Folha diocesana ed223

Page 1

D

FOLHA

IOCESANA INFORMATIVO DA DIOCESE DE GUANHÃES | MG | ANO XVIII | Nº 223 | Janeiro de 2015

Campanha da Fraternidade 2015:

o serviço em destaque! | PÁGINAS 4 E 5 |

Até primeiro de Fevereiro, cessa-se a obrigação dos pais de encaminharem os filhos à escola. E agora José? | PÁGINA 3 |

Jesus despertou uma liderança hoje vista no perfil dos principais líderes da atualidade. Gente com muito dinheiro sim; porém, homens e mulheres que, tal qual o filho do Altíssimo, veem no ser humano o elemento mais importante da sociedade. | PÁGINA 6 |

Quinze “doenças” que “são naturalmente um perigo para cada cristão” | PÁGINA 7 |


Calendário Diocesano

Editorial

2

DAREDAÇÃO

JANEIRO2015

o princípio de 2015 a primeira edição da Folha Diocesana traz como foco a Campanha da Fraternidade que se iniciará juntamente com a quaresma, no mês de fevereiro. O diálogo entre Igreja e sociedade – conforme nos propõe a CF 2015 – é um anseio desde o Concílio Vaticano II. O desafio permanece ainda maior nesta que chamamos de “era digital”. Início de ano, período de férias. As crianças, cheias de energia, terão este mês inteiro para se ocupar de alguma forma, já que não precisam ir à escola nesse período. A mestre em Ciências da Educação e Psicanalista Ilza Maria de Pinho Tavares traz uma proposta de qualidade para que as crianças aproveitem bem seus dias (os pais agradecem!). Damos continuidade ao estudo sobre Canto Litúrgico, aproveitando as orientações que Padre João Evangelista nos traz a respeito do “canto de abertura da Celebração Eucarística” cuja a função é congregar a assembleia, e também para este canto há algumas orientações. Com a era digital vêm algumas mazelas como a ideia de “Relações Descartáveis”, tema trabalhado pelo seminarista Romário Rodrigues. Aproveitaremos para refletir sobre as “Quinze doenças da igreja”, proposta pelo papa Francisco como um exame de consciência, mas também uma proposta de conversão (metanoia = mudança) para 2015. A folha Diocesana deseja a você, querida leitora e querido leitor, um abençoado Ano Novo e aproveitamos para sugerir o texto de Regina Coele Barroso Queiroz Santos que partilha conosco “O que sabemos sobre 2015”.

N

Fevereiro 3 SÃO BRAS 8 Visita Equipe do Cônego em Maranhão 10 PASCOM 10 Colégio dos Consultores às 9:30hs. 10 Coordenação de Pastoral às 14hs. 11 Reunião dos Padres às 8:30hs. 12 e 13 Encontro com os padres: Catequese Catecumenal 17 CARNAVAL

Peregrinação da imagem de Nossa Senhora Aparecida na diocese de Guanhães Nossa diocese terá a alegria de acolher a padroeira do Brasil em 2015. Por isso, organize a caravana da sua paróquia para receber a imagem no santuário nacional em Aparecida/SP, dias 26, 27 e 28 de Junho. Nossa diocese está organizando uma programação especial. Pedimos que já se empenhem na reserva de hotel e ônibus para a data marcada.

a m o c a u b i r t con A N A S E C O I D A H L O F

18 QUARTA FEIRA DE CINZAS 21 Escola de Teologia: Introdução à Teologia (Pe. José Martins) 21 e 22 Primeiro Encontro de formação para líderes jovens em Guanhães

Dados para depósito bancário: Editora Folha Diocesana de Guanhães Cooperativa: 4103-3 Conta Corrente: 10.643.001-7 SICOOB-CREDICENM

A FOLHA DIOCESANA PRECISA DE VOCÊ

21 Pastoral Carcerária em Guanhães 24 Encontro de convivência dos padres em Santa Maria

COMEMORAÇÃO - JANEIRO DE 2015 Padres, religiosas, consagradas e seminaristas da diocese de Guanhães

do Suaçuí com Missa às 10hs.

expediente

28 Encontro de Formação da Catequese

Conselho Editorial: Padre Adão Soares de Souza, padre Saint-Clair Ferreira Filho, Taisson dos Santos Bicalho Revisão: Mariza da Consolação Pimenta Dupim Jornalista Responsável: Luiz Eduardo Braga - SJPMG 3883 Endereço para correspondência: Rua Amável Nunes, 55 - Centro Guanhães-MG - CEP: 39740-000 Fone:(33) 3421-3331 folhadiocesana@gmail.com

Editora Folha Diocesana de Guanhães Ltda CNPJ: 11.364.024/0001-46 www.diocesedeguanhaes.com.br Produção Gráfica: Geração BHZ - 31 3243-3829 Av. Francisco Sales, 40/906 Floresta - Belo Horizonte - MG E-mail: geracaobhz@gmail.com www.folhadafloresta.com.br

O jornal Folha Diocesana reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração.Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

06 10 10 11 13 14 14 22 27 28 29 31 31

Maria das Neves de Matos (MP – Coop. Família) Carmen Helena P. de Oliveira (Ghães – Coop. Familia) Maria Célia Ap. Andrade (SMS) – Formanda Coop. Fam. Pe. Manoel Godoy Pe. Eduardo Dornelas da Cruz Pe. Adão Soares de Souza Salomão Rafael G. Neto Maria Otilia Nave Tourais (Coop. Familia) Pe. José Silva Filho Pe. Hermes Firmiano Pedro Pe. Adão Soares de Souza Osmar Batista Siqueira Ir. Joangélica de Mattos (CMD)

Profissão Religiosa Profissão Religiosa Nascimento Nascimento Nascimento Ordenação Nascimento Nascimento Falecimento Ordenação Nascimento Nascimento Nascimento


ARTIGOS

JANEIRO2015

3

O canto de abertura da Celebração Eucarística canto de abertura tem como principal finalidade construir e congregar a assembleia. Estando ele bem integrado ao momento ritual, em sintonia com o tempo litúrgico, o tipo de celebração, as características da assembleia, entre outros, ele terá a função de unir o povo de Deus que celebra num mesmo sentimento. Ele leva a comunidade celebrante a se tornar um sinal sacramental da Igreja, corpo místico de Cristo, e estará preparada para escutar a Palavra e para participar da mesa eucarística. A Instrução Geral do Missal Romano diz assim: “A finalidade deste canto é abrir a celebração, fomentar a união daqueles que se reuniram e elevar seus pensamentos à contemplação do mistério litúrgico ou da festa, introduzindo e acompanhando a procissão de sacerdotes e ministros. (...) é cantado alternativamente pelos cantores e pelo povo, ou

O

por um cantor e pelo povo, ou inteiramente pelo povo, ou apenas pelos cantores” (Cf nº 25-26). Ele abre a celebração, cria comunhão da assembleia pela união de vozes e corações no

encontro com Cristo, introduz o mistério do tempo ou festa litúrgica e acompanha a procissão de entrada. É a resposta dos filhos convocados pelo Pai a se unirem, ouvirem a sua palavra, e o louvarem como úni-

co Senhor. A letra, portanto, deve falar do motivo da celebração, ser um convite à mesma, e o quanto possível, ser uma fala direta com Deus. Este canto tem de deixar a assembleia em estado de ânimo

FÉRIAS e agora até primeiro de Fevereiro, cessa-se a obrigação dos pais de encaminharem os filhos à escola. E agora José?... O que crianças e adolescentes, com tanta energia, farão? Ficarão só no uso do computador, do tablet ou do celular?... Ou!... Ou seria um período de se estabelecer novos laços sociais?... Como é sabido, os estilos de família vêm mudando, mas a “estrutura familiar” permanece. E a educação, a maior arte, e, sem receita, continua a ser responsabilidade da família, a qual, por várias razões, deve ser “planejada pelos pais”. Nas férias, com o acompanhamento dos pais, crianças e adolescentes podem ser beneficiados por meio da leitura. Livros, com temas atraentes e de linguagem adequada para cada idade, garantem diversão/lazer. A arte, segundo Fischer ( A necessidade da arte, p. 247 – 254), como meio

D

de identificação do homem com a natureza, com os outros homens e com o mundo, como meio de fazer o homem conviver e sentir como os demais, com tudo o que é e com tudo o que está para ser, está fadada a crescer na mesma medida em que cresce o homem. Neste período, que bom seria o encaminhamento das crianças e dos adolescentes para a pintura, a música, a natação, a dança, o futebol, o voleibol, para os jogos educativos como golf, xadrez, dama, rouba bandeira, queimada, peteca ... Através da leitura, o homem desenvolve a inventividade, a imaginação, além de adquirir cultura, conhecimentos e valores morais e éticos. E, através

da arte, estes mesmos desenvolvimentos acontecem, além da sociabilidade e prazer. Ilza Maria de Pinho Tavares Mestre em Ciências da Educação Psicanalista - Sabinópolis

apropriado para a escuta da Palavra de Deus. Enfim, o canto de entrada deve ser sempre escolhido tendo como base a liturgia da Palavra do dia, o tempo litúrgico vigente, a comunidade presente, o acolhimento que leva a assembleia a ter prazer em estar ali, sem nunca perder de vista a essência que cada ciclo do ano tem para oferecer. Sendo assim, não é porque o canto fala de Maria, por exemplo, que ele serve para aquela celebração na qual lembramos Maria. A Palavra dita o caminho a seguir. Um canto temático, como do dízimo ou um hino do padroeiro ou da campanha da Fraternidade não são cantos de entrada próprios para missa. Em todas as missas o centro é sempre o mesmo: é a celebração do sacrifício realizado pela paixão, morte e ressurreição de Cristo. Portanto, Cristo é sempre o centro. Pe João Evangelista dos Santos Presbítero da Diocese de Guanhães


pagina4e5 2015_PAG1N.QXD 06/01/2015 17:10 Página 1

4

CF2015

JANEIRO2015

5

JANEIRO2015

Campanha da Fraternidade 2015: o serviço em destaque! om o tema “Fraternidade: Igreja e sociedade” e o lema “Eu vim para servir”, baseado no Evangelista Marcos (Mc 10, 45), a Campanha da Fraternidade de 2015 (CF 2015) quer recordar a vocação e a missão de cada um de nós, de nossas comunidades de fé, a partir do diálogo e da colaboração entre Igreja e sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, celebrado entre 1962-1965. O Texto-base da CF reflete a dimensão da vida em sociedade que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas

C

de condutas, organizada por critérios e, principalmente, com entidades que “cuidam do bem-estar daqueles que convivem”. Na apresentação do texto, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, explica que a CF 2015 convida a refletir, meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade. “Será uma oportunidade de retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II, que nos levam

Será uma oportunidade de retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II, que nos levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana.

a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana. Sabemos que todas as pessoas que formam a sociedade são filhas e filhos de Deus. Por isso, os cristãos trabalham para que as estruturas, as normas e a organização da sociedade estejam a serviço de todos”, comenta Dom Leonardo.

Propostas do Texto-base da CF O Texto-base, estudado pelo clero e por diversos dos caminhos, mas não se acomoda! Vejam isso nas agentes de pastoral da Diocese, dia 02 de dezembro páginas 5, 8 e, sobretudo, a partir da página 73. passado, está organizado em quatro partes. Na priEm sua segunda parte, páginas 39 a 67, o texto nos meira são apresentadas reflexões sobre: “Histórico dá motivações bíblicas e teológicas para agirmos; traz das relações Igreja e Sociedade no Brasil”, “A socie- Abraão, o grande patriarca, como exemplo de serviço. dade brasileira atual e seus desafios”, “O serviço da Ele saiu de sua terra, do meio dos seus e foi cumprir Igreja à sociedade brasileira” e “Igreja – Sociedade: uma nova vocação. Abraão, do alto de sua velhice, convergência e divergências”; na segunda parte é não se acomodou, mas saiu de si, se desinstalou e foi aprofundada a relação Igreja e Sociedade à luz da pa- em busca de um serviço a seu Deus. Solidariedade lavra de Deus, à luz do magistério da Igreja e à luz da sempre foi a grande atitude de Abraão, e deve tamdoutrina social; a terceira parte debate uma visão so- bém ser a nossa. cial a partir do serviço, diálogo e cooperação entre Igreja e sociedade, além de refletir sobre “Dignidade Evangelização completa humana, bem comum e justiça social” e “O serviço da Em sua terceira parte, o Texto-base fala da missão Igreja à sociedade”. Nessa parte, o texto aponta algu- da Igreja, a nossa missão, que é EVANGELIZAR. Quamas sugestões pastorais para a vise a maioria das pessoas entende que vência da CF nas dioceses, paróevangelizar é apenas ANUNCIAR o Quase a maioria quias e comunidades; a quarta parte Evangelho, que basta isso, mas não é apresenta os resultados da CF do verdade. Sim, o anúncio da Palavra na das pessoas ano passado, os projetos atendidos celebração da Eucaristia e dos outros por região, prestação de contas do Sacramentos é um dos serviços imentende que Fundo Nacional de Solidariedade de portantes, mas existem outros. Outro 2013 e as contribuições enviadas aspecto importante da evangelização evangelizar é pelas dioceses, além de histórico é o TESTEMUNHO: testemunhar com das últimas Campanhas e temas a vida, para que a palavra anunciada apenas discutidos nos anos anteriores. O tenha sentido e valor; viver em COANUNCIAR o nome de nossa Diocese está na páMUNHÃO e no SERVIÇO aos outros, gina 95. em atitude de diaconia, é evangelizar, Evangelho, que como ensinava Jesus, como testemuO serviço em destaque! nharam com suas vidas os santos e basta isso, mas A começar pelo cartaz da CF, que santas. A evangelização se completa nos apresenta o Papa Francisco, nuquando fazemos, ao mesmo tempo, o não é verdade ma cerimônia da Missa de testemunho, o serviço, a comuLava-pés, beijando o pé de nhão e o anúncio. Assim fez o um dos apóstolos, todo o nosso Mestre, cabeça da Igreja. Texto-base é permeado peQue possamos, neste novo las palavras “servir”, “serviano, viver a CF em todos os níço”, “servidor”, “servidora”: veis eclesiais: nas Comunidasão 63 ocorrências! Isso é des, nas Paróquias e na Diocemuito em um texto tão pese inteira. Façamos uma aberqueno! Por que somos chatura solene, na Quarta-feira de mados a SERVIR? Certamente porque o serviço está Cinzas, dia 18 de fevereiro, e mantenhamos atividaem falta! Nossa Igreja é constantemente desafiada a des o ano inteiro. O texto da CF nos apresenta muitas sair dos templos e acolher as pessoas onde quer que sugestões. Pe. Ismar Dias de Matos, sacerdote da elas estejam. O texto recorda as palavras do Papa Diocese de Guanhães, atuando em Belo Horizonte. Francisco, que disse querer uma IGREJA EM SAÍDA, E-mail: p.ismar@pucminas.br missionária, que se machuca e se suja com as lamas

O humano, a tecnologia e o divino Igreja do século XXI vive o desafio de conviver com a tecnologia da comunicação e sua instantaneidade e dinamismo. Os dispositivos recebem atualizações anuais e os aplicativos vão surgindo em velocidade sem precedentes. A combinação desses dois propicia interatividade constante e praticamente 24h. Tanto para o bem, quanto para o mal – infelizmente – o fluxo de dados ganha velocidade e possibilidades antes inimagináveis. O tempo das cartas à mão, entregues pelos carteiros dias ou semanas depois de escritas ficou para trás. Neste início de terceiro milênio, enviar vídeos, fotos e imagens ficou acessível às palmas das mãos. Com um smartphone básico é possível sair filmando e fotografando o tempo todo. As operadoras oferecem acesso à internet sem restrição e os programadores ousam na criação de ferramen-

A

Comunicação, desafios e possibilidades para evangelizar na era da cultura digital O papa Francisco, profeticamente, insiste em conjugar a “cultura do encontro” e “cultura digital”. Afinal de contas, graças às “maravilhosas invenções da técnica” (Inter Mirifica) as barreiras da distância são vencidas e podem nos ajudar a sentirnos mais próximos uns dos outros, favorecendo a evangelização, ultrapassando as fronteiras geográficas, culturais e digitais. Com tantas transformações surge o “continente digital” o qual precisa ser evangelizado. Muitos são os desafios que a Igreja é convidada a enfrentar. Entre tantos focaremos no tema “a Igreja em diálogo com a sociedade na era digital”, pois nos apresenta como um dos maiores e pouco abordado desafio. Ali, também, a Igreja deve ser servidora, já que muitos se refugiam no “continente digital” buscando suprir suas frustrações existenciais. Os primeiros cristãos souberam ser bons comunicadores, pois comunicaram pelo testemunho. Lembremos, ainda, do que disse São Francisco: “Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras”. A comunicação na Igreja deve ser norteada pela “cultura do encontro” e o testemunho, a fim de não somente comunicar, mas priorizar a evangelização: “todos têm o direito de recegraças às ber o Evangelho. Os cristãos têm o dever de o “maravilhosas anunciar, sem excluir ninguém, e não como quem invenções da impõe uma nova obrigatécnica” as ção, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupen- barreiras da do, oferece um banquete distância são apetecível. A Igreja não cresce por proselitismo, vencidas mas ‘por atração’” (Evangelii gaudium n. 14).

tas que nos fazem pensar “porFacebook, Whatsapp, Twitque isso não foi feito antes?”. ter etc não publicam material Onde vamos parar – vamos sozinhos. Eles funcionam a parar (?) – com tanta inova- partir de mãos humanas, orienção? Qual é o tadas pelo noslimite entre o Onde vamos parar so pensamento. útil e o fútil? Desistir do uso Como usar com tanta inovação? deles por pensmartphones, Qual é o limite entre sarmos no lado aplicativos e obscuro de sua afins para levar o útil e o fútil? Como existência signia palavra de usar smartphones, fica abandonar Deus ao próxia possibilidade aplicativos e afins mo e o próximo de lançarmos à palavra de para levar a palavra boas sementes Deus? Para solo fértil. de Deus ao próximo em responder esAgindo assim, sas perguntas e o próximo à impedimos o flotemos que oudo palavra de Deus? rescimento sar fazer a coevangelho e a municação, ser primavera da vicaminho e ponte em vez de da em Deus. muro e obstáculos. Todo e Aquela bíblia aberta em ciqualquer dispositivo será usa- ma da mesa ou estante não é do para espalhar conteúdo in- um enfeite nem catálogo para conveniente sim, entretanto, e folhearmos quando queremos muito mais importante, as novi- fazer pedidos. Por que não dades tecnológicas estão ao buscar um versículo diário e nosso alcance para o uso cor- publicar nas redes sociais ou reto e vivificador. no grupo de contatos do What-

sapp? Se existe algum preconceito fica uma dica: o Papa Francisco é incentivador dessa prática e ele mesmo é usuário das ferramentas tecnológicas em seu pastoreio. Elas são a extensão das celebrações, homilias e documentos do Santo Padre e o conteúdo publicado por Sua Santidade está disponível na internet a um clique de nossa vontade de acessá-lo. Madre Teresa de Calcutá dizia que a primeira necessidade do homem é comunicar-se. Comunicar é preciso e o anúncio da palavra – vídeos, imagens e fotos – renova nossa igreja e fortalece as boas intenções cristãs em um mundo além da televisão e mídia convencional. Se querem nos enviar mensagens de um planeta dominado por corrupção, inveja e crimes podemos responder com o melhor de Deus em nós: fé, boa vontade e amor ao próximo. Juliano Nunes Jornalista - nunesjuliano@outlook.com

Igreja e sociedade em rede partir da temática da Campanha da Fraternidade deste ano – Igreja e sociedade – como cristãos católicos somos convidados, durante todo o ano, a desenvolver alguns pressupostos fundamentais para a vida cristã: a autocompreensão da própria Igreja e as implicações da fé cristã para o convívio social e para a presença da Igreja no mundo. Mas também em relação à Igreja e sociedade cabe destacar de modo especial uma sociedade que se vive em um mundo conectado, um mundo de redes de “comunidades”. Um pressuposto teológico e antropológico é a convicção de que a humanidade constitui uma única grande família de filhos de Deus e de irmãos entre si. Por isso mesmo o empenho em favor da dignidade e dos direitos humanos fundamentais de cada ser humano, bem como na edificação da justiça social, da fraternidade entre todos e da assistência a toda pessoa necessitada, é parte integrante da sua missão, bem como da vida cristã coerente de cada membro da Igreja. E a partir dos diversos meios de comunicação, a Igreja

A

vem se preocupando com um novo mo- vem ganhando um caráter profissional, do de evangelização em que a cada dia acompanhada de uma formatação tecvai se adequando às mídias, para me- nológica e também uma linguagem teolhor proximidade criando assim uma re- lógica e eclesiológica que vão se adede de cristãos que evangelizam usando quando aos meios de comunicação que as ferramentas sem agredir a dignidade vão surgindo repentinamente. A isto as da pessoa na sociedade. comunidades virtuais e as redes sociais Por isso que Igreja e são fundamentais para sociedade devem estar Percebe-se que a o cristão, pois são cosempre interligados comunidades pessoais, mo uma rede que per- Igreja Católica passa baseadas nos interesmite a circulação de ses individuais e nas por mudanças elementos materiais e afinidades e valores imateriais. Fala-se muidas pessoas. to em rede, relações, significativas com o Preocupada com a sociedade, tecnologia, midiatização a Igreja advento das etc. Sabe-se que há busca aperfeiçoar sua muito pouco sobre a linguagem e seu diálotecnologias da Igreja na sociedade em go diante dos desafios informação em seu rede, ou mais especifique vão surgindo pelas camente, sobre a Igreja mídias sociais. Mesmo processo na sua relação com o com o surgimento de novo contexto cultural e inúmeros desafios a comunicativo social em que vivemos. Igreja tem-se buscado e Percebe-se que a valorizado a importânIgreja Católica passa por mudanças cia do uso desses recursos com prusignificativas com o advento das tecno- dência e ética para evangelizar. No enlogias da informação em seu processo tanto o objetivo é também fazer com comunicativo. A comunicação religiosa que o cristão interaja com a sociedade

e continue sempre atual e forte à função de unificação das comunidades. E a partir daí vai se compreendendo que a sociedade começa a experimentar novas formas de contato, de relação e de expressão pessoal para o bem próprio e comunitário. Portanto, a Igreja Católica, como conjunto de indivíduos e como instituição, não pode deixar de participar na nova sociedade. Deve ter um papel ativo e concreto nas “novas comunidades”; um novo modelo de Igreja vai surgindo por causa de uma sociedade que apresenta um novo paradigma, uma nova economia, uma nova cultura, uma nova identidade e uma nova organização. E assim o ser cristão vai transcendendo a esfera privada e penetra na esfera pública, constituindo um ethos, ou um conjunto de princípios, valores e costumes indissociáveis das várias dimensões da sua vida, ou dos vários papéis sociais que representa quotidianamente. José Aparecido de Miranda Seminarista 4º ano teologia


pagina4e5 2015_PAG1N.QXD 06/01/2015 17:10 Página 1

4

CF2015

JANEIRO2015

5

JANEIRO2015

Campanha da Fraternidade 2015: o serviço em destaque! om o tema “Fraternidade: Igreja e sociedade” e o lema “Eu vim para servir”, baseado no Evangelista Marcos (Mc 10, 45), a Campanha da Fraternidade de 2015 (CF 2015) quer recordar a vocação e a missão de cada um de nós, de nossas comunidades de fé, a partir do diálogo e da colaboração entre Igreja e sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, celebrado entre 1962-1965. O Texto-base da CF reflete a dimensão da vida em sociedade que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas

C

de condutas, organizada por critérios e, principalmente, com entidades que “cuidam do bem-estar daqueles que convivem”. Na apresentação do texto, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, explica que a CF 2015 convida a refletir, meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade. “Será uma oportunidade de retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II, que nos levam

Será uma oportunidade de retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II, que nos levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana.

a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana. Sabemos que todas as pessoas que formam a sociedade são filhas e filhos de Deus. Por isso, os cristãos trabalham para que as estruturas, as normas e a organização da sociedade estejam a serviço de todos”, comenta Dom Leonardo.

Propostas do Texto-base da CF O Texto-base, estudado pelo clero e por diversos dos caminhos, mas não se acomoda! Vejam isso nas agentes de pastoral da Diocese, dia 02 de dezembro páginas 5, 8 e, sobretudo, a partir da página 73. passado, está organizado em quatro partes. Na priEm sua segunda parte, páginas 39 a 67, o texto nos meira são apresentadas reflexões sobre: “Histórico dá motivações bíblicas e teológicas para agirmos; traz das relações Igreja e Sociedade no Brasil”, “A socie- Abraão, o grande patriarca, como exemplo de serviço. dade brasileira atual e seus desafios”, “O serviço da Ele saiu de sua terra, do meio dos seus e foi cumprir Igreja à sociedade brasileira” e “Igreja – Sociedade: uma nova vocação. Abraão, do alto de sua velhice, convergência e divergências”; na segunda parte é não se acomodou, mas saiu de si, se desinstalou e foi aprofundada a relação Igreja e Sociedade à luz da pa- em busca de um serviço a seu Deus. Solidariedade lavra de Deus, à luz do magistério da Igreja e à luz da sempre foi a grande atitude de Abraão, e deve tamdoutrina social; a terceira parte debate uma visão so- bém ser a nossa. cial a partir do serviço, diálogo e cooperação entre Igreja e sociedade, além de refletir sobre “Dignidade Evangelização completa humana, bem comum e justiça social” e “O serviço da Em sua terceira parte, o Texto-base fala da missão Igreja à sociedade”. Nessa parte, o texto aponta algu- da Igreja, a nossa missão, que é EVANGELIZAR. Quamas sugestões pastorais para a vise a maioria das pessoas entende que vência da CF nas dioceses, paróevangelizar é apenas ANUNCIAR o Quase a maioria quias e comunidades; a quarta parte Evangelho, que basta isso, mas não é apresenta os resultados da CF do verdade. Sim, o anúncio da Palavra na das pessoas ano passado, os projetos atendidos celebração da Eucaristia e dos outros por região, prestação de contas do Sacramentos é um dos serviços imentende que Fundo Nacional de Solidariedade de portantes, mas existem outros. Outro 2013 e as contribuições enviadas aspecto importante da evangelização evangelizar é pelas dioceses, além de histórico é o TESTEMUNHO: testemunhar com das últimas Campanhas e temas a vida, para que a palavra anunciada apenas discutidos nos anos anteriores. O tenha sentido e valor; viver em COANUNCIAR o nome de nossa Diocese está na páMUNHÃO e no SERVIÇO aos outros, gina 95. em atitude de diaconia, é evangelizar, Evangelho, que como ensinava Jesus, como testemuO serviço em destaque! nharam com suas vidas os santos e basta isso, mas A começar pelo cartaz da CF, que santas. A evangelização se completa nos apresenta o Papa Francisco, nuquando fazemos, ao mesmo tempo, o não é verdade ma cerimônia da Missa de testemunho, o serviço, a comuLava-pés, beijando o pé de nhão e o anúncio. Assim fez o um dos apóstolos, todo o nosso Mestre, cabeça da Igreja. Texto-base é permeado peQue possamos, neste novo las palavras “servir”, “serviano, viver a CF em todos os níço”, “servidor”, “servidora”: veis eclesiais: nas Comunidasão 63 ocorrências! Isso é des, nas Paróquias e na Diocemuito em um texto tão pese inteira. Façamos uma aberqueno! Por que somos chatura solene, na Quarta-feira de mados a SERVIR? Certamente porque o serviço está Cinzas, dia 18 de fevereiro, e mantenhamos atividaem falta! Nossa Igreja é constantemente desafiada a des o ano inteiro. O texto da CF nos apresenta muitas sair dos templos e acolher as pessoas onde quer que sugestões. Pe. Ismar Dias de Matos, sacerdote da elas estejam. O texto recorda as palavras do Papa Diocese de Guanhães, atuando em Belo Horizonte. Francisco, que disse querer uma IGREJA EM SAÍDA, E-mail: p.ismar@pucminas.br missionária, que se machuca e se suja com as lamas

O humano, a tecnologia e o divino Igreja do século XXI vive o desafio de conviver com a tecnologia da comunicação e sua instantaneidade e dinamismo. Os dispositivos recebem atualizações anuais e os aplicativos vão surgindo em velocidade sem precedentes. A combinação desses dois propicia interatividade constante e praticamente 24h. Tanto para o bem, quanto para o mal – infelizmente – o fluxo de dados ganha velocidade e possibilidades antes inimagináveis. O tempo das cartas à mão, entregues pelos carteiros dias ou semanas depois de escritas ficou para trás. Neste início de terceiro milênio, enviar vídeos, fotos e imagens ficou acessível às palmas das mãos. Com um smartphone básico é possível sair filmando e fotografando o tempo todo. As operadoras oferecem acesso à internet sem restrição e os programadores ousam na criação de ferramen-

A

Comunicação, desafios e possibilidades para evangelizar na era da cultura digital O papa Francisco, profeticamente, insiste em conjugar a “cultura do encontro” e “cultura digital”. Afinal de contas, graças às “maravilhosas invenções da técnica” (Inter Mirifica) as barreiras da distância são vencidas e podem nos ajudar a sentirnos mais próximos uns dos outros, favorecendo a evangelização, ultrapassando as fronteiras geográficas, culturais e digitais. Com tantas transformações surge o “continente digital” o qual precisa ser evangelizado. Muitos são os desafios que a Igreja é convidada a enfrentar. Entre tantos focaremos no tema “a Igreja em diálogo com a sociedade na era digital”, pois nos apresenta como um dos maiores e pouco abordado desafio. Ali, também, a Igreja deve ser servidora, já que muitos se refugiam no “continente digital” buscando suprir suas frustrações existenciais. Os primeiros cristãos souberam ser bons comunicadores, pois comunicaram pelo testemunho. Lembremos, ainda, do que disse São Francisco: “Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras”. A comunicação na Igreja deve ser norteada pela “cultura do encontro” e o testemunho, a fim de não somente comunicar, mas priorizar a evangelização: “todos têm o direito de recegraças às ber o Evangelho. Os cristãos têm o dever de o “maravilhosas anunciar, sem excluir ninguém, e não como quem invenções da impõe uma nova obrigatécnica” as ção, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupen- barreiras da do, oferece um banquete distância são apetecível. A Igreja não cresce por proselitismo, vencidas mas ‘por atração’” (Evangelii gaudium n. 14).

tas que nos fazem pensar “porFacebook, Whatsapp, Twitque isso não foi feito antes?”. ter etc não publicam material Onde vamos parar – vamos sozinhos. Eles funcionam a parar (?) – com tanta inova- partir de mãos humanas, orienção? Qual é o tadas pelo noslimite entre o Onde vamos parar so pensamento. útil e o fútil? Desistir do uso Como usar com tanta inovação? deles por pensmartphones, Qual é o limite entre sarmos no lado aplicativos e obscuro de sua afins para levar o útil e o fútil? Como existência signia palavra de usar smartphones, fica abandonar Deus ao próxia possibilidade aplicativos e afins mo e o próximo de lançarmos à palavra de para levar a palavra boas sementes Deus? Para solo fértil. de Deus ao próximo em responder esAgindo assim, sas perguntas e o próximo à impedimos o flotemos que oudo palavra de Deus? rescimento sar fazer a coevangelho e a municação, ser primavera da vicaminho e ponte em vez de da em Deus. muro e obstáculos. Todo e Aquela bíblia aberta em ciqualquer dispositivo será usa- ma da mesa ou estante não é do para espalhar conteúdo in- um enfeite nem catálogo para conveniente sim, entretanto, e folhearmos quando queremos muito mais importante, as novi- fazer pedidos. Por que não dades tecnológicas estão ao buscar um versículo diário e nosso alcance para o uso cor- publicar nas redes sociais ou reto e vivificador. no grupo de contatos do What-

sapp? Se existe algum preconceito fica uma dica: o Papa Francisco é incentivador dessa prática e ele mesmo é usuário das ferramentas tecnológicas em seu pastoreio. Elas são a extensão das celebrações, homilias e documentos do Santo Padre e o conteúdo publicado por Sua Santidade está disponível na internet a um clique de nossa vontade de acessá-lo. Madre Teresa de Calcutá dizia que a primeira necessidade do homem é comunicar-se. Comunicar é preciso e o anúncio da palavra – vídeos, imagens e fotos – renova nossa igreja e fortalece as boas intenções cristãs em um mundo além da televisão e mídia convencional. Se querem nos enviar mensagens de um planeta dominado por corrupção, inveja e crimes podemos responder com o melhor de Deus em nós: fé, boa vontade e amor ao próximo. Juliano Nunes Jornalista - nunesjuliano@outlook.com

Igreja e sociedade em rede partir da temática da Campanha da Fraternidade deste ano – Igreja e sociedade – como cristãos católicos somos convidados, durante todo o ano, a desenvolver alguns pressupostos fundamentais para a vida cristã: a autocompreensão da própria Igreja e as implicações da fé cristã para o convívio social e para a presença da Igreja no mundo. Mas também em relação à Igreja e sociedade cabe destacar de modo especial uma sociedade que se vive em um mundo conectado, um mundo de redes de “comunidades”. Um pressuposto teológico e antropológico é a convicção de que a humanidade constitui uma única grande família de filhos de Deus e de irmãos entre si. Por isso mesmo o empenho em favor da dignidade e dos direitos humanos fundamentais de cada ser humano, bem como na edificação da justiça social, da fraternidade entre todos e da assistência a toda pessoa necessitada, é parte integrante da sua missão, bem como da vida cristã coerente de cada membro da Igreja. E a partir dos diversos meios de comunicação, a Igreja

A

vem se preocupando com um novo mo- vem ganhando um caráter profissional, do de evangelização em que a cada dia acompanhada de uma formatação tecvai se adequando às mídias, para me- nológica e também uma linguagem teolhor proximidade criando assim uma re- lógica e eclesiológica que vão se adede de cristãos que evangelizam usando quando aos meios de comunicação que as ferramentas sem agredir a dignidade vão surgindo repentinamente. A isto as da pessoa na sociedade. comunidades virtuais e as redes sociais Por isso que Igreja e são fundamentais para sociedade devem estar Percebe-se que a o cristão, pois são cosempre interligados comunidades pessoais, mo uma rede que per- Igreja Católica passa baseadas nos interesmite a circulação de ses individuais e nas por mudanças elementos materiais e afinidades e valores imateriais. Fala-se muidas pessoas. to em rede, relações, significativas com o Preocupada com a sociedade, tecnologia, midiatização a Igreja advento das etc. Sabe-se que há busca aperfeiçoar sua muito pouco sobre a linguagem e seu diálotecnologias da Igreja na sociedade em go diante dos desafios informação em seu rede, ou mais especifique vão surgindo pelas camente, sobre a Igreja mídias sociais. Mesmo processo na sua relação com o com o surgimento de novo contexto cultural e inúmeros desafios a comunicativo social em que vivemos. Igreja tem-se buscado e Percebe-se que a valorizado a importânIgreja Católica passa por mudanças cia do uso desses recursos com prusignificativas com o advento das tecno- dência e ética para evangelizar. No enlogias da informação em seu processo tanto o objetivo é também fazer com comunicativo. A comunicação religiosa que o cristão interaja com a sociedade

e continue sempre atual e forte à função de unificação das comunidades. E a partir daí vai se compreendendo que a sociedade começa a experimentar novas formas de contato, de relação e de expressão pessoal para o bem próprio e comunitário. Portanto, a Igreja Católica, como conjunto de indivíduos e como instituição, não pode deixar de participar na nova sociedade. Deve ter um papel ativo e concreto nas “novas comunidades”; um novo modelo de Igreja vai surgindo por causa de uma sociedade que apresenta um novo paradigma, uma nova economia, uma nova cultura, uma nova identidade e uma nova organização. E assim o ser cristão vai transcendendo a esfera privada e penetra na esfera pública, constituindo um ethos, ou um conjunto de princípios, valores e costumes indissociáveis das várias dimensões da sua vida, ou dos vários papéis sociais que representa quotidianamente. José Aparecido de Miranda Seminarista 4º ano teologia


6

JANEIRO2015

Fé & Política

Juliano Nunes Jornalista -nunesjuliano@outlook.com

ARTIGOS

A LIDERANÇA DE JESUS Iniciamos mais um ano e assisti- da de carro de luxo dormisse em um cocho, onde os mos mais uma vez a mudança no ou restaurante para animais comem ração. Não o visitasentido das festas, advindo do cres- a diretoria; não há ram pessoas da família, mas pastocimento do comércio. É assim todo salas com amplas res de ovelhas, sábios do oriente, ano, há séculos. Esse setor da eco- mesas para os superiores e, muitos postaram fotos do recém-nascido gente simples. Essa situação inconomia vê nas festividades natalinas deles abriram mão de terno e grava- nas redes sociais para parentes e mum não diminuiu Jesus, entretana melhor época para vendas e ne- ta para o trabalho. Em suas famílias, amigos conhecê-lo. Não havia nem to, o fortaleceu, fez dele o líder dos gócios. Filhos esperam pela visita nem pensar em gordas mesadas e quarto pronto, todo decorado, para maus liderados ou sem líder algum; do velho Noel. Nas empresas, cola- presentes caros para os filhos, man- a criança. Aqui na Terra, onde viveu, mostrou-lhes que a liderança não boradores vivem a expectativa do são com segurança é coisa do pas- Jesus sequer tinha pai legítimo. vem (necessariamente) dos mais O líder dos líderes, ainda no ven- fortes, maiores nem mais podero13º salário e do amigo oculto. Per- sado e eles evitam a todo o momengunta que não quer calar: sos. porque existe o Natal? Jesus despertou uma Tenho lido muitas bioliderança hoje vista no Jesus despertou uma liderança hoje vista no perfil dos grafias de líderes da atuaperfil dos principais lídeprincipais líderes da atualidade. Gente com muito dinheiro res da atualidade. Gente lidade e algo em comum chama a atenção: há, na com muito dinheiro sim; sim; porém, homens e mulheres que, tal qual o filho do maioria, um desprendiporém, homens e mulhemento do material, comAltíssimo, veem no ser humano o elemento mais res que, tal qual o filho portamento avesso ao do Altíssimo, veem no importante da sociedade. das celebridades e paser humano o elemento drão de vida que os apromais importante da sotre de Maria, estava no lombo de um ciedade. Prédios, carros e reinos xima da simplicidade. São acionis- to as revistas de famosos. tas de grandes empresas, ativistas Quando veio ao mundo, por obra burro, em direção à Belém, às vés- desaparecem; pessoas ficam e pode movimentos globais, até mesmo do Espírito Santo, Jesus não foi le- peras de seu nascimento; ele veio dem refazer tudo a qualquer hora. A políticos. vado de carro pelo pai a uma mater- ao mundo dentro de uma estrebaria influência de Jesus, tal qual a dos Eles seguem um estilo de vida nidade. Não teve aquela história de e foi colocado pela mãe em uma homens de nossos dias, não está semelhante ao da maioria das pes- a família toda ficar de plantão com manjedoura. Atualizando essa cena, em aparecer mais, está em fazer soas e o repassam a colaboradores todos os celulares ligados à espera seria como um bebê nascer em um mais e ajudar a transformar o mune familiares. Em suas empresas, na- de notícias do pequeno. Os pais não curral, onde ficam bois e vacas, e do.

RELAÇÕES DESCARTÁVEIS * Romário Aparecido Rodrigues

O ser humano é um ser de ligações afetivas, familiares, políticas e religiosas, as quais exigem esforços para que a convivência entre os envolvidos seja respeitável e harmoniosa. Um relacionamento intrapessoal saudável requer, mormente, conhecimento de si mesmo e atenção à individualidade alheia, porém isso não o isenta de conflitos e divergências. Na vivência das relações, tem se percebido uma facilidade assustadora na maneira como elas se estabelecem e se desvinculam, principalmente em um período de enormes mudanças, no qual o homem está situado. Parece haver uma tendência a descartar pessoas, assim como é feito com copos, pratos, embalagens e tantos objetos descartáveis. Justamente, nesse ponto, está a chave de toda discussão, pois os relacionamentos têm sido instáveis, sem durabilidade, mostrando-se válidos apenas enquanto oferecem satisfação para, pelo menos, uma das partes. Quando uma delas não está suficientemente suprida, abandona tudo sem se preocupar com o que o outro sente ou deixa de sentir. Usar e jogar fora é um puro reflexo do consumismo. Quanto mais se consome, sejam coisas ou pessoas, mais se acredita alcançar formas de ser feliz. O quantitativo se sobrepõe ao qualitativo. Adquirir bens e acumulá-los traz status e sensa-

ção de contentamento provisório; para que se prolongue é preciso acompanhar a sucessão de mudanças e consumir compulsivamente. À medida que se possuem as coisas em grande quantidade, tem-se a impressão de que o bem-estar passa por uma intensificação. Assim, os seres humanos extravasam as angústias e se esforçam para preencher os vazios existenciais com gêneros consumíveis. A crítica não é ao consumo, pois é impossível fugir dele, ainda mais por causa do sistema econômico, mas ao consumismo, quando aquele atinge um patamar tão elevado, que tudo o que se faz tem por finalidade ter posse dos bens consumíveis. A pessoa pós-moderna fez do mercado uma fonte de satisfação espiritual. Isso quer dizer, entre outras coisas, colocar em segundo plano as relações humanas, significa ainda que o Ter é primordial ao Ser. Desse modo, a vida perde, totalmente, seu valor sentimental e espiritual, passando a possuir valia apenas a vida como mercadoria e como produto de troca. Não se mede uma pessoa por suas qualidades, valores ou personalidade, mas por aquilo que se tem e se disponibiliza a adquirir. Com o progresso da utilização das pessoas, diminui-se, gradativamente, a dignidade do homem. Caso o amor integrasse, realmente, os contatos afetivos, as formas como as relações se dão seguiriam caminhos distintos, os quais valo-

rizariam o indivíduo integralmente, levando em consideração suas qualidades, defeitos, direitos e deveres. Conforme acrescenta o pensador Erick Fromm, “se eu amo o outro, sinto-me um só com ele, mas com ele como ele é, e não na medida em que preciso dele como objeto para meu uso.” Um relacionamento autêntico contribui para o crescimento dos envolvidos, completa-os, dando-lhes felicidade pelo simples fato de estarem juntos, havendo compreensão e confiança mútua. Existe a certeza de que terão que lidar com discussões e conflitos, mas há maturidade para superar essas situações e aproveitá-las para evoluir, não separados, mas numa unidade. Os homens e mulheres contemporâneos estão anestesiados pela cultura do consumo, mais frios e insensíveis às carências alheias. Muitos afirmam que os novos tempos precisam ser absorvidos e incorporados, pois é inútil combatê-los. Entretanto, a questão não é travar uma batalha para impedir que as mudanças ocorram, pois isso é impossível, mas estabelecer o papel da pessoa diante dos vastos acontecimentos que muitas vezes a degrada, manipula e incita à imobilização. Quando todos se virem como pessoas dignas de respeito e desvelo, que não

são coisas ou peças a serem consumidas e jogadas fora, as relações deixarão de ser descartáveis, saciando “[...] o desejo do próximo de ter reconhecida, admitida e confirmada a sua dignidade de portar um valor singular, insubstituível e não descartável”, afirma o filósofo Zygmunt Bauman. Consequentemente, a crise relacional sofrerá uma alteração, gerando uma tomada de consciência, a fim de ratificar o lugar do ser humano e dos bens de consumo, solidificando as interações liquefeitas pela pós-modernidade. Graduando do 1º período do curso de Teologia do Seminário Diocesano Nossa Senhora do Rosário E-mail: rodriguesro.26@hotmail.com


O que os pais devem saber

ARTIGOS

7

JANEIRO2015

Regina Coele Barroso Queiroz Santos butibarroso@yahoo.com.br

O QUE SABEMOS SOBRE 2015 Ano com 365 dias; 126º ano da Proclamação da República; 193º ano da Independência do Brasil; 515º ano do Descobrimento do Brasil; 523º ano do Descobrimento da América.

condutora da educação dos filhos; Que a paz esteja presente em todas as relações. Que o cada cidadão faça a sua parte para transformar a sua realidade.

O que desejamos para 2015

O que devemos fazer em 2015

Que seja um ano de bom trabalho para todos; Que a fé se fortaleça em todos os ambientes; Que a ética apareça em todos os setores; Que a família assuma mais o seu papel de

Afastar-se de pessoas e fatos negativos, se não puder se afastar, não se deixe contaminar. Valorizar suas ideias e intuição. Acreditar em você.

Não reclamar, não falar mal dos outros. Cultivar o bom humor, o sorriso e a alegria. Ouvir atentamente. Dar atenção às pessoas. Ajudar os outros. Cooperar. Participar. Comprometer-se. Faça mais do que esperam. Tudo o que fizer, faça bem feito. Um serviço bem feito vale por dez. Sirvam-te de lição teus erros. Amar-se a si mesmo. E lembre-se: o amanhã é feito hoje.

VIVA BEM O 2015!

Quinze “doenças” da Igreja O papa Francisco alertou sobre quinze “doenças” que “são naturalmente um perigo para cada cristão e para cada cúria, comunidade, congregação, paróquia, movimento eclesial”. A primeira delas é a doença do sentir-se imortal ou indispensável. O sintoma é quando não faz autocrítica, não se atualiza e não procura melhorar. Um bom remédio, segundo o papa, seria uma visita ao cemitério, pois lá estão muitas pessoas que “talvez pensassem que eram imortais, imunes e indispensáveis”. É a doença dos que “se transformam em proprietários e se sentem superiores a todos, e não ao serviço de todos. Deriva muitas vezes da patologia do poder, do ‘complexo dos eleitos’, do narcisismo”. Em seguida o Papa falou da doença do “martalismo” (referência a Marta). Trata-se do ativismo desenfreado, daqueles que “se imergem no trabalho, negligenciando “a melhor parte”: o sentar-se aos pés de Jesus”. E para evitar isso, Jesus “chamou os seus discípulos para “repousarem um pouco”, e não cair no stress e na agitação”. Talvez aqui esteja a raiz de tantos outros males. A doença da petrificação mental e espiritual atinge os que “perdem a serenidade interior, a vivacidade e a audácia, e se escondem sob os papéis” e deixam de ser “homens de Deus” incapazes de “chorar com aqueles que choram e alegrar-se com aqueles que se alegram”, pois possuem um coração de pedra. A doença da excessiva planificação refere-se àqueles que planejam demais; fazem tanto plano que parecem querer pilotar o Espírito Santo. “Preparar bem as coisas é necessário, mas sem nunca cair na tentação de querer fechar e guiar a liberdade do Espírito Santo. É sempre mais fácil e cômo-

do repousar nas próprias posições estáticas e imutáveis”, afirma Francisco. Quando os pés dizem ao braço “não tenho necessidade de você”, ou a mão diz à cabeça “eu comando”, causando assim problemas e escândalo é sinal da doença da má coordenação, adquirida por quem perdeu “a comunhão entre eles e o corpo perde a sua harmoniosa funcionalidade”, sendo assim “seus membros não colaboram e não vivem o espírito de comunhão e de equipe”. O Alzheimer espiritual – a “doença” mais destacada pela mídia secular – é sinalizada quando se manifesta um “declínio progressivo das faculdades espirituais”, ocasionando “graves deficiências à pessoa”. Manifesta-se em quem “perdeu a memória” do seu encontro com Deus, em quem depende das próprias “paixões, caprichos e manias”, em quem constrói “em torno a si muros e hábitos”. A preocupação excessiva com “a aparência, as cores das vestes e as insígnias honoríficas” – afirma Francisco sobre a doença da rivalidade e da vanglória – “a doença que nos leva a ser homens e mulheres falsos e a viver um falso “misticismo” e um falso “quietismo”, vivendo uma fé superficial. A doença da esquizofrenia existencial é coisa de quem vive “uma vida dupla, fruto da hipocrisia típica do medíocre e do pro-

gressivo vazio espiritual que láureas ou títulos acadêmicos não podem preencher”. Isso afeta os que, “abandonando o serviço pastoral, se limitam às tarefas burocráticas, perdendo assim o contato com a realidade, com as pessoas concretas. Criam dessa forma um mundo paralelo, onde colocam de parte tudo o que ensinam severamente aos outros”. A fofoca – ou a doença dos boatos e dos mexericos – e murmurações, “apodera-se da pessoa tornando-a “semeadora de cizânia” (como Satanás), e em muitos casos “homicida a sangue frio” da fama dos próprios colegas e confrades. É a doença das pessoas covardes que, não tendo a coragem de falar diretamente, falam por trás das costas. Guardemo-nos do terrorismo dos boatos”, afirma o Santo Padre. Os “puxa-saco” sofrem da doença de divinizar os superiores para serem favorecidos de alguma forma. Eles “vivem o serviço pensando unicamente no que devem obter, e não no que devem dar”. A doença da indiferença em relação aos outros é “quando alguém pensa só em si mesmo e perde a sinceridade e o calor das relações humanas. Quando o mais especialista não coloca o seu conhecimento ao serviço dos colegas menos especialistas. Quando, por ciúme ou por astúcia se experimenta alegria ao ver o outro cair, em vez

de o levantar e encorajar”. Pessoas “carrancudas e severas, para as quais ser sério implica pôr uma cara de melancolia, de severidade, e tratar os outros – sobretudo os considerados inferiores – com rigidez, dureza e arrogância” padecem da doença da cara fúnebre em que “a severidade teatral e o pessimismo estéril são muitas vezes sintomas de medo e de insegurança de si. O apóstolo deve esforçar-se por ser uma pessoa cortês, serena, entusiasta e alegre, que transmite alegria”. O papa Francisco convida a experimentar o “quanto bem nos faz uma boa dose de bom humor saudável” – “autoironia”. O apóstolo que “procura preencher um vazio existencial no seu coração acumulando bens materiais, não por necessidade, mas apenas para se sentir seguro” está com a doença do acumular. E o que pertence a um pequeno grupo também está doente. Mesmo que tenha boas intenções, com o passar do tempo escraviza os membros ou submete-se a eles, tornando-se “um cancro”. É a doença dos círculos fechados. Por fim, a doença do lucro mundano e exibicionismo manifestam nas “pessoas que procuram insaciavelmente multiplicar poderes” mesmo se precisar caluniar. “Naturalmente para se exibirem e demonstrarem-se mais capazes do que os outros”. O Papa Francisco concluiu o seu discurso dizendo que “os sacerdotes são como os aviões, fazem notícia só quando caem”. O papa observa que tal frase “é muito verdadeira porque delineia a importância e a delicadeza do nosso serviço sacerdotal e quanto mal poderia causar um só sacerdote que cai, a todo o Corpo da Igreja”. Bruno Costa Ribeiro Baseado em: cnbb.org.br


8

DIOCESEEMFOCO

JANEIRO2015

Terço dos Homens : terceiro ano da caminhada do Grupo “Totus Tuus” de São João Evangelista

Nós somos o Grupo “Totus Tuus” do Terço dos Homens da Paróquia São João Evangelista. Iniciamos nossos encontros para a reza do terço em 12 de dezembro de 2011, dia de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina, com a aprovação do nosso Pároco, na época, Padre Hermes Firmiano Pedro e com a boa vontade de um grupo de homens, desejosos de ver crescer em nossa Paróquia a veneração e um verdadeiro amor àquela que graças ao seu SIM a Deus, nos deu o maior exemplo de serviço, humildade e dedicação à evangelização de toda a humanidade. O nome do nosso grupo é “Totus Tuus”, nome inspirado no lema adotado pelo nosso saudoso e hoje santo - Papa João Paulo II, quando iniciou o seu pontificado. “Totus Tuus” significa “todo teu”, e assim, como o Papa, nós também confiamos a nossa vida à Ma-

ria, sendo todos seus. A cada semana contemplamos a vida de Cristo, meditando em seu grande amor por nós, acompanhados da presença vigilante de sua Mãe e nossa, Maria Santíssima, oferecendo-lhe um buquê de rosas. Cada Ave Maria rezada é uma rosa oferecida em sinal do nosso amor e gratidão. Por isso, ao comemorarmos o nosso terceiro aniversário agradecemos e prestamos uma singela homenagem à Nossa Senhora rezando o santo terço e assim, ofertando rosas simbólicas a Nossa Senhora, pedindo sua intercessão por nossas famílias e também pela paz mundial. Ao final nos consagramos à sua proteção maternal. Assim, no domingo, 14 de dezembro de 2014, na quadra da Escola Estadual “Josefina Pimenta”, houve um belo momento de orações, música, com a participação de familiares da-

'o melhor instrumento para evangelizar o jovem é outro jovem' (Papa Francisco)

#Programa Nova Geração Um canal de comunicação com a juventude.

queles que fazem parte deste movimento. Ao final, houve a consagração das famílias a Nossa Senhora. Com este gesto externamos o carinho que sentimos pela Mãe de Jesus e nossa Mãe. Após oração do terço, com a participação de aproximadamente 700 pessoas, foi servido o almoço compartilhado, preparado pelos próprios integrantes do grupo e suas esposas. Foram sorteados diversos brindes cedidos pelo comércio local. Acreditamos que o sucesso do terço e das confraternizações realizadas nestes três anos, se deu devido à confiança e apoio da comunidade de São João Evangelista que vê no terço dos homens uma esperança de transformação no coração de todos. Salve Maria! Eduardo Oscar Generoso Membro do Grupo “Totus Tuus”

ROMARIA DA DIOCESE DE GUANHÃES A APARECIDA-SP: Dias 26, 27 E 28/06/15 A Diocese de Guanhães presente na celebração dos 300 anos do encontro da imagem no Rio Paraíba em São Paulo. Organize sua caravana e participe conosco!

A Pastoral da Juventude exerce sua missão de evangelizar os jovens também através do #Programa Nova Geração. Todos os sábados, às 15:00 horas na Rádio Vida Nova Fm 91,5 Mhz ou pela internet em www.vidanovafm.com.br.

26/6 (Sexta feira) - 15hs. Consagração a Nossa Senhora na Basílica

Curta e acompanhe a nossa página no facebook e nos dê sua opinião e sugestão!

28/6 (Domingo) - 8hs. Missa televisionada presidida por Dom Jeremias junto com os padres da Diocese na Basílica Nacional Acolhida da Imagem Peregrina que virá para a Diocese. - 9:30hs. Encontro com nosso Bispo Diocesano no auditório Pe. Noé Sotilo “COMO MARIA SEGUIMOS A CRISTO”

Pastoral da Juventude Diocese de Guanhães/MG

27/6 (Sábado) - 10hs. Participação no programa “Bem vindo romeiro” na Sala dos milagres - 18hs. Missa na Basílica e procissão no entorno do Santuário

O novo site da Diocese de Guanhães já está na net www.diocesedeguanhaes.com.br Faça-nos uma visita! Divulguem!


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.