FO LH A
DIOCESANA INFORMATIVO DA DIOCESE DE GUANHÃES | MG | ANO XXII | Nº 264 | Fevereiro/Março de 2019
FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS
PÁGINAS 4 e 5
RCC MINAS GERAIS REALIZA A 3ª EDIÇÃO DO JESUS NAS PRAÇAS PÁGINA
6
UMA IGREJA PRÓXIMA DE QUEM SOFRE PÁGINA
7
DÍZIMO, A MINHA PEQUENA PARTE FORTALECE TODA A COMUNIDADE PÁGINA
3
FO LH A
2
DIOCESANA
Fevereiro/Março de 2019
REDAÇÃO
EDITORIAL
CF 2019: “FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS” Campanha da Fraternidade 2019, com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas”, tem o objetivo de “estimular a participação em políticas públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade” (texto-base). E assim, estimular nos cristãos participação e responsabilização na discussão, elaboração e execução de políticas públicas. Mas, o que são as políticas públicas? São ações desenvolvidas pelos governos para garantir os direitos da sociedade, previstos na Constituição Federal e na legislação em geral. Elas expressam o interesse pelo bem comum, pela inserção social, pela oportunidade de direitos e deveres de toda pessoa. Assim, as políticas públicas nas diversas áreas: saúde, educação, emprego, lazer, assistência social, meio ambiente, cultura, moradia, transporte, enfim, devem proporcionar benefícios para a população.
A
Democraticamente, as políticas públicas devem acontecer em etapas. Inicia-se com a identificação dos problemas, cabendo ao governo e à sociedade organizada estabelecerem as prioridades, analisarem e escolherem medidas que possam solucionar ou amenizar os problemas, concluindo com a análise técnica e política. A participação da sociedade se dá pelos conselhos de direito, pelas conferências, pelas audiências públicas e outros eventos democráticos, que podem ser solicitados pelos governos ou pela própria sociedade. Quanto é importante a participação da sociedade organizada nas políticas públicas, porque são as pessoas que vivem os problemas e as dificuldades no dia a dia, e são capazes de apontar soluções. É lamentável perceber quando os governos enfraquecem a democracia, e é mais lamentável quando há falta de interesse da própria sociedade. Que a Campanha da Fraternidade de 2019 nos incentive a participação democrática na política.
EXPEDIENTE
FO LH A
MARÇO 02 a 06 - RCC, Retiro de Carnaval nas paróquias 09,16,23 e 30 - Encontros de Formação de Coordenadores de catequese nas Áreas Catequéticas 10 - Retiro da Juventude na Paróquias 12 - PASCOM - Reunião da coordenação, às 16h 12 - Encontro do Padre assessor da Catequese com Equipe da Comissão de Catequese 15-17 - Encontro Regional de Formação Leste II em BH 16 - ESCOLA DE TEOLOGIA – História da Igreja II - Pe. José Adriano 22-24 - Formação da Pastoral Familiar 23 - PASCOM - Dia de formação, às 9h 23 - RCC - Encontro com coordenadores de Grupos de Oração e Escola de Pregadores, Salão da Catedral 30 - Formação com coordenadores paroquiais da Pastoral do Dízimo - Salão da Catedral – 8h ABRIL 06 - Formação para os Missionários da Pastoral do Dízimo da Área São João Evangelista – 8h 06 – 07 - Encontro Diocesano de coordenadores da Catequese, em Guanhães 09 - PASCOM - Reunião da coordenação, às 16h 10 - Encontro do Padre Assessor da Catequese com a Equipe da Comissão de Catequese 11 - Missa da Unidade (Guanhães, 19h) Semana Nacional da Cidadania, nas Paróquias 13 - ESCOLA DE TEOLOGIA – Eclesiologia I – Pe. Hermes 13 - Formação para os Missionários da Pastoral do Dízimo da Área CMD – 8h 13 e 14 - 2º Encontro Diocesano de Formação para líderes jovens, em Guanhães 27 - RCC - Escola de Pregadores no Salão da Catedral 22-30 - Férias coletivas do Clero
DIOCESANA
Endereço para correspondência: Rua Amável Nunes, 55 - Centro Guanhães-MG - CEP: 39740-000 Fone:(33) 3421-1586
C o m o nos lembra Papa Francisco: “Envolverse na política é uma obrigação para os cristãos. Nós, cristãos, não podemos nos fazer de Pilatos e lavar as mãos. Não podemos! Devemos nos envolver na política, porque a política é uma das formas mais elevadas da caridade, porque ela procura o bem comum. (...) Trabalhar pelo bem comum é um dever cristão”. (Papa Francisco, 07 de junho de 2013). Se há o desencanto, é por meio da participação e do testemunho coerente de uma atuação voltada para o cuidado de todas as pessoas, especialmente das mais necessitadas, que revitalizaremos o verdadeiro sentido da política: servir ao bem comum, como propõe a Doutrina Social da Igreja. Visibilizarmos a vida do Reino de Deus!
COMEMORAÇÃO MARÇO E ABRIL DE 2019
CALENDÁRIO DIOCESANO
Conselho Editorial: Padre Adão Soares de Souza, Padre Bruno Costa Ribeiro Revisão: Mariza da Consolação Pimenta Dupim Jornalista Responsável: Luiz Eduardo Braga - SJPMG 3883 Tiragem: 5.000 exemplares
Para que ações práticas se efetivem, entende-se que há a necessidade de romper o preconceito comum de que a política é coisa suja e de nos conscientizarmos de que ela é essencial para a transformação da sociedade. É necessário lembrar que políticas públicas é o cuidado que o Estado e as diversas instâncias de governo devem ter em relação ao cidadão em todas as dimensões. Por isso a insistência em fazer perceber a importância das políticas públicas e a nossa responsabilidade na discussão e elaboração delas. Os cristãos, individualmente e em grupos, podem estimular a participação dos membros da comunidade nas instâncias colegiadas de controle social das políticas públicas (conselhos de saúde, educação, entre outros), fiscalizar para onde vai o recurso público, acompanhar de perto como as leis são elaboradas em municípios e nos estados, etc. Cobrar dos gestores públicos maior qualidade na oferta das políticas públicas.
folhadiocesana@gmail.com Editora Folha Diocesana de Guanhães Ltda CNPJ: 11.364.024/0001-46 www.diocesedeguanhaes.com.br Produção Gráfica: Geração BHZ - 31 99305-1127 Av. Francisco Sales, 40/906 Floresta - Belo Horizonte - MG E-mail: geracaobhz@gmail.com
O jornal Folha Diocesana reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração.Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.
PADRES, RELIGIOSAS, CONSAGRADAS E SEMINARISTAS DA DIOCESE DE GUANHÃES MARÇO 2 4 29
Guilherme Soares Lage Padre José Martins da Rocha Padre João Carlos de Sousa
Nascimento Ordenação Presbiteral Ordenação
Ivani Rodrigues Dom Emanuel Messias de Oliveira Dom Emanuel Messias de Oliveira Padre José Aparecido dos Santos Irmã Maria Aparecida Chaves
Nascimento Ordenação Episcopal Nascimento Ordenação Nascimento
ABRIL 6 19 21 28 28
a m o c a u b i r t n o c A N A S E C O I D FOLHA
A FOLHA DIOCESANA PRECISA DE VOCÊ
Dados para depósito bancário: Editora Folha Diocesana de Guanhães Cooperativa: 4103-3 Conta Corrente: 10.643.001-7 SICOOB-CREDICENM
3
FO LH A
ARTIGOS
DIOCESANA
Fevereiro/Março de 2019
UM SANTO DESCENDENTE DO BLUETOOTH uem nunca ouviu falar de Bluetooth? Bluetooth é uma norma de comunicações que permite a troca bidirecional de dados a curta distância, servindo-se de ondas de rádio UHF; tem por objetivo simplificar as conexões entre aparelhos eletrônicos, suprimindo os cabos e fios. O termo advém do apelido dado a Haraldo I, Rei da Dinamarca, que possuía um dente de cor azulada, e é uma homenagem a ele, que foi o primeiro rei viking católico no século X. O nome foi proposto pelo engenheiro Jim Kardach em 1996, como homenagem ao rei Haraldo I que reuniu os povos da Dinamarca e unificou o país. O símbolo da conexão Bluetooth são as duas primeiras letras rúnicas do nome do homenageado. Haraldo Bluetooth é o pai de Sveno I, que é o pai da princesa Astrid Svendsdotter, mãe de Sveno II, Rei da Di-
Q
namarca, que por sua vez é o pai de São Canuto IV, Rei da Dinamarca, martirizado em 1086. Dia 19 de janeiro, a Igreja celebra o martírio deste descendente do Bluetooth. Como cristão modelar, o rei Canuto IV, acompanhado de pequeno séquito, rezava na igreja de Santo Albano, em Odense, pelo sucesso de uma expedição, quando foi surpreendido por um bando de pagãos revoltados em maior número. Os sediciosos se lançaram sobre o rei, mataram-no e a alguns dos seus, derramando sangue humano numa igreja, o que é um sacrilégio terrível e uma profanação no senso próprio do termo, que torna a igreja interditada para ofícios litúrgicos, necessitando reconsagrá-la. São Canuto IV é padroeiro da Dinamarca e foi muito venerado em seu país até que o absolutismo, aliado ao paganismo da Renascença, criou o protestantis-
mo, que separou a Dinamarca da Igreja. Mas essa história ainda não acabou, sobretudo não na Dinamarca, o país do BLUETOOTH, o primeiro rei viking católico. Marcelo de Souza e Silva, professor de História
CANTINHO DE REFLEXÃO DO DÍZIMO “DÍZIMO, A MINHA PEQUENA PARTE FORTALECE TODA A COMUNIDADE” ara o sociólogo Émile Durkheim em "Lições de Sociologia", o dízimo teria origem no pensamento mítico, primeiramente como sacrifícios e ofertas aos deuses e divindades para obter "permissão" divina para o bom cultivo de bens mundanos, seja na pesca, coleta, agricultura, etc. Transmutouse em dízimo em certas religiões, e por fim, transmutou-se em impostos, que seria a versão secular do dízimo. Dízimo sob a ótica Protestante: A primeira menção de dízimo na Bíblia está registrada no livro Gênesis, capítulo 14, referindose a uma atitude voluntariosa de Abraão, ora Abrão, quando depois de uma guerra, ele "deu o dízimo de tudo" a um sacerdote de quem pouco se sabe, chamado Melquisedeque. Um segundo relato, ainda pré-Mosaico, é registrado sob a forma de promessa voluntária. Após uma noite em que teve um sonho que julgou revelador, Jacó, neto de Abraão, também comprometeuse voluntariamente a dar dízimos - "oferecerei o dízimo de tudo que me deres" - caso Deus o guardasse e protegesse. Posteriormente, a lei Mosaica previa um imposto de dez por cento (dízimas) dos animais e colheitas recolhidos uma vez ao ano, registrado em Levítico 27.
P
Há também um aspecto mais abrangente desse imposto, relatado em Deuteronômio 14, onde percebem-se alguns aspectos que não foram explicitados em Levítico, como: razão de culto, interação familiar e auxílio à classe sacerdotal. Também está registrado no contexto, que a cada três anos, esses dízimos deveriam ser instrumentos de auxílio social, notadamente para os levitas, estrangeiros, órfãos e viúvas. Os próprios sacerdotes, devido a um afroxamento no rigor de cumprir a Lei e desvios na conduta dos homens que cuidavam do serviço sacerdotal, foram avisados e amaldiçoados por Deus, no ministério do profeta Malaquias. E foram advertidos que se não mudassem de comportamento em relação às ofertas e ao dízimo, Deus tornaria as suas bênçãos em maldição e mandaria o anjo do Senhor para preparar os Seus caminhos a fim de que viesse Jesus Cristo com uma nova doutrina. Desde a Reforma, as igrejas protestantes tradicionais creem que, sob a Graça, o dízimo não é válido, visto que o Sacrifício de Cristo cumpriu a Torá, houve o fim do templo, e a crença no sacerdócio universal anulava a existência de uma casta sacerdotal. As igrejas protestantes tradicionais (reformadas, luteranas,
anabatistas) utilizam-se várias formas para a manutenção, como subscrições, ofertas voluntárias e em alguns casos fundos estatais. Mas mesmo assim a prática do dízimo é empregada hoje por várias denominações pentecostais ou neo-pentecostais, principalmente na América Latina. Dízimo no Catolicismo Brasileiro: No Brasil o dízimo voltou a ser implantado pela CNBB na Igreja Católica após 1969, quando o sistema de pagamento de taxas pelos serviços prestados pela Igreja havia sido considerado "pastoralmente inadequado". Por essa sugestão, os dízimos não tinham sentido meramente monetário, mas centravam-se em atender às necessidades das dimensões social, religiosa e missionária assumidas pela Igreja. Desde então, não se utilizava mais a estipulação de porcentagem da renda dos adeptos, mas uma doação de compromisso de acordo com a sua possibilidade e disposição, uma proposta de participação do fiel na Igreja. Todavia, a maioria das paróquias não possuía esta prática implementada. O Papa Bento XVI extinguiu o termo "dízimos" do quinto Mandamento da Igreja, conforme Compêndio do Catecismo da Igreja Católica por ele promulgado em 28 de junho de
2005 e republicado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O Quinto Mandamento agora é assim: "Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades". Deve-se considerar que a intitulada "pastoral do dízimo", cuja expansão verificou-se nos últimos anos, num ato simplório, reduzira o antigo termo "dízimos" para o singular "dízimo", que não encontrava outro significado senão a décima parte. OBS.: Mês próximo continuamos nossa Partilha. Dízimos e Dízimo. Para que o meu Dízimo?
Diac. Edmilson Henrique Cândido pela Pastoral Diocesana do Dízimo
CF 2019
Fevereiro/Março de 2019
5
FO LH A
DIOCESANA
CF 2019: “FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS”
FO LH A
4
DIOCESANA
Fevereiro/Março de 2019
A FELICIDADE HUMANA COMO HORIZONTE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS FÉLIX FERNANDO SIRIANI, O ENTREVISTADO DA EDIÇÃO DA REVISTA BOTE FÉ EM CIRCULAÇÃO NO ÚLTIMO SEMESTRE DE 2018, CONHECE AS POLÍTICAS PÚBLICAS, TEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2019, NÃO APENAS TEORICAMENTE. PAULISTA DE AMERICANA (SP), ELE É MESTRANDO EM MUDANÇA SOCIAL E PARTICIPAÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) E POSSUI GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PELA MESMA UNIVERSIDADE. PARALELO À ACADEMIA, SIRIANI VEM FORJANDO SUA VISÃO A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS CONCRETAS. INTEGROU AS COMISSÕES ORGANIZADORAS DA 1ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE DE AMERICANA (SP), DA CONFERÊNCIA REGIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE E DA ETAPA NACIONAL DA 1ª CONFERÊNCIA DE JUVENTUDE, AMBAS REALIZADAS EM 2008. ELE TAMBÉM CONHECE, INTERNAMENTE, COMO FUNCIONA UM CONSELHO PÚBLICO, MECANISMO DE PARTICIPAÇÃO, MONITORAMENTO E CONTROLE SOCIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS. DE 2012 A 2014, FOI REPRESENTANTE DA ARTICULAÇÃO DA JUVENTUDE SALESIANA (AJS) NO CONSELHO MUNICIPAL DE JUVENTUDE DE AMERICANA (SP). E É ESSA EXPERIÊNCIA QUE O CREDENCIA A IDENTIFICAR PONTOS FRÁGEIS NO PROCESSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL. “A CORRUPÇÃO, A FALTA DE COMPREENSÃO ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO E A INSTABILIDADE POLÍTICA DO PAÍS FAZEM COM QUE AS POLÍTICAS PÚBLICAS SEJAM NEGLIGENCIADAS PELO ESTADO, SOBRETUDO AQUELAS QUE TÊM COMO PÚBLICO-ALVO OS MAIS POBRES”, AFIRMA. ELE É UM DOS COLABORADORES DO TEXTO-BASE DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2019, CUJO TEMA É “FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS”, E O LEMA É “SERÁS LIBERTADO PELO DIREITO E PELA JUSTIÇA” (IS 1,27). CONFIRA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA. Como diz o Texto-Base, o tema da CF de 2019 impacta diretamente a vida dos brasileiros, sobretudo a dos mais vulneráveis. E defende, ainda, que falar de “Políticas Públicas” não se reduz a falar de política ou eleições. O que se quer dizer com este conceito: “Políticas Públicas”? As nomenclaturas em português “Política” e “Políticas Públicas” são muito parecidas e ainda há diferentes definições, o que acaba dificultando a compreensão e até mesmo confundindo as duas coisas. De maneira simples, entende-se que a política é o espaço de discussão sobre o bem comum, onde há conflitos de interesses e opiniões. E as eleições são uma forma de defender esses interesses, por meio da escolha de representantes. O conceito de Políticas Públicas que eu gosto e costumo usar, baseado em diferentes autores, é o de resolução de problemas públicos, assim como está no Texto-Base da Campanha da Fraternidade. Pensar em Políticas Públicas como resolução de problemas públicos facilita a compreensão de que para resolver qualquer problema é preciso conhecer suas causas, pensar estratégias, tomar decisões, verificar recursos e tantas outras ações que estão inseridas para solucionar o problema. O que é importante considerar no processo das Políticas Públicas? Como avalia a questão da participação de diferentes sujeitos em seu processo? De acordo com o conceito apre-
sentado de Políticas Públicas, é importante considerar o seu processo todo. Podemos evidenciar cinco etapas no ciclo completo de uma boa Política Pública: 1.Agenda: que é o momento de definição do problema, ou seja, quando o Poder Público reconhece que há um problema e se propõe a buscar soluções para ele. 2.Formulação da Política Pública: quando se discute todas as alternativas possíveis, sendo um momento de grande debate e participação. 3.Tomada de decisão: com base em todas as sugestões, toma-se a decisão do que fazer. 4.Implementação da Política Pública: é quando a política pública sai do papel e é executada. 5.Avaliação da Política Pública: é processo onde se verifica se está sendo resolvido ou não. Essas etapas são importantes para o processo das Políticas Públicas. Por fim, eu avalio a participação dos sujeitos no processo de Políticas Públicas como algo importante e necessário. Em todas as etapas, a participação é importante e, quanto mais perto estivermos desse processo, menos corrupção e desvios de atividade teremos. Como podemos compreender o papel do Estado no processo das Políticas Públicas? O Estado tem papel importante e fundamental no processo das Políticas Públicas, afinal é ele quem executa ou faz parceria para implemen-
tar a decisão tomada. É papel do Estado garantir e ampliar os espaços de participação da sociedade no processo das Políticas Públicas, dessa forma ele pode resolver melhor os problemas da população, economizando tempo e principalmente recursos públicos. A sociedade pode participar dos mais diferentes espaços políticos, mas é o Estado quem vai conduzir todo o processo e todas as etapas das Políticas Públicas. É o Estado quem faz e executa as leis que vão direcionar as Políticas Públicas. Quando se trata de Políticas Públicas, o Estado é o autor central de todo processo, mas a população pode pressionar para que ele formule Políticas Públicas que garantam os direitos fundamentais. Como se comporta o Estado brasileiro na condução das Políticas Públicas? Que perspectivas e caminhos aponta? O Estado brasileiro vem se comportando de maneira muito ruim na condução das Políticas Públicas. A corrupção, a falta de compreensão entre público (bem comum) e privado (pessoa) e a instabilidade política do país fazem com que as Políticas Públicas sejam negligenciadas pelo Estado, sobretudo aquelas que têm como público-alvo os mais pobres. Nos últimos anos, vimos diferentes direitos serem retirados de pauta, como as leis trabalhistas, o congelamento dos orçamentos da saúde, educação e assistência social e o sucateamento de diferentes instituições públicas. As Políticas Públicas estão sendo formuladas para ajudar a elite brasileira e o mercado, fazendo com
que o povo sofra as consequências. Infelizmente, as perspectivas e os caminhos apontam para um retrocesso das Políticas Públicas e para o aumento da pobreza e das necessidades da sociedade. Sendo um pouco mais otimista, espero que possamos estabilizar as questões políticas do país e acredito que a CF 2019 possa refletir sobre a importância de participar, cada vez mais, de todo o processo das Políticas Públicas, pressionando, sobretudo, o Estado para uma verdadeira reforma política e em ações que promovam os direitos da população brasileira. O que a Constituição Federal de 1988 representa para o processo de Políticas Públicas no Brasil? A Constituição Federal de 1988 representa um grande avanço no processo de Políticas Públicas. É ela que garante à população os direitos à moradia, à educação, à saúde, à segurança, à assistência social, à cultura, ao lazer, aos esportes e tantos outros. A Constituição apresenta as principais formas de participação política como os conselhos de direitos, as conferências e audiências públicas e os orçamentos participativos. A nossa Carta Magna garante quanto é necessário investir nos direitos fundamentais, bem como quais são as responsabilidades de cada ente federativo. Boa parte da Constituição Federal foi pensada pela sociedade. O próprio Sistema Único de Saúde (SUS) teve a participação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e das Pastorais Sociais da Igreja Católica em sua formulação e em seu desenho. Dessa manei-
ra, é preciso garantir, estudar e aplicar os capítulos e os artigos da Constituição Federal, sendo ela a grande norteadora das Políticas Públicas. O que a forma de implementar as Políticas Públicas diz sobre as características de um governo no nível federal, por exemplo? Como falamos, existem diferentes etapas no processo de formulação das Políticas Públicas. Elas não ocorrem de maneira sequencial, mas sua existência facilita os estudos e contribui para identificar as características de um governo. Por exemplo, um governo que foca na participação social, vai criar mecanismos e espaços para que as Políticas Públicas sejam debatidas. Por outro lado, um governo que prefere “resolver os problemas” de cima para baixo, muitas vezes centraliza as decisões. Governos que tendem a implementar Políticas Públicas com foco no mercado ou em grupos com alto poder econômico, possuem características de governo neoliberal. Em contrapartida, governos que implementam Políticas Públicas que colocam o Estado como agente da promoção social e organizador da economia tendem a ter características de um governo que defende o bem-estar social ou o Welfare State, no conceito inglês. O primeiro, tende a escolher o Estado mínimo, ou seja, o governo busca não formular Políticas Públicas que possam intervir na economia e nas liberdades individuais. O segundo, formula Políticas Públicas que interferem na economia e buscam equilibrar a balança social e econômica. São características de governo que irão influenciar no processo das Políticas Públicas, por isso é preciso compreender quais características os governos possuem e quais interesses defendem.
Que iniciativas de participação popular na formulação, execução, avaliação e controle das políticas são importantes hoje quando se fala de práticas inovadoras de gestão pública? Os conselhos de direito e setoriais, as conferências, as audiências públicas, os fóruns, os orçamentos participativos e as ouvidorias são inovações importantes de participação popular e que precisam se tornar mais eficazes e efetivos. Outra iniciativa de participação popular e inovação da gestão pública é o trabalho em rede, ação na qual diferentes órgãos, instituições e setores da sociedade cooperam para resolver determinados problemas. Se pensarmos a inovação com o uso de tecnologias e melhora da burocracia, a gestão pública, em vista de outros setores da sociedade, está bem atrasada. Existem diferentes iniciativas no país para contribuir com a gestão, outras ferramentas e aplicativos que contribuem com a participação popular, mas ainda muito desconectadas. São propostas excelentes, criadas por pessoas ou organizações que buscam melhorar o acesso a participação da sociedade, mas ainda o poder público não se apropriou disso, acredito que por que alguns desafios precisam ser superados, como cultura do setor público, o comodismo, o desconhecimento da “coisa pública” e tantos outros. O viés burocrático-patrimonialista e o caráter público-privado do Estado brasileiro têm algum impacto nas Políticas Públicas? Com certeza. Percebemos, com frequência, que os agentes políticos não conseguem diferenciar o que é patrimônio público e o que é patrimônio privado (do indivíduo), o que geralmente contribui com a corrupção do país. Há certos agentes públicos que fazem a gestão da “coisa
Assessores do estudo sobre a Campanha da Fraternidade 2019
pública” cocom administrador apostólico e coordenador de pastoral. mo se fosse Na foto: Prof. João Miguel, D. Darci, Prof. Diego e Pe. Dilton. o quintal de sua casa ou da sua empresa, já que temos ma proposta da teoria do “Bem Viver”: tantos empresários entrando no Poder uma relação e uma convivência harmoPúblico. Essa dificuldade em compreen- niosa com os outros e com a natureza, crider o caráter público-privado das atribui- ticando o sistema e a ideologia do lucro ções do Estado causa impacto nas Políti- que depredam todo patrimônio natural, inclusive o próprio povo indígena. cas Públicas. Em relação ao “Índice Geral de FeliciMuitas vezes, o agente político define quais são os problemas da população, dade”, houve algumas tentativas de imsem consultá-la, o que acaba atrapalhan- plementá-lo no país, mas sem aprovação do todo processo de formulação das Polí- e com algumas críticas. A proposta se baticas Públicas. Esse viés patrimonialista faz seia no antigo conceito de Estado de com que o agente político acredite saber Bem-Estar Social que defende que o Es(pelas questões privadas) tudo sobre as tado precisa construir Políticas Públicas questões públicas, não distinguindo seus que visem ao bem-estar da população. A interesses pessoais e o bem comum, go- ONU utiliza esse índice, e o Brasil está 28º vernando por interesses próprios, o que no ranking de 156 países de acordo com faz com que o Estado perca muito tempo a World Happiness Report 2018. O filósoe muitos recursos e não solucione as prio- fo Aristóteles define que a política é a ciência que tem como objetivo a felicidaridades da população. de humana. Portanto, construir Políticas Como o senhor avalia a ideia de “Bem Públicas que auxiliem nessa proposta é Viver”, defendida em democracias Lati- importante e eficaz. Eu acredito que é possível tê-los como no-Americanas e do “Índice Geral de Felicidade” proposto pelo Butão. É possível novos parâmetros para as Políticas Públitê-los como novos parâmetros para as Po- cas. O sistema capitalista demonstra seu esgotamento e é preciso construir novas líticas Públicas no Brasil? Eu avalio positivamente ambas as alternativas sociais, garantir a felicidade e ideias, mesmo que a teoria do “Bem Vi- o bem viver são duas propostas de direver” ainda seja pouco conhecida e discu- cionamento das Políticas Públicas que, tida no Brasil. Nossos países vizinhos, co- com certeza, podem resgatar a dignidade mo Equador, Bolívia e Peru, têm debatido humana, sua relação com o meio ammuito sobre o tema, inclusive garantindo biente e reconstruir os valores de coletivia proposta em suas respectivas constitui- dade e comprometimento com o bem coções. Advindo dos movimentos indígenas, mum. o “Bem Viver” propõe uma nova relação Fonte: cnbb.org.br entre o homem e a natureza, que possa Fotos: PASCOM Diocesana garantir os direitos fundamentais e a dignidade da pessoa. Enfatizo os discursos e a Encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco que, em outras palavras, apresenta a mes-
CF 2019
Fevereiro/Março de 2019
5
FO LH A
DIOCESANA
CF 2019: “FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS”
FO LH A
4
DIOCESANA
Fevereiro/Março de 2019
A FELICIDADE HUMANA COMO HORIZONTE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS FÉLIX FERNANDO SIRIANI, O ENTREVISTADO DA EDIÇÃO DA REVISTA BOTE FÉ EM CIRCULAÇÃO NO ÚLTIMO SEMESTRE DE 2018, CONHECE AS POLÍTICAS PÚBLICAS, TEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2019, NÃO APENAS TEORICAMENTE. PAULISTA DE AMERICANA (SP), ELE É MESTRANDO EM MUDANÇA SOCIAL E PARTICIPAÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) E POSSUI GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PELA MESMA UNIVERSIDADE. PARALELO À ACADEMIA, SIRIANI VEM FORJANDO SUA VISÃO A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS CONCRETAS. INTEGROU AS COMISSÕES ORGANIZADORAS DA 1ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE DE AMERICANA (SP), DA CONFERÊNCIA REGIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE E DA ETAPA NACIONAL DA 1ª CONFERÊNCIA DE JUVENTUDE, AMBAS REALIZADAS EM 2008. ELE TAMBÉM CONHECE, INTERNAMENTE, COMO FUNCIONA UM CONSELHO PÚBLICO, MECANISMO DE PARTICIPAÇÃO, MONITORAMENTO E CONTROLE SOCIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS. DE 2012 A 2014, FOI REPRESENTANTE DA ARTICULAÇÃO DA JUVENTUDE SALESIANA (AJS) NO CONSELHO MUNICIPAL DE JUVENTUDE DE AMERICANA (SP). E É ESSA EXPERIÊNCIA QUE O CREDENCIA A IDENTIFICAR PONTOS FRÁGEIS NO PROCESSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL. “A CORRUPÇÃO, A FALTA DE COMPREENSÃO ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO E A INSTABILIDADE POLÍTICA DO PAÍS FAZEM COM QUE AS POLÍTICAS PÚBLICAS SEJAM NEGLIGENCIADAS PELO ESTADO, SOBRETUDO AQUELAS QUE TÊM COMO PÚBLICO-ALVO OS MAIS POBRES”, AFIRMA. ELE É UM DOS COLABORADORES DO TEXTO-BASE DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2019, CUJO TEMA É “FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS”, E O LEMA É “SERÁS LIBERTADO PELO DIREITO E PELA JUSTIÇA” (IS 1,27). CONFIRA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA. Como diz o Texto-Base, o tema da CF de 2019 impacta diretamente a vida dos brasileiros, sobretudo a dos mais vulneráveis. E defende, ainda, que falar de “Políticas Públicas” não se reduz a falar de política ou eleições. O que se quer dizer com este conceito: “Políticas Públicas”? As nomenclaturas em português “Política” e “Políticas Públicas” são muito parecidas e ainda há diferentes definições, o que acaba dificultando a compreensão e até mesmo confundindo as duas coisas. De maneira simples, entende-se que a política é o espaço de discussão sobre o bem comum, onde há conflitos de interesses e opiniões. E as eleições são uma forma de defender esses interesses, por meio da escolha de representantes. O conceito de Políticas Públicas que eu gosto e costumo usar, baseado em diferentes autores, é o de resolução de problemas públicos, assim como está no Texto-Base da Campanha da Fraternidade. Pensar em Políticas Públicas como resolução de problemas públicos facilita a compreensão de que para resolver qualquer problema é preciso conhecer suas causas, pensar estratégias, tomar decisões, verificar recursos e tantas outras ações que estão inseridas para solucionar o problema. O que é importante considerar no processo das Políticas Públicas? Como avalia a questão da participação de diferentes sujeitos em seu processo? De acordo com o conceito apre-
sentado de Políticas Públicas, é importante considerar o seu processo todo. Podemos evidenciar cinco etapas no ciclo completo de uma boa Política Pública: 1.Agenda: que é o momento de definição do problema, ou seja, quando o Poder Público reconhece que há um problema e se propõe a buscar soluções para ele. 2.Formulação da Política Pública: quando se discute todas as alternativas possíveis, sendo um momento de grande debate e participação. 3.Tomada de decisão: com base em todas as sugestões, toma-se a decisão do que fazer. 4.Implementação da Política Pública: é quando a política pública sai do papel e é executada. 5.Avaliação da Política Pública: é processo onde se verifica se está sendo resolvido ou não. Essas etapas são importantes para o processo das Políticas Públicas. Por fim, eu avalio a participação dos sujeitos no processo de Políticas Públicas como algo importante e necessário. Em todas as etapas, a participação é importante e, quanto mais perto estivermos desse processo, menos corrupção e desvios de atividade teremos. Como podemos compreender o papel do Estado no processo das Políticas Públicas? O Estado tem papel importante e fundamental no processo das Políticas Públicas, afinal é ele quem executa ou faz parceria para implemen-
tar a decisão tomada. É papel do Estado garantir e ampliar os espaços de participação da sociedade no processo das Políticas Públicas, dessa forma ele pode resolver melhor os problemas da população, economizando tempo e principalmente recursos públicos. A sociedade pode participar dos mais diferentes espaços políticos, mas é o Estado quem vai conduzir todo o processo e todas as etapas das Políticas Públicas. É o Estado quem faz e executa as leis que vão direcionar as Políticas Públicas. Quando se trata de Políticas Públicas, o Estado é o autor central de todo processo, mas a população pode pressionar para que ele formule Políticas Públicas que garantam os direitos fundamentais. Como se comporta o Estado brasileiro na condução das Políticas Públicas? Que perspectivas e caminhos aponta? O Estado brasileiro vem se comportando de maneira muito ruim na condução das Políticas Públicas. A corrupção, a falta de compreensão entre público (bem comum) e privado (pessoa) e a instabilidade política do país fazem com que as Políticas Públicas sejam negligenciadas pelo Estado, sobretudo aquelas que têm como público-alvo os mais pobres. Nos últimos anos, vimos diferentes direitos serem retirados de pauta, como as leis trabalhistas, o congelamento dos orçamentos da saúde, educação e assistência social e o sucateamento de diferentes instituições públicas. As Políticas Públicas estão sendo formuladas para ajudar a elite brasileira e o mercado, fazendo com
que o povo sofra as consequências. Infelizmente, as perspectivas e os caminhos apontam para um retrocesso das Políticas Públicas e para o aumento da pobreza e das necessidades da sociedade. Sendo um pouco mais otimista, espero que possamos estabilizar as questões políticas do país e acredito que a CF 2019 possa refletir sobre a importância de participar, cada vez mais, de todo o processo das Políticas Públicas, pressionando, sobretudo, o Estado para uma verdadeira reforma política e em ações que promovam os direitos da população brasileira. O que a Constituição Federal de 1988 representa para o processo de Políticas Públicas no Brasil? A Constituição Federal de 1988 representa um grande avanço no processo de Políticas Públicas. É ela que garante à população os direitos à moradia, à educação, à saúde, à segurança, à assistência social, à cultura, ao lazer, aos esportes e tantos outros. A Constituição apresenta as principais formas de participação política como os conselhos de direitos, as conferências e audiências públicas e os orçamentos participativos. A nossa Carta Magna garante quanto é necessário investir nos direitos fundamentais, bem como quais são as responsabilidades de cada ente federativo. Boa parte da Constituição Federal foi pensada pela sociedade. O próprio Sistema Único de Saúde (SUS) teve a participação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e das Pastorais Sociais da Igreja Católica em sua formulação e em seu desenho. Dessa manei-
ra, é preciso garantir, estudar e aplicar os capítulos e os artigos da Constituição Federal, sendo ela a grande norteadora das Políticas Públicas. O que a forma de implementar as Políticas Públicas diz sobre as características de um governo no nível federal, por exemplo? Como falamos, existem diferentes etapas no processo de formulação das Políticas Públicas. Elas não ocorrem de maneira sequencial, mas sua existência facilita os estudos e contribui para identificar as características de um governo. Por exemplo, um governo que foca na participação social, vai criar mecanismos e espaços para que as Políticas Públicas sejam debatidas. Por outro lado, um governo que prefere “resolver os problemas” de cima para baixo, muitas vezes centraliza as decisões. Governos que tendem a implementar Políticas Públicas com foco no mercado ou em grupos com alto poder econômico, possuem características de governo neoliberal. Em contrapartida, governos que implementam Políticas Públicas que colocam o Estado como agente da promoção social e organizador da economia tendem a ter características de um governo que defende o bem-estar social ou o Welfare State, no conceito inglês. O primeiro, tende a escolher o Estado mínimo, ou seja, o governo busca não formular Políticas Públicas que possam intervir na economia e nas liberdades individuais. O segundo, formula Políticas Públicas que interferem na economia e buscam equilibrar a balança social e econômica. São características de governo que irão influenciar no processo das Políticas Públicas, por isso é preciso compreender quais características os governos possuem e quais interesses defendem.
Que iniciativas de participação popular na formulação, execução, avaliação e controle das políticas são importantes hoje quando se fala de práticas inovadoras de gestão pública? Os conselhos de direito e setoriais, as conferências, as audiências públicas, os fóruns, os orçamentos participativos e as ouvidorias são inovações importantes de participação popular e que precisam se tornar mais eficazes e efetivos. Outra iniciativa de participação popular e inovação da gestão pública é o trabalho em rede, ação na qual diferentes órgãos, instituições e setores da sociedade cooperam para resolver determinados problemas. Se pensarmos a inovação com o uso de tecnologias e melhora da burocracia, a gestão pública, em vista de outros setores da sociedade, está bem atrasada. Existem diferentes iniciativas no país para contribuir com a gestão, outras ferramentas e aplicativos que contribuem com a participação popular, mas ainda muito desconectadas. São propostas excelentes, criadas por pessoas ou organizações que buscam melhorar o acesso a participação da sociedade, mas ainda o poder público não se apropriou disso, acredito que por que alguns desafios precisam ser superados, como cultura do setor público, o comodismo, o desconhecimento da “coisa pública” e tantos outros. O viés burocrático-patrimonialista e o caráter público-privado do Estado brasileiro têm algum impacto nas Políticas Públicas? Com certeza. Percebemos, com frequência, que os agentes políticos não conseguem diferenciar o que é patrimônio público e o que é patrimônio privado (do indivíduo), o que geralmente contribui com a corrupção do país. Há certos agentes públicos que fazem a gestão da “coisa
Assessores do estudo sobre a Campanha da Fraternidade 2019
pública” cocom administrador apostólico e coordenador de pastoral. mo se fosse Na foto: Prof. João Miguel, D. Darci, Prof. Diego e Pe. Dilton. o quintal de sua casa ou da sua empresa, já que temos ma proposta da teoria do “Bem Viver”: tantos empresários entrando no Poder uma relação e uma convivência harmoPúblico. Essa dificuldade em compreen- niosa com os outros e com a natureza, crider o caráter público-privado das atribui- ticando o sistema e a ideologia do lucro ções do Estado causa impacto nas Políti- que depredam todo patrimônio natural, inclusive o próprio povo indígena. cas Públicas. Em relação ao “Índice Geral de FeliciMuitas vezes, o agente político define quais são os problemas da população, dade”, houve algumas tentativas de imsem consultá-la, o que acaba atrapalhan- plementá-lo no país, mas sem aprovação do todo processo de formulação das Polí- e com algumas críticas. A proposta se baticas Públicas. Esse viés patrimonialista faz seia no antigo conceito de Estado de com que o agente político acredite saber Bem-Estar Social que defende que o Es(pelas questões privadas) tudo sobre as tado precisa construir Políticas Públicas questões públicas, não distinguindo seus que visem ao bem-estar da população. A interesses pessoais e o bem comum, go- ONU utiliza esse índice, e o Brasil está 28º vernando por interesses próprios, o que no ranking de 156 países de acordo com faz com que o Estado perca muito tempo a World Happiness Report 2018. O filósoe muitos recursos e não solucione as prio- fo Aristóteles define que a política é a ciência que tem como objetivo a felicidaridades da população. de humana. Portanto, construir Políticas Como o senhor avalia a ideia de “Bem Públicas que auxiliem nessa proposta é Viver”, defendida em democracias Lati- importante e eficaz. Eu acredito que é possível tê-los como no-Americanas e do “Índice Geral de Felicidade” proposto pelo Butão. É possível novos parâmetros para as Políticas Públitê-los como novos parâmetros para as Po- cas. O sistema capitalista demonstra seu esgotamento e é preciso construir novas líticas Públicas no Brasil? Eu avalio positivamente ambas as alternativas sociais, garantir a felicidade e ideias, mesmo que a teoria do “Bem Vi- o bem viver são duas propostas de direver” ainda seja pouco conhecida e discu- cionamento das Políticas Públicas que, tida no Brasil. Nossos países vizinhos, co- com certeza, podem resgatar a dignidade mo Equador, Bolívia e Peru, têm debatido humana, sua relação com o meio ammuito sobre o tema, inclusive garantindo biente e reconstruir os valores de coletivia proposta em suas respectivas constitui- dade e comprometimento com o bem coções. Advindo dos movimentos indígenas, mum. o “Bem Viver” propõe uma nova relação Fonte: cnbb.org.br entre o homem e a natureza, que possa Fotos: PASCOM Diocesana garantir os direitos fundamentais e a dignidade da pessoa. Enfatizo os discursos e a Encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco que, em outras palavras, apresenta a mes-
FO LH A
6
DIOCESANA
GERAL
Fevereiro/Março de 2019
RCC DA DIOCESE DE GUANHÃES PARTICIPA DO ENF 2019 Do dia 9 a 13 de Janeiro de 2019, 50 servos da Renovação Carismática Católica (RCC) da Diocese de Guanhães participaram do Encontro Nacional de Formação (ENF-2019) e da comemoração dos 50 anos da RCC do Brasil. O Encontro Nacional de Formação para Coordenadores e Ministérios (ENF) é um momento de profunda oração, formação geral e específica e escuta
profética. O ENF é o maior evento de formação da Renovação Carismática Católica do Brasil. O evento apresenta o tema a ser vivido pela RCC durante o ano e fortalece a unidade entre os membros do Movimento no país, pois é destinado a coordenadores estaduais, diocesanos, de Ministérios, de Grupos de Oração, de equipes e núcleos de serviço. Durante o encontro, os membros
de todos os Ministérios se reúnem para receber formação sobre questões específicas de cada serviço, além de participarem de momentos de partilha, vivência fraterna e oração. O ENF 2019 realizou-se de 09 a 13 de janeiro, na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP) e, esse ano, além de um grande momento formativo, foi o evento em come-
moração aos 50 anos da Renovação Carismática Católica no Brasil. Um encontro marcante para o movimento no Brasil e de grande espiritualidade e formação para servos do Brasil e em específico para o crescimento dos servos da RCC da Diocese de Guanhães. Sidney Pereira da Silva Junior Coord. do Ministério de Comunicação Social - RCC da Diocese de Guanhães.
RCC MINAS GERAIS REALIZA A 3ª EDIÇÃO DO JESUS NAS PRAÇAS
A Renovação Carismática Católica de Minas Gerais, por meio do Ministério Jovem, realizou entre os dias 2 a 6 de janeiro na diocese de Guanhães, a 3ª edição da missão Jesus nas Praças (JNP). Jovens de 25 dioceses mineiras marcaram presença nessa edição que reuniu quase 200 missionários. O QG (Quartel General) e as principais atividades da missão realizaram-se na paróquia São Sebastião, cidade de Sabinópolis. Outras cidades da diocese também recebe-
ram a visita dos missionários. A recepção dos missionários foi na quarta-feira (02/01) com a Santa Missa de abertura na Igreja Matriz de São Sebastião; no dia seguinte, a equipe estadual do Ministério Jovem conduziu uma manhã de espiritualidade e formação. A partir da tarde de quinta-feira (03/01) e nos dias seguintes, os jovens missionários puderam visitar diversas comunidades nas cidades de Coluna, Materlândia e Paulistas, além da cidade sede Sabinópolis.
As visitas e ações tinham por objetivo anunciar o querigma, ou seja, evangelizar propagando o amor de Deus por meio da acolhida, da partilha da palavra e da alegria que sempre contagiava a todos. Dessa forma, ocorreram visitas à casas, hospitais e abrigos, sempre levando a essência da missão Jesus nas Praças. Para encerrar o dia de missão, à noite realizaram-se atos centrais nas praças das cidades; promovendo um Grupo de Oração e com a comunidade local sempre marcando presença.
A moção que motivou a missão foi vivenciada em cada passo dado pelos missionários, por meio da simplicidade, humildade e sensibilidade demonstradas em cada anúncio. Cada missionário viveu uma grande experiência de missão, contribuindo para a evangelização local, como também no crescimento pessoal e em maturidade espiritual. Deisiele de Paula Ministério de Comunicação Social RCC Minas Gerais
7
UMA IGREJA PRÓXIMA DE QUEM SOFRE as chamadas ter- administra entre Institutos de ras de missão, o caridade e assistência admitrabalho muitas nistrados pela Igreja cerca de: vezes silencioso 5.287 hospitais, com maior da Igreja e de presença na América (1.530) seus missionários, ajuda a le- e África (1.321); 15.957 disvar um pouco de esperança a pensários, principalmente na um mar de desespero e sofri- África (5.177), na América mento. Onde há uma missão, (4.430) e Ásia (3.300); 610 leexiste um ponto de assistência prosários distribuídos princià saúde, muitas vezes o único palmente na Ásia (352) e na em um raio de África (192); centenas, se15.722 casas NOS DIAS DE HOJE não milhares para idosos, de quilômedoentes crôniVEMOS INICIATIVAS tros. Muitos cos e pessoas COMO A PASTORAL DA com necessidadispensários, clínicas e verdes especiais, CRIANÇA, DA SAÚDE, dadeiros hosprincipalmente VICENTINOS ENTRE pitais, nascena Europa OUTRAS FORMAS DE ram e conti(8.127) e Aménuam a operar rica (3.763); PRESTAR SOCORRO nos lugares 9.552 orfanaAOS MAIS mais remotos tos, a maior NECESSITADOS. do mundo, parte na Ásia graças ao tra(3.660); balho de mis11.758 Jardins sionários e voluntários anima- de Infância, com maior númedos pelo espírito evangélico. ro na Ásia (3.295) e na AméEsse espírito de caridade rica (3.191); 13.897 centros na Igreja nasceu da inspiração de aconselhamento matrimodo próprio ensinamento de nial, principalmente na EuroCristo: (Jo 13,34-35; cfr. Ti pa (5.664) e América (4.984); 4,11). São Paulo afirmou que 3.506 centros de educação ou os cuidados e caridade dos reeducação social e 35.746 cristãos deviam ser oferecidos instituições de outros tipos. mesmo aos que não pertenÉ um trabalho silencioso! cessem à comunidade dos Não precisa de alarde – “não fiéis, ainda que inimigos da fé: saiba tua mão esquerda o que (cfr. Rom 12,14-20; Gal 6,10). faz a direita” (Mt 6,1ss) – e Após a queda do Império nem se perturba com os hipóRomano – por exemplo – os critas que apenas criticam e mosteiros prestaram, por vá- nada fazem em favor dos nerios séculos, serviços médicos cessitados. Existem aqueles na Europa. Tornaram-se tam- que acusam a igreja de omisbém lugares de ensino varia- sa (críticos desonestos) e exisdo, donde surgiram as univer- tem aqueles que põem a mão sidades. Nos dias de hoje ve- na massa com ela (cristãos leimos iniciativas como a Pasto- gos, consagrados ou ordenaral da Criança, da Saúde, Vi- dos) em terras longínquas ou centinos entre outras formas em nossas paróquias por de prestar socorro aos mais meio das pastorais e movinecessitados. mentos existentes, conforme a Segundo revelam os dados vocação de cada um. do último “Anuário Estatístico Informações de Agência Fides, da Igreja”, publicado pela editado por PASCOM Diocesana Agência Fides por ocasião da Jornada Missionária, a Igreja
N
'o melhor instrumento para evangelizar o jovem é outro jovem' (Papa Francisco)
#Programa Nova Geração Um canal de comunicação com a juventude.
FO LH A
OPINIÃO
DIOCESANA
Fevereiro/Março de 2019
PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO
PAPA FRANCISCO: A MULHER É QUEM DÁ HARMONIA AO MUNDO, NÃO ESTÁ AQUI PARA LAVAR LOUÇA mulher é quem dá harmonia e sentido ao mundo. Foi o que assinalou o Papa Francisco em sua homilia da missa do sábado da quarta semana do tempo comum, celebrada na Casa Santa Marta. O Pontífice indicou que é necessário evitar se referir à mulher falando somente sobre a função que realiza na sociedade ou em uma instituição, sem levar em consideração que a mulher, na humanidade, realiza uma missão que vai além e que nenhum homem pode oferecer: “O homem não traz harmonia: é ela. É ela que traz a harmonia, que nos ensina a acariciar, a amar com ternura e que faz do mundo uma coisa bela”. Em sua reflexão sobre a Criação, a partir da leitura do Livro do Gênesis, o Papa Francisco se referiu ao papel da mulher na humanidade. O Santo Padre relatou como o Gênesis explica que no princípio o homem estava só, então o Senhor lhe tirou uma costela e fez a mulher, que o homem reconheceu como carne de sua carne. “Mas antes de vê-la, sonhou com ela”. “Quando não há mulher, falta a harmonia”, insistiu. Papa Francisco destacou que o destino do homem e da mulher é ser “uma só carne”. Por exemplo, contou quando em uma audiência, enquanto saudava as pessoas, perguntou a um casal que celebrava 60 anos de matrimônio: “Qual de vocês teve mais paciência?”. “Eles que me olhavam, se olharam nos
A
A Pastoral da Juventude exerce sua missão de evangelizar os jovens também através do #Programa Nova Geração. Todos os sábados, às 15:00 horas na Rádio Vida Nova Fm 91,5 Mhz ou pela internet em www.vidanovafm.com.br. Curta e acompanhe a nossa página no facebook e nos dê sua opinião e sugestão!
Pastoral da Juventude Diocese de Guanhães/MG
olhos, não me esqueço nunca daqueles olhos, hein? Depois voltaram e me disseram os dois juntos: ‘Somos apaixonados!’ Depois de 60 anos, isto significa uma só carne. Isso é o que traz a mulher: a capacidade de se apaixonar. A harmonia ao mundo”. O Pontífice explicou que a mulher não existe para “lavar a louça. Não: a mulher é para trazer harmonia. Sem a mulher não há harmonia”. Neste sentido, ele condenou o crime da exploração de mulheres. “Muitas vezes, ouvimos: ‘Não, é necessário que nesta sociedade, nesta instituição, que aqui tenha uma mulher para que faça isso ou aquilo... ’ Não, não! A funcionalidade não é o objetivo da mulher. É verdade que a mulher deve fazer coisas e faz coisas, como todos nós fazemos. O objetivo da mulher é criar harmonia e sem a mulher não há harmonia no mundo”.
“Explorar as pessoas é um crime que lesa a humanidade: é verdade. Mas explorar uma mulher é algo ainda pior: é destruir a harmonia que Deus quis dar ao mundo”. O Papa concluiu a homilia mencionando que “no Evangelho, ouvimos do que é capaz uma mulher, hein? Aquela é corajosa! Foi adiante com coragem. Mas é algo mais: a mulher é a harmonia, é a poesia, é a beleza. Sem ela o mundo não seria bonito, não seria harmônico. Gosto de pensar, mas isso é algo pessoal, que Deus criou a mulher para que todos nós tivéssemos uma mãe”. A PASCOM Diocesana aproveita a oportunidade para homenagear todas as mulheres na ocasião do dia internacional da mulher celebrado em oitavo dia deste mês.
“O HOMEM NÃO TRAZ HARMONIA: É ELA. É ELA QUE TRAZ A HARMONIA, QUE NOS ENSINA A ACARICIAR, A AMAR COM TERNURA E QUE FAZ DO MUNDO UMA COISA BELA”.
Com informações de vaticannews.va
FO LH A
8
DIOCESANA
GERAL
Fevereiro/Março de 2019
ENCONTRO DIOCESANO DE CATEQUESE os dias 08 e 09 de fevereiro de 2019, realizouse no salão da Catedral, em Guanhães, o 1º encontro de coordenadores diocesanos de catequese do ano de 2019. O início foi na sexta feira, à noite, com as duas equipes: Comissão e Coordenação Diocesana. A oração inicial foi inspirada no texto bíblico de Lc 8, 22-25 refletindo sobre a abertura e despojamento de ir ao encontro do outro e vivendo com ele as dores e alegrias que ele sente. Navegar é preciso... Com ousadia, ardor. Na sequência dos trabalhos, as coordenadoras que concluíram o curso de Especialização em Catequese do IRPAC – Módulo IV - no mês de janeiro , apresentaram uma síntese das aulas que foram estudadas sendo: I - Catequese e itinerário espiritual; II - A importância da formação de catequistas; III – Catequese com adultos; IV - Catequese na era digi-
N
tal; V - Planejamentos e projetos catequéticos; VII - Catequese com jovens. Ressaltou-se a importância dos temas estudados como requisitos para uma catequese que atenda aos anseios e orientações da Igreja no nosso Regional Leste II. Também as coordenadoras apresentaram um resumo dos temas estudados. No dia 9, o encontro contou também com a participação da equipe diocesana (coordenadores das paróquias) no salão da catedral, de 8 às 17horas. Após o café
DNJ 2019
DIA NACIONAL DA JUVENTUDE
da manhã, a tesoureira da comissão apresentou a prestação de conta financeira da catequese. Em seguida, desenvolveu-se o Bibliodrama com aprofundamento do texto de Mc 7,31-37, motivando os participantes a uma reflexão com a qual todos puderam vivenciar uma espiritualidade de revigoramento e forças para a caminhada pastoral nas paróquias. Após o almoço, o grupo recebeu a alegre e simpática visita de Dom Marcelo Romano que passava por Guanhães, e, ca-
rinhosamente agraciou-nos com suas palavras de conforto e encorajamento: ”O Espírito Santo cuida da Igreja por meio do cuidado com cada um de nós. Perseverem no caminho; o Espírito nos inspira e motiva”. Em seguida, os trabalhos foram retomados: informações sobre as diretrizes catequéticas da diocese de Guanhães que se encontram em processo de construção. Foram dados outros encaminhamentos e orientações práticas, entrega de material, divisão de grupos para formulação de encontros catequéticos a serem utilizados com os catequizandos para todas as idades. De forma geral os trabalhos foram muito enriquecedores com partilhas de experiências e fortalecimento na caminhada para o ano de 2019. Madalena Santos Pires (Membro da Coordenação Diocesana)
NESTE ANO, O DNJ SERÁ EM SENHORA DO PORTO, NO DIA 27 DE OUTUBRO. JUNTOS, CELEBRAREMOS ESTE DIA DE FESTA. JUVENTUDE, APRESENTE SEU ROSTO ALEGRE E SE COMPROMETA COM A IGREJA!
HA VEIN CIPAR!
PART
DOM FELIPPE: “NO DIA EM QUE DEIXARMOS DE SER POBRES, DEIXAREMOS DE SER EVANGELIZADORES”. Essas palavras de Dom Felippe continuam ecoando em meu coração, e juntamente com o seu modo de vida e sua prática Cristã, transformaram o modo de ver o mundo e a maneira de relacionar de diversas pessoas que tiveram a grande oportunidade e a alegria de conviver com este Homem de Deus. Foi uma experiência sem igual. Marcou-me para sempre. Dom Felippe teve uma linda história de amor para com o povo diocesano e com nossa Igreja particular. E por amor, cumpriu sua missão, com todas as alegrias e tristezas que fizeram parte de sua
caminhada. Nossa diocese foi presenteada com a presença de um santo homem de Deus, e muitos não conseguiram percebê-lo em nosso meio. Dom Felippe lançou sementes do amor ao próximo, da opção preferencial pelos pobres, e de um jeito novo de ser Igreja. Muitas sementes floriram em diversos corações, mas ainda temos uma grande quantidade incubada em terrenos férteis, aguardando que saiamos de nossa comodidade e coloquemos em prática os ensinamentos de nosso primeiro bispo diocesano. José Geraldo Ventura - Dezinho
Dr. Marco Aurélio de Assis Otorrinolaringologista/Alergologista
Dra. Renata Coelho Argolo Assis Endodontista/ Tratamento de canal
CRM-MG: 29104
CRO-MG: 23126
Dra. Georgia R. Oliveira Carvalhaes Fonoaudióloga CRFA-MG 8.160
Dr. Fábio de Morais Ramos Endocrinologista CRM-MG: 29753
Dr. Marco Lino do Carmo Vieira Gastroenterologia clínica/ Endoscopia digestiva
Dra. Marina Coelho Argolo Vieira Dermatologista
CRM-MG: 47248
CRM-MG: 47459
Dr. Rodrigo Magalhães Otorrinolaringologista/Cirurgia de cabeça e pescoço CRM-MG: 46174
Rua das Flores, 43 Centro – Capelinha/MG CEP: 39680-000 Fone: (33) 3516.1556 Cel.: (33) 99146.5453
Praça Batista Lopes, 30 Centro – Santa Maria/MG CEP: 39780-000 Fone: (33) 3431.1360
Rua Dr. Odilon Behrens, 164 – 2 andar Centro – Guanhães/MG CEP: 39740-000 Fone: (33) 3421.1804 (33) 3421.1645