Jornal Folha da Floresta

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NÃO É

NÃO!

movimento que começou no Car naval de 2018 deve se repetir neste ano. Só que agora com uma novidade: aquele que importunar sexualmente outra pessoa pode pegar até cinco anos de prisão. Praticar ato libidinoso sem o consentimento tornou-se crime em setembro e, então, esta será a primeira folia desde que a nova lei foi sancionada. Segundo a legislação, importunação sexual é "praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro". Entram na lista desde cantadas inoportunas, toques inconvenientes, beijos roubados até assédio físico. Para alertar a população sobre o crime, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) está intensificando a campanha de combate à importunação sexual. Nesta sexta-feira (22), a equipe de agentes femininas da Guarda Municipal e da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção fez abordagens na concentração do bloco de rua Abra-te Sésamo. Elas distribuiram folhetos com orientações sobre como as vítimas devem agir para evitar a impunidade. A Polícia Militar também participou da campanha, entregando material contra importunação sexual. A ação ainda contou com a presença de policiais da Delegacia de Mulheres. A proposta da PBH é levar a campanha para diversos blocos que vão desfilar em todas as regiões da capital.

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FOLHA DA

FLORESTA Be lo Ho ri zon te | Mi nas Ge rais | Nº 79 | Fevereiro de 2019 | Ano VI

CARNAVAL DESTE ANO É O 1º APÓS IMPORTUNAÇÃO SEXUAL VIRAR

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BOLO DE FUBÁ HUMMMMM! QUEM RESISTE A ESSA DELÍCIA COM CHEIRINHO E GOSTO DOS BONS TEMPOS DA MAMÃE E DA VOVÓ PÁGINA

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A RTIGO 2 FOLHA DA

FLORESTA

Ismar Dias de Matos Sacerdote diocesano; Professor de Filosofia e Cultura Religiosa na PUC Minas. Doutorando em Ciências da Religião (PUC Minas) E-mail: p.ismar@pucminas.br

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JESUS E MAQUIAVEL

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emos no capítulo dez do Evangelho de Mateus que, quando Jesus enviou os seus apóstolos a evangelizar o mundo inteiro, em momento algum disse que a tarefa seria fácil. Os opositores estavam entre os próprios conterrâneos e, além disso, a mensagem cristã, centrada em um Deus Único, era bastante revolucionária no mundo politeísta do oriente. Para o monoteísta mundo judaico, o conflito estava baseado na nova concepção cristã de Deus, pois os judeus não admitiam a divindade do Nazareno. Daí a advertência de Jesus feita aos missionários: “Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (v. 16). A mensagem do Evangelho – mensagem de vida e de paz – deveria ser anunciada com a simplicidade e a mansidão das ovelhas, animais tipicamente dóceis e inofensivos, que se deixam conduzir com facilidade. Mas, por se tratar de uma mensagem transformadora da vida, deveria ser anuncia-

da com prudência e estratégia pedagógica, daí a necessidade de ter a sagacidade das serpentes, animais espertos que sabem se defender nos momentos difíceis. Para Jesus, a mensagem de seu evangelho transcenderia o mundo pessoal e intimista e iria ter conseqüências no relacionamento social entre os povos evangelizados, por isso ele faz também outros alertas: Tenham cuidado com os homens,

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Para anunciar ligue

pois, por minha causa, levarão vocês aos tribunais, diante de reis e governadores (cf. vv 17-18). A história dos primeiros séculos de expansão do cristianismo, com seus incontáveis mártires, confirmou as palavras de Jesus. A perseguição político-religiosa que os primeiros cristãos enfrentaram, longe de acabar com os seguidores do Nazareno, funcionou como incentivo a novos adeptos, a ponto de Tertuliano escrever: “O

sangue dos mártires é semente de novos cristãos”. A Igreja de Jesus continuou crescendo e atravessou os séculos, sobreviveu durante reinos e impérios favoráveis ou contrários a ela. Quinze séculos após as palavras de Jesus, em outra situação e com outro objetivo, o filósofo italiano Nicolau Maquiavel, em sua obra mais famosa, fez um alerta semelhante àqueles que pretendiam dominar povos e reinos.

“Visto que um príncipe, se necessário, precisa usar bem a natureza animal, deve escolher a raposa e o leão, porque o leão não tem a defesa contra os laços, nem a raposa contra os lobos. Precisa, portanto, ser raposa para conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Os que fizerem simplesmente a parte do leão não serão bem sucedidos... Quem melhor se sai é quem melhor valer-se das qualidades da raposa” (O Prínci-

pe, capítulo 18). Para alguém ser bom seguidor de Jesus é necessário ter mentalidade de pomba e de serpente, valendo-se delas de acordo com a circunstância. O seguidor de Maquiavel que deseja obter êxito também deve valer-se de dupla mentalidade: a da raposa e a do leão. Dois conselhos idênticos, mas com objetivos diferentes. Contudo, concordam num ponto: a ingenuidade não traz vitória.

O seguidor de Maquiavel que deseja obter êxito também deve valer-se de dupla mentalidade: a da raposa e a do leão.

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CULINÁRIA 3 FOLHA DA

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Guilherme Teixeira

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uem resiste a um bolo de fubá quentinho? Naquele cantinho aconchegante da cozinha da casa da mamãe ou da vovó. Esta receita, além de saborosa, é super prática. E pra quem gosta, não se esqueça de colocar as sementes de erva-doce, elas fazem toda a diferença.

BOLO DE FUBÁ

Ingredientes 3 ovos grandes 240 ml de óleo de soja ou girassol ou canola 2 xícaras de chá de farinha de trigo sem fermento 240 ml de leite integral 1 pitada generosa de sal 2 xícaras de açúcar cristal ou refinado 1 xícara de chá de fubá mimoso 1 colher de sopa de fermento em pó 100g de queijo minas meia cura ralado grosso. Erva doce a gosto. Junte os ingredientes líquidos e depois os sólidos e bata na batedeira, por último incorpore o fermento e o queijo. Em forma untada e enfarinhada com fubá despeje a massa e deixe assando em forno pré aquecido a 180 graus até dourar o topo e ao introduzir um garfo ele deve sair limpo.

ESSA E OUTRAS RECEITAS EM:

www.voucozinhar.com.br www.youtube.com/voucozinhar www.fb.com/voucozinhar instagram.com/voucozinhar


S ERVIÇO 4 FOLHA DA

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RESTAURANTE POPULAR

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eferência na cidade por fornecer uma alimentação nutricionalmente equilibrada, higiênica, saudável e de baixo custo, os quatro Restaurantes Populares de Belo Horizonte servem, diariamente, 9.800 refeições, entre café da manhã, almoço e jantar. Por mês, são servidas cerca de 200 mil refeições para um público diverso que inclui trabalhadores, desempregados, idosos, aposentados, crianças, estudantes e pessoas em situação de rua. Os cardápios são elaborados cuidadosamente por nutricionistas de forma

saudável e balanceada. De acordo com a nutricionista do Restaurante Popular II, Carolina Jardim, o menu é montado levando em consideração as necessidades nutricionais do público atendido, a variedade, o equilíbrio e também o prazer ao se alimentar. “Algumas mudanças foram feitas para adequar as demandas da população, como a inclusão de peixes, maior variedade de frutas, verduras e legumes, além da retirada dos alimentos ultraprocessados, para oferecer ao público mais qualidade na refeição e variedade de proteínas”, destaca. Carolina Jardim ressalta

que foram realizadas alterações no cardápio pensando nas pessoas com necessidades alimentares especiais. Os Restaurantes Populares usam quantidade reduzida de sal, para segurança das pessoas hipertensas, e substituem a oferta de doces por frutas na sobremesa, em atenção às pessoas diabéticas. Segundo a nutricionista, estes ajustes são os primeiros passos para uma vida mais saudável. “Essa é uma forma de iniciarmos a conscientização para uma alimentação saudável. Não é só uma refeição que vai controlar a doença, mas o cuidado como um todo.

REFEIÇÕES SAUDÁVEIS E A BAIXO CUSTO Por isso, oferecemos, também, palestras para orientar o diabético sobre a maneira correta de se alimentar e quais alimentos evitar”, explica Carolina. Ampliação do atendimento Em novembro de 2018, o Restaurante Popular II Josué de Castro, na região hospitalar, passou a ofertar além de almoço, café da manhã e jantar.

Nutricionalmente balanceadas, originadas de processos seguros e oferecidas com preços baixos, as refeições são servidas em locais apropriados e confortáveis, de forma a garantir dignidade ao ato de se alimentar. O atendimento nos Restaurantes Populares é universal e não depende de nenhum cadastro ou comprovação. Os valores das refeições são subsidia-

dos e atualmente são cobrados R$ 0,75 pelo café; R$ 3,00 pelo almoço e R$ 1,50 pelo jantar. As pessoas beneficiárias do Programa Bolsa Família têm desconto de 50% no valor das refeições. Pessoas em situação de rua devidamente encaminhadas pelos serviços de referência da Assistência Social e portando documentos de identificação recebem as refeições gratuitamente.


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