Setembro 2011 Ano 10 No 92
BRS, BRT, integrações: será que o futuro do transporte está no sistema de ônibus?
SOLUÇÕES E PERSPEC TIVAS
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Ana Flores
Que venham as ressacas
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Sil Montechiari
A primeira sensação é a que fica
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Haron Gamal
o esquizoide – coração na boca
índice
editorial
Por um sistema de ônibus eficiente O objetivo da matéria de capa deste mês é fazer com que nossos leitores reflitam e apóiem as mudanças na política de transportes do Rio, para priorizar o equilíbrio entre o transporte público e o automóvel particular. Um eficiente sistema de ônibus não exige um aumento substancial dos gastos, mas uma abordagem de investimento diferenciada, que desvie o foco do meio de transporte individual e o transfira para os meios de transporte coletivos. Há décadas que as políticas de transporte público no Rio têm negligenciado o transporte por ônibus. O resultado é um sistema pouco eficiente e de baixa qualidade, com longos tempos de deslocamento, superlotação nos horários de pico, idade média da frota acima do desejável e uma concorrência indesejável com as vans. Os problemas repercutem especialmente para a população que mora nas Zonas Norte e Oeste. Na Zona Sul a realidade é outra. Ao todo são 8 mil ônibus que transportam cerca de três milhões de pessoas por dia. A solução óbvia é melhorar a oferta de transporte público. No entanto, somente isso não é suficiente. É necessária uma mudança fundamental de direção, buscando-se construir uma mobilidade urbana sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental. Automóveis, ônibus, pedestres, ciclistas e motociclistas competem pelo espaço limitado das vias da cidade. O governo tem a autoridade para regulamentar o uso desses espaços e para decidir como eles serão distribuídos através de uma gama de instrumentos legais. A recente implantação dos BRS’s (Bus Rapid Sistem na denominação em inglês) espaço semi-exclusivo para o transporte público através de corredores, os BRT’s (Bus Rapid Transit na denominação em inglês) com veículos articulados em faixas exclusivas e o aumento das ciclovias foi um importante passo para melhorar a mobilidade da população. Outro item importante foi a implantação do Rio Card e do Bilhete Único. O transporte por ônibus atende majoritariamente a pessoas de média e baixa renda, o que torna o valor da tarifa desses serviços um instrumento importante na formulação de políticas de inclusão social. Não restam dúvidas de que as medidas adotadas representam um avanço nos padrões do transporte público na cidade. Mesmo assim, as propostas ainda podem ser vistas como um tanto tímidas, dada a magnitude dos desafios que a cidade enfrenta na área de transportes com a proximidade dos megaeventos que acontecerão na cidade a partir de 2012. Vamos reduzir o uso do automóvel em nossos deslocamentos. O Rio agradece. Boa leitura!
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Marconeides 5
Editores Paulo Wagner / Lilibeth Cardozo Distribuição Gratuita
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Jornalista Fred Alves (MTbE-26424/RJ)
Saúde e bem-estar
Boa forma com Pilates Funcional 9
Saúde e bem-estar
Obesidade infantil e atividades aquáticas 12
Passatempo Cem perguntas
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Capa
Sistema de ônibus urbano 22
Prevenção
Por que fazer seguro? 23
Capa Renan Pinto sobre ilustração de Samuel Tavarez Projeto gráfico e arte Vladimir Calado (vlad.calado@gmail.com) Revisão Marilza Bigio
Ana Flores
Que venham as ressacas
2295-5675 2259-8110 9409-2696 Fundadora Regina Luz
Quem é quem
Saúde
A saúde em debate
colunas 06 08 09 10 11 13
Suzan Lee Hanson Ana Cristina de Carvalho Sandra Jabur Wegner D. Anselmo de Paiva Lilibeth Cardozo Alexandre Brandão
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Arlanza Crespo Sil Montechiari Oswaldo Miranda Tamas Haron Gamal Gisela Gold
ENTRE EM CONTATO CONOSCO Leitor, escreva pra gente, faça sugestões e comentários. Sua opinião é importante.
folhacarioca@gmail.com Colaboradores Alexandre Brandão, Ana Cristina de Carvalho, Arlanza Crespo, Gisela Gold, Haron Gamal, Lilibeth Cardozo, Oswaldo Miranda, Sandra Jabur Wegner, Sil Montechiari, Suzan Lee Hanson
Captação de Anúncios Angela: 2259-8110 / 9884-9389 Marlei: 2579-1266
O conteúdo das matérias assinadas, anúncios e informes publicitários é de responsabilidade dos autores.
quem é quem
“Foi malandra, amou e sofreu na vida” Arlanza Crespo
Setembro 2011
Precisava comprar com urgência um fio de silicone para fazer bijuteria com minhas alunas. Já tinha procurado nos outros dois armarinhos do Leblon (o bairro só tem três) e não tinha achado. Aquele era minha última esperança. Graças a Deus encontrei! Com isso conversei um pouquinho com a dona, e gostei dela. Confesso que não frequentava muito aquele armarinho, no fundo do Centro Comercial Santa.Angela, do lado do Jobi, mas a partir daquele dia e da simpatia da dona comecei a frequentá-lo. “Seu nome?” perguntei, e ela me disse “Marconeides, mas pode me chamar de Dó!”.
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“Como assim?” tornei a perguntar. “É que meu avô ficou com dó de mim quando me deram esse nome e meu apelido virou Dó”. Pronto, adorei a história, e perguntei se ela queria dar uma entrevista, já que estava no comércio há tantos anos. E ela me disse que sim, e que inclusive queria dar um depoimento. Marquei sábado, duas da tarde, e entre um cliente e outro consegui ouvir um pouco de sua história. Dó nasceu em Quixeramobim, interior do Ceará, em 31 de agosto de 1961, numa casa literalmente debaixo da ponte. Um dia (tinha catorze anos) estava jogando vôlei e um rapaz passou e disse: “Vou casar com você”. E assim foi, fugiu de casa para casar e está com ele até hoje. Seu pai não quis assinar os papéis no cartório (ela era menor de idade), disse que não ia assinar a desgraça da filha. Mas a moça do cartório falou para ela pedir a emancipação. Ela não sabia o que era, mas pediu e o pai deu. Aí vieram para o Rio de Janeiro, onde a sogra já morava. Dó montou
uma barraca em Jacarepaguá onde vendia comida, churrasco e refrigerante. Em dois anos já tinha seis trailers. Mas infelizmente o marido entrou para o caminho das drogas. Começou com o alcoolismo e depois cocaína. Foram anos de drogadição, ela e os filhos aguentando a barra. O marido foi internado várias vezes, chegou no fundo do poço. Mas a família é o esteio nessa hora. E porque ela faz questão de contar isso? É que hoje ele não bebe, não fuma e nem cheira mais e, além disso, ainda trabalha na clínica Jorge Jader como terapeuta (clínica onde ele esteve internado). Quer dizer, além de ter parado com as drogas ainda ajuda a salvar vidas. Para Dó o marido é um herói, e sua história é um exemplo de superação. Hoje tem uma vida tranquila, comprou o armarinho do cunhado e está no negócio há muitos anos. Os filhos já estão formados e as netas (gêmeas, de nove anos) fazem nado sincronizado no Flamengo e se chamam Ana Luiza e Ana Beatriz (graças a Deus nenhum nome parecido com o da
avó). Ama o seu trabalho e fez do seu armarinho m lugar diferenciado, pois além de ter tudo que os outros têm, ainda faz serviços quase em extinção, como forrar botões e cintos, afiar alicate, consertar roupas e até aquela cópias que a gente precisa tirar com urgência num sábado à tarde é só lá que você vai encontrar. Tem o dom do comerciante: observadora, um pouco psicóloga e bom humor sempre! Nas duas horas que eu fiquei ali reparei que quase todos os clientes que entraram além de comprar alguma coisa também contaram histórias e trocaram ideias com ela. “Amo o meu trabalho, e 90% dos moradores do Leblon merecem todo o meu respeito”. Dó fez 50 anos semana passada. É uma mulher alegre, contente com a vida, com os filhos, com as netas e, principalmente, com o marido, um herói que deu a volta por cima. “Quando eu morrer”, me disse Dó, “quero que escrevam no meu túmulo: “Foi malandra, amou e sofreu na vida.”
Ana Flores anaflores.rj@terra.com.br
Sempre acontece em épocas de ressaca no litoral carioca. Refiro-me às da orla carioca por serem as mais próximas a mim, as que tenho oportunidade de assistir. É um bonito espetáculo, além de assustador, ver as ondas invadindo as calçadas, arrastando o que está à sua frente e deixando seu rastro de areia quando começam a amainar. Como os olhos de Capitu. Mas reconheço que só é prazer para quem está ali de espectador, como eu, e não para quem perde seu dia de praia ao sol, o quiosque, o carro, a bicicleta ou outro bem. Numa dessas ressacas, a que assisti de muito longe entre fascinada e amedrontada, certamente armazenei em meu pacote cármico vários pesos para resgatar em outras vidas, caso elas existam. É que a cada vez que as ondas se retraíam, depois de terem invadido e varrido tudo, eu imaginava – e desejava mesmo ver - certas pessoas sendo levadas para sempre ao abismo marinho. Como seria bom que o mar levasse para bem longe determinados tipos emblemáticos que povoam nosso cotidiano com o único objetivo de nos chocar, despertar-nos sentimentos ruins, nos passar a perna, nos roubar e fazer-nos perder um tempo irrecuperável na tentativa de corrigir o rumo da vida, conscientemente entortado por eles, pelo poder que têm em mãos, contra o qual não há boa-fé, coragem ou passeata que dê jeito. Infelizmente nenhuma onda gigantesca ou força como essa me devolveria a paz, o dinheiro ou a saúde que esses tipos ao longo de suas vidas foram roubando de cada um de nós ou de todos. Porque os buracos nas rodovias nunca serão consertados decentemente; as crianças continuarão jogadas nas calçadas, imundas e doentes, viciadas em tudo; as pessoas idosas ou não, que morrem em filas de hospitais públicos por falta ou atraso no atendimento, nunca ressuscitarão; os habitantes de regiões áridas, que comem calango com farinha pra fingir que estão se alimentando, continuarão acreditando no primeiro imbecil adiposo e cínico que lhes prometer qualquer migalha em troca de voto, e as vítimas de acidentes de avião, trem, vagão de metrô ou filhinho de papai que mata por dirigir embriagado e que fica solto para curtir a vida fora do Brasil, nenhuma delas será devolvida às suas famílias. Portanto, só me resta desejar não que a terra lhes seja leve, longe de mim esse carinho, mas que o mar em ressaca lhes seja bem pesado e que os leve para muito longe, já que até os urubus o rejeitariam nos lixões. Pobres peixes!
Setembro 2011
Que venham as ressacas
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Suzan Lee Hanson suzan.hanson@gmail.com
Setembro 2011
Comida em família
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Saber cozinhar é uma das desculpas para agregar pessoas. Mesmo com a vida ocupada desse mundolouco-mundo, se houver convite para reunião com comida gostosa, dificilmente faltarão interessados. Sempre apliquei essa malandra técnica de agregação com amigos e família. Mesmo com a trabalheira que dá, eu sempre me animo com o próximo convite, e em seguida me desespero com minha capacidade de conseguir dar conta de planejar o cardápio, a lista de compras, fazer as compras, cozinhar, e ainda arrumar tudo, antes e depois. Mas sempre volto a repetir os convites, pois é delicioso ter todos em volta, felizes com essa forma que tenho de dar carinho, que já veio gravado no meu DNA. Hoje, pensei em, a partir da culinária, focar na agregação e carinho com a família. Acho que fui, ao longo da minha vida, combinando histórias, imagens e exemplos para achar isso tão importante: aqueles filmes, principalmente de famílias negras do sul dos Estados Unidos, onde vários familiares, de várias gerações, compartilham a vida, tomam decisões conjuntas, brigam, fazem as pazes, tudo em volta da cozinha ou da mesa. Outras histórias, como a da família Herz, são igualmente inspiradoras, onde no prefácio do livro “Celeiro – Culinária” é contado o papel central da alimentação entre eles, desde a escolha dos ingredientes frescos para elaborar em conjunto as refeições na fazenda até a criação do Celeiro, restaurante no Leblon muito bem sucedido desde 1982. Outras fontes foram livros poéticos, mas dedicados aos prazeres da mesa, como “Como água para chocolate”, da autora mexicana Laura Esquivel, onde a personagem principal prepara um jantar pensando num amor proibido que acaba por contaminar de amor todos que dele experimentam. Somado a
isso tudo nossa herança portuguesa, toda voltada às reuniões em torno da mesa! Em geral, na minha família, naturalmente, as comemorações e outros encontros são igualmente em torno da mesa. Mas, quando há necessidade de difíceis tomadas de decisão, gosto de reunir todos com o pretexto de boa comida e vinho. Assim, trabalhamos e decidimos comemorando a vida. Também gosto de cozinhar para meus filhos e seus amigos, desde quando eram pequenos. Agora é ainda mais especial, pois como têm vidas bastante independentes, essa é uma ótima desculpa para tê-los todos por perto. Sempre me preocupei com o dia a dia de alimentação saudável e “customizada” em casa. A comida vegetariana para meu filho, cujo prato principal era a mandioca. Desenvolvi uma receita sem fritura, que passava do cozimento à frigideira Wok Tefal, com um pouquinho de manteiga e azeite, e fogo médio, até que ela ficasse crocante e dourada, dos dois lados; cenouras e abobrinhas cortadas finamente ao comprido com aqueles utensílios para descascar legumes, rapidamente refogados no alho com pouco azeite e salpicados de cebolinhas verdes e o macarrão integral com alho, cebola, brócolis e amêndoas crocantes, regado com bom azeite e finalizado com queijo parmesão fresco. Outra fonte de inspiração está sendo a dieta da minha filha, cujo conceito é de refeições basicamente normais durante o café e almoço (evitando sempre qualquer tipo de comida ou ingrediente industrializado), sucos de fruta à tarde e jantar baseado em zero carboidrato. Como a comida em minha casa sempre foi basicamente não industrializada, os maiores desafios foram as duas últimas refeições: no lanche, sugerir sucos de fruta diferentes, sendo que os que se tornaram prediletos
foram o de laranja com morango no liquidificador e suco de limão siciliano. Como opção, picolés de fruta da marca Diletto, com sabores como framboesa, morango, limão siciliano e coco malásia. Incríveis, parecem feitos de neve e frutas frescas!!! Picolés de fruta da Kibon também sempre eram bem-vindos. No jantar, o desafio era o zero carboidrato – surgiram os carpaccios de salmão defumado, haddock, carne, ou grelhados com temperos exóticos como curry, páprica picante, tempero marroquino, ou com cebolas roxas grelhadas e salpicados de ervas frescas, acompanhados de salada de alface americana e agrião, às vezes com queijos e castanhas variados, coberta de molhos com diferentes combinações entre limão, shoyu, vinagre balsâmico, azeite, alho e mostarda ancienne, aquela com grãos inteiros amarelos e marrons. Outra opção foram os caldos de siri, camarões com cogumelos, frango desfiado e até carne, cuja base é inspirada na comida asiática, partindo de refogado de alho, cebola, tomate e água batidos no liquidificador, e acrescentados de tiras de capim-limão fresco e pimenta forte (recomendo a harissa, tempero norte africano muito apimentado, mas saboroso, já comentado em outra coluna). Foi também muito divertido ensinar a independência culinária para meu filho mais velho, hoje já morando fora, mas sabendo cozinhar o básico de que ele tanto gosta: arroz, feijão, legumes no tempo certo de cozimento, e frango, quando ele ainda comia algum tipo de carne. Enfim, mesmo na vida moderna, onde não cabe mais tempo para cozinhar, com minha dedicação a esse assunto, acho que minha família sente este carinho e deverá guardar de mim no futuro a imagem da antiga mama ou nona italiana. Gosto demais disso!
UM SÉCULO DE MÚSICA BRASILEIRA 13/09/2011 – terça-feira
15/09/2011 – quinta-feira
IBC - Instituto Benjamin Constant
CCJF - Centro Cultural Justiça Federal
Av.Pasteur, 350 - Urca
Projeto Música No Museu
15h30min às 16h30min
Av. Rio Branco, 241 - Centro
Entrada franca
18h às 19h Entrada franca
www.newtonnazareth.com.br
Setembro 2011
novidades serviรงos e entregas
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saúde e bem-estar
Boa forma com Pilates Funcional
Setembro 2011
A falta de preparo físico pode causar algo maior que somente a fadiga muscular, e com a rotina do Pilates Funcional alguns praticantes já percebem a evolução em seu desempenho físico por conta do fortalecimento desde os músculos mais profundos do abdome, o core, como também a musculatura superficial estabilizando melhor o corpo melhorando simultaneamente a respiração, postura, flexibilidade e equilíbrio.
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O Pilates tem crescido muito, e, cada vez mais está sendo incluído como base de preparação física de outras atividades e práticas esportivas. Com o objetivo de melhorar os resultados através da técnica de reeducação postural conseguimos prevenir no atleta possíveis dores e lesões de desgaste. O treinamento com Pilates Funcional acaba se tornando um dos principais diferenciais dos treinos.
O Pilates é um método que respeita o grau de condicionamento físico de qualquer aluno dos principais grupos musculares a ser fortalecido é o abdome. Ele é formado por várias camadas: reto e oblíquos que trabalham em conjunto a fim de movimentar a coluna, e o músculo transverso do abdome e assoalho pélvico que vão fornecer estabilização da pelve e coluna vertebral.
Um dos benefícios do Pilates é educar o corpo para usar os músculos de forma mais eficiente e segura, otimizando assim os resultados nos esportes e na vida diária. Para isso podemos seguir o método contemporâneo do Pilates por ter como principal objetivo o alinhamento neutro de todo o corpo, a evolução do método atualmente é a inclusão de treinamento funcional chamado Pilates Funcional onde adicionamos ao método as bases dos treinamentos Resistido, Intervalado, Circuito, Progressivo e Plataforma vibratória.
No Treinamento Pilates Funcional é possível realizar variações nos exercícios que podem adequar-se para o iniciante, intermediário e avançado, também não tem contraindicações. No entanto, durante a execução do exercício, consideramos várias limitações, como, por exemplo, caso o aluno esteja com alguma dor, lesão, problemas de coluna ou mesmo no caso de gravidez. Ana Cristina de Carvalho www.pilatesvilla90.blogspot.com anacris.c@terra.com.br
Sandra Jabur Wegner hidrovida@hidrovida.com.br
Dando prosseguimento ao tema obesidade, abordado na edição anterior, vamos focar na importância da prevenção, atuando na criança ou até no bebê. Sabemos que a obesidade pode ser hereditária, devido aos maus hábitos alimentares e à vida sedentária. Ou aos três fatores juntos. Quando o caso é genético famílias inteiras apresentam obesidade. Deve-se então procurar auxílio do profissional competente nesta área, que pode ser o endocrinologista, o nutricionista e o nutrólogo, carecendo às vezes de ajuda do psicólogo para orientação e mudança de hábitos alimentares e comportamentais. A vida agitada, o stress e a falta de tempo para preparar alimentações saudáveis nos leva à famosa comida “fast-food” e às pizzas, refrigerantes, doces, guloseimas etc. Ademais, as crianças não brincam mais de correr, andar de bicicleta, de “brincadeiras infantis” de pique-cola, queimado, corrente etc.. com raras exceções. Passam boa parte do dia na escola sentados ou no computador, conectados com os jogos eletrônicos. Soma-se a isto a violência das ruas, obrigando as pessoas a ficarem em casa, onde frequentemente não
dispõem de uma área adequada para atividade física. Quando as crianças e adolescentes podem frequentar clubes, escolas de natação, balé, judô, etc é muito bom. Quanto às crianças obesas, estas têm mais dificuldade motora e de serem aceitas nas brincadeiras das escolas ou frequentarem pequenos grupos ou ainda com vergonha de se exporem, o que dificulta a perda de peso e o desenvolvimento psicomotor. As atividades aquáticas estão presentes o tempo todo, desde o bebê de seis meses até o adulto jovem, por vários motivos. Na água, há maior facilidade de execução dos exercícios, devido à flutuação, além da motivação mediante atividades recreativas e a aprendizagem da natação de uma maneira mais lúdica e não massificante. Lembremos, no tocante aos obesos, que o corpo está dentro d’água, eles se expõem menos, ficam mais à vontade. Na obesidade infantil as atividades aquáticas são recomendadas pois diminuem o peso corporal e o impacto sobre as articulações. Ademais, a velocidade dos exercícios pode ser aumentada gradativamente, sem ocasionar lesões músculo-esqueléticas.
Aumenta-se assim a autoconfiança e a auto-estima, despertando na criança a vontade de exercitar-se. A pressão hidrostática atua no sistema linfático, massageando os gânglios. Constitui uma drenagem linfática natural e também inibe o hormônio anti-diurético, aumentando a diurese, ou seja, você urina mais. Tudo isto ajuda no emagrecimento. Aliado à prática dos exercícios aquáticos, a boa alimentação e, se preciso, apoio psicológico ajudarão a prevenir a obesidade futura, mórbida ou não, em todas as etapas da vida. É necessário criar estes hábitos desde pequeno para que as crianças cresçam conscientes e felizes e ampliando seu universo para a prática de outras atividades, esportivas ou não. Um apelo aos pais: cuidem da saúde dos seus filhos desde bebês, pois o bebê obeso já saiu de moda e ele pode transformar-se no adulto obeso e problemático. Dúvidas sobre o assunto podem ser esclarecidas através do e-mail: hidrovida@hidrovida.com.br
CLIP ART / Livros interativos / Arte / Artesanato Lançamento do Livro Arquitetura do Rio de Janeiro 1565 / 2011 CLlPART comunica aos amigos e clientes a edição do livro Arquitetura do Rio de Janeiro 1565/2011 de autoria do arquiteto Elias Kaufman
Tiragem 01 / 100 numerado e personalizado 80 páginas, Formato 23 x 21cm Valor R$ 65,00
• Histórico • Evolução Urbana • Arquitetura • Urbanismo • Paisagismo através dos personagens que fizeram acontecer esta história
We have english books Rua Marquês de São Vicente, 124 Loja 204 - TRADE CENTER Rio / RJ Tel.: (21) 2259-6691/ (21) 2274 - 3102 clipartartesanato@hotmail.com | eliaskaufmanarquiteto@ig.com.br
TODAS AS PESSOAS DO MUNDO SORRIEM NO MESMO IDIOMA
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Obesidade infantil e atividades aquáticas
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D.Anselmo Chagas de Paiva, OSB info@faculdadesaobento.org.br
O tempo que passa
pela cidade
Festa do IBC 157 anos O Instituto Benjamin Constant – IBC, uma tradicional instituição de ensino para deficientes visuais localizada no bairro da Urca, está comemorando aniversário em setembro. É centro de referência, a nível nacional, para questões relativas à deficiência visual. Além da escola o IBC capacita profissionais, assessora escolas e instituições em gerais e oferece reabilitação física.
Agenda comemorativa Setembro 2011
12/09 – Apresentação do Coral da Petrobras Local: Teatro do IBC às 15h30min
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13/09 – Apresentação do pianista Newton Nazaré Local: Teatro do IBC às 15h30min Os nossos antepassados já aconselhavam aos seus discípulos uma vigilância contínua sobre o tempo que passa e insiste em nos envelhecer. Não tanto a velhice trazida pelos anos, que necessariamente transformam a nossa aparência, mas a velhice do espírito. Como de fato, somos chamados para a luta interior, indispensável ao bom combate. De nada valerá a conservação da coragem para os combates externos se morrer no coração a luz que nos ilumina, se morrer em nós o espírito da luta, da luta interior, que faz germinar o bem e ampliar o amor. Os seres humanos são os únicos que sabem que nasceram e vão morrer. A finitude é uma questão de tempo. Existe naturalmente em nós uma oposição a este tempo que vai passando e nos conduz ao término da nossa peregrinação terrestre. Nos esgota e nos escapa, trazendo consigo a velhice e talvez a decrepitude. Somos chamados a lutar contra este tempo, um dom que sentimos estar passando e não pode ser perdido. Nos dias atuais muito se fala em uma longa vida. Cientistas e médicos tentam prolongar ao máximo a vida humana. Mas este prolongamento só tem sentido se esses acréscimos de anos forem preenchidos com conteúdo. Todos nós devemos ter uma meta, um objetivo que não deve morrer. Todos nós somos chamados a preencher a vida com valores que o tempo não se encarregue de sepultar. É uma convocação a manter a chama da esperança, mantendo acesa a chama do tempo.
Os antigos povos tinham o costume de usar duas palavras gregas diferentes para designar a palavra “tempo”. Uma delas é chronos, o tempo governado pelo relógio: levantar, trabalhar, descansar. É o tempo linear, sequencial. Todos os segundos são importantes. Kairós, por outro lado, é medido pelos eventos ou momentos especiais. É a qualificação do tempo, sendo ele valorizado em cada instante vivido, é a alegria pela meta cumprida, o trabalho realizado com sucesso, de forma prazerosa. Podemos dizer que Chronos é a agenda do dia, o cronograma de trabalho, enquanto Kairós é caracterizado pelo relógio; pelo momento certo, oportuno, medido pelo calendário; é o ritmo de plantar e colher, da energia e da fadiga à medida que nos aproximamos da maturidade. Referese a um aspecto qualitativo do tempo. É o tempo de qualidade que tem de ser aproveitado e vivenciado. Com isto, nota-se que somos chamados a transformar o nosso chronos em kairós. Por isso, todos devem saber disciplinar o seu tempo, pois ele é um recurso não reciclável e intransferível. Não se pode guardar ou diminuir a sua marcha, retê-lo, dividi-lo. Quando ele se perde é irrecuperável. Para o tempo que se mata, não há ressurreição. É agradável e prazeroso poder valorizar cada momento. Saber administrar o tempo é uma virtude e sua boa administração caracteriza o sucesso de nossas atividades. De fato, o tempo não espera por ninguém. Ele não pára.
14/09 – Apresentação Musical – Raquel Gierszonowicz (pianista), Clarice Izajnbrum (solista), Paulo Alves (canto e piano) e Pedro Silva (clarinetista) Local: Auditório Maestro Francisco Gurgulino às 15h 15/09 – Leonardo Lobo – pianista Local: Teatro do IBC às 15h30min 16/09 – Programação 9h – Cerimônias religiosas 10h30min – Sessão solene 14h – Homenagem ao Prof. Antonio Carlos Hildebrant e show de ex-alunos 17/09 – Associação dos ex-alunos do IBC 19/09 – Gincana dos alunos 20/09 – Show de talentos dos alunos Local: Teatro do IBC às 13h 22/09 – Show da Reabilitação Local: Teatro do IBC às 13h
Lilibeth Cardozo
lilibethcardozo@hotmail.com
Minha amiga e colaboradora da Folha Carioca, Arlanza, escreveu na edição 87, de abril de 2011, um texto muito divertido intitulado, “Dei sim” descrevendo que deu sua senha na fila de um banco para um idoso. Um amor a doação da Arlanza! Agora sou eu que escrevo que não dou de jeito nenhum! E olhem que sou boa de dar: dou carinho, dou amor, dou atenção às pessoas, dou meu trabalho por caridade, dou amor a meus filhos, à minha família e ao homem que merece meu amor e meu corpo, a quem dou porque quero, sem obrigação. Dar ou não, seja o que for, depende de generosidade e ando irritada demais com tudo que tenho que dar por obrigação, principalmente a montanha de dinheiro que dou, através de impostos, ao governo para que minha contribuição seja distribuída para o bem-comum e vejo indo para as mãos e fortunas dos corruptos e ladrões. Aí, vem, todos os anos, esse bombardeio do “Criança Esperança” apelando para que, sensibilizada com as crianças carentes do meu país, doe dinheiro para darlhes esperanças de uma vida melhor. Na campanha, um mega espetáculo, está bem claro que não terei isenção fiscal. Isto quer dizer que se eu doar não posso colocar o valor no meu imposto de renda. Ou seja, mais uma vez vou dar dinheiro! Doar para crianças é sempre um prazer, mas porque doar na mega campanha se já dou para o governo em tudo, absolutamente tudo que uso, compro, pago, para viver no meu Brasil. Até ao escrever aqui estou pagando impostos: pago pela energia que consumo, pago pelo provedor da internet que uso, pago imposto pelo biscoitinho que estou comendo, paguei pela roupa que estou vestindo, paguei por cada coisa que move minha casa e ainda pago todos os anos um quantia absurda ao famoso leão da Receita Federal. Não, não seria nada demais pagar esses impostos e ver nosso dinheiro sendo aplicado corretamente na educação, na saúde, na habitação, segurança, no saneamento, na cultura, na agricultura,
nas cidades e em tudo mais que pudesse aliviar a vida dura de nossas crianças e suas famílias de baixa renda ou miseráveis. Não sou boa nessas coisas de contas, mas sou ótima para sacar o quanto a administração pública é falha, em que pilares os ladrões e corruptos sustentam suas riquezas. Acho até que se eu somasse todos os impostos que pago para viver daria para construir uma escola, ou comprar um montão de material para uma unidade de saúde. Imaginem: só os meus impostos! Não só com o que pago de imposto de renda, mas a soma de tudo que eu, uma cidadã assalariada, paga de impostos! Dar esperança as crianças é dever do estado e todo cidadão brasileiro enche os cofres do governo federal exatamente para que todos possam viver dignamente. É só pegar um tanto do dinheiro público e dar a eles as condições mínimas de moradia, alimentação e educação. Criança sempre tem esperança. Esperança de ser adulto, vida como vê na TV, nas revistas, nas ruas. Criança sempre quer ter suas fantasias, sua criatividade, suas brincadeiras, seus sorrisos. Criança precisa de muito pouco. Se puder ter um teto, família, amor alimentos, escola, espaço e muitas brincadeiras vai ter saúde. Uma criança saudável faz de uma caixinha de papelão o seu castelo; de uma embalagem de ovos o seu caminhão para escoar sua produção do fazendeiro que sonha ser; com gravetos ela constrói uma ponte porque quer ser engenheiro; inventa o seu consultório porque quer ser médico; com uma sucata qualquer constrói seu violino porque quer ser músico. Criança sonha e, com sua imaginação acredita, até que todos os empresários e governantes são sérios. E o nosso dinheiro, o de todo dia pago ao governo, é tanto, que poderia colocar todas as crianças brasileiras na escola - e mantê-las - oferecendo-lhes muitas esperanças de serem o que sonham: cidadãos brasileiros! Neste país com tanta roubalheira, tanta corrupção, para o Criança Esperança não dou de jeito nenhum. Já dou o ano todo!
Setembro 2011
Não dou de jeito nenhum!
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passatempo
Cem perguntas Demonstre seus conhecimentos gerais respondendo a essas perguntas. Serão 100 perguntas apresentadas em cinco edições. As respostas estão na página 25. Boa sorte! 21. O lema: ‘Um por todos, todos por um” é dos: A. Sobrinhos da Mônica B. 3 mosqueteiros C. Chapolim Colorado D. Seleção de Saldanha
32. O que são: Próclise, Ênclise e Mesóclise? A. pirâmides do Egito B. filhas de Cleópatra C. fenômenos de linguagem D. tumores do cérebro
22. Golfinho também é conhecido por: A. delfim B. sem-fim C. cação D. baleia-mirim
33. Quem é o autor da frase: ‘Melhor acender uma vela que reclamar da escuridão’? A. Zagallo B. Maria Bonita C. Confúcio D. Joana D’Arc
23. Qual destas aves é a mais veloz? A. gavião-peregrino B. avestruz C. pelicano D. beija-flor
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24. Numa empresa, que cargo ocupa o responsável pelo depósito de objetos e materiais? A. motoboy B. almoxarife C. supervisor D. caixa
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25. Qual destes índios saiu-se vencedor em eleições diretas no Rio de Janeiro? A. Guarani B. Tupinambá C. Juruna D. Tamoio 26. Na gíria, como chamamos a pessoa que exerce a vigilância em casas de diversão? A. alcaguete B. alcaide C. leão-de-chácara D. alferes 27. Diego Maradona, antes de se tornar conhecido em todo o mundo, era craque do: A. Argentinos Juniors B. Corinthians C. Real Madrid D. Peñarol 28. Como, no Rio Grande do Sul, é chamada a ‘marmita’? A. vianda B. requentada C. morcela D. sortida 29. O que são cúmulos-nimbos? A. pedras preciosas B. nuvens C. plantas carnívoras D. fibras 30. Anaconda é uma: A. planta aquática B. serpente C. vitamina D. líder político 31. Segundo a Bíblia, o que foram: Cam, Sem e Jafet? A. rios sagrados B. animais de estimação C. cidades-fantasmas D. filhos de Noé
34. FIAT LUX, palavras com que Deus criou o mundo, quer dizer: A. Agora e Sempre B. Força e Luz C. Louve-se a Criação D. Faça-se a luz 35. A quem, Deus disse: ‘Lembra-te, ó homem, de que és pó e ao pó hás de voltar’? A. Menelau B. Adão C. Moisés D. Galileu 36. Quem é o autor da frase: ‘Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste’? A. Saddam Hussein B. Cristo C. Benito Mussolini D. Calígula 37. A quem Cristo disse: ‘Não me toques’? A. Maria Madalena B. Esther C. Verediana D. Salomé 38. ‘Fi-lo porque qui-lo’ era frase do repertório de qual político brasileiro? A. Jânio Quadros B. Borba Gato C. Vicente Matheus D. Santos Dumont 39. A qual esportista se atribui a frase: ‘Brasileiro não sabe votar’? A. Michael Jordan B. Maguila C. Pelé D. Oscar Schmidt 40. Da obra de Miguel de Cervantes, como se chamava o cavalo de Dom Quixote? A. Nó Cego B. Bucéfalo C. Rocinante D. Gualicho
Alexandre Brandão
No Osso
xanbran@gmail.com
Caricaturas
Ilustração gentilmente cedida pelo artista Paulo Caruso
nem saiba que, à esquerda, quando se vai para o Leblon, e, à direita, quando se vem, vaivém o mar. Passa a mãe, desesperada porque a babá pediu-lhe que segurasse a criança por dois minutinhos, o tempo de amarrar o tênis. É a primeira vez que mãe e filho se tocam desde a cesariana asséptica feita num hospital com cara de hotel. (Não, não é verdade que o pimpolho beire os 35 anos. Maldade!) Tem uma turma que joga futevôlei bem demais. Há partidas de homens contra homens, de mulheres contra mulheres e de times mistos. Nestes, é cada mulher forte, benza deus, Deus, DEus, DEUs e DEUS. A tatuagem deixa ver um pedacinho da pele original da garota que, com certeza, era linda na sua versão sem tinta. Noutra jovem, a tatuagem, discreta, faz assim na minha cara: slapt, slapt, vê se aprende. Aprendi: quando bem-feitas, as tatoos têm lá seu borogodó. Certas pessoas foram engolidas por seus óculos, inclusive a guria de nove anos, se tanto. Um economista famoso, que as más línguas dizem ter ficado rico com a herança do sogro, passeia muito mal vestido. Quer dizer, não mal vestido, mas as meias sintéticas quase alcançam os seus joelhos. Provavelmente viveu nos Estados Unidos da América. Quem sou eu? Um mineirinho na praia, prato cheio para todo tipo de ironia: rabiscada, gargalhada, escrita, cochichada ou só pensada. Além de tudo, metido a besta, crente que abafa com essa caricatura de crônica. Se eu ainda fosse o Paulo Caruso. Ah!, se fosse ele, economizaria esse montão de palavras, trocando-as por dois traços assim e assado. E estava dito. ATENÇÃO: Dia 21 de setembro, o pessoal da Garapa Doida (Rua Carlos Góis, 234 Lj F – Leblon) promoverá uma noite de literatura com cachaça — ainda por ser nomeada —, e eu estarei lá molhando as palavras. Sintam-se convidados.
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Ponho os pés na calçada de Ipanema e, lá do Leblon, vem o homem que já foi bonito. Na realidade, ele não perdeu a beleza, mas, depois de longo debate com seus botões e travesseiros, concluiu que a beleza foi coisa de antigamente. Da juventude, de quando pegava geral. É um senhor bonito e, se ainda se entrega à conquista, continua pegando geral, mas não mais as garotinhas. Isso é que o incomoda e que, à própria vista, o torna feio. O alemão passa com uma de nossas negras. Nem é a mais bonita, mas, para ele, basta que seja negra. Conjecturo: o mundo ficará melhor à medida que arianos se acasalarem e procriarem com negros. Um passo a mais, deparo-me com a francesinha de mão dada com um de nossos negros. Rogo para que sejam histórias de amor — ou uma aventura apenas — e não turismo sexual. Jovens hoje são espertos e preparam-se desde cedo para a velhice. Ao colocar nos ouvidos um som bem alto e travar conversa, aos berros, com o colega do lado, aprendem a conviver com a surdez. Dizem que, precavidos, tomam Viagra. A mulher fala ao celular. Ao terminar a conversa - em atitude correta, pois não há motivo para manter as mãos ocupadas -, enfia a engenhoca na bolsa. Entretanto, feito isso, ela se espanta, se contorce, tenta se esconder. Sem o celular agarrado à mão, passou a se sentir nua, embora, claro, não esteja. Outra pede que o parceiro ligue para o celular dela, é o único jeito de encontrá-lo na sua maldita bolsa. Rápido, ela diz, estou à beira de um ataque. Não estamos mais falando de um simples aparelho de comunicação, compreende? O casal não se suporta, quarenta anos de um casamento terrível. Mas toda manhã caminha na praia. Conversam muito. Um ex-prefeito passa de mãos dadas com a esposa. Estão bem velhinhos. Ele, agora, é escritor e, pelo jeito, enquanto caminha, maquina um conto. Ainda existem as bichas exaltadas, vendendo alegria. E também a menina que passeia com o amigo gay, o único cara que realmente a entende. Porém amizades desse tipo vêm sumindo do mapa da afetividade. Os gays andam em crise com as mulheres, com o jeito de ser delas. É uma hipótese caricatural. Dez horas da manhã, e é possível encontrar, nos quiosques, pessoas que são restos da noite anterior. Uma delas, o cara com calça arregaçada e sem camisa, com olhos vermelhos e consciência limpa... Por enquanto. Ando ao lado de um sujeito que nada desse mundo tiralhe a gravata. Com bermuda, camiseta e tênis, ele caminha com passo firme na companhia de um amigo. Conta toda sua semana, os negócios que fechou, os que vai fechar. A gravata está pendurada no córtex do seu cérebro. Talvez ele
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capa
Sistema de ônibus no Rio: soluções e perspectivas
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O Rio de Janeiro se prepara para receber a partir de 2012 megaeventos, onde se destacam o Rio+20 no próximo ano, a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. O Rio é uma cidade com muitos e graves problemas sociais, ambientais e de mobilidade. Por isso, em todos os estudos que antecederam a escolha da cidade a preocupação dos organizadores com o setor de transporte e o trânsito sempre esteve presente.
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Lilibeth Cardozo e Paulo Wagner
Com a vinda destes eventos é inegável que a cidade irá obter um legado através de estruturas de empregos, turismo, saúde e, principalmente, melhoria no transporte. Entretanto, devemos ficar atentos para o perigo de ocorrerem grandes investimentos públicos para realização de obras superficiais e soluções obsoletas apenas para servir aos visitantes, turistas e torcedores durante o curto período de suas realizações. Um exemplo disso é o proposta de estender a Linha 1 do metrô até a Barra da Tijuca e não construir a Linha 4, como estava previsto no projeto original. Essa opção do governo estadual não foi baseada em qualquer estudo atualizado de demanda, pelo menos, que tenha sido publicado. A alegação para a alteração são os chamados “compromissos olímpicos” de proporcionar ligação rápida do “polo hoteleiro” concentrado em Copacabana e Ipanema, com o “polo olímpico” concentrado na Barra da Tijuca. A preocupação com o legado para aos moradores depois de encerrados os Jogos Olímpicos é pertinente, já que este é o evento com maior poder de transformação na paisagem geográfica de uma cidade e os equipamentos esportivos afetam diretamente a dinâmica urbana. É importante que o governo ofereça uma infraestrutura de transporte que seja eficiente, confiável e acessível para os moradores independentemente dos eventos. No âmbito dos transportes é de triste memória o legado dos Jogos Panamericanos realizados no Rio, em 2007. Ele se restringiu à reforma do terminal Alvorada na Barra da Tijuca.
Para melhorar o trânsito durante o evento foram criadas apenas restrições ao acesso de automóveis à área das instalações de competições, implantadas faixas preferenciais nas principais vias da cidade e faixas seletivas nas Linhas Amarela e Vermelha, separando uma pista de rolamento onde circulavam os ônibus das delegações precedidos por batedores. Lembrando que de acordo com relatório do Ministério dos Esportes o custo total dos Jogos foi de R$ 3,58 bilhões, sendo o município do Rio de Janeiro responsável por R$ 1,21 bilhão, o equivalente a 33,8% do total investido.
Congestionamento O Rio enfrenta hoje terríveis e intermináveis congestionamentos, onde suas principais vias de escoamento ficam totalmente entupidas nas horas de pico, prejudicando a circulação dos ônibus e automóveis. Os
congestionamentos e os problemas deles decorrentes, como o ruído excessivo, não são fenômenos recentes. Consta segundo registros históricos que os cidadãos de Roma eram despertados à noite pelo ruído de pesados veículos de carga (carroças puxadas por cavalos) que durante o dia eram proibidos de entrar na cidade. À medida que as cidades vão crescendo, as velocidades das viagens tendem a diminuir e há duas razões para isso: em primeiro lugar o crescimento, tanto do número quanto da extensão das viagens, de forma que a quantidade de viagens aumenta mais do que proporcionalmente às variações de crescimento populacional nas grandes cidades. Portanto, para que as velocidades permaneçam as mesmas, a capacidade da infraestrutura de transportes (vias, por exemplo) tem que aumentar mais do que proporcionalmente ao crescimento urbano. Como se tal problema já não bastasse, a intensificação do uso do
Ônibus x carro Muito tem se falado da extensão das linhas do metrô. Considerando uma estimativa conservadora, a modalidade ônibus transporta atualmente entre 7 e 8 vezes mais passageiros do que o sistema metroviário. Embora esse fato em nada diminua a importância do metrô, é inegável que qualquer melhoria que se pretenda nas condições de transporte em benefício da população carioca incluirá, necessariamente, a melhoria do sistema de ônibus. Com a ineficiência da locomoção por coletivos e o crédito facilitado para aquisição de automóveis, o ânimo dos motoristas para dispensar o uso dos carros é pífio. Assim, a cidade assiste a um crescimento expressivo de carros com um único passageiro e o aumento diário de novos automóveis pelas ruas da cidade. É claro isso gera uma disputa pelo uso do espaço urbano, que se manifesta, principalmente, no conflito entre automóveis, de um lado, e ônibus e pedestres, de outro. É desejável diminuir a participação do automóvel na distribuição dos deslocamentos urbanos e encorajar o aumento nos índices de ocupação dos automóveis que continuarem a circular, especialmente nos horários de pico, pois atualmente a média é de apenas 1,5 ocupantes por veículo.
Medidas operacionais Transporte é um dos itens que mais afeta a população, pelo seu impacto sobre qualidade de vida e meio ambiente urbano. Tanto o estado quanto o município preparam um conjunto de soluções para diferentes entraves ao bom funcionamento da cidade, que vem apresentando a cada dia mais problemas no ordenamento urbano. Soluções são prometidas, mas efetivamente pouca coisa saiu do papel. A demora nos deslocamentos, os longos congestionamentos e a falta de acesso ao transporte público são problemas diretamente decorrentes do atual modelo de mobilidade adotado pelo poder público. De acordo com a Associação Nacional de Transporte Público (ANIP), o Rio adotou um modelo que privilegia o automóvel, que responde por apenas 30% das viagens urbanas, em detrimento do transporte coletivo ou não motorizado, como ônibus, barcas, metrô, bicicletas ou trânsito de pedestres. Os automóveis são os principais causadores de um conjunto de custos como perda de horas produtivas e gasto excessivo de combustíveis em
congestionamentos, perdas pessoais e gastos médicos com acidentes de trânsito e destruição de equipamentos públicos. Os problemas apresentados no transporte não são somente de ordem operacional, mas, também, de sustentabilidade. Vários fatores contribuem para a redução da demanda de passageiros no transporte coletivo, como o crescimento do transporte individual, o aumento de transporte clandestino, a falta de investimentos públicos permanentes no setor, a descontinuidade de projetos e a falta de flexibilidade de gestores e operadores em qualificar e tornar mais eficiente os equipamentos e os serviços. A importância do sistema de ônibus decorre da elevada capacidade que a modalidade transporta. A melhoria das condições de circulação de ônibus é caminho obrigatório para a estratégia de reduzir a porcentagem dos deslocamentos feitos por automóvel. É necessário oferecer alternativas de boa qualidade para persuadir os atuais usuários de automóveis a utilizar o transporte coletivo. Esta constatação realça, sob outra ótica, a necessidade de facilitar a circulação e a segurança de ônibus e pedestres, enquanto se procura restringir e disciplinar os fluxos de automóveis. Parece ser essa a única estratégia ao mesmo tempo financeiramente viável e capaz de melhorar significativamente as condições de mobilidade na cidade.
Criação de corredores semi-exclusivos de ônibus O ônibus tem capacidade de transporte aproximadamente seis vezes maior do que o automóvel. Sua capacidade pode ser ainda aumentada se operar em vias expressas. Cientes dos grandes problemas do trânsito na cidade, engenheiros e outros técnicos estudam soluções e focam alternativas em aumentar e melhorar as opções de transporte coletivo. Estudos da prefeitura apostam que trocar o carro pelo ônibus é uma ótima
opção para chegar mais cedo ao destino nos horários de pico. Neste sentido, em parte da Zona Sul foram implantados corredores para os coletivos, os chamados BRS (Bus Rapid Service). Em breve também serão implantados na Zona Norte. Apesar do nome em inglês, que não se justifica, é uma importante iniciativa para derrubar a cultura do automóvel, favorecendo e estimulando o uso do transporte coletivo.
Sistema BRS A implantação do sistema de corredores semiexclusivos para ônibus em Copacabana foi concluída em abril. Além dos ônibus, podem trafegar nas faixas seletivas somente veículos escolares, táxis adaptados para deficientes ou com passageiros, mas somente para desembarque. Carros de passeio só podem usar o BRS se forem entrar na próxima rua à direita ou em garagens. O sistema ainda é bastante desrespeitado por motoristas. Somam cerca de 150 multas por dia (80 na av. N.S.de Copacabana e 70 da rua Barata Ribeiro) referentes à circulação de veículos na faixa exclusiva, parada irregular, carga e descarga em local proibido e excesso de velocidade. Segundo a CET-Rio não é possível identificar quais os infratores mais comuns dentre carros de passeio, oficiais, táxis, vaus ou motos -, pois as multas são emitidas por equipamentos de fiscalização eletrônica, que registram apenas as placas dos veículos. O valor da multa é de R$ 53,20 e o motorista flagrado trafegando irregularmente perde três pontos na carteira. O corredor melhorou consideravelmente o tempo de percurso nas duas vias: de 19 para 11 minutos na rua Barata Ribeiro e de 23 para 12 minutos na av. Nossa Senhora de Copacabana
Faixa em Ipanema e Leblon No final de agosto o sistema BRS foi inaugurado em lpanema, na rua Visconde de Pirajá, e no Leblon,
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transporte individual, estimulada pelo transporte público insatisfatório, faz com que o espaço viário em áreas urbanas fique cada vez mais escasso. No caso do transporte público carioca, particularmente o transporte por ônibus na Zona Norte e Oeste, a ordem vigente apresenta sérios problemas na medida em que se mostrou incapaz de produzir serviços de quantidade e qualidade que atendam os padrões mínimos exigidos (viagens longas, superlotadas, inseguras, de baixa confiabilidade e desconfortáveis).
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na av. Ataulfo de Paiva. Folhetos com as informações dos ônibus estão sendo distribuídos. Em setembro, a rua Prudente de Moraes e a av. General San Martin vão ganhar o corredor. De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes a frota deverá sofrer redução em torno de 10% no novo corredor. Além da redução do número de ônibus, a organização do tráfego também vai ajudar na fluidez, contribuindo para reduzir os tempos de viagem nas duas vias. Seguindo os mesmos critérios adotados no BRS de Copacabana, o novo corredor funciona nos dias úteis, das 6h às 21h, nos sábados, exceto nos feriados, de 6h às 14h.
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Sistema BRT
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A prefeitura do Rio de Janeiro está criando um novo sistema de transporte que aumentará de 16% para 50% a proporção de pessoas que utilizam o transporte público de massa. O sistema BRT (Bus Rapid Transit consiste em corredores expressos exclusivos para ônibus articulados, que podem transportar até 160 passageiros. Quatro desses corredores serão construídos: TransCarioca, TransOeste, TransOlímpica e TransBrasil, que serão conectados à linha de trem e de metrô. O governo acredita que devido aos corredores do BRT os cariocas não economizarão apenas dinheiro, mas também tempo. A TransCarioca, um corredor de 39km que ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional do Galeão, deve transportar 400 mil pessoas diariamente, reduzindo o tempo gasto em viagem em mais de 60%.
Perspectiva Utilizando uma estimativa conservadora, os ônibus transportam mais de 2 milhões de passageiros por dia no Rio. E mesmo que se consiga dobrar o volume de passageiros transportados pelo metrô até 2016 o volume de pessoas transportadas por ônibus será cerca de três vezes maior. Portanto, qualquer esforço no sentido de
melhorar as condições de circulação da população terá como ponto de partida o melhoramento das condições de circulação dos ônibus. E isso exige, em locais de demanda elevada, a criação ou ampliação do número de faixas ou pistas exclusivas e semi-exclusivas. O disciplinamento das condições de circulação e estacionamento de veículos particulares são sempre necessários. Complementarmente, para assegurar características que favoreçam o uso dos ônibus, é preciso melhorar as condições de segurança e facilidade de circulação de pedestres. A qualquer deslocamento por ônibus correspondem duas caminhadas a pé. Isto requer programas que envolvam aspectos de engenharia de tráfego, como semáforos, faixas com condições adequadas de travessia, alargamento de calçadas e criação de canteiros centrais e outros refúgios para pedestres. Requer, também, modificações urbanísticas, como ampliação do número de calçadões e pequenas praças, instalação de abrigos e terminais mais adequados, e outras providências para a racionalização do uso do solo urbano. Os ônibus são importantes pela facilidade de operálos dentro das limitações impostas pelo tecido urbano e por seu reduzido custo, tanto de implantação como
O sistema de ônibus ainda necessita de ajustes
de operação. Por exemplo: um corredor de ônibus pode ser implantado, conforme o grau de exclusividade e capacidade, por algo na faixa de US$ 1 a US$ 3.5 milhões/km, contra US$ 8 a 40 milhões/km para metrôs de superfície e US$ 85 a 115 milhões/km para metrôs com trechos subterrâneos e elevados. Para efetuar essa mudança no sistema de transportes do Rio é necessário acreditar na eficiência dos ônibus: os coletivos precisam ter prioridade no trânsito e os pedestres precisam de segurança e facilidade de circulação. Essas medidas permitirão que os ônibus ofereçam tempos totais de viagem menores do que o automóvel, sendo assim possível atrair número substancial de proprietários de automóveis para os transportes coletivos. Diante da importância do setor de transportes urbanos para a qualidade da vida e do ambiente urbano, todos os níveis de governo (federal, estadual e municipal) têm sua parcela de contribuição a dar. Os problemas foram levantados, alternativas para solucioná-los existem. Então o que falta é disposição política.
A Folha Carioca entrevistou vários usuários de ônibus e uma unanimidade foi a afirmativa de que o tempo de deslocamento nos corredores BRS melhorou. Em compensação a reclamação do aumento da distância entre os pontos foi destacada pela maioria dos usuários do sistema. Marlene é moradora da Urca e resolveu não ter mais automóvel. Para circular pela cidade usa somente transporte coletivo. Ela diz: “O tempo de viagem da Urca a Ipanema, por exemplo, diminuiu em pelo menos 20 minutos. Melhorou bastante! Um grande problema nos ônibus é a falta de gentileza e educação de alguns motoristas e cobradores no trato com os passageiros”. Alex é um jovem de 21 anos e usa constantemente o transporte coletivo. Reside na Baixada Fluminense e trabalha na Zona Sul. Ele ressalta: “Uso o trem para vir de Nilópolis até a Central, depois pego ônibus. Em todos os transportes que utilizo percebo diariamente uma falta respeito, principalmente aos idosos e deficientes. Nos trens, o maior problema é a superlotação. Quem usa transporte coletivo sofre muito”.
Marcos, Nana e Maria pegam ônibus em Copacabana com destino à Rocinha. A reclamação deles foi a falta de opção, já que apenas uma linha faz este trajeto, a 593. Marcos afirma: “Costumo ficar mais de uma hora no ponto aguardando o coletivo. Como a linha é utilizada basicamente por pessoas de baixa renda, imagina se vão colocar mais linhas ou aumentar a frota”. Muitos entrevistados apontaram como um sério problema os motoristas dos micro-ônibus que também fazem a função do trocador. Inúmeras empresas passaram a adotar a prática de extinguir a função do cobrador. Assim algumas linhas contam com apenas um funcionário, que além de guiar o veículo e realizar manobras para entrada e saída de passageiros, fica responsável pelo recebimento do dinheiro da passagem. Ocorre que quando está ao volante o motorista deveria ficar atento somente ao trânsito e aos pontos de parada para que possa efetivamente realizar a sua atividade com segurança. Mesmo quando é pequeno o número de passageiros que pagam com dinheiro, já que a maioria utiliza o Rio Card ou o Bilhete Único.
Usuários reconhecem que com a implantação do BRS, o tempo de viagem diminui
Jussara, de 52 anos usa ônibus para acompanhar sua mãe, dona Maria, uma senhora de 79 anos, três vezes por semana a um tratamento de saúde no Instituto Benjamin Constant. Residente em Bangu ela afirma “Ônibus só é bom na Zona Sul, no subúrbio é um horror, péssimo. Os motoristas são mal-educados e destratam os usuários. Eles falam como se fossem os donos das empresas. Quando percebem o cartão de gratuidade na mão do passageiro, passam direto, não param no ponto”. Margarida e Priscila, mãe e filha, moram no final do Leblon e reclamaram da distância entre os pontos, mas reconheceram que o tempo de viagem melhorou com a implantação do BRS.
Ônibus: do latim ao popular Existem coisas curiosas no uso de certas palavras, não só no Brasil como em outras partes do mundo. Uma delas é a conhecida “ônibus”, tão comum para nós, principalmente para os que sofrem nas filas todos os dias. Esta palavra, que deriva de outra de origem latina “omnibus”, que significa “para todos”, foi criada na França em 1826, quase por acaso. Segundo registros históricos, nos arredores de Nantes um coronel da reserva de nome Stanislau Brandy havia construído um moinho a vapor. Para aproveitar o calor excedente gerado pela máquina, ele teve a ideia de construir em anexo um balneário público. Os fregueses esperados não apareciam. Atribuindo essa ausência de freguesia à distância entre a cidade e o balneário, Brandy resolveu então implantar uma linha regular de coches – carro cumprido puxado a cavalo - ligando o centro da cidade ao seu empreendimento. Mas a medida não adiantou, pois o balneário continuava sem clientes. No entanto os coches circulavam sempre lotados. A conclusão era óbvia: a população não se interessava pelos banhos a vapor, mas pelo serviço regular de coches. Brandy fechou o balneário, mas manteve a linha de coches, que já eram conhecidos por ônibus pela população. A origem do nome é curiosa: acontece que os coches tinham ponto de partida em frente à loja de um comerciante de chapéus chamado Omnes, que utilizava como slogan de seu negócio a frase “Omnes Omnibus”, que, em latim, significa “tudo para todos”. Como o nome ônibus combinou bem com o tipo de serviço que oferecia à população, um transporte que realmente podia ser utilizado por todos, Brandy manteve a denominação. O termo ônibus acabou sendo perfeitamente assimilado e adotado para designar transporte coletivo. O termo se manteve ao longo dos anos, até depois da invenção do primeiro ônibus motorizado, criado por Benz em 1895.
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Depoimentos
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Arlanza Crespo
arlanzacrespo@yahoo.com
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Beijo na boca, mão no peito e coisa e tal...
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Realmente eu não entendo esse mundo em que vivemos. Sou uma pessoa tranquila, de hábitos simples, sexagenária e aposentada, mas mesmo assim estou sempre me deparando com situações inusitadas. Sei que era para eu estar quieta em casa, cuidando das minhas plantinhas, vendo novela e viajando nos feriados para Caxambu. Mas não tenho plantinhas, não gosto de novelas e odeio estação de águas. Então passeio pelo Leblon. Vou à praia, ao supermercado e dou minhas caminhadas. Vida simples, não é? Não! As situações estranhas teimam em me perseguir. Semana passada fui ao supermercado e de repente um senhor (muito distinto) me pediu opinião sobre papel higiênico, tipo “Você acha que esse é macio?”. Juro por Deus, não estou mentindo. Na hora fiquei meio sem graça, depois fiz que sim com a cabeça e fui embora.
Em casa pensei até em escrever uma crônica sobre isso, mas acabei deixando pra lá. Hoje na praia novamente aconteceu... Eu estava quieta, deitada na minha canga, quando chegou um rapaz, sentou mais ou menos perto e começou a falar alto no celular. Primeiro era com uma amiga, combinando uma viagem para Nova York onde iam comprar algo que era novidade no mercado brasileiro, coisa para se ficar milionário do dia para noite. Depois ligou para um amigo e começou a falar da “night” anterior, da mulher que ele pegou, dos detalhes da transa, coisas que eu não posso contar aqui de tão íntimas. Só que ele falava tudo na maior altura. E terminou a conversa falando de uma tal festa que ia acontecer no fim de semana: “Pô cara, é a festa do século, o nome é “Festa do beijo na boca, mão no peito e coisa e tal...”. Disse o nome do ani-
versariante, o local, o dia e a hora.Fiquei me perguntando o que fazer numa hora dessas? Sinceramente não sei. Deitada estava, deitada continuei, mas não posso me fingir de surda. Meu amigo disse que eu deveria ter olhado para ele com cara feia, de quem não estava gostando, mas a praia é pública e eu podia ter mudado de lugar, afinal os incomodados que se mudem. Também não ia adiantar, do outro lado tinha duas mulheres conversando futilidades e mais na frente quatro surfistas. Aí eu é que não quis arriscar. Para falar a verdade me interessei muito pela festa do “beijo na boca”. Se eu fosse mais jovem bem que “tava dentro”, afinal eu tinha sido quase que convidada, e o meu vizinho de areia já era quase meu amigo íntimo. Que loucura! Acho que o sol está afetando os meus miolos!
Sil Montechiari
Dispa-se! No momento não aceitamos interferências, opiniões, sugestões, críticas, palpites e podem deixar o elogio pra lá.
A primeira sensação é a que fica mudança ou construção de alguns hábitos, sinto informar, é um processo solitário. Cuidar-se é uma tarefa individual, uma responsabilidade pessoal Tudo fica menos complicado se, ao invés de acumularmos mil nomes e opções de tratamentos, percebermos que beleza não é uma questão de mágica mas de carinho consigo mesma. Pra começar lembre-se de hidratar-se ! Beba muito líquido, principalmente muita água e use cremes específicos para cada parte distinta de seu corpo. Cotovelos, pernas e pés pedem hidratantes mais potentes e de ação prolongada. Aplique o produto após o banho para melhor absorção. O colo e as mãos costumam “denunciar” nossa idade e precisam de cuidados especiais. Os sinais naturais de envelhecimento são chamados de envelhecimento intrínseco , em que a pele perde sua firmeza devido a perda de elastina e colágeno. Por isto, é um grande engano achar que uma pele oleosa não precisa de hidratação. E que nossas idas esporádicas ao dermatologista vão manter nossa pele radiante. (É claro que existem pessoas que levam a sério o tratamento e conseguem utilizar vários tipos de cremes farmacológicos, manipulados e intervenções químicas somente no rosto). E outras se esquecem do restante do corpo. Devemos efetuar a limpeza, tonificar e hidratar diariamente a pele do rosto. Prestar atenção as áreas dos olhos que são mais sensíveis. A boca que também sofre com a perda de água. A limpeza é fundamental para retirar o acúmulo de impurezas e a hidratação para evitar o ressecamento. Tonificar tem a função de refinar os poros. Uma base com fator físico que protege da luz fria do ambiente fechado de trabalho, ar condicionado, mudanças bruscas de temperatura etc. e pronto. Isto é o básico. Só não esqueça do filtro solar! Siga este conselho (que pode até parecer clichê). Mais continuo insistindo que o simples é o máximo da sofisticação! (um amigo disse que foi o Leonardo da Vinci e não o Einstein quem escreveu). Agora vou pegar esta frase como um lema pra mim. Hidrate-se! Você vai sentir recompensa instantânea com a sensação de frescor, maciez e suavidade!
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Em tempos so fast, ser slow chic é uma solução elegante de lifestyle. A proposta deste lugar é falar, antes de tudo, de um estado de espírito, um sentido de liberdade. Falar sobre estilo nos vincula inevitavelmente as nossas atitudes Neste “guia” de comportamentos não quero ditar regras, esnobar goma. Quero dar minhas opiniões, truques e sugestões. Quero “desfilar” dicas de estilo, viagens, beleza e decoração. Além de fantásticos endereços. Ser slow é para quem entende e pode - sobretudo na arte de viver ! É levemente divertido e também esnobe, o que não faz mal nenhum. Inevitavelmente vamos falar de “coisas de mulherzinha”. Melhor, de it girls. Do tipo que encanta os homens. Mulheres bem tratadas e cuidadas. Cuidadosas. Mulheres que querem se manter informadas e atualizadas. Que buscam boas opções, as últimas boas referências ( jamais confundam com uma fashion victim, por favor). Essas que fazem pesquisa, se adequam, sabem priorizar suas necessidades e principalmente, “trabalhar” seus desejos. Mulheres chiques, fashion, up-date. Mulheres maravilhosas. Mulheres Fabulosas !!! Todas essas do tipo fácil de encontrar. Do tipo mulher que já é um desdobramento magnífico dos inúmeros requisitos do próprio universo feminino. Mulheres simplesmente. Nada mais slow que viver de acordo com a própria idade. E “otimizar”os atributos de cada fase. Descobrir boas maneiras de dar um up na aparência, usar a criatividade sem precisar desembolsar todo o salário (mesmo que seja o do marido) em tratamentos exorbitantes . Se ficar muito evidente que é para parecer rica então, so vulgaire. Claro que cuidar-se é fundamental. Cuidar-se interna e externamente é o melhor recurso à favor de nossa beleza. Além dos conceitos e caráter que “moldam” nossa alma, o tamanho do nosso sorriso que ilumina a nossa face, podemos também, modificar a cada instante, o que nos incomoda no visual. Com novas escolhas e determinação. Desde a “cara” do nosso closet até a foto do Facebook passando pelos quilinhos indesejados. Claro que tudo fica mais fácil com ajuda profissional, a orientação de produtos e serviços adequados. Mas a
silmontechiari@gmail.com
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Mary Quant – a revolucionária criadora da minissaia
“
Devemos efetuar a limpeza, tonificar e hidratar diariamente a pele do rosto
”
Espaço Oswaldo Miranda oswaldomiranda@uol.com.br
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Na literatura canina, se que é que assim podemos dizer, há um destaque – Lúcia Stela de Moura Gonçalves, jornalista, que com a colaboração de Simone Maia Fernandes, médica veterinária, lançou uma segunda edição de seu já festejado livro “O melhor amigo – dicas e historinhas”. Uma tarde-noite de autógrafos, muita gente simpática na loja Bichos e Caprichos, ali na Carlos Gois, 234, no Leblon. Senhoras, senhores e especialmente crianças, lá estavam para prestigiar a autora, adquirir o interessante trabalho e, papo daqui, papo dali, falar de seus adorados animais de tanta estimação. Na abertura, Lúcia escreve sobre os porquês de sua vida assim tão dedicada a esse carinhoso relacionamento com os cachorros, sua afeição e a inspiração que tais animais a levaram a escrever e publicar livros. E afirma que por eles, tanto o amor que lhes dedica, acabou se transformando, então, numa cachorrólatra, epíteto que sem dúvida, se aplica com propriedade à minha querida nora, mais filha do que nora, em verdade, Maria Emília. E é justamente para ela e sua esperta Preta (york shire) que Lúcia fez uma simpática dedicatória. Além da agradável leitura, até com os dez mandamentos da guarda dos cães e os dez pedidos de um para seu dono... Lúcia oferece agradáveis depoimentos de pessoas sobre suas convivências com os adoráveis bichinhos queridos. Quem quiser, basta discar 2529-6889 ou passar um e-mail para luciasmoura@terra.com.br
Deu na
mídia
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“O melhor amigo” tem segunda edição Cão Guia Coincidentemente, peguei no Jô (GNT-41) o momento em que ele conversava com a estudante Camila Araújo Alves, 21 anos, moradora de Niterói, cega desde os quinze anos de idade. Ela
fora convidada para ir ao programa depois de ter sido impedida de entrar em um restaurante no Rio com seu cão-guia, a Pucca, uma fêmea golden retrieve. Camila tentou fazer valer a lei federal de
2005, que garante a circulação desses animais em locais públicos e privados. Ela entrara no estúdio conduzida pelo seu cão-guia e acompanhada pelo treinador do animal. A moça servia-se da tradicional bengala, declarando-se absolutamente feliz ao ganhar a companhia de Pucca para suas andanças, embora ainda encontre algumas dificuldades, como entrar em supermercados, restaurantes etc... Jô fez observações a respeito para que tais discriminações sejam abolidas, enquanto que o companheiro de Camila dizia dispor de oito cães na missão e que no Brasil há 2 mil deficientes da visão aguardando um cão-guia. O projeto Cão Guia Brasil tem como objetivo: treinar cães para guiar pessoas com deficiência visual ou com baixa visão; facilitar o acesso das pessoas com deficiência visual à parceria com um cão-guia; formar novos treinadores e instrutores; preparar a sociedade para receber esta nova realidade através de palestra e workshops em congressos, empresas e instituições de ensino. São muitas as exigências para a formação de um cão-guia e poucas as instituições que realizam este trabalho no país. Ainda assim, profissionais qualificados de diversas áreas têm se mobilizado para transformar esta realidade e facilitar o acesso das pessoas com deficiência visual aos animais. Colabore com o Instituto Cão-Guia Brasil. Mais informações em www.caoguiabrasil.com.br
MÍDIA GERAL: “Morre Italo Rossi”. Sua primeira novela foi Bravo, de Janete Clair, que assim o estará acolhendo na glória de Deus. // VEJA: “Ministro Joaquim Barbosa, do STF, relator do processo do Mensalão: “ - O sistema penal brasileiro pune·- e muito... principalmente os negros, os pobres, as minorias em geral.” O Art. 5º da Constituição diz que todos são iguais perante a Lei.” O duro é entender o Zé Dirceu e sua gangue, ai, como todos... // LOLA - capa - Deborah Secco: “A atriz não tem medo dos seus personagens.” Mas que Natalie Lamour foi de lascar, lá isso foi. // CARTA CAPITAL: “Reforma agrária descanse em paz. No governo do PT o programa refluiu. A concentração no campo continua a mesma da ditadura. Ainda faz sentido distribuir terra?” E Jango seria sacrificado - lembram? // MIDIA GERAL: “Cesar Cielo ouro nos 50 borboleta e livre em Shangai”. Agora, rumo a Londres e aqui é para furosemida. // MIDIA GERAL: “Sai Jobim, entra Amorim.” Plim-plim // METRO: “Das mulheres assassinadas no país, 28% morrem em casa. “Esses dados horrorosos são Anuário das Mulheres Brasileiras, acreditem. // VEJA: Mailson de Nóbrega (ex-ministro da Fazenda) “A corrupção tende a diminuir.” Sim, mas depois ele acrescenta que é inerente às pessoas e às organizações... e ficamos combinados, como dizia Danuza Leão. // MIDIA GERAL: Alfredo Nascimento (ex-ministro dos transporte) “Eu não sou lixo, o PR não é lixo, os sete senadores do partido não são lixo”. José Carlos Cordeiro, leitor de Veja, comentou: “Não há como discordar. Afinal de contas o lixo é reciclável”. // HOJE: - Viriato Costa: “A cada dez minutos um idoso é agredido no pais.” O locutor acrescenta que 10% deles não sabem como se defender. Peguem o Estatuto dos velhinhos, e pau nos covardes. // METRO: “Leilão de filme pornô de Marilyn aos 21 anos, avaliado em 500 mil dólares, só teve oferta, em leilão na Argentina, de 280.” Imaginem - Marilyn encalhada.
Que tal especularmos um pouco sobre o sanpaku. Diz-se que vem do japonês, definindo os olhos onde a área branca do globo fica visível também na região inferior ou superior, entre a íris e a pálpebra. Em seu livro, o japonês George Ohsawa, criador da macrobiótica, abre informações sobre conceito do sanpaku. No entanto, ainda permanece a dúvida sobre o conceito se o sanpaku é sinônimo de alguma coisa não muito boa. Para a macrobiótica, baseada na antiga filosofia oriental das forças universais Yin-Yang, pode-se definir os que têm sanpaku como propensos à fadiga crônica, baixa vitalidade sexual,
reflexões ruins, mau humor, incapacidade de dormir bem e falta de precisão nos pensamentos e ações. Em termos de bioquímica, haveria uma importante relação entre o sódio e o potássio no corpo da pessoa. Olhos sanpaku poderiam ser um sinal de que as coisas vão mal, em determinado momento na vida de alguém. Mas daí a admitir-se a maldição, fica sempre uma dúvida. Não obstante a história registrar alguns casos que reforçariam tal hipótese. Abraham Lincoln, John Kennedy, seu irmão Bob, Marilyn Monroe, Diana, Michael Jackson, James Dean, Indira Gandhi, John Lennon, Maysa, todos sanpakus, mortos em acidentes, overdose ou assassinados. Mas Bette Davis, do mesmo grupo, faleceu de morte natural, aos 81, num hospital. A querida de todos nós, essa moça vitoriosa, de carreira espetacular na televisão, atualmente uma das poucas unanimidades nacionais, Juliana Paes, aqui está, vigorosa, fulgurante em sua carreira artística, negando, mesmo com seus olhos vivos, que é pessoa certa na conta-mão do sanpaku. Seu destino está abençoado. Seu sanpaku é apenas um toque sensível no seu visual, compondo as delicadas feições de um rosto admirado por milhões de telespectadores. Juliana é a anti-sanpaku e fim de papo. Tanto mais agora, quando se baba toda, dando de mamar à sua primeira cria, longe das novelas e vivendo sua melhor personagem – mãe, e ainda atuando como madrinha da campanha do Ministério da Saúde que objetiva elevar os índices de aleitamento materno, que aqui estão em 41% para bebês de até seis meses.
Nem toda placa é... de gol Aqueles que me dão a honra e o estímulo de uma paradinha aqui neste Espaço hão de concordar comigo, sem dúvida. É absolutamente impossível que esta placa tenha sido fotografada em Brasília. Enquanto no futebol está consagrado o “gol de placa” - Pelé, Zico, Ronaldinho... - aqui está a pIaca que não é de gol.
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Juliana Paes é sanpaku (?)
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prevenção
Por que fazer seguro?
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Marcelo Aires
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Vou começar contando um pouco sobre a história da atividade seguradora no Brasil. Ela teve início com a abertura dos portos ao comércio internacional, em 1808, por D. João VI. A primeira sociedade de seguros a funcionar no país foi a “Companhia de Seguros Boa-fé”, que operava no seguro marítimo. Neste período a atividade seguradora era regulada pelas leis portuguesas. Somente em 1850, com a promulgação do “Código Comercial Brasileiro”, é que o seguro marítimo foi regulado por nossas leis em todos os seus aspectos. O advento do “Código Comercial Brasileiro” foi fundamental para o desenvolvimento do seguro no Brasil, incentivando o aparecimento de inúmeras seguradoras, que passaram a operar não só com o seguro marítimo, mas também com o terrestre. A modalidade de seguro de vida, até então proibida, foi autorizada em 1855. Com a expansão do setor as empresas de seguros estrangeiras começaram a se interessar pelo mercado brasileiro, surgindo por volta de 1862 as primeiras sucursais de seguradoras sediadas no exterior. Estas transferiam para suas matrizes os recursos financeiros obtidos pelos prêmios cobrados, provocando uma significativa evasão de divisas. Assim, visando proteger os interesses econômicos do país, foi promulgada em 1895 a Lei n° 294 dispondo exclusivamente sobre as companhias estrangeiras de seguros, determinando que suas reservas técnicas fossem constituídas e
tivessem seus recursos aplicados no Brasil, para fazer frente aos riscos aqui assumidos. Algumas empresas estrangeiras mostraram-se discordantes e fecharam suas sucursais. Muitas vezes nos perguntamos ”Por que fazer seguro se nunca me aconteceu nada?“. Pois é... tentarei explicar o seguinte, a premissa básica do seguro é prevenir perdas de ordem material, corporal ou financeira, contra o segurado ou terceiros, por motivo de um acidente inesperado, súbito e imprevisível. Caso você nunca teve um sinistro não quer dizer que nunca terá, basta fazer um breve questionamento entre as pessoas e amigos de seu convívio e comprovar o quanto estamos expostos ao risco. Todo mundo tem planos para a vida: estabelecer uma família, uma casa, uma profissão, um negócio ou preparar uma base para velhice e a aposentadoria. No meio deste caminho eventos inesperados podem obrigar qualquer um a recuar alguns (ou muitos) passos já dados para aquelas conquistas. Quebrar a perna ou ser internado num hospital com uma doença grave são fatos que podem acontecer a qualquer um. E, embora não esteja nos planos de ninguém morrer jovem, esse risco existe. Nessa hora é que o seguro é importante. Com ele é possível construir uma rede de proteção financeira contra esses eventos inesperados. Por exemplo, ter o carro roubado é um risco. Pode-se assumir esse risco e simplesmente
arcar com a perda do veículo, ou partilhar o prejuízo com a seguradora, que é uma empresa especializada em assumir riscos. Fazer seguro garante que, por exemplo, se o seu carro for roubado ou perdido num acidente de trânsito alguém vai pagar parte da perda. No caso de uma grande empresa, que tem muitos bens (fábricas, equipamentos, veículos, funcionários, imóveis, estoques de matérias primas) o seguro é fundamental. Um incêndio numa fábrica pode destruir o resultado do trabalho de várias gerações, milhões em investimentos. No mercado existem muitas companhias seguradoras e todas elas trabalham com a intermediação obrigatória de corretores de seguro. Com tantas opções, a escolha da proposta de seguro não deve ser determinada apenas em função do preço e das condições de pagamento. É importante conhecer a tradição do corretor de seguros e da seguradora. O corretor deve ser visto como um consultor, alguém que vai ajudá-lo a encontrar o seguro mais adequado às suas necessidades. Ele vai orientá-lo na escolha da seguradora e dos tipos de cobertura mais adequados ao seu perfil e aos riscos a que estamos expostos todos os dias. Por isso, ao adquirir um bem ou ampliar seu negócio, pense na luta diária para conquistá-los. Tenho certeza que você verá que seguro é a forma mais econômica, tranquila e garantida de proteger seu negócio e seus dependentes.
A Clínica São Vicente, em
Ancelmo Góes são alguns nomes
parceria com o Centro de Estudos
entre o seleto grupo de mais de 50
e Pesquisas Genival Londres, rea-
palestrantes de quatro estados que
lizará em outubro a sétima edição
participarão do evento, distribuídos
do seu Congresso Multidisciplinar.
em 11 simpósios.
Além de fóruns de atividades mé-
A importância do trabalho mul-
dicas nas especialidades focos da
tidisciplinar, o ensino e a pesquisa
instituição como Cardiologia, Neu-
também não foram esquecidos.
rocirurgia, Oncologia e Ortopedia,
Teremos um fórum exclusivo para
este ano resolvemos ampliar os
áreas de Enfermagem, Nutrição,
debates para outras áreas ao redor
Psicologia e Farmácia, além de dois
da prática médica, que darão um
cursos: Medicina Intensiva e Fisio-
enfoque mais abrangente e condi-
terapia. Ambos darão direito aos
zente com as transformações que a
candidatos de concorrer a estágios
saúde está vivendo em nossa cidade
na Clínica São Vicente.
todos a oportunidade de expres-
Para finalizar, cito uma frase do
Gostaríamos de convidar toda
sarem suas convicções e pontos
livro A vida por um fio e por um triz
Para tanto, incluímos os fóruns
a sociedade para participar desse
de vista e catalogar sugestões para
de um de nossos convidados, o Dr.
de Economia em Saúde, Educação
grande debate sobre a saúde que
melhorar esse segmento, que é
Elias Knobel, que reflete o espírito
em Medicina, Direito em Saúde,
será realizado nos dias 21 e 22
essencial para nossas vidas, neste
do nosso congresso: “A vida só pode
Jornalismo em Saúde e Ética & De-
de outubro de 2011, no Windsor
momento em que as atividades
ser compreendida olhando-se para
ontologia; e procuramos convidar
Barra Hotel. Confira a programa-
assistenciais estão sendo reduzidas
trás, mas ela só pode ser vivida
para esses debates profissionais que
ção completa do evento no site da
em sua grandeza. Por isso, cabe a
olhando-se para a frente, e eu quero
têm atuação destacada na sua área.
Clínica São Vicente no endereço
nós recuperar e defender seus con-
olhar muito tempo para a frente,
Paulo Niemeyer Filho, Elias Knobel,
www.clinicasaovicente.com.br
ceitos e seus princípios. Será um
porque eu gosto da vida e quero
prazer contar com a sua presença!
continuar vivendo”.
e em nosso país.
José Luiz Runco, Roberto D’Ávila e
Nosso objetivo é abrir para
Cláudio Vieira é ouvidor médico e coordenador do VII Congresso Multidisciplinar da Clínica São Vicente
Cirurgiã-Dentista
Ortodontista CRO-RJ 25.887
EMERGÊNCIA
GERAL
Tel.:2529-4505
Tel.:2529-4422
Setembro 2011
A saúde em debate
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Tamas
Passou diante de mim um cometa, um asteróide, uma nave com andróide ou uma simples borboleta? Perdido numa reflexão pra lá do além não percebi bem o objeto voante que passando diante dos meus olhos de forma galopante, não me mostra solução, me deixa uma interrogação e acrescenta mais uma dúvida na confusão.
“Sentimentos vazios Palavras inúteis.” “Existem distâncias que, mesmo curtas, são intransponíveis.” “Produzir O que? Para quem?” “O mundo está precisando de fada-madrinha.” “Crianças deitadas pela rua. Infância escorrendo para o esgoto.” “Quantos sonhos realizam um desejo?” “Bomba d’água não vai à guerra.” “Pior que insônia é insônia com mosquitos.” “A união dos pingos faz a chuva.” “Sete dias na semana. Escolha um para ser feliz.” “Animais domésticos animalizam o ser humano.”
Pensamentos Pró-fundos
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Instante Fugaz
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2004.tamas@openlink.com.br
Haron Gamal hjgamal@ig.com.br
Livro póstumo de Rodrigo de Souza Leão mostra a precária fronteira entre a lucidez e a loucura Pode-se dizer que loucura e literatura sempre tiveram algo em comum. A primeira caracteriza-se por uma certa desordem, pela inauguração de um sentido que não é o da maioria. A boa literatura, sobretudo a poesia, caminha na mesma direção. Há quem diga que a literatura é o único lugar onde se pode instaurar a subversão. Sua sintaxe, para ser compreendida, necessita de uma outra ordem. Tira-se o sentido original de uma palavra e está, em princípio, estabelecido o caos; muda-se a combinação entre determinados vocábulos e este caos se estende ao infinito. Desde a antiguidade, filósofos que pensaram a literatura, começando por Aristóteles, preocuparam-se em escrever algum tipo de arte poética, quem sabe um modo de limitar o caos a determinada disciplina. Rodrigo de Souza Leão (1965-2009), em O esquizoide (livro póstumo), começa sua narrativa dizendo: “Eu sou esquizofrênico.” Verdade, o autor transitou entre o mundo da lucidez – digamos assim sobre a realidade que nos cerca – e internações em clínicas psiquiátricas. Ao mesmo tempo, tornou-se escritor, escreveu romances. Portanto, algo que pertence ao gênero da ficção. O leitor, inquieto e em dúvida, poderá perguntar: como um esquizofrênico, alguém que possui sérios transtornos mentais, pode escrever uma obra de arte plena de sentido? Teríamos então que compactuar com o pedido deste narrador em primeira pessoa: “Peço que duvidem de mim.” Mas não é isso que acontece. Seguimos Rodrigo em seu périplo de vida e, mesmo sem querer, acreditamos nele. Esse narrador é muito convincente. Como duvidar de algo que é comum a todos nós: o estranhamento que a própria vida e literatura refletem e provocam? Esta arte feita de palavras, para ser verda-
deira é constituída de duplos. E nada melhor do que o romance de Rodrigo para reafirmar essa verdade. Sua história começa quando ele já tem vinte e três anos e tenta levar uma vida normal, como todos os jovens. Mas vem a crise, e a partir dela tudo se transforma. O que a provocou, para ele, no entanto, não é fruto de uma imaginação fértil, mas a mais pura verdade. Para nós outros, os da esfera da normalidade, tudo não deixa de ser criação de sua mente. O narrador construirá toda uma vida que ora beira a realidade comum a todos, como a leitura, a escrita, o amor e o desamor a uma mulher, o afeto e o desafeto aos (e dos) pais e familiares, ora trilha a realidade comum apenas a ele, onde estará sempre presente “bomba” da qual ele se diz inoculado, a possibilidade de que ela, de um momento para outro, exploda dentro dele e acabe com tudo. Ainda há as pessoas que o perseguem. Enfim, Rodrigo, também o nome do narrador, vive duplamente, como a necessidade da palavra e seu desdobramento em metáforas. Optando apenas pelo âmbito literário, temos uma narrativa em linguagem cotidiana, que apesar de poucas páginas, descreve em pormenor as inquietações comuns à maioria das pessoas. Freud, codificando a psicanálise, já anunciava que o sintoma é uma espécie de linguagem, uma manifestação de busca da cura, um tipo de reconstrução da realidade em forma de ficção. O esquizoide insere-se numa ordem que tem como ponto de partida uma aparente desordem, semelhante ao estatuto da literatura como reconstrução e atribuição de sentido a uma determinada realidade. Através dela, podemos perceber o grito de dor e dúvida de toda a humanidade. A partir desse ponto de vista, o livro
Gisela Gold giselagold@terra.com.br
apresentaria uma questão que, na verdade, é comum a todo ser humano: não estaríamos tão distantes do modo de vida do narrador deste livro. Sentiríamos como ele, ao tentar definir sua doença: “É acordar no escuro estando tudo claro. É como se só existisse pesadelo dentro do sonho. É ir dormir e quando acordar ver que começa mais uma vez o pesadelo. É ouvir vozes de uma ventania. Ser levado rumo à floresta escura e ao abismo. Ser esquizofrênico é descer numa montanha-russa que não termina nunca. Ou simplesmente tomar os remédios.” Por isso, a nós “normais”, o mundo-shopping-centerparque de diversões dos dias de hoje... Tantos os remédios! Ler a obra de Rodrigo, não só este livro como os anteriores (Todos os cachorros são azuis, Me roubaram uns dias contados), é tocar numa questão desagradável mas necessária. Se o sintoma é uma espécie de linguagem que tenta recuperar uma realidade perdida, a literatura como linguagem tornarse-ia algo comum tanto aos “loucos” como aos sãos, mostrando que a fronteira que nos separa não se mostra tão distinta. O esquizoide – coração na boca, de Rodrigo de Souza Leão Editora Record, 77 páginas
Xavier era homem de crer no amor. Acreditava que o amor não era crendice, nem era de algodão doce. Também não podia pegar, mas pegava Xavier de jeito. Amor é troço para quem não precisa do outro. Não tem acento de desespero. Amor não tem jeito de promoção. Não dá para tentar dois em um. São dois. Cada um. Xavier flertou com Natalia. Não se pareciam. Mas com ela quis formar par. Natalia se assustara com tantos camaradas que Xavier cultivava durante a vida. Dinheiro no bolso? Necas. Certezas? De que a vida é incerta. Seu futuro era hoje. Natalia queria um cheque garantia. E perdia cada poesia do instante de Xavier. Moço aquietou-se como doce caseiro. Tentou pegar um norte no mundo da moça. Quando chegou ao sul, sabia de Natalia como tabuada, mas esqueceu sua conjugação. Xavier virou sujeito indefinido. Mas continuava entendendo de Natalia como ninguém.
Natalia queria casório. Xavier sabia que o amor vinha com o tempo, mas o relógio da moça adiantara-se. A poesia escapou-lhe entre os dedos. E a vida do gadjo entrou em banho-maria. Xavier não sabia em que bolso deixara as delicadezas. A esperança ficou miúda. Foi quando avistou a mão de Natalia. Quase ao tocá-la, ouviu da moça que o tal do amor que vem com o tempo já não estava em seus planos. Os olhos de Natalia miravam outros há algum tempo. Os dedos não mais se encontravam e já apontavam a porta de saída. A moça não conseguira apostar naquele homem. Não lhe deu chance do sorriso voltar. Tinha pressa de se arrumar. Pressa de amor prontinho. Mal sabe a moça que o amor só se apronta depois que sabe muito bem onde vai morar. Xavier era homem de crer no amor. Era. Precisa voltar.
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Valsa triste
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27 - A 37 - A
28 - A 38 - A
29 - B 39 - C
30 - B 40 - C
GÁVEA
Banca do Carlos Rua Arthur Araripe, 1 Tel.: 9463-0889
Menininha Rua José Roberto Macedo Soares, 5 loja C Tel.:3287-7500
LEBLON Banca Scala Rua Ataulfo de Paiva, 80 Tel.: 2294-3797
Banca Encontro dos Amigos Rua Carlos Goes, 263 Tel.: 2239-9432
Banca Feliz do Rio Rua Arthur Araripe, 110 Tel.: 9481-3147
Da Casa da Tata R. Prof. Manuel Ferreira,89 Tel.: 2511-0947
Banca Café Pequeno Rua Ataulfo de Paiva, 285
Banca João Borges Clínica São Vicente
Delírio Tropical Rua Mq. São Vicente, 68
Banca Mele Rua Ataulfo de Paiva, 386 Tel.: 2259-9677
Banca Luísa Rua Cupertino Durão, 84 Tel.: 2239-9051
Banca MSV Rua Mq. de São Vicente, 30 Tel.: 2179-7896
Chez Anne Shopping da Gávea 1º piso Tel: 2294-0298
Banca Novello Rua Ataulfo de Paiva, 528 Tel.: 2294-4273
Banca New Life R. Mq. de São Vicente,140 Tel.: 2239-8998
Super Burguer R. Mq.de São Vicente, 23
Banca Rua Ataulfo de Paiva, 645 Tel.: 2259-0818
Banca Alto da Gávea R. Mq. de São Vicente, 232 Tel.: 3683-5109
Igreja N. S. da Conceição R. Mq.de São Vicente, 19 Tel.: 2274-5448
Banca Real Rua Ataulfo de Paiva, 802 Tel.: 2259-4326
Banca dos Famosos R. Mq. de São Vicente, 429 Tel.: 2540-7991 Banca Speranza Rua dos Oitis esq. Rua José Macedo Soares Banca Speranza Praça Santos Dumont, 140 Tel.: 2530-5856 Banca da Gávea R. Prof. Manuel Ferreira,89 Tel.: 2294-2525 Banca Dindim da Gávea Av. Rodrigo Otávio, 269 Tel.: 2512-8007 Banca da Bibi Shopping da Gávea 1º piso Tel.: 2540-5500 Banca Planetário Av. Vice Gov. Rubens Berardo Tel.: 9601-3565 Banca Pinnola Rua Padre Leonel Franca, S/N Tel.: 2274-4492 Galpão das Artes Urbanas Hélio G.Pellegrino Av. Padre Leonel Franca, s/nº - em frente ao Planetário Tel: 3874-5148 Restaurante Villa 90 Rua Mq. de São Vicente, 90 Tel.: 2259-8695
Chaveiro Pedro e Cátia R. Mq. de São Vicente, 429 Tels.: 2259-8266 15ª DP - Gávea R. Major Rubens Vaz, 170 Tel.: 2332-2912 J. BOTÂNICO Bibi Sucos Rua Jardim Botânico, 632 Tel.: 3874-0051 Le pain du lapin Rua Maria Angélica, 197 tel: 2527-1503 Armazém Agrião Rua Jardim Botânico, 67 loja H tel: 2286-5383 Carlota Portella Rua Jardim Botânico, 119 tel: 2539-0694 Supermercado Crismar Rua Jardim Botânico, 178 tel: 2527-2727 Posto Ypiranga Rua Jardim Botânico, 140 tel:2540-1470 HUMAITÁ Banca do Alexandre R.Humaitá esq. R.Cesário Alvim Tel.: 2527-1156
Banca Top Rua Ataulfo de Paiva, 900 esq. Rua General Urquisa Tel: 2239-1874 Banca do Luigi Rua Ataulfo de Paiva, 1160 Tel.: 2239-1530 Banca Piauí Rua Ataulfo de Paiva, 1273 Tel.: 2511-5822 Banca Beija-Flor Rua Ataulfo de Paiva, 1314 Tel.: 2511-5085 Banca Lorena R. Alm.Guilhem, 215 Tel.: 2512-0238 Banca Cidade do Leblon Rua Alm. Pereira Guimarães, 65 Tel.: 8151-2019 Banca BB Manoel Rua Aristides Espínola Esq.R. Ataulfo de Paiva Tel.: 2540-0569 Banca do Leblon Av. Afrânio M. Franco, 51 Tel.: 2540-6463 Banca do Ismael Rua Bartolomeu Mitre, 144 Tel: 3875-6872 Banca Rua Carlos Goes, 130 Tel.: 9369-7671
Banca HM Rua Dias Ferreira, 154 Tel.: 2512-2555 Banca do Carlinhos Rua Dias Ferreira, 521 Tel.: 2529-2007 Banca Del Sol Rua Dias Ferreira, 617 Tel.: 2274-8394 Banca Fadel Fadel Rua Fadel Fadel, 200 Tel.: 2540-0724 Banca Quental Rua Gen. Urquisa, 71 B Tel.: 2540-8825 Banca do Vavá Rua Gen. Artigas, 114 Tel.: 9256-9509 Banca do Mário Rua Gen. Artigas, 325 Tel.: 2274-9446 Banca Canto Livre Rua Gen. Artigas s/n Tel.: 2259-2845 Banca da Vilma Rua Humberto de Campos Esq. Rua Gen. Urquisa Tel.: 2239-7876
Banca Miguel Couto Rua Bartolomeu Mitre, 1082 Tel.: 9729-0657 Banca Palavras e Pontos Rua Cupertino Durão, 219 Tel.: 2274-6996 Banca Rua Humberto de Campos, 827 Tel.: 9171-9155 Banca da Emília Rua Adalberto Ferreira, 18 Tel.: 2294-9568 Banca Rua Ataulfo de Paiva com Bartolomeu Mitre Banca Novo Leblon Rua Ataulfo de Paiva, 209 Tel.: 2274-8497 Banca Rua Humberto de Campos, 338 Tel.: 2274-8497 Banca Rua Alm. Pereira Guimarães, 65 Banca J Leblon Rua Ataulfo de Paiva, 50 Tel.: 2512-3566 Banca Av. Afrânio Melo Franco, 353 Tel.: 3204-2166
Banca Rua Prof. Saboia Ribeiro, 47 Banca Canto das Letras Tel.: 2294-9892 Rua Jerônimo Monteiro, 3010 Banca Largo da Meesq. Av. Gen. San Martin mória Rua Dias Ferreira, 679 Banca Tel: 9737-9996 Rua José Linhares, 85 Tel.: 3875-6759 Colher de Pau Rua Rita Ludolf, 90 Banca Tel.: 2274-8295 Rua José Linhares, 245 Tel.: 2294-3130 Garapa Doida R. Carlos Góis, 234 - lj F Banca Guilhermina Tel.: 2274-8186 R. Rainha Guilhermina, 60 Tel.: 9273-3790 Banca do Augusto Rua Humberto de Campos, Banca Rainha 856 R. Rainha Guilhermina,155 Tel: 3681-2379 Tel.: 9394-6352 Sapataria Sola Forte Banca Rua Humberto de Campos, Rua Venâncio Flores, 255 827/E Tel.: 3204-1595 Tel.: 2274-1145
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