fotos de pinturas de Di Cavalcanti e outros que usaram formas geométricas, fazendo com que os alunos possam apreciar essas obras.  Proponha, também, construírem figuras usando as formas geométricas que poderão depois formar painéis ou mesmo decorar capas dos seus próprios cadernos. Mas antes realizarão algumas atividades em que analisarão diferentes polígonos em algumas figuras e também irão compor figuras a partir de diversos polígonos.  Diga que para realizarem as atividades a seguir precisarão de muita atenção e concentração e que poderão trocar ideias com seus colegas, mas que cada um vai realizar a sua tarefa.  Distribua as cópias da malha triangular e da Atividade 25A, solicitando que os alunos leiam o enunciado e garantindo que todos tenham entendido a tarefa a ser realizada.

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Modelo de malha triangular

Modelo de malha quadriculada

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Observe os diferentes polígonos abaixo e pinte essas figuras na malha triangular.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 25A

2. Quantos triângulos da malha você usou para formar: a. o triângulo? b. o hexágono? c. os quadriláteros: trapézio? losango? d. Por meio da malha, construa 3 losangos do mesmo tamanho usando os demais polígonos.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 25B NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Considere a figura abaixo:

a. Tente dividi-la em retângulos (eles não precisam ter o mesmo tamanho). Sobram algumas partes?

b. Tente dividi-la em triângulos (eles podem ter tamanhos diferentes). Conseguiu cobrir a figura toda?

c. Qual o menor número de triângulos de que você precisa para cobrir a figura toda?

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Agora, chegou o momento de você fazer o seu painel. Para isso você pode tanto usar a malha triangular como a quadriculada. Use a criatividade e mãos à obra!

Atividade do aluno

ATIVIDADE 25C

O que você precisa saber para encaminhar essas atividades:  Quando cobrimos um polígono com outros polígonos, por justaposição,

estamos, na verdade, decompondo a figura original em outras figuras.  Quando tentamos decompor um polígono em outros que não sejam retângulos, pode ser que sobrem partes da figura original, mas quando decompomos em triângulos, isso nunca acontecerá. Ou seja, sempre é possível cobrir a parte que sobra com outro triângulo.  Como o polígono é só o contorno da figura, chamamos a região interna de região poligonal.

ATIVIDADE 26: AUMENTANDO E DIMINUINDO FIGURAS Objetivo  Ampliar e reduzir figuras planas pelo uso de malhas quadriculadas.

Planejamento  Como organizar os alunos? Individualmente.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 26A.

Encaminhamento  Inicie a conversa com os alunos perguntando-lhes se saberiam dar exemplos de figuras que podem ser ampliadas ou reduzidas. Uma foto de uma pessoa é um bom exemplo nessa discussão.  As atividades poderão ser realizadas em folhas quadriculadas.  Distribua a Atividade 26A para cada aluno e peça que leiam e resolvam.  Em seguida, discuta com a classe as questões propostas na atividade.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 26A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Observe o peixinho do desenho abaixo e tente desenhar outro peixinho parecido com ele na malha da direita, tomando o cuidado de respeitar a posição dos traçados e o número dos quadradinhos, que precisam ser os mesmos do modelo.

1. O novo peixinho ficou maior ou menor que o primeiro?

Você sabe por quê? 2. O que aconteceria com o tamanho do novo peixinho se os lados dos quadradinhos fossem maiores?

3. Tente fazer o mesmo peixinho na malha abaixo:

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O que mais fazer?

ATIVIDADE 26B NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Tente desenhar o mesmo peixe da atividade anterior nas malhas abaixo:

Atividade do aluno

Você pode propor que reproduzam a figura do peixe nas malhas abaixo com o objetivo de os alunos perceberem uma “deformação” da imagem, em virtude de se ter aumentado a largura dos quadrados na primeira malha e o comprimento dos quadrados na segunda malha.

Malha 1

Malha 2

a. Como ficou o peixe na malha 1? b. E na malha 2? c. Por que isso aconteceu?

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Atividade do aluno

2. Construa numa folha de papel sulfite uma malha com quadradinhos com os lados medindo 1 cm. Reproduza a figura abaixo na malha que você construiu.

O que é importante você saber para encaminhar essas atividades:  O tamanho do lado do quadrado que compõe a malha é que faz com que a

figura aumente, diminua ou fique do mesmo tamanho.  A razão entre as medidas de comprimento da nova figura e da figura original é a mesma que a razão entre o comprimento do lado do quadradinho da nova malha e o lado do quadradinho original.  Se aumentarmos o quadradinho da malha em apenas uma direção, por exemplo, só na largura, a nova figura sairá deformada.

GR ANDEZAS E MEDIDAS As atividades de exploração das unidades de grandezas diversas, a constante necessidade de estabelecer comparações entre elas e de realizar medições estão presentes na vida das crianças desde muito cedo. Por isso, é importante criar situações didáticas para que os alunos possam perceber a grandeza como uma propriedade de certa coleção de objetos, observando que, mesmo que o objeto mude de posição e de forma, algo pode permanecer constante. Nesse sentido, as atividades propostas têm como objetivo que os alunos discutam, organizem soluções e aprofundem seus conhecimentos para resolver problemas do dia a dia com relação às grandezas e às medidas de tempo, temperatura, massa, capacidade, comprimento e ao sistema monetário. As atividades propostas são:  OBSERVANDO A TEMPERATURA EM DIFERENTES LUGARES – O objetivo desta atividade é que os alunos possam perceber, em situações reais, onde aparece esta unidade de tempo e quais problemas eles podem enfrentar.  DIFERENTES PAÍSES, DIFERENTES MOEDAS: QUANTO VALE O REAL? – A proposta é que os alunos possam perceber que há diferentes moedas em circulação no mundo e que é necessário estabelecer um parâmetro de comparação entre elas para que haja transações comerciais entre países.

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 MEDIDAS DO DIA A DIA: COMPRIMENTO E MASSA – O objetivo é observar onde e como as diferentes unidades de medidas são utilizadas.  O CONTORNO DAS FIGURAS – A ideia aqui é que os alunos possam perceber que para calcular o perímetro de figuras planas, inclusive em malhas quadriculadas, deve-se conhecer o seu contorno.  QUAL É A ÁREA? – O objetivo é que os alunos possam compreender o conceito de superfície de figuras planas e consigam calculá-las em malhas quadriculadas.  ÁREA OU PERÍMETRO? – A atividade proposta tem como meta fazer com que os alunos percebam a diferença entre área e perímetro e, ao mesmo tempo, saibam encontrar soluções para problemas do seu cotidiano.  QUE HORAS SÃO? e CONTANDO O TEMPO – Nessas atividades a proposta é que os alunos resolvam situações-problema do cotidiano e observem a equivalência entre as unidades de medida de tempo.  ANTES OU DEPOIS DO MEIO-DIA? – O objetivo da atividade é propor que os alunos possam realizar a leitura de horas em diferentes momentos do dia em relógios digital e analógico.

ATIVIDADE 27: OBSERVANDO A TEMPERATURA EM DIFERENTES LUGARES Objetivo  Utilizar unidades usuais de temperatura em situações-problema.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 27A.

Encaminhamentos  Inicie a conversa perguntando se algum aluno sabe para que serve o termômetro. Você pode perguntar o que se mede com um termômetro.  Pergunte se eles sabem qual a temperatura mínima para considerar uma pessoa com febre. Se não souberem, informe que uma pessoa com febre tem temperatura acima dos 37 ºC, porém os médicos consideram estado febril as temperaturas acima dos 37,5 ºC.  Informe ainda aos alunos que em nosso país as temperaturas médias correspondem a 25 ºC, nas regiões Norte e Nordeste elas podem ser mais elevadas e nos estados do Sul elas são mais frias. No entanto, em outros países do mundo as temperaturas podem ser muito frias, ou seja, menores que 0 ºC, e neste caso as indicaremos com números negativos, por exemplo, −20 ºC.  Em seguida, distribua a cópia da Atividade 27A.  Na atividade há duas tabelas indicando a previsão da variação de temperatura nos dias 7, 8 e 9 de janeiro de 2008 na cidade de São Paulo e na cidade de Genebra, na Suíça.

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 Diga que irão fazer a leitura dessas tabelas e verificar que na coluna “Máx.” estará indicada a maior temperatura prevista para aquele dia e na coluna “Mín.”, a menor temperatura prevista. A partir daí responderão as questões propostas.  Percorra a sala e verifique se há dúvidas na leitura da tabela, se conseguem estabelecer a relação entre a temperatura do dia e a condição do tempo.

Atividade do aluno

 Em seguida, socialize com a turma as soluções encontradas.

ATIVIDADE 27A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Leia as informações das tabelas a seguir e responda as questões.

São Paulo, Brasil Última atualização: Segunda-feira, 7 de janeiro de 2008, at 12:31 Horário Local de Verão (Segunda-feira, 14:31 GMT) Máx. (C) Hoje 7 jan.

Parcial. nublado

Mín. (C)

26 °C

16° C

28 °C

17 °C

28 °C

17 °C

Índice UV: 10+ Extremo Ter 8 jan.

Ensolarado Índice UV: 10+ Extremo

Qua 9 jan.

Predom. de sol Índice UV: 10+ Extremo

Genebra, Suíça Última atualização: Segunda-feira, 7 de janeiro de 2008, at 15:21 Hora Local da Europa Central (Segunda-feira, 14:21 GMT) Máx. (C) Esta Noite 7 jan.

Chuva

Ter 8 jan.

Predom. de sol

Mín. (C) –1 °C

8 °C

3 °C

7 °C

4 °C

Índice UV: 1 Mínimo Qua 9 jan.

Chuva fraca Índice UV: 1 Mínimo

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2. Qual a temperatura mínima em Genebra no dia 7 de janeiro?

3. Qual a diferença entre a temperatura mínima e a máxima no dia 8 de janeiro em:

Atividade do aluno

1. Quais as temperaturas mínima e máxima no dia 7 de janeiro de 2008 em São Paulo?

a. São Paulo? b. Genebra? c. Em que cidade está mais frio? 4. Qual a diferença entre as temperaturas mínimas de São Paulo e de Genebra no dia 9 de janeiro de 2008?

O que mais fazer? Você pode sugerir aos alunos que procurem nos jornais a página que indica a previsão do tempo. Nela, os alunos poderão fazer a leitura das temperaturas do dia, verificar se há ou não possibilidades de chuva, se o tempo permanecerá nublado ou não. A partir dessa leitura você pode propor que as duplas elaborem problemas e que os troquem entre si. Após a resolução, você pode propor que eles analisem os problemas que foram elaborados, verificando se havia ou não coerência entre os dados e as questões formuladas e se as soluções encontradas respondiam as questões formuladas.

ATIVIDADE 28: DIFERENTES PAÍSES, DIFERENTES MOEDAS: QUANTO VALE O REAL? Objetivos  Estabelecer a equivalência entre moedas de vários países.  Resolver problemas utilizando moedas de diferentes países.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 28A.

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Encaminhamento  Inicie a atividade perguntando se os alunos sabem como são pagas as contas em outros países. Se, por exemplo, um lanche nos Estados Unidos é pago em real.  Pergunte ainda se eles sabem o nome de moeda de outros países. Caso não tenha nenhum aluno com essa informação, você pode sugerir que eles abram o jornal na página de câmbio e verifiquem o nome de algumas moedas de outros países. Por exemplo: País

Moeda

Estados Unidos

Dólar

Argentina

Peso argentino

Inglaterra

Libra esterlina

Japão

Iene

 Em seguida, distribua a cópia da Atividade 28A e diga que a tarefa será ajudar o sr. Flávio, representante comercial de uma empresa no Brasil, a fechar negócios com várias empresas no exterior. Para isso, eles precisam saber qual é o valor correspondente de cada moeda estrangeira em relação ao nosso sistema monetário, ou seja, em reais.  Peça que leiam o enunciado e discutam em dupla um procedimento para resolver a atividade.  Circule pela classe e verifique se há dúvidas na conversão das moedas.  Selecione algum procedimento que achar interessante e mereça ser socializado.  Socialize as discussões e as soluções encontradas e peça que anotem o procedimento que considerou interessante.  Os alunos não precisam realizar essa atividade em um único dia; você pode pedir para que realizem as questões de 1 a 5 em um dia e as questões 6, 7 e 8 em outro dia.

Atividade do aluno

 O importante é que os alunos possam discutir entre si os procedimentos que deverão utilizar para resolver os problemas e que você reserve uma parte de cada uma das aulas para que possam compartilhar a forma como pensaram para ajudar o sr. Flávio no fechamento de seus contratos.

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ATIVIDADE 28A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Cada país tem uma moeda diferente. O sr. Flávio é o representante comercial de uma grande empresa. Ele ficará vinte dias fora do Brasil fechando contratos de exportação em vários países.

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País

Moeda

Valor em real aproximado da moeda em janeiro de 2008 1 dólar = R$ 1,75

Estados Unidos

Dólar

Espanha e França

Euro

1 euro = R$ 2,50

Japão

Iene

1 iene = R$ 0,02

Argentina

Peso argentino

1 peso argentino = R$ 0,50

Inglaterra

Libra esterlina

1 libra = R$ 3,40

Atividade do aluno

Veja a tabela de conversão que ele está utilizando para o fechamento dos contratos:

1. Ele iniciou sua viagem pelo Japão e os negócios fechados ficaram em 134 mil ienes. Qual será o valor do contrato em reais?

2. Em seguida, fez um giro pela Europa: foi à França e à Espanha e em cada um dos países o contrato foi de 38 mil euros. Qual o valor total em reais dos contratos que foram fechados nesses dois países?

3. O próximo país em sua escala foi a Inglaterra. O contrato fechado foi de apenas 12 mil libras esterlinas. Quanto rendeu em reais para a empresa do sr. Flávio?

4. A sua penúltima escala foi nos Estados Unidos. Lá ele fechou vários contratos. – O primeiro foi de 12 mil dólares – O segundo de 34 mil – O terceiro rendeu 175 mil reais. Quanto rendeu em reais os contratos nos Estados Unidos?

5. Quando chegou à Argentina, ele já estava “craque” em fazer as conversões de moedas. Fechou alguns contratos e finalizou com R$ 550.000,00. Qual o valor em pesos argentinos dos contratos fechados por ele?

6. Organize uma tabela com o valor total das transações comerciais fechadas pelo sr. Flávio em cada país na nossa moeda: País

Valor do contrato no país de origem

Valor do contrato em reais

Estados Unidos Espanha e França Japão Argentina Inglaterra

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7. Em qual desses países ele fechou o maior contrato?

8. Qual o valor em reais de todos os contratos fechados?

ATIVIDADE 29: MEDIDAS DO DIA A DIA: COMPRIMENTO E MASSA Objetivo  Utilizar unidades usuais de comprimento, massa e capacidade na resolução de problemas.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias das Atividades 29A e 29B.

Encaminhamentos  Inicie a conversa dizendo que nas situações vivenciadas em nosso dia a dia necessitamos inúmeras vezes recorrer às diferentes unidades de medidas para compararmos objetos, comprarmos alimentos, sabermos a distância entre cidades, a altura de pessoas ou prédios. Tais necessidades têm origem nas situações práticas que vivenciamos e, portanto, são incorporadas à linguagem que utilizamos normalmente fora da escola.  Diga-lhes que realizarão atividades relacionadas a grandezas de medida: massa e comprimento.  Antes de iniciar o trabalho, pergunte aos alunos se sabem o que são essas medidas e em que situações medimos massa e comprimento. Traga exemplos e converse com eles a respeito.  Faça uma lista na lousa para que eles possam relacionar a grandeza com o que se pode medir.  Em seguida, pergunte quais são os instrumentos utilizados em cada um desses casos.  Você pode deixar fixada na classe uma listagem elaborada por eles sobre o que essas grandezas podem medir, os instrumentos que podem ser utilizados para medir (comprimento: régua, fita métrica, trena; massa: balança).  Distribua a cópia da Atividade 29A e peça para um aluno fazer a leitura da consigna. Veja se todos entenderam o que é para fazer.

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 Circule pela classe e vá tirando dúvidas.

ATIVIDADE 29A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Abaixo estão indicadas as medidas de alguns animais:

Atividade do aluno

 Quando perceber que quase todos terminaram a atividade, socialize os procedimentos e as soluções encontradas.

Zebra Peso: 200 kg Altura: 1,40 m Comprimento: 2,20 m

Camelo Peso: 700 kg Altura: 2 m Comprimento: 3 m

Rinoceronte Peso: 4 t Altura: 2 m Comprimento: 4 m

Tigre Peso: 200 kg Altura: 1 m Comprimento: 2,50 m

Hipopótamo Peso: 4 t Altura: 1,50 m Comprimento: 4, 50 m

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Atividade do aluno

Com base nos dados indicados, responda as seguintes questões: 1. Quantas toneladas pesa: a. o rinoceronte? b. o hipopótamo? 2. Quantos quilos pesa: a. a zebra? b. o tigre? c. o camelo? 3. Qual a altura dos seguintes animais: a. tigre b. hipopótamo c. camelo d. zebra 4. Qual o comprimento dos seguintes animais: a. camelo b. tigre c. hipopótamo 5. Observando os dados, qual animal tem: a. o maior comprimento? b. a maior altura? c. o maior peso? 6. Existem animais com a mesma altura? Quais?

7. Existem animais que podem atingir o mesmo peso? Quais?

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9. Se pudéssemos empilhar os animais, ou seja, colocá-los um em cima do outro, quantos tigres seriam necessários para alcançar a altura do camelo?

Atividade do aluno

8. Se puséssemos lado a lado um camelo e um rinoceronte, quantos camelos seriam necessários para obter o mesmo comprimento do rinoceronte?

O que mais fazer?

ATIVIDADE 29B NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Faça uma estimativa da medida de massa do lápis e de cada animal abaixo, ligando as figuras da primeira coluna às respectivas medidas da segunda coluna. Cachorro

Lápis

140 kg

4g

Avestruz

60 kg

Capivara

1t

Girafa

20 kg

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Atividade do aluno

Você ainda pode propor atividades em que os alunos possam estimar a altura ou a massa de pessoas, animais ou objetos como nas questões sugeridas abaixo.

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Atividade do aluno

2. Observe as medidas de comprimento ao lado de cada figura e transforme-as na unidade solicitada:

2,20 m =

cm

3m=

cm

8 cm =

m

6m=

cm

375 cm =

m

1 m = 100 centímetros

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ATIVIDADE 30: O CONTORNO DAS FIGURAS Objetivo  Calcular o perímetro de figuras planas e de figuras desenhadas em malhas quadriculadas.

Planejamento  Como organizar os alunos? Primeiro coletivamente e depois em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópia da Atividade 30A para cada dupla.

Encaminhamento  Explique a sua turma que nessa atividade eles trabalharão com medidas de contorno de figuras. Diga que saber fazer esses cálculos é um conhecimento útil em situações, por exemplo, em que se precisa comprar rodapé para uma sala, ou, ainda, calcular a quantidade de arame necessária para cercar um terreno etc.  Converse com os alunos e proponha o desafio de descobrirem como se pode, então, calcular o perímetro de uma figura (desenhe algumas na lousa e dê pistas aos alunos). Caso não consigam descobrir, explique que o perímetro nada mais é do que a soma dos lados de uma figura.  Se for um polígono, para se obter o seu perímetro basta somar a medida de todos os lados dessa figura.  Após essa discussão inicial, distribua a folha de Atividade 30A para cada dupla.  Nos itens 1, 2 e 3 a proposta é calcular o perímetro de figuras planas, e nos itens 4 e 5 é também cálculo do perímetro, porém utilizando malha quadriculada.  Enquanto realizam essa atividade, ande pela classe fazendo intervenções nas duplas que apresentarem dificuldades.  Em seguida, abra a discussão com a turma toda, socializando as respostas e pedindo que argumentem sobre os procedimentos que adotaram para encontrar a solução.  Recomenda-se que os alunos façam as três primeiras atividades, discutam as soluções encontradas, para depois então realizarem as atividades com as malhas quadriculadas.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 30A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Leia os problemas a seguir e discuta uma forma de encontrar a solução. Não se esqueça de registrar esse percurso no seu caderno. 1. O desenho abaixo mostra as dimensões de uma quadra oficial de futebol de salão. Sua medida pode variar de 25 a 42 m de comprimento e de 15 a 22 m de largura. Quais os contornos máximo e mínimo que a quadra poderá ter a partir dessas medidas?

Futsal 25 a 42 m

15 a 22 m

Espaço mínimo = 1 m

2. Uma pessoa comprou um terreno que possui as seguintes medidas, como mostra a figura abaixo. O terreno está cercado, mas o sr. Antônio vai substituir o arame farpado por tela. Quanto ele precisará comprar de tela, se pretende deixar 1 metro para colocar um portão? 40 m

30 m

20 m

25 m

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35 m

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Atividade do aluno

3. Marisa vai precisar de 78 cm de fita para enfeitar uma bandeja de docinhos. Sabendo-se que a bandeja tem um formato retangular, e um de seus lados mede 20 cm, qual a medida do outro lado da bandeja?

4. Considerando o perímetro como o contorno de uma figura, encontre o perímetro das figuras abaixo, sabendo que um quadrado da malha quadriculada será a unidade de medida.

A

B

5. Utilizando papel quadriculado, desenhe todos os retângulos cujos perímetros sejam de 48 cm e as medidas dos lados sejam números naturais.

1 cm

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ATIVIDADE 31: QUAL É A ÁREA? Objetivo  Compreender o conceito de área.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em grupos de quatro alunos.  Quais os materiais necessários? Três cartelas de diferentes dimensões para cada grupo e quadradinhos de 2 × 2 cm (conforme os modelos).

Encaminhamento  Organize uma roda de conversa perguntando aos alunos o que significa quando as pessoas usam expressões como: “A área do terreno da minha casa é maior do que a da sua”. Ou ainda: “A área da quadra de futebol de salão é de 375 m2”. Os alunos podem dizer que a área é um espaço que ocupa a casa ou a quadra.  Diga que vão aprender a calcular a área, pois se trata de um conhecimento muito usado no dia a dia, como, por exemplo, para saber quanto de piso se precisará comprar para cobrir o chão de uma cozinha, a medida de um tapete para se colocar em uma sala, a quantidade de tinta necessária para pintar uma parede com determinada medida e assim por diante. Peça que os alunos citem outros exemplos.  Explique que cada grupo irá receber 3 cartelas que representam pisos de 3 diferentes salas e vários quadradinhos que representam as lajotas para cobrir esses pisos.  Informe que cada quadradinho representa uma unidade de medida.  Em seguida, peça que cubram os pisos e vejam quantas lajotas precisarão em cada um; esses dados deverão ser anotados no caderno.  Após aproximadamente 10 minutos, proponha a socialização. Convide um dos grupos para dizer quantas lajotas precisaram para cada piso. Pergunte se algum grupo chegou a uma solução diferente. Caso isso ocorra, discuta qual foi o procedimento utilizado, fazendo com que descubram qual a razão dessas divergências.  Em cada piso, chame a atenção para a quantidade de quadradinhos que há em uma linha e em uma coluna. Assim, aos poucos os alunos deverão perceber que a medida de área de quadrados e retângulos se dá pela multiplicação dos lados. No entanto, não se recomenda que você informe antecipadamente sobre essa operação. As atividades a seguir favorecerão que os alunos façam essa descoberta.  Proponha que descubram quantas lajotas serão necessárias para cobrir um quarto com piso, sem que precisem contar de um em um. E assim, como já foi

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dito, espera-se que os alunos cheguem à conclusão de que precisarão multiplicar a quantidade de quadradinhos de uma fileira pelos da coluna.  Caso nenhum aluno chegue a essa descoberta, proponha em uma outra aula atividade semelhante.

MODELO

Uma unidade (= 1 lajota)

Cartela 1

Cartela 2

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Cartela 3

O que mais fazer? Você pode propor que os alunos calculem áreas de diferentes figuras (Atividade 31B). Não se esqueça de informar os alunos que a unidade de medida da área pode ser: centímetro quadrado (cm2), metro quadrado (m2), quilômetro quadrado (km2), dependendo da situação, isto é, da área a ser mensurada.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. As figuras destacadas na malha abaixo representam diferentes espaços de uma casa. Calcule a área de cada uma delas, considerando que cada quadradinho representa 1 metro.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 31B

ATIVIDADE 32: ÁREA OU PERÍMETRO? Objetivo  Estabelecer relação entre área e perímetro.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 32A e calculadoras.

Encaminhamento  Distribua cópia da Atividade 32A para os alunos e, em seguida, pergunte o que significa a imagem contida na folha. Pergunte se já viram figuras desse tipo, onde e para que serve.  Se nenhum dos alunos souber, informe que se trata de uma representação de uma casa ou apartamento que os engenheiros ou arquitetos fazem para mostrar como o espaço se dividirá. Informe-os que esse tipo de desenho chama-se planta baixa, e é como se estivesse olhando a casa ou o apartamento de cima e uma fotografia fosse tirada dessa posição.

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 Peça que observem cada compartimento, solicitando que localizem os dormitórios, a cozinha, a sala etc.  Escolha algumas das dependências para que os alunos realizem a leitura das medidas ajustando o significado delas.  Peça que um dos alunos leia em voz alta a tarefa a ser realizada e, em seguida, que cada dupla então faça os cálculos utilizando-se de calculadora.  Circule pela classe observando a discussão dos alunos e registrando o que considerar importante ser comentado no coletivo.  Quando perceber que a maioria já terminou, faça a socialização.

ATIVIDADE 32A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Observe a imagem abaixo. O que ela representa? Discuta com seu colega e escreva a conclusão a seguir.

1,60

Banheiro

8,50

0,80

4,90 2,40

4,20

Cozinha

3,80 Terraço 3,90

Área 70,05 m2

340

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Sem o terraço

8,00

Área 72.00 m2

0,50

2,50

Sala Living

3,00 2,50

3,10

Dormitório 1 suíte

2,00

Dormitório 3

0,90 Serviços

2,80

4,00

1,40

Dormitório 2

2,80

9,00

2,00 Banheiro suíte

1,70

3,10

2,80

0,70

Atividade do aluno

 Os alunos apresentarão o resultado da medida da área dos dormitórios; então, informe que para medidas de área, neste caso, se usa o termo metro quadrado (m2). No caso da medida do perímetro, a unidade é o metro (m).

Com o terraço

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Calcule a medida: Carpete

Rodapé

DORMITÓRIO 1 DORMITÓRIO 2 3. Agora, responda:

Atividade do aluno

2. Imagine que vocês precisam colocar carpete e rodapé nos dormitórios 1 e 2.

a. A medida do carpete foi igual à do rodapé? b. Que operações vocês fizeram para saber a medida do: – rodapé? – carpete? c. O que vocês podem concluir a respeito: – de perímetro?

– de área?

O que mais fazer? Para que os alunos possam compreender cada vez mais a relação entre perímetro e área, sugere-se que você proponha a atividade em malhas quadriculadas como a sugerida na página seguinte.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 32B NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ As figuras abaixo representam diferentes espaços construídos. Calcule área e perímetro de cada figura e registre esses resultados na tabela.

1.

2.

3.

4.

1

Figura

5.

m2

Perímetro

Área

1 2 3 4 5

342

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ATIVIDADE 33: QUE HORAS SÃO? Objetivo  Utilizar unidades usuais de tempo em situações do dia a dia, observando a equivalência entre essas diferentes unidades.

Planejamento  Como organizar os alunos? Coletivamente.  Quais os materiais necessários? Relógio com ponteiro e cópias da Atividade 33A.

Encaminhamento  Inicie a atividade pedindo aos alunos que falem sobre os instrumentos utilizados para marcar o tempo. Espera-se que se refiram ao uso de calendários, os diferentes tipos de relógio, cronômetro etc.  Comente a relação existente entre a medida do tempo e os fenômenos da natureza, como os movimentos da Terra; as diferenças de horários entre os diferentes países; e que para organizar o tempo o homem inventou instrumentos para medir essa grandeza, como o relógio e o calendário.  Comente que alguns anos atrás não existiam relógios digitais e que a maneira mais comum de as pessoas saberem as horas do dia era utilizando os relógios de ponteiros, usados ainda hoje.  Se possível, leve um relógio de ponteiros e verifique se os alunos sabem fazer a leitura nesse tipo de aparelho: pergunte que horas o relógio está mostrando no momento, ou como os ponteiros estariam se estivesse na hora da saída etc.  Certamente alguns alunos terão muitos conhecimentos e outros ainda não saberão fazer a leitura de horas nesse tipo de relógio; portanto é importante que você discuta as perguntas da Atividade 33A com o grupo, para que haja troca de informações entre eles.  Encaminhe a discussão no sentido que possam fazer as descobertas sobre a função de cada ponteiro e sobre como são marcadas as passagens de segundos para minuto e de minutos para hora.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 33A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Você sabe ler as horas em um relógio de ponteiros? Observe um relógio desse tipo e discuta com sua professora e seus colegas:

a. Quantos ponteiros tem o relógio? b. Para que serve cada um desses ponteiros?

c. Registre abaixo o que discutiram e descobriram sobre os ponteiros do relógio.

ATIVIDADE 34: CONTANDO O TEMPO Objetivo  Estabelecer relação entre a medida de tempo e as atividades diárias.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas e depois coletivamente.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 34A.

Encaminhamento  Entregue cópia da atividade aos alunos e solicite que leiam em duplas a tarefa a ser realizada.

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 Passe nos grupos para observar as discussões, registrando as que julgar importante socializar.  Após cerca de 10 minutos, abra a discussão com a classe toda convidando inicialmente um grupo para ler as conclusões a que chegaram.  Pergunte aos demais se há opiniões divergentes. Caso isso ocorra, abra espaço para que debatam as diferentes opiniões. Vá anotando as conclusões na lousa, sem fazer intervenção nesse momento.

ATIVIDADE 34A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ O relógio de um escritório marcava o seguinte horário:

Atividade do aluno

 Em seguida, entregue a Atividade 34B e faça uma leitura compartilhada do texto, dando pausas para comentários que surgirem. Confronte as conclusões com as informações contidas no texto e verifique com a classe quais devem ser modificadas ou as que ampliam.

Quando Roseli perguntou as horas, três pessoas responderam da seguinte forma:

Que horas são? Quinze para as três.

Catorze horas e quarenta e cinco minutos.

Duas e quarenta e cinco

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Atividade do aluno

1. Quem informou corretamente as horas? Discuta com seus colegas e escreva aqui a conclusão a que chegaram.

ATIVIDADE 34B NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

Por que diferentes pessoas leem horários de diferentes maneiras? Os números que aparecem em um relógio de ponteiros, além de indicar as horas, indicam também os minutos. Dessa maneira, se o ponteiro dos minutos estiver indicando 1, significa que se passaram 5 minutos, e se estiver indicando o 2, 10 minutos, e, assim, contando de 5 em 5 saberemos quantos minutos se passaram da hora indicada pelo ponteiro das horas. Então, para:

lemos: duas e quarenta e cinco. Como você percebeu, o intervalo entre um número e outro no relógio representa 5 minutos; então, para esse mesmo horário há pessoas que podem dizer que faltam 15 minutos para as 3 horas ou, simplesmente, 15 para as 3. 1. Discuta com seus colegas e descubra o porquê e registre abaixo as conclusões.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Observe os relógios abaixo e escreva as duas formas de ler estas horas. a.

b.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 34C

c.

a.

b.

c.

2. A rotina de Edu Como Edu é um menino que costuma perder a hora, sua mãe resolveu fazer uma tabela para que ele se organize durante o dia. Será que essa rotina ajudará Edu a ficar mais esperto? Tarefa

Início

Término

Acordar/tomar café

7h30min

8h45min

Fazer lição/arrumar mochila

8h45min

10h00

10h00

11h15min

Almoçar/escovar dentes

11h15min

12h10min

Sair para escola

12h15min

Chegada na escola/início da aula

13h10min

Saída da escola

18h15min

Chegada em casa

19h20min

Brincar

19h20min

19h50min

Tomar banho

19h50min

20h10

20h10

20h45min

Brincar/arrumar-se para escola

Jantar

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Atividade do aluno

Observe a tabela de horário de Edu e responda quanto tempo ele: a. tem entre fazer a lição de casa e arrumar a mochila? b. gasta para chegar à escola? c. gasta para tomar banho? 3. Você também pode organizar seus horários. Veja quanta coisa se pode fazer em um dia!

ATIVIDADE 35: ANTES OU DEPOIS DO MEIO-DIA? Objetivo  Realizar a leitura de horas em diferentes momentos do dia.

Planejamento  Como organizar os alunos? Leitura do texto coletivamente e depois em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 35A.

Encaminhamento  Distribua uma cópia para cada aluno; depois, faça a leitura compartilhada do texto. Se preferir, escolha um aluno para fazer a leitura em voz alta.  Vá fazendo comentários que julgar necessários, garantindo também que todos tenham entendido o texto.  Peça então que realizem a tarefa em duplas.  Circule pela classe verificando se ainda restaram dúvidas e observe como estão realizando a tarefa.

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Você sabe que o dia tem 24 horas e que esse é o tempo que a Terra demora para dar uma volta em torno de si mesma? Assim, para informar as horas com precisão são marcadas as diferenças dos horários antes e depois do meio-dia. Dessa forma, ao se passar das 12 horas, ou do meio-dia, continua-se contando as horas na sequência: treze horas (ou 1 hora da tarde), catorze horas (ou 2 horas da tarde), e assim até as 24 horas – ou meia-noite.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 35A

1. Com base nessas informações, verifique as horas nos relógios abaixo e escreva como você informaria uma pessoa se fosse antes do meio-dia e depois do meio-dia. Que horas são?

Antes do meio-dia

Depois do meio-dia

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O que mais discutir com os alunos? Recomenda-se, também, que você proponha questões sobre as diferenças de horários existentes no território brasileiro em virtude do horário de verão que vigora geralmente entre outubro e fevereiro. Faça uma leitura compartilhada do texto que segue, dando pausas para as questões que forem surgindo.

HOR ÁRIO DE VER ÃO O horário de verão contribui para reduzir o consumo de energia, e no Brasil foi adotado pela primeira vez em 1931, com duração de cinco meses. Até 1967, a mudança no horário foi decretada nove vezes. Desde 1985, no entanto, a medida vem sendo adotada sem interrupções, com diferenças apenas nos estados atingidos e no período de duração. No período em que o horário de verão é adotado, os dias têm duração maior por causa da posição da Terra em relação ao Sol. Com o maior aproveitamento da luminosidade natural, o governo reduz o consumo de energia elétrica. No entanto, essa medida só funciona nas regiões distantes da linha do equador, porque nessa estação os dias se tornam mais longos e as noites mais curtas. Porém, nas regiões próximas ao equador, como a maior parte do Brasil, os dias e as noites têm duração igual ao longo do ano e a implantação do horário de verão nesses locais traz muito pouco ou nenhum proveito. Por isso a medida vigora apenas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Fonte: Wikipédia e Folha On-Line

TR ATAMENTO DA INFORMAÇÃO Na sociedade atual, há uma grande oferta de informações das mais diferentes áreas (economia, esporte, educação etc.) em diferentes meios de comunicação – jornais, revistas e meios televisivos. Muitas vezes, tais informações são acompanhadas de tabelas e gráficos de vários tipos. Compreender e saber interpretar esses dados contribui para que os alunos possam tirar suas próprias conclusões e tomar melhores decisões, um dos fatores que colaboram para a formação de cidadãos conscientes e participantes da sociedade em que vivem. Portanto, é fundamental que a escola ajude os alunos a construir os conhecimentos necessários para poderem entender o significado de tais dados, ou seja, para interpretar as informações contidas nesses instrumentos e ainda utilizá-los adequadamente para comunicar os dados coletados. As atividades propostas neste material têm como objetivo que os alunos possam reconhecer a diferença entre tabelas e gráficos, ler e interpretar dados inseridos nesses instrumentos e ainda utilizá-los para divulgar dados coletados, estabelecendo algumas conclusões.

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 LEITURA DE TABELAS – Essa atividade propõe que os alunos façam a leitura de tabelas e localizem informações.  LEITURA DE GRÁFICOS – O objetivo é que os alunos percebam que muitas das informações que aparecem em jornais, revistas ou livros vêm acompanhadas de gráficos e pequenos textos que ajudam a interpretar e compreender a notícia.  TRAÇANDO GRÁFICOS DE LINHA – A proposta é que os alunos possam perceber que há outros tipos de gráficos além dos de barra e coluna, e que é importante também poder interpretar as informações que neles aparecem, percebendo que esse tipo de gráfico prevê um acompanhamento ao longo de um período.  GRÁFICOS DE SETORES – O objetivo é que os alunos possam fazer a leitura e a interpretação dos gráficos de setores, verificando em quais situações seu uso é adequado.  COLETANDO INFORMAÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS E TABELAS – A partir de dados fornecidos, os alunos poderão organizar gráficos de barra ou de coluna.

ATIVIDADE 36: LEITURA DE TABELAS Objetivo  Ler tabelas de dupla simples ou de dupla entrada.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópia da Atividade 36A para cada dupla.

Encaminhamento  Converse com seus alunos e diga que a atividade que irão realizar envolve leitura de informações contidas em tabelas. Como eles já devem saber, as tabelas estão presentes em muitas situações do cotidiano e facilitam a comunicação, pois organizam as informações de forma clara, objetiva e sintética.  Comece mostrando tabelas simples, retiradas de jornais ou revistas, ou mesmo algumas já elaboradas no caderno. Juntamente com os alunos, retire algumas informações importantes e tente efetuar algumas operações (somar, subtrair) com os dados observados nas tabelas.  Em seguida, distribua a cópia da Atividade 36A para cada dupla e explique que a proposta dessa atividade é fazer com que os alunos leiam as informações contidas na tabela e busquem aquelas necessárias para resolver as questões propostas.

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 No momento da socialização, é importante você destacar qual a estratégia que os alunos utilizaram para encontrar as informações na tabela. Peça a algum aluno que descreva como fez para localizar a informação. Provavelmente ele dirá que, para saber quantos alunos preferem sorvete de casquinha com cobertura de chocolate, olhou na 1a linha e na 2a coluna.  Enquanto os alunos realizam a atividade, percorra os grupos observando e fazendo intervenções no sentido de verificar se eles estão identificando a informação correta e se a informação selecionada ajuda a responder a questão formulada.

Atividade do aluno

 Socializando as respostas apresentadas, discuta aquelas que não forem coincidentes e peça que os alunos expliquem, justificando-as. Se for preciso, vá fazendo os ajustes necessários.

ATIVIDADE 36A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Leia os problemas propostos, discuta com seu colega uma forma de resolver a situação proposta e registre no caderno as soluções encontradas. 1. A professora Márcia perguntou a 50 alunos de uma escola qual tipo de sorvete e de cobertura eles mais preferiam. Veja o resultado: Tipo de cobertura no sorvete Sabor de sorvete caramelo

chocolate

morango

12

15

flocos

14

09

Total – cobertura

Total – sabor a. Complete a tabela com os totais. b. Consultando a tabela, responda: – De todos os alunos entrevistados, qual o sabor de sorvete preferido?

– De todos os alunos entrevistados, qual o tipo de cobertura de maior preferência?

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– Esse número é maior do que os alunos que gostam de sorvete de flocos com cobertura de caramelo?

Atividade do aluno

– Quantos são os alunos que gostam de sorvete de morango com cobertura de chocolate?

– Qual é a diferença?

2. Maria e Paula fizeram algumas medidas e anotaram na tabela abaixo: Amigas Medidas Maria

Paula

123

125

Peso (quilograma)

47

51

Número do calçado (cm)

29

31

Altura (cm)

Consultando a tabela, responda algumas questões: a. Qual das duas meninas é a mais alta? Quanto ela é mais alta?

b. Qual delas tem menor peso? Qual a diferença de peso entre as duas amigas?

c. Quem usa calçado com numeração maior?

O que mais os alunos podem fazer? Ao longo do ano você pode retomar esta atividade de leitura de tabela, conforme o seguinte exemplo:  Peça aos alunos que escolham uma tabela em um jornal ou revista; em seguida eles deverão recortar e colar essa tabela no caderno, destacando as informações que considerarem mais importantes.  Abra uma discussão para que os alunos apresentem as tabelas escolhidas e os destaques feitos para a turma; isto contribui para o avanço na identificação das informações mais relevantes e, aos poucos, irá ajudar os alunos a estabelecer relações entre os dados.

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 Além do mais, a partir da escolha das tabelas os alunos poderão criar

novos problemas que servirão como banco de questões, posicionando-se assim no papel de formuladores de problemas no momento em que fazem a seleção dos dados, elaboram questões e verificam se estas são coerentes com os dados.

ATIVIDADE 37: LEITURA DE GRÁFICOS Objetivo  Ler gráficos de coluna ou barra.

Planejamento  Como organizar os alunos? Em grupo primeiramente e depois em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 37A, 37B, jornais e revistas.

Encaminhamento  Retome com os alunos que as informações podem ser apresentadas em tabelas e também em gráficos. Pergunte se eles sabem por que as informações são apresentadas ora em tabelas, ora em gráficos.  Provavelmente, muitos poderão dizer que a apresentação das informações em gráficos fica mais bonita, mas outros dirão que facilita a leitura, uma vez que o leitor “bate” o olho e consegue extrair as informações com rapidez. Se isso acontecer, comente que esse sim é um objetivo válido para lidar com os gráfi cos, e não a beleza dos mesmos.  Distribua alguns jornais e peça aos alunos que procurem gráficos. Depois diga-lhes que escolham um deles e anotem: Qual o título do gráfico? O maior e o menor número dele se referem a qual informação? Que conclusões se podem tirar ao observá-lo?  Em seguida, peça que alguns grupos apresentem os gráficos escolhidos e falem sobre as observações registradas sobre ele.  A seguir, distribua as Atividades 37A e 37B para cada dupla.  Antes de começar, peça aos alunos que observem atentamente as informações contidas no gráfico, como eles fizeram quando escolheram um gráfico no jornal, ou seja, o título, os números indicados nas linhas horizontais e verticais (eixos: abscissa e ordenada) e os dados do gráfico propriamente dito.  Depois da leitura dos dados, eles deverão responder as questões formuladas.  Enquanto os alunos realizam as atividades, percorra os grupos observando e fazendo intervenções que ajudem as duplas a identificar as informações que respondam as questões, mas não dê as respostas.

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ATIVIDADE 37A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

OS HÁBITOS ALIMENTARES MUDARAM

Atividade do aluno

 Em seguida, abra a discussão com a turma, socializando as respostas e as conclusões encontradas pelos grupos.

Alimentos tradicionais perderam espaço na mesa dos brasileiros no último quarto do século 20: o consumo de arroz, feijão e batata caiu pela metade, em média. Ao mesmo tempo, ganharam presença as refeições preparadas, o iogurte e a água mineral.

Evolução da quantidade anual per capita de alimentos adquiridos para o consumo no domicílio, em kg (1974-2003) 30 1974-75 2002-03

20

10

0 Arroz

Feijão

Água mineral

Alimentos preparados

Iogurte

Não foi apenas por uma questão de preço que brasileiros e brasileiras mudaram seus hábitos alimentares entre 1974 e 2003 e passaram a consumir cada vez menos arroz e feijão e cada vez mais alimentos preparados, embora esse tenha sido um fator de peso. Também influíram a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho nesse período, que levou à diminuição das horas disponíveis, em casa, para cozinhar; a falta de tempo de grande parte dos trabalhadores, que os impedia de almoçar em casa; e a difusão da chamada cultura do fast-food. Os especialistas consideravam que os alimentos preparados mais consumidos eram menos nutritivos do que a dieta tradicional, além de, por conterem mais gorduras e mais carboidratos, serem fatores que contribuíam para o excesso de peso e obesidade.

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Atividade do aluno

Evolução da quantidade anual per capita de alimentos adquiridos para o consumo no domicílio, em kg [1974-2003] Produto

1974-75

1987-88

1995-96

2002-03

Arroz polido

31,57

29,72

26,48

17,11

Feijão

14,69

12,13

10,18

9,22

Batata-inglesa

13,41

13,11

9,21

5,46

Açúcar refinado

15,79

15,91

13,20

8,26

Pão francês

22,95

20,16

18,39

17,81

Água mineral

0,32

0,95

0,59

18,54

Alimentos preparados

1,70

1,37

2,71

5,39

Abóbora comum

1,62

1,18

1,20

4,17

Iogurte

0,36

1,14

0,73

2,01

Fonte: Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), IBGE.

Consultando a tabela, responda: 1. Quais os alimentos que tiveram o seu consumo reduzido no período de 1974 a 2003?

2. De quanto aproximadamente foi a redução de consumo de cada alimento?

3. Quais os alimentos que tiveram aumento no seu consumo?

4. De quanto aproximadamente foi o aumento de consumo desses alimentos?

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ Os alunos de uma turma da 4a série precisam colorir um gráfico de barras, conforme perguntas elaboradas pelo professor. Vamos ajudá-los, pois precisam apresentá-lo em um seminário.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 37B

1. Pinte de vermelho a barra que representar a maior quantidade de telespectadores. Qual programa representa essa barra?

2. A cor amarela deverá representar a barra que indica a quantidade de cinco telespectadores. 3. Você saberia dizer quantos telespectadores assistem a “Filmes”? Essa barra deverá ser pintada de azul.

4. O tipo de programa “Novelas” deverá ser pintado de verde. Você saberia dizer quantos telespectadores assistem a esse tipo de programa?

Programas de televisão Desenhos Novelas Filmes Seriado 0

5

10 15 20 Quantidade de telespectadores

25

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O que mais os alunos podem fazer? Ao longo da semana de realização dessas atividades:  Construa com seus alunos gráficos de colunas ou de barras e, a partir de dados coletados na própria sala de aula – como, por exemplo, datas de aniversário, estaturas dos alunos, idades etc. –, elabore questões em que possam ser retiradas as respostas dos gráficos construídos.  Peça que: J Analisem os dados das tabelas das atividades anteriores, já em forma de gráficos (construídos pelos alunos e professor), e comparem com os resultados que eles já possuem (analisados somente pela tabela). J Depois façam o inverso: a partir do gráfico de barras ou colunas deste módulo, elaborem tabelas que representem os mesmos dados. Os gráficos que estão presentes no cotidiano:  Peça para que os alunos fiquem atentos às informações que aparecem nos gráficos em telejornais, revistas etc. Procure orientá-los para o tipo de informação que está sendo abordada e como realizar a análise, por exemplo, dos dados sobre vacinação em crianças apresentados por meio de gráficos.  Aproveite para também discutir os diferentes significados dos números e suas funções na informação, como já dito anteriormente.

O que é importante discutir com os alunos: Os gráficos são tão importantes quanto as tabelas. A vantagem de se analisar os dados por meio dos gráficos é que estes permitem uma busca de respostas visuais mais rápida.

ATIVIDADE 38: TRAÇANDO GRÁFICOS DE LINHA Objetivo  Ler informações apresentadas de maneira organizada por meio de gráficos de linha.

Planejamento  Como organizar os alunos? Inicialmente de forma individual e depois em duplas.  Quais os materiais necessários? Folhas das Atividades 38A e 38B para cada aluno.

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Encaminhamento  Comece perguntando aos seus alunos se eles já viram ou conhecem gráficos de linhas.  Leve para a sala revistas ou jornais que possuem esse tipo de gráfico e mostre suas particularidades, como, por exemplo, que os pontos de cada valor que representa um dado estão ligados por uma linha.  Informe a eles que os gráficos de linha diferem dos outros gráficos (barras ou colunas) por se tratar de situações que implicam grandezas contínuas, como, por exemplo, velocidade, temperaturas, tempo, entre outras.  Reforce com sua turma que esses tipos de grandezas permitem, por meio de uma linha, a ligação entre os pontos marcados no gráfico, aquele que representa cada valor em estudo.  Volte a chamar atenção das partes que compõem o gráfico, como, por exemplo, título, escalas, quais e que tipos de dados foram colocados nos gráficos.  Em seguida, distribua as Atividades 38A e 38B para cada aluno. J Antes de começar, peça que observem atentamente as informações contidas nesses tipos de gráficos para que percebam a continuidade nas grandezas; por exemplo, é possível encontrar temperaturas entre 22,5 ºC e 22,53 ºC ou velocidades entre 10 km/h e 10,5 km/h, ou seja, medidas não inteiras. J A proposta destas atividades é fazer com que os alunos procedam à leitura das informações contidas nos gráficos e, em seguida, respondam às questões dadas. J Reitere a necessidade de prestar atenção às partes que compõem os gráficos, como, por exemplo, título, escalas, quais e que tipos de dados foram colocados nos gráficos.  Enquanto os alunos realizam a atividade, percorra os grupos observando e fazendo intervenções no sentido de verificar se as leituras feitas pelos alunos estão de acordo com o que se pediu nas questões.  Em seguida, abra a discussão com os alunos, socializando as respostas apresentadas por eles.

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 38A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ O gráfico abaixo apresenta a variação da temperatura de três regiões do Brasil no período de março a setembro:

Temperaturas em três regiões do Brasil 30

25

20

SUL 15

NORDESTE SUDESTE

10

5

0

MAR

ABR

MAIO

JUN

JUL

AGO

SET

Meses do ano de 2007

Analise o gráfico e responda às questões abaixo. 1. Qual região apresentou a menor temperatura? Em que mês isso ocorreu?

2. Quais as regiões que apresentaram a mesma temperatura? Em que mês isso aconteceu?

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. Marcos e Samuel disputaram um jogo de corrida de carros no videogame. Marcos ficou com o carro A e Samuel com o carro B. No final do jogo aparece uma tela mostrando o desempenho dos jogadores por meio de um gráfico de linhas. Agora, responda às questões:

Atividade do aluno

ATIVIDADE 38B

Corrida de carros A e B 30

Velocidade em Km

25 20 Carro A

15

Carro B 10 5 0 1h

2h

3h

4h

Tempo em Horas

a. Qual o jogador que teve o melhor desempenho no jogo? b. Perceba que o carro A deixou de aumentar sua velocidade, tornando-a constante. Você saberia dizer em qual período de tempo isso ocorreu?

c. Você poderia dizer quais as velocidades, do carro A e do carro B, nessa ordem, quando o tempo é de 4 horas?

O que mais os alunos podem fazer?  Ao longo da semana de realização dessas atividades, leve um termôme-

tro no início da semana e, com os alunos, meça todos os dias a temperatura ambiente da sala e marque em uma tabela. No final da semana, peça aos alunos que construam o gráfico de linhas e façam algumas questões referentes ao comportamento da temperatura naquela semana.

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 Peça a eles que tragam revistas ou jornais que contenham gráficos de li-

nhas e mostre o tipo de grandeza que está sendo abordada (grandezas contínuas).  O gráfico de linhas é de uso pouco frequente. Assim, cabe a você, professor, promover a construção de alguns gráficos de linhas a partir dos dados coletados em sala de aula. Mas lembre-se: gráficos de linhas são gráficos que representam grandezas contínuas.  Aproveite para discutir os diferentes significados dos números e suas funções nas informações apresentadas nesse tipo de gráfico, como já dito anteriormente.

O que é importante discutir com os alunos: As interpretações diferenciadas pelos alunos serão inevitáveis, porém é importante que você fique atento para que o eixo temático principal esteja atrelado ao tema que é apresentado no gráfico.

ATIVIDADE 39: GRÁFICOS DE SETORES (PIZZA) Objetivo  Ler informações apresentadas de maneira organizada por meio de gráficos de setores.

Planejamento  Como organizar os alunos? Inicialmente de forma individual e depois em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias da Atividade 39A para cada dupla.

Encaminhamento  Pergunte aos seus alunos se eles já viram gráficos conhecidos como “pizza”.  Comente com eles que esse tipo de gráfico é chamado de gráfico de setores.  Apresente o gráfico da Atividade 39A para os alunos fazendo uma leitura compartilhada do enunciado e pergunte que informações estão contidas nesse gráfico.  A proposta destas atividades é fazer com que os alunos procedam à leitura das informações contidas no gráfico de setor e, em seguida, respondam às questões dadas.  Chame a atenção das partes que compõem os gráficos, como, por exemplo, título, escalas, quais e que tipos de dados foram colocado neles.

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 Enquanto eles realizam a atividade, percorra os grupos observando e fazendo intervenções no sentido de verificar se as leituras feitas pelos alunos estão de acordo com o que se pediu nas questões.  Em seguida, abra a discussão com os alunos, socializando as diferentes respostas apresentadas.

ATIVIDADE 39A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. A professora Ana resolveu realizar uma eleição para representante de sala. Ela construiu um gráfico de setores (pizza) para mostrar o resultado. Veja:

Atividade do aluno

 Há também a Atividade 39B, que não precisará ser realizada no mesmo dia.

Eleição para representante de sala João 16% Mariana 42%

Pedro 32% Paulo 10%

a. Você saberia dizer quem será o(a) representante da turma?

b. Quem ficou em segundo lugar? Qual porcentagem ele(a) conseguiu na votação?

c. A soma das porcentagens de Paulo e de João ultrapassaria a porcentagem de Mariana? Por quê?

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Atividade do aluno

ATIVIDADE 39B NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ O sr. Manoel, dono da mercearia do bairro, vendeu um total de 90 quilos de alimentos. Ele construiu uma tabela com valores percentuais das quantidades vendidas por tipos de alimentos. Vejam:

Tipo de alimento

Quantidade vendida no mês em %

ARROZ

22,3

FEIJÃO

33,4

FRUTAS

16,6

LEGUMES

27,7

Total

100

1. Você poderia ajudar o sr. Manoel a colocar no gráfico de setores (pizza) os valores que estão na tabela em forma de porcentagens?

Quantidade vendida de alimento no mês (em %) Arroz Legumes

%

%

Feijão Frutas %

%

O que mais os alunos podem fazer?  Ao longo da semana de realização desta atividade, organize a construção

de gráficos de setores das atividades preferidas da sua turma. Por meio de tabelas elaboradas pelos alunos e seus respectivos gráficos, compare os resultados com as atividades que já foram apresentadas.  Peça a eles que tragam revistas ou jornais que contenham gráficos de setores em que apareçam as porcentagens e façam a conversão para números, trabalhando assim as estimativas.

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Guia de Planejamento e Orientações Didáticas para o Professor da 4a série – Ciclo I

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 Você poderá solicitar ajuda ao professor orientador da informática edu-

cativa para mostrar aos alunos como é possível construir os gráficos na planilha Excel.

O que é importante discutir com os alunos: Os gráficos de setores são comumente usados para apresentar resultados de pesquisa. Não servem para mostrar comparações entre duas variáveis, por exemplo, mostrar a relação entre peso e altura de um grupo de pessoas. Neste tipo de situação são comumente usados gráficos de coluna ou barra.

ATIVIDADE 40: COLETANDO INFORMAÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS E TABELAS Objetivo  Construir tabelas e gráficos a partir de dados coletados ou obtidos em textos jornalísticos.

Planejamento  Como organizar os alunos? Inicialmente de forma individual e depois em duplas.  Quais os materiais necessários? Cópias das Atividades 40A e 40B.

Encaminhamento  Converse com os alunos sobre a possibilidade de representar os vários tipos de informação, como textos jornalísticos, revistas, ou mesmo dados coletados pelos próprios alunos, em tabelas ou gráficos.  Explique que essa prática tem o propósito de resumir as informações e apresentá-las de uma forma compactada e de fácil análise.  Leve um texto que contenha informações numéricas e peça que analisem esses números indicando o significado ou a função deles, por exemplo, código, quantidade etc.  Mostre para os alunos como transformar os valores de uma tabela em porcentagens.  Distribua as Atividades 40A e 40B para que os alunos realizem as tarefas.  A tarefa da Atividade 40A tem como objetivo fazer com que o aluno perceba, por meio da tabela, o número de vezes que determinado dado se repete na pesquisa. Por exemplo, que o número 27 repete-se 3 vezes.

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 A tarefa da Atividade 40B tem como objetivo fazer com que o aluno tenha a habilidade da construção de gráficos a partir dos dados apresentados. Para tal, faz-se necessário que o aluno tenha conhecimentos sobre eixos de coordenadas cartesianas. Esses eixos são os dois eixos perpendiculares entre si, que se cruzam em um ponto denominado origem. Podem estar graduados tanto na horizontal como na vertical.  Enquanto os alunos realizam a atividade, percorra os grupos observando e fazendo intervenções no sentido de verificar se as leituras feitas pelos alunos estão de acordo com o que se pediu nas questões.

Atividade do aluno

 Em seguida, abra a discussão com os alunos, socializando as diferentes respostas apresentadas.

ATIVIDADE 40A NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ 1. A professora Solange apresentou uma pesquisa que ela fez sobre o número de calçado dos seus 25 alunos. Os números encontrados foram:

21

27

29

33

35

21

27

29

33

35

25

27

29

33

35

25

29

31

33

35

25

29

31

33

37

Você poderia ajudar a professora Solange a terminar de preencher a tabela que ela criou, distribuindo melhor os dados coletados? Número do calçado

Número de alunos

21 25 27 29 31 33 35 37

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NOME: __________________________________________________________________________ DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________ O texto abaixo se refere aos dados de uma pesquisa que o instituto Kerosaber realizou de março a julho sobre o número de alunos que acessam a internet na região de Pirapora do Norte.

Atividade do aluno

ATIVIDADE 40B

“[...] a Internet está cada vez mais próxima das nossas crianças. O aumento da renda salarial dos trabalhadores de todas as regiões do Brasil propiciou condições à população de adquirirem seus primeiros computadores, permitindo o acesso ao meio de comunicação mais popular do mundo – a Internet. Em março, a população de internautas de Pirapora do Norte foi de 1.050 pessoas, em abril o número subiu para 1.345 internautas, em maio 1.480 pessoas tiveram acesso à Internet, 1.740 pessoas acessaram em junho e em julho 2.579 pessoas. Órgãos do governo projetam mais investimentos neste setor nos próximos anos [...].” Baseado no texto acima, construa um gráfico de colunas que represente o aumento no acesso à internet na cidade de Pirapora do Norte.

O que mais os alunos podem fazer?  Ao longo da semana de realização destas atividades, leve jornais, folhe-

tos de preços de peças de carros, textos com dados de pesquisas tirados de revistas para os alunos representarem tais informações em uma tabela ou gráfico.  Peça a eles que façam tabelas com as informações retiradas dos gráficos e vice-versa.  Cabe a você, professor, promover debates sobre as informações contidas em textos jornalísticos e, a partir dessas informações, solicitar aos alunos que construam tabelas e gráficos.  Não deixe de discutir com seus alunos os diferentes significados dos números e suas funções nas informações apresentadas no texto jornalístico, como já dito anteriormente.

O que é importante discutir com os alunos: As informações em forma de texto exigem uma boa leitura e consequente interpretação por parte dos alunos. Por isso, professor, é necessário que a socialização das interpretações das informações feitas pelos alunos provoque comparação entre as mesmas.

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Referências bibliográficas Algumas indicações para fonte de pesquisa: Sites para se obter informações sobre meio ambiente: http://www.portaldomeioambiente.org.br http://www.sosmataatlantica.org.br http://envolverde.ig.com.br http://www.ibama.gov.br http://planetasustentavel.abril.uol.com.br http://www.cartadaterra.org http://www.clickarvore.com.br http://www.educarede.org.br http://cienciahoje.uol.com.br http://www1.uol.com.br/ecokids http://sitededicas.uol.com.br/folk http://ifolclore.vilabol.uol.com.br/lendas http://www.terrabrasillis.com/lendas

Indicação Bibliográfica: BARBOSA, J. P. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva enunciativa para o ensino de língua portuguesa. São Paulo, 2001. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Pontifícia Universidade Católica. BRÄKLING, Kátia Lomba. O contexto de produção dos textos. In Oficina Cultural 4. Lendo e Produzindo Textos Acadêmicos. Momento 1. PEC – Formação Continuada. São Paulo: SME/PUC/USP/UNESP/Fundação Vanzolini, 2001-2002. . A noção de gênero. In Oficina Cultural 4. Lendo e Produzindo Textos Acadêmicos. Momento 1. PEC – Formação Continuada. São Paulo: SME/PUC/USP/UNESP/Fundação Vanzolini, 2001-2002. . Escrita e produção de texto. Texto escrito para professores de Ensino Fundamental e Médio. Disponível em: <http://www.educarede.org. br/educa/html/index_oassuntoe.cfm>. . Ensinar gramática, a que será que se destina? In “Informes do projeto Araribá”. São Paulo: Editora Moderna, 2005.

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. Sobre leitura e formação de leitores: qual é a chave que se espera? Portal Educarede. Sessão “O assunto é”. Disponível em: <www.educarede.org.br>. 2005. . O processo de produção de textos. Portal Educarede. Sessão “O assunto é”. Disponível em: <www.educarede.org.br>. 2005. BRANDÃO, H. N.; JESUS, L. M. de. Mito e tradição indígena. In: BRANDÃO, Helena Nagamine (Coord.). Gêneros do discurso na escola. São Paulo: Cortez, 2001. v. 5. CASCUDO, L. C. Lendas brasileiras. São Paulo: Ediouro, 2000. . Lendas brasileiras. São Paulo: Global, 2001. . Antologia do folclore brasileiro. São Paulo: Global, 2001. CD-ROM Mata Atlântica – 500 anos. Estação da Arte, Instituto de Pesquisas. Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Petrobras. COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo matemática: conteúdos essenciais para o Ensino Fundamental de 1a a 4a série. São Paulo: Ática, 2000. DOLZS, J. SCHNEUWLY, B. Genres et progression en expression orale et écrite: eléments de réflexion à propos d’une expérience romande. Enjeux, 39. Tradução para o português em mimeo de Roxane H. R. Rojo. São Paulo, 1996. Pour um enseignement de l’ oral: initiation aux genres formels à l’école. Paris: ESF Éditeur, 1998. ECOKIDS. Ecossistema global. Disponível em: <http://www1.uol.com.br/ecokids/ ecossist.htm>. Instituto Unibanco/Fundação Victor Civita. Meio ambiente conhecer para preservar – Volume 1. Encarte da revista Escola, n. 161, São Paulo: Abril, p. 1A, abr. 2003. KALEFF, Ana Maria M. R. Vendo e entendendo poliedros. Niterói: Eduff, 1998. LAGE, Nilson. A estrutura da notícia. São Paulo: Ática, 1993. Lendas, contos e fábulas. Petrópolis: Editora Petrópolis. LISBOA, Henriqueta. Literatura oral para infância e juventude. LIVRO de estilo do jornal português público. Disponível em: <http://static.publico. clix.pt/nos/livro_estilo/11-factos-o.html>. MACHADO, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. MAIA, B. Lendas modernas. Livrevista. ano 3, n. 17, ago. 2006. Disponível em: <http://www.faac.unesp.br/extensao/livrevista/index.html>. MANUAL de Redação do jornal Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1. folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_redacao.htm>.

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Adaptação do material original Marisa Garcia Andréa Beatriz Frigo Coordenação gráfica Departamento Editorial da FDE Brigitte Aubert Revisão e adequação ao acordo ortográfico da Língua Portuguesa Ana Maria Barbosa Carmen Simões da Costa Editoração Mare Magnum Artes Gráficas Ltda CTP, Impressão e Acabamento Esdeva Indústria Gráfica S/A Tiragem 17.000 exemplares

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Guia de Planejamento e Orientações Didáticas – Professor – 4ª série

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