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S ERVIÇO 8 Programa FLORESTA

A receita dessa edição é uma delícia apreciada pelos americanos, os cookies de chocolate. A receita é muito simples e possui algumas variações na massa e recheio.

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Gentileza leva arte ao Santa Tereza te de rua enriquece o lugar, o quarteirão está mais alegre agora", disse. Gentileza O Programa Gentileza tem como um de seus principais objetivos apoiar ações que contribuem com a melhoria do ambiente urbano, em espaços públicos ou privados, em benefício de uma cidade mais humana, alegre e gentil. Ana Laender, coordenadora e idealizadora do Programa Gentileza, ressalta que a parceria entre a Prefeitura e os artistas é primordial para que mais espaços públicos de Belo Horizonte sejam ocupados com iniciativas como a que aconteceu neste fim de semana. “A ocupação de espaços com o grafite traz a beleza da arte, a poesia ilustrada e o incentivo para que os moradores de Belo Horizonte encontrem agradáveis locais de permanência e convivência”, diz Ana Laender. O Programa Gentileza irá englobar outras áreas artístico-culturais e prevê a publicação de edital, por meio da recémcriada Secretaria Municipal de Cultura, para estimular a arte urbana em outras regiões da cidade.

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TRANSPORTE CLANDESTINO É ILEGAL NÃO ENTRE NESSA FRIA O transporte clandestino não oferece segurança: O risco de acidentes e atropelamentos é maior. As peruas e ônibus velhos não são vistoriados e a maioria dos condutores não possui habilitação para conduzir passageiros. No transporte legalizado isso não acontece: Os motoristas têm carteira D, recebem treinamento e os veículos são vistoriados periodicamente pelas autoridades. O DER precisa combater o transporte clandestino nas rodovias em todo o Estado de Minas Gerais, apreendendo peruas e ônibus irregulares.

120 anos

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ma obra em grafite coletiva foi realizada em um muro de aproximadamente 50 metros, na Rua Silvianópolis, no Bairro Santa Tereza. A obra, fruto do Programa Gentileza, da Prefeitura de Belo Horizonte, tem como tema a história e elementos culturais do tradicional bairro. O grupo de artistas grafiteiros realizadores do mural foi coordenado por Gabriela Meirelles e formado pelos artistas Nilo Zack, Ataíde Miranda, Hely Costa, Sérgio Ilídio, Arthur Ribeiro, Fhero, Nika, Michel Testa, Carol, Tão, Rodrigo Scalabrini, Gud Assis e John Viana. Sérgio Ilídio, um dos artistas do grupo, teve como tema uma imagem da Santa Tereza, ele conta: "como o projeto se chama Gentileza, eu resolvi trazer, como uma gentileza aos moradores do bairro, a imagem da Santa que lhe dá nome". Outros temas como o cantor Milton Nascimento, os arcos do Viaduto do Santa Tereza e a vida boêmia do bairro estão retratados no muro. Fabiana Barroso é moradora da Rua Silvianópolis há cerca de dez anos e ficou satisfeita com o novo visual do muro, que fica em frente a sua casa. "A ar-

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FLORESTA Be lo Ho ri zon te | Mi nas Ge rais | Nº 70 | 30 de Setembro de 2017 | Ano VI

Parque Muncipal O parque abriga diversos monumentos que fazem parte da sua história e da cidade de Belo Horizonte. Dentre eles, destacam-se a Ponte Rústica e a dos Namorados, Ponte Seca, Fonte da Lagoa dos Barcos, Bebedouro dos Burros, Escadaria do Belvedere, Mãe Mineira e Coreto.

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Ismar Dias de Matos Sacerdote diocesano; Professor de Filosofia e Cultura Religiosa na PUC Minas. E-mail: p.ismar@pucminas.br

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Cookies da

Por um Brasil

melhor

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os últimos m e s e s temse falado muito em corrupção. A operação “Lava Jato”, da Polícia Federal brasileira, tem le-

vantado tantas operações ilegais por esse Brasil afora, que a gente pensa que isso não vai acabar mais. É algo que se assemelha àquela caixa de lenços descartáveis: a gente puxa um, e vêm dois junto.

A corrupção não é algo novo. Nem no Brasil, nem no mundo. Mas não é algo que esteja necessariamente colado ao nosso ser. Faz parte de nosso campo ético. Pensemos isso de modo filosófico.

Uma sã filosofia nos ensina que “o agir segue o ser” (operari sequitur esse). Se o ser é bom, tudo o que predicarmos a ele terá chances de ser bom também. Mas se o ser foi ruim em sua essência, serão ruins as suas

Guilherme Teixeira

ações. Quem segue aos seus não degenera, diz o adágio popular. Ou também: quem herda, não rouba. É questão de DNA. Roubar um tostão ou um milhão, para quem é venal, depende apenas de uma ocasião. O ladrão de galinhas é tão corrupto quanto o ladrão de altíssimas somas de dinheiro; a diferença é apenas quantitativa, não qualitativa. Os réus (e/ou condenados) do Mensalão ou do Petrolão, assim como os colegas dos escândalos de operações anteriores e posteriores, de outros partidos e mandatos, são tão corruptos como as pessoas que enganam os semelhantes para poder ganhar dinheiro, ou corrompem, subornam para “se darem bem na vida”, etc. Não é o tamanho do delito que o faz imoral, mas a pró-

pria natureza do ilícito que o torna odioso, vergonhoso, ruim. Se é verdade que a ocasião faz o ladrão, estruturas ruins também cooperam para o surgimento do corrupto, e a impunidade incentiva o surgimento de corruptíveis e corruptores. Uma mudança estrutural para melhorar o que aí temos leva anos, décadas. O amadurecimento não advém apenas com um novo aparato legal. E não basta mudar pessoas. Todo o conjunto deve mudar: estrutural e pessoalmente. Acredito que estamos caminhando para uma mudança, para um Brasil melhor. Não há mágica. Não será após a Lava Jato que teremos um novo Brasil. Outras operações virão, nosso amadurecimento pessoal vai-se fazendo. Eu tenho esperanças de ver um Brasil melhor. Você tem esperanças? Por quê?

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FLORESTA GERAÇÃO BHZ LTDA CNPJ: 07.459.124/0001-89 Rua dos Jornalistas, 66 Correspondências: Av. Francisco Sales, 40/906 - Floresta - BH Telefone: (31) 99305-1127 Contato: geracaobhz@gmail.com

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oje vou ensinar a preparar uma delícia apreciada pelos americanos, os cookies de chocolate. A receita é muito simples e possui algumas variações na massa e recheio. Inclusive é um convite para que você possa testar novas opções de confeitos, recheios ou quem sabe usar algo para dar sabor na massa e criar uma nova versão do seu cookie? A minha receita é a clássica, os cookies são de baunilha com gotas de chocolate que vai bem com um café logo pela manhã ou durante aquele lanche da tarde. No site você pode conferir o video, onde conto com a ajuda da Juju para fazer essa delícia.

Ingredientes necessários: 1 e 3/4 de xícara de farinha de trigo 125 g de manteiga em ponto de pasta 3 colheres de sopa de açucar cristal 1/2 xícara de acúcar mascavo 1 ovo batido 1 colher de sopa de essência de baunílha 1 colher de chá de fermento em pó 200 g de chocolate bem picadinho # Preparo Misture a manteiga e o acúcar, mexa bem, misture o ovo. Em seguida adicione metade da

farinha e mexa até incorporar, adicione o fermento, a essência de baunílha e misture. Adicione o restante da farinha aos poucos. Por último adicione o chocolate e distribua em toda a massa. Faça bolinhas e asse em forno pré aquecido por 15 minutos a 200 graus. Nível de Dificuldade: Muito Fácil Serve de 3 a 5 pessoas

Juju

Essa e outras receitas em: www.voucozinhar.com.br www.youtube.com/voucozinhar www.fb.com/voucozinhar instagram.com/voucozinhar


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CIDADE

Campanha para trazer o jovem de volta para a escola

Lei que concede pensão a hansenianos completa dez anos

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o completar dez anos em vigor, a Lei Federal 11.520, de 2007, que concede pensão especial aos hansenianos submetidos a isolamento e internação compulsórios, atende a 8.810 pessoas que passaram por essa situação em todo o País. A informação foi divulgada por Magda Levantezi, coordenadora de Hanseníase e Doenças em Eliminação da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Ela participou de

audiência pública, na última quarta-feira (27/9/17), da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Destinada a comemorar a sanção da lei e os impactos que a norma trouxe aos atingidos pelo degredo, a reunião foi solicitada pelo deputado Durval Ângelo (PT), defensor histórico da causa. O deputado Durval Ângelo lembrou outro aspecto das violações cometidas contra os hansenianos: a violência com que os filhos eram retirados com-

pulsoriamente de pais diagnosticados com a enfermidade. Eni Carajá lembrou que há um projeto na Câmara dos Deputados que propõe a reparação financeira a esses filhos, mas o atual governo federal acena com o não reconhecimento da situação. Por esse motivo, o Morhan deverá ingressar com ações na justiça exigindo o direito. Em Minas, há quatro colônias, transformadas em casas de saúde administradas pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

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Elas ficam em Betim (Região Metropolitana de Belo Horizonte), Bambuí (Centro-Oeste de Minas), Ubá (Zona da Mata) e Três Corações (Sul de Minas). Estado pretende criar Comissão da Verdade O secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda, anunciou que o governo pretende criar uma Comissão da Verdade para tratar especifica-

mente da história esquecida dos hansenianos de Minas. De acordo com ele, a proposta é apresentar ainda neste ano um projeto de lei sobre o tema, para apurar todas as violações de direitos humanos cometidas contra esse público. Elogiando a iniciativa, o deputado Durval Ângelo lembrou que havia lançado um desafio no sentido de que as Comissões da Verdade estadual e nacio-

nal incluísse capítulos sobre dois tristes episódios na história brasileira: as internações compulsórias de doentes mentais no hospício de Barbacena (Região Central do Estado) e o apartheid social imposto aos hansenianos.

Assessoria de Comunicação Deputado Estadual Durval Ângelo Telefone: 2108-7248 www.durvalangelo.com.br

escola só fica comp l e t a quando você faz parte dela. É com esse mote que a Secretaria de Estado de Educação (SEE), pelo terceiro ano consecutivo, promove a Campanha VEM, uma das frentes da Virada Educação Minas Gerais, criada com o objetivo de trazer de volta para a escola o jovem em situação de evasão. A campanha é um chamamento para que os jovens que por algum motivo abandonaram a escola antes de concluir os estudos possam retornar em 2018. Os interessados devem se inscrever, por meio de formulário

eletrônico, até o dia 25 de novembro. Informações no site www.educacao.mg.gov.br Desde 2015, a SEE tem mobilizado esforços para sensibilizar os jovens sobre a importância de retornar aos estudos. A campanha é direcionada especialmente para as pessoas que ainda não concluíram o ensino médio e que desejam retornar para o ensino regular ou Educação de Jovens e Adultos (EJA), já que o Cadastramento Escolar 2018 deste ano contemplou também a EJA Ensino Fundamental. Ao manifestar o seu interesse por meio da inscrição no site da SEE, o candidato será então encaminhado a

uma unidade escolar e terá a sua vaga assegurada na rede estadual de ensino para o ano letivo de 2018. A secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, explica que a Campanha VEM faz parte de um movimento de mudança na escola, um esforço do Governo de Minas Gerais em escutar a juventude e discutir com toda a comunidade escolar estratégias para criar uma escola mais afinada com a realidade dos estudantes. “Estamos empenhados em ouvir a juventude e pensar ações que respondam as suas demandas para construirmos coletivamente. Realizamos rodas

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de conversas, pesquisas diagnósticas, encontros e diversos momentos de escuta, que desde o início desta gestão estão pautando nossas principais ações”, diz Macaé. A secretária destaca, entre as ações, a ampliação da Política de Educação Integral e Integrada em todo o estado, com o atendi-

mento de mais de 150 mil estudantes, e que, a partir deste semestre, passou a contemplar também 44 escolas de ensino médio; a educação profissional, que hoje já conta com mais de 44 mil alunos matriculados em cursos técnicos na rede estadual; o lançamento dos editais de iniciação científica no ensino médio; a

criação do Programa de Convivência Democrática; a ampliação do ensino médio noturno e reorganização da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Veja mais sobre as ações desenvolvidas nas escolas na Virada Educação no evento criado na página oficial da Secretaria no Facebook.


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Parque Municipal Américo Renné Giannetti: 120 anos

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a terça-feira, dia 26 de setembro, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, localizado no centro de Belo Horizonte, completou 120 anos. As comemorações pelo aniversário do mais antigo equipamento público da cidade, inaugurado antes mesmo da capital mineira, começaram já no domingo, dia 24 de setembro, e continuam até dia 1º de outubro, com uma variada programação elaborada pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica e seus parceiros. Inaugurado antes mesmo da então nova capital mineira, o parque, criado para ser o maior e mais bonito parque urbano da América Latina, recebeu, para abertura das festividades, diversas atividades voltadas à prática de yoga, doação de mudas e leitura. No decorrer da semana, os visitantes do parque podem desfrutar de atrações como teatro de fantoches, rua de lazer com diversos brinquedos e jogos de mesa, exposição e feira de or-

quídeas, apresentações musicais da Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e do Coral da Unimed BH, contação de histórias, apresentação circense, oficina de reciclagem e exposições de fotografias e plantas medicinais, entre outras. Saiba quem foi Américo Renné Giannetti Américo Renné Giannetti é o nome de um prefeito de Belo Horizonte na década de 50. Américo foi responsável por um Plano Diretor para a cidade, visando amenizar os problemas decorrentes do grande exôdo rural. Em seu mandato, Belo Horizonte ganhou a primeira linha de trólebus, veículos semelhantes aos ônibus, nas cores laranja e creme, movidos à eletricidade. Foi ele quem realizou a primeira grande reforma do Parque Municipal, com tratamento de água, recuperação dos jardins, asfaltamento das alamedas, implantação de uma fonte luminosa e uma “Concha Acústica”, para apresentação de concer-

tos ao ar livre. Na década de 1950, o parque recebeu o nome em homenagem ao prefeito, que faleceu em 1954. Biodiversidade e preservação ambiental O bioma da Mata Atlântica é o mais frequente no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, que também abriga representantes de floresta tropical, cerrado, campos e caatinga. A flora é composta por aproximadamente 300 espécies de árvores (nativas e exóticas); 350 espécies de plantas ornamentais; e 150 de plantas aromáticas. Mais de 60 espécies de aves (pássaros, garças, beija-flores, maritacas, etc), mamíferos (micos, gambás e morcegos), peixes, répteis, anfíbios, insetos e aracnídeos formam a fauna. A biológa do Parque Municipal, Andréa de Oliveira, conta que além da rica vegetação, que contribui para a manutenção do clima, absorção de partículas de poeira e diminuição da poluição do ar, a área verde conta com recursos hídricos capazes de manter em seu interior três lagoas abastecidas por água de nascente. Andréa conta, ainda, que nos últimos anos o parque recebeu novos animais, como a jacupemba (Penelope superciliares), saracura (Aramides cajanea), biguá (Phalacrocorax brasilianus) e o

canário chapinha ou canário-da-terra (Sicalis flaveola). “Em 2002, foi criado o viveiro de plantas medicinais. Já em 2007 foi recuperada a canalização de transporte das águas da nascente para as lagoas e inauguradas as duas cascatinhas (uma na Lagoa do Quiosque e uma na lagoa dos Marrecos). No ano de 2008, foi implantado o jardim das borboletas (espaço de conservação e educação ambiental)”, relembra a bióloga. Com seu trabalho de manejo, o parque mantém, recupera e controla as populações silvestres e domésticas, para garantir o equilíbrio do ecossistema e a preservação do meio ambiente. História O Parque Municipal Américo Renné Giannetti foi projetado no final do século XIX pelo arquiteto e paisagista francês Paul Villon. Antes de sua implantação, o espaço abrigava a Chácara Guilherme Vaz de Mello, conhecida como Chácara do Sapo. O local serviu de moradia para o próprio Paul Villon e para Aarão Reis, engenheiro chefe da Comissão Construtora, encarregada de planejar e construir a nova capital de Minas Gerais. Em 1924, o governador do Estado, Olegário Maciel, transferiu a residência oficial para o Parque Municipal até o final de sua gestão. Do projeto original, que previa um cassino, um restaurante e um

observatório meteorológico, pouco se construiu. As ruas, alamedas, lagoas e riachos foram traçados de forma livre pelo arquiteto. A arborização foi introduzida por meio de transplantio de árvores de grande porte trazidas de diversos locais da cidade e através do plantio de mudas produzidas em dois viveiros, criados por Paul Villon, às margens do Córrego da Serra. Assim como a cidade, o parque foi inaugurado tendo apenas uma parte das obras previstas finalizadas. O parque possuía, originalmente, uma área de 600 mil metros quadrados, tendo como limites as avenidas Afonso Pena, Mantiqueira (atual Alfredo Balena), Araguaia (atual Francisco Sales) e Tocantins (atual Assis Chateaubriand). A partir de 1905, inicia-se o processo de perda de espaços para construções diversas. No início do século XX, o Parque Municipal e a Praça da Liberdade tornaram-se as principais referências da cidade para a realização de eventos. Em janeiro de 1898, foi inaugurado o Velo Club, que passou a promover grandes festas esportivas com corridas de bicicleta, velocípede e a pé. No pavilhão do clube, construído onde

atualmente está o Teatro Francisco Nunes, o público acompanhava os eventos com apostas e torcida. Eram realizadas, ainda, partidas de futebol e competições de natação nas lagoas. Em 1908, um grupo de adolescentes fundou, no parque, o Clube Atlético Mineiro. Na década de 20, foram instalados o gradil de ferro, o Coreto, a Estação dos Bondes (atual Mercado das Flores), a quadra de tênis e a pista de patinação. Do outro lado da avenida Afonso Pena, o Bar do Ponto torna-se a principal referência do centro da cidade e, com a proximidade da Estação de Bondes, tem sua área de influência ampliada para o interior do Parque. A região é ponto de encontro de Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava e Emílio Moura. Na década de 30, o parque perdeu mais uma grande parte de sua área para as construções do Palácio das Artes, Teatro Francisco Nunes, prolongamento da rua Pernambuco (atual Alameda Ezequiel Dias) e Cidade Universitária (área onde encontra-se, hoje, dentre outros, a Fundação Hemominas, o Hospital da Previdência e o Hospital

Semper). Na década de 40, o movimento modernista invadiu a cidade. No Parque Municipal, as grades de ferro foram retiradas e vários eventos eram realizados: piano ao ar livre, jogos de futebol, peteca, tênis e, principalmente, natação e remo. Intelectuais como Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende e Hélio Pelegrino fizeram do parque seu ponto de encontro. Em 1946, após a dissolução do Instituto de Belas Artes, o artista Alberto da Veiga Guignard transferiu seu curso para o Parque Municipal. Em 1949, foi inaugurado o Teatro Francisco Nunes. Na década de 50, o prefeito Américo Renné Giannetti realizou a primeira grande obra de reforma do parque com tratamento da água, recuperação dos jardins, asfaltamento das alamedas, implantação de uma fonte luminosa e uma "Concha Acústica" para apresentação de concertos ao ar livre. Nessa época, o local recebeu o nome de Parque Municipal Américo Renné Giannetti, em homenagem ao prefeito, que faleceu em

1954. Entre os anos 60 e 70, foram inaugurados o Orquidário Municipal e o Palácio das Artes, e substituída a iluminação de lâmpadas incandescentes por de mercúrio. Em 1975, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG) realizou o tombamento de todo o conjunto paisagístico e arquitetônico do parque, por meio do Decreto n°17.086/75 que proíbiu novas construções no local. Em 1977, as grades de ferro voltaram a contornar o parque. Em 1992, realizou-se a segunda grande obra de reforma do parque, com plantio de novas espécies arbóreas, implantação de sistema de irrigação, repavimentação das alamedas, instalação de novos portões de entrada e aparelhos de ginástica, além da construção de uma pista de caminhada com aproximadamente dois mil metros. Em janeiro de 2005, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti passou a ser administrado pela Fundação de Par-

ques Municipais (FPM). Vinculada à Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, a FPM foi criada pela Prefeitura de Belo Horizonte com a finalidade de administrar e manter este e outros parques da cidade. Em 2006, foram realizadas obras para adequação dos espaços à acessibilidade universal, reforma da pista de caminhada e dos banheiros, e pintura do gradil externo e edificações existentes. Diversos canteiros foram revitalizados, com plantio de mais de 160 mil mudas, e um projeto de controle de pragas é implantado. Em 2007, a Fundação de Parques Municipais realizou a transposição das águas da nascente localizada na área da Fundação Hemominas para o parque, e inaugurou, em 9 de julho, a construção da cascatinha na Lagoa do Quiosque. A mina, que integrava a área do Parque Municipal no projeto original de Aarão Reis, teve sua água canalizada para o Ribeirão Arrudas.

Em 2008, foi inaugurada a segunda Cascatinha, no dia 5 de junho. As cascatinhas complementam o trabalho de transposição das águas da nascente e conduzem o volume captado para as lagoas do Quiosque e dos Marrecos. A água alimenta as lagoas do parque, melhorando a qualidade ambiental destes espaços. Em 2009, as margens da Lagoa dos Barcos e seus canteiros foram recuperados, e telas protetoras foram instaladas ao seu redor. Neste ano, 7 mil metros quadrados do parque foram revitalizados, com plantio de novas mudas, substituição de plantas, poda de gramado, limpeza da vegetação existente, colocação de lixeiras, pintura dos bancos, recuperação da calçada portuguesa e dos cordões dos canteiros. Também foram plantadas 20 mil mudas. Também houve a reinauguração do brinquedo Castelão e a inauguração da quarta cascatinha do Parque, ao pé de uma árvore

“Fícus”, na Praça dos Caminhantes. Em 2010, o Parque ganhou mais uma cascata, a quinta, batizada com o nome Cascata dos Barcos. Junto com sua construção, seu entorno recebeu novo paisagismo. Em uma área de 3.100 m² foram plantadas, além de grama, diversas espécies de flores, como bromélias, azaléias, lírios-dobrejo, latânias, camarás, entre outras. Em 2012, o Coreto foi reformado por meio de uma compensação ambiental do Shopping Cidade. Além da substituição total dos gramados, foram plantadas aproximadamente 18 mil mudas. No mesmo ano, foi inaugurado o chafariz do Bebedouro dos Burros. Já em 2013, a quadra de tênis do parque (uma das duas gratuitas disponíveis na cidade) foi reformada. Os equipamentos de ginástica e os bicicletário foram revitalizados, assim como os Recantos dos Colibris e da Alameda dos Ficus, do Mirante da Lagoa dos

Marrecos e da Praça Vitória Samotracia. Foram instaladas estruturas acessíveis: uma rampa para cadeirantes no acesso ao playground, que também foi revitalizado, e um brinquedo adaptado para cadeirantes. Em 2015, as melhorias contemplaram o gradil do parque, que foi pintado, as Praças do Largo Paul Villon, o Banco Histórico do Largo do Teatro e o Largo da Jaqueira, que foram revitalizados. Já em 2016, foi feita a reforma das guaritas. As mais recentes intervenções de melhorias no parque são a implantação do novo projeto de sinalização do Parque, que inclui a instalação de mais de 1200 placas indicativas dos atrativos e serviços do Parque e a reforma dos banheiros do espaço, os únicos de uso gratuito no centro da cidade. O Parque Municipal fica na av Afonso Pena, 1377 – Centro. O espaço funciona aberto ao público de 6h às 18h, de terçafeira a domingo. Entrada gratuita.


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a terça-feira, dia 26 de setembro, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, localizado no centro de Belo Horizonte, completou 120 anos. As comemorações pelo aniversário do mais antigo equipamento público da cidade, inaugurado antes mesmo da capital mineira, começaram já no domingo, dia 24 de setembro, e continuam até dia 1º de outubro, com uma variada programação elaborada pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica e seus parceiros. Inaugurado antes mesmo da então nova capital mineira, o parque, criado para ser o maior e mais bonito parque urbano da América Latina, recebeu, para abertura das festividades, diversas atividades voltadas à prática de yoga, doação de mudas e leitura. No decorrer da semana, os visitantes do parque podem desfrutar de atrações como teatro de fantoches, rua de lazer com diversos brinquedos e jogos de mesa, exposição e feira de or-

quídeas, apresentações musicais da Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e do Coral da Unimed BH, contação de histórias, apresentação circense, oficina de reciclagem e exposições de fotografias e plantas medicinais, entre outras. Saiba quem foi Américo Renné Giannetti Américo Renné Giannetti é o nome de um prefeito de Belo Horizonte na década de 50. Américo foi responsável por um Plano Diretor para a cidade, visando amenizar os problemas decorrentes do grande exôdo rural. Em seu mandato, Belo Horizonte ganhou a primeira linha de trólebus, veículos semelhantes aos ônibus, nas cores laranja e creme, movidos à eletricidade. Foi ele quem realizou a primeira grande reforma do Parque Municipal, com tratamento de água, recuperação dos jardins, asfaltamento das alamedas, implantação de uma fonte luminosa e uma “Concha Acústica”, para apresentação de concer-

tos ao ar livre. Na década de 1950, o parque recebeu o nome em homenagem ao prefeito, que faleceu em 1954. Biodiversidade e preservação ambiental O bioma da Mata Atlântica é o mais frequente no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, que também abriga representantes de floresta tropical, cerrado, campos e caatinga. A flora é composta por aproximadamente 300 espécies de árvores (nativas e exóticas); 350 espécies de plantas ornamentais; e 150 de plantas aromáticas. Mais de 60 espécies de aves (pássaros, garças, beija-flores, maritacas, etc), mamíferos (micos, gambás e morcegos), peixes, répteis, anfíbios, insetos e aracnídeos formam a fauna. A biológa do Parque Municipal, Andréa de Oliveira, conta que além da rica vegetação, que contribui para a manutenção do clima, absorção de partículas de poeira e diminuição da poluição do ar, a área verde conta com recursos hídricos capazes de manter em seu interior três lagoas abastecidas por água de nascente. Andréa conta, ainda, que nos últimos anos o parque recebeu novos animais, como a jacupemba (Penelope superciliares), saracura (Aramides cajanea), biguá (Phalacrocorax brasilianus) e o

canário chapinha ou canário-da-terra (Sicalis flaveola). “Em 2002, foi criado o viveiro de plantas medicinais. Já em 2007 foi recuperada a canalização de transporte das águas da nascente para as lagoas e inauguradas as duas cascatinhas (uma na Lagoa do Quiosque e uma na lagoa dos Marrecos). No ano de 2008, foi implantado o jardim das borboletas (espaço de conservação e educação ambiental)”, relembra a bióloga. Com seu trabalho de manejo, o parque mantém, recupera e controla as populações silvestres e domésticas, para garantir o equilíbrio do ecossistema e a preservação do meio ambiente. História O Parque Municipal Américo Renné Giannetti foi projetado no final do século XIX pelo arquiteto e paisagista francês Paul Villon. Antes de sua implantação, o espaço abrigava a Chácara Guilherme Vaz de Mello, conhecida como Chácara do Sapo. O local serviu de moradia para o próprio Paul Villon e para Aarão Reis, engenheiro chefe da Comissão Construtora, encarregada de planejar e construir a nova capital de Minas Gerais. Em 1924, o governador do Estado, Olegário Maciel, transferiu a residência oficial para o Parque Municipal até o final de sua gestão. Do projeto original, que previa um cassino, um restaurante e um

observatório meteorológico, pouco se construiu. As ruas, alamedas, lagoas e riachos foram traçados de forma livre pelo arquiteto. A arborização foi introduzida por meio de transplantio de árvores de grande porte trazidas de diversos locais da cidade e através do plantio de mudas produzidas em dois viveiros, criados por Paul Villon, às margens do Córrego da Serra. Assim como a cidade, o parque foi inaugurado tendo apenas uma parte das obras previstas finalizadas. O parque possuía, originalmente, uma área de 600 mil metros quadrados, tendo como limites as avenidas Afonso Pena, Mantiqueira (atual Alfredo Balena), Araguaia (atual Francisco Sales) e Tocantins (atual Assis Chateaubriand). A partir de 1905, inicia-se o processo de perda de espaços para construções diversas. No início do século XX, o Parque Municipal e a Praça da Liberdade tornaram-se as principais referências da cidade para a realização de eventos. Em janeiro de 1898, foi inaugurado o Velo Club, que passou a promover grandes festas esportivas com corridas de bicicleta, velocípede e a pé. No pavilhão do clube, construído onde

atualmente está o Teatro Francisco Nunes, o público acompanhava os eventos com apostas e torcida. Eram realizadas, ainda, partidas de futebol e competições de natação nas lagoas. Em 1908, um grupo de adolescentes fundou, no parque, o Clube Atlético Mineiro. Na década de 20, foram instalados o gradil de ferro, o Coreto, a Estação dos Bondes (atual Mercado das Flores), a quadra de tênis e a pista de patinação. Do outro lado da avenida Afonso Pena, o Bar do Ponto torna-se a principal referência do centro da cidade e, com a proximidade da Estação de Bondes, tem sua área de influência ampliada para o interior do Parque. A região é ponto de encontro de Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava e Emílio Moura. Na década de 30, o parque perdeu mais uma grande parte de sua área para as construções do Palácio das Artes, Teatro Francisco Nunes, prolongamento da rua Pernambuco (atual Alameda Ezequiel Dias) e Cidade Universitária (área onde encontra-se, hoje, dentre outros, a Fundação Hemominas, o Hospital da Previdência e o Hospital

Semper). Na década de 40, o movimento modernista invadiu a cidade. No Parque Municipal, as grades de ferro foram retiradas e vários eventos eram realizados: piano ao ar livre, jogos de futebol, peteca, tênis e, principalmente, natação e remo. Intelectuais como Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende e Hélio Pelegrino fizeram do parque seu ponto de encontro. Em 1946, após a dissolução do Instituto de Belas Artes, o artista Alberto da Veiga Guignard transferiu seu curso para o Parque Municipal. Em 1949, foi inaugurado o Teatro Francisco Nunes. Na década de 50, o prefeito Américo Renné Giannetti realizou a primeira grande obra de reforma do parque com tratamento da água, recuperação dos jardins, asfaltamento das alamedas, implantação de uma fonte luminosa e uma "Concha Acústica" para apresentação de concertos ao ar livre. Nessa época, o local recebeu o nome de Parque Municipal Américo Renné Giannetti, em homenagem ao prefeito, que faleceu em

1954. Entre os anos 60 e 70, foram inaugurados o Orquidário Municipal e o Palácio das Artes, e substituída a iluminação de lâmpadas incandescentes por de mercúrio. Em 1975, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG) realizou o tombamento de todo o conjunto paisagístico e arquitetônico do parque, por meio do Decreto n°17.086/75 que proíbiu novas construções no local. Em 1977, as grades de ferro voltaram a contornar o parque. Em 1992, realizou-se a segunda grande obra de reforma do parque, com plantio de novas espécies arbóreas, implantação de sistema de irrigação, repavimentação das alamedas, instalação de novos portões de entrada e aparelhos de ginástica, além da construção de uma pista de caminhada com aproximadamente dois mil metros. Em janeiro de 2005, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti passou a ser administrado pela Fundação de Par-

ques Municipais (FPM). Vinculada à Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, a FPM foi criada pela Prefeitura de Belo Horizonte com a finalidade de administrar e manter este e outros parques da cidade. Em 2006, foram realizadas obras para adequação dos espaços à acessibilidade universal, reforma da pista de caminhada e dos banheiros, e pintura do gradil externo e edificações existentes. Diversos canteiros foram revitalizados, com plantio de mais de 160 mil mudas, e um projeto de controle de pragas é implantado. Em 2007, a Fundação de Parques Municipais realizou a transposição das águas da nascente localizada na área da Fundação Hemominas para o parque, e inaugurou, em 9 de julho, a construção da cascatinha na Lagoa do Quiosque. A mina, que integrava a área do Parque Municipal no projeto original de Aarão Reis, teve sua água canalizada para o Ribeirão Arrudas.

Em 2008, foi inaugurada a segunda Cascatinha, no dia 5 de junho. As cascatinhas complementam o trabalho de transposição das águas da nascente e conduzem o volume captado para as lagoas do Quiosque e dos Marrecos. A água alimenta as lagoas do parque, melhorando a qualidade ambiental destes espaços. Em 2009, as margens da Lagoa dos Barcos e seus canteiros foram recuperados, e telas protetoras foram instaladas ao seu redor. Neste ano, 7 mil metros quadrados do parque foram revitalizados, com plantio de novas mudas, substituição de plantas, poda de gramado, limpeza da vegetação existente, colocação de lixeiras, pintura dos bancos, recuperação da calçada portuguesa e dos cordões dos canteiros. Também foram plantadas 20 mil mudas. Também houve a reinauguração do brinquedo Castelão e a inauguração da quarta cascatinha do Parque, ao pé de uma árvore

“Fícus”, na Praça dos Caminhantes. Em 2010, o Parque ganhou mais uma cascata, a quinta, batizada com o nome Cascata dos Barcos. Junto com sua construção, seu entorno recebeu novo paisagismo. Em uma área de 3.100 m² foram plantadas, além de grama, diversas espécies de flores, como bromélias, azaléias, lírios-dobrejo, latânias, camarás, entre outras. Em 2012, o Coreto foi reformado por meio de uma compensação ambiental do Shopping Cidade. Além da substituição total dos gramados, foram plantadas aproximadamente 18 mil mudas. No mesmo ano, foi inaugurado o chafariz do Bebedouro dos Burros. Já em 2013, a quadra de tênis do parque (uma das duas gratuitas disponíveis na cidade) foi reformada. Os equipamentos de ginástica e os bicicletário foram revitalizados, assim como os Recantos dos Colibris e da Alameda dos Ficus, do Mirante da Lagoa dos

Marrecos e da Praça Vitória Samotracia. Foram instaladas estruturas acessíveis: uma rampa para cadeirantes no acesso ao playground, que também foi revitalizado, e um brinquedo adaptado para cadeirantes. Em 2015, as melhorias contemplaram o gradil do parque, que foi pintado, as Praças do Largo Paul Villon, o Banco Histórico do Largo do Teatro e o Largo da Jaqueira, que foram revitalizados. Já em 2016, foi feita a reforma das guaritas. As mais recentes intervenções de melhorias no parque são a implantação do novo projeto de sinalização do Parque, que inclui a instalação de mais de 1200 placas indicativas dos atrativos e serviços do Parque e a reforma dos banheiros do espaço, os únicos de uso gratuito no centro da cidade. O Parque Municipal fica na av Afonso Pena, 1377 – Centro. O espaço funciona aberto ao público de 6h às 18h, de terçafeira a domingo. Entrada gratuita.


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CIDADE

Campanha para trazer o jovem de volta para a escola

Lei que concede pensão a hansenianos completa dez anos

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o completar dez anos em vigor, a Lei Federal 11.520, de 2007, que concede pensão especial aos hansenianos submetidos a isolamento e internação compulsórios, atende a 8.810 pessoas que passaram por essa situação em todo o País. A informação foi divulgada por Magda Levantezi, coordenadora de Hanseníase e Doenças em Eliminação da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Ela participou de

audiência pública, na última quarta-feira (27/9/17), da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Destinada a comemorar a sanção da lei e os impactos que a norma trouxe aos atingidos pelo degredo, a reunião foi solicitada pelo deputado Durval Ângelo (PT), defensor histórico da causa. O deputado Durval Ângelo lembrou outro aspecto das violações cometidas contra os hansenianos: a violência com que os filhos eram retirados com-

pulsoriamente de pais diagnosticados com a enfermidade. Eni Carajá lembrou que há um projeto na Câmara dos Deputados que propõe a reparação financeira a esses filhos, mas o atual governo federal acena com o não reconhecimento da situação. Por esse motivo, o Morhan deverá ingressar com ações na justiça exigindo o direito. Em Minas, há quatro colônias, transformadas em casas de saúde administradas pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

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Elas ficam em Betim (Região Metropolitana de Belo Horizonte), Bambuí (Centro-Oeste de Minas), Ubá (Zona da Mata) e Três Corações (Sul de Minas). Estado pretende criar Comissão da Verdade O secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda, anunciou que o governo pretende criar uma Comissão da Verdade para tratar especifica-

mente da história esquecida dos hansenianos de Minas. De acordo com ele, a proposta é apresentar ainda neste ano um projeto de lei sobre o tema, para apurar todas as violações de direitos humanos cometidas contra esse público. Elogiando a iniciativa, o deputado Durval Ângelo lembrou que havia lançado um desafio no sentido de que as Comissões da Verdade estadual e nacio-

nal incluísse capítulos sobre dois tristes episódios na história brasileira: as internações compulsórias de doentes mentais no hospício de Barbacena (Região Central do Estado) e o apartheid social imposto aos hansenianos.

Assessoria de Comunicação Deputado Estadual Durval Ângelo Telefone: 2108-7248 www.durvalangelo.com.br

escola só fica comp l e t a quando você faz parte dela. É com esse mote que a Secretaria de Estado de Educação (SEE), pelo terceiro ano consecutivo, promove a Campanha VEM, uma das frentes da Virada Educação Minas Gerais, criada com o objetivo de trazer de volta para a escola o jovem em situação de evasão. A campanha é um chamamento para que os jovens que por algum motivo abandonaram a escola antes de concluir os estudos possam retornar em 2018. Os interessados devem se inscrever, por meio de formulário

eletrônico, até o dia 25 de novembro. Informações no site www.educacao.mg.gov.br Desde 2015, a SEE tem mobilizado esforços para sensibilizar os jovens sobre a importância de retornar aos estudos. A campanha é direcionada especialmente para as pessoas que ainda não concluíram o ensino médio e que desejam retornar para o ensino regular ou Educação de Jovens e Adultos (EJA), já que o Cadastramento Escolar 2018 deste ano contemplou também a EJA Ensino Fundamental. Ao manifestar o seu interesse por meio da inscrição no site da SEE, o candidato será então encaminhado a

uma unidade escolar e terá a sua vaga assegurada na rede estadual de ensino para o ano letivo de 2018. A secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, explica que a Campanha VEM faz parte de um movimento de mudança na escola, um esforço do Governo de Minas Gerais em escutar a juventude e discutir com toda a comunidade escolar estratégias para criar uma escola mais afinada com a realidade dos estudantes. “Estamos empenhados em ouvir a juventude e pensar ações que respondam as suas demandas para construirmos coletivamente. Realizamos rodas

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EDUCAÇÃO 3 FLORESTA

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de conversas, pesquisas diagnósticas, encontros e diversos momentos de escuta, que desde o início desta gestão estão pautando nossas principais ações”, diz Macaé. A secretária destaca, entre as ações, a ampliação da Política de Educação Integral e Integrada em todo o estado, com o atendi-

mento de mais de 150 mil estudantes, e que, a partir deste semestre, passou a contemplar também 44 escolas de ensino médio; a educação profissional, que hoje já conta com mais de 44 mil alunos matriculados em cursos técnicos na rede estadual; o lançamento dos editais de iniciação científica no ensino médio; a

criação do Programa de Convivência Democrática; a ampliação do ensino médio noturno e reorganização da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Veja mais sobre as ações desenvolvidas nas escolas na Virada Educação no evento criado na página oficial da Secretaria no Facebook.


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A RTIGO 2 FLORESTA

CULINÁRIA 7 FLORESTA

Ismar Dias de Matos Sacerdote diocesano; Professor de Filosofia e Cultura Religiosa na PUC Minas. E-mail: p.ismar@pucminas.br

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Cookies da

Por um Brasil

melhor

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os últimos m e s e s temse falado muito em corrupção. A operação “Lava Jato”, da Polícia Federal brasileira, tem le-

vantado tantas operações ilegais por esse Brasil afora, que a gente pensa que isso não vai acabar mais. É algo que se assemelha àquela caixa de lenços descartáveis: a gente puxa um, e vêm dois junto.

A corrupção não é algo novo. Nem no Brasil, nem no mundo. Mas não é algo que esteja necessariamente colado ao nosso ser. Faz parte de nosso campo ético. Pensemos isso de modo filosófico.

Uma sã filosofia nos ensina que “o agir segue o ser” (operari sequitur esse). Se o ser é bom, tudo o que predicarmos a ele terá chances de ser bom também. Mas se o ser foi ruim em sua essência, serão ruins as suas

Guilherme Teixeira

ações. Quem segue aos seus não degenera, diz o adágio popular. Ou também: quem herda, não rouba. É questão de DNA. Roubar um tostão ou um milhão, para quem é venal, depende apenas de uma ocasião. O ladrão de galinhas é tão corrupto quanto o ladrão de altíssimas somas de dinheiro; a diferença é apenas quantitativa, não qualitativa. Os réus (e/ou condenados) do Mensalão ou do Petrolão, assim como os colegas dos escândalos de operações anteriores e posteriores, de outros partidos e mandatos, são tão corruptos como as pessoas que enganam os semelhantes para poder ganhar dinheiro, ou corrompem, subornam para “se darem bem na vida”, etc. Não é o tamanho do delito que o faz imoral, mas a pró-

pria natureza do ilícito que o torna odioso, vergonhoso, ruim. Se é verdade que a ocasião faz o ladrão, estruturas ruins também cooperam para o surgimento do corrupto, e a impunidade incentiva o surgimento de corruptíveis e corruptores. Uma mudança estrutural para melhorar o que aí temos leva anos, décadas. O amadurecimento não advém apenas com um novo aparato legal. E não basta mudar pessoas. Todo o conjunto deve mudar: estrutural e pessoalmente. Acredito que estamos caminhando para uma mudança, para um Brasil melhor. Não há mágica. Não será após a Lava Jato que teremos um novo Brasil. Outras operações virão, nosso amadurecimento pessoal vai-se fazendo. Eu tenho esperanças de ver um Brasil melhor. Você tem esperanças? Por quê?

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oje vou ensinar a preparar uma delícia apreciada pelos americanos, os cookies de chocolate. A receita é muito simples e possui algumas variações na massa e recheio. Inclusive é um convite para que você possa testar novas opções de confeitos, recheios ou quem sabe usar algo para dar sabor na massa e criar uma nova versão do seu cookie? A minha receita é a clássica, os cookies são de baunilha com gotas de chocolate que vai bem com um café logo pela manhã ou durante aquele lanche da tarde. No site você pode conferir o video, onde conto com a ajuda da Juju para fazer essa delícia.

Ingredientes necessários: 1 e 3/4 de xícara de farinha de trigo 125 g de manteiga em ponto de pasta 3 colheres de sopa de açucar cristal 1/2 xícara de acúcar mascavo 1 ovo batido 1 colher de sopa de essência de baunílha 1 colher de chá de fermento em pó 200 g de chocolate bem picadinho # Preparo Misture a manteiga e o acúcar, mexa bem, misture o ovo. Em seguida adicione metade da

farinha e mexa até incorporar, adicione o fermento, a essência de baunílha e misture. Adicione o restante da farinha aos poucos. Por último adicione o chocolate e distribua em toda a massa. Faça bolinhas e asse em forno pré aquecido por 15 minutos a 200 graus. Nível de Dificuldade: Muito Fácil Serve de 3 a 5 pessoas

Juju

Essa e outras receitas em: www.voucozinhar.com.br www.youtube.com/voucozinhar www.fb.com/voucozinhar instagram.com/voucozinhar


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S ERVIÇO 8 Programa FLORESTA

A receita dessa edição é uma delícia apreciada pelos americanos, os cookies de chocolate. A receita é muito simples e possui algumas variações na massa e recheio.

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Gentileza leva arte ao Santa Tereza te de rua enriquece o lugar, o quarteirão está mais alegre agora", disse. Gentileza O Programa Gentileza tem como um de seus principais objetivos apoiar ações que contribuem com a melhoria do ambiente urbano, em espaços públicos ou privados, em benefício de uma cidade mais humana, alegre e gentil. Ana Laender, coordenadora e idealizadora do Programa Gentileza, ressalta que a parceria entre a Prefeitura e os artistas é primordial para que mais espaços públicos de Belo Horizonte sejam ocupados com iniciativas como a que aconteceu neste fim de semana. “A ocupação de espaços com o grafite traz a beleza da arte, a poesia ilustrada e o incentivo para que os moradores de Belo Horizonte encontrem agradáveis locais de permanência e convivência”, diz Ana Laender. O Programa Gentileza irá englobar outras áreas artístico-culturais e prevê a publicação de edital, por meio da recémcriada Secretaria Municipal de Cultura, para estimular a arte urbana em outras regiões da cidade.

AQUI SEU PRODUTO OU SERVIÇO TEM LUGAR DE

TRANSPORTE CLANDESTINO É ILEGAL NÃO ENTRE NESSA FRIA O transporte clandestino não oferece segurança: O risco de acidentes e atropelamentos é maior. As peruas e ônibus velhos não são vistoriados e a maioria dos condutores não possui habilitação para conduzir passageiros. No transporte legalizado isso não acontece: Os motoristas têm carteira D, recebem treinamento e os veículos são vistoriados periodicamente pelas autoridades. O DER precisa combater o transporte clandestino nas rodovias em todo o Estado de Minas Gerais, apreendendo peruas e ônibus irregulares.

120 anos

U

ma obra em grafite coletiva foi realizada em um muro de aproximadamente 50 metros, na Rua Silvianópolis, no Bairro Santa Tereza. A obra, fruto do Programa Gentileza, da Prefeitura de Belo Horizonte, tem como tema a história e elementos culturais do tradicional bairro. O grupo de artistas grafiteiros realizadores do mural foi coordenado por Gabriela Meirelles e formado pelos artistas Nilo Zack, Ataíde Miranda, Hely Costa, Sérgio Ilídio, Arthur Ribeiro, Fhero, Nika, Michel Testa, Carol, Tão, Rodrigo Scalabrini, Gud Assis e John Viana. Sérgio Ilídio, um dos artistas do grupo, teve como tema uma imagem da Santa Tereza, ele conta: "como o projeto se chama Gentileza, eu resolvi trazer, como uma gentileza aos moradores do bairro, a imagem da Santa que lhe dá nome". Outros temas como o cantor Milton Nascimento, os arcos do Viaduto do Santa Tereza e a vida boêmia do bairro estão retratados no muro. Fabiana Barroso é moradora da Rua Silvianópolis há cerca de dez anos e ficou satisfeita com o novo visual do muro, que fica em frente a sua casa. "A ar-

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FLORESTA Be lo Ho ri zon te | Mi nas Ge rais | Nº 70 | 30 de Setembro de 2017 | Ano VI

Parque Muncipal O parque abriga diversos monumentos que fazem parte da sua história e da cidade de Belo Horizonte. Dentre eles, destacam-se a Ponte Rústica e a dos Namorados, Ponte Seca, Fonte da Lagoa dos Barcos, Bebedouro dos Burros, Escadaria do Belvedere, Mãe Mineira e Coreto.

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